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ARNDT KIRCHNER DIETMAR SCHMID

HANS KAUFMANN GEORG FISCHER

""

GESTAO DA nUALIDADE
SEGURAN~A DO TRABALHO E GESTAO AMBIENTAL

Tradu~ao da 2 a edi~ao alema: Profa. Dra. Ingeborg Sell

.1 EDITORA
C.SLUCHER SOanos
OIHMAR ~C"MIO
GfORG fl~C"[R

GESTAo DE QUALIDADE
SEGURAN~A DO TRABALHO E GESTAO AMBIENTAL
Traduc;ao da 2a Edic;ao Alema
Arndt Kirchner
Hans Kaufmann
Dietmar Schmid
Geoge Fischer
Lan~amento 2009
ISBN: 9788521204664
Pag i nas: 240
Formato: 17x24 em
Peso: 0,400 kg
-
GESTAO DA OUALIDADE
SEGURAN<::A DO TRABALHO E GESTAO AMBIENTAL

ISBN 978-85-212-0466-4

.1 EDITORA
c.BLUCHER
visite nosso site:
www.blucher.com.br 9788521 204664
II
Quali_001-019:008-019.qrk 23/7/2009 12:32 Page 4

4 Conteúdo

Conteúdo 1.4 A certificação de uma empresa ...... 51


1.4.1 Observações iniciais ........................ 51
1.4.1.1 O que caracteriza uma empresa
certificada? ........................................ 51
1 Gestão da qualidade (GQ) 7 1.4.1.2 Qual a norma certa de gestão
da qualidade? .................................... 51
1.4.1.3 Para que uma gestão da qualidade
1.1 Desenvolvimento da gestão certificada? ........................................ 53
da qualidade (GQ) ............................ 7 1.4.2 Manual de gestão da qualidade ...... 54
1.1.1 Qualidade .......................................... 8 1.4.2.1 Preparativos para documentação .. 54
1.1.1.1 Característicos de qualidade ............ 9 1.4.2.2 Documentação .................................. 54
1.1.1.2 Defeitos ............................................ 9 1.4.2.3 Tornar conhecido e atualizar ............ 55
1.1.2 Objetivos da GQ ................................ 10 1.4.3 Verificação de documentos
1.1.3 Círculo da qualidade e pirâmide e auditoria prévia ............................ 56
da qualidade .................................... 12 1.4.4 Auditoria do sistema e auditoria
para certificação ................................ 57
1.2 Funções parciais da gestão 1.4.4.1 Planejamento da auditoria
da qualidade ...................................... 12 para certificação ................................ 57
1.4.4.2 Realização da auditoria para
1.2.1 Planejamento da qualidade.............. 13
certificação ........................................ 59
1.2.2 Inspeção de qualidade .................... 14
1.4.4.3 Avaliação............................................ 60
1.2.2.1 Planejamento da inspeção .............. 14
1.2.2.2 Execução da inspeção ...................... 15 1.4.4.4 Reunião final e relatório .................. 62
1.2.2.3 Freqüência de inspeção .................. 17 1.4.5 Reauditoria e auditoria interna ........ 63
1.2.2.4 Tratamento de dados de inspeção .. 18 1.4.6 Tipos de auditoria.............................. 64
1.2.3 Controle da qualidade ...................... 18 1.4.6.1 Auditoria da qualidade .................... 64
1.2.4 Fomento da qualidade .................... 19 1.4.6.2 Auditoria de segunda parte
(Second Part Audit) e auditoria
1.3 Norma NBR ISO 9000:2005 de processo ...................................... 65
e seguintes ........................................ 20
1.5 Gestão da qualidade total (Total
1.3.1 As normas (resumo) ........................ 21 Quality Management – TQM) .......... 67
1.3.1.1 A estrutura das normas .................... 22
1.3.1.2 A possibilidade de exclusão ............ 23 1.5.1 Introdução.......................................... 67
1.3.1.3 A orientação por processos.............. 23 1.5.2 Modelo TQM para Europa (EFQM) .. 69
1.3.1.4 Requisitos da documentação .......... 24 1.5.3 Característicos da gestão
1.3.2 O sistema de gestão da qualidade .. 25 da qualidade total (TQM).................. 71
1.3.2.1 Requisitos da documentação – 1.5.4 Seis sigma ........................................ 74
generalidades .................................... 25
1.3.2.2 Manual de gestão da qualidade ...... 26 1.6 Ferramentas da gestão da qualidade
1.3.2.3 Controle de documentos .................. 27 total (TQM) ........................................ 82
1.3.3 Responsabilidade da direção .......... 28 1.6.1 7 Ferramentas .................................. 82
1.3.4 Gestão de recursos .......................... 32 1.6.2 QFD – Quality Function
1.3.5 Realização do produto ...................... 34 Deployment ...................................... 87
1.3.5.1 Planejamento da realização 1.6.3 FMEA – Failure Mode and Effects
do produto ........................................ 34 Analysis.............................................. 89
1.3.5.2 Processos relacionados a clientes .. 34 1.6.4 Controle estatístico de processos .... 92
1.3.5.3 Projeto e desenvolvimento .............. 37 1.6.4.1 Introdução.......................................... 92
1.3.5.4 Aquisição .......................................... 40 1.6.4.2 Representar e analisar dados
1.3.5.5 Produção e fornecimento de inspeção ...................................... 94
de serviços ........................................ 42 1.6.4.3 Modelos matemáticos para descrição
1.3.5.6 Controle de dispositivos de medição de eventos aleatórios ...................... 99
e monitoramento .............................. 45 1.6.4.4 Análise estatística de séries de
1.3.6 Medição, análise e melhoria ............ 46 medidas na rede de probabilidades .. 105
1.3.6.1 Generalidades.................................... 46 1.6.4.5 Cartas de controle de qualidade .... 108
1.3.6.2 Monitoramento e medição .............. 46 1.6.4.6 Capacidade de máquina e de
1.3.6.3 Controle de produto não conforme 48 processo ............................................ 112
1.3.6.4 Análise de dados .............................. 49 1.7 Aprofundamento sobre controle
1.3.6.5 Melhoria ............................................ 50 estatístico de processos (CEP) ........ 113
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Conteúdo 5

