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CENTRO QUALIFICA

CUL T U RA L Í NG U A E CO M U NI CA Ç ÃO
NG 2 - A MB IE NT E E S US T E NT AB IL I DA DE

DR1 - Tema:CONSUMO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

• A partir da análise da fatura energética da sua habitação, estabeleça o seu perfil enquanto
consumidor tendo por base as seguintes variáveis: gastos realizados, peso dos consumos
associados aos hábitos culturais e de lazer, impacto ambiental das fontes energéticas usadas na
energia consumida na sua habitação.
• A poupança de energia faz naturalmente parte das suas preocupações quotidianas.
Apresente evidências dessas suas preocupações e dos seus compromissos com os valores
ambientais em situações de aquisição, instalação e utilização de equipamentos e sistemas
técnicos ou de intervenção na sua habitação tendo em vista a eficiência energética.
• Apresente uma mensagem (poderá recorrer a diferentes tipos de linguagens, formatos
comunicacionais, tipos textuais) destinada a sensibilizar terceiros para a necessidade da poupança
energética.
• Recorda-se de alguma campanha de sensibilização para a poupança de energia que tenha
sido veiculada pelos mass media? Se sim, produza um comentário sobre ela (análise,
interpretação, juízo crítico, relativamente à forma e conteúdo).

DR2 - Tema: RESÍDUOS E RECICLAGEM

• Tendo como ponto de partido os seus próprios valores e compromissos ambientais, avalie
o comportamento ambiental da organização onde trabalha ou trabalhou à luz das seguintes
variáveis: destino dado aos resíduos, cumprimentos dos normativos legais, responsabilidade
ambiental, compromisso com o ambiente. Caso julgue pertinente, apresente sugestões
destinadas a melhorar o desempenho ambiental da organização avaliada.
• A arte, para além de uma intenção puramente estética, por vezes, procura agir sobre a
realidade. A utilização de resíduos na produção artística assume claramente objetivos de
intervenção social e ambiental de modo a levar as sociedades a adotarem modos de consumo e
de produção mais amigos do ambiente. Procure informar-se sobre o tema e apresente um
comentário sobre a obra (filme, documentário, obra literária, pintura, escultura, musica, etc.) de
um ou mais autores que tenham esse tipo de preocupações.
• Apresente uma mensagem (poderá recorrer a diferentes tipos de linguagens, formatos
comunicacionais, tipos textuais) destinada a sensibilizar terceiros para a necessidade de adotar
boas práticas no campo dos resíduos.

DR3 - Tema: RECURSOS NATU RAIS

• A identidade geográfica e cultural de uma região depende, em parte, dos recursos naturais
(hídricos, solo arável, paisagem, floresta e biodiversidade, etc.) existentes. Dê conta do estado
ambiental dos recursos naturais da sua região (ameaças e oportunidades) através de uma
video/apresentação/texto, destacando eventuais influências e potencialidades no
desenvolvimento cultural, económico e social da região.
• Investigue uma intervenção pública ou privada que tenha sido polémica por estar em
causa a preservação de um determinado recurso natural, de preferência ocorrida na sua região.
Elabore um texto argumentativo em que aborde o assunto (contextualizando o problema,
referindo a posição das instituições intervenientes, os interesses eventualmente em confronto, os
argumentos esgrimidos por uns e por outros, apresentado, devidamente sustentada, a sua
posição sobre a solução encontrada).
• Integra ou integrou alguma associação ambiental? Que opinião tem sobre o papel
desempenhado pelas Organizações Não-governamentais do Ambiente na defesa e preservação
dos recursos? Conhece o quadro legal em que atuam?
• Participou em alguma iniciativa relacionada com a defesa do ambiente? Alguma vez
apresentou uma exposição ou reclamação relacionada com questões ambientais? Já leu um texto,
um conto, uma outra obra literária ou visualizou um documentário, um filme, um obra de arte
sobre a temática dos recursos naturais? Será capaz de apresentar um comentário literário?

