Sie sind auf Seite 1von 3

Leucemia Promielocitica Aguda: Revisão literaria.

Abstrat
A leucemia promielocítica aguda (LPA) caracteriza-se por alterações genéticas t(15;17),
recorrentes que envolvem o gene do receptor alfa do ácido retinóico. A conseqüência é uma
proteína com sensibilidade reduzida ao ligante, com bloqueio da diferenciação mielóide. Apresenta
uma boa resposta ao tratamento com o ácido all trans retinóico (ATRA), são capazes de suplantar
esta deficiência, e este é o princípio fundamental do tratamento da LPA, permitindo uma sobrevida
livre de doença acima de 80% quando adequadamente tratada. Entretanto, alguns pacientes
desenvolvem uma complicação grave chamada síndrome do ácido retinóico (SAR). O objetivo
deste estudo foi comparar as características hematológicas e imunofenotípicas de pacientes com
LPA que desenvolveram a SAR com as daqueles que não a desenvolveram.

Introdução

A leucemia promielocítica aguda, ou LMA com translocação t(15;17), corresponde a cerca de 20%
a 25% das LMAs nos países latino-americanos 1-3 e apresenta características clínicas, morfológicas
e biológicas peculiares, que a distinguem dos demais subtipos dessa doença. Do ponto de vista
morfológico, corresponde ao subtipo M3 da classificação franco-américo-britânica (FAB) e
caracteriza-se pela interrupção da maturação mielóide e acúmulo de células leucêmicas semelhantes
a promielócitos na medula óssea4 . Clinicamente, difere das outras LMAs por estar associada à
coagulopatia em cerca de 60% a 90% dos pacientes5-7, e esta é a principal responsável pelas altas
taxas de mortalidade precoce durante as fases iniciais do tratamento. A LPA é o primeiro modelo de
doença genética adquirida tratada com uma droga específica, o ácido all-trans-retinóico (ATRA),
que induz diferenciação terminal seguida de apoptose das células leucêmicas. Atualmente, o
tratamento adequado, incluindo a combinação de ATRA e antracíclicos, induz à remissão em mais
de 90% dos pacientes e a sobrevida livre de doença em seis anos é superior a 80%8 . Entretanto, o
prognóstico depende do diagnóstico imediato e acurado, assim como da instituição precoce da
terapêutica específica.
O diagnóstico de certeza exige a demonstração das alterações cromossômicas específicas, quer por
métodos de citogenética, quer por técnicas de biologia molecular. Entretanto, a citomorfologia e a
imunofenotipagem contribuem significativamente para o diagnóstico7-9. Orfao et al 8
demonstraram a existência de um perfil imunofenotípico típico da LPA, caracterizado pela pequena
variação nos valores de intensidade de fluorescência do antígeno CD33 (expressão homogênea),
que contrasta com a expressão heterogênea do CD138 . Ademais, as células leucêmicas são
HLA-Dr e CD34 negativos, e CD15 fracamente positivo ou negativo9,10. O mesmo padrão
imunofenotípico foi detectado na variante hipogranular11

Objetivo

O objetivo deste estudo foi comparar os 15 artigos selecionados suas características hematológicas e
imunofenotípicas de pacientes com LPA que desenvolveram a chamada síndrome do ácido retinóico
(SAR) com as daqueles que não a desenvolveram.

Métodos

Foram selecionados a partir da base de dados Scielo, 15 artigos com assuntos voltados
especificamente a Leucemia Promielocitica Aguda, e síndromes relacionadas a doença. Esses
artigos foram escolhidos por manterem o padrão que estudo predispunha.
Resultados
Apartir da leitura feita dos artigos selecionados foi visto que dos pacientes analasidos a incidência
da SAR foi de 11,26% e o tempo médio para seu desenvolvimento 11,5 dias do início do
tratamento. Todos os pacientes apresentaram desconforto respiratório agudo, por vezes associado à
febre, ganho de peso, edema e insuficiência renal. Os achados radiológicos mais comuns foram:
opacidades em vidro fosco, derrame pleural, espessamento peribrônquico e aumento da trama
vascular pulmonar. Nenhuma das variáveis laboratoriais analisadas correlacionou-se
significativamente ao risco de desenvolvimento da SAR, entretanto as Odd Ratios para CMF para o
CD117 > 30 ua e CV para o CD33 < 50 foram de 7,14 (P=0,08) e de 7,86 (P=0,06),
respectivamente.

Conclusão

O tratamento da LPA tem como característica peculiar, além do direcionamento ao alvo molecular,
a baixa toxicidade, quando comparado às outras LMAs. Acredita-se ainda ser possível reduzi-la
com novas estratégias terapêuticas. O presente estudo mostra que nenhum parâmetro clínico e
laboratorial foi capaz de identificar quais os pacientes com LPA que irão desenvolver esta
complicação.