1.7.1 Generalidades sobre verificação 3.3.9 Radiação ............................................ 182


de capacidades .................................. 113 3.3.9.1 Radiação não ionizante .................... 182
1.7.2 Capacidade de meios de medição .. 118 3.3.9.2 Radiação ionizante ............................ 185
1.7.3 Capacidade de máquinas ................ 124 3.4 Luz no posto de trabalho .................. 186
1.7.4 Exercício sobre capacidade de 3.5 Percepção de sinais e característicos
máquina ............................................ 125 de processo........................................ 188
1.7.5 Elaboração e manutenção de uma
carta de controle da qualidade ........ 133 3.6 Cargas no trabalho............................ 190
1.8 KAIZEN .............................................. 139 3.6.1 Trabalho pesado................................ 190
3.6.2 Solicitações e sobrecargas .............. 191
1.8.1 Conceito e princípio .......................... 139
3.6.3 Posto de trabalho adequado
1.8.2 Inovação e KAIZEN............................ 140
do corpo humano.............................. 192
1.8.3 Funcionamento de KAIZEN .............. 140
3.6.4 Cargas psíquicas e mentais.............. 194
3.6.5 Cargas devidas à organização
2 Manutenção 141 do trabalho ........................................ 195
3.7 Sinais de segurança .......................... 196
3.8 Vestuário e equipamentos de
2.1 Conceitos .......................................... 141 proteção individual (EPIs) no posto
2.2 Serviços de conservação .................. 144 de trabalho ........................................ 198
2.3 Inspeção ............................................ 148 3.9 Posto de trabalho com PC ................ 200
2.4 Conserto ............................................ 150
2.5 Pôr em funcionamento (início) ........ 151 4 Diretriz para máquinas da União
Europeia (UE) 202
2.6 Procura de defeitos .......................... 153
2.7 Recuperação/restauração ................ 154
4.1 Medidas de precaução...................... 202
4.2 Identificação e recomendações
de operação ...................................... 204
3 Segurança do trabalho 155
4.3 Normas europeias de segurança .... 205

3.1 O homem como referencial.............. 155


5 Gestão ambiental (GA) 207
3.1.1 Participação dos trabalhadores ...... 156
3.1.2 Cultura empresarial .......................... 156
5.1 Proteção ambiental em
3.2 Gestão da segurança do trabalho .. 157 empresas .......................................... 207
3.2.1 Generalidades.................................... 157 5.2 Gestão empresarial orientada
3.2.2 Lei de segurança do trabalho .......... 158 para o ambiente .............................. 208
3.3 Análise de riscos e melhorias .......... 160
5.3 Sistema de gestão ambiental
3.3.1 Perigos mecânicos ............................ 160
segundo NBR ISO 14001:2004 ........ 209
3.3.1.1 Peças móveis e partes de
máquinas .......................................... 160 5.4 Da política ambiental ao programa
3.3.1.2 Riscos devidos a superfícies ambiental .......................................... 211
perigosas............................................ 163 5.5 Implementação da norma ................ 212
3.3.1.3 Riscos no transporte e por peças 5.6 Projeto de implementação .............. 214
móveis................................................ 163
3.3.2 Riscos elétricos.................................. 164 5.7 Análise das entradas e saídas –
3.3.3 Materiais perigosos .......................... 170 Balanço .............................................. 216
3.3.4 Riscos de incêndio e de explosão.... 172 5.8 Auditoria ambiental ........................ 217
3.3.5 Materiais quentes e frios .................. 174 5.9 Lei sobre economia de ciclo fechado
3.3.6 Clima no posto de trabalho .............. 175 e resíduos (extrato) .......................... 225
3.3.7 Ruído .................................................. 176
3.3.7.1 Fundamentos físicos ........................ 176 Glossário............................................................ 229
3.3.7.2 Emissão e imissão de ruído ............ 179
3.3.7.3 Medidas contra o ruído .................... 179 Índice remissivo ............................................ 235
3.3.7.4 Ruído e saúde .................................... 180
3.3.8 Vibrações e impactos........................ 181 Referências ...................................................... 241
Quali_001-019:008-019.qrk 23/7/2009 12:32 Page 7

1.1 Desenvolvimento da gestão da qualidade (GQ) 7

1 Gestão da qualidade (GQ) seções de inspeção de qualidade, responsáveis


somente pelo controle da qualidade dos produtos
(fig. 2).
1.1 Desenvolvimento da gestão
da qualidade (GQ) Os princípios de Taylor para a organização do tra-
O desenvolvimento da gestão da qualidade iniciou balho foram largamente aceitos até meados da
com a crescente divisão das tarefas de trabalho no década de 1950. Com a instituição da produção
início do século passado e foi cunhado, fortemen- em massa, ficou cada vez mais claro que o con-
te, por ideias e avanços nas diversas etapas. Até o trole de 100% dos produtos fabricados é caro
início daquele século, as diversas tarefas na pro- demais. Esse controle foi substituído por um con-
dução industrial de um produto – como na manu- trole parcial baseado em procedimentos estatísti-
fatura antes da Revolução Industrial – ficavam a cos, para aumentar a capacidade de desempenho
cargo de um trabalhador especializado, que tam- e o fluxo nas seções de inspeção.
bém inspecionava a qualidade de seu trabalho.

A crescente procura por bens de todos os tipos no 1 Frederick W. Taylor (1856-1915), engenheiro norte-americano.
início do século XX demandava novas estratégias 2 Henry Ford (1863-1947), fabricante de automóveis norte-americano.
de produção. Para aumentar as quantidades pro-
duzidas nas fábricas, grupos de trabalhadores,
sob a liderança de um mestre, especializavam-se
em alguns passos do processo de fabricação. A
inspeção da qualidade era efetuada pelo mestre, o
responsável pela qualidade do trabalho realizado
sob sua supervisão.

Só na época da Primeira Guerra Mundial passou-


se a ter inspetores da qualidade em tempo inte-
gral. Segundo ideias do engenheiro Frederick W.
Taylor1 e a concepção para a produção do auto-
móvel modelo T (Tin Lizzy) de Henry Ford2, os pro-
cessos de fabricação foram elementarizados, e os
diversos passos, atribuídos a trabalhadores ade-
quados (fig. 1). Com essa forma de organização
do trabalho, as empresas tinham na linha de mon-
tagem apenas trabalhadores pouco qualificados,
incapazes de executar a inspeção da qualidade Fig. 1: Trabalho em linha de montagem: Ford
dos produtos altamente técnicos. Surgiram então Modelo T, 1920

Proteção da qualidade,
Tipo

Estatística

Controle do produto
Sistemas de Gestão
da Qualidade
Gestão 1987 ISO 9000 – 9004
da qualidade 1994 Revisão
em todas 2000 ISO 9000:2000
Taylor, Shewart as áreas 2005 Revisão
Ford 1930 1960 1990

1900 1950 2000


ano

Fig. 2: Desenvolvimento da gestão da qualidade


Quali_001-019:008-019.qrk 23/7/2009 12:32 Page 12

12 1 Gestão da qualidade (GQ)