DR4 - Tema: CLIMA

• As alterações climáticas são um dos maiores desafios enfrentados pela humanidade,


apesar do assunto não ser pacífico. Que conhecimentos possui relacionados como o tema? Como
avalia a atuação das instituições (estados e organizações nacionais e internacionais) ao longo dos
últimos anos em relação ao problema das alterações climáticas?
• Em que medida os seus hábitos de vida e de lazer, a sua pegada ecológica, contribuem
para a ocorrência de alterações climáticas? Como procura nas suas práticas pessoais e sociais
atuar no sentido da minimização do problema do aquecimento global? Será capaz integrar a sua
responsabilidade individual no quadro das responsabilidades coletivas no problema das
alterações climáticas, tendo em conta estilos de vida, os modos de produção, atividades de lazer
e práticas culturais?
• Apresente sugestões tendo em vista mudanças na sociedade em que vide de modo a
torná-la mais amiga do ambiente, mais preocupada com as questões da sustentabilidade (nas
dimensões ambiental, económica e social).
• Já leu alguma a crónica ou livro, já viu algum filme, fotografia ou documentário sobre as
temáticas das alterações climáticas? Se sim que reflexou lhe suscitou? Que opinião tem sobre o
modo como os meios de comunicação social têm abordado o tema/problema das alterações
climáticas?

http://efasecundario-silvia.blogspot.com/2010/07/cp-ng8dr4.html

terça-feira, 6 de julho de 2010

CP- NG8/DR4
• Poluição atmosférica: O aquecimento Global

A atmosfera do planeta é dos raros recursos naturais que é compartilhada pelo mundo inteiro,
pelo que os efeitos negativos sobre esta são globalmente sentidos.
Tendo em conta que os problemas que advêm da atmosfera representam perigo para o
organismo têm-se vindo a desenvolver estudos sobre o efeito estufa que, para além de provocar
as chuvas ácidas, contribui para o aquecimento global.
O clima tem evoluído aos longos dos tempos, sendo a sua evolução natural. No entanto, nos
últimos tempos, o Homem é o grande responsável uma vez que a população mundial tem vindo
a aumentar e consequentemente regista-se um aumento do dióxido de carbono (CO2) na
atmosfera. Mas o que se entende por efeito estufa?
É um fenómeno que consiste na acumulação na atmosfera de partículas gasosas nocivas que
contribuem para a absorção dos raios infravermelhos provenientes da terra, podendo causar um
aquecimento global prejudicial.
Se não existisse o efeito de estufa, a temperatura da superfície terrestre seria em média, cerca
de 340C mais fria do que é hoje, por isso é que este fenómeno não é apenas benéfico, mas
imprescindível para a manutenção da vida na Terra.
Os gases responsáveis pelo aquecimento global da terra, encontram-se na combustão de
combustíveis fosseis, como o petróleo e seus derivados, mas as indústrias também são
responsáveis por este fenómeno, uma vez que emitem enxofre, chumbo e outros materiais. Não
esquecendo que o ser humano, nas acções do dia-a-dia, tem contribuído em muito para este
problema, através da queima intensa e descontrolada de combustíveis fosseis, do
desflorestando e da agricultura intensiva.
O aquecimento global poderá levar à ocorrência de variações climáticas tais como: alteração na
precipitação, subida do nível dos oceanos (degelos), ondas de calor, perda de biodiversidade.
Assim é natural registar-se um aumento de situações de cheias que consequentemente aumenta
os índices de mortalidade no nosso planeta. E ao nível de saúde, como a concentração de
oxigénio é cada vez menor, o que pode provocar doenças no sistema nervoso, cancro e
problemas respiratórios.
• Litosfera: desertificação dos solos

A raça humana necessita do seu planeta. Dele dependemos completamente, uma vez que a
partir dele evoluímos, e apenas existimos por cortesia do auto-sutentavel sistema Terra.
A desertificação é um fenómeno em que um determinado solo é transformado em deserto,
através da mão humana ou processo natural. No processo de desertificação, a vegetação é
reduzida ou acaba totalmente, através do desmantelamento. Neste processo o solo perde as
suas propriedades tornando-se infértil.
A desertificação gera vários problemas e prejuízos para o ser humano, como a formação de
áreas áridas, o aumento da temperatura e a diminuição do nível da humidade no solo,
dificultando a vida do ser humano. Com o solo infértil, o desenvolvimento da agricultura também
é prejudicado, diminuindo a produção de alimento, aumentando a fome e a pobreza. O meio
ambiente também é prejudicado com este processo, pois a formação de desertos elimina a vida
de milhares de espécies de animais e vegetais, pois modifica radicalmente o ecossistema da
região afectada. Além disso, este problema pode conduzir à emigração de refigiados ambientais.
• Hidrosfera: poluição das águas doces e salgadas

