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aprendizagem do sujeito
EMOTIONAL STATE: conceptualizing and emotional as this interferes with the learning of
the subject
ABSTRACT
The present work has as its theme the Emotional State: conceptualizing and emotional as this
interferes with the subject of learning and brings with it a study that highlights some active
factors in the individual's behavior and how it may or may not adversely affect the process of
apprehending. The same is based on a bibliographic nature study looking at the view of some
Piaget authors (1977), Vygotsky (1998), Wallon (1972) among others, the understanding of
the emotional state and its relation to learning and understanding definitions of what is
emotional. Coming to the conclusion that the emotional factor triggers various events on the
subject in their behavioral, social, intellectual and emotional level.
1 INTRODUÇÃO
O foco deste trabalho foi identificar alguns fatores que interferem no estado emocional
do indivíduo, bem como analisar a ligação do estado emocional com a aprendizagem e
1
Pedagoga – Faculdade de Educação São Francisco do Maranhão. Pós-graduanda em Psicopedagogia Clinica e
Institucional e Docência do Ensino Superior - Faculdade de Educação São Francisco do Maranhão. E-mail:
luysl_la.vieira@hotmail.com
2
Profª Mst. Orientadora pela a Faculdade de Educação São Francisco do Maranhão. Pedagoga, Mst. em
Educação e Psicanálise, Psicopedagogia Clínica, Institucional e Hospitalar; Especialista em Educação Especial,
Docência do Ensino Superior; Neuropsicopedagoga; Supervisão Educacional pela UESPI, Saúde Mental –
UFMA; Psicopedagoga Clínica do Centro Integrado Especializado – CIES; Associada à ABpp (Associação
Brasileira de Psicopedagogia – PI). E-mail: psic.remediosbarreto@hotmail.com
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120 descobrir qual escolha seguir ou entender os erros que o levou até a este estado emocional.
Por esse pressuposto busca-se entender o estado emocional e como ele reflete na
educação resultando em conflitos internos que leva ao aprendente a apresentar um nível
educacional baixo, assim, como alguns fatores que podem ser a causa que interfere no estado
emocional e que, por conseguinte, na aprendizagem.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O QUE É EMOÇÃO?
Emoção é uma palavra usada diariamente para designar um estado de espirito e é
relativamente pesquisada entre os teóricos-científicos para chegar a uma descrição, e
compreender como esse fator está inteiramente ligado a vida social, cultural e psicológica do
homem.
Ao questionarmos sobre uma definição do que é emoção, primeiramente, parte-se da
compreensão do senso comum, em que a mesma se apresenta como um estado emocional que
define a condição em que nos encontramos.
Entretanto, para a perspectiva teórico-científico, é complexo se chegar a uma definição
ou um conceito claro e objetivo do que é emoção, pois é uma área que está em estudos, e para
que se possa compreender como esse estado define a ação positiva ou negativa do homem,
abordaremos visões de alguns autores sobre essa temática.
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está “(...) a serviço de uma transformação não somente do mundo, mas também do
sujeito, de acordo com certas estratégias cognitivas e emocionais específicas” (ZAVIALOFF,
1998, p. 24 apud MACHADO, 2011, p. 652), todavia, a emoção como regente do
comportamento humano, também modificou o mundo em suas estruturas organizacionais no
convívio social e no desenvolvimento cognitivo que estão enraizadas nas normas e valores
culturais que compõem a identidade ou características da sociedade, e, portanto, a mesma se
altera bem como o sujeito, que por sua vez, modifica o modo de pensar, a sociedade e o
mundo.
Em suma, o estado emocional traz consigo diferentes interpretações, linhas de estudos
e pesquisas que visam encontrar a origem da emoção e poder conceituá-la, sanando todas as
dúvidas que surgiram na tentativa de esclarecer o significado deste estado que tanto altera as
condições físicas e cognitivas do homem. Com base nestas informações acerca dos
significados da emoção, entendemos a existência de diversas interpretações do qual
partiremos para a compreensão das causas que levam ao desequilíbrio emocional e que
É neste paradoxo que Wallon (1972) vem mencionar sobre esta relação social e
biológica envolvendo estes dois aspectos – cognitivo e emocional – a qual, um atinge o outro
na medida em que ocorre o amadurecimento, pois é a partir do vínculo com o ambiente social,
que o indivíduo acumula os conhecimentos que está imerso na cultura, bem como o acesso a
construção da linguagem que se tornarão como instrumentos mediadores para o
desenvolvimento cognitivo, todavia, conforme a maturação cerebral ocorre, mantem-se uma
relação conflituosa com a emoção onde “a razão nasce da emoção e vive da sua morte”, ou
seja, a emoção transforma-se em uma atividade intelectual (DANTAS, 1992, p. 85 a 86).