1.1.3 Círculo da qualidade e pirâmide da prados componentes mais baratos e de menor


qualidade valor, a qualidade do produto cai.
Fomento da qualidade deve ser um objetivo de
Ao se pensar sobre a qualidade de um automóvel, todas as áreas da empresa.
constata-se que a qualidade global é constituída
de uma quantidade de elementos. A organização Pelo desenvolvimento continuado do produto, o cír-
dos elementos e suas relações podem ser enten- culo de qualidade começa sempre de novo.
didas com ajuda de dois modelos utilizados na
gestão da qualidade: o círculo da qualidade e a Pirâmide da qualidade – A qualidade global de um
pirâmide da qualidade. produto é resultante dos característicos dos gru-
pos construtivos individuais. A qualidade destes
Círculo da qualidade – No círculo da qualidade depende dos característicos das peças e da quali-
dade das matérias-primas. Por outro lado, pode-
(fig. 2, página anterior) são listados todos os ele-
se concluir que, ao se esperar certo nível de qua-
mentos de qualidade no decorrer do ciclo do pro-
lidade de um produto, os grupos construtivos, as
duto, da ideia ao descarte. Cada elemento consti- peças e as matérias-primas terão de atender a cer-
tui um tijolo de construção na qualidade global do tos requisitos. Nos casos em que grupos e peças
produto. Por exemplo, se a pesquisa de mercado são comprados, é preciso garantir que atendam
chegar a um resultado incorreto ou forem com- aos requisitos de qualidade esperados.

Produto

Expectativa Qualidade
de qualidade realizada

C
Grupo de Grupo de Grupo de a
ra
s
o

construção 1 construção 2 construção 3 ct


it

e
is


u

st
q

Peças
e

ic
R

o
s

Matéria-
prima

Fig. 1: Pirâmide da qualidade

1.2 Funções parciais da gestão


Gestão da qualidade – GQ
da qualidade
Medidas para atingir ou melhorar a qualidade de-
sejada de produtos podem ser encontradas em
todas as áreas. Elas acompanham o produto ao
longo do seu ciclo de vida, da geração do produ-
to até seu uso pelo cliente. Planejamento Inspeção Controle Fomento
da qualidade da qualidade da qualidade da qualidade

As funções da gestão da qualidade são subdividi-


das em 4 funções parciais (fig. 2). Fig. 2: Funções parciais da gestão da qualidade (GQ)
Quali_020-081:020-081.qrk 23/7/2009 08:47 Page 20

20 1 Gestão da qualidade (GQ)

1.3 Norma NBR ISO 9000:2005 e Tab. 1: Desenvolvimento das normas de gestão da
qualidade
seguintes
Ano Normas N.
Nos últimos anos, a implementação de um siste-
ma de gestão da qualidade tornou-se realidade em 1987 Primeira publicação da série 5
muitas empresas. O estímulo para isso veio, em NBR ISO 9000-9004
geral, do cliente ou porque a empresa queria se
1994 Publicação da série de normas 5
apresentar interna e externamente como detento-
NBR ISO 9000-9004 revisada
ra de consciência de qualidade.
O cliente passou a exigir do fornecedor garantias 2000 Publicação da série de normas 3
de que suas remessas atendem a padrões de qua- NBR ISO 9000:2000 e seguintes
lidade. Para uniformizar os requisitos dos sistemas revisada
de gestão de qualidade e torná-los mais transpa-
2005 Publicação da série de normas 3
rentes, no final dos anos 1980, as normas exis-
NBR ISO 9000:2005 e seguintes
tentes foram aperfeiçoadas e, em 1994, foi publi- revisadas
cada a família de normas NBR ISO 9000 e seguin-
tes (tab. 1). De acordo com as diretrizes da ISO (In- ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Dez 2000
ternational Organization for Standardization), todas Sistemas de Gestão da Qualidade – DIN
as normas ISO devem ser reexaminadas em ciclos Fundamentos e Conceitos NBR ISO 9000
de 5 anos. O objetivo foi realizado com a apresen-
Quality management systems – NBR ISO 8402:1985
tação da nova versão da família de normas NBR Fundamentals and vocabulary
ISO 9000:2000 e seguintes no ano 2000, com um
prazo de implantação de 3 anos. Em 2005 foi pu-
blicada nova revisão dessa norma.
A língua oficial dos textos originais da ISO é o inglês.
As normas NBR ISO são traduções para o português.

São 3 as normas que tratam de sistemas de gestão


da qualidade (fig. 1):

• NBR ISO 9000:2005 – Fundamentos e conceitos, ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Dez 2000
• NBR ISO 9001:2005 – Requisitos, DIN
• NBR ISO 9004:2005 – Diretrizes para melhoria do Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos
NBR ISO 9001
desempenho.
Quality management systems – NBR ISO 9001-9003:1994
Requirements
A norma ISO 9001 traz os requisitos que um sis-
tema de gestão de qualidade terá de atender para
que possa ser certificado, enquanto a ISO 9004
pode ser vista como diretriz para implementar um
sistema de gestão da qualidade abrangente em di-
reção à gestão da qualidade total (TQM =Total Qua-
lity Management, fig. 1, p. 21).

Os característicos da nova ISO 9001 são:


• Orientação por processos,
• Orientação para o cliente,
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Dez 2000
• Estrutura de acordo com a cadeia de fornecedores,
• Melhoria contínua, Sistemas de Gestão da Qualidade – DIN
• Prevenção, Diretrizes para Melhoria do Desempenho
• Uma só norma para qualquer tipo de organização, NBR ISO 9004
• ISO 9004 faz a ponte para TQM, Quality management systems NBR ISO 9004:1994
• Compatível com normas de gestão ambiental, – Guidelines for performance
• Auditorias internas e autoavaliação são fortalecidas. improvements

Da velha norma de gestão da qualidade permanece-


ram:
• Ritmo de auditoria anual por parte de auditor acre-
ditado,
• Auditorias internas com avaliação dos resultados,
• Medição do grau de alcance dos objetivos da qua-
lidade. Fig. 1: Série de normas NBR ISO 9000:2005 e seguintes
Quali_020-081:020-081.qrk 23/7/2009 08:47 Page 51

1.4 A certificação de uma empresa 51

1.4 A certificação de uma


empresa A empresa
Mustermann
1.4.1 Observações iniciais está certificada
segundo
1.4.1.1 O que caracteriza uma empresa
certificada? DIN EN ISO
9001:2005
Com a certificação, uma empresa prova que seus
processos são realizados segundo uma certa nor-
ma. A verificação dos processos mais importantes
na empresa é feita por um agente externo e neutro
e confirmada com um certificado (fig. 1). Os certi-
ficadores1 alemães mais conhecidos são: DGQ,
DEKRA e TÜV. Fig. 1: A empresa certificada

