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05 de agosto de 2010.

O Direito Empresarial já foi chamado de Direito Mercantil e de Direito Comercial.


Direito Empresarial inclui falências e recuperação judicial. Também é denominado de
Direito Societário.

Nesse semestre será visto o Direito Societário.

Avaliação: objetiva e dissertativa.

OBS: pegar o esquema de aula no portal.

Uma discussão que se tem é sobre se com essa migração do Direito Comercial para
dentro do CC é se o D. Com. mantém a sua autonomia ou é ap enas uma parte do C.C.

Uso e costumes: No direito civil, o peso dos usos e costumes é bem menor do que o
peso desses no Direito Empresarial.

Na dúvida, no Direito Comercial, o que conta são os usos e costumes do local da


operação.

Quando há uma lacuna, existe um princípio que é o da preservação do contrato. Assim,


na medida do possível, tem que tentar salvar o contrato. Desta forma, havendo uma
lacuna, o juiz fará uma interpretação integrativa.

Se não adiantar a interpretação integrativa, o juiz criará a cláusula (fenômenos da


integração contratual) D fará isso com base nos usos e costumes. No direito comercial
isso é feito com muita naturalidade e liberdade pelo juiz.

O direito empresarial se insere no direito privado. É um direito civil específico, mas


com autonomia própria.

A lei pode ser derrogada pelos costumes.

Essa valorização do costume é muito mais incisiva no Direito Comercial.

O direito empresarial visa a regular a questão do lucro. Contudo, não visa a proteger o
empresário, ele visa a proteger o mercado.

Ex: propriedade intelectual D toda a filosofia da discussão é vista pela ótica do


consumidor. Assim, a jurisprudência está preocupada em proteger o mercado: o
consumidor e a empresa.
2

Existem alguns enunciados CEJF (conselhos de estudos da justiça federal) D são as


jornadas que interpretaram artigos do código, muitos deles do direito de empresa. Ex:
Enunciado 75, que afirma que o Direito Comercial tem a sua autonomia.

Uma outra distinção importante com o Direito Civil é em relação a liberdade de


formas, pois o D.C. é mais tímido em relação à liberdade de formas. Já no Direito
Empresarial essa liberdade é maior. No Direito Comercial há vários contratos recentes
que já viraram típicos. Ex: leasing.

Para o D.Com. proposta aceita é um contrato. Não necessita ser um instrumento


específico denominado contrato. Ex: aceitação em e-mail.

Globalização D hoje, dois comerciantes criam um contrato na China e no dia seguinte


está em Nova Iorque.

Não existem mais barreiras.

Há atualmente termos em inglês que são difíceis de traduzir. Ex: due diligence
(avaliações que uma empresa faz antes de comprar outra empresa).

Para atrair capital, tem que atrair sócios, por isso surgiram as sociedades anônimas. As
sociedades anônimas ofereciam um capital sem risco, visto que a sociedade anônima é
uma sociedade de responsabilidade limitada. O único risco do empresário é perder o
valor que integralizou quando se associou. O patrimônio do empresário, em regra, não
está exposto.

Se não houvesse a garantia de que os bens particulares não seriam expostos, não se
conseguiria atrair os societários.

Há dois tipos preponderantes de empresas: as limitadas e as S/A D as duas são de


responsabilidade limitada.

Com a limitação da responsabilização, consegue-se atrair capital que visa buscar lucro.

O risco é, portanto, limitado.

Todo esse desenvolvimento que teve no comércio começou quando os fenícios


inventaram as sociedades anônimas.

Muitas vezes, a sociedade de anônima não tem nada. Ex: sociedade anônima de 2
sócios. É chamada de anônima a empresa que nasce para lançar ações no mercado por
desconhecidos e sem vínculos entre esses societários.

Affectio societatis D na sociedade limitada prepondera o vínculo pessoal entre os


sócios. Dificilmente se cria uma limitada com alguém que tu não conheces. Na
o

limitada, a saída e a entrada são dificultadas. Para alguém entrar, um sócio tem que
sair. Os outros têm o direito de não querer a entrada de novos/outros sócios.

Nas anônimas, esse vínculo não existe, visto que nasce para ser uma sociedade em que
o vínculo não é importante. O capital é que é importante.