Essa complexidade vem demostrar que é indiscutível se pensar na emoção dissociada
da razão, pois “não existe estados afetivos sem elementos cognitivos, assim como não
existem, comportamentos puramente cognitivos” (PIAGET apud AMORIM E NAVARRO,
2012, p. 4), portanto, na existência de uma, a outra se sobrepõe e vice-versa, havendo um
paralelo entre as duas. O que se observa é que não há condutas estritamente racionais, visto
que, o homem não se apropriou de suas capacidades cognitivas completamente por ter a sua
125 origem a partir da emoção, haja visto que a conduta do homem parte inicialmente pela a
emoção mobilizando o ambiente para atender as suas necessidades, iniciando o convívio
social a partir da ajuda do outro.
Seguindo esta corrente Wallon (1972) cita que as ações humanas surgem quando o
bebê chora, desencadeando uma reação no outro, desta forma, despertando a sobrevivência e
estímulos por meio da comunicação, corporais e afetivos e em caráter contagioso, a qual a
emoção age na coesão do grupo social (GALVÃO, 1995 apud ABED, 2014, p. 52).
LeDoux (1994, 1996, 2002) acreditava que há uma conexão existente entre a emoção
e a cognição, sendo estas “faces da mesma moeda e não moedas diferentes” e que uma é
existência da outra, referindo-se a este dois pontos como uma operação do cérebro por inteiro
(apud OLIVA, 2006, p. 56).
A psicologia vem mencionar que a emoção está em vários meios adaptativos e atua de
modo eficiente e harmonioso. E cada aspecto da emoção opera de modo diferenciado e
alternado, com maior ou menor intensidade para o desenvolvimento da formação do sujeito,
portanto:
A moderna Psicologia evolucionista põe as emoções em foco, entendendo-as
como programas super-ordenados que coordenam muitos outros, ou seja,
como soluções de problemas adaptativos de mecanismos de orquestração:
organizam percepções, atenção, inferência, aprendizagem, memória, escolha
de objetivos, prioridades motivacionais, estruturas conceituais,
categorizações, reações fisiológicas, reflexos, decisões comportamentais,
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processos de comunicação, níveis de energia e de alocação de esforços,
coloração afetiva de eventos e de estímulos, avaliações da situação, valores,
variáveis reguladoras, como auto-estima, e assim por diante. (OLIVA, 2006,
p. 56)
É indiscutível a ligação entre a emoção e a cognição, onde a mesma passa a
desenvolver o indivíduo. Como fator evolucionista, a essência humana é buscar compreender
esses fatores e principalmente a emoção como atuante destas singularidades, e a aprendizagem
caminhando paralelamente com esses conhecimentos e sentimentos.
Em uma observação simplista podemos dizer que a aprendizagem se dá por meio da
emoção, e os aspectos emocionais podem influenciar na aprendizagem das crianças, pois em
alguns pontos o reforço emocional é tão importante quanto o cognitivo, por isto “quando se
trata de explicar porque aprendem aqueles que conseguem aprender, geralmente nos
remetemos as teorias cognitivas, escuta-se dizer, esta criança aprende porque é inteligente e
não escutamos dizer essa criança aprende porque é amada e muito apoiada por seus pais”.
(GÓMEZ & TERÁN, 2008, p. 101). Desse modo, é nítido a abrangência do aspecto
emocional que se reflete na aprendizagem da criança que, por conseguinte, leva o sujeito a um
126 nível facilitador do conhecimento significativo.