A norma NBR ISO 9001:2005 sobre gestão da quali-


dade estabelece os requisitos e é a referência mais
importante. Os principais requisitos dessa norma
precisam ser atendidos com prova documental: Mustermann GmbH
Schönweg 10
Schwarzwald
Tel.:
• A direção da empresa é responsável pela im- Fax.:
plementação e manutenção dos requisitos da ts m a n a ge
norma. it ä

m
al
QM

en
Qu
• A empresa define objetivos de qualidade, conhe-

t
cidos e perseguidos por todos na organização. DIN EN ISO 9001:2005

• O cliente e a sua satisfação estão firmemente


ancorados na norma.
• Um objetivo obrigatório para toda empresa é a
melhoria contínua de seu sistema de gestão da
qualidade.
• A verificação regular dos processos reais é feita
mediante auditorias internas.
• Depois de cada ano, um auditor externo acre-
ditado realiza nova auditoria.
Fig. 2: Sinal de certificação da qualidade
Um cliente comercial certificado tem grande inte- em papel ofício
resse em comprar de empresas também certifica-
das. As empresas certificadas mostram visivel-
mente que se comprometeram com a qualidade de
seus processos e a satisfação do cliente.

Essa auto-obrigação de proceder com consciência 1.4.1.2 Qual a norma certa de gestão
de qualidade e orientada para o cliente, a manu- da qualidade?
tenção das provas disso e o emprenho em analisar
A norma central de gestão da qualidade é a norma
e melhorar seus processos e submetê-los à audito-
internacional ISO 9001:2005. Com o prefixo NBR,
ria externa diferenciam empresas certificadas de
comunica-se que ela vale como norma brasileira.
não certificadas.
Nela se baseiam as demais normas. Essa norma é
aplicável em empresas que desenvolvem e produ-
zem seus produtos ou apenas os produzem em
empresas prestadoras de serviços e nas que exe-
cutam ofícios práticos e têm outras empresas
1 Nota da tradutora: No Brasil, há diversos organismos de certifi-
cação acreditados pelo Inmetro. Por exemplo: ABNT, IQA, FCAV,
como clientes (fig. 1, p. 52). Para a indústria auto-
Tecpar, IFI. mobilística mundial, ela é insuficiente.
Quali_020-081:020-081.qrk 23/7/2009 08:47 Page 67

1.5 Gestão da qualidade total (Total Quality Management – TQM) 67

1.5 Gestão da qualidade total


T
(Total Quality Management
– TQM)
1.5.1 Introdução te
O rie n
t aç
en ão
c li p
Com o crescimento dos requisitos de clientes e o

ar
ra
condições de concorrência cada vez mais acirra-

ao
pa

s tr
O r i e nt aç ão
das, juntamente com a crescente complexidade KVP

a b al h a d o r es
dos produtos e processos de fabricação, não
Processo
basta mais almejar garantia da qualidade somen- contínuo
te para o produto final. A qualidade inicia no pla- de melhoria
nejamento empresarial e se estende por todos os
processos de produção até os serviços prestados O
rie os
aos produtos vendidos. M nta
ção por proce
ss Q
O pressuposto básico dessa compreensão pre-
ventiva da qualidade é a consideração de que, no
fim, vale mais a pena produzir qualidade desde o Fig. 1: Característicos centrais da TQM
início do que evitar defeitos. Esse é o pressuposto
da filosofia da gestão da qualidade total (TQM)
aplicada desde os anos 1980 e entendida como
tarefa de gestão de toda a empresa.
Todos os
Nessa abordagem mais extensa da qualidade, postos e
acrescentam-se aos 3 característicos básicos – níveis hierárqui-
cos estão orientados
orientação para o cliente, orientação para os tra- para a qualidade
balhadores e orientação por processos – os
seguintes princípios da TQM (fig. 1):

Todos recebem Todos


• Melhoria contínua, treinamento colaboram
Organização
• Comportamento preventivo,
• Abordagem abrangente da qualidade,
• Gestão da qualidade como tarefa da direção. TQM
Qualidade
está no
Com TQM pretende-se – com um efeito cruzado – centro
alcançar uma garantia sustentável da empresa
frente à turbulência dos mercados. Essa ofensiva Objetivos
cruzada deve ter efeitos por toda a empresa e Objetivos Satisfação
fazer convergir todas as forças. Requer-se uma da qualidade do cliente
são realizados é atingida
perseguição total da qualidade em todas as ativi-
dades e setores da empresa. Dessa forma, al-
cança-se com TQM uma nova orientação que afe-
Ocorrem sucesso
ta dirigentes e trabalhadores (fig. 2). e benefícios
a longo
prazo
TQM é um método de gestão baseado na partici-
pação de todos os membros, que coloca a quali-
dade no centro e objetiva o sucesso e benefícios
para os membros da organização e da sociedade
Fig. 2: Abordagem ampla da qualidade
a longo prazo, mediante a satisfação dos clientes.
Quali_082-116:Quali_082-130.qrk 23/7/2009 09:47 Page 82

82 1 Gestão da qualidade (GQ)

1.6 Ferramentas da gestão de acordo com o tipo de problema, mostraram-se


adequadas. Fala-se em 7 ferramentas.
da qualidade total (TQM)
Em empresas modernas, medidas que fomentam a
qualidade acompanham, constantemente, os pro- Fluxograma
dutos em todo o seu ciclo de vida: da ideia até a O fluxograma é utilizado quando se pretende
produção em série e entrega dos produtos. Cada representar decursos de processos, compostos de
fase desse processo tem seu decurso típico e suas passos individuais.
fontes de defeitos. Um requisito de cliente mal-
interpretado no desenvolvimento do produto, um
Cada passo é representado em forma de retângu-
detalhe construtivo difícil de obter na fabricação ou
lo. Subdivisões são representadas em forma de
uma máquina insuficientemente precisa na fabri-
losangos, nos quais são escritas as condições de
cação podem ser causas de qualidade deficiente do
subdivisão. Os símbolos utilizados provêm da
produto. Para reconhecer esses defeitos possíveis
programação de computadores (plano do decurso
em todas as fases e reduzi-los a um mínimo, foram
do programa) e estão normalizados na DIN 66001.
desenvolvidas diversas ferramentas (fig. 1).
Observações e notas sobre os responsáveis por
cada passo completam o diagrama (fig. 1, p. 83).
1.6.1 7 Ferramentas Com o fluxograma, os decursos podem ser repre-
Para representar procedimentos, decursos, rela- sentados de forma inteligível e brechas e decur-
ções interdependentes e fazer comparações de sos pouco lógicos podem ser detectados e corri-
tamanhos de forma simples e facilmente enten- gidos. Além disso, fluxogramas fornecem aos
dível, usam-se representações gráficas. Para o trabalhadores que precisam ser rapidamente inse-
reconhecimento e análise de problemas na gestão ridos nos processos de trabalho uma rápida visão
da qualidade, 7 representações gráficas diferentes, do todo.