Não pode ter, no Brasil, sociedade de um sócio só.

Muitas vezes, o controlador da empresa tem muito menos que 50%, em virtude do
capital estar tão espalhado.

As votações, em regra são por capital. Em raríssimas situações que são por cabeça.
Elegem o conselho de administração que, por sua vez, escolhe a diretoria.

Na sociedade, se tu quer embora ele tem que vender as ações dele. Na sociedade
limitada ele vai embora com a sua porcentagem da empresa.

Na limitada, o minoritário é respeitado, pois pode retirar do patrimônio da empresa a


sua percentagem.

Lojas Renner D é a empresa brasileira com maior dissipação de capital.

Novo mercado D são as empresas que tem ações em bolsa que seguem a governança
administrativa D são empresas com alta transparência de gestão. A CVM dá um
carimbo reconhecendo a transparência, seriedade, etc.

O controlador tem obrigações com os acionistas. Deve haver sigilo. Não podem ser
comunicadas a um antes de outro.

Fusão de empresas normalmente gera confusão. Ex: Casas Bahia e Pão de Açúcar.
Começam as negociações e ninguém pode saber.

Ás vezes ação de uma determinada empresa sobem ou descem sem ter nada a ver
com a empresa.

Uma empresa é uma ficção. É uma criação jurídica (pessoa jurídica). É justamente a
ficção de separar o patrimônio da pessoa física com o patrimônio da pessoa jurídica.

O registro confere personalidade jurídica a uma empresa (CNPJ). Mas a reunião dos
fatores de produção. São fatores de produção recursos naturais, capital, trabalho,
organização e tecnologia D tendo esses elementos, há uma empresa, não importando
se está registrada ou não D esses elementos já caracterizam de per si uma empresa.
Ë

Na CF há normas sobre a ordem econômica e a livre iniciativa. Assim sendo, a CF


protege o lucro (livre iniciativa). O ordenamento jurídico tem que ter uma formatação
que permita a geração de riqueza, claro que a regulando.

Há um estímulo para investir no mercado.

A CF protege a livre iniciativa, a livre associação, a marca e o nome, participação nos


lucros e gestão.

A questão da participação do empregado nos lucros é muito importante.

A questão da legislação sobre o direito comercial, é monopólio da União legislar sobre


direito comercial D as grandes regras.

Os estados podem legislar sobre produção, consumo, regras tributárias de sua


competência.

Institutos utilizados: desconsideração da personalidade ju rídica.

Órgãos administrativos D CADE

Direito penal D crimes falimentares.

12 de agosto de 2010.

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O Código Comercial é de 1850 D pilares do desenvolvimento do direito comercial


foram o seguro, a sociedade anônima e o crédito (títulos de crédito) D permitiu o
financiamento do consumidor, bem como das empresas, que começaram a se
desenvolver.

a)‘
        Ê: foi o primeiro
sistema comercial a ser desenvolvido. Da metade do século XII ao século XIV. O Direito
Comercial era aplicado apenas as associações/ corporações específicas D tinham um
direito autônomo, especial em relação aos outros. A o resto da população era aplicado
o Direito Civil Comum D havia uma jurisdição especial para os atos praticados por essas
corporações.
b)‘     as corporações perdem essa jurisdição especial. Assim, se
entende que a teoria dos atos de comércio perdeu força, pois quem praticasse um ato
de comércio, como não era mais um direito específico autônomo das corporações,
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passou a ter liberdade maior da aplicação do direito comercial (Teoria da Empresa). Os


Tribunais Nacionais passam a abarcar esses direitos e os usos e costumes começam a
assumir uma relevância que vem até hoje. Surgem as S/As e as captações de capital.
c)‘   Teoria dos Atos de Comércio. Inicia com o Código de Comércio
Francês de 1807 (posterior a revolução francesa). Até a revolução francesa, a
economia era basicamente feita pelos nobres (senhores feudais). Assim, com o
sentimento e o princípio da igualdade da revolução francesa, os Tribunais Nacionais
assumem totalmente a jurisdição do Direito Comercial D perde interesse para
aplicação do direito comercial quem praticou determinado ato de comércio.

Todo e qualquer ato de comércio, praticado por quem quer que seja, ficava submetido
ao Código de Comércio de 1807.

