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METODOLOGIA

Com base no tema proposto, esta pesquisa foi desenvolvida sob a perspectiva qualitativa,
sendo ela a pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica é feita por meio de leituras de livros,
revistas, jornais, artigos e etc., com o intuito de coletar o máximo de informações possíveis a
despeito do tema estudado, o que possibilita um preparo melhor para o procedimento durante a
pesquisa de campo, demostrando realmente que o investigador está por dentro do conteúdo
para possíveis indagações do público em questão. Marcone e Lakatos apontam que este tipo
de pesquisa tem como finalidade colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi
escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto.

Desta forma, a pesquisa bibliográfica, permite ao pesquisador um conhecimento mais acurado,


fornecendo informações claras sobre o objeto estudado. Além, é claro, de ampliar seu
conhecimento, a mesma, se torna uma notável “arma” para o investigador que busca
respostas, que de acordo com Gil (1989, p. 71) [...]a pesquisa bibliográfica reside no fato de
permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que
aquela que poderia pesquisar diretamente.

Por ser um trabalho relevante no campo das pesquisas relacionadas ao assunto, entende-se
que será de fundamental importância para o acervo bibliográfico da instituição e para os
demais interessados nesse tipo de abordagem.
Capitulo I - A HISTÓRIA DA LINGUA PORTUGUESA

A língua portuguesa surgiu do latim, que chegou à península ibérica por meio dos romanos,
Segundo Coutinho (1972), a península ibérica era rica em ouro e prata, e isso despertou a
cobiça de outros povos, como fenícios e gregos. A luta pela posse desta região foi favoráveis
fenícios, que se fixaram na região, onde viviam do comercio navegação. Mais tarde os fenícios
perderam o território para os indígenas. Ainda conforme Coutinho, (1972) logo em seguida os
celtas penetram nestas terras, a mistura de Iberos e Celtas originaram os povos Celtiberos,
neste período falava –se o dialeto fenício, o púnico, e planejavam dominar a península. Contra
isso, os celtiberos clamaram pelos romanos. Ao invadirem a península, Roma a declarou
província romana, que conforme Carvalho e Nascimento (1981) começa uma dominação, onde
Roma impunha aos vencidos seus hábitos, suas culturas e sua língua: o Latim.

O Latim passou a permear todo o território conquistado, em escolas abertas pelos romanos, em
templos, estradas, além da obrigatoriedade de seu uso nas transações comerciais, nos atos
oficiais e serviço militar. Coutinho (1972) aponta que, mais tarde aos ser invadido pelos
Bárbaros Germânicos, de nações diversas e dialetos próprios, a península que estava
romanizada, tanto em língua como em cultura, assim, os vencedores adotaram o latim como
sua língua unificada. Entretanto, mais tarde o império romano ali construído foi dissolvido, os
Bárbaros Romanos preferiram fechar escolas e coibir as instruções por julgar que isso
enfraquecia o homem, tal ação, causou o desaparecimento da nobreza romana. Segundo
Carvalho e Nascimento (1981), O latim tornou-se livre para modificar-se e dividir em duas
modalidades: o latim vulgar, e o latim clássico. O latim passou a servir a todos os povos
analfabetos da região, sendo assim, como língua falada se vulgarizou a serviço do povo inculto.
Coutinho (1972) aponta que seus usuários eram soldados, marinheiros, artífices, agricultores,
barbeiros e escravos. Tornando-se uma língua viva e diversificada podendo ser alterada de
acordo o cotidiano dos seus usuários. Coutinho (1972) ainda ressalta que o latim clássica
sendo a língua falada e escrita, era rígido e artificial, usado por poetas e filósofos, mais adiante
nos conventos e mosteiros, que cuidaram de guardar a língua Latina como tradição.