Ainda para as autoras Gómez e Terán (2008) que analisaram que o conhecimento
obtido por meio da emoção é um mecanismo motivacional para o desenvolvimento intelectual
e físico da criança, pois ao serem estimuladas as mesmas tendem a progredir de forma mais
rápida diante das atividades propostas, assim:
Se chegamos a compreender o que é aprender, podemos observar que o fato
de ter as bases biológicas adequadas não nos garante a aprendizagem. O
caminhar, o falar, o escrever e os outros conhecimentos exigem uma
aprendizagem. Quando uma criança aprende a andar, o faz não só porque
tem pernas e pode fazê-lo, mas sim porque seus pais desejam que ande e a
consideram capaz de andar apesar de saberem que andando ela pode sair de
vista ou afastar-se. [...] Assim então vemos que o desenvolvimento
emocional sadio é um fator importante para assegurar uma escolaridade com
êxito (GÓMEZ & TERÁN, 2008, p. 102).
Por isto, para que o processo de aprendizagem ocorra é necessário que a criança sinta-
se capaz de aprender, e um destes fatores estimulantes para a promoção desse processo, é a
emoção, que viabiliza um estado de satisfação e confiança para a realização das atividades
propostas e na estruturação dos saberes apreendidos. Logo, a tarefa que aparentemente se
tornaria enfadonha ou difícil, passa a ser prazerosa e não somente os conhecimentos
transmitidos pelo o educador como também o ambiente de estudo, deixando-o à vontade para
se expressar, imaginar e a desenvolver-se socialmente, afetivamente e cognitivamente.
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Todavia, de forma mais clara e concisa Wallon (1986) vem potencializar a importância
desse fator como mediador da aprendizagem e principalmente como elemento desenvolvedor
do indivíduo – que aqui refere-se a criança – como expoente expressor. Como parte disso o
mesmo ressalta que “as emoções têm um papel predominante no desenvolvimento da pessoa.
É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades [...]” (apud AMORIM e
NAVARRO, 2012, p. 2).
Ficando bem claro que essa ligação existente é imprescindível para a promoção da
aprendizagem e desenvolvimento do sujeito, e, consequentemente, na sua formação social. Em
outras palavras, a emoção conduz o homem em suas ações como na compreensão do ambiente
que o rodea e em seus pensamentos.
Dantas (1992) ao citar Wallon (1972) menciona que a emoção é uma reação química
regressiva quando traz desequilíbrio ao individuo ao afetar a cognição, e que dependerá do
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comportamento do sujeito para reestruturar os seus pensamentos e recuperar o
comando da situação, pois:
A emoção traz consigo à tendência para reduzir a eficácia do funcionamento
cognitivo; neste sentido, ela é regressiva. Mas a qualidade final do
comportamento do qual ela está na origem dependerá da capacidade cortical
para retomar o controle da situação. Se ele for bem-sucedido, soluções
inteligentes serão mais facilmente encontradas, e neste caso a emoção,
embora, sem dúvida, não desapareça completamente (isso significaria atingir
um estado não emocional, o que não existe, já que para Wallon, a
afetividade é componente da ação, e se deve entender como emocional
também um estado de serenidade), se reduzirá (WALLON, 1972, apud
DANTAS, 1992, p. 88).
Embora haja o controle destas emoções, este sentimento não desaparecerá por
completo, apenas permanecerá num estado inerte reduzindo a desestabilidade do pensamento,
e com a aprendizagem não é diferente, visto que, para que o indivíduo possa aprender, o
mesmo precisa estar bem, fisicamente e emocionalmente para, ter uma maior concentração em
seus estudos e, assim, o processo de aprendizagem poderá ser retomado.
128 Ainda para a autora essa relação que há entre a emoção e a aprendizagem, reflete no
grau que a mesma pode ocasionar no sujeito, principalmente, como causa de desestabilidade
cognitiva, onde “[...] É possível afirmar, pois, que a emotividade é diretamente proporcional
ao grau de inaptidão, de incompetência, de insuficiência de meios. [...]”, essa desorganização
do pensar prejudica a assimilação do aprender, e o aprendente, por sua vez, apresenta um
estado baixo de concentração (DANTAS, 1992, p. 88).
130
emocionalmente diante de diferentes situações como divórcios, problemas familiares,
superproteção, rivalidade entre irmãos, morte de pessoas próximas, situações novas, etc”.