Fluxograma, análise de Pareto, diagrama de Ishikawa, diagrama de evolução,


7 ferramentas
diagrama de árvore, histograma, diagrama de dispersão, diagrama em matriz

CEP
= Controle Estatístico de Processos

FMEA
= Failer Mode and Effects Analysis

QFD
= Quality Function Deployment

Desenvolvi- Planejamento
Ideia de produto Pré-série Série Entrega
mento/projeto da fabricação

Fig. 1: Ferramentas da gestão da qualidade


2.1 Conceitos 141

2 Manutenção tabela 1 é mostrada a manutenção de uma ins-


talação hidráulica como exemplo.
2.1 Conceitos 1 NT: UVV – prescrições para prevenção de acidentes.
2 NT: TÜV – associação técnica de monitoramento e controle.
Há diretrizes e recomendações para a manuten-
ção. A experiência mostra que o usuário de uma
planta só quer investir o estritamente necessário. Manutenção

Para a melhor compreensão, foram definidos ter-


mos na norma DIN 31051 “Manutenção – termos e
medidas”, que nem sempre são usados correta-
Serviços Inspeção Conserto
mente na fala cotidiana. É mostrado que manu-
tenção não é somente uma atividade manual, mas
deve, de antemão, garantir grande capacidade
funcional dos sistemas. Na norma citada, a defi-
nição é:
Conservar Estado Não Restabelecer

Início
estado atual = estado estado
Manutenção: medidas para conservação e restabele- desejado desejado? desejado
cimento do estado almejado, bem como para a deter- Sim
minação e o julgamento do estado atual de meios téc-
nicos de um sistema.

As medidas incluem os serviços de conservação,


a inspeção e o conserto. Elas abrangem a compa-
Limpar,
tibilização dos objetivos da manutenção com os Julgamento
Cuidar, Trocar ou
após levanta-
objetivos da empresa e o estabelecimento de Olear,
mento (com
consertar
estratégias de manutenção (fig. 1). De acordo com Engraxar, grupos
ou sem instru-
Completar construtivos
a estrutura da empresa, a manutenção é realizada mentos) do
substâncias ou elementos
estado atual
segundo as recomendações dos fabricantes. Um auxiliares
critério importante são os requisitos técnicos de
Fig. 1: Tarefas e decurso da manutenção
segurança (p. ex., segundo UVV1 ou TÜV2). Na

Tab. 1: Manutenção de instalações hidráulicas


Empresa Empresas grandes, p. ex., Empresas médias, p. ex., Empresas pequenas, p. ex.,

• Indústria automobilística • Indústria de máquinas • Construtoras


• Usinas de geração de energia • Indústria de móveis • Transportadoras
• Indústria química • Armazéns
Formas de organização • Um engenheiro ou uma • Limita-se quase sempre ao Uma manutenção planejada, em
da manutenção nestas divisão é especialmente res- recomendado pelo fabricante geral, não está organizada. Na
empresas ponsável pela manutenção do sistema ou planta ocorrência de perturbações, são
• A empresa tem instruções • Em geral, a direção organiza introduzidas medidas cabíveis
para a manutenção um controle disso

Manutenção pela própria Realiza praticamente todas as • Atividades fundamentais, • As recomendações dos fabri-
empresa atividades de manutenção como troca de filtros e de cantes recebem pouca atenção,
óleo, são executadas segundo em geral só em casos de per-
• Economia de tempo
um plano turbações
• Reparações gerais
• Perturbações são eliminadas, • O pessoal técnico realiza ativi-
O pessoal é treinado segundo se possível, sem ajuda dades de manutenção
um plano externa

Manutenção pelo Frequentemente, só no período • No período de garantia • No período de garantia


fabricante de sistemas de garantia • Quando um conserto próprio
• Quando um conserto próprio
e plantas não for possível
não for possível
3.1 O homem como referencial 155

3 Segurança do trabalho
3.1 O homem como referencial
O trabalho deve ser projetado de forma humani-
zada, quer dizer, o homem, com suas capacidades
e necessidades, deve ser o referencial para o pro-
jeto do trabalho, de modo que o trabalho

• Seja realizável,
• Seja suportável,
• Seja pertinente,
• Conduza à satisfação.

Um trabalhador satisfeito será sempre motivado


e, em comparação com um trabalhador desmoti-
vado, vai render muito mais na sua tarefa. O pro-
jeto do trabalho compreende os postos de traba-
lho no sentido da ergonomia, a forma de realizar
o trabalho e a organização do trabalho.

Ergonomia
Por Ergonomia entende-se a boa adequação dos
meios de trabalho e do ambiente de trabalho ao Fig. 1: O ser humano é a medida – desenho de
trabalhador. Por isso, mede-se e investiga-se há Albrecht Dürer1
tempo o ser humano para ajustar a ele seu ambien-
te e seu trabalho (fig. 1). A ciência da medição do
ser humano chama-se antropometria1.

Do homem vêm as medidas para o projeto do posto


de trabalho.

O projeto de máquinas, equipamentos e ambientes Clima Ruído Largueza


de trabalho deve ser bem adequado ao ser huma- Aperto
no e não que ele tenha que se ajustar à máquina, Luz
Espaço
aos equipamentos e ao ambiente, com danos à
sua saúde. Critérios importantes para um posto de
trabalho ergonomicamente projetado são:

• O ser humano não deve ser sub nem superso- Ângulo de visão
70 ° máximo sem
licitado; movimentar
• Os meios de trabalho devem poder ser usados a cabeça
sem riscos de acidentes; 30 °
• O trabalho deve poder ser realizado em postura Ângulo
natural, não forçada; de visão ótimo
• O ambiente de trabalho deve ser suportável, no
que diz respeito à circulação de ar, ruído, calor,
frio, iluminação, radiação, poeiras e vibrações.

Se esses critérios forem considerados, todos têm


vantagens: os trabalhadores, os empregadores e
a sociedade, pois com isso, se fomenta-se a saúde
Fig. 2: Ambiente de trabalho e postura corporal
e a capacidade de trabalho.