A Terra é o único planeta do sistema solar onde existe água na forma líquida. Praticamente
todas as formas de vida conhecida dependem de água, o que explica o facto de se ter
encontrado organismos apenas na Terra. Por isso a poluição das águas tem sido motivo de
crescente preocupação nas últimas décadas. Os seus efeitos fazem-se sentir em todo o lado,
sendo destrutivos e alertando a humanidade para um problema que é muito importante.
A poluição dos cursos de águas doces e salgadas tem consequências nos organismos da
população, ora vejamos: a concentração de matéria orgânica nos rios provenientes dos esgotos
provoca o aumento de compositores que se dissolvem na água acabando por matar os animais
aquáticos.
Os pesticidas e os herbicidas são venenosos, por isso quando lançados na água acabam por
matar plantas e animais aquáticos.
A água é indispensável à vida. Por isso deve haver a preocupação de a preservar, para evitar a
sua contaminação, e nos como consumidores compete-nos tomar consciência da importância da
água para a vida no nosso planeta, aos perigos da sua contaminação e a necessidade de a
preservar, por isso devemos no nosso dia-a-dia poupar água com simples gestos:
· Preferir duches aos banhos de imersão;
· Utilizar o autoclismo apenas quando necessário, deixar a válvula de descarga regulada para n
gastar muita água;
· Ao lavar os dentes não deixar a torneira aberta coma água sempre a correr;
· Ligar a máquina de lavar quando estiver cheia e utilizar a menor quantidade possível de
detergente na máquina;
· Ao regar as plantas do jardim uso o regador e não a mangueira.

Ambiente e clima

Estamos empenhados em minimizar e mitigar as nossas emissões para sermos neutrais em carbono
numa perspetiva de um ciclo de vida em 2020.

Produzir alumínio tem impacto no meio-ambiente: nos locais onde operamos e no clima
global devido às emissões de gás de estufa. Os meios principais relacionados com a
nossa produção são bauxite, energia e água. Como uma empresa de alumínio totalmente
integrada, somos responsáveis por operar com consciencialização ambiental.

Ao melhorar continuamente a forma como produzimos alumínio, esforçamo-nos por


minimizar o impacto ambiental das nossas atividades, especialmente na biodiversidade,
gestão de águas e alterações climáticas.

Estratégia climática
Queremos ser neutros em carbono em 2020 numa perspetiva de um ciclo de vida. A nossa
estratégia climática baseia-se num princípio simples: É nossa intenção poupar nas
emissões de carbono o mesmo que geramos. Para isso vamos:

• aumentar a nossa capacidade de reciclagem


• reduzir as emissões geradas pela nossa produção e
• fornecer alumínio a segmentos que oferecem os maiores benefícios para
o clima.

Leia a nossa estratégia climática


Estratégia ambiental
A nossa estratégia é minimizar o impacto ambiental das nossas operações em
toda a cadeia de valores do alumínio. O nosso objetivo é mitigar as emissões
para terra, água e ar, preservar a biodiversidade e reduzir a produção de
resíduos. Para isso, monitorizamos, identificamos e reduzimos riscos
ambientais em toda a duração dos nossos locais operacionais.

https://epoca.globo.com/ciencia-e-meio-ambiente/blog-do-planeta/noticia/2017/11/o-clima-e-decisivo-para-os-
objetivos-do-desenvolvimento-sustentavel.html

O clima é decisivo para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Se fracassarmos na tentativa de combater as mudanças climáticas, objetivos

como fome zero, combate à pobreza e vida terrestre estarão comprometidos

Fumaça de usina termelétrica na França. A queima de


combustíveis fósseis agrava as mudanças climáticas (Foto: Philippe Alès - Wikimedia
Commons)

Ao contrário de outros assuntos relacionados à sustentabilidade, é notável como a temática de

mudanças climáticas recebe pouca empatia do público em geral. Interessante perceber também

que, sendo um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) a ser cumprido até 2030, se

não atingido, coloca em xeque o cumprimento de grande parte dos demais. Se fracassarmos na
tentativa de combatê-la, objetivos como fome zero, combate à pobreza, crescimento econômico,

redução das desigualdades e vida sobre a Terra estarão profundamente comprometidos.

Mas por que é tão difícil incorporar o tema nas estratégias dos negócios, na agenda dos governos e

em nossa atuação como cidadão? Existem vários motivos, mas o principal é o fato de ser uma

temática aparentemente pouco palpável, que parece tão distante, já que sempre ouvimos falar que

esse problema afetará “nossos netos e nossos bisnetos” (hoje mesmo ouvi novamente esta falsa

informação de uma grande emissora de televisão). “Ah, mas isso é algo tão distante, até lá com

certeza inventarão uma tecnologia capaz de reverter suas consequências.” Mas adivinha só! As

mudanças climáticas já estão nos afetando. O problema não será terceirizado a nossos netos, nem

permanecerá restrito aos ursos polares, mas está nos prejudicando aqui e agora.

