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CURSO BÁSICO

DE TEOLOGIA

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Pr. norrau- --- aSiqueira
Antônio
SEITAS E HERESIAS

ANTÔNIO SIQUEIRA
© 2012 Assembleia de Deus em Anápolis . Ministério Madureira

Autor Livro-Texto para o Curso Básico de


Antônio R. Siqueira Teologia do IBMA.
Publicado com a devida autorização e
Direção Geral
Pr. Bertiê Adais Magalhães com todos os direitos reservados para a
Igreja Evangélica Assembleia de Deus
em Anápolis - Ministério Madureira.
Direção Editorial
Pb. Vânio Alves Limiro - Editor
Proibida a reprodução deste livro por
Supervisão qualquer meio sem a devida permissão,
SUPEC - Sup. de Educação Cristã Pr. podendo ser usado apenas para breve
Baltazar Pedro Cai rias citações.

Revisão
Vânio Limiro
Pr. Joaquim B. Silva

Projeto Gráfico | Capa


Vânio Alves Limiro

1" edição - junho de 2012


Impressão e acabamento
Editora Visão (62) 3211-1600

Siqueira, Antônio R.
Seitas e Heresias, Antônio R. Siqueira - Anápolis, 2012

Publicação da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Anápolis - Ministério Madureira.


Fundada em 05 de março de 1940 - CNPJ: 01.108.778/0001-81
Av. Tiradentes 1299 . Centro. CEP: 75040-100. Anápolis GO
Tel: (62) 3902-2767 - www.adanapolis.com.br - Email: supec@adanapolis.com.br
APRESENTAÇAO

"E muitos seguirão as suas dissoluções, pelo quais


blasfemam o caminho da verdade" (2 pe 2.2).

Por falta de conhecimento da Palavra e,


consequentemente, das verdades bíblicas, as heresias têm
comprometido a qualidade espiritual de muitos cristãos, os
instrumentos que contrariam as verdades de deus são
considerados pelas escrituras como os falsos mestres, eles
procuram atacar todas as bases do cristianismo a fim de
atingir a fé do cristão, e muitos são levados por encantos e
fantasias sem nenhum embasamento bíblico.
Para iniciarmos a defesa da fé que confessamos é
interessante conhecer pelo menos um pouco sobre as religiões,
seitas e heresias, pois elas nunca mostram a sua verdadeira
face, comumente se apresentam de maneira arguciosa, por
isso as pessoas fracas e simples acabam aderindo e somente
depois percebem que é uma verdadeira dissimulação.
Que Deus te ilumine no entendimento deste tão
importante ensino. É este o propósito deste livro e deste curso.
Tenha um bom proveito.
Pb. Vânio Limiro
Editor
E jesus, respondendo, disse-lhes:
Acautelai-vos, que ninguém vos engane;
porque muitos virão em meu nome, dizendo:
eu sou o cristo; e enganarão a muitos.
Mateus 24:4-5
SUMARIO

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................... 3

PARTE 1
RELIGIÕES, SEITAS E HERESIAS
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 8

CAPÍTULO 1
AS RELIGIÕES ............................................................................................................... 12

CAPÍTULO 2
CLASSIFICAÇÃO E GEOGRÁFICADAS RELIGIÕES ............................................. 14

CAPÍTULO 3
A CLASSIFICAÇÃO FILOSÓFICADASRELIGIÕES .................................................. 18

CAPÍTULO 4
AS SEITAS ...................................................................................................................... 30

CAPÍTULO 5
A IDENTIFICAÇÃO DAS SEITAS .................................................................................. 34

CAPÍTULO 6
O PERIGO DAS SEITAS ............................................................................................... 39

PARTE 2
ASPECTOS COMPARATIVOS DE RELIGIÕES E SEITAS

CAPÍTULO 7
O CATOLICISMO ......................................................................................................... 46

CAPÍTULO 8
O ESPIRITISMO ............................................................................................................. 54

CAPÍTULO 9
ADVENTISMO DO SÉTIMO DIA................................................................................... 64

CAPÍTULO 10
O MORMONISMO....................................................................................................... 73

CAPÍTULO 11
AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ ..................................................................................... 84
CAPÍTULO 12
O ISIAMISMO ...................................................................................................... 89

CAPÍTULO 13
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS........................................................................... 93

CAPÍTULO 14

A NOVA ERA ....................................................................................................... 95

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ .....97

Atividade de Verificação de Aprendizagem .............................................................. 99


PARTE 1

RELIGIÕES, SEITAS
E HERESIAS
8 | SEITAS E HERESIAS

INTRODUÇÃO

O homem é um ser religioso e na constante busca de


saciar essa sua fome pela espiritualidade, a humanidade
sempre se valeu de meios e recursos que satisfizessem sua
curiosidade pelo o que está além dele, em esferas espirituais.
Essa ação religiosa no homem é resultante da criação do
homem para viver em comunhão com o seu criador. A perda
dessa comunhão com Deus foi desastrosa para a humanidade
em vários aspectos, e ao se dar conta desse prejuízo, o homem
sempre tentou se reconectar com o seu criador, mas sempre do
seu modo, originando assim vários tipos de crenças.
Não há como negar as seitas fazem parte do nosso
cotidiano. Como disse certo autor,
Algumas são populares e amplamente aceitas na
sociedade. Outras são isolacionistas e procuram se esconder
ao máximo, para evitar o estudo de suas ações. Elas crescem e
florescem a cada dia. As seitas causam grande prejuízo e
sofrimento a alguns de seus seguidores, mas existem outras
que parecem beneficiar profundamente seu seguidor.
Não devemos nos assustar com o aumento do número
cie seitas e heresias que estão surgindo a cada dia. É quase
profético, Jesus já nos advertira que no final dos tempos
surgiria esse tipo de movimento, "novas seitas religiosas e
filosóficas, responsáveis pelos grandes absurdos e desvios
doutrinários, provocando uma inundação de ideias com o
objetivo de confundir as mentes desavisadas ou
despreparadas".
SEITAS E HERESIAS | 9

I) DEFINIÇÃO DE TERMOS
1. Religião
Deriva do termo latino "Re-Ligare", que significa
"religação" com o divino. Essa definição engloba neces-
sariamente qualquer forma de aspecto místico e religioso,
abrangendo seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou
formas de pensamento que tenham como característica
fundamental um conteúdo Metafísico, ou seja, de além do
mundo físico.
2. Mitologia
É uma coleção de contos e lendas com uma concepção
mística em comum, sendo parte integrante da maioria das
religiões, mas suas formas variam grandemente dependendo
da estrutura fundamental da crença religiosa. Não há religião
sem mitos, mas podem existir mitos que não participem de
uma religião.
3. Seitas
Etimologicamente falando, pode-se derivar seita do
verbo latino sequi, seguir; donde seita seria o seguimento de
alguma concepção ou teoria ou também de algum grande
Mestre. Há quem derive o vocábulo de seco, secare, cortar,
donde seita seria algo cortado ou dissidência. Como quer que
seja na realidade é difícil definir o que é uma seita, pois são
várias as modalidades de seitas, de modo que as definições
correm o risco de não abranger todas as respectivas notas. Eis,
porém, algumas das conceituações mais frequentes:
0 Grupo religioso que professa doutrinas que divergem dos

verdadeiros ensinos bíblicos, sendo que muitos, apesar de


utilizarem a Bíblia distorcem ou negligen-
10 I SEITAS E HERESIAS

ciam a mensagem central das Escrituras. Normalmente,


formam uma comunidade fechada de cunho radical cujo
sistema diverge da opinião geral, mas é seguido por
muitos que se dedicam intensamente ao proselitismo".
• Um grupo não-ortodoxo, esotérico (do grego esoterikós,
que significa conhecimento secreto, ao alcance de poucos).
Podem ter devoção a uma pessoa, objeto, ou a um conjunto
cie ideias".
• Veja o que dizem Escobar e J. M. Ganuza:
"Seitas são grupos constituídos por homens e mu-
lheres, geralmente pequenos grupos, cujos membros
são unidos entre si por uma ou várias ideias
religiosas, filosóficas, ocultistas, espíritas, mágicas
ou por uma mistura de todas ou de algumas destas
ideias. Tais grupos garantem reter a verdade
absoluta e a solução para todos os problemas do
homem. Além do quê, caracterizam-se pelo se-
guimento irrestrito do(s) seu(s) líder (es)" (Juan
Daniel Escobar, Sectas, Cristianismo y Catolicismo.
(Análisis eclesiologico, em Medellin n° 87,
setembro 1996, p. 26).
"As seitas são grupos religiosos, geralmente pe-
quenos, cheios de entusiasmo, constituídos por
homens e mulheres, associados voluntariamente
após uma conversão. Acreditam ter descoberto a
verdade e a solução; excluem radicalmente os outros
crentes; colocam-se contra as Igrejas e contra o
mundo e obedecem cegamente ao(s) seu(s) fundador
(es)". (J. M. Ganuza, Las Sectas nos dividen,
Santiago 1993, p. 14)
SEITAS E HERESIAS | 11

4. Heresias
Heresia deriva da palavra grega "haireses" e significa
"escolha", "seleção", "preferência" ou "partido".
"Do ponto de vista cristão heresia é o ato de um
indivíduo ou de um grupo se afastar do que ensina a
Palavra de Deus e adotar e divulgar suas próprias
ideias ou as de outrem, em matéria de religião. É o
abandono da verdade". (OLIVEIRA, p.02)

Uma definição bem clássica de heresia pode ser re-


sumida como "Uma doutrina ou um conjunto delas que
divergem dos verdadeiros ensinos bíblicos, e apesar de terem
"aparência" de verdade, contudo não passam de mentiras.
Suas origens quase sempre são as distorções nos ensinos da
Bíblia".
CAPÍTULO

1
AS RELIGIÕES

Religião (do latim religare, significando religação com o


divino [1]) é um conjunto de sistemas culturais e de crenças,
além cie visões de mundo, que estabelece os símbolos que
relacionam a humanidade com a espiritualidade e seu
próprios valores morais.
Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e
histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou
explicar a sua origem e do universo. As religiões tendem a
derivar a moralidade, a ética, as leis religiosas ou um estilo cie
vida preferido de suas ideias sobre o cosmos e a natureza
humana.
A palavra religião é muitas vezes usada como sinônimo
cie fé ou sistema de crença, mas a religião difere da crença
privada na medida em que tem um aspecto público. A maioria
das religiões têm comportamentos organizados, incluindo
hierarquias clericais, uma definição do que constitui a adesão
ou filiação, congregações de leigos, reuniões regulares ou
serviços para fins de veneração ou adoração de uma
divindade ou para a oração, lugares (naturais ou
arquitetônicos) e/ou escrituras sagradas para seus praticantes.
SEITAS E HERESIAS | 13

A prática de uma religião pode também incluir ser-


mões, comemoração das atividades de um deus ou deuses,
sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciações, serviços
funerários, serviços matrimoniais, meditação, música, arte,
dança, ou outros aspectos religiosos da cultura humana.
A palavra "religião" foi usada durante séculos no
contexto cultural da Europa, marcado pela presença do
cristianismo que se apropriou do termo latino religio.
No livro "A Cidade de Deus" Agostinho de Hipona
(século IV d.C.) afirma que religio deriva de religere, "re-
eleger". Através da religião a humanidade reelegia de novo a
Deus, do qual se tinha separado. Mais tarde, na obra De vera
religione Agostinho retoma a interpretação de Lactâncio, que
via em religio uma relação com "religar".
Independente da origem, o termo é adotado para
designar qualquer conjunto de crenças e valores que com-
põem a fé de determinada pessoa ou conjunto de pessoas.
Cada religião inspira certas normas e motiva certas práticas.
CAPÍTULO

2
CLASSIFICAÇÃO E
GEOGRÁFICA DAS RELIGIÕES

Esta classificação procura agrupar as religiões com base


em critérios geográficos, como a concentração numa
determinada região ou o facto de certas religiões terem
nascido na mesma região do mundo. As categorias mais
empregues são as seguintes:
1. Religiões abraâmicas: judaísmo, cristianismo,
islamismo, zoroastrismo, fé bahá'í;
2. Religiões da Ásia Oriental: confucionismo, taoísmo,
budismo mahayana e xintoísmo;
3. Religiões da índia: hinduísmo, jainismo, budismo e
siquismo;
4. Religiões africanas: religiões dos povos tribais da África
Negra;
5. Religiões da Oceania: religiões dos povos das ilhas do
Pacífico, da Austrália e da Nova Zelândia;
6. Religiões da Antiga Grécia e Roma.
Esta classificação não se refere à forma como tais
religiões estão distribuídas hoje pela Terra, mas às regiões
onde elas surgiram. Fundamenta-se no fato de que as religiões
paridas em regiões próximas mantém tam-
SEITAS E HERESIAS | 15

bém proximidades em relação aos seus credos, por exemplo:


as religiões nascidas no Oriente Médio em geral são
monoteístas e submetem seus crédulos a forte regime de
proibições e obrigações, sempre se utilizando de ameaças
pós-mortem como a do inferno cristão.
Já as religiões nascidas no Oriente Distante são ou
politeístas ou espiritualistas (não pregam a existência de
nenhum deus, mas acreditam em forças espirituais) e são mais
flexíveis quanto suas normas morais.
A distribuição atual das religiões não corresponde às
suas origens, já que algumas perderam força em suas regiões
nativas e ganharam participação em outras partes do planeta,
um exemplo básico é o cristianismo, que é minoritário no
Oriente Médio (onde surgiu) e majoritário em todo o Ocidente
e na Oceania (para onde migrou). Há ainda o caso das
religiões greco-romanas que dominaram a Europa por séculos
mas hoje são religiões mortas, provavelmente sem nenhum
seguidor vivo em todo o planeta.

Cristianismo Religiões Predominante no mundo ocidental


abraâmicas (Europa, Américas e
Oceania),África subsaariana,
Filipinas e Timor-Leste no Sudeste
da Ásia. Existem minorias no
mundo todo.
Islã Religiões Oriente Médio, Norte da África, Ásia
abraâmicas Central, Sul da Ásia, África
Ocidental, Arquipélago Malaio, com
grandes comunidades na África
Oriental, Bálcãs, Rússia e China
(ver islão por país). [4]

Sem religião Secularismo P re d o mi n a n t e no mundo


ocidental. Existem minorias ao
redor do mundo (ver irreligião por
país).
16 i SEITAS E HERESIAS

Hinduísmo Religiões Sul da Ásia, Bali, Maurícia, Fiji,


indianas Guiana, Trinidad e Tobago,
Surinamee minorias ao redor do
mundo.
Budismo Religiões Sul da Ásia, Ásia Oriental, Sudeste
indianas da Ásia, Austrália e algumas
regiões da Rússia.
Religiões Religiões África, Ásia, Américas
folclóricas folclóricas
Religião Religiões da Ásia Oriental, Vietnã, Singapura e
tradicional Ásia Oriental Malásia.
chinesa
Xintoísmo
Religiões da
Japão
Ásia Oriental

Sikhismo Religiões Subcontinente indiano,


indianas Australásia, América do Norte,
Sudeste da Ásia, Reino Unido e
Europa ocidental.
Espiritismo Religiões Em t o d o o m u n d o , ma s
abraâmicas J principalmente no Brasil, Cuba e na
Novo Jamaica.
movimento
religioso.
Judaísmo Religiões Israel e ao redor do mundo através
abraâmicas da diáspora judaica (maior parte na
América do Norte, América do Sul,
Europa e Ásia).

Jainismo Religiões India e África Oriental.


Indianas
Fé Bahá'í Religiões Dispersa pelo mundo, mas com
abraâmicas grandes populações (cerca de 60%
dos adeptos da Fé Bahá'í), na índia,
Estados Unidos, Vietnã,Quênia,
Congo, Filipinas, Zâmbia, África do
Sul, Irã e Bolívia

Cao dai Religiões da Vietnã.