(GÓMEZ e TERÁN, 2008, p. 102), que são condicionantes para despertar problemas
emocionais que irão dificultar a compreensão do aprendente na situação a qual este faz parte e
prejudicar o seu desenvolvimento cognitivo.
Em suma, compreende-se que os fatores emocionais ocasionam desequilíbrio no aspecto
sócio-afetivo-cognitivo, o que prejudica no desenvolvimento do sujeito e no aprimoramento
das habilidades quanto nas novas adquiridas, e, as reações orgânicas alteram-se e elevam o
estado físico, o comportamento e as percepções, portanto, a aquisição e assimilação do saber
só ocorrerá a partir do momento que o sujeito apresente um estado de ânimo estabilizado que
favoreça o apreender.
METODOLOGIA
Este trabalho fundamentou-se numa pesquisa de cunho bibliográfico a partir das visões
de autores teóricos e científicos que possuem influência na área educacional, psicopedagógico
e psicológico onde busca-se a compreensão acerca do objeto de estudo que é o estado
emocional e da sua relação conflituosa com a aprendizagem. Por isso, pretende-se analisar os
pontos positivos e negativos no desenvolvimento educacional da criança no processo de
ensino aprendizagem bem como o entendimento sobre o que é emoção, e a partir desta
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premissa inicia-se um percurso que nos levara a compreender como essas reações são
atuantes no nosso comportamento, tendo como bases teóricos como Vygotsky, Piaget e
Wallon.
E por meio de estudos e pesquisas foi necessário buscar mais estudiosos para se
aprofundar e obter maior resultado diante do estudo proposto bem como para melhor
compreensão e diálogo com as teorias aqui apresentadas foram acrescidos estudos de autores
como Gómez e Terán, Machado e Miguel dentre outros para o enriquecimento deste trabalho.
Pontos aqui apresentado foram observados pela a autora em suas observações em salas de
aulas e durante o estágio desta pós-graduação onde percebeu-se a necessidades de se pesquisar
e estudar acerca do estado emocional no processo de ensino aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Numa visão ampla acerca do estado emocional compreende-se que este fator é
131
condicionante do pensamento e regente do comportamento humano. E que apesar de não
apresentar um conceito claro e definitivo a emoção evidencia o vínculo existente entre o
apreender - o efeito que esta pode ocasionar seja ela de forma positiva ou negativa – e a
atividade social – interferindo na comunicação e no comportamento.
A explosão emocional que ocorre no sujeito desencadeia diversas manifestações e é
por meio dessas reações que se busca compreendê-las como atuante destas atitudes. E no
âmbito escolar é fundamental que possamos desempenhar papeis que ajudaram o aprendente a
manejar esse conflito interno criando situações que lhes favoreça e auxiliem na redução deste
estado.
Para as autoras Gómez e Téran (2008) “uma vez compensada e superada a dificuldade
podemos ver que a parte emocional também melhora” que reflete no modo de pensar e agir,
recuperando os sentidos e percepções que são fatores desenvolvedores do sujeito.
Cabe a escola e ao educador criar um ambiente acolhedor e atuante diante das queixas
apresentadas pelo o aprendente para que o processo de aprendizagem de fato ocorra e que os
desafios postos aos discentes tornem-se prazeroso e encorajador e não como um processo
humilhante e desconfortável, pois:
(...) ao educador não deveria bastar-lhe que seu aluno faça bem as
multiplicações e divisões, ou responda a uma avaliação. Existe um sinal
inconfundível para diferenciar a ortopedia da aprendizagem: o prazer do
aluno quando consegue uma resposta. A apropriação do conhecimento
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As ações mediadoras devem ser tomadas para que o conhecimento obtido seja
interiorizado, compreendido e relacionado com as experiências diárias, concretizando o
processo do saber, para que o alunado se mostra de forma mais atuante como também nas suas
atividades sociais.
Essas considerações apenas tangenciam o extenso universo que o estudo das emoções
abarca. Pois é necessário que continuem os estudos e pesquisas acerca desta temática, visto
que, a emoção atua em diversas situações como, menor ou maior intensidade a qual a mesma
pode deixar marcas nos níveis psicológico, pedagógico, fisiológico e social.
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