>> Aquecimento global pode favorecer furacões no Brasil

Nesta semana, no dia 30 de outubro, a Organização Mundial de Meteorologia (OMM) publicou seu

boletim anual referente a 2016 informando que nesse ano a concentração de dióxido de carbono

(CO2) na atmosfera atingiu um nível recorde em pelo menos 800 mil anos. O CO2 é o gás

responsável por mais de 80% da poluição que gera o aquecimento global, sendo proveniente em

sua maior parte da queima de combustíveis fósseis, carvão, óleo e gás usados para produzir

energia. Além disso, o planeta está 1,1 grau acima dos níveis pré-industriais, o que significa um

recorde na temperatura média global anual.

>> Os brasileiros têm dupla personalidade ambiental


Quais as consequências disso? Recentemente, entre final de agosto e meados de setembro deste

ano, a América do Norte, a América Latina e o Caribe sentiram na pele a destruição provocada por

uma sequência de poderosos furacões. Primeiro enfrentamos o Furacão Harvey, categoria 4 –

apenas o Furacão Wilma em 2005 atingiu os Estados Unidos com a mesma categoria. Harvey

ainda não tinha se dissipado quando o ciclone tropical Irma, o primeiro de categoria 5 com ventos

superiores a 250 quilômetros por hora a atingir Cuba em 100 anos, também alcançou os Estados

Unidos, causando mais destruições. No mesmo período o Furacão José atingiu a Ilha de Barbuda

chegando à categoria 4, com ventos em torno de 210 quilômetros por hora. José e Irma passaram

então à categoria 4 ao mesmo tempo, uma coincidência ocorrida somente duas vezes na história,

em 1935 e 2010. E ainda viria a tempestade Katia, que atingiu o norte do México com ventos de

120 quilômetros por hora no momento em que país começava a se recuperar do terremoto ocorrido

no dia 19 de setembro, de 8,2 graus de magnitude.

>> A metáfora certa para mobilizar as pessoas pelo clima

É claro que existem as temporadas de furacões já amplamente conhecidas. No entanto, o que se

observa é que eles nunca foram tão frequentes e tão intensos. Na prática, esses eventos

significaram danos de bilhões de dólares e a perda de centenas de vidas. No Caribe, os danos

atribuídos ao Irma foram calculados em US$ 10 bilhões, tornando o furacão o mais devastador em

termos de danos materiais na região. Já para o Harvey foram estimados gastos de US$ 70 bilhões a

US$ 190 bilhões para a recuperação local, além de ter provocado 71 mortes, sendo considerado o
“pior desastre na história do Texas” pelo diretor da Agência Federal de Gestão de Emergências

(Fema), Brock Long.

Mas não precisamos ir tão longe para apontar na prática como as mudanças climáticas têm nos

afetado. No Brasil, de acordo com o Relatório de Avaliação Nacional (RAN1) lançado em 2013

pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, até o final o século XX a temperatura média do

país aumentou aproximadamente em 0,75 grau, sendo 1998 considerado o ano mais quente da série

histórica. Mais recentemente, de acordo com um estudo publicado em agosto deste ano

na Scientific Reports, pela primeira vez uma seca ocorrida em 2016 na Amazônia não pôde ser

explicada pelo aumento das temperaturas provocadas por fenômenos como o El Niño. A conclusão

é que a ação humana contribuiu para intensificar a seca, considerada a pior em 100 anos.

As consequências das alterações climáticas são diversas e já ocorrem aqui e em diversos pontos do

planeta. Há desde reflexos na agricultura – por ser altamente dependente de fatores climáticos, mas

também pelo aumento de pragas, doenças e plantas invasoras – passando pelo derretimento de gelo

que já ocorre no Ártico, Antártica, Groenlândia e também nos Alpes, Kilimanjaro (Tanzânia) e

glaciares da América do Sul, pelo aumento no nível de água dos oceanos e chegando ao

crescimento do processo de desertificação em locais vulneráveis, como o oeste da América do Sul

e o sudoeste dos EUA. Há também migração de populações vulneráveis em decorrência de

desastres, como já ocorre em regiões costeiras como Bangladesh e Ilhas Maldivas.

Diante desse cenário, o que fazer? Neste momento tão crítico, é importante lembrar a colocação do

cientista político Robert Axelrod, da Universidade de Michigan, sobre a “tragédia dos comuns” –
situação em que as pessoas agem em prol de seus próprios interesses e se comportam contra os

interesses da comunidade, esgotando um recurso comum. De acordo com Axelrod, mesmo

indivíduos interessados apenas em seu próprio bem-estar encontram formas de cooperar quando o

autocontrole coletivo serve tanto aos interesses do indivíduo quanto aos do grupo. Assim,

precisamos atuar coletivamente com urgência para não agravar o problema, criar políticas públicas

em prol do bem comum, além de ter um planejamento bem delineado para lidar com as

consequências que certamente virão, mas também com as que já batem a nossa porta.