Ásia Oriental
SEITAS E HERESIAS | 17

Cheondoísmo Religiões da Coreia do Norte e do Sul


Ásia Oriental
Tenrikyo Religiões da Japão e Brasil.
Ásia Oriental
Wicca Estados Unidos, A u s t rá l i a ,
Novo
movimento Europa, Canadá.
religioso
Igreja Messiânica Religiões da Japão e Brasil
Mundial Ásia Oriental
Seicho-no-ie Religiões da Japão e Brasil
Ásia Oriental
Movimento Novo Jamaica, Caribe e África.
rastafári movimento
religioso
Unitário- Novo Estados Unidos, Ca n a d a ,
Universalismo movimento Europa.
religioso
CAPÍTULO

3
A CLASSIFICAÇÃO
FILOSÓFICA DAS RELIGIÕES
Há várias formas de religião, e são muitos os modos que
vários estudiosos utilizam para classificá-las. Porém há
características comuns às religiões que aparecem com maior
ou menor destaque em praticamente todas as divisões.
A primeira destas características e cronológica, pois as
formas religiosas predominantes evoluem através dos tempos
nos sucessivos estágios culturais de qualquer sociedade.
Outro modo é classificá-las de acordo com sua solidez
de princípios e sua profundidade filosófica, o que irá
separá-las em religiões com e sem livros sagrados.
A classificação que leva em conta essas duas carac-
terísticas, divicie as religiões em quatro grandes grupos
distintos: PANTEÍSTAS, POLITEÍSTAS, MONOTEÍSTAS e
ATEÍSTAS.
I) O PANTEÍSMO E NEOPANTEÍSMO
As Religiões panteístas são as mais antigas, dominando
em sociedades menores e mais "primitivas".
SEITAS E HERESIAS | 19

Tanto nos primórdios da civilização mesopotâmica, europeia e


asiática, quanto nas culturas das Américas, África e Oceania.
A palavra PANTEÍSMO vem do grego, pan, "tudo", +
Theós, "deus", dando a entender que tudo é Deus. De acordo
com o panteísmo, Deus é o cabeça da totalidade, e o mundo é
o seu corpo. A forma objetivada, "panteísta", foi cunhada pela
primeira vez por John Toland, em 1705. Por sua vez, Fay
atacou a filosofia de Toland, e usou a forma nominal
"panteísmo". E, desde então o termo tem sido continuamente
usado.
O panteísmo é uma espécie de monismo, que identifica
a mente e a matéria, e que pensa que a unidade é divina. E
assim, o finito e o infinito tornam-se uma e a mesma coisa,
embora diferentes expressões de uma mesma coisa. O
universo passa a ser auto-existente, sem começo, embora
sujeito a modificações. De acordo com o panteísmo, todos os
seres e toda a existência de Deus, são concebidos como um
todo.
O panteísmo é a crença de que o Universo ou a natureza
e deus são idênticos. Sendo assim, os adeptos dessa posição,
os panteístas, não acreditam num deus pessoal,
antropomórfico ou criador. Embora existam divergências
dentro do panteísmo, as ideias centrais dizem que deus é
encontrado em todo o Cosmos como uma unidade
abrangente.
O panteísmo tende a divinizar os elementos da na-
tureza, referindo-se à própria natureza por deus. No
panteísmo, deus tem tamanho igual ao universo. No
panenteísmo, deus está dentro do Universo, mas existe
também fora dele. As formas de panteísmo mais importantes
são:
20 | SEITAS E HERESIAS

1. Hilozoísta - O divino é imanente do mundo e é carac-


terizado como elemento básico do mundo que empresta
mudança e movimento à sua totalidade;
2. Imanentista - Deus faz parte do mundo e é imanente
nele;
3. Monista absolutista - Deus é tanto absoluto quanto
idêntico com o mundo;
4. Monista Relativista - O mundo é real e mutável. Sendo
assim, Deus é imutável e não é afetado pelo mundo;
5. Acósmico - Deus é absoluto e constitui a totalidade da
realidade;
6. Identidade dos Opostos - qualquer dissertação a
respeito de Deus deve necessariamente apelar aos opostos;
7. Neoplatônico - Deus é absoluto em todos os aspectos,
removido do mundo transcendente sobre ele.

O panteísta é aquele que acredita, ou tem a percepção


da natureza e do Universo como divindade. Ao contrário dos
deístas, ele não advoga a existência nem de um Deus criador
do Universo, tampouco das divindades teístas
intervencionistas, mas simplesmente especula que tudo o que
existe é manifestação divina, auto consciente.
De entre as doutrinas ocidentais, o panteísmo é uma das
que mais se aproximam das filosofias orientais como o
Budismo, o Jainismo, o Taoísmo e o Confucionismo.
É também a linha filosófica que mais se aproxima da
filosofia hermética do antigo Egito, onde o principal objetivo é
fazer parte da conspiração Universal, Ou conspiração
Cósmica.
SEITAS E HERESIAS 21

Contudo, o panteísta não vê a Ciência de maneira


diversa de um ateu, não atribuindo a nenhum tipo de
divindade fatos como a origem do Universo, da Vida e da
espécie Humana. Deus, no panteísmo, é todo o Universo. O
seu templo é qualquer lugar e sua lei é a das Ciências
Naturais, a lei natural.
Do ponto de vista bíblico, o panteísmo é deficiente por
causa de duas considerações:
* Negação da transcendência de Deus e defende Sua
imanência radical, enquanto que a Bíblia apresenta um
equilíbrio, onde Deus está ativo na história e na sua
criação, mas não é idêntico a elas.
• Tendência de identificar Deus com o mundo material,
negando assim, o caráter pessoal de Deus. Nas Escrituras,
Deus é retratado supremamente como uma pessoa.
O Neopanteísmo é uma tentativa de aperfeiçoamento
do panteísmo. Para tal, se vale de ideias da química e física
contemporâneas.
A base do argumento neopanteísta é a de que matéria é
energia aprisionada. Deus seria essa energia, que impulsiona
o universo.
No Neopanteísmo encontramos religiões e sitas como o
Racionalismo Cristão, o Neo-Gnosticismo, aTeosofia, aWicca,
as crenças esotéricas, bem como o Espiritsmo Kardecista,
apesar do Kardecismo não se considerar Panteísta e sim antes
Monoteísta.
II) O POLITEÍSMO
As Religiões POLITEÍSTAS por vezes se confundem
com as Panteístas, mas surgem num estágio posterior do
desenvolvimento de uma cultura. Quanto mais
22 1 SEITAS E HERESIAS

a sociedade se torna complexa, mais o Panteísmo vai se


tornando Politeísmo.
Politeísmo (do grego: Poli, muitos, Théos, deus: muitos
deuses) consiste na crença em mais do que uma divindade de
gênero masculino, feminino ou indefinido, sendo que cada
uma é considerada uma entidade individual e independente
com uma personalidade e vontade próprias, governando
sobre diversas atividades, áreas, objetos, instituições,
elementos naturais e mesmo relações humanas.
Ainda em relação às suas esferas de influência, de notar
que nem sempre estas se encontram claramente diferenciadas,
podendo naturalmente haver uma sobreposição de funções de
várias divindades.
O reconhecimento da existência de múltiplos deuses e
deusas, no entanto, não equivale necessariamente à adoração
de todas as divindades de um ou mais panteões, pois o crente
tanto pode adorá-las no seu conjunto, como pode
concentrar-se apenas num grupo específico de deidades,
determinado por diversas condicionantes como a ocupação do
crente, os seus gostos, a experiência pessoal, tradição familiar,
etc.
São exemplos de religiões politeístas as da antiga
Grécia, Roma, Egito, Escandinávia, Ibéria, Ilhas Britânicas e
regiões eslavas, assim como as suas reconstruções modernas
como a Wicca, Xamanismo , Druidismo, Dodecateísmo e ainda
o Xintoísmo.
III) O MONOTEÍSMO
As religiões monoteístas são mais recentes, e atual-
mente as mais disseminadas, o Monoteísmo
quantitativamente ainda domina mais de metade da hu-
manidade.
SEITAS E HERESIAS | 23

O monoteísmo (do grego: iüíio, transi, mónos, "único", e


èâüò, transi, théos, "deus": único deus) é a crença na existência
de apenas um só Deus.[l] Diferente do politeísmo que
conceitua a natureza de vários deuses, como também
diferencia-se do henoteísmo por ser este a crença preferencial
em um deus reconhecido entre muitos.
A divindade, nas religiões monoteístas, é onipotente,
onisciente e onipresente, não deixando de lado nenhum dos
aspectos da vida terrena. São exemplos de religiões
monoteístas:
1. Cristianismo
2. Espiritismo
3. Fé Bahá'í
4. Islamismo
5. Judaísmo
6. Zoroastrismo

IV) O ATEÍSMO
Embora possa parecer estranho, existem religiões
ateístas, que negam a existência de um ser supremo central,
embora possam admitir a existência de entidades espirituais
diversas. Essas religiões geralmente surgem como um reação
a um sistema religioso Monoteísta ou pelo menos Politeísta, e
em muitos aspectos se confunde com o Panteísmo embora
possua características exclusivas.
Ateísmo, num sentido amplo, é a rejeição ou ausência
da crença na existência de divindades e outros seres
sobrenaturais. O ateísmo é contrastado com o teísmo, que em
sua forma mais geral é a crença de que existe pelo
24 | SEITAS E HERESIAS

menos uma divindade. Num sentido mais restrito, o ateísmo é


precisamente a posição de que não existem divindades.
O termo ateísmo, proveniente do grego clássico èaíò
(atheos), que significa "sem Deus", foi aplicado com uma
conotação negativa àqueles que se pensava rejeitarem os
deuses adorados pela maioria da sociedade. Com a difusão do
pensamento livre, do ceticismo científico e do consequente
aumento do criticismo à religião, a aplicação do termo foi
reduzida em seu escopo. Os primeiros indivíduos a
identificarem-se como "ateus" surgiram no século XVIII.
Os ateus tendem a ser céticos em relação a afirmações
sobrenaturais, citando a falta de evidências empíricas. Os
ateus têm oferecido vários argumentos para não acreditar em
qualquer tipo de divindade. Estes incluem o problema do mal,
o argumento das revelações inconsistentes e o argumento de
descrença. Outros argumentos do ateísmo são filosóficos,
sociais e históricos.
Embora alguns ateus adotem filosofias seculares, não há
nenhuma ideologia ou um conjunto de comportamentos a que
todos os ateus aderem. Na cultura ocidental, assume-se
frequentemente que os ateus são irreligiosos embora outros
ateus sejam espiritualistas. Ademais, o ateísmo também
aparece em certos sistemas religiosos e de crenças espirituais,
como o jainismo, budismo e hinduísmo.
O jainismo e algumas formas de budismo não de-
fendem a crença em deuses, enquanto o hinduísmo mantém o
ateísmo como um conceito válido, mas difícil de acompanhar
espiritualmente.
SEITAS E HERESIAS | 25

V) QUADROS COMPARATIVOS DOS GRUPOS


RELIGIOSOS
1. Épocas de surgimento e predomínio

PANTEÍSMO: As mais antigas, remontando a pré-his-


tória onde tinham predominância abso-
luta, e também presentes em muitos dos
povos silvícolas das Américas, África e
Oceania.
POLITEÍSMO: Surgem num estágio posterior de desen-
volvimento social, tendo sido predomi-
nantes na Idade Antiga em todo o velho
mundo, e mesmo nas civilizações mais
avançadas das Américas pré-colombianas.

MONOTEÍSMO: Mais recentes, surgindo a partir do último


milênio aC e predominando da Idade
Média até a atualidade.
ATEÍSMO: Surgem a partir do século V aC, tendo
vingado somente no Oriente e no Ocidente
ressurgindo somente após a renascença
numa forma mais filosófica que religiosa.

Neo PANTEÍSMO: Embora possuam representantes em todos


os períodos históricos, popularizam-
se ou surgem a partir do século XVIII.
2. Base literária

PANTEÍSMO:
Próprias de culturas ágrafas, não possuem
em geral qualquer forma de base escrita,
sendo transmitidas por tradição oral.
26 | SEITAS E HERESIAS

POLITEÍSMO: Nas sociedades letradas possuem fre-


quentemente registros literários sobre seus
mitos, e mesmo nas ágrafas possuem tradições
icônicas mais elaboradas.
MONOTEÍSMO: Possuem Livros Sagrados definidos e que
padronizam as formas de crença, servindo
como referência obrigatória e trazendo
códigos de leis. São tidos como detentores de
verdades absolutas.
ATEÍSMO: Possuem textos básicos de conteúdo pre-
dominantemente filosófico, não possuindo
entretanto força dogmática arbitrária ainda
que sendo também revelados por sábios ou
seres iluminados.
Neo PANTEÍSMO: Seus textos sao em geral filosóficos, em-
bora possuam mais força doutrinária, não
incorrendo porém em dogmas arbitrários.

3. Mitologia
PANTEÍSMO: Deus é o próprio mundo, tudo está interligado
num equilíbrio ecossistêmico e místico. Crê-se
em espíritos e geralmente em reencarnação, é
comum também o culto aos antepassados.
Procura-se manter a harmonia com a natureza,
e o mundo comumente é tido como eterno.

POLITEÍSMO:
Diversos deuses criaram, regem e destroem o
mundo. Se relacionam de forma tensa com os
seres humanos, não raro hostil. As lendas dos
deuses se assemelham a dramas humanos,
havendo contos dos mais diversos tipos.
SEITAS E HERESIAS | 27

MONOTEÍSMO: Um Ser transcendente criou o mundo e o


ser humano, há uma relação paternal entre
criador e criaturas. Na maioria dos casos
um semi-deus se rebela contra o criador
trazendo males sobre todos os seres.
Messias são enviados para conduzir os
povos, profetiza-se um evento renovador
violento no final dos tempos, onde a
ordem será restaurada pela divindade.

ATEÍSMO: O Universo é uma emanação de um prin-


cípio primordial "vazio", um Não-Ser.
Crê-se na possibilidade de evolução es-
piritual através de um trabalho íntimo,
crê-se em diversos seres conscientes dos
mais variados níveis, e geralmente em
reencarnação.
Neo PANTEÍSMO: Acredita-se em geral no Monismo, um
substância única que permeia todo o
Universo num Ser único. São em geral
reencarnacionistas e evolutivas. A
desatribuição de qualidades do Ser su-
premo por vezes as confunde com o Ate-
ísmo.
4. SIMBOLOGIA
PANTEÍSMO: Utilizam no máximo totens e alguns outros
fetiches, é comum o uso de vegetais, ossos,
ou animais vivos ou mortos.
POLITEÍSMO: Surgem os ídolos zoo ou antropomórficos
na forma de pinturas e esculturas em larga
escala. A simbologia icônica se torna
complexa em alguns casos resultando em
formas de escrita ideográfica.
28 | SEITAS E HERESIAS

MONOTEÍSMO: O Deus supremo geralmente não possui


representação visual, mas os secundários
sim. Utilizam símbolos mais abstratos e
de significados complexos.
ATEÍSMO: O Não-Ser supremo não pode ser repre-
sentado, mas há muitas retratações dos
seres iluminados. Há vários símbolos re-
presentativos da natureza e metafísica do
Universo.
Neo PANTEÍSMO: Diversos símbolos e mitos de diversas
outras religiões são resgatados e
reinterpretados, também não há repre-
sentação específica do Ser Supremo mas
pode haver de outros seres elevados.

5. RITUALISMO
PANTEÍSMO: Geralmente ligados a natureza e ocor-
rendo em contato com esta. E comum o
uso de infusões de ervas, danças, oráculos
e cerimônias ao ar livre.
POLITEÍSMO: Passam a surgir os templos, embora em
geral não abandonem totalmente os ri-
tuais ao ar livre. Em muitos casos ocorrem
os sacrifícios humanos, oráculos e as
feitiçarias de controle ambiental.
MONOTEÍSMO: Geralmente restritas ao templos, as hie-
rarquias ritualistas são mais rígidas, não
há oráculos pessoais mas sim profecias
generalizadas com base no livro sagrado.
Não há rituais de controle ambiental.
SEITAS E HERESIAS | 29

ATEÍSMO: Embora ainda comuns nos templos são


também frequentes fora destes. Desen-
volvem-se técnicas de concentração,
meditação e purificação mais específicas,
baseadas antes de tudo no controle dos
impulsos e emoções.
Neo PANTEÍSMO: Em geral baseados no uso de "energias"
da natureza. Não mais têm influência nos
processos civis, sendo restritos a curas,
proteção contra ameaças físicas e
extrafísicas.

