A hierarquia das leis no direito do trabalho se processa com a
Constituição Federal prevalecendo no ordenamento jurídico brasileiro. E em
caso de ter normas jurídicas que beneficie o trabalhador (já trazia isto antes da reforma trabalhista), estas prevalecem. Então temos um princípio protetor de que a predomina a norma mais favorável. Temos a Constituição Federal no topo da pirâmide de hierarquia das leis trabalhistas, mas sua finalidade não é como do direito do comum.
Na hierarquia das leis temos a função política distribuindo poderes entre:
a União, os estados e os municípios; Para o Direito do Trabalho prioriza o social e a melhor condição para o trabalhador assim forma-se um princípio sobre a hierarquia das suas leis sendo aplicada norma mais favorável ao trabalhador. Se houver duas ou mais normas versando a mesma matéria sempre aplicara à mais vantagens ao trabalhador.
Pela Pirâmide de hierarquia das leis temos: a Constituição Federal,
Emenda Constitucional, Lei complementar, Lei Ordinária, Lei Delegada, Decreto do Legislativo, Decreto Presidencial, Portaria, Instrução Normativa, Resolução, Ato Normativo, Ato Administrativo, Portaria e Aviso.
Com o fundamento de validade a carta magna se encontra no topo da
pirâmide. Para o tema em questão Negociando o Legislado nenhuma lei pode contrariar o Artigo 7º ( direitos trabalhistas) e nem outro dispositivo constitucional. Mas as demais normas podem ser contrariadas para beneficio das empresas e dos trabalhadores com o que foi negociando no acordo ou convenção coletiva. Assim com a proposta da reforma trabalhista de novembro de 2017 a lei 13.467/17, que modificaram vários artigos da (CLT), Consolidação das Leis do Trabalho, quanto às leis 8.213/91( que dispõe sobre os planos de benefícios da Previdência Social e dá outras providencias), 98036/90 ( dispõe sobre o Fundo de Garantia FGTS) e 13.429/17 ( que altera dispositivos da Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que dispõe sobre o trabalho temporário nas empresas urbanas; e relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiro (nova lei de terceirização).
Assim se reduz os direitos mínimos que eram assegurados na legislação
heterônoma estatal, em negociação in pejus.
Nesse sentido, Márcio Túlio Viana assinala:
Na verdade, o negociado já prevalece sobre o legislado, quando se trata de dar mais vantagens ao trabalhador. Assim, o que se está pretendendo não é valorizar a convenção coletiva, como instrumento de conquistas da classe trabalhadora, mas desvalorizá- la, utilizando-a para destruir o que foi construído. É esse o significado real do slogan.