Hoje a questão não é se as mudanças climáticas são reais, mas sim como vamos lidar com elas. As

soluções já estão disponíveis: tecnologias para a produção de energias renováveis e eficiência

energética, comercialização de ativos de carbono, ferramentas de tributação ambiental para

poluidores e que oferece benefícios financeiros para quem promove a sustentabilidade, veículos

elétricos, sistemas de compensação de CO2, construções verdes e ecoeficientes, enfim, são todas

ferramentas que não apenas combatem as alterações climáticas, como criam novos mercados,

promovem a geração de renda e criam novos empregos. Para isso acontecer e se intensificar, no

entanto, precisamos da atuação conjunta entre governo, empresas, Terceiro Setor e sociedade civil,

já que o problema atinge a todos nós. E a solução, também.

*Juliana Zellauy é especialista em sustentabilidade


Clima, sustentabilidade e mecanismos de mercado

https://expresso.pt/dossies/dossies_ciencia/dossie_mes_do_desenvolvimento_sustentavel/clima-
sustentabilidade-e-mecanismos-de-mercado=f511636
ANTÓNIO CASTRO GUERRA, SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DA INDÚSTRIA E
INOVAÇÃO, E HUMBERTO D. ROSA, SECRETÁRIO DE ESTADO DO AMBIENTE
Há hoje forte evidência científica do aumento da temperatura média do planeta e da sua relação com o
aumento da concentração atmosférica de CO2 e outros gases com efeito de estufa (GEE). Está também
demonstrada uma forte relação de causalidade entre aquecimento global e acção humana, em múltiplos
sectores e actividades económicas. Em suma, as alterações climáticas são a face mais visível do actual
carácter insustentável do nosso desenvolvimento.

A actividade humana está a causar uma externalidade negativa de nível global - a emissão de GEE -,
afectando um bem público também global - os sistemas climáticos, essenciais à regulação da vida na Terra.
As alterações climáticas são por isso a maior falha de mercado de sempre. No entanto, o estado da arte
sobre a economia do combate às alterações climáticas mostra bem que os proveitos superam largamente os
custos, havendo racionalidade económica para agir.

As estimativas apontam para custos anuais de 1% do PIB mundial, que comparam com 5% em caso de
inacção, ou mesmo 20% nos piores cenários de risco. O estado da arte mostra também que há urgência na
aplicação de medidas, sob pena de irreversibilidade prática, por via da relação não linear entre
concentração de GEE e clima. A questão que se coloca é: porque não actuamos já e em força?

A principal dificuldade emana do carácter global do problema, o qual reclama acção concertada à escala
planetária, que não é facilitada pelos quadros institucionais vigentes, nem pelos interesses dos estados
nacionais em que nos organizamos. De facto, o problema emerge numa fase em que a Humanidade já tende
à globalização, mas em que ainda não se organizou para a governar e regular. A actual crise financeira é
elucidativa disto mesmo, e por isso também ela convida à acção global.
A reacção concertada de muitos governos e a recente Cimeira do G20 mostram como, em situações de
risco colectivo, os líderes mundiais são capazes de concertar pontos de vista, definir princípios de acção e
mobilizar recursos substanciais para atacar riscos sistémicos de natureza global.

Um acordo global para as alterações climáticas deve ser visto como uma autêntica opção sobre o futuro
colectivo. É uma opção que não tem apenas uma dimensão económica. Também tem uma dimensão ética,
que vai para além das fronteiras da economia e se prende com o respeito que nos mereçam, ou não, as
gerações futuras e a biosfera.

Os valores éticos e culturais predominantes são concepções mentais de difícil reforma, mas sabemos que a
natureza humana responde bem a estímulos e incentivos económicos. Estes estímulos e incentivos, se
forem correctos e acompanhados de informação convincente, são instrumentais para as mudanças de
atitudes. E estas, quando se generalizam, propiciam a emergência de novos paradigmas.

Sabemos há muito que o mercado descentralizado, só por si, não é capaz de corrigir externalidades, nem de
atribuir preço a bens públicos. Estas são, entre outras, razões justificativas da existência do Estado e da
acção governativa. Mas tratando-se de externalidades e de bens públicos de natureza global, as
correspondentes acções reclamam cooperação internacional na definição de políticas e instrumentos
globais, bem como na arbitragem para a repartição de custos e esforços.