6. Exemplos
PANTEÍSMO: Religiões silvícolas, xamanismo, religiões
célticas, druidismo, amazônicas, indíge-
nas norte americanas, africanas e etc.
POLITEÍSMO: Religião Grega, Egípcia, Xintoísmo,
Mitologia Nórdica, Religião Azteca, Maia
etc.
MONOTEÍSMO: Bhramanismo, Zoroastrismo, Judaísmo,
Cristianismo, Islamismo, Sikhismo.
ATEÍSMO: Orientais: Taoísmo, Confucionismo, Bu-
dismo, Jainismo.
Filosofias NeoPlantônicas, Ateísmo Filosófico (Não Religioso)

NTEÍSMO: Espiritismo Kardecista*, Racionalismo Cristão,


Neo-Gnosticismo, Teosofia, Wicca, "Esotéricas", etc.
CAPÍTULO

4
AS SEITAS
A palavra Seita vem do latim “secta" = "seguidor",
proveniente de "sequire", equivalente a "seguir”.
De forma geral é um conceito complexo, utilizado para
designar, em princípio, simplesmente qualquer doutrina,
ideologia ou sistema "Filosófico - Político" que divirja da
correspondente doutrina ou sistema dominante nacional. E
que dessa forma provoque ruptura no nacionalismo -
existente. Bem como também para designar o próprio -
conjunto de pessoas (o grupo organizado ou movimento
aderente a tal Doutrina, Ideologia(palavra derivada de ídolo,
cie adoração "que se choca - diretamente - frontalmente, à
comunidade que se insere") e/ ou sistema que incorpore tudo
isso), os quais, conquanto divergentes da opinião geral,
apresentam significância social.
Usualmente conecta-se superficialmente, somente ao
termo à sua significação específica (stricto sensu) "apenas
religiosa", com o que por "seita" entende-se, a priori e de
ordinário, imediatamente "seita religiosa". Porém, tal nexo
causal não é imperativo, pois nem sempre uma seita está
apenas no domínio religioso. Assume portanto uma
conotação bem mais abrangente e extrapola a parte
SEITAS E HERESIAS | 31

religiosa - pura, incorporando-se ao chamado Fanatismo


de pessoas de tendência Fanática e/ou conduzidas por
essas pessoas.
O conceito essencial de "seita" conecta-se portanto,
não só com o conceito de "heresia(seria muito simples e
fácil, se o fosse só isso)", já que este significa o conjunto
de ideias que, em princípio e face às consideradas domi-
nantes, destas divergem e devem, portanto, ser rejeita-
das e/ou aceitas, e, que, muitas vezes fogem da Lógica
formal.
Assim como a definição de seita é complexa, a clas-
sificação das mesmas é difícil, pois algumas se podem
arrolar debaixo de mais de um título. Eis, porém, uma
tentativa plausível:

I) SEITAS PSEUDO CRISTÃS


São aquelas que negam os pontos centrais da fé cris-
tã, entre elas citamos algumas aqui:
1. As Testemunhas de Jeová, negam a existência da Tri-
unidade e a fé em Jesus Deus e Homem.
2. Os Mórmons ou Igreja dos Santos dos Últimos Dias.
Afirmam que o Pai tem carne e osso; quanto ao Filho
e ao Espírito Santo, são apenas emanações do Pai.
Além disto, têm um código sagrado próprio - o Livro
de Mórmon - além da Bíblia.
3. A Igreja da Unificação ou Associação para a Unifica-
ção do Cristianismo Mundial ou Moonismo, que jul-
ga ser o Rev. Moon o verdadeiro Messias, autor de
um código sagrado chamado "Os Princípios Divinos".
A Ciência Cristã, que nega o mal como se fosse coisa
4. aparente apenas; nega também a doença, que o medo
agrava.
32 I SEITAS E HERESIAS

5. Os Meninos de Deus ou a Família do Amor ou ainda A


Família, que cedem à libertinagem sexual, sob pretexto de
exercer amor.
II) SEITAS ESOTÉRICAS
São comunidades que professam doutrinas secretas,
reservadas unicamente aos iniciados. Distinguem entre o
saber popular superficial e o saber autêntico, único, guardado
para os sábios e profetas. Entre elas estão as seitas como:
1. Rosa-Cruz, que reivindica origem no Egito antigo, mas
que na verdade só começou a existir na Idade Moderna, ou
seja, em 1614. Tem fundo panteísta e reencarn acionista.
2. A Teosofia, que não é cristã, mas indiana e promete
revelações de ordem superior a seus adeptos, ou seja, o
suprassumo de todas as religiões. Também é panteísta e
reencarnacionista.
3. A Antroposofia, derivada da Teosofia, portadora de
semelhante mensagem, mais voltada para o homem.
4. A "Igreja Gnóstica", que se diz herdeira de doutrinas
reveladas por Cristo a discípulos seletos.
5. A "Igreja da Cientologia", que comunica a Dianética a seus
seguidores e os submete a processos de "higiene mental"
violentos; ver pp. 66-75 deste fascículo.
6. As Correntes Ufológicas, que acreditam receber de seres
extraterrestres mensagens a respeito do futuro do planeta
Terra.

III) SEITAS DE ORIGEM ORIENTAL


Algumas destas provém da índia (têm índole panteísta
e reencarnacionista), outras vêm do Japão e do
SEITAS E HERESIAS | 33

Irã, sem contar o Moonismo, que vem da Coreia do Sul. As


mais conhecidas são:
1. De origem indiana.
• A Sociedade Internacional para a Consciência de
Krishna
• A Ioga
• O Budismo e o Zen-budismo
• A Meditação Transcendental
2. De origem japonesa.
• Johrei, que apregoa a Luz Divina a se derramar sobre os
crentes por imposição das mãos de um mestre.
• Perfect Liberty, sistema de Ética, de religiosidade
atenuada.
1. De origem persa.
• A Crença Bahai.
IV) SEITAS NECROMÂNTICAS
Acreditam na comunicação com os mortos e na re-
encarnação. As de origem africana têm concepções politeístas
ou semideuses.
Sob esta perspectiva da comunicação com os mortos,
enquadram-se, como seguidores, o Espiritismo kardecista e
ramos afins e as religiões afro-brasileiras
CAPÍTULO

A IDENTIFICAÇÃO DAS SEITAS


Algumas denominações chamadas "Igrejas" podem, na
verdade, ser seitas em certo grau ou plenamente, desde que
apresentem algumas das características típicas.
Existem muitos aspectos comuns entre as seitas que têm
se disseminado pelo mundo. É importante que saibamos
reconhecer^suas características, a fim de que não sejamos
enganados e até mesmo desviados da fé genuína.
I) CARACTERÍSTICAS DAS SEITAS
Explicitando o conteúdo destas definições, podem- se
indicar algumas características, todas ou quase todas
presentes em uma seita:
1. Os respectivos membros de uma seita rompem os laços
sociais que tinham com a família, os amigos e,
eventualmente, com o cônjuge, o estudo e o trabalho.
2. A seita oferece um clima de comunidade fechada, em que
cada indivíduo está em total dependência do grupo. É
supressa a liberdade pessoal de cada um.
3. As seitas afirmam que a sociedade (o mundo) e suas
instituições estão totalmente corrompidas, de modo que é
preciso afastar-se delas.
SEITAS E HERESIAS | 35

4. A mesma rejeição se dá em relação às correntes religiosas


cristãs e não cristãs. A Igreja Católica, em particular,
ter-se-ia distanciado das Escrituras.
5. Muitas seitas utilizam sofisticadas técnicas
neurofisiológicas, que se ocultam sob os títulos de Me-
ditação, Controle Mental, Renascimento Espiritual. Tais
procedimentos têm por efeito anular o raciocínio e a
vontade de seus clientes. Evita-se assim o eventual espírito
crítico e rebelde dos adeptos.
6. Entre as atividades primordiais das seitas estão o
proselitismo e a arrecadação de dinheiro mediante cursos,
venda de livros explicativos, cassetes, vídeos, bibelôs,
símbolos.
7. Exclui-se todo controle sobre a seita que possa ser exercido
por instâncias estranhas ao próprio grupo.
8. Requer-se submissão incondicional à direção do grupo,
seja ela representada por um chefe (guru, pastor...)
"carismático", seja por um colegiado. A organização é
piramidal, de modo que existe um controle absoluto dos
dirigentes sobre todos os membros do grupo.
9. A seita tem, não raro, objetivos econômicos ou políticos,
mascarados por pretextos religiosos.
10. ) Muitas vezes as seitas exercem pressão psicológica sobre
seus membros para que se desfaçam do seu patrimônio
financeiro em favor do grupo.
II) PRÁTICAS COMUNS DAS SEITAS
As seitas costumam fazer uso de práticas severas
no intuito de "dominar" seus seguidores. Entre as práticas
mais comuns estão:
1. São frequentemente isolacionistas - para facilitar o controle
dos membros fisicamente, intelectualmente, fi-
nanceiramente e emocionalmente.
36 | SEITAS E HERESIAS

2. São frequentemente apocalípticas - dão aos membros um


enfoque no futuro e um propósito filosófico para evitar o
apocalipse.
3. Fornecem uma nova filosofia e novos ensinos - revelados
por seu líder.
4. Fazem doutrinação - para evangelismo e reforço das
convicções de culto e seus padrões.
5. Fazem uso de privações - quebrando a rotina do sono
normal e privação de comida, combinados com a dou-
trinação repetida (condicionamento), para converter o
candiciato em membro.
6. É normal que as seitas ofereçam um sistema de convicção
não verificável. Por exemplo, alguns ensinam algo que não
pode ser verificado - uma nave espacial que vem atrás de
um cometa para resgatar os membros, ou então Deus, um
anjo ou um extraterrestre apareceu e deu a mensagem
para o líder. Frequentemente a filosofia da seita só faz
sentido se você adotar o conjunto de valores e definições
que ela ensina. Com este tipo de convicção, a verdade fica
inverificável, interiorizada e facilmente manipulável pelos
sistemas filosóficos de seus inventores.
III) A IDENTIFICAÇÃO DE UMA SEITA.
As seitas normalmente buscam se firmar na sociedade
fazendo boas obras, caso contrário teriam dificuldade de
serem aceitas. Parecem ser boas moralmente e possuem um
padrão de ensino ético. Às vezes para fazerem seus
ensinamentos utilizam-se da Bíblia, mas sutilmente
introduzem "escritos" que possuem no entendimento deles o
mesmo valor que a Escritura. O uso da Bíblia por esses grupos
é sempre distorcida, com interpretações próprias que vão de
encontro com os valores filosóficos da seita.
SEITAS E HERESIAS | 37

Num resumo das características das seitas podemos


afirmar que as cinco características abaixo, servem como um
teste para usarmos com várias religiões e denominações, para
assim podermos determinar se elas são realmente cristãs
(bíblicas), ou se elas realmente são seitas (querendo ser
consideradas cristãs, mas na realidade sendo opostas à Bíblia
em áreas fundamentais). A falha em apenas UM só dos cinco
testes abaixo é uma infalível indicação de que tais religiões e
denominações SÃO uma seita.
1. Têm Fontes de Autoridade Extra Bíblicas. Este ponto
leva uma seita a dizer e tentar provar aquilo que não é
verdadeiro e, especialmente, não é bíblico. O próprio
caráter de Deus é atacado. 2Tim 3:1-17; 2Ped 1:19-21
2. Negam a real divindade de Jesus Cristo. Negar que
Jesus é o Deus altíssimo, incriado, criador de tudo, eterno e
todo-poderoso, é negar a autoridade das Escrituras e a
necessidade de obedecer a Deus. Muitos chamarão Jesus
de o filho de Deus, de um dos deuses, mas não o chamarão
de o Deus altíssimo, incriado, criador de tudo, eterno e
todo-poderoso. Seu nascimento virginal e Sua eternidade
são atacados. João 1:1,14; 10:26-33; 14:8-9.
3. Ensinam que a Expiação-Propiciação de Cristo não
foi Total nem foi Suficiente. As seitas pseudo cristãs
usam esta artimanha para fazerem seus membros tra-
balharem sem nunca terem real sossego, e para
escravizá-los aos minuciosos padrões criados pelas seitas,
assim mantendo controle sobre seus membros. João 19:30;
Heb 9:8-16.
4. Ensinam que a "Organização ou "Denominação" de-
les tem um papel central na Profecia dos Últimos
Dias. Esta artimanha é usada para provar que é a
38 | SEITAS E HERESIAS

denominação deles que saudará o retorno de Deus ou de


Cristo ao mundo. Ademais, isto adiciona uma falsa
legitimidade [ou mesmo exclusividade] à seita deles. Apo
7:4-8.
5. Ensinam que a "Organização ou "Denominação"
deles é a única organização a ser salva. Se você não é
um membro da denominação deles, então não há escape:
você não está salvo, não está indo para o céu. Isto piora
ainda mais a ideia de se esforçar trabalhando para obter a
salvação pelas obras (sem nunca ter segurança total), piora
os falsos ensinos, etc. João 3:16; Rom 10:8-10,13.
IV) AS CARACTERÍSTICAS DO LÍDER DE UMA
SEITA
O líder de uma seita é geralmente uma pessoa
carismática e é considerado pelos seguidores como uma
pessoa especial pelos seguintes motivos:
1. É alguém que recebeu uma revelação especial de Deus;
2. É alguém que reivindica ser a encarnação de uma deidade,
anjo ou mensageiro especial;
3. É alguém que reivindica ser designado por Deus para uma
missão especial;
4. É alguém que reivindica ter habilidades especiais e
autoridade especial concedida por Deus.
Em virtude dessas características atribuídas ao líder, ele
está quase sempre acima de repreensões e não pode ser
negado nem contradito.
CAPITULO

O PERIGO DAS SEITAS


Num sentido geral todos estão sujeitos e são vul-
neráveis aos tentáculos de uma seita. O rico, pobre, educado,
não educado, velho, jovem, religioso, ateu, etc. Quero
destacar aqui dois aspectos que são importantes para
estabelecer o "grupo de risco"
I) O PERFIL GERAL DO MEMBRO EM POTENCIAL
DE UMA SEITA
A pessoa que tem um perfil de membro potencial para
uma seita desenvolve alguns ou todos os sintomas dos itens a
seguir:
• Desilusão com estabelecimentos religiosos convencionais;
• Confusão intelectual em relação a assuntos religiosos e
filosóficos;
• Desilusão com a sociedade em geral;
• Carência emocional
• Necessidade de apoio e encorajamento
• Necessidade de obter propósito para viver, um objetivo na
vida;
® Necessidade financeira.
40 | SEITAS E HERESIAS

II) TÉCNICAS DE RECRUTAMENTO DE UMA SEITA


As técnicas de recrutamento de uma seita são muito
eficazes e portanto merecem consideração. As mais comuns
são:
1. Preenchimento de necessidades emocionais
a. Demonstração constante de amor, afeto através de
palavras e ações;
b. Às vezes se usa muito contato físico - abraços, tapi- nha
nas costas, aperto de mão...
c. Emprestam apoio emocional;
d. Ajuda de vários modos, de forma a deixar a sensação de
débito para com o grupo;
e. Elogios que fazem a pessoa pensar que é o centro das
atenções.
2. Usam a Bíblia ou mencionam Jesus como um dos
seus, dando assim validade ao seu sistema.
a. Distorcem a Escritura;
b. Usam versículos fora do contexto;
c. Misturam os versículos com a filosofia que pregam
criando verdadeiras aberrações.
3. Promovem o envolvimento gradual
a. Alterando lentamente o processo de pensamento e o
sistema de convicções da pessoa. Isso se dá pela
constante repetição de seus ensinamentos.
b. As pessoas normalmente aceitam a doutrina da seita a
conta-gotas - um ponto de cada vez;
c. As novas convicções vão sendo reforçadas pelos
membros da seita.
SEITAS E HERESIAS | 41