A continuidade das guerras e invasões trouxeram à península os árabes, introduzindo a este


espaço uma língua a mais, que passou a ser falada simultaneamente ao latim. Alterando
levemente a formação de varias palavras.
Ainda conforme Carvalho e Nascimento, (1981) uma guerra foi instaurada para expulsão do
povo árabe da península, o sucesso da “cruzada” ou guerra “ Santa” deu como recompensa a
um dos guerreiros, D. Henrique, Conde de Borgonha, a mão da D. Tereja , filha do rei, e junto
recebeu ainda o Condado de Portucalense, como dote. Segundo Carvalho e Nascimento
(1981), aos poucos foi conquistando novos territórios, e assim formou-se o que é hoje o
território português.

Ainda sobre isso Carvalho e Nascimento (1981) aponta que, ao se tornar independente, a
nação portuguesa falava o galego-português, mais tarde tornou-se o português, que em 1290
foi oficializado como língua o seu uso obrigatório, por um decreto do rei D. Diniz.

A chegada da língua portuguesa ao Brasil se deu após um longo período de mudanças na


Idade média. Isso ocorreu no momento das grandes navegações entre o século XV e XVI. O
português brasileiro se formou a partir da língua de diversos povos no evento da colonização
do Brasil pelos portugueses. Deste modo, à medida que aumentava o contingente de
portugueses ia se fortalecendo esta língua que hoje é falada pelos mais de 190 milhões de
brasileiros que vivem dentro e fora do Brasil. A despeito disso, Souza Oliveira afirma que:

A nossa língua nacional é, em


substância a portuguesa, modificada
na pronúncia, com leves e pouco
numerosas alterações sintáticas, mas
copiosamente opulenta no léxico
pelas contribuições indígenas e
africanas e pelos produtos da criança
interna. (apud CARVALHO;
NASCIMENTO, 1981, p. 99).

Em 1758, o Marques de Pombal, impôs a língua portuguesa, proibindo o uso da língua geral na
colônia e o seu ensino nas escolas. Desse modo não coube aos índios mais o direito de usar
outra língua que não fosse a portuguesa, doravante a o português passa a ser tanto a língua
oficial do Estado como a língua mais falada do Brasil.
O português hoje comporta em si uma diversidade que é resultante de aspectos geográficos e
culturais, além de possuir particularidades investigadas constante e incansavelmente pelos
linguistas.

CAPITULO II O PRECONCEITO LINGUÍSTICO E SEUS IMPACTOS NA SOCIEDADE

Com base nos diversos estudos a cerca da língua portuguesa falada atualmente no Brasil, é
possível afirmar que esta realidade linguística seja fruto das influencias das diversas línguas
que chegaram ao nosso país desde a colonização. A partir daí começou todo um processo de
mestiçagem e interpenetração de culturas. Segundo Oliveira (1999 p.10), Em função de toda
essa gama de influências que alimentou o português do Brasil, é natural que ele apresente
diferenças no vocabulário, fomentando uma diversidade linguística que é reconhecida também
quando os Parâmetros Curriculares Nacionais aponta que: “A língua Portuguesa, no Brasil,
possui muitas variedades dialetais. Identificam-se geográfica e socialmente as pessoas pela
forma como falam” (BRASIL, MEC/PCN, 2001, p. 31). Além disso, trata - se de um pais com
uma variedade de manifestações culturais, misturas de etnias, de níveis escolares diferentes e
de classes sociais diferentes. Assim, numa sociedade tão diversificada não há motivo para se
pensar que todo mundo fala igual.

As diferenças na pronúncia e na fonética do português brasileiro geraram-se, ao longo da


história da língua no país, uma polêmica sobre o falar das pessoas, de forma que esta língua
ganhou duas dimensões: o correto, e o errado, de acordo com os estudiosos da gramatica
normativa.