Foram regradas a compra e venda, as operações bancárias, algumas regras atinentes a


empresas e aos seguros.

d)‘ (  Sistema Italiano: se desenvolve a chamada Teoria da Empresa. O


nosso Código Comercial de 1850 sofreu influência do Código Francês de 1807 (não
havia proteção do mercado, de manutenção da empresa). A teoria da empresa é
adotada hoje pelo Novo Código Civil. O italiano Vivante pugnou pela unificação do
direito privado. Hoje se discute se houve de fato essa unificação ou não.

Onde está localizada a regra não tem grande relevância. Nas jornadas de Direito Civil,
uma das coisas em que expressamente se manifestaram foi que a migração do Direito
de Empresa para o C.C. não implicou a extinção da autonomia do Direito Comercial.

Essa unificação do Direito Italiano aconteceu em 19Ë2 D O CC/02 sofreu essa influência
e é hoje mundialmente aplicado D fenômeno da internacionalização dos institutos do
Direito Comercial.

Atualmente, com a globalização, o fenômeno da internacionalização, devido a


importação e exportação faz com que diversos países tenham os mesmos institutos.

I.I. e I.E D finalidade extrafiscal: proteção do mercado.

Essas fases são cíclicas: atos de comércio D direito das corporações D atos de comércio
D teoria da empresa.

Ex: locação: entre dois particulares (contrato de D.Civil), se for uma empresa, será um
contrato de Direito Comercial D Temos regras específicas para a locação comercial,
como, por exemplo, a chamada Lei de Luvas (é uma lei que obriga o locador,
compulsoriamente, a renovar o contrato D princípio da preservação da empresa D
acima do direito de propriedade. Contrato de 5 anos de locação ou vários contratos
ö

seguidos que atinjam os 5 anos, o locatário, desde que seja empresa, tem direito entre
o Ë ano e o Ë ano e meio de entrar com a ação renovatória: ação que cabe no
contrato de locação para obrigar o locador a renovar o contrato por outro período de 5
anos).

Uma vez ajuizada a ação renovatória, se discutirá somente o valor do aluguel, vai ter
que renovar o contrato obrigatoriamente.

Não importa o ato que está sendo praticado (locar para P.F ou para P.J é o mesmo
ato). Porém, uma vez que tenha uma empresa envolvida entra o princípio da
manutenção da empresa e muda tudo.

Ex: embarque de uma carga D há um contrato de transporte que é um contrato típico e


eventualmente não está regrado o dia que será embarcada a carga. Os comerciantes
locais tem um costume de embarcar até dia tal do mês em curso para chegar no
destino até o dia tal (isso não está no contrato) D não importa, serão aplicados os usos
e costumes.

Será muito mais fácil para o juiz a integração do contrato. Fato que não está previsto
na lei e nem no contrato entre as partes D o juiz cria uma cláusula no contrato, absorve
o costume e condena a perdas e danos porque o transportador deveria saber que
tinha que embarcar até dia tal.

Há vários contratos típicos no Direito Civil (hoje também há os atípicos) D antes só a


declaração de vontade não era suficiente ao Direito Civil.

Hoje, de uma forma mais aproximada do D.C e do D.Com, houve uma menor
valorização da forma.

No D.Com o céu é o limite D o ilícito é o limite.

No D.Com não há uma regra específica a ser seguida.

No Brasil, se entende que o D. Com. Teve o grande salto com a abertura dos portos às
nações amigas. Com a independência, havia a lei da boa razão (quando houve a
independência o Brasil adotava as leis portuguesas, e com a independência se adotou
a Lei da Boa Razão D determinava as regras lãs Leis Cristãs).

 ‘
     
‘
   definição está no art. Ë0, do C.C. 

Art. Ë0. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito
privado.

Direito Público Interno D


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Direito Público Externo D

Direito Privado D essa pessoa jurídica pode assumir ö formas diversas: fundação,
associação, sociedade, cooperativa, organização religiosa ou partido político. As
organizações religiosas e os partidos políticos entraram depois no C.C. como conceito
de Direito Privado.

O Internacional é uma associação.

A associação não tem fins lucrativos.

Há sociedades sem fins lucrativos

O que importa ao Direito Empresarial são as sociedade, previstas no art. ËË,II do C.C.