III) PORQUE ALGUÉM SE SENTE SEDUZIDO


POR UMA SEITA?
Algumas seitas possuem um conjunto de crenças e
práticas tão absurdo, que é difícil acreditar como alguém
pode se envolver com esse corpo de doutrina. Veremos com
os tópicos abaixo que as seitas podem atrair pessoas com mais
facilidade do que imaginamos, não apenas pelo conteúdo,
mas principalmente pelas estratégias bem elaboradas. Entre
os pontos que levam uma pessoa a ser seduzida por uma seita
destacamos:
1. A busca pela satisfação de necessidades.
a. No âmbito psicológico - alguém que eventualmente
possua uma personalidade fraca, facilmente
manipulável;
b. No âmbito emocional - pessoas que sofreram um
trauma emocional recente ou num passado distante;
c. No âmbito intelectual - o membro tem perguntas que
este grupo responde.
2. A seita oferece a seus membros a aprovação,
aceitação,
propósito a sensação de pertencer a algum grupo.
3. A seita pode ser atraente, por vários motivos.
a. Rigidez moral e demonstração de pureza;
b. Segurança financeira;
c. Promessas de exaltação, redenção, "consciência elevada"
ou um conjunto de outras recompensas.
IV) COMO AS PESSOAS SÃO MANTIDAS EM
UMA SEITA
As seitas usam de artifícios nada convencionais para
manter um adepto. Os itens discriminados abaixo
42 | SEITAS E HERESIAS

mostram como é difícil se desvencilhar dos tentáculos


de uma seita. Eles usam as seguintes ferramentas:
1. Dependência. As pessoas querem permanecer porque a
seita oferece a satisfação de suas necessidades emocionais,
psicológicas, intelectuais e espirituais. É realmente como
um vício.
2. Isolamento. O contato com as pessoas de fora do grupo é
reduzido e cada vez mais a vida do membro é construída
em torno da seita.
Com o isolamento fica mais fácil controlar o membro,
que fica cada vez mais vulnerável.
3. Reconstrução cognitiva (lavagem cerebral). Uma vez
que a pessoa é doutrinada, os seus processos de pen-
samento são reconstruídos para serem consistentes com a
seita e serem submissos a seus líderes; isso facilita o
controle pelo líder.
4. Substituição. A seita e os lideres ocupam frequente-
mente o lugar e o papel de pai, mãe, pastor, professor, etc.
Frequentemente o membro assume as características de
uma criança dependente, que busca ganhar aprovação do
líder ou do grupo.
5. Obrigação. O membro fica endividado emocionalmente
com grupo, e às vezes financeiramente;
6. Culpabilidade. É dito para a pessoa que se ela sair da
seita é uma traição ao líder, a Deus, ao grupo. É dito
também que deixar o grupo é rejeitar o amor e a ajuda que
o grupo deu;
7. Ameaça. Ameaça de destruição por "Deus" por desviar-se
da verdade. Em alguns casos a ameaça física é usada. Há
também a ameaça de perder o apocalipse, ou ser julgado
no futuro.
SEITAS E HERESIAS | 43

V) COMO TIRAR ALGUÉM DE UMA SEITA


O trabalho de retirar uma pessoa de uma seita não
é uma tarefa simples e requer habilidade de que se propõe a
cumprir tal obra. Oferecemos a seguir algumas dicas
que podem ser úteis:
1. A melhor coisa é não tentar um confronto direto logo no
primeiro encontro ou oportunidade. Isso pode assustar o
membro e afastá-lo de você.
2. Faça intercessão por essa pessoa;
3. Tirar uma pessoa de uma seita leva tempo, energia e
apoio. Prepare-se para uma tarefa longa e às vezes
cansativa. Importante estar preparado para não desistir;
4. Ensine a verdade:
5. Mostre uma alternativa convincente para substituir sua
convicção;
6. À luz da Bíblia, mostre as inconsistências do seu sistema
de crenças
7. Estude a seita e aprenda sua história, isto lhe dará
condições de dialogar;
8. Tente afastá-lo temporariamente do convívio com a seita,
para quebrar o isolamento;
9. Dê o apoio emocional de que ele precisa;
10. Alivie a ameaça de que se ele deixar o grupo, estará
condenado ou em perigo;
11. Não ataque o líder da seita. Frequentemente os membros
de uma seita desenvolvem uma lealdade e respeito
absoluto e inquestionável por seu líder ou fundador.
Leve-o a descobrir por si só.
ASPECTOS COMPARATIVOS
DE RELIGIÕES E SEITAS
CAPÍTULO

7
O CATOLICISMO

1)0 FUNDAMENTO
Assim como todas as religiões cristãs se consideram
originárias da Igreja estabelecida por Cristo, também a Igreja
Católica reivindica seu surgimento na Igreja Cristã Primitiva
no ano 33 d.C, entretanto não se sabe exatamente quando a
igreja romana começou a se desviar do evangelho,
degenerando doutrinária, moral e espiritualmente,
tornando-se diferente da Igreja Cristã Primitiva. Os problemas
começaram em 321 d.C quando o imperador Constantino
"aceitou" o evangelho, decretando assim a religião oficial do
estado, acabando com as perseguições.
A seguir, com a convocação do Concilio de Niceia,
adotou-se o Credo Apostólico. Entretanto, milhares de pagãos
não convertidos batizaram-se e tornando-se membros da
igreja, contaminando-a com a idolatria, com os costumes,
deuses e superstições do paganismo. Assim a igreja
corrompida tornou-se uma religião com poderes políticos e
religiosos. Sendo Roma a capital do império, o bispo de Roma
alcançou posição de extraordinária importância.
SEITAS E HERESIAS | 47

O quadro abaixo elaborado por Raimundo Oliveira nos


mostra como a igreja romana vai se afastando das verdades
bíblicas:

Século Ano Dogma ou Cerimônia

I-II 33-196 Nesse período da História, a Igreja não


aceitou ne-nhuma doutrina anti-bíblica.
II 197 Zeferino, bispo de Roma, começa um
movimento herético contra a divindade de
Cristo.
III 217 Calixto se torna bispo de Roma, pondo- se à
frente da propaganda herética e levando a
Igreja de Roma para mais longe do caminho
de Cristo.
III 270 Origem da vida monástica no Egito, por
Santo Antônio.
IV 370 Culto dos santos professado por Basílio de
Cesareia e Gregório de Nazianzo. Primeiros
indícios do turíbulo (incensário),
paramentos e altares nas igre-jas, usos esses
introduzidos pela influência dos pagãos
convertidos.
IV 400 Orações pelos mortos e sinal da cruz feito
no ar.
V 431 Maria é proclamada a "Mãe de Deus".

VI 593 O dogma do Purgatório começa a ser


ensinado.
VI O latim passa a ser usado como língua
600
oficial nas VI celebrações litúrgicas.
48 | SEITAS E HERESIAS

VII 609 Começo histórico do papado.

VIII 758 A confissão auricular é introduzida na igreja


por re-ligiosos do Oriente.
VIII 789 Início do culto das imagens e das relíquias.

IX 819 A festa da Assunção de Maria é observada


pela pri-meira vez.
IX 880 Canonização dos santos.

X 998 Estabelecimento do Dia de Finados.


X 998 Quaresma.
X 1000 Cânon da Missa.
XI 1074 Proíbe-se o casamento para os sacerdotes.

XI 1075 Os sacerdotes casados devem divorciar- se,


compulsoriamente, cada um de sua esposa.

XI 1095 Indulgências plenárias.


XI 1100 Introduzem-se na igreja o pagamento da
missa e o culto aos anjos.
XI 1115 A confissão é transformada em artigo de fé.

XII 1025 Entre os cônegos de Lião aparecem as


primeiras idéi-as da Imaculada Conceição
de Maria.
XII 1160 Estabelecidos os 7 sacramentos.
XII O Concilio de Verona estabelece a "Santa
1186
Inquisição".
SEITAS E HERESIAS | 49

XII 1190 Estabelecida a venda de indulgências.

XII 1200 Uso do rosário por São Domingos, chefe da


inquisição.
XII 1215 A transubstanciação é transformada em
artigo de fé.
XIII Adoração à hóstia.
1220
XIII Introduz-se a elevação da hóstia.
1226
XIII 1229 Proíbe-se aos leigos a leitura da Bíblia.

XIII 1264 Festa do Sagrado Coração.

XIII 1303 A Igreja Católica Apostólica Romana é


proclamada como sendo a única verdadeira,
e somente nela o homem pode encontrar a
salvação...
XIV 1311 Procissão do Santíssimo Sacramento e a
oração da Ave-Maria.
XIV

XV 1414 Definição da comunhão com um só ele-


mento, a hós-tia. O uso do cálice fica restrito
ao sacerdote.
XV 1439 Os 7 sacramentos e o dogma do Purgatório
são trans-formados em artigos de fé.

XVI 1546 Conferida à Tradição autoridade igual a da


Bíblia.
XVI 1562 Declara-se que a missa é oferta propiciatória
e con-firma-se o culto aos santos.
50 | SEITAS E HERESIAS

XVI 1573 É estabelecida a canonicidade dos livros


apócrifos.
XIX 1854 Definição do dogma da Imaculada Con-
ceição de Maria.
XIX 1864 Declaração da autoridade temporal do papa.

XIX 1870 Declaração da infalibilidade papal.


XX 1950 A assunção de Maria é transformada em
artigo de fé.

A igreja católica crê que a Bíblia é a palavra de Deus


inspirada. Entretanto o catolicismo afirma que a Palavra de
Deus está também na "tradição eclesiástica". Assim a igreja
católica coloca a sua autoridade acima ou pelo menos no
mesmo nível da autoridade da Escritura. Entre os dogmas da
igreja está aquele que defende a impossibilidade de a Bíblia
ser interpretada pelos leigos. Seguntio a doutrina romana,
apenas o sacerdote pode interpretar a Bíblia que é obscura.
Raimundo Oliveira faz a citação do ensinamento do padre
Bernhard Conway sobre a Bíblia:
A Bíblia não é a tínica fonte de fé, como Lutero
ensinou no século XVI, porque, sem a interpretação
de um apostolado divino e infalível, separado da
Bíblia, jamais pode-remos saber, com certeza, quais
são os livros que constituem as Escrituras
inspiradas, ou se as cópias que hoje possuímos
con-cordam com os originais. A Bíblia, em si mes-
ma, não é mais do que letra morta, esperando por
um intérprete divino; ela não está arranjada de
forma sistemática; é obscura, e de difícil
en-tendimento, como São Pedro diz de certas pas
SEITAS E HERESIAS | 51

sagens das Car-tas de Paido (2 Pe 3.16, cf. At


8.30,31); corno ela é, está aberta à falsa interpre-
tação. Além disso, certo número de verdades re-
veladas tem chegado a nós, somente por meio da
Tradição divina. (The Question Box).

No Compêndio do Vaticano II, lê-se o seguinte: "Não é


atra-vés da Escritura apenas que a Igreja deriva sua certeza a
respeito de tudo que foi revelado. Por isso ambas (Escritura e
Tradição) devem ser aceitas e veneradas com igual sentido de
piedade e re-verência" (p. 127).
III) A SALVAÇÃO
Para a igreja católica nenhuma pessoa pode ter certeza
da salvação. A salvação depende das boas obras praticadas e
da obediência aos ritos da igreja:
1. Sacramentos. São sete: o batismo, a confirmação, a
eucaristia, a penitência, a extrema unção, o matrimonio e
a ordenação. Sendo que os cinco primeiros são
necessários para a salvação da alma.
2. Batismo. Ensinam que o batismo por aspersão é ne-
cessário para a salvação porque ele regenera e purifica do
pecado original, e outros pecados cometidos.
IV) A MORTE
Ensinam que os que passam pelo purgatório vão para o
céu e os que cometem pecados mortais vão para o inferno. A
ideia do purgatório é uma mistura de doutrinas budistas e
outros sistemas de crenças pagãs da antiguidade. Essa
doutrina foi introduzida na Igreja pelo papa Gregório I.
Esse papa adicionou o conceito de fogo purificador à
crença, então corrente, de que havia um lugar entre o céu e o
inferno, para onde eram enviadas as almas da-
52 | SEITAS E HERESIAS

queles que não eram tão maus, a ponto de merecerem o


inferno, mas também, não eram tão bons, a ponto de
merecerem o céu. Assim, surgiu a crença de que o fogo do
Purgatório tem poder de purificar a alma e todas as suas
escóri-as, até fazê-la apta a se encontrar com Deus.
(OLIVEIRA, p. 13)
O papa Pio IV respondeu à pergunta sobre quem
deveria passar pelo purgatório:
Os que morrem culpados de pecados menores, que
costumamos chamar veniais, e que muitos cristãos
cometem — e que, ou por morte repentina, ou por
outra razão, são chamados desta vida, sem que se
tenham arrependido destas faltas ordinárias. 2. Os
que, tendo sido formalmente culpados de peca-dos
maiores, não deram plena satisfação deles à justiça
divina. (A Base da Doutrina Católica Contida
na Profissão da Fé).

V) OUTRAS PRÁTICAS
Algumas práticas comuns entre os católicos são:
1. Confissão e perdão de pecados. Ensinam que Deus
deu autoridade para os apóstolos e sacerdotes católicos
para perdoar e absolver pecados;
2. Missa e Transubstanciação. Ensinam que a missa é o
oferecimento repetitivo do sacrifício de Cristo na cruz,
pelos vivos e mortos. As pessoas podem pagar missas por
parentes mortos para retirá-los do purgatório. Também
afirmam que a hóstia (pão) e o vinho se transformam no
sangue e corpo de Cristo.
3. Pecados mortais e venais. Ensinam que os pecados
venais, os de menor gravidade, são expiados nesta vida ou
no purgatório, e a pessoa não perde a salvação. Mas
SEITAS E HERESIAS | 53

os pecados mortais levam a perda da salvação e ao castigo


eterno no inferno, a não ser que o pecador alcance o
perdão, cumprindo os sacramentos da igreja.
4. A virgindade de Maria. Ensinam que Maria, a mãe de
Jesus, foi concebida no ventre de sua mãe sem pecado,
esta é a doutrina da imaculada conceição. Ensinam que
Maria ressuscitou e subiu ao céu, onde foi recebida como
"rainha do céu", essa é a doutrina da assunção de Maria.
Também ensinam que Maria é a mãe de Deus, e
mediadora entre a humanidade e Deus (peça a mãe que o
filho dá) intercedendo junto a seu filho Jesus por nós e que
deve ser adorada.
CAPÍTULO

O ESPIRITISMO
Segundo o dicionário Luft, espiritismo é uma doutrina
filosófico-religiosa que se baseia na crença da comunicação
entre vivos e mortos. O dicionário Aurélio define o
espiritismo como uma doutrina que se baseia na crença da
sobrevivência da alma e da existência da comunicação, por
meio da mediunidade, entre vivos e mortos, entre os espíritos
encarnados e os espíritos desencarnados.
Espiritismo é, portanto, a doutrina dos que creem que
podem ser evocados os espíritos dos mortos. Em outras
acepções, nomeadamente segundo Rivail, dito Allan Kardec
(1804-1869), é compreendido como uma doutrina de cunho
filosófico-religioso voltada para o aperfeiçoamento moral do
homem, que acredita na possibilidade de comunicação com
os espíritos através de médiuns.
Desse modo, o termo pode se referir ao Espiritualismo
e às Doutrinas Espíritas.
I) ESPIRITUALISMO
O Espiritualismo é uma doutrina filosófica que admite a
existência de Deus, de forças universais e da Alma,
SEITAS E HERESIAS | 55

com a visão de que existem milhares de coisas abstratas. É o


contrário de materialismo, que só admite a existência da
matéria.
Afirma a existência de uma alma imortal no homem,
isto é, de um princípio substancial distinto da matéria e do
corpo, razão absoluta de ser da vida e do pensamento. Em
sentido mais lato, doutrina que, além da tese referida,
reconhece a existência de Deus, a imortalidade da alma e da
existência de valores espirituais ou morais que são o fim
específico da atividade racional do homem. E um conjunto de
doutrinas que consideram o homem um espírito imortal que
alterna experiências nos mundos, material e espiritual, de
acordo com a doutrina da reen- carnação, com o objetivo de
evoluir, tanto moral quanto intelectualmente, rumo a Deus.
Considera também a comunicabilidade entre os vivos e os
mortos, geralmente por meio de um médium, ou seja, de um
mediador. A expressão também designa a doutrina e as
práticas das pessoas que partilham dessa crença.
II) A DOUTRINA ESPÍRITA
A Doutrina espírita, Kardecismo, segundo a definição
de seu codificador, o pedagogo francês Hippolyte Léon
Denizard Rivail - que adotou o pseudônimo Allan Kardec - é
uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos
Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
A doutrina espírita é baseada nos cinco livros da
Codificação Espírita escrita por Kardec, descrevendo sessões
em que ele diz ter observado uma série de fenômenos que
atribuiu à inteligência incorpórea (espíritos).
Sua premissa da comunicação do espírito nunca foi
validada por cientistas que estudaram os fenômenos. Seu
56 | SEITAS E HERESIAS

trabalho foi posteriormente prorrogado por escritores como


Léon Denis, Arthur Conan Doyle, Camille Flammarion,
Ernesto Bozzano, Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco,
Waldo Vieira, Johannes Greber e outros, que, segundo eles,
revelaram pelo Espírito de Allan Kardec.
III) BREVE HISTÓRIA DO ESPIRITISMO
A doutrina espírita como conhecemos hoje, especi-
almente o kardecismo surgiu em 1857, com a publicação dos
livros dos espíritos, por Allan Kardec.
Mas a fascinação do ser humano pelo oculto não é fato
novo. Vários povos antigos, como os egípcios, os caldeus e os
assírios incorporaram em sua cultura religiosa a tentativa de
comunicação com os mortos. Pitágoras, filosofo grego, pai da
matemática e de outras ciências que conhecemos, é de certa
forma um dos precursores da doutrina espírita da
reencarnação. Enquanto a filosofia grega mudava de Jônia
para Atenas, mudando o foco do pensamento filosófico do
cosmos para o homem, Pitágoras se preocupava com o
imaterial, com a origem do ser imaterial, com a alma do
indivíduo.
Pitágoras viajou até a índia, onde conheceu e for-
malizou a teoria da metempsicose, ou transmigração da alma.
Segundo essa teoria a alma dos seres vivos transmigram de
um corpo para outro. Essa teoria veio a se transformar no
embrião da reencarnação. A diferença entre elas é que
enquanto na transmigração a alma migra para qualquer ser
vivo, independente da espécie, na reencarnação a migração é
entre espécie.
O espiritismo que conhecemos hoje nada mais é do que
o aprimoramento de práticas ocultas e da necromancia de
povos antigos.
SEITAS E HERESIAS | 57

Rinaldi e Romero (1996, p.183) afirmam que:


"em certo sentido espiritismo é uma das religiões
mais antigas do mundo. Segundo eles, "pode-se
dizer que a primeira sessão espírita se realizou no
jardim do Éden, quando a serpente, incorporando o
diabo, estabeleceu um diálogo com a mulher".