No bojo desta discussão, gerou e tem gerado o chamado preconceito linguístico. Tal
preconceito é visto com rigor quando uma pessoa utiliza uma linguagem que foge da gramática
normativa imposta e apresentada nas escolas. Sobre esta não aceitação do modo de falar de
cada individuo, Bagno (2007a, p. 32), aponta que nenhuma das línguas é mais “certa”, ou mais
“errada”, são, ao contrario, diferentes umas das outras, e, por sua vez atendem às diferentes
necessidades linguísticas de cada povo. Assim, é importante lembrar que, os costumes desses
povos são outros, a cultura é outra, os contextos sociais são diferentes. De modo que, cada
língua é adaptada ao seu local de origem, ou seja, onde ela se mantém viva e fluente.

Tendo por base a concepção de Marcos Bagno de que a língua é viva e que se renova a cada
dia, tornando assim, um dos principais instrumentos que sustentam a vida em sociedade, ela se
torna responsável pela comunicação e interação entre os indivíduos. No entanto, ela também
pode atuar de maneira negativa, sendo uma das ferramentas de segregação social. Para Bagno,
O preconceito linguístico, no Brasil, é muito evidente, uma vez que, falta o entendimento de que
há diversas variantes na língua, e, uma não deveria ser mais prestigiada em relação às demais.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de linguagens Códigos e suas Tecnologias afirma que se


deve respeitar e preservar as diferentes manifestações da linguagem utilizada pelos diversos
grupos sociais, em suas diferentes expressões seja universal ou particular.

Em sua Gramática Pedagógica do Português Brasileiro, Marcos Bagno (2012, p 121) diz:
“como a sociedade é heterogênea, as diferentes comunidades de fala que a compõem
apresentam diferenças no uso da língua. Compreende-se que tais diferenças se devem à
história de cada comunidade”. Assim, é possível concluir, a partir desse trecho, que a língua
não pode ser vista apenas como uma realização de cada indivíduo, outrossim, como uma
realização da sociedade, já que é considerada como capacidade humana de articular
significados coletivos e compartilha-los.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


(1999 p.14 ) a linguagem é responsável pela produção de sentido da vivencia em
comunidade, dos indivíduos em geral, ainda nos remete á ideia de que a linguagem é uma
herança social, a primeira realidade assimilada pelo individuo, e que os envolve permeando o
conhecimento e as formas de conhecer e pensar as maneiras de se comunicar. Neste prisma,
entende-se o preconceito linguístico pode ser um dos piores males impregnado na sociedade,
pois, trata-se da crença de que existe uma única Língua Portuguesa de prestígio, seria a
Língua culta padrão. Essa forma de se pronunciar é ensinada nas escolas, propagada nos
dicionários e livros didáticos e gramaticais. De acordo com Bagno (2007a, p. 40), qualquer
manifestação linguística que foge da gramática normativa é considerada “errada” ou
“deficiente”.

Ainda neste sentido, Os PCN’s (1998) orientam que o preconceito linguístico, como qualquer
outro preconceito, resulta de avaliações subjetivas dos grupos sociais e deve ser combatido
com vigor e energia (BRASIL, 1998, p.82). Assim, é preciso olhar para esse preconceito de
forma mais acurada, e aborda-lo na escola de forma mais dinâmica, já que se trata de uma
condição que sem dúvida é o grande mal de algumas escolas e de profissionais que nelas
atuam. Pois, na escola deve-se mediar e conscientiza os educandos a terem um
posicionamento crítico e conhecedor dos seus direitos. Educá-los que sua língua, sua cultura,
seus costumes, seus hábitos não são rudimentar ou atrasados e sim únicos com características
próprias.
Marcos Bagno (2007) apresenta e define o preconceito linguístico como:

O preconceito linguístico se baseia na crença de que só existe [...] uma única


língua portuguesa digna deste nome e que seria a língua ensinada nas
escolas, explicada nas gramáticas e catalogada nos dicionários. Qualquer
manifestação linguística que escape desse triângulo escola- gramática-
dicionário é considerado, sob a ótica do preconceito linguístico, “errada, feia,
estropiada, rudimentar, deficiente [...] (BAGNO, 2007, p. 38)
CAPITULO III O PRECONCEITO LINGUÍSTICO NA ESCOLA