Art. Ë5: diz respeito à existência das P.J.D.P.

Art. ËË. São pessoas jurídicas de direito privado:

I - as associações;

II - as sociedades;

III - as fundações.

IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei n 10.825, de 22.12.200o)

V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei n 10.825, de 22.12.200o)

§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das


organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar -lhes reconhecimento ou
registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei
n 10.825, de 22.12.200o)

§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às


sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. (Incluído pela Lei
n 10.825, de 22.12.200o)

§ oo Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei


específica. (Incluído pela Lei n 10.825, d e 22.12.200o)

Art. Ë5. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.

Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro.
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Nem toda sociedade é uma empresa e há empresa sem haver sociedade.


Normalmente a empresa está contida na sociedade.

A partir do registro, a sociedade passa a ter personalidade jurídica.

Para termos uma sociedade, é necessário duas ou mais pessoas que contratem
(mesmo que verbalmente), resolvendo agir em conjunto para um fim comum. Mas isso
não quer dizer que tenhamos uma empresa, muito menos uma empresa com
personalidade jurídica D a existência legal só começa com o registro.

Como se chama esse contrato entre duas ou mais pessoas que visam a construção de
uma sociedade? Contrato Social. O contrato social uma vez estabelecido, nasce a
sociedade.

O que precisa para ter uma empresa? Fatores de produção: capital, recursos naturais,
trabalho, organização e tecnologia D reunidos esses fatores de produção temos uma
empresa, independente de ter contrato social ou sócios D firmas individuais.

Uma empresa não registrada, provavelmente, é uma empresa que não recolherá
tributos D crimes tributários.


   D conceito de empresa (com ou sem personalidade jurídica), fatores de
produção (como forma o capital?).

Art. 9öö D define quem é o empresário D adequar o 9öö, dissecá -lo.

Análise entre empresa e sociedade D § único.

Indústria, comércio, prestação de serviço.

Captação de capital, trabalho, organização, recursos naturais

Ver a partir do Ë0 D pessoa jurídica D conceito empresa/sociedade

19 de agosto de 2010.

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Sem Livre Iniciativa, não existe empresa.

Na C.F., em seu artigo 5 , XIII, art. 170, CF


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XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as


qualificações profissionais que a lei estabelecer;

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na


livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da
justiça social, observados os seguintes princípios:

I - soberania nacional; Há limitações em alguns determinados segmentos


empresariais que há limitação para sócios estrangeiros. Ex: transporte aéreo. Ex:
LATAM

II - propriedade privada;

III - função social da propriedade;

IV - livre concorrência;

V - defesa do consumidor;

VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado


conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de
elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional n Ë2, de
19.12.200o)

VII - redução das desigualdades regionais e sociais;

VIII - busca do pleno emprego;

IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as


leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n ö, de 1995)

Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade


econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei. D são alguns setores como banco, que precisam de autorização
expressa de órgãos públicos. O cidadão já pode começar a empresariar e não estar
cometendo nenhum ilícito (o início da atividade não é ilegal, é apenas irregular) D
problema: questão tributária.

O nosso sistema é capitalista, logo a livre iniciativa protege o mercado.

A desordem não existe, a desordem é apenas uma ordem com a qual não estamos de
acordo.

Há na C.F. uma opção pelo regime capitalista, assim, uma lei que vá contra essa forma
será declarada inconstitucional (muitas já foram).

c ‘   
10

ORDEM ECONÔMICA X ORDEM JURÍDICA:

Max Werber D A ordem jurídica é a esfera ideal do dever ser e a ordem econômica é a
esfera dos acontecimentos reais.

Eros Roberto Grau diz que a ordem econômica é uma expressão usada para definir
uma parcela da ordem jurídica.

- Ordem jurídica intervencionista: foi antes da Revolução Francesa, pois intervinha


para que só uma casta pudesse empresariar.

Ordem jurídica liberal: foi após a revolução francesa, com o C.C. e o C.Com que
estabeleceu uma ordem jurídica liberal, caindo os privilégios, assim, qualquer um
poderia empresariar D hipervalorização da autonomia da vontade. Isso vigorou, no
Brasil, até o advento do CDC que foi a primeira reunião de idéias que ficou codificada a
idéia de o Estado, via juiz, intervir na O.E., intervindo nos contratos.

