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Abstract: The claim of this article is it of questioning the thought hegemonic of the
"powders-modernity", when there proceeds from the assumption Marxist of whom the
dialectic method is a thought and reality at the same time, being the contradictory, lively
and movable reality. For the modern-powders, which exists in the
contemporaneousness is a crisis of the sciences, which accompanies the crisis of the
"modernity". They resort constantly to the crisis of the "modernity" doing analogy to a
supposed crisis of the Marxism. This supposed crisis of the sciences, of paradigms and
of the reason itself is defended by Kurz, Giddens and other authors than
propagandeiam a break that did not exist. A more deepened analysis puts on the
ground these argumentations and they open way for a reflection on the present of the
dialectic method in order that her rethink the courses of the theory of the geography.
Keywords: Marxism - Post-Modernity - Class struggle
Introdução
4 Segundo Gianotti, o alemão Robert Kurz é “menos conhecido no Brasil e mesmo nos meios acadêmicos de seu
país, Alemanha, um autodidata, motorista de táxi e membro de um pequeno grupo (alternativo)”. (Gianotti, 1993,
p. 48)
A atualidade do materialismo histórico-dialético para a compreensão do espaço geográfico, 5
pp. 1-19.
5 Quem melhor defende o toyotismo enquanto nova forma de organização do trabalho é Benjamin Coriat.
6 XIX ENGA, São Paulo, 2009 MARTINS, M. M.
Esta consciência de uma ruptura que não houve, de certa forma até fictícia, mas
que em muito se parece com um prolongamento da tão criticada “modernidade”, nada
mais é do que ilusão, do que uma “fuga para frente, renunciando a confrontar-se
concretamente com os problemas da modernidade”. Daí, que os intelectuais dessa
corrente tão confusa preferem “refugiar-se num pós-moderno contracultural, verde e
com crescimento zero, ou num pós-moderno anárquico, pluralista, em processo de
6 Conforme Duarte, estes pensadores apresentam-se, inclusive, como “defensores de teorias críticas, neomarxistas
etc.” (idem)
A atualidade do materialismo histórico-dialético para a compreensão do espaço geográfico, 9
pp. 1-19.
Uma via férrea, por exemplo, que liga o local de produção com um
empório no interior, pode aumentar absoluta ou relativamente, a
distância de uma localidade geograficamente mais próxima mas que
não dispõe de estradas de ferro, tornando-se por comparação esse
empório mais afastado; do mesmo modo, em virtude das mesmas
circunstâncias pode modificar-se a distância relativa dos locais de
produção aos grandes mercados de consumo, o que explica a
decadência dos velhos centros de produção e o aparecimento de novos
ao mudarem os meios de transportes e comunicação (...) Ao
desenvolverem-se os meios de transportes, aumenta a velocidade do
movimento no espaço e assim reduz-se no tempo a distância
geográfica. (MARX apud OLIVEIRA, 1996, p. 67-68)
e no tempo” onde “o espaço e o tempo não são formas simples dos fenômenos, são
isto sim, as formas reais, objetivas do ser”. (LÊNIN, 1971, p. 165). Com estas
contribuições, podemos compreender que:
O que faz com que uma região da terra seja um território de caça é o
fato de as tribos caçarem nela; o que transforma o solo num
prolongamento do corpo do indivíduo é a agricultura. Tendo sido
construída a cidade de Roma, e suas terras circunvizinhas cultivadas
por seus cidadãos as condições da comunidade diferiram das que
haviam vigorado anteriormente. (MARX, 1975, p. 87)
7 O que Santos caracteriza como “medo” de E. Soja seria a preocupação deste em teorizar um materialismo
“geográfico”, como forma de refutar o materialismo histórico-dialético.
12 XIX ENGA, São Paulo, 2009 MARTINS, M. M.
Manuel Correia de Andrade e Alberto Passos Guimarães vão contribuir para esta nova
abordagem teórica ao analisarem a essência da agricultura capitalista, que é a
produtividade para o mercado.
O desenvolvimento contraditório do capitalismo no campo brasileiro vai ser
objeto da análise da geografia agrária, sob a elaboração teórico-metodológica do
materialismo histórico-dialético. Se por um lado desenvolvem-se as técnicas de
produtividade agrícola estas estão vinculadas a um processo de territorialização do
capital, baseada no monopólio da terra. É o que Josué de Castro vai caracterizar como
“monopólio feudal e colonial da terra, o latifundismo feudo-colonial” (CASTRO, 1967, p.
118). Seguindo esta mesma lógica, Valverde (2006) considera:
Considerações finais
Não sabemos em que medida é importante à Geografia estar aberta a esta onda
pós-moderna que está passando; mas o fato decisivo na discussão sobre o contexto
atual é de que há um novo substrato material, expresso pela transformação do modelo
fordista em favor da acumulação flexível que transforma os patamares de análise da
organização espacial até então adotados.
Mesmo que a “condição pós-moderna passe”, a questão é que o mundo entrou
num processo acelerado de transformações de forma visível e preocupante e o
materialismo histórico-dialético oferece elementos para compreender este cenário,
conforme sugere Milton Santos:
8 Al Gore, candidato a vice-presidente dos EUA, in: www.sipam.gov.br/porque, acesso em maio de 2004.
(JURUÁ, 2006).
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BIBLIOGRAFIA
CASTRO, Josué de. Sete palmos de terra e um caixão: ensaio sobre o Nordeste,
área explosiva. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1967.
______. Capítulo VI do Capital (inédito). São Paulo: Ed. Ciências Humanas, 1978.
MARX, K. & ENGELS, F. A Ideologia Alemã. São Paulo: Martins Fontes, 1989.