A Bíblia é reconhecidamente contra toda prática


espírita, e não se omite em retratar que esse costume abo-
minável acompanha o homem caído. Desde os tempos mais
remotos da história bíblica, o povo de Deus é advertido a não
se envolver com essas práticas.
Sabemos que os egípcios conheciam e acreditavam
naquilo que hoje chamamos de reencarnação e não tinham
medo de manipular o mundo dos espíritos. Uma vez que
Israel teve contato com essa cultura, Deus em Êxodo 22.18 e
Levíticos 20.27, proíbe sob pena de morte quem praticasse a
necromancia, colocando esse pecado no rol daqueles que Deus
considera como abomináveis. Levíticos 19.31 e 20.6 considera
como amaldiçoados aqueles que consultam os mortos.
Os caldeus, povo de onde saiu Abraão, também tinha
sua cultura religiosa envolvida com o ocultismo. Nos dias do
exílio na Babilônia, Daniel e todos os outros judeus
conviveram com os magos, astrólogos que serviam ao rei.
IV) BREVE HISTÓRIA DO ESPIRITISMO NO
BRASIL
A influência espírita no Brasil tem pelo menos três
fontes: os índios que aqui viviam e seus rituais de pajelança, os
portugueses que aqui chegaram e trouxeram a bruxaria
europeia e os escravos africanos com as tradições animistas.
58 | SEITAS E HERESIAS

Rinaldi e Romero (1996, p. 176) datam a organização


formal do espiritismo em terras tupiniquins em 17 de setembro
de 1865, na cidade de Salvador - BA, onde se realizou a
primeira sessão espírita no Brasil.
Segundo o site espirita www.ceallankardec.org.br - os
primeiros médiuns no Brasil foram os médicos homeopatas
Bento Murk, este Francês e o português João Vicente Martins,
que chegaram por aqui em 1840. Eles davam passes em seus
clientes, enquanto falavam de Deus, Cristo e Caridade. Ainda
segundo este site, José Bonifácio, o patriarca da independência
foi também um dos primeiros a experimentar o fenômeno es-
pírita no Brasil.
No site da Federação Espírita do Ceará, temos a
informação de que segundo o censo do IBGE de 200, o Brasil
possui hoje cerca de 2,3 milhões de espíritas, constituindo
assim o terceiro maior grupo religioso do país, o que dá ao
Brasil o título de maior país espírita do mundo.
1. Causas do crescimento do espiritismo no Brasil.
As causas do crescimento da doutrina de Kardec no
Brasil podem ser atribuídas a várias razões, entre elas: a. O
espírito religioso do brasileiro. O brasileiro tem grande
tendência ao sincretismo religioso. A religiosidade do
brasileiro é um emaranhado de crenças. Compreender como
lidamos com a espiritualidade é um grande desafio. Gilberto
Freyre fala dessa mistura de crenças no brasileiro:
O brasileiro é por excelência o povo da crença so-
brenatural; em tudo que nos rodeia sentimos o toque
de influências estranhas; de vez em quando os jornais
revelam casos de aparições, mal-assombra
SEITAS E HERESIAS | 59

dos, encantamentos. Daí o sucesso em nosso meio do


alto e baixo espiritismo. (FREYRE, apud NO-
GUEIRA, 2009).

b. Vínculos familiares "eternos". A necessidade de


manter-se vinculado ao ente querido que partiu, aliado
à promessa de que é possível manter um canal de
comunicação com esse ente, tem sido um grande fator
de crescimento e aceitação do espiritismo em nosso
país.
c. O efeito Chico Xavier. Segundo o site espírita
religespkardec, Chico Xavier ampliou, explicou e
desenvolveu a doutrina de Kardec. Ainda segundo este
site "a expansão do kardecismo se deve ao trabalho de
divulgação feito por Chico Xavier ao longo de seus 92
anos. Chico Xavier foi o responsável pelo aumento de
adeptos, ele triplicou o número de seguidores do
espiritismo no Brasil." A obra de Chico Xavier inclui 451
obras e vendeu mais de 50 milhões de exemplares.
V) ASPECTOS COMPARATIVOS DO ESPIRITISMO
1. A Trindade. O espiritismo nega a doutrina da Trindade,
alegando ser esse um ensinamento obscuro e
incompreensível.
2. As Escrituras. O Livro dos Espíritos publicado em 1857, O
que é Espiritismo publicado eml859, O Livro dos Médiuns
publicado em 1861, O Evangelho Segundo Allan kardec
publicado em 1864, O Céu e o Inferno publicado em 1865, A
gênese publicado em 1868, Obras Póstumas. Estas são as
principais literaturas do espiritismo.
60 | SEITAS E HERESIAS

Em relação a Bíblia a doutrina espírita nega a sua


inspiração. A Bíblia contém evidentemente fatos que a
razão, desenvolvida pela ciência, não pode aceitar, e
outros que parecem singulares e que repugnam, por se
ligarem a costumes que não são mais os nossos. ... Deus
que é a pura verdade, não podia conduzir os homens ao
erro, consciente, nem inconsciente, do contrário não seria
Deus. Portanto se os fatos contradizem as palavras
atribuídas a Deus, é preciso concluir que ele não as
pronunciou ou que foram tomadas em senticio contrário.
(A Genese p.936).
3. Deus. Para o Espiritismo Deus é inteligência infinita. Poder
impessoal controlando o Universo.
4. Jesus. Cristo foi um homem, não Deus. Quando esteve na
Terra, ele foi um profeta e um médium avançado (alguém
que se comunica com o mundo dos espíritos). Agora, Jesus
é um espírito com o qual se comunica com o mundo dos
espíritos. Com relação a Jesus a doutrina espírita é bem
enfática.
a. Negam a divindade de Jesus. Segundo o espiritismo,
em nenhum lugar do Novo Testamento encontramos
afirmação formal de que Jesus é Deus. No livro espírita
Obras Póstumas, encontramos a seguinte declaração::
No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus,
e o verbo era Deus. ... Primeiramente é preciso notar
que as palavras são de João e não de Jesus.
Admitindo que não tenham sido alteradas, não
exprimem na realidade, senão uma opinião pessoal,
uma indução que deixa transparecer o misticismo
habitual, contrária às reiteradas afirmações do
próprio Jesus. (Obras Póstumas,
p. 1182).
SEITAS E HERESIAS | 61

b. Negam a ressurreição corporal de Jesus. Ao negar a


ressurreição de Jesus, a doutrina espírita prega outro
evangelho. O texto espírita A gênese declara sua opinião
sobre a ressurreição de Jesus:
Depois do suplício de Jesus, o seu corpo lá ficou
inerte e sem vida. Foi sepultado como os corpos
comuns e todos puderam vê-lo e tocá-lo. Depois da
ressurreição, quando quis deixar a terra, não tornou
a morrer, seu corpo elevou-se, apagou-se e
desapareceu sem deixar vestígio algum. ... Jesus
teve, pois, como toda a gente um corpo carnal e um
corpo fluídico. (A Gênese, p. 1054-1055).

c. Negam os milagres de Jesus. Ao negarem a divindade


de Jesus, necessariamente rejeitam os milagres, pois,
estes são evidência da divindade de Jesus. De acordo
com a doutrina espírita, Jesus é apenas um médium e os
milagres por ele realizados é o resultado de sua
mediunidade.
5. O Espírito Santo. Este é uma falange de espíritos. Citam Jo
14.16,26; 15.26 para apoiar a doutrina de que o Espiritismo
cumpriu a promessa de Jesus, que disse que enviaria o
Consolador.
6. A Salvação. O conhecimento e as boas obras possibilitam o
acesso a um nível superior na vida futura.
Arrependimento, expiação e reparação são as condições
básicas para obtermos um espírito puro.
Para a doutrina espírita o sangue de Jesus não é capaz
de salvar a humanidade. A salvação é pessoal, cada
indivíduo deve providenciar sua própria salvação. A
declaração fundamental do espiritismo quanto a salvação
é que fora da caridade não há redenção. (O Evangelho
Segundo o Espiritismo, p. 631).
62 | SEITAS E HERESIAS

7. As Doutrinas Eternas.
a. Negam a existência do céu como lugar de felicidade
eterna. Os espíritas não aceitam a doutrina bíblica de
que o céu é a habitação do Senhor e que viveremos com
Ele por toda a eternidade, conforme promessa de Jesus,
de que onde ele estivesse, estaríamos com Ele. (Jo 17.24).
Em que sentido se deve entender a palavra céu?
Achais que seja um lugar, como o campo Elíseos dos
antigos, onde todos os bons espíritos estão pro-
miscuamente aglomerados, sem outra preocupação que
a de gozar pela eternidade toda, de uma felicidade
passiva? Não; é o espaço universal, são os planetas, as
estrelas. (Livro dos Espíritos, p. 250).
b. Negam a existência do inferno como lugar de tor-
mento eterno. Segundo o espiritismo Jesus nunca
ensinou enfaticamente sobre a existência do inferno. Por
isso não acreditam que ele exista.
c. Negam a existência do diabo e seus demônios.
Para o espiritismo satanás é um ser irreal, é uma perso-
nificação do mal. O Livro dos Espíritos afirma que se
demônios existem, eles seriam criação de Deus, e Deus
não é injusto para criar seres voltados para a maldade.
VI) AS PRINCIPAIS DOUTRINAS ESPÍRITAS.
1. Comunicação com os mortos. O espiritismo se fun-
damenta em 1 Samuel 28, para justificar a comunicação
com os mortos. A Bíblia é clara em afirmar que os mortos
não podem se comunicar com os vivos. (Mt 25.41,46; Lc
16.19-31; Hb 9.27).
2. Reencarnação. O espiritismo tenta justificar a doutrina
da reencarnação como sendo uma doutrina bíbli-
SEITAS E HERESIAS | 63

ca. O Livro dos Espíritos (p. 96) diz que o princípio da


reencarnação ressalta através de muitas passagens
bíblicas, encontrando-se especialmente formulada, de
maneira explícita, nos evangelhos. Kardec justifica a
doutrina da reencarnação dizendo que é a forma de
satisfazer a justiça de Deus. A doutrina da reencarnação
consiste em admitir para o homem muitas existências
sucessivas, é a única que corresponde à ideia da justiça de
Deus, com respeito aos homens de condição moral
inferior, a única que pode explicar o nosso futuro e o
fundamento de nossa esperança, pois oferece-nos o meio
de resgatarmos os nossos erros, através de nossas provas.
(Livro dos Espíritos, p. 84).
3. Salvação pelas obras. "Fora da caridade não há salvação".
Essa é a máxima espírita para explicar o processo salvífico
do homem. A Bíblia afirma que as boas obras nunca
salvaram e nem salvarão qualquer pessoa.
VII) OUTRAS PRÁTICAS ESPÍRITAS.
1. Sessões para contatar os mortos.
2. Curas psíquicas.
3. Serviços congregacionais com cânticos, músicas, sermões,
mensagens de espíritos dos mortos e profecias. Atraem as
pessoas enlutadas, pois elas têm esperança de contatar o
ente querido que morreu.
CAPÍTULO

ADVENTISMO DO SÉTIMO DIA


I) O FUNDAMENTO
Guilherme Miller nasceu em 1787, em Pittsfield,
Massachutss, EUA. Ellen G. White nasceu em 1827. Miller era
um pastor batista que começou a estudar escatologia e
deparou-se com um texto de Daniel 8.14 "Ele me disse: Até duns
mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado". Sua
interpretação desse texto o levou a marcar uma data para o
advento de Cristo, daí o nome adventismo.
Interpretando cada dia da profecia de Daniel como
sendo um ano, e julgando que o regresso de Esdras do
cativeiro da babilônia se deu em aproximadamente 457 a.C,
ele conclui que Jesus voltaria fisicamente a terra em 1843 d.C..
A repercussão das palavras de Miller foi tão grande que
crentes vindos de várias localidades venderam tudo o que
tinham, abandonaram seus postos de trabalho e se preparam
para receber o Senhor Jesus no dia 21 de marco de 1843.
Como sabemos o evento não se concretizou e Miller
refazendo os cálculos remarcou a data do advento de Cristo
para o ano seguinte na mesma data, 21 de março
SEITAS E HERESIAS | 65

de 1844. A data chegou e para a decepção de todos, cerca de


cem mil fieis a profecia não se cumpriu, mas Miller insistiu em
sua teoria remarcando a volta de Cristo para outubro do
mesmo ano, o que de novo não se concretizou. É possível
imaginar a decepção entre os seguidores de Miller e o escárnio
devido a esse fracasso profético. Sabemos que não se pode
prever a volta de Cristo, as Escrituras revelam isso (Mt 24.36).
II) OS PILARES DO ADVENTISMO DO SÉTIMO
DIA
O adventismo surge em função da interpretação
equivocada das profecias de Daniel, em especial os capítulos 7,
8,9. Baseando se nessa hermenêutica equivocada o adventismo
se erigiu sobre os seguintes pilares:
1. A purificação do santuário celestial em 1844
2. O início do juízo investigativo no céu em 1844
3. A contagem simbólica das 2.300 tardes e manhãs
4. A identificação do "chifre pequeno' de Daniel 7 e 8 com
Roma
5. A permanência de Cristo no lugar chamado "Santo" por
dezoito séculos
6. A passagem de Cristo do lugar santo para o lugar
santíssimo em 1844.
7. O bode emissário como representante de satanás
8. Ellen White como profetisa da igreja
9. O cumprimento prática da lei
10. A guarda do sábado
III) ASPECTOS ESCRITURÍSTICOS
O Adventismo do Sétimo Dia considera os livros de
Ellen White inspirados por Deus. O livro O Grande Con-
66 | SEITAS E HERESIAS

flito é considerado uma obra-prima. Outras publicações são:


Vida de Jesus, Patriarcas e Profetas, Veredas de Cristo, O Desejado de
Todas as Nações.
A Revista Adventista (fev. 1984, p.84) afirma:
Cremos que Ellen White foi inspirada pelo Espírito
Santo, e seus escritos, o produto dessa inspiração,
têm aplicação e autoridade especial para os
Adventistas do Sétimo Dia. Negamos que a quali-
dade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen
White sejam diferentes dos encontrados nas escri-
turas sagradas.