Com o novo C.C., tem-se dando cada vez mais liberdade ao juiz.

Hoje se pugna por uma saída do Estado da Ordem Econômica. Isso porque, os cidadãos
começaram a assinar contratos que sabem não ter de cumprir, entre outras coisas D há
o exagero no descumprimento de contrato. Assim, as regras de descumprimentos
(rescisão do contrato e quebra da autonomi a da vontade) devem ser limitadas.

Adam Smith D ͞o mercado é como uma mão invisível͟ D o mercado se auto-regula. É


como se houvesse uma mão invisível que controla o mercado.

Mackenzie D pugna por uma economia intervencionista.

Isso se transpõe facilmente para a questão tributária: sanções políticas: são os meios
coercitivos indiretos de cobrança de tributos. Ex: negar a impressão de talonário fiscal.

Súmulas 70, o2o e 5Ë7, STF

70: É INADMISSÍVEL A INTERDIÇÃO DE ESTABELECIMENTO COMO MEIO COERCITIVO


PARA COBRANÇA DE TRIBUTO.

o2o: É INADMISSÍVEL A APREENSÃO DE MERCADORIAS COMO MEIO COERCITIVO PARA


PAGAMENTO DE TRIBUTOS.

5Ë7: NÃO É LÍCITO À AUTORIDADE PROIBIR QUE O CONTRIBUINTE EM DÉBITO


ADQUIRA ESTAMPILHAS, DESPACHE MERCADORIAS NAS ALFÂNDEGAS E EXERÇA SUAS
ATIVIDADES PROFISSIONAIS.

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É um princípio constitucional à proteção da livre concorrência.


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São conceitos imbricados.

A concorrência é a pretensão de mais de uma empresa a produzir a mesma coisa. O


que o direito reprime é a concorrência desleal.

Nós temos, portanto, limitações à livre concorrência: há as de natureza estatal e as de


natureza contratual.

Estatal: o estado constitui um monopólio (ex: Petrobrás). O monopólio deve ser


altamente justificado, em virtude de haver hoje uma tendência liberal.

Houve o caso da Varig (tinha o monopólio das viagens internacionais) D internamente


não precisava concorrer com ninguém.

A outra limitação à concorrência é de natureza contratual. Ex: quando uma empresa


vende um estabelecimento/ negócio para outra empresa, não é incomum, no silênci o
do contrato, para o chamado restabelecimento D no contrato pode prever que é mais
de 5 anos. Isso tem uma conotação geográfica.

Restabelecimento é criar um empreendimento tal qual o que tu vendeu.

O fundamento dessa limitação é um fundamento de mercado.

No caso da Varig se dizia que se estabelecesse a livre concorrência de viagens


internacionais, nenhuma iria se manter.

É a limitação da livre concorrência para a proteção do mercado.

Concorrência desleal D é proibida pelo nosso direito.

Há dois tipos de concorrência desleal:

- Concorrência desleal específica: é mais fácil de ser identificada (ex: copiar marca,
contrafação [copiar patente], nome de estabelecimento). Poderão configurar somente
o ilícito civil ou o ilícito penal.

- Concorrência desleal genérica: é mais difícil de detectar, pois são meios imorais ou
desleais de concorrências D resolve-se no âmbito civil.

Concorrência com abuso de poder econômico: Há três tipos clássicos de abuso de


poder econômico:

- Dumping: colocar preços muito baixos até uma empresa quebrar, depois retoma os
seus preços D ocorre em nível internacional e nacional.

- Cartel: há setores que volta e meia fazem cartéis. Ex: siderúrgica, postos de gasolina.
É proibido, mas evidentemente há uma restrição da livre iniciativa. Terá um zona cinza
de interpretação e deve ser examinada de forma casuística.
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Princípio básico de direito c omercial é a proteção do mercado.

- Truste: é um cartel na potência 10 D configura um verdadeiro oligopólio. É a reunião


de empresas que passa a praticar o mesmo preço. Ex: o empresas se unem e criam
uma quarta, criando um oligopólio ao fazer essa união D é mais uma união jurídica. É
um cartel melhorado e com mais força, porque a aproximação das empresas é maior.

Não confundir o truste com o trust que os bancos americanos fazem.