O estudo de variadas literaturas a cerca da variação linguística no Brasil, nos permite


acreditar que cada indivíduo possuí características próprias na forma de agir, de ser, de se
expressar e principalmente de comunicar-se. Os PCN’s (1998) a despeito da língua norteiam
que a mesma é o veículo principal para os humanos serem diferenciados, além de e
contribuir para a socialização de um grupo de fala. Nesse sentido, a linguagem nos permite
que a comunicação aconteça nas mais diversas situações de conversação. Bortoni-Ricardo
(2004) sobre a comunicação considera que, um domínio social é um espaço físico onde as
pessoas interagem assumindo certos papéis sociais. Sobre os papéis sociais, entende-se
como conjunto de obrigações e de direitos definidos por normas socioculturais. Os mesmos
são construídos no próprio processo da interação Humana. Nesse interim, a língua torna-se o
signo que melhor representa a figura humana e identifica de onde somos e quem somos.

É possível entender que normas diferentes em ambientes linguísticos diferentes

[...] A norma culta, na perspectiva sociolinguística


brasileira, é o nome que se dá ao conjunto das
variedades faladas pelas pessoas que têm
escolaridade superior completa, nascidas e criadas
em ambiente urbano. [...] a norma-padrão é uma
abstração de língua, um modelo ultrapassado e
totalmente desvinculado da realidade contemporânea
da língua. Por isso, existe um abismo largo e fundo
entre a norma culta, ou seja, a língua realmente
falada pelos brasileiros privilegiados, e a norma-
padrão, que é um código enrijecido que se inspira em
usos muito antigo e ultrapassado. (REVISTA
PEDAGOGICA, 2008, p. 6)

Com base no exposto acima percebe-se a forma absurda de seres humanos, de tratar o
outro como uma caixa vazia de conhecimento que acaba favorecendo a evasão escolar, a
desistência, o desprazer de ir à escola. Se, como afirma Bagno (2007), dominar a norma
padrão fosse motivo de ascensão social os professores estariam no topo da pirâmide
monetária porque são os únicos que deveriam dominar a regras da norma padrão, mais isso
não acontece.
Para que se cumpra bem a tarefa de ensinar é necessário que se viabilize
o ensino escolar, tornando acessível para as inúmeras variedades linguísticas (sociais,
regionais, sexo, gênero, faixa etárias) que qualquer língua viva possui. Dessa forma não se trata
de substituir um uso por outro, mas, sobretudo, elocubrar os educandos sobre a diversidade
linguística que há no ambiente escolar. Para tal, não seria necessário a exclusão da norma
culta ou da norma padrão, entretanto, trata-se da conscientização de é possível adquirir
competências na língua portuguesa, reconhecendo os diversos usos da língua, inclusive o da
norma padrão.

Contudo, a escola tem sido a principal vilã neste contexto, pois, conforme Sírio Possenti (2008,
p.17), especificamente no ensino de português, “nada será resolvido se não mudar a concepção
de língua e de ensino na escola”. O uso de um dialeto diferente por alguns alunos não justifica a
incapacidade de aprender e dominar ambas as modalidades linguísticas. Neste sentido, a escola
deve ensinar a variação padrão, mas não tem o direito de menosprezar o aluno de classes
populares que se utiliza de uma variação menos valorizada pela sociedade. Assim os PCN’s
(1997) enfatizam que:

“O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de


plena participação social, pois é por meio dela que o homem se
comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de
vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento.
Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização
social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de
garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos
necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos
(BRASIL, 1997, 21).”

Sabe-se que, os dialetos fazem parte da vida escolar e ignorar esse fato é menosprezar a
capacidade cognitiva do aluno, e mais ainda, é uma ação preconceituosa e excludente. A língua
padrão é apenas uma base para que o aluno entenda e compreenda as formalidade dessa
língua, uma vez que, a mesma deve estar inserida no contexto estudantil. O que a escola não
deve desconsiderar é a cultura, a situação social e o espaço onde o aluno está inserido. Isso
seria como aponta Possenti (2008), um crime contra os discentes e sua cultura.