O adventismo possui uma brochura intitulada "ori-


entação profética d movimento adventista" e nesta obra consta
que "pouca atenção tem sido dada a Bíblia, e o Senhor nos deu
uma luz menor para guiar homens e mulheres para uma luz
maior". Essa luz maior é a palavra da Sra White. É vedado ao
fiel adventista o direito de examinar ou duvidar das profecias
de Ellen White. Segundo a profetisa em um dos seus escritos
(primeiros escritos, p. 258) "disse o meu anjo assistente: ai
daquele que mover um bloco ou mexer um alfinete dessas
mensagens".
As profecias da Sr3 White não subsistem a um exame
acurado. Após a decepção de 1844, White anunciou a fe-
chamento da porta da graça de Deus ao mundo, anunciando
que Deus nunca mais agiria em graça salvadora no mundo.
Ellen White escreveu em uma de suas profecias:
"Que o irmão negro se case com uma irmã negra que
seja digna, que ame a Deus e guarde os seus
mandamentos. Que a irmã branca que pensa em
unir-se em matrimônio com um irmão negro, se
recuse a dar esse passo, pois o senhor não está
SEITAS E HERESIAS 67

dirigindo nessa direção, (mensagens escolhidas I,


p.344).
White previu uma guerra armada entre a Inglaterra e os
Estados Unidos, segundo ela:
"Quando a Inglaterra declarar guerra, todas as
nações terão o seu próprio interesse em acudir, e
haverá uma guerra geral" (testemunhos, volume
I).
As afirmações da profetisa são claras, e mesmo que
tentem alegar que ela não profetizou essa guerra, suas
palavras falam mais que os argumentos na tentativa de
dissuadir.
A Igreja Adventista arroga para si o título de a igreja
remanescente, porque segundo eles a igreja possui o dom da
profecia na pessoa da Sra. White, profecias essas que se
mostraram falsas.
IV) O ADVENTISMO E A OBRA DE JESUS CRISTO.
Jesus e o arcanjo Miguel são a mesma pessoa. Possui
natureza pecaminosa, não concluiu a obra de Redenção na
cruz. Está fazendo o juízo investigativo.
Antes que se complete a obra de Cristo para a re-
denção do homem, há também uma expiação para
tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado
quando terminaram os 2.300 dias. Naquela ocasião,
conforme fora predito pelo profeta Daniel, nosso
sumo sacerdote entrou no lugar santíssimo para
efetuar a última parte de sua solene obra - purificar o
santuário. (WHITE, 1981, p.420).
A justificativa dos Adventistas para a não vinda de
Cristo em 1844, como fora previsto é que Jesus entrou no
santuário para purificá-lo ao invés de vir a terra.
68 | SEITAS E HERESIAS

Para os adventistas, Jesus ainda não concluiu a sua obra


redentora, contrariando claramente os preceitos bíblicos que
ensinam explicitamente que a obra de Cristo não está
incompleta. Hebreus 1.3; 9.24-28 afirma categoricamente que
ao subir aos céus a obra de Cristo estava definitivamente
realizada. O mesmo livro de Hebreus (6.19,20; 7.23-28; 8.1,2;
9.1-14) declara que Cristo já entrou no santo dos santos, e o
livro que foi escrito por volta de 63 d.C, já trata esse assunto
como passado.
Advindo dessa teoria os adventistas colocam a obra da
redenção não apenas como incompleta, mas atribuem a
participação de satanás na obra redentora dos homens. Eles
afirmam que os dois bodes (Levíticos 16.5,10) apresentados
para a expiação dos pecados são a representação de Cristo e
satanás. O livro "O Ritual do Santuário" traz a seguinte
declaração:
Quando, portanto, os dois bodes eram postos perante
o Senhor no dia da expiação, representavam Cristo e
Satanás. ... Satanás não somente arrastou o peso e o
castigo de seus próprios pecados, mas também dos
pecados da hoste dos remidos, os quais foram
colocados sobre ele, e também deve sofrer pela ruína
de almas por ele causada. (Ritual do Santuário, p.
168 e 315).
No centro desta afirmação está o ensinamento de que
somos livres de nossos pecados pela ação de satanás e não de
Cristo. O ensinamento de Levíticos é que da congregação de
Israel Arão tomaria dois bodes para a oferta pelo pecado. Os
dois bodes seriam então levados perante o Senhor. Diante da
porta da tenda da congregação, Arão deveria lançar sorte para
definir um bode para oferta ao Senhor e outro para ser o bode
emissário. O bode sobre qual cair a sorte de oferta ao Senhor
será ofe
SEITAS E HERESIAS | 69

recido em oferta pelo pecado, mas o bode que cair a sorte para
bode emissário será apresentado vivo perante o Senhor, para
fazer expiação por meio dele e enviá-lo ao deserto como bode
emissário.
Compreendemos do texto de Levíticos, que o sacrifício
é completo com os dois bodes, enquanto o expiatório fazia a
expiação dos pecados, o emissário afasta o pecado do arraial.
De acordo com Rinaldi e Romeiro:
"Uma vez que a morte do primeiro bode efetuou a
plena redenção dos pecados, a maldição e eles devida
foi removida, afastada e isso de modo a não mais
retornar". (Rinaldi e Romeiro, 1996, p.17).

A doutrina adventista coloca os nossos pecados sobre


satanás, fazendo dele co- redentor da humanidade. O
salvador é o diabo e não Cristo, é assim que entende a
doutrina da redenção a profetisa adventista Ellen White:

"Como o sacerdote, ao remover dos santuários os


pecados, confessava-os sobre a cabeça do bode emis-
sário, semelhantemente Cristo porá esses pecados
sobre satanás, originador e instigador do pecado.
Quando Cristo, pelo mérito do seu próprio sangue,
remover do santuário celestial os pecados do seu
povo, ao encerrar-se o seu ministério, ele os colocará
sobre satanás que, na execução do juízo, deverá
arrostar a pena final" (WHITE, 1981, p. 489).

As afirmações de White podem ser assim sintetizadas:


1. Os pecados dos crentes estão no santuário celestial
aguardando a finalização da obra redentora de Cristo,
portanto nada de perdão de pecados.
70 | SEITAS E HERESIAS

2. Estes pecados serão transferidos para satanás e passam a


pertencer a ele. Nesse caso é o diabo que assume os
pecados da humanidade.
3. No final, quando satanás for destruído, os pecados que
estão com ele também serão aniquilados, sendo assim o
grande vencedor é satanás que acabou com o pecado.
4. Os adventistas negam a salvação em Cristo Jesus, di-
minuem a obra realizada por Cristo na cruz do calvário.
Para os adventistas há pecados perdoados, mas não
extirpados. Satanás arcará com os pecados dos crentes e
quando for aniquilado, os pecados serão cancelados.
Guarda do Sábado é essencial à salvação.
V) A MORTE
Após a morte, o espírito, que não é uma personalidade,
mas apenas um fôlego de vidn desaparecerá juntamente com o
corpo - o sono após a morte. A doutrina adventista ensina que
"o que o homem possui é o fôlego da vida, que lhe é
retirado por Deus, quando expira. O fôlego é
reintegrado no ar, por Deus, mas não é entidade
consciente ou homem real com querem os
imortalistas" (Sutilezas do Erro, p.217).

A doutrina Bíblia é bem diferente daquilo que ensina os


adventistas. Podemos sintetizar o ensinamento bíblico e
desmascarar essa doutrina do sono da alma. Primeiro a Bíblia é
muito clara em dizer que o espírito não morre, mesmo que o
homem morra (Mt 10.28; Ec 12.17). Segundo, a Bíblia afirma
que por ocasião da morte, o espírito se separa do corpo (Lc
20.37-38; 23.43). Ter
SEITAS E HERESIAS | 71

ceiro, quando a Escritura fala de sono, se refere ao corpo e não


à alma (Mt 27.52).
VI) OUTRAS CARACTERÍSTICAS
1. Aniquilamento dos ímpios. Jesus, em 1844, passou do
primeiro compartimento do Santuário Celestial para o
Santo dos Santos para concluir a obra de Redenção, onde
está ocorrendo o juízo investigativo. Quando satanás for
aniquilado, todos os que o seguem também serão
aniquilados.
2. A guarda do sábado. Muitos pensam que o grande
centro da doutrina adventista está no sábado. Infeliz-
mente, como já vimos o centro teológico deles é outro e
muito pior. Se a grande heresia dos adventistas fosse a
guarda do sábado e o cumprimento da lei, poderíamos ter
esperança de vê-los salvos. Para os Adventistas a guarda
da lei continua obrigatória, é compreensível uma vez que
negam a finalização da obra de Cristo.
3. Cristo não veio para revogar a lei, mas para cumpri-
la. Na sua obra de redenção Cristo demonstrou a toda
humanidade como poderíamos viver em conformidade
com a vontade de Deus, e agora vivemos sob a lei de
Cristo, não a lei que foi dada no Sinai, mas a que veio do
monte de Sião (Hebreus 12.18-24). Rinaldi e Romero fazem
as seguintes ponderações:
• A promessa de Deus foi cumprida, sendo estabelecido o
Novo Concerto;
• Israel rejeitou a Jesus, o mediador do Novo Concerto,
passando este a abranger o mundo todo (Jo 1.12, Gn
12.3; G13.14)
• O Novo Concerto é melhor do que o Antigo Concerto e
está firmado em melhores promessas (Hb 8.6)
72 | SEITAS E HERESIAS

• O primeiro era repreensível (Hb 8.7), isto é, não al-


cançou o fim desejado.
• Este concerto novo é melhor, pois está escrito no coração
(Hb 8.10-11);
• Sendo estabelecido o Novo Concerto, o primeiro
envelheceu (Hb 8.13) e foi posto de lado - e com ele o
sábado (Cl 2.14-17);
• Em Hebreus 12.18-24, referindo-se aos crentes, em Jesus,
é dito que eles não chegaram ao monte Sinai (onde foi
dado o Antigo Concerto), mas ao monte Sião... A Jesus,
o mediador do Novo Concerto;
• O mesmo é repetido em Gálatas 4.21-31 (na comparação
entre as duas mulheres de Abraão: Sara e Agar) "Lança
fora a escrava" (G14.30) significa: lança fora o antigo
concerto. Logo, o sábado, que dele fazia parte, não
vigora para o cristão. (RINALDI E ROMERO, 1996,
p.20)
CAPÍTULO

10
O MORMONISMO

1)0 FUNDAMENTO
Joseph Smith Jr (1805-1844), fundou a Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias (SUD) em 1830, em Nova
York, nos Estados Unidos da América. A sede dos Santos dos
Últimos Dias se encontra em Salt Lake City, Utah. EUA.
Smith era filho de um homem místico e aventureiro que
vivia a busca de tesouros perdidos. Sua mãe era uma mulher
mística e cheia de superstições.
Segundo Joseph Smith, o próprio Deus e Jesus apa-
receram para ele e lhe declararam a necessidade da criação da
religião mórmon. De acordo com Smith, em seus dias eles
viviam um período de conturbação da ordem social, em
virtude das disputas religiosas que ocorriam. Em meio a essa
confusão Smith relata que se retirou para buscar sabedoria de
Deus com o intuito de descobrir qual religião era a correta. No
livro "Pérolas de Grande Valor" Smith relata que quando Deus
Pai e Jesus se aproximam dele em uma visão, após intensa luta
com os poderes das trevas ele finalmente pode indagar a Deus
sobre qual de todas as seitas é a verdadeira e qual delas ele
74 | SEITAS E HERESIAS

deveria se unir. (PGV, Joseph Smith, 2.18). Segundo Smith a


resposta foi que ele não deveria se unir a nenhuma delas
porque todas estavam erradas e seus credos não passavam de
abominação na presença de Deus. (PGV, Joseph Smith 2.19).
Alguns anos mais tarde, Smith alega ter recebido a
visita de um anjo chamado Moroni, que disse a Smith que este
teria sido escolhido por Deus para uma tarefa especial (PGV,
Joseph Smith 2.33). Nesta visita o anjo Moroni informa a Smith
sobre a existência de um livro, escrito em placas de ouro, que
dava conta da história dos antigos habitantes do continente
americano e continha também a plenitude do evangelho
eterno.
De acordo com Rinaldi e Romero (1996, p.94) as visões
de Joseph Smith eram, por um lado experiências subjetivas e
por outro lado são completamente contraditórias com a bíblia.
É muito clara a doutrina bíblica de que nenhum homem
poderá ver a Deus e permanecer vivo, o que Deus jamais foi
visto. (Ex 33.20; Jo 1.18; 1 Tm 1.17; 6.16). As visões de Smith
também sucumbem diante da história. A informação dada por
Smith que houvera uma grande agitação religiosa em 1820,
onde ele cita os metodistas, os presbiterianos (PGV, Joseph
Smith, 2.5) é uma farsa, não existe relato de movimento de
avivamen- to ou qualquer agitação naqueles dias.
Rinaldi e Romeiro citam uma das distorções das visões
de Smith.
Quanto A primeira visão, o mormonismo diz que
Joseph tinha 14 anos de idade quando Deus Pai e o
Filho apareceram a ele, e que três anos mais tarde o
anjo Moroni o visitou. Porém, Brigham Young
(sucessor de Smith) diz que 'o Senhor não veio, mas
enviou o seu anjo'. (RINALDI E ROMEIRO, 1996,
p.95)
SEITAS E HERESIAS | 75

Embora os Mórmons queiram dizer que Smith morrera


como mártir, como uma ovelha que é levada ao matadouro
(Doutrinas e Convênios, 135.4), ele jamais pode ser
considerado mártir, uma vez que ele não morreu sem
resistência, o que é peculiar dos mártires. Smith morreu em
um tiroteio, no qual morreram mais duas pessoas.
II) ASPECTOS ESCRITURÍSTICOS
O Livro de Mórmon, Doutrinas e Convênios, A Pérola
de Grande Valor e a Bíblia. Estes são as principais literaturas
usadas pelo mormonismo. Mas não se anime pelo fato de eles
usarem a Bíblia, pois o que eles afirmam sobre a Bíblia não é
nada ortodoxo. Para o mormonismo a Bíblia é a Palavra de
Deus, conquanto seja correta a sua tradução. Eles consideram
a bíblia passível de erro por que na compreensão deles ao ser
incorretamente traduzido o texto sagrado foi corrompido.
Rinaldi e Romeiro (1996, p. 97) fazem uma referência ao fato
de Smith ter feito uma versão inspirada da Bíblia, na qual ele
acrescentou o que teria sido removido.
O livro de mórmon é o texto sagrado do mormonismo.
Ele é chamado de "um outro testamento de Jesus Cristo" e é
considerado pelos seguidores da seita como superior à Bíblia.
No livro de 1 Néfi 13.24ss. Smith faz referência à Bíblia. No
verso 24 ele diz:
"e me disse o anjo do Senhor: viste o livro que
procedeu da boca de um judeu; e ao proceder da boca
de um judeu, continha a plenitude do evangelho do
Senhor, de quem os apóstolos testificam; eles
testificam de acordo com a verdade que está no
Cordeiro de Deus".

Ele segue seu texto dizendo que depois que a Escritura


foi transmitida dos judeus para os gentios
76 | SEITAS E HERESIAS

"tiraram do evangelho do cordeiro muitas partes que


são claras e sumamente preciosas; e também muitos
convênios do Senhor foram tirados".
Segundo Smith, tudo o que foi retirado do evangelho foi
com o objetivo de perverter os caminhos retos do Senhor e
assim cegar olhos e endurecer o coração dos homens. No verso
28 ele diz:
"Vês, portanto, que depois de haver o livro passado
pelas mãos da grande e abominável igreja, foram
suprimidas muitas coisas claras e preciosas do livro,
que é o livro do cordeiro de Deus".
Segundo Smith a Bíblia é um livro que contém erros,
está mutilada e é instrumento de satanás para escravizar os
homens.
No mesmo capítulo 13 de 1 Néfi, Joseph Smith afirma
que o livro de mórmon é a revelação verdadeira de Deus.
Segundo ele Deus não permitirá que os gentios permaneçam
na escuridão e cegueira para sempre:
"serei misericordioso para com os gentios, visitando
os remanescentes da casa de Israel com grande
julgamento (...) esses remanescentes de quem falo
são a semente de seu pai, (,..)Eu me manifestarei a
tua semente, de modo que ela escreverá muitas coisas
que lhe ensinarei, as quais serão claras e preciosas
(...) estas coisas serão escondidas para serem
reveladas aos gentios (...) e nelas será escrito o meu
evangelho, diz o cordeiro.