Referência Bibliografica

1. Douer D, Preston-Martin S, Chang E, Nichols PW, Watkins KJ, Levine AM. High
frequency of acute promyelocytic leukemia among Latinos with acute myeloid leukemia.
Blood. 1996;87(1):308-13.
2. Mendes WL, Coser VM, Ramos G, Pereira W, Lopes LF, de Oliveira MS. The apparent
excess of acute promyelocytic leukemia in infant acute leukemias in Brazil. Haematologica.
2004;89(11):ELT16.
3. Otero JC, Santillana S, Fereyros G. High frequency of acute promyelocytic leukemia among
Latinos with acute myeloid leukemia. Blood. 1996;88(1):377.
4. Bennett JM, Catovsky D, Daniel MT, Flandrin G, Galton DA, Gralnick HR, et al. Proposals
for the classification of the acute leukaemias. French-AmericanBritish (FAB) co-operative
group. Br J Haematol. 1976;33(4):451-8.
5. Candoni A, Damiani D, Michelutti A, Masolini P, Michieli M, Michelutti T, et al. Clinical
characteristics, prognostic factors and multidrug-resistance related protein expression in 36
adult patients with acute promyelocytic leukemia. Eur J Haematol. 2003;71(1):1-8.
6. Sanz MA, Martin G, Rayon C, Esteve J, Gonzalez M, az-Mediavilla J, et al. A modified
AIDA protocol with anthracycline-based consolidation results in high antileukemic efficacy
and reduced toxicity in newly diagnosed PML/ RARalpha-positive acute promyelocytic
leukemia. PETHEMA group. Blood. 1999;94(9):3015-21.
7. Hernandez JM, Martin G, Gutierrez NC, Cervera J, Ferro MT, Calasanz MJ, et al.
Additional cytogenetic changes do not influence the outcome of patients with newly
diagnosed acute promyelocytic leukemia treated with an ATRA plus anthracyclin based
protocol. A report of the Spanish group PETHEMA. Haematologica. 2001;86(8):807-13.
8. Sanz MA, Martin G, Gonzalez M, Leon A, Rayon C, Rivas C, et al. Riskadapted treatment
of acute promyelocytic leukemia with all-trans-retinoic acid and anthracycline
monochemotherapy: a multicenter study by the PETHEMA group. Blood.
2004;103(4):1237-43.
9. Sainty D, Liso V, Cantu-Rajnoldi A, Head D, Mozziconacci MJ, Arnoulet C, et al. A new
morphologic classification system for acute promyelocytic leukemia distinguishes cases
with underlying PLZF/RARA gene rearrangements. Group Francais de Cytogenetique
Hematologique, UK Cancer Cytogenetics Group and BIOMED 1 European
CoomunityConcerted Acion “Molecular Cytogenetic Diagnosis in Haematological
Malignancies. Blood 2000; 96:1287-96.
10. Orfao A, Chillon MC, Bortoluci AM, LopezBerges MC, Garcia-Sanz R, Gonzalez M, et al.
The flow cytometric pattern of CD34, CD15 and CD13 expression in acute myeloblastic
leukemia is highly characteristic of the presence of PML-RARalpha gene rearrangements.
Haematologica 1999; 84:405-12.
11. Neame PB, Soamboonsrup P, Leber B, Carter RF, Sunisloe L, Patterson W, et al.
Morphology of acute promyelocytic leukemia with cytogenetic or molecular evidence for
the diagnosis: characterization of additional microgranular variants. Am J Hematol 1997;
56:131-42.
12. Orfao A, Ciudad J, Gonzalez M, Lopez A, Del Mar Abad M, Paz Bouza JI, et al. Flow
cytometry in the diagnosis of cancer. Scand J Clin Lab Invest Suppl 1995; 221:145-52.
13. EG, Portieres FL, Martins SLR, Rego EM, Zago MA, Falcão RP. The microgranular and the
t(11;17)/PLZF-RARa variants of acute promyelocytic leukemia also present the flow
cytometric pattern of CD13, CD34 and CD15 expression characteristic of PML-RARa gene
rearrangement. Am J Hematol 2004;76:44-51.
14. Rafael J., et al. Do paradigma molecular ao impacto no prognóstico: uma visão da Leucemia
Promielocítica Aguda. Rev Assoc Med Bras 2004; 50(3): 286-92.
15. Flávia S, et al. Características hematológicas e perfil de expressão de antígenos mielóides na
síndrome do ácido retinóico. Rev Assoc Med Bras 2008; 54(1): 82-9.

Das könnte Ihnen auch gefallen