Haverá ainda que definir uma métrica de aceitação global, sendo que a mais apropriada será o preço da
tonelada de CO2, seja definido por via administrativa (imposto/subsídio), seja por via de mercado (direitos
de emissão transaccionáveis).

O Protocolo de Quioto teve o mérito de impor uma autolimitação concertada de emissões dos países
desenvolvidos aderentes, incluindo através de mecanismos de flexibilidade para redução de emissões por
investimento noutros países. A UE foi o primeiro bloco a adoptar um mecanismo de comércio de licenças
de emissão, dando valor indicativo ao CO2 evitado e assim orientando decisões e investimentos na
indústria e energia. Esta experiência de acção pelo mercado carece de ser aprofundada e alargada, com
vista à construção de um verdadeiro mercado mundial de emissões.
Tal mercado mundial, ou vários mercados regionais interligados onde os direitos de emissão sejam
transaccionados, será um instrumento-chave para reduzir com eficiência a externalidade em causa - as
emissões de GEE - e para atribuir valor ao bem público em risco - o actual sistema climático. Com um
preço de mercado global para o CO2 e com um quadro de previsibilidade das metas globais de redução de
emissões, haverá um referencial para orientar quer as políticas públicas, quer os investimentos privados.
Precisamos disso para uma mudança rumo à revolução tecnológica e social que há-de compatibilizar
ambiente e desenvolvimento económico, trazendo-nos a tão necessária sustentabilidade.

Textos publicados na edição do Expresso de 25 de Abril de 2009

Ambiente - Riscos e Incertezas


https://sites.google.com/site/esscpglobalizacao/oambiente-riscoseincertezas

Uma Verdade Inconveniente

A globalização tem consequências em praticamente todos os domínios da vida social, muitas difíceis
de prever e/ou de controlar.
Declaração de Al Gore no Live Earth

Muitas das mudanças originadas no processo de globalização levaram a novas formas de risco.

Anthony Giddens (Sociologia, 5ª edição, FKG, Junho de 2007), distingue riscos externos de riscos
manufacturados.

• Riscos Externos:

Até uma época muito recente as sociedades humanas estavam sob ameaça de riscos externos, isto
é, que têm origem no mundo natural e não estão relacionados com a acção do homem:

• perigos que advêm das secas,


• terramotos,
• tempestades,
• fome

• Riscos Manufacturados:

Riscos que resultam do impacto da acção do nosso saber e da tecnologia sobre o mundo natural.

Hoje em dia somos cada vez mais confrontados com este tipo de riscos manufacturados que são um
produto da acção do homem sobre a natureza.

• São disso exemplo as ameaças actuais que derivam do meio ambiente


• Riscos Ambientais
• Riscos de Saúde
• etc.
Segundo o sociólogo alemão Ulrich Beck, estamos perante uma sociedade de risco global.

"À medida que as mudanças tecnológicas progridem de uma forma cada vez mais rápida, produzindo
novas formas de risco, somos obrigados a ajustar-nos e responder constantemente a essas
mudanças. A sociedade de risco, defende o autor, não se limita apenas aos riscos ambientais e de
saúde" - inclui toda uma série de mudanças na vida social contemporânea:

• Transformações nos padrões de emprego


• Um nível cada vez maior de insegurança laboral
• Influência decrescente da tradição e dos hábitos enraizados na identidade pessoal
• Erosão dos padrões familiares tradicionais, e democratização dos relacionamentos pessoais
• O nosso futuro pessoal é hoje em dia muito menos previsível do que se passava nas
sociedades tradicionais
• Todo o tipo de decisões implicam riscos para os indivíduos. Contrair matrimónio, por exemplo,
é hoje em dia uma decisão muito mais arriscada do que antigamente, quando o casamento era
uma instituição vitalícia. As decisões quanto às habilitações literárias e a carreira a seguir
podem também acarretar riscos - é difícil adivinhar as aptidões que serão valorizadas numa
economia que muda de uma forma tão rápida como a nossa.

"Segundo Beck, um aspecto importante da sociedade de risco é que os seus perigos não são limitados
espacial, temporal ou socialmente. Os riscos de hoje em dia afectam todos os países e todas as
classes sociais: as suas consequências são globais, e não apenas pessoais. Muitas formas de riscos
manufaturados como aqueles que dizem respeito à saúde humana e ao meio ambiente, atravessam
fronteiras nacionais. A explosão da central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, ilustra bem
esse ponto. Todas as pessoas que viviam na vizinhança de Chernobyl - independentemente da idade,
classe, género ou estatuto - foram expostas a níveis perigosos de radiação. Ao mesmo tempo, os
efeitos do incidente fizeam-se sentir bemlonge de Chernobyl propriamente dita - por toda a Europa, e
em lugares mais distantes, níveis excepcionalmente elevados de radiação foram detectados muito
depois da explosão ter ocorrido."

Riscos Ambientais (causas):

• Urbanização
• Produção industrial
• Poluição
• Construção de represas e barragens hidroeléctricas
• Projectos agrícolas em larga escala
• Programas de energia nuclear...

São formas de impacto dos seres humanos sobre o meio natural que causam:

• destruição ambiental
• Aquecimento global
• Efeito de estufa
• Calotes polares derretem
• Subida do nível médio das águas do mar
• Mudanças nos padrões climáticos:
• Cheias
• Furacões
• Tsunamis
• Secas
• Pragas de insectos (por ex. gafanhotos)...
Os riscos ambientais têm origem difusa, é difícil determinar a sua causa e os responsáveis bem como
as suas consequências e soluções. Por exemplo, as marés negras e a poluição dos rios, causadas pela
limpeza de petroleiros ou pela laboração de fábricas junto do leito dos rios, têm consequências
nefastas no meio ambiente e na vida de muitas espécies animais. No entanto é difícil identificar os
infractores e encontrar uma resposta eficaz para os problemas. O mesmo acontece todos os anos com
os incêndios florestais

Riscos de Saúde (causas):

• Industrialização
• Uso de pesticidas químicos e herbicidas e fertilizantes artificiais na agricultura moderna
• Uso de hormonas e antibióticos em muitas espécies animais, destinadas ao consumo humano
• Alimentos transgénicos
• Conduziram a novos problemas para a saúde que têm vindo a agravar-se,

Podemos concluir que, de facto, vivemos actualmente numa "Sociedade de Risco Global"".

Escola Secundária de Seomara da Costa Primo - Professor: Alfredo Garcia

http://esscpefasec.blogspot.com/2009/04/conferencia-de-copenhaga-sobre-o-clima.html

Conferência de Copenhaga sobre o clima.


Tem lugar no mês de Dezembro, em Copenhaga, uma conferência da ONU sobre o clima.

"A Comissão Europeia apresentou hoje as suas propostas relativas a um novo acordo
mundial, abrangente e ambicioso, para a resolução do problema das alterações climáticas,
abordando igualmente o financiamento desse acordo. A celebração do novo pacto está
prevista para a conferência da ONU sobre o clima, que terá lugar em Dezembro em
Copenhaga. Para que o aumento da temperatura possa ser mantido inferior a 2°C, os países
em desenvolvimento vão exigir, ao mundo desenvolvido e às instituições multilaterais, um
financiamento substancialmente superior que os ajude a contribuírem para a resolução do
problema das alterações climáticas. Nas propostas da Comissão inclui-se a criação de um
mercado do carbono à escala da OCDE até 2015 e de fontes de financiamento internacional
inovadoras, com base nas emissões e na capacidade de pagamento de cada país.
Stavros Dimas, Membro da Comissão responsável pelo Ambiente, declarou: “O tratamento
das causas e impactos das alterações climáticas vai exigir um significativo investimento
público e privado ao longo das próximas décadas, se bem que o custo desse investimento
venha a ser muito menor do que o de deixarmos as alterações climáticas continuarem o seu
curso destrutivo. O Plano de Relançamento da Economia Europeia e as medidas similares
que estão a ser tomadas em todo o mundo em resposta à crise económica constituem uma
oportunidade para lançarmos o investimento necessário a uma economia com baixas
emissões de carbono e, simultaneamente, estimularmos o crescimento, a inovação e a
criação de emprego. Serão, porém, indispensáveis outras soluções de financiamento para se
alcançar um acordo em Copenhaga. A comunicação hoje divulgada presta um contributo
fundamental, ao avançar um conjunto abrangente de propostas tendentes a escalonar o
financiamento e o investimento.”

Objectivo de Copenhaga

O objectivo da UE é limitar o aquecimento global a menos de 2°C acima da temperatura pré-


industrial, dado existirem fortes indícios científicos de que as alterações climáticas
constituirão um perigo para além daquele limiar.
O acordo de Copenhaga deve, não só estabelecer metas mundiais para a redução das
emissões, mas também proporcionar uma base para o reforço da capacidade de adaptação
de cada país às alterações climáticas. A comunicação oferece propostas concretas para a
consecução destas metas1.