O Livro de mórmon é considerado por eles como o livro


mais correto de todos os livros da terra. Apesar de ele já ter
passado por mais de quatro mil alterações desde que foi
editado pela primeira vez, em 1830. Mesmo
SEITAS E HERESIAS | 77

assim em Rinaldi e Romero (1996, p.99) temos a afirmativa de


um dos seguidores da seita em que ele assevera que nenhum
homem se achega a Deus sem seguir os preceitos do livro de
mórmon.
Nenhum outro livro pode fazer isso com tanta efi-
ciência quanto os escritos do profeta Smith. Se isto for
verdade, e o livro de mórmon for escritura sagrada, então não
obedecê-lo implica em condenação, ou seja, o livro é
considerado como essencial para a salvação, portanto, tem
mais valor que a Bíblia.
O livro de mórmon assim como as visões de Joseph
Smith não suporta um exame acurado. Ele é falho do ponto de
vista teológico, histórico e científico.
Do ponto de vista histórico o livro de mórmon chega
perto da fantasia. Nenhum arqueólogo, que não seja mórmon,
reconhece a história contada por Smith. Os motivos para esse
descrédito são vários. Um deles é que não existe nenhuma
evidência científica da existência dos lugares ou povos citados
no livro. Rinaldi e Romero fazem menção a uma lista de falta
de evidências históricas do livro de mórmon;
• Nenhuma cidade do livro de mórmon foi localizada;
• Nenhum nome do livro de mórmon foi encontrado em
inscrições do Novo Mundo;
• Nenhuma inscrição genuína em Hebraico foi encon tra- da;
• Nenhuma inscrição em egípcio ou qualquer língua que
pudesse vir a ser o "egípcio reformado" de joseph Smith foi
encontrada;
• Nenhuma cópia antiga das escrituras do livro de mórmon
foi encontrada;
78 I SEITAS E HERESIAS

• Não há inscrição de qualquer espécie que indique os que os


antigos habitantes tinham crenças hebraicas ou cristãs,
todas eram pagãs;
• Nenhuma menção de pessoas, nações ou lugares do livro de
mórmon é verdadeiro ou foi encontrado;
• Nenhum artefa to de qualquer espécie que demons tre que o
livro de mórmon é verdadeiro foi encontrado;
• O mormonismo afirma que o índio americano é de origem
hebraica. A ciência afirma que o índio americano é de
origem mongoloide (asiático);
• A última palavra do livro de Jacó é uma saudação em
francês, na edição inglesa. O problema é que o livro data de
600 a.C.ea língua francesa só começou a ser formada em
700 d.C. (HOUGEY apud RINALDI e ROMERO,
1996, p. 100-101).
Do ponto de vista teológico, o livro de mórmon também
é uma farsa. Smith diz ter produzido uma versão inspirada da
bíblia, mas essa versão deixou noventa por cento do texto
como estava. Ele omitiu e acrescentou muitas coisas, por
exemplo, omitiu o livro de Cantares de Salomão. Smith não
acrescentou os livros que disse ter sido omitido da Bíblia.
Qualquer pessoa em são juízo reconhece que o livro de
mórmon é uma grande farsa na tentativa de parecer palavra de
Deus, mas na verdade é uma revelação do inferno. Diante da
impossibilidade de comprovar a historicidade e a teologia do
texto, os mórmons apelam para o elemento subjetivo. A igreja
orienta os fieis a orar com fé e perguntarem a Deus se o livro
de mórmon é ou não verdadeiro. Segundo eles quem ora com
sinceridade sentirá um 'ardor no peito'. Quem não sentir esse
tal ardor, certamente será taxado como insincero. As pala-
SEITAS E HERESIAS | 79

vras de Rinaldi e Romero são próprias para finalizar esse tema:


"O livro de mórmon é um livro desacreditado por
causa de seus muitos erros. Não pode, por conse-
guinte ter origem divina, visto que Deus não erra e
nem se frustra (...) e não será uma experiência
subjetiva de "ardor no peito" que provará o con-
trário. Não é próprio do cristianismo o estruturar- se
sobre uma fé cega, baseada em sentimentos e emoções
exclusivamente, antes firma-se em fatos que não se
furtam a uma análise objetiva. (RINALDI e
ROMERO, 1996, p.104).

III) DEUS E O MORMONISMO


Deus Pai existiu como homem para chegar a ser Deus.
Teve corpo físico, assim como também uma esposa (mãe
celestial). Não há trindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são
três deuses separados. Os homens dignos podem um dia
chegar a serem deuses também.
No primeiro artigo das regras de fé do mormonismo
está escrito: "cremos em Deus o Pai Eterno, em seu Filho Jesus
Cristo e no Espírito Santo". Não pense que por isso a fé dos
mórmons seja ortodoxa, e que eles sejam ou possam ser
considerados como um grupo cristão. A forma como eles
interpretam essa declaração é uma heresia absoluta.
O mormonismo não crê na trindade. Segundo eles
existem na verdade três deuses. Joseph Smith afirma em seus
ensinamentos:
"Eu sempre declarei que Deus é um personagem
distinto, que Jesus é um personagem distinto e se-
parado de Deus, o Pai, e que o Espírito Santo é outro
personagem distinto e é espírito: são três
personagens distintos e três deuses".
80 | SEITAS E HERESIAS

(Ensinamentos do profeta Joseph Smith, p.361).


Segundo Joseph Smith "o Pai possui um corpo de carne
e ossos tão tangível como o do homem; o filho também; mas o
Espírito Santo não possui um corpo de carne e osso, mas é um
personagem de Espírito." (D&C 130.22).
Na doutrina do mormonismo, os homens podem
evoluir até chegar a condição de se tornar Deus. Esse é o caso
com Deus, segundo Smith, Deus já foi homem como nós, já
habitou entre nós, da mesma maneira como Cristo já habitou
em nosso meio. O sucessor de Smith, Brigham Young disse:
Quando nosso pai, Adão, chegou ao jardim do Éden,
veio com um corpo celestial e trouxe consigo uma de
suas esposas, Eva. Ele ajudou a fazer e organizar este
mundo. Ele é Miguel, o arcanjo, o ancião de Dias, do
qual têm falado e escrito homens santos. Ele é o nosso
Deus, o único Deus com quem temos algo a ver.
(DOUTRINAS DE SALVAÇÃO, vol 1, p.105).
A síntese do ensinamento do mormonismo é a doutrina
do progresso eterno, como eles afirmam "como o homem é,
Deus já foi; Como Deus é, o homem poderá vir a ser. (Regras
de Fé, p.430). Com certeza esse não é o Deus revelado nas
Escrituras.
IV) JESUS
Jesus é um Deus separado do Pai (Elohim). Ele foi criado
como um filho espiritual pelo Pai e mãe no céu. E o irmão mais
velho de todos os homens e seres espirituais. Seu corpo foi
criado através da união sexual entre Elohim e Maria. Jesus foi
casado, segundo o mormonismo, Jesus era o noivo na festa de
Caná da galileia. Sua morte na cruz não proveu a expiação
completa por todos os peca
SEITAS E HERESIAS | 81

dos, mas propiciou a ressurreição para todos. Existem


pecados que só com a morte do pecador eles podem ser
expiados.
Brigham Young no Journal Discourses (Vol 3, p 219 -
220) afirma que ele pode contar muitos testemunhos de
homens que têm sido justamente mortos a fim de expiarem
seus próprios pecados. Ele afirma ainda que se alguém precisa
de ajuda, deve ser ajudado, se deseja salvação, e para isso for
necessário derramar o seu sangue na terra para o indivíduo
seja salvo, então que se derrame. Vejamos o que ele escreveu:
"Qualquer homem ou mulher que violar as alianças
feitas com seu Deus terá de pagar o débito. O sangue
de Cristo nunca apagará esse erro. O indivíduo tem
de expiá-lo com seu próprio sangue. Mais cedo ou
mais tarde lhe sobrevirão os castigos do
Toão-Poderoso e cada um terá de fazer expiação pelas
suas alianças.... Todos os homens amam a si mesmos,
e, se todos conhecessem esses princípios, de bom
grado derramariam seu próprio sangue... Eu poderia
citar inúmeros casos de homens que foram mortos
legitimamente, para expiação de seus pecados... Isto é
amar ao próximo como a si mesmo; se ele precisar de
auxílio, ajude o; e se ele " quiser ser salvo e for
necessário derramar seu sangue na terra para que ele
possa ser salvo, derrame- o. (JORNAL OF
DISCOURSES, vol. III pág.247, e vol. IV p. 219 e
220).

Brigham Young define assim a sua Cristologia:


"Quando a virgem Maria concebeu o menino Jesus,
o Pai havia gerado a sua própria semelhança. Ele foi
gerado pelo Espírito. Jesus, o nosso irmão mais velho,
foi gerado na carne pelo mesmo personagem que
82 i SEITAS E HERESIAS

estava n jardim do éden, e que é nosso pai celestial.


(Journal of discourses, vol 1 pp. 50 -51)

O Jesus que o mormonismo prega não é o Jesus da


Bíblia, mas outro.
V) A SALVAÇÃO
Na doutrina do mormonismo não existe espaço para a
salvação mediante a graça, pela fé em Cristo Jesus, mas pelas
obras, incluindo lealdade aos líderes, batismo para a remissão,
dizimar, ordenanças, matrimonio e cerimônias secretas no
templo.
Só há vida eterna para aquele que for da igreja Mórmon.
No mormonismo existem dois tipos de salvação: aquela que é
geral e a salvação individual. Na salvação geral a doutrina
mórmon ensina o universalismo, doutrina que afirma que no
final dos tempos, Deus irá punir de forma restauradora a alma
dos homens que negaram a Jesus como Senhor e Salvador,
dando-lhes depois de um tempo de castigo a reconciliação. Em
outras palavras, no final Deus salva todo mundo.
Na salvação individual, o mormonismo ensina a
condicionalidade. Segundo os mórmons para se obter a
salvação existem muitas condicionais e uma delas é ser
membro da Igreja dos Santos dos Últimos Dias. Claramente as
escrituras sagradas rejeitam esse tipo de ensinamento.
VI) A MORTE
Uma vez que o mormonismo ensina que somos eterno
como Deus, e que como Deus é o homem será para chegarmos
a esse estágio precisamos passar por alguns estágios: primeiro,
o estágio da pré-existência, quando existíamos como
inteligências. Segundo, passamos para
SEITAS E HERESIAS | 83

o estágio do estado pré-mortal. Nesse período nascemos por


meio da procriação de Deus com uma de suas esposas. O
terceiro estágio é o da mortalidade. Nesse estágio, que é o
momento presente sofremos a provação da morte. O ultimo
estágio é da pós-morte. O nosso destino depois da morte
depende dos nossos atos nessa vida.
O mormonismo atesta a existência de três reinos
celestiais e que quase todos irão a um dos três reinos celestiais
separados, alguns obtendo a divindade. Os apóstatas e os
assassinos irão para o reino das trevas, que é o reino Telestial.
No reino terrestrial ficarão as pessoas boas, mas que não se
converteram ao mormonismo. E o reino celestial reservado
somente para os mórmons, que se casaram no templo e que se
tornaram dignos de chegarem a exaltação ou a divindade.
VII) OUTRAS CARACTERÍSTICAS
O adepto do Mormonismo não pode beber álcool, café,
chá ou usar tabaco. Batismo em nome dos mortos. Trabalho
missionário gratuito. Visitas de casa em casa. Cerimônias
secretas no templo somente para membros de boa reputação.
Rede social muito extensa. As pessoas negras não tiveram
acesso ao sacerdócio Mórmon e outros privilégios até 1978.
Depois dessa data, não há mais restrição ao sacerdócio de
pessoas negras.
CAPÍTULO

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

I) O FUNDAMENTO
Charles Taze Russel (1852-1916),o fundador das tes-
temunhas de Jeová nasceu na Pensilvânia, EUA, era
presbiteriano de origem, depois pertenceu à igreja
Congregacional e a seguir a igreja Adventista. Em 1874
começou um movimento chamado de russelita. Em 1879
começou a publicação da "Torre de Vigia de Sião" hoje
conhecida como "Sentinela".
Russel era perturbado especialmente pela doutrina das
penas eternas. Por isso se aproximou do adventismo, mas
devido as suas opiniões pessoais essa junção com o
adventismo durou pouco tempo. Não demorou muito e
Russel começou a censurar a igreja e seus líderes, alegando
que eles estavam a serviço das trevas, e do engano.
Russel escreveu uma obra para o treinamento de seus
discípulos intitulada "estudos na escritura", que ele
recomenda ser melhor leitura do que a Bíblia. Russel que
alegava serem os seus escritos melhores que a Bíblia,
profetizou que a batalha do Armagedon ocorreria em 1914,
depois alterou para 1915 e depois como nada acon
SEITAS E HERESIAS | 85

teceu, remarcou a data para 1918, mas ele não pode viver para
confirmar que sua profecia de novo estava equivocada, pois
ele morreu em 1916.
As Testemunhas de Jeová são extremamente zelosas e
fervorosas em sua dedicação à sua fé. São reconhecidas como
esforçadas e em alguns casos citados como exemplo de
pessoas dedicadas ao seu ministério. O que alguns não sabem
que esse esforço não é resultado de convicção e nem de
espontaneidade, mas sim, de medo. As Testemunhas de Jeová
são pressionadas a trabalhar com afinco sob pena de serem
rebaixadas ao nível de "servos inferiores".
De acordo com Raimundo Oliveira
"A maior parte dos seus esforços é gasta procurando
alcançar pessoas já membros de igrejas evangélicas,
cujos preceitos eles põem em dúvida por meio de
ensinos subversivos."

II) ASPECTOS ESCRITURÍSTICOS


A Bíblia (Tradução do Novo Mundo), todas as publicações
atuais da Torre de Vigia, as revistas: A Sentinela e Despertai,
publicadas quinzenalmente, são as principais literaturas das
Testemunhas de Jeová. O Dr. Bruce M. Metzger, da
Universidade de Princeton, fala acerca dos escritos das
Testemunhas de Jeová, e da maneira como seus escritos são
aceitos pelos seguidores:
"Dizem que ninguém pode compreender a Bíblia
sem a revista A Sentinela. Não reconhecem qualquer
outra versão da bíblia, além da sua versão deturpada
chamada "Tradução Novo Mundo".Esta tradução
foi preparada para contrabandear as crenças
Pré-Fabricadas da Torre de Vigia para o texto
86 | SEITAS E HERESIAS

das Escrituras. Trata-se de uma obra mutilada, ten-


denciosa, viciada e cheio de Interpolações. Tradu-
ziram (João. 1:1 por: E a Palavra era [um] deus'.)
(Seitas e heresias, p.12).

III) DEUS
Deus é uma pessoa, cujo nome exclusivo é Jeová. Não
creem na Trindade. Jesus foi o primeiro ser criado por Jeová.
IV) JESUS
Quanto a doutrina de Cristo as Testemunhas de Jeová
são essencialmente arianas. Jesus é um segundo as
Testemunhas de Jeová um semi-deus, ou um demiurgo (deus
menor). Antes de vir ao mundo, ele era o arcanjo Miguel.
Jeová criou o universo por meio de Jesus. Quando Jesus estava
na Terra, ele foi um homem que viveu perfeitamente. Depois
de haver morrido numa estaca (não numa cruz), foi
ressuscitado como espírito e seu corpo foi destruído. O
homem Jesus não existe mais. Jesus não virá outra vez. Ele já
veio invisivelmente em 1914, em espírito.
Em relação a Cristo seus ensinamentos podem ser
resumidos assim:
1. Rejeitam a divindade de Cristo
Sobre a divindade de Cristo, afirmam as Testemunhas
de Jeová:
"Este [Jesus Cristo], não era Jeová Deus, mas estava
'existin-do na forma de Deus'. Como assim? Ele era
uma pessoa espiritu-al, assim como 'Deus é
Espírito'; era poderoso, mas não Todo-poderoso
como o é Jeová Deus: também ele existia antes de
todas as outras criaturas de Deus porque foi o pri-
meiro filho que Jeová Deus trouxe à existência.
SEITAS E HERESIAS | 87

Por isso é chamado 'o Filho unigénito' de Deus,


porque Deus não teve associado ao trazer à exis-
tência o seu unigénito Filho... Ele não é o autor da
criação de Deus; mas, depois de Deus o haver criado
como primogênito, usou-o como seu ohreiro
associado ao trazer à existência todo o resto da
cria-ção" (Seja Deus Verdadeiro, pp. 34,35).

