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O Banco Nacional de Angola (BNA) vai introduzir, em Outubro, a taxa básica de juros, que vai

servir de instrumento orientador da política monetária e referência para as taxas praticadas


pelos bancos comerciais.
Com a medida, a instituição procura, com maior eficácia, influenciar e contribuir para a
estabilidade dos preços na economia, e proteger os rendimentos e as poupanças nacionais, de
acordo com o governador do BNA, José Massano, que explicou ontem à imprensa os principais
pontos do novo quadro operacional da política monetária.
O governado anunciou, ainda, a introdução da taxa LUIBOR (Luanda Interbank Offered Rate),
que será a média resultante das taxas de juro cobradas pelos bancos comerciais nas
operações entre si. A expectativa, de acordo com o governador do BNA, é que esta taxa se
situe entre a taxa de juro cobrada pelo Banco Nacional de Angola na sua facilidade de
cedência de liquidez (empréstimos às instituições financeiras) e a oferta pela facilidade de
depósitos.
A definição de uma taxa LUIBOR, na sua óptica, vai contribuir para baixar as taxas de juros
que os bancos comerciais cobram pelos empréstimos e estimular a subida das taxas utilizadas
para remunerar os depósitos dos clientes.
O crédito à habitação para aquisição de casas no âmbito do Programa habitacional do
Executivo vai ser feito tendo como referência a taxa LUIBOR.
“Todos os meses, o Comité de Política Monetária vai reunir-se para analisar o comportamento
da economia em determinado período, para se poder avaliar a necessidade, ou não, de ajustar
a taxa de juros básica”, explicou o governador. No final de cada reunião, é divulgado um
comunicado formal para o público, centrado no desenvolvimento recente e prospectivo da
inflação, dos mercados financeiros, da actividade económica real, das medidas de política
monetária e na decisão sobre a taxa básica de juros para o período seguinte.
Uma subida da Taxa BNA, por exemplo, indica restrição da política monetária, porque o Banco
central prevê um cenário de aumento geral dos preços, que pode pôr em causa a meta de
inflação estabelecida pelo Executivo. Em contrapartida, uma redução da Taxa BNA indica um
curso expansionista da política monetária, uma vez que o Banco Central prevê uma diminuição
da inflação a curto prazo.

Facilidade para os bancos

Os bancos comerciais vão poder recorrer ao Banco Central para empréstimos, sem custos,
para satisfazerem as necessidades dos seus clientes e poder aplicar os recursos que tiverem
em excesso.
“Estamos confiantes que o novo percurso vai gerar maior confiança aos agentes económicos,
que passam a compreender melhor as opções e orientações de desenvolvimento e, com isso,
tomar decisões melhor informadas, permitindo uma mais eficiente alocação de recursos”, disse
o governador, acrescentando que a medida vai promover maior dinamismo e competitividade
no sector financeiro, impondo maior rigor e transparência na relação do mercado.
Ainda assim, o crescimento acumulado da economia foi de 17 por cento, destacando-se o
crescimento do crédito em moeda nacional em cerca de 34 por cento. Outro sinal positivo,
disse o governador do BNA, foi o facto de o crédito de médio prazo ter crescido mais do que o
crédito de curto prazo, ficando em 20 por cento contra cerca de 16 por cento. As reservas
internacionais líquidas, no final de Junho, atingiram os 21.468,82 milhões de dólares contra os
17.326,62 milhões em Dezembro do ano passado.

Dentro das metas

O governador do BNA garantiu que a economia angolana está numa trajectória de crescimento,
medida pela evolução do Produto Interno Bruto não petrolífero, que no final do primeiro
semestre registava um crescimento de quase cinco por cento. Depois de fazer uma avaliação
da economia mundial, José Massano disse que se mantém o “cenário de crise com
repercussões e efeitos potencialmente nefastos sobre as demais economias”. Afirmou que o
sentido de alerta e protecção da economia angolana contra choques externos recomenda
determinação na prossecução dos objectivos de política económica definidos para o período
2011/2012.
O Plano Nacional fixa como objectivos prioritários a manutenção de um ritmo sustentado de
crescimento económico (com estabilidade e diversificação das estruturas económicas),
estimular o sector privado e empresarial nacional, além de reforçar a inserção competitiva de
Angola no contexto internacional.
O governador manifestou confiança quanto ao cumprimento da meta de inflação para este ano,
prevista para um nível não superior a 12 por cento. “No final do mês de Agosto, a inflação
acumulada no ano era de 6,8 por cento. Isso faz-nos antever o cumprimento do objectivo de
inflação para o ano em curso”, afirmou José Massano, alertando que, apesar das conquistas, o
Banco Nacional de Angola não vai abrandar a prudência da política monetária.

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