1 Albrecht Dürer, artista alemão (1471-1528). 2 Do grego anthropos = ser humano e metron = medida.

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188 3 Segurança do trabalho

3.5 Percepção de sinais e Tab. 1: Sentido de acionamento e alocação de


característicos de processos comandos*
Função Sentido do movimento
Configuração de comandos
Ligar Para cima, para a direita, para frente,
no sentido horário, puxar (botão de
Comandos, como por exemplo, rodas manuais e pressão ou de tração)
alavancas, devem ser adequados à tarefa de tra- Desligar Para baixo, para a esquerda, para trás,
balho no que diz respeito à pega e ao tamanho. no sentido anti-horário, pressionar
Enquanto no início da industrialização esses Direita No sentido horário, para a direita
comandos eram necessários para exercer forças Esquerda No sentido anti-horário, para a esquerda
sobre os meio de produção, por exemplo, para Levantar Para cima, para trás
avanço da máquina-ferramenta, hoje, muitos Abaixar Para baixo, para frente
Recolher, Para cima, para trás, puxar
comandos têm servomecanismos para facilitar os retrair
movimentos. Para evitar acionamentos indeseja- Ascender, sair Para baixo, para frente, pressionar
dos, involuntários, é importante garantir um nível Aumentar Para frente, para cima, para a direita,
mínimo da força necessária. Por isso, botões gira- no sentido horário
tórios têm, frequentemente, entalhes para evitar Reduzir Para trás, para baixo, para a esquerda,
no sentido anti-horário
perda da regulagem.
Exceções:
Abrir válvula Sentido anti-horário
Acionamentos involuntários de comandos podem
Fechar Sentido horário
ser evitados por: válvula
• Suficiente resistência do comando; *segundo H. Schmidtke, Ergonomia, Ed. Carl Hanser,
• Tramelas, fixações; Munique, Viena, 1993

• Alocação em rebaixamentos na superfície ou


em área de pouco contato; Agitar, virar Inclinar

• Cobertura ou fechamento do comando. Girar

A movimentação dos comandos deve ser compa-


tível com a reação das máquinas (tab. 1). Para a
condução de movimentos complexos e compos-
tos, por exemplo, em robôs, usam-se, com vanta-
gens, alavancas 3D (fig. 1) e botões 6D. O efeito da Tecla desliga
movimentação para frente da alavanca 3D é um emergencial
movimento para frente do robô. O mesmo vale
para outras direções. Para comando tridimen-
sional da garra do robô (girar, virar e inclinar),
o módulo da alavanca do comando é comutado. Fig. 1: Alavanca de controle para comando de
Com isso, é possível fazer uso sequencial dos 6 robôs com comutação (6 funções)
graus de liberdade do robô.

Com uso do botão de comando 6D (fig. 2), os movi-


mentos no espaço são efeitos de forças e momen-
tos exercidos nas direções correspondentes. Ao
3 momentos
se gerar um momento de giro sobre o botão, a de flexão
garra do robô executa um movimento de virar-gi-
rar-inclinar correspondente à posição espacial do
momento. Trabalhar com o botão de comando 6D
exige muito treinamento. O botão torna possível 3 forças de
tração e
o comando manual, rápido e confortável; a des- pressão
vantagem está no fato de a compatibilidade dos
movimentos só valer num local, sendo necessário Fig. 2: Botão de controle 6D para a comando
adaptá-la a outros. de robôs

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202 4 Diretriz para máquinas da União Europeia (UE)

4 Diretriz para máquinas Tab. 1: Sumário da diretriz para máquinas


da União Europeia (UE) Diretriz 98/37/EG, de 22 de junho de 1998
A diretriz para máquinas da União Europeia Capítulo I: Área de aplicação, entrada em vigor
(98/37/EG, de 22 de junho de 1998) vale para todos e circulação livre de mercadorias
(artigos 1 a 7)
os países membros e foi prescrita como 9o decre-
to da lei de segurança de equipamentos na Ale- Capítulo II: Procedimento e constatação
de semelhanças
manha. Ela vale para todas as máquinas e insta- (artigos 8 e 9)
lações com máquinas. Às máquinas também
Capítulo III: Identificação CE
pertencem agregados de segurança e dispositivos (artigo 10)
móveis substituíveis. Por máquina entende-se a
Capítulo IV: Determinações finais
totalidade de peças, conjuntos e dispositivos conec- (artigos 11 a 16)
tados entre si, dos quais ao menos um é móvel. Anexo I: Requisitos fundamentais de segurança
e saúde para a concepção e projeto de
A diretriz para máquinas contém 4 capítulos com máquinas e peças construtivas para
16 artigos e tem 8 anexos (tab. 1). Todas as pres- segurança
crições da diretriz para máquinas são de obser- (Aqui se descreve detalhadamente tudo
que deve ser observado.)
vância obrigatória para fabricantes de máquinas,
Anexo II: A. Conteúdo da declaração de confor-
para organizações que as instalam e usam e para
midade de máquinas da UE
os operadores delas. No anexo 1 estão formulados B. Conteúdo da declaração do fabricante
os requisitos básicos de segurança e de preser- C. Conteúdo da declaração de confor-
vação da vida. midade da UE para peças relevantes
na segurança
Anexo III: Identificação CE de conformidade
Vale: Anexo IV: Tipos de máquinas e peças construtivas
1. Eliminar ou minimizar os perigos; para as quais o procedimento do capí-
2. Tomar medidas de proteção contra perigos não tulo 8 é aplicado
elimináveis; Anexo V: Declaração de conformidade da UE
3. Instruir o usuário sobre perigos remanescentes.
Anexo VI: Teste UE de modelo construtivo
Anexo VII: Critérios mínimos para notificação dos
De preferência, deve-se construir máquinas livres locais de teste
de perigos e, quando isso não for possível, prote- Anexo VIII: Diretrizes canceladas e espaço para
ger o usuário dos perigos, por exemplo, enclausu- tabelas
rando-as e, se também isso não anula todos os
perigos, informá-lo sobre o fato (fig. 1). Fabricação de uma
máquina

Sim
Máquina
4.1 Medidas de precaução sem perigos?

Materiais – Os materiais utilizados numa máquina Não

não podem colocar a segurança e/ou a saúde em


Agregar medidas
risco. Por exemplo, eles não podem ser veneno- de proteção
sos ou quebradiços e, assim, gerar um perigo. É
preciso prever fadiga e corrosão do material e
envelhecimento e desgaste dele, e prever serviços Sim
Máquina
de conservação e consertos para amenizar isso. sem perigos?