2. Negam a segunda vinda de Cristo


As Testemunhas de Jeová fazem uma verdadeira
miscelânea no que diz respeito à escatologia. Primeiro eles
negam a segunda vinda de Cristo, segundo eles, Jesus vem
não em forma humana, mas como criatura espiritual e
gloriosa... Ele vem, portanto, desta vez, não em humi-lhação,
não na semelhança dos homens, mas em sua glória, e to-dos
os anjos com ele. Alguns podem citar as palavras dos anjos:
'Esse Jesus que dentre vós foi recebido no céu, assim virá do
modo como o vistes ir para o céu' (At 1.11). Notem, porém,
que este texto não diz que ele virá com a mesma aparência, ou
no mesmo corpo, mas somen-te do mesmo modo" (Seja Deus
Verdadeiro, pp. 184,185).
Segundo, pelos ensinos de Rüssel, Jesus voltou à terra
em 1914 e estabeleceu o seu governo de paz. De acordo com
seus ensinamentos a " batalha do grande dia do Deus
Todo-poderoso (o Armagedon) terminará em 1914, com a
derrocada completa do governo do mundo... e o pleno
estabelecimento do reino de Cris-to" (Russell, Estudos nas
Escrituras, vol. II, pp. 101,170).
Consequentemente, o juízo final já está em andamento.
Assim ensinam as Testemunhas de Jeová:
"Na primavera de 1918, veio o Senhor, e começou o
juízo, primeiro da 'casa de Deus' e depois
88 | SEITAS E HERESIAS

das nações deste mundo" (Seja Deus Verdadeiro,


p. 284).

V) O ESPÍRITO SANTO
É a força ativa invisível de Jeová. Não é pessoal.
VI) A SALVAÇÃO
Ser batizado como Testemunha de Jeová. A maioria dos
seguidores tem que ganhar a vida eterna na Terra, trabalhando
áe casa em casa. A salvação no céu está limitada aos 144 mil
ungidos.
VII) A MORTE
Os 144 mil viverão no céu como seres espirituais. O
remanescente dos justos, a grande multidão viverá na Terra e
obedecerá a Deus perfeitamente por 1000 anos. Depois,
deverão suportar a prova final, quando Satanás for solto do
poço do abismo. As testemunhas de Jeová não acreditam na
existência do inferno, de acordo com eles:
A doutrina de um inferno ardente onde os iníquos,
depois da morte, são torturados para sempre, não pode ser
verdadeira, prin-cipalmente por quatro razões: 1) está
inteiramente fora das Escri-turas; 2) é irracional; 3) é contrária
ao amor de Deus; 4) é repug-nante à justiça" (Seja Deus
Verdadeiro, p. 79).
VIII) OUTRAS CRENÇAS
Reúnem-se aos domingos nos Salões do Reino. Os
membros ativos são instruídos a distribuir literatura de casa
em casa. Uma vez por ano celebram a Refeição Noturna. Só os
ungidos podem participar. Não comemoram feriados nem
aniversários. Não saúdam a bandeira, não prestam serviço
militar, não aceitam transfusões de sangue.
CAPÍTULO

12
O ISLAMISMO

I) FUNDAMENTO
Islamismo, Islão ou Islã, em árabe: "al-Islâm", é uma
religião abraâmica monoteísta articulada pelo Corão, um texto
considerado por seus seguidores como a palavra literal de
Deus, e pelos ensinamentos e exemplos normativos (a
chamada Suna, parte do Hadith) de Maomé, considerado
pelos fiéis como o último profeta de Deus. Um adepto do
islamismo é chamado de muçulmano.
Muçulmano, por sua vez, deriva da palavra árabe
muslim, que deriva do "aslama", designando "aquele que se
submete".
Os muçulmanos acreditam que Deus é único e in-
comparável e o propósito da existência é adorá-lo. Eles
também acreditam que o islã é a versão completa e universal
de uma fé primordial que foi revelada em muitas épocas e
lugares anteriores, incluindo por meio de Abraão, Moisés e
Jesus, que eles consideram profetas. Os seguidores do islã
afirmam que as mensagens e revelações anteriores foram
parcialmente alteradas ou corrompidas ao longo do tempo,
mas consideram o Alco-
90 | SEITAS E HERESIAS

rão como uma versão inalterada da revelação final da Deus.


Os conceitos e as práticas religiosas incluem os cinco pilares
do islã, que são conceitos e atos básicos e obrigatórios de culto,
e a prática da lei islâmica, que atinge praticamente todos os
aspectos da vida e da sociedade, fornecendo orientação sobre
temas variados, como sistema bancário e bem-estar, à guerra e
ao meio ambiente.
Maomé (579-632 d.C). Surgiu por volta de 610 d.C, em
Meca e Medina. A sede se encontra em Meca, na Arábia
Saudita. As divisões principais do islamismo são os Sunitas e
Xiitas.
Os Sunitas formam o maior ramo do Islão, ao qual no
ano de 2006 pertenciam mais de 70% do total dos
muçulmanos. A maioria dos sunitas acredita que o nome
deriva da palavra Suna (Sunna), que se refere aos preceitos
estabelecidos no século VIII, baseados nos ensinamentos de
Maomé e dos quatro califas ortodoxos.
Os Xiitas, em árabe: Shia'a ou Shiat Ali, "partido de Ali",
são o segundo maior ramo de crentes do Islamismo,
constituindo cerca de 30% do total dos muçulmanos. Eles
consideram Ali, o genro e primo do profeta Maomé, como o
seu sucessor legítimo e consideram ilegítimos os três califas
sunitas que assumiram a liderança da comunidade
muçulmana após a morte de Maomé.
II) ASPECTOS ESCRITURÍSTICOS
A lei maior do islamismo é o Alcorão, escrito em árabe.
El Hndith (as palavras e obras de Maomé).
A Lei de Moisés, os Salmos e os Evangelhos são aceitos
pelo Alcorão. Os muçulmanos, entretanto, os consideram
adulterados.
O Alcorão (literalmente: recitação) é a principal au
SEITAS E HERESIAS | 91

toridade islamismo. Para o Islã Deus revelou cada palavra


através do anjo Gabriel a Mohammad, que era analfabeto. Este
teve de memorizar todas as palavras, ditando-as aos seus
discípulos.
Depois de sua morte, um grupo de escribas começou a
assentar tudo por escrito. O resultado final é uma obra
contendo 114 suratas (capítulos). Há extensa citação (indireta)
tanto do Antigo quanto do Novo Testamentos (embora
apregoe que estas obras literárias tenham sido corrompidas
através dos séculos). A segunda fonte de autoridade para os
muçulmanos é a Sunna, a coleção da tradição das declarações
e dos feitos de Mohammad, apresentados em forma de hadis
(breves narrativas). (Seitas e Heresias, p. 100)
III) DEUS
Alá é Deus . Ele revelou o Alcorão a Maomé por
intermédio do anjo Gabriel. Alá é um juiz severo e não é
representado como amoroso.
A fé Islâmica é essencialmente monoteísta. A concepção
de um Deus uno, faz com que rejeitem na doutrina da
Trindade, afirmando que esta é uma deturpação do
monoteísmo bíblico. Diz que os cristãos "inventaram a
Trindade ou a copiaram da idolatria pagã". (Seitas e heresias,
p.100).
IV) JESUS
Jesus é um dos 124 mil profetas enviados por Deus a
diferentes culturas. Abraão, Moisés e Maomé são alguns. Jesus
nasceu de uma virgem, mas não é o Filho de Deus sem pecado.
Negam assim a sua divindade, bem como a sua morte
(ascendeu ao céu sem ser morto). Desta forma para o islã, Jesus
na fez um sacrifico vicário e não atribuem à morte de Jesus a
redenção da raça huma-
92 | SEITAS E HERESIAS

na. A ideia de Jesus ser Deus encarnado, na visão do


islamismo diminui a transcendência de Deus, fazendo desta
uma doutrina ultrajante.
Jesus é conhecido como Messias e Ayntollah (Aynt Allnh,
sinal de Alá). Jesus regressará no futuro para viver e morrer.
V) O ESPÍRITO SANTO
O Alcorão se refere a Jesus como o Espírito de Deus. Os
eruditos muçulmanos veem o anjo Gabriel como o Espírito
Santo.
VI) A SALVAÇÃO
Os homens são basicamente bons, mas falíveis e
precisam de direção. O equilíbrio entre as boas obras e as más
determinam o destino eterno: paraíso ou inferno.
A salvação no Islã depende do cumprimento dos cinco
pilares sobre os quais o Islamismo está fundamentado:
confessar que Alá é o único Deus verdadeiro e Maomé o seu
profeta, orar cinco vezes ao dia voltado para Meca, dar
esmolas, jejuar durante o mês de Ramadã e fazer uma
peregrinação a Meca (ao menos uma vez na vida).
VII) A MORTE
O Islamismo admite a ressurreição dos corpos, averá
um dia final para julgar e recompensar. O paraíso eterno para
aqueles que creram no Islamismo, o inferno para os infiéis que
não aceitaram o Islamismo.
VIII) OUTRAS CARACTERÍSTICAS
Os adeptos são chamados Muçulmanos. Vão às
mesquitas (templos) para orar, ouvir sermões e conselhos.
Esforço santo para expandir o Islamismo.
CAPÍTULO

13
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS
Com a vinda dos escravos para o Brasil, seus costumes
deram origem a diversas religiões, tais como o candomblé,
que tem milhões de seguidores, principalmente entre a
população negra, descendente de africanos. Estão
concentradas em maior número nos grandes centros urbanos
do Norte e do Nordeste do país, mas também com grande
presença no Sudeste. Diferente do candomblé, que é a religião
sobrevivente da África ocidental, há também a Umbanda, que
representa o sincretismo religioso entre o catolicismo,
espiritismo e os orixás africanos. As religiões de matriz
africana foram e ainda são perseguidas e discriminadas no
Brasil.
As chamadas religiões afro-brasileiras compõem o
candomblé que é dividido em várias nações, o batuque, o
Xangô do Recife e o Xambá foram trazidas originalmente
pelos escravos. Estes escravos cultuavam seu Deus, e as
divindades chamadas Orixás, Voduns ou inkices com cantos e
danças trazidos da África.
Desde o início as religiões afro-brasileiras se fizeram
sincréticas, estabelecendo paralelismos entre divindades
africanas e santos católicos, adotando o calendá-
94 | SEITAS E HERESIAS

rio de festas do catolicismo, valorizando a frequência aos ritos


e sacramentos da igreja.
As religiões afro-brasileiras na maioria são relacionadas
com a religião yorúbá e outras religiões tradicionais africanas,
é uma parte das religiões afro-americanas e diferentes das
religiões afro-cubanas como a Santeria de Cuba e o Vodou do
Haiti pouco conhecidas no Brasil.
O universo das religiões afro-brasileiras é bastante
complexo, visto que diferentes grupos étnicos deram origem a
uma constelação de denominações religiosas. Também a
grande variedade leva em conta os aspectos coloniais nas mais
diferentes regiões e estados do Brasil, como podemos
observar:
• Babaçuê - Maranhão, Pará
• Batuque - Rio Grande do Sul
• Cabula - Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro
e Santa Catarina.
• Candomblé - Em todos estados do Brasil
• Culto aos Egungun - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
• Culto de Ifá - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
• Encantaria - Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas
• Omoloko - Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo
• Pajelança - Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas
• Quimbanda - Em todos estados do Brasil
• Tambor-de-Mina - Maranhão
• Terecô - Maranhão
• Umbanda - Em todos estados do Brasil
• Xambá - Alagoas, Pernambuco
• Xangô do Nordeste - Pernambuco
CAPÍTULO

14
A NOVA ERA

O movimento da Nova Era - do inglês New Age - possui


muitas subdivisões, sendo geralmente uma fusão de ensinos
metafísicos de influência oriental, de linhas teológicas, de
crenças espiritualistas, animistas e paracientíficas, com uma
proposta de um novo modelo de consciência moral,
psicológica e social além de integração e simbiose com o meio
envolvente, a Natureza e até o Cosmos.
É uma teologia ou uma "filosofia de vida" de bem- estar,
tolerância universal. A Nova Era pretende realizar o que seu
nome indica: "derramamento de água" ou "era de aquários"
sobre o mundo, para simbolizar a vinda de um novo "espírito"
ou "nova mentalidade". Esta "nova mentalidade" provocará
nos seres humanos uma expressão (ou "despertar") de
consciência. Para auxiliar neste processo, algumas
psicotécnicas também podem ser empregadas, tais como:
Tarô, Yoga, Meditação, Mapa Astral, Gurus, Esoterismo,
novas culturas, orações, jogo de Búzios, pirâmides, cristais,
numerologia, Gnose, Teosofia, Acupuntura, Homeopatia,
Fitoterapia, Pacifismo, Rebieth, Channellins, Sincretismo,
busca interior, livros de autoajuda, magia, predição, novo
pensamento
96 | SEITAS E HERESIAS

etc. e esta iluminação deverá possibilitar uma vida com menos


dificuldades e menos problemas. A "Nova Era" não é vista por
seus seguidores como uma religião propriamente dita, mas
apresenta propostas de vida religiosa. Não é um movimento
filosófico propriamente dito - pois não parte de construções
racionais para justificar suas proposições -, mas tenta dar
respostas (ditas) filosóficas a questões existenciais. Não é uma
ciência, mas busca alicerçar-se em leis científicas (ou
pseudocientíficas).
No âmbito religioso misturam também princípios
filosóficos e místicos. Alguns instrumentos usados para esses
fins são as pirâmides, filosofias orientais, energias cósmicas,
cristais energéticos, amuletos, pensamentos positivos,
esoterismo (cabala, horóscopo, mantra, mapa astral, Yoga,
relaxamento, "ecologia", aura em harmonia com o corpo, Yin
Yang). Acredita-se que a humanidade, assim como todas as
coisas, são UM (estão em unidade) com o Cosmos (ou "Deus").
Você mesmo assume-se como parte de Deus.
O oculto, o misterioso, o esoterismo, a astrologia,
destino, medicina alternativa com filosofias, estrelas in-
fluenciando as nossas atitudes, livros de autoajuda. Tudo isso
faz parte da Nova Era. Esse movimento se sustenta em 4
pilares (Subestrutura científica, O uso de "doutrinas" das
religiões orientais, Nova Psicologia e Astrologia). Dentro do
prisma da "Nova Era" está a uniformização, principalmente a
do sistema econômico, as "leis" da globalização, como
percebemos em nossos dias, estão envolvidas nesse processo.
SEITAS E HERESIAS | 97

BIBLIOGRAFIA

O LIVRO DE MÓRMQM Igreja de Jesus Cristo dos Santos


dos Últimos Dias. (1995).. Salt Lake City.
ARAÚJO, U. T. (1981). O Adventismo. diversos, (s.d.).
áshared. Acesso em 10 de 10 de 2011, disponível em Seitas e
Heresias: http:// www.4shared.com
Heresiologia, apostasia, Seitas e Heresias, do paganismo e do
pseudo cristianismo, (s.d.). Acesso em 10 de 10 de 2011,
disponível em heresiologia: http://
solascriptura-tt.org/Seitas/ index.htm
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. (1950).
Doutrinas e Convênios e Pérolas de Grande Valor. Jackson.,
Missouri.
NOGUEIRA, J. (07 de 24 de 2009). Sincretismo Religioso no
Brasil em Casa Grande Senzala: Influências na Religiosidade
Brasileira. Acesso em 10 de 10 de 2011, disponível em Historia
e História: http://
www.historiaehistoria.com.br/ materia. cf m?
tb=alunos&id=205
RINALDI, N. e. (1996). Desmascarando as seitas. Rio de Ja-
neiro, RJ: CPAD.
WHITE, E. G. (1981). O Grande Conflito. Santo André, SP:
Casa Publicadora Brasileira.
Pr. Antônio R. Siqueira

Ministro do Evangelho,
graduado em Teologia pelo
Seminário Teológico Cristão
Evangélico do Brasil (SETECEB),
com intragalização de créditos
pela FTSA (Faculdade Teológica
Sul Americana), pós graduado
em Teologia e em Docência
Universitária, professor no
Seminário Teólogico Batista
Nacional.

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