Trust Dcontratação de um banco para fazer um trust (confia a um banco a


administração dos negócios dele depois de ele morrer D é como se passasse uma
procuração para esse banco gerir esse negócio quando ele morrer).

Resp 10Ë8Ë70 D valor da proteção do mercado



Lucro arbitrário é aquele que não decorre de motivações normais de aumento de


lucro. Não decorre de razões lógicas de direito. Decorre ou do dumping, cartel, truste,
ou de uma patente que não se justifique

Lucro exagerado: ex: o00% que não seja por causa da racionalidade administrativa ou
pela tecnologia que reduza arbitrariamente seus lucros.

Essas questões são controladas pelo CADE.

2ö de agosto de 2010.

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Art. 9ö7. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas


Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

Para a caracterização do que seja uma empresa basta a reunião dos fatores de
produção. Contudo, enquanto ela não se registrar ou na Junta Comercial.
1o

Juntas comerciais D registro público de empresas mercantis D Lei 89oË/9Ë.

Quando um dos elementos do 9öö se configurar, será sociedade de prestação de


serviços.

Há as sociedades simples puras e impuras.

Há uma série de implicações pelo não registro (está na informalidade) D a grande


maioria dos empresários que estão na informalidade é porque ele não tem condições
de se defender da carga tributária (não consegue passar para os preços a carga
tributária e continuar lucrando ʹ só quem consegue isso são os monopólios) D não
poderá participar de licitações, corre um risco de responder um processo-crime (não
tem CNPJ D precisa de contabilidade regular D ).

O CNPJ é a impressão digital da empresa D pode mudar os sócios, pode mudar o


objeto, mas o CNPJ se mantendo o mesmo, será sempre a mesma empresa

2.‘ Ê      é ter uma contabilidade que se apresenta para o fisco,
que deve seguir regras.

RIR D regulamento do imposto de renda D é um decreto que praticamente não muda,


pois há uma liberdade muito grande. Assim, o RIR vai sofrendo algumas modificações
que regulam as normas da contabilidade fiscal.

Há duas contabilidades: uma comercial (tem certa liberdade D o empresário pode fazer
a opção dele) e outra fiscal (essa tem que fazer exatamente como as normas que o IR
determinam.

Se não houver essa contabilidade regular, o fiscal desconsiderará toda a contabilidade,


como se ela não existisse e ele procurará indícios disso ou daquilo D o fiscal monta a
contabilidade segundo os indícios que ele vai pegar aqui e acolá: vai arbitrar.

Normalmente arbitrar é muito pior, porque entra um valor subjetivo.

o ‘      )


  há uma obrigação também com o fisco: a empresa tem que ter
balanços patrimoniais (no mínimo anual). Aqui não é só uma obrigação com relação ao
fisco. Mas, essas demonstrações financeiras é uma demonstração pública ao mercado
e aos acionistas (no caso das S/As) que devem até publicar em jornais de grande
circulação D é uma prestação de contas aos acionistas.

As sociedades limitadas não têm a obrigação de publicar em jornal, mas tem a


obrigação de extrair a declaração financeira visto que são documentos de fiscalização
dos sócios que não estão na empresa.

Muito importante também, se não houver essas três coisas, já na n. 1, se nós


resolvermos criar uma sociedade limitada (limitada é a responsabilidade dos sócios ao
valor do capital social) e a sociedade não for registrada (temos o contrato social,
porém não está registrada) isso automaticamente vai implicar o desaparecimento
dessa limitação de responsabilidade D o patrimônio do sócio vai tudo se for necessário
para cobrir os débitos gerados por essa empresa.

Enquanto a sociedade não se registrar, ela é regida pelo capítulo da sociedade não
personificada.

Art. 98ö, CC:

Art. 98ö. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger -se-á a sociedade, exceto
por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente
e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.

990, CC:

Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações


sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.02Ë, aquele que contratou
pela sociedade.

Respondem solidária e ilimitadamente, ou seja, a ausência do registro vai cair por terra
o tipo societário D é muito prejuízo.

Irregularidade originária D é quando tu estás registrado ou tu estás mal registrado.

Os enunciados não têm normatividade alguma, mas servem à doutrina e à


jurisprudência como um indicativo de interpretação.

Enunciados n. 198 e 199.