Não

Informar usuário
sobre perigos Remessa

A escolha dos materiais deve oferecer segurança e


não pode afetar a saúde. Fig. 1: Minimizar os perigos
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5.1 Proteção ambiental em empresas 207

5 Gestão ambiental (GA) Tab. 1: Leis e prescrições


5.1 Proteção ambiental em empresas
Constituição e leis nacionais
Nas últimas décadas, cresceu muito a compreen- • Lei básica
são das pessoas e, consequentemente, das empre- • Lei sobre proteção de imissões
sas sobre a necessidade de proteger melhor o • Lei sobre resíduos
• Lei sobre a gestão da água
ambiente.
Leis estaduais, Constituição
Nenhuma empresa, gestor ou ocupante de cargo fun- • Lei estadual sobre proteção de imissões
cional vai negar a veracidade da frase: • Lei estadual sobre resíduos
“Nós não herdamos o meio ambiente de nossos pais, • Lei estadual sobre águas
mas o tomamos emprestado de nossos netos.” Nin- • Regulamentos regionais
guém nega a obrigatoriedade de nossa geração • Regulamentos municipais
deixar para filhos e netos um meio ambiente em que • Regulamentos associados para uma mesma fina-
possam viver. lidade

Para a empresa orientada por proteção ambiental, Prescrições


• Prescrição federal sobre imissões
bem como para seus empregados, isso significa
• Prescrição sobre óleos usados
analisar sua responsabilidade do ponto de vista • Prescrição sobre embalagens
ambiental, reconhecer as áreas problemáticas, do- • Prescrição sobre controle de resíduos remanes-
cumentar a situação atual e fazer todo esforço no centes
sentido de obter melhorias. • Prescrição sobre nomeação de responsáveis
ambientais
• Prescrição sobre uso de resíduos
Para isso, não basta considerar apenas os proces-
sos produtivos, mas toda a cadeia de processos da
empresa. Em toda parte é possível identificar e
Uso mínimo de recursos
reduzir cargas ambientais, tanto em métodos de Por exemplo, energia, água, Entrada
trabalho, matérias-primas e materiais utilizados, matérias-primas, materiais
nos produtos fabricados e usados, até o descarte
Produtos não desejados
deles. Os limites permissíveis são especificados Por exemplo, emissões, resíduos,
em diversos dispositivos legais sobre proteção embalagens pós-uso
ambiental, abrangendo as áreas ar, água, solo e
resíduos. Carga ambiental mínima
Por exemplo, ar, água, solo, clima
Empresa
Vale o princípio:
Evitar e reduzir cargas ambientais! Viabilidade econômica
Por exemplo, custos, área, tempo
de vida útil
A consciência ambiental que se iniciou em 1960
resultou no desenvolvimento de uma série de Proteção da saúde
Por exemplo, no processamento
instrumentos legais por parte das instâncias políti- e na manipulação
cas. Hoje há prescrições em todos os níveis legais.
A tabela 1 traz a legislação pertinente desde o Funcionalidade
Por exemplo, função, confiabilidade, Saída
direito constitucional, passando pelas leis nacio- manutenção
nais e dos estados, até as prescrições municipais.
Fig. 1: Compatibilidade ambiental de produtos
e empresas
Também o cliente requer, ao lado dos requisitos
funcionais, de segurança e confiabilidade, que os
produtos tenham sido fabricados de forma ambien-
talmente correta. Juntamente com os requisitos de
qualidade, a garantia da proteção ambiental ou da
compatibilidade ambiental do produto tem peso igual como requisitos de qualidade, uma vez que nela
numa concepção de qualidade total da empresa. podem estar contidas muitas especificações am-
bientalmente relevantes. Na figura 1 estão, com
Os requisitos do produto que se referem à sua exemplos, os principais componentes a que se refe-
compatibilidade ambiental podem ser entendidos rem os requisitos de compatibilidade ambiental.
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208 5 Gestão ambiental (GA)

5.2 Gestão empresarial orientada para


o ambiente
A proteção ambiente em empresas foi vista, pri- Empresa orientada
Organismo
meiro, como tarefa da produção, mas, depois da para o ambiente
de acreditação
publicação de normas e prescrições sobre gestão
ambiental como EMAS e a ISO 14001, a visão da
problemática foi ampliada. Hoje há áreas de Controla
gestão no centro das atenções, reguladas por
prescrições legais europeias ou normas e acordos
internacionais. Auditor
Verifica externo
Parecer
Em primeiro plano estão agora tarefas de gestão,
ambiental
como planejar, decidir, realizar, controlar e melho- Escreve
rar. Trata-se de definir objetivos e programas am-
bientais próprios para atender e, preferencialmen-
te, sobrepujar os requisitos ambientais legais e Declaração ambiental
- Política Confirma
outros aplicáveis. Sistemas de gestão ambiental
- Objetivos
(SGA) fornecem a moldura perfeita para isso, uma
- Avaliação
vez que os decursos organizacionais já são conhe-
cidos da gestão da qualidade. A política ambiental
deve atender a certos requisitos de acordo com as Fig. 1: Efeitos na implementação de SGA
normas ambientais.

Tab. 1: Série de normas ISO 14000

ISO 14001: Sistemas de gestão ambiental – especificação ISO 14040: Gestão ambiental – balanço ambiental – prin-
com instruções de uso cípios e requisitos básicos
ISO 14004: Sistemas de gestão ambiental – guia geral de ISO 14041: Gestão ambiental – balanço ambiental – defi-
princípios, sistemas e suporte técnico nição de objetivos, abrangência e balanço material
ISO 14010: Guias para auditorias ambientais – princípios ISO 14042: Gestão ambiental – balanço ambiental – estima-
gerais tiva dos efeitos/impactos
ISO 14011 Guias para auditorias ambientais – procedimen- ISO 14043: Gestão ambiental – balanço ambiental – inter-
tos de auditoria, auditoria de sistemas de gestão ambiental pretação

ISO 14012 Guias para auditorias ambientais –critérios de ISO /TR 14047: Gestão ambiental – balanço ambiental –
interpretação
qualificação de auditores ambientais
ISO /TS 14048: Gestão ambiental – balanço ambiental –
ISO 14015: Gestão ambiental – avaliação ambiental de
documentação do balanço material
filiais e organizações
ISO 14049: Gestão ambiental – balanço ambiental –
ISO 14020: Rotulagem e declarações ambientais – princípi- exemplos de aplicação da ISO 14041 (abrangência e
os básicos balanço material)
ISO 14021: Rotulagem e declarações ambientais – auto- ISO 14050: Gestão ambiental – termos
declaração ambiental (rotulagem tipo II)
ISO /TR 14061: Informações para apoio do setor florestal na
ISO 14024: Rotulagem e declarações ambientais – rotula- aplicação das normas ISO 14001 e 14004 Sistemas de
gem ambiental do tipo I – generalidades e procedimento gestão ambiental
ISO /TR 14025: Rotulagem e declarações ambientais – ISO 14062: Gestão ambiental – diretrizes para integração de
declaração ambiental tipo III aspectos ambientais no desenvolvimento de produtos
ISO 14031: Gestão ambiental – avaliação de desempenho ISO / WD 14063: Gestão ambiental – balanço ambiental –
ambiental - diretrizes comunicação ambiental – diretrizes e exemplos
ISO /TR 14032: Gestão ambiental – exemplos de avaliação ISO / WD 14064: Gestão ambiental – medição, relato e veri-
de desempenho ambiental ficação de emissões de gases com efeito estufa
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5.5 Implementação da norma 213

