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1. O ponto de partida de Platão, de que a natureza humana é uma caverna se não tiver
uma noção justificada de educação, implica:
( ) Na defesa de um paradigma epistemológico-moral objetivo que permite a crítica e o
enquadramento de situações particulares.
( ) Na afirmação de que o pluralismo chegou para ficar e de que ele dá a última palavra em
termos de fundamentação epistemológico-moral.
( )Na afirmação de que nossa realidade humana se reduz toda à física, sendo impossível
qualquer investigação metafísica, que não pode ser provada.
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2. A noção de natureza humana representa:
( ) Um paradigma epistemológico-moral objetivo.
( ) Uma violação da pluralidade humana.
( ) Uma noção insustentável tendo em vista o empirismo.
3. Vivendo sempre na caverna, os indivíduos tomam a sombra pela verdade. Por quê?
( )A verdade está na caverna.
( ) Acreditam que há um mundo superior ao senso comum.
( ) Vivem sempre o senso comum.
- Teremos então – continuei eu – de pensar o seguinte sobre esta matéria, se é verdade o que
dissemos: a educação não é o que alguns apregoam que ela é. Dizem eles que introduzem a
ciência em uma alma em que ela não existe, como se introduzissem a vista em olhos cegos.
- Dizem, realmente.
- A presente discussão indica a existência dessa faculdade na alma e de um órgão pelo qual
aprende; como um olho que não fosse possível voltar das trevas para a luz, senão juntamente
com todo o corpo, do mesmo modo esse órgão deve ser desviado, juntamente com a alma
toda, das coisas que se alteram até ser capaz de suportar a contemplação do Ser e da parte
mais brilhante do Ser. A isso chamamos o bem. Ou não?
- Chamamos.
- A educação seria, por conseguinte, a arte desse desejo, a maneira mais fácil e mais eficaz de
fazer dar a volta a esse órgão, não a de o fazer obter a visão, pois já a tem, mas, uma vez que
ele não está na posição correta e não olha para onde deve, dar-lhe os meios para isso.
- Acho que sim.
- Por conseguinte, as outras qualidades chamadas da alma podem muito bem aproximar-se das
do corpo; com efeito, se não existiram previamente, podem criar-se depois pelo hábito e pela
prática. Mas a faculdade de pensar é, ao que parece, de um caráter mais divino do que tudo o
mais; nunca perde a força e, conforme a volta que lhe derem, pode tornar-se vantajosa e útil,
ou inútil e prejudicial. Ou ainda não te apercebeste como a deplorável alma dos chamados
perversos, mas que na verdade são espertos, tem um olhar penetrante e distingue claramente
os objetos para os quais se volta, uma vez que não tem uma vista mais fraca, mas é forçado a
estar ao serviço do mal, de maneira que, quanto mais aguda for a sua visão, maior é o mal que
pratica?
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- Absolutamente (PLATÃO. A República, 518b-e, 519a, p. 320-321).
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Mas, embora nosso pensamento pareça possuir essa liberdade ilimitada, um exame mais
cuidadoso nos mostrará que ele está, na verdade, confinado a limites bastante estreitos, e que
todo esse poder criador da mente consiste meramente na capacidade de compor, transpor,
aumentar ou diminuir os materiais que os sentidos e a experiência nos fornecem. Quando
pensamos em uma montanha de ouro, estamos apenas juntando duas ideias consistentes, ouro
e montanha, com as quais estávamos anteriormente familiarizados. Podemos conceber um
cavalo virtuoso, pois podemos conceber a virtude a partir de nossos próprios sentimentos, e
podemos uni-la à forma e figura de um cavalo, animal que nos é familiar. Em suma, todos os
materiais do pensamento são derivados da sensação externa ou interna, e à mente e à vontade
compete apenas misturar e compor esses materiais (HUME, David. Uma investigação sobre o
entendimento humano, p. 35).
14. A partir dessa passagem, responda: qual é a base e o limite do pensamento humano?
De onde se originam nossas ideias? A física ou materialidade é a nossa única
realidade? Como ficam as perguntas metafísicas diante disso?
Portanto, sempre que alimentarmos alguma suspeita de que um termo filosófico esteja sendo
empregado sem nenhum significado ou ideia associada (como frequentemente ocorre),
precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível
atribuir-lhe qualquer impressão, isso servirá para confirmar nossa suspeita (HUME, David.
Uma investigação sobre o entendimento humano, p. 39).
[...] todas as inferências a partir da experiência supõem, como seu fundamento, que o futuro
irá assemelhar-se ao passado, e que poderes semelhantes estarão associados a qualidades
sensíveis semelhantes. Se houver qualquer suspeita de que o curso da natureza possa vir a
modificar-se, e que o passado possa não ser uma regra para o futuro, toda a experiência se
tornará inútil e incapaz de dar origem a qualquer inferência ou conclusão. É, portanto,
impossível que algum argumento a partir da experiência possa provar essa semelhança do
passado com o futuro, dado que todos esses argumentos estão fundados na pressuposição
dessa semelhança (HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano, p. 68).
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A partir dessa passagem, responda às seguintes perguntas:
17. O ceticismo significa:
( ) Afirmação de uma objetividade forte.
( ) Recusa de uma objetividade forte.
( ) Afirmação da objetividade metafísica.
19. Qual a relação entre empirismo (toda a realidade se reduz à física, à materialidade),
ciência natural (que estuda a realidade física, que está reduzida à realidade física,
tendo por método a pesquisa empírica quantitativa) e o ceticismo (crença de que não
existe objetividade forte) em Hume?