Art. Ë5 do CC diz que começa a existência legal das Pessoas Jurídicas de Direito Privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro.

Art. Ë5. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.

Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro.

Art. Ëö, CC: já vale para todas as pessoas jurídicas

Art. Ëö. O registro declarará:


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I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando


houver;

II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;

III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e


extrajudicialmente;

IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;

V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;

VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse


caso.

Art. 9ö8: fala de sociedade empresária e do empresário individual.

Art. 9ö8. A inscrição do empresário far -se-á mediante requerimento que contenha:

I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens;

II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa;

III - o capital;

IV - o objeto e a sede da empresa.

§ 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo
no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de
ordem contínuo para todos os empresários inscritos.

§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas


quaisquer modificações nela ocorrentes.

§ oo Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro


Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para
registro de sociedade empresária, observado, no que couber, o disposto nos arts.
1.11o a 1.115 deste Código. (Incluído pela Lei Complementar n 128, de 2008)

A firma é a assinatura com a qual eu pratico os atos de comércio que não necessita ser
igual a minha assinatura civil, mas deve estar no registro de comércio ou no registro
civil.

O registro é feito para dar publicidade a terceiros. Assim, salvo alguma informação que
não corresponda à realidade, o terceiro não poderá negar o conhecimento sobre algo
que estava registrado D Ninguém vai poder alegar esse desconhecimento.

Se for uma irregularidade que tenha indícios de má-fé, poderá caracterizar uma
regularidade superveniente e ter esse mesmo efeito.

O capital social deve estar atualizado, para efeito do conhecimento de terceiros.


Se todo mês esse lucro for direcionado ao aumento de capital, todo mês deveria ser
recalculado o capital social.

Uma das obrigações do empresário é solicitar a autofalência D o normal é que se peça


para ver o balanço.

Se houve má-fé, poder-se-á alegar que essa má-fé causou um prejuízo e que portanto
essa limitação do tipo societário deve cair e serem aplicadas as normas da sociedade
em comum.

Na interpretação desse tipo de situação devemos pensar em qual interpretação


protege o mercado.

Princípio da preservação da empresa.

02 de setembro de 2010.

 Ê* "+Ê Ê 

A escrituração que se usa hoje foi invenção de um monge Luca Paccioli em 1Ë9Ë D
método das partidas dobradas (algum valor entra e algum valor sai).



PASSIVO (é sempre uma obrigação de


ATIVO
alguém, inclusive seu capital social)

Dia 1: Caixa R$ 90 (o sócios)


Capital social está no passivo porque
90 ʹ 50 =Ë0 se entende que o passivo é obrigação
com alguém, inclusive o capital social.
Ë0 + Ë5 = 85
Dia 1 R$ 90 ʹ se um dos três sócios quiser
sair, vais tirar R$ o0

Lucros e Prejuízos acumulados

Prejuízo = -5

90 ʹ 5 = 85
17

Contas em T ou razonete

Chama-se de partidas dobradas porque, para cada conta do ativo sempre


corresponderá a uma conta no passivo.

O ativo nas empresas é sempre igual ao passivo, pois sempre a cada conta do passivo
corresponde a uma do ativo.

Empresa resolve comprar um imóvel por 50 mil D diminui-se do caixa 50 mil (90 ʹ 50) D
abre-se uma subconta em que vai sair 50 mil D quando pagarmos, elimina-se esse 50, e
vai ficar Ë0 D como entra um patrimônio acresce de novo aos 50, ficando 90 no ativo.

Ativo imobilizado D imóvel que nós compramos.

Quando assinamos um contrato, assumimos uma obrigação e gera um direito de bem


adquirido D quando eliminarmos os 50, elimina-se essa conta.

A toda conta de crédito equivale uma de débito.

Toda vez que fizermos um lançamento no passivo, é um crédito de alguém

As contas do passivo ou é um débito com sócio ou com o .

Ex: se vendermos o imóvel que compramos por 50, e pegarmos Ë5 D entra no caixa Ë5
D nessa etapa haverá um prejuízo.

As contas são sempre registradas pelo seu valor histórico. Quando entregarmos esse
imóvel.

Há um prejuízo de 5 mil.

Se, ao invés do imóvel, comprasse matéria prima e vende-se abaixo do custo.

Ainda que na