Sistema Sistema Sistema


de gestão de gestão de gestão
da qualidade ambiental da segurança
NBR ISO 9001 NBR ISO 14001 do trabalho
TQM
EMAS
Total Quality Management
Eco Management OHRIS
and Audit Scheme Occupational Health
and Risk Management

Requisitos de gestão Requisitos de gestão


Requisitos de gestão
Objetivos Objetivos
Objetivos
Realização Realização
Realização
Processos Processos
Processos

Sistema de gestão integrado

Requisitos de gestão
Objetivos
Realização, efeitos de sinergia
Áreas de atuação

Processos e descrição de processos

Fig. 1: Sistema integrado de gestão


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5.6 Projeto de implementação 215

1° nível: Fases do projeto 2° nível: Passos do projeto 3° nível: Conjuntos de tarefas

Idéias, largada

Decisão da direção Comprometimento com a proteção ambiental

Desenvolvimento e apresentação de uma


visão ambiental
Largada do projeto Informar os trabalhadores sobre os planos

Preparativos para o projeto Definição do projeto


Designação do líder de projeto
Planejamento dos trabalhos
Formação dos grupos de projeto
Início dos trabalhos

Estabelecimento da política ambiental Formulação da política ambiental


Publicação da política ambiental

Levantamento da estrutura Análise da organização


organizacional Levantamento de condicionantes legais
e normativos
Análise input/output
Escolha do procedimento
Análise da situação Levantamento de dados
Execução do balanço input/output

Julgamento da situação ambiental Avaliação e comentário dos dados


Apresentação dos resultados

Adequação da política ambiental

Objetivos
e programas Determinação de objetivos ambientais Formulação dos objetivos por planta
Publicação dos objetivos

Estabelecimento do programa ambiental Definição de objetivos operacionais


Acordo sobre as medidas a executar

Execução de medidas Melhoria da estrutura organizacional


organizacionais Melhoria dos decursos
Execução de medidas Desenvolvimento de recursos humanos
técnicas
Melhoria Concepção de alternativas de solução
contínua Avaliação e seleção de alternativas de solução
Realização da solução

Implementação
do programa

Concepção de um sistema de documentação


Documentação
Elaboração dos documentos
Elaboração do manual do sistema de gestão ambiental

Realização de auditoria ambiental Planejamento da auditoria


Execução da auditoria
Conclusão da auditoria

Verificação Conteúdo e apresentação da declaração


Elaboração e validação
das medidas Verificação e declaração de validade do avaliador ambiental
da declaração ambiental
Inserção nos registros
Término do projeto
Geração de uma cultura empresarial orientada para
o ambiente

Fig. 1: Estrutura do projeto para implementação de um SGA


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216 5 Gestão ambiental (GA)

5.7 Análise das entradas e saídas – Parte dinâmica


Balanço • Matérias-primas
• Tintas
A análise das entradas e saídas de um empresa • Embalagens
consiste na verificação da situação ambiental dela, • Meios para dividir,
cujo conhecimento é imprescindível para o pla- separar
• Óleos hidráulicos
nejamento e a implementação de programas
Entrada • Solventes
ambientais e também para a implementação de um • Produtos para
INPUT
sistema de gestão ambiental. O resultado da análi- limpeza
se evidencia as áreas-problema e é a base para a • Produtos químicos
• Gases
definição de objetivos ambientais. Para o reconhe-
• Água
cimento de pontos fracos e a definição de medidas • Energia
para a eliminação deles são imprescindíveis um le- • ...
vantamento exaustivo e a documentação dos dados
ambientalmente relevantes. Parte estática
• Terrenos
A abrangência e a profundidade dessa análise • Plantas
determinam a abrangência do projeto de proteção • Instalações
• Meios de
ambiental a ser planejado. O levantamento da
transporte
situação atual encerra todas as áreas da empresa, • Estoques
incluindo, além das áreas produtivas, as adminis- • ...
trativas. O levantamento dos dados ocorre em Empresa
diversas contas e subcontas, à semelhança de um
balanço empresarial, realizadas comumente em Parte dinâmica
empresas orientadas para o ambiente. Para isso, • Resíduos
deve ser desenvolvida uma estrutura de custos • Sucata
• Papel, papelão
adequada às condições da empresa.
• Emulsões usadas
• Óleo velho
Essa estrutura serve de modelo de balanço e com Saídas • Resíduos retidos
base nela é feito o levantamento. Para garantir que OUTPUT em filtros
todos os dados ambientalmente relevantes sejam • Águas servidas
• Emissões
levantados em cada balanço desses, é necessário
• Calor
que o grupo de projetos, inicialmente, analise • Ruído
todos os processos da empresa. Do lado das • Odores
entradas, são incluídos todos os itens comprados, • ...
que devem estar registrados em bancos de dados,
como matérias-primas, materiais auxiliares nas
operações, materiais perigosos, outros materiais, Fig. 1: Entradas e saídas – Balanço
água, óleos, combustíveis, etc.; no lado das saídas,
verificam-se os produtos, os subprodutos, os resí-
duos, as emissões gasosas, os efluentes líquidos e
os rejeitos perigosos que a empresa lança nos
meios água, ar, solo, também no ambiente de tra- (input/output). O balanço tem uma parte estática e
balho. Os balanços incluem também os recursos outra dinâmica. Na parte estática estão os recur-
em trânsito nos processos e tudo que está em sos que permanecem na empresa, não saindo de
estoque, também resíduos e rejeitos armazenados suas fronteiras. Na parte dinâmica estão todos os
na empresa ou em outros depósitos ambiental- recursos materiais e energéticos que ultrapassam
mente corretos ou não (fig. 1). as fronteiras da empresa, quer dizer, entram ou
saem depois de transformados. Para garantir a
Empresas organizadas têm todas as informações comparabilidade dos dados levantados em dife-
procuradas armazenadas em bancos de dados. É rentes balanços, é imprescindível que os procedi-
claro que esses levantamentos devem ser feitos mentos, as fontes de informações, as assunções e
com auxílio de sistemas computacionais. Muitos os cálculos feitos a partir destas estejam todos
dos dados são agregados nesses balanços registrados e possam ser repetidos.
DIETMAR SCHMID
ARNDT KIRCHNER
GEORG FISCHER
HANS KAUFMANN

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GESTAO OA OUALIDADE
SEGURANt;A DO TRABALHO E GESTAO AMBIENTAL

Tradu~ao da 2a edi~ao alema: Profa. Dra. Ingeborg Sell

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