Portanto, o preconceito linguístico, disseminado na sociedade e na escola, enfocando o


reconhecimento, às variações, as diversidades e o modo de vida dos seus indivíduos. Esse
problema “deve ser enfrentado como parte do objetivo educacional mais amplo de educação
para o respeito à diferença” (BRASIL, 1997, p. 31). É certo que, não se trata da questão de
falar certo ou errado, mais saber que há falas apropriadas para ser utilizadas em
determinados contextos. Assim, pressupõe que, à escola cabe ensinar o aluno a utilizar a
linguagem nas mais diversas situações comunicativas sejam elas formais ou informais. “A tese
de natureza político-cultural diz basicamente que é uma violência, ou uma injustiça, impor a um
grupo social os valores de outro grupo”. (POSSENTI, 2008, p. 18)

A escola deve, assim como o professor, propiciar ao aluno a liberdade de defender


seus pontos de vista, de opinar, de respeitar as opiniões diferentes, só assim tais discentes
serão capacitado e dominarão as diversas formas de se comunicarem, sem restringir a língua
materna do aluno. Uma vez, dominado a linguagem como deve ser de fato, os alunos terão
plenos poderes de participarem ativamente em uma sociedade, até porque, educar é formar
cidadãos. Incorporar essa tática de gramática contextualizada na escola, e fazê-la surtir efeitos,
seria indubitavelmente, uma arma poderosa, para os alunos apreenderem e dominarem a sua
língua materna, no caso, a língua portuguesa, que na maioria das vezes é tida como chata,
ruim, difícil, enfim, uma porção de fatores negativos vivenciado aos longos dos anos. Cabe à
escola a tarefa de formar verdadeiros cidadãos capazes de se sustentarem de forma
harmoniosa perante a sociedade. Pois, a ela incube o dever de ensinar a variação padrão, mas
não o direito de menosprezar o aluno de classes populares que se utiliza de uma variação
menos valorizada pela sociedade. Portanto, Possenti (2008), afirma que desconsiderar a
cultura do alunado é um crime imperdoável,

Assim, o preconceito linguístico deve ser admitido e combatido. Primeiramente, nas escolas,
onde, segundo PCN (Linguagens, Comunicação e sua Tecnologias Ensino Médio, 1999) o aluno
deve compreender as varias relações das linguagens, para que seja preservada e respeitada a
identidade de todos os grupos sociais, sem desmerecer as demais expressões de
comunicações. Nesse sentido, é fundamental que a escola faça uma abordagem mais
aprofundada sobre esse tema, além de ensinar aos alunos, nas aulas de Português, as
variantes existentes na língua, deve preconizar o conhecimento de sua língua como legitima,
permitindo-os colocar –se como protagonistas na elaboração do seu processo de comunicação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização deste trabalho proporcionou a possibilidade de que o preconceito tem sua


origem na certa tradições e costume que podem ser passados de geração para geração,
reproduzindo modelos discriminatórios. Neste sentido acredita-se que as pessoas sejam
preconceituosas por não entenderem o universo da língua. Foi possível perceber também
que no Brasil falamos um Português bastante diversificado, uma vez que o nosso país é
uma sociedade diferente em sua cultura, costumes, classes, e formação étnica, e isso deve
ser compreendido positivamente. As divergências presentes na fala das pessoas, são por
vezes notadas e consideradas geralmente por certas pessoas na sociedade como feias e
grotescas. Entretanto, foi possível com através da ótica das varias literaturas estudadas,
dos diversos críticos da língua, que não existe língua certa ou errada: há apenas modos de
expressão diferenciados da mesma língua. Portanto, não são sinais de deficiência ou
inferioridade. Também percebemos que não existe língua difícil, todo falante sabe se
expressar muito bem em sua língua materna, pois sabe utilizar com naturalidade as regras
de funcionamento dela.