Metas e medidas

Para permanecermos abaixo do limiar dos 2°C, é necessário que as emissões à escala
mundial atinjam o seu máximo antes de 2020, descendo em seguida, até 2050, para menos
de 50% dos níveis de 1990. Para este efeito, são necessárias medidas tanto dos países em
desenvolvimento como dos desenvolvidos.

Os países desenvolvidos devem liderar o processo, reduzindo as suas emissões colectivas


até 30% dos níveis de 1990 no horizonte de 2020. A União Europeia deu um exemplo, ao
comprometer-se a reduzir em 30% as suas emissões se outros países desenvolvidos se
vincularem a cortes comparáveis, e aplicou já as medidas tendentes a diminuir em 20% as
suas próprias emissões (IP/08/1998). A comunicação propõe parâmetros específicos para
assegurar que as metas nacionais envolvam um grau de esforço comparável. Todos os
países da OCDE e os Estados-Membros da UE, bem como os países candidatos à adesão e os
potenciais candidatos, devem estabelecer metas de emissão.

Os países em desenvolvimento, com excepção dos mais pobres, devem, até 2020, limitar
o crescimento das suas emissões colectivas a 15-30% abaixo dos níveis correspondentes ao
cenário de ausência de medidas específicas. Para o efeito, impõe-se uma rápida diminuição
das emissões resultantes da desflorestação tropical (IP/08/1543). Estes países devem
comprometer-se, até 2011, a adoptar estratégias de desenvolvimento com baixa emissão de
carbono, abrangendo todos os principais sectores emissores. Haverá um novo mecanismo
internacional para avaliar estas estratégias e casar as acções propostas com um apoio
externo adequado.

Financiamento do desenvolvimento com baixa emissão de carbono

Para que as emissões possam ser reduzidas, o investimento adicional líquido à escala
mundial poderá ter de subir para cerca de 175 mil milhões de euros por ano em 2020. Os
países em desenvolvimento necessitarão de mais de metade deste montante. Até 2020, as
acções levadas a cabo nestes países terão, na sua maioria, baixos custos – senão lucros –,
devendo ser financiadas a nível interno. O apoio financeiro internacional a acções que
excedam as capacidades internas de um país deve provir de fontes como os fundos públicos
e os mecanismos internacionais de crédito para o carbono.
O acordo de Copenhaga deve igualmente prever um quadro de ajuda aos diversos países na
adaptação às alterações climáticas inevitáveis. A todos os países, desenvolvidos ou em
desenvolvimento, deve ser exigida a elaboração de estratégias nacionais para a adaptação.
Os mais vulneráveis dos países menos desenvolvidos e dos pequenos Estados insulares em
desenvolvimento devem receber apoio para a adaptação.
A UE deve estudar potenciais fontes inovadoras de financiamento internacional baseadas no
princípio do «poluidor-pagador» e na capacidade de pagamento. Uma parte das receitas dos
Estados-Membros obtidas com o leiloamento no âmbito do sistema de comércio de licenças
de emissão da UE poderá também ser utilizada para apoiar os países em desenvolvimento.

Mercado mundial do carbono

A UE deve procurar criar, até 2015, um mercado do carbono à escala da OCDE mediante a
ligação do seu sistema de comércio de licenças de emissão a outros sistemas comparáveis
de cap-and-trade (limitação e transacção), a fim de atenuar as alterações climáticas e reunir
fundos para o seu combate. O mercado deve ser alargado às principais economias
emergentes até 2020, com vista à criação de um mercado mundial do carbono.
O mecanismo de desenvolvimento limpo instituído pelo Protocolo de Quioto deve ser
reformulado. No caso dos países em desenvolvimento mais avançados e dos sectores
económicos altamente competitivos, o mecanismo de desenvolvimento limpo deve ser
gradualmente substituído por um mecanismo de crédito sectorial e por sistemas de cap-and-
trade.
Próximas etapas
Os destinatários da comunicação são o Conselho, o Parlamento e os órgãos consultivos da
UE. Prevê-se que o Conselho Europeu dê a sua resposta em Março."
Ver também MEMO/09/34 .
Outras informações
[1] Towards a comprehensive climate change agreement in Copenhagen COM39

Origem do texto: http://lexuniversal.com/pt/news/7626

"Estamos numa situação grave e Copenhaga vai ser fundamental, pois espera-se que até
2018 se atinja um nível insustentável de emissões de carbono. Esperamos que os países
desenvolvidos diminuam as emissões e que a China e a Índia não aumentem. É basicamente
isso que se vai discutir".

Viriato Soromenho-Marques,

professor da Universidade de Lisboa, "

Diário de Notícias", 21-04-2009

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