Assim, conclui-se ninguém fala errado, cada um se expressa de acordo com a


linguagem que aprendeu desde criança com o convívio familiar e grupo social. Importante
entender que, a língua, por sua vez, atende às necessidades de comunicação de cada
povo.

Outro aspecto importante inerente a este estudo é o destaque ao papel do professor,


que consiste em mostrar para o aluno as circunstâncias de uso das variedades linguísticas,
evitando e combatendo a discriminação ao aluno quanto a suas formas de expressão. Tais
fatores incluem aspetos como: o assunto a ser tratada, a intenção comunicativa, a relação
entre interlocutores. Cabe ao professor fugir da intencionalidade de salientar o erro, cuja
norma culta prega com intensidade, mas buscar maneiras de adequar a língua às
circunstâncias de uso.

Portanto, às escolas, é crucial o papel de dar o primeiro passo na conscientização dos


alunos de que não se deve discriminar ninguém por conta dos aspectos sociais, tampouco
por que fala diferente da variedade linguística padrão. Na verdade, são milhões de
brasileiros que falam o português, se a questão fosse acabar com essas variedades
linguísticas significaria silenciar ou limitar o campo de expressão da maioria da população
brasileira.
Resumo

O presente trabalho trata de um estudo acerca do preconceito linguístico, onde se aborda o


surgimento da língua portuguesa, sua introdução no território brasileiro e, por conseguinte seu uso
de forma variada e diversificada. Com a intenção de preconizar o respeito à divergência
linguística, a ênfase no preconceito linguístico e a forma como ele tem sido enfrentado na escola,
este trabalho busca na sua totalidade oferecer uma reflexão, pautada na literatura de diversos
críticos do assunto.

Desta forma, em consonância com as obras estudadas foi possível verificar também que não
existem necessariamente “certo” ou “errado” na língua, as variedades linguísticas são válidas e
adequadas à situação de comunicação. Uma vez que depende do contexto do individuo e,
sobretudo a influencia do seu meio à sua linguagem. Vale salientar que, apesar das escolas terem
se esforçado para amenizar o preconceito linguístico, ele ainda se faz presente. Com uma leitura
mais aprofundada, verificamos que o preconceito linguístico é apenas um nome que deram para o
chamado preconceito social.
Abstract

The present work deals with a study about linguistic prejudice, which addresses the emergence of
the Portuguese language, its introduction in the Brazilian territory and, consequently, its use in a
varied and diversified way. With the intention of advocating respect for linguistic divergence, the
emphasis on linguistic prejudice and the way it has been faced in school, this work seeks in its
entirety to offer a reflection, based on the literature of several critics of the subject.

In this way, in accordance with the works studied, it was possible to verify also that there are not
necessarily "right" or "wrong" in the language, the linguistic varieties are valid and appropriate to
the communication situation. Since it depends on the context of the individual and, above all, the
influence of his environment on his language. It is worth noting that although schools have been
struggling to alleviate linguistic prejudice, it is still present. With a deeper reading, we find that
linguistic prejudice is just a name they gave to so-called social prejudice.
COUTINHO, Ismael de Lima. Portos de gramática histórica. 7° ed. Rio de Janeiro: ao livro técnico, 1976.

FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão. Prática de texto para estudantes universitários. Petrópolis, RJ:
Vozes,1992

MARTINS, Nilce Sant‟Ana. A história da língua portuguesa V século XIX. São Paulo: Ática, 1988

BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação lingüística. 3. ed. São Paulo: Parábola
Editorial, 2007.

______. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 44. ed. São Paulo: Loyola,1999.

COUTINHO, Ismael de Lima. Gramática histórica de língua portuguesa. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1969.

BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. 49. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2007a.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais (PCNs): Ensino fundamental. Língua Portuguesa / Ministério da
Educação. Secretaria da Educação Fundamental. 3. ed. Brasília: MEC/SEF, 2001

POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: Associação de Leitura do Brasil (ALB) /
Mercado de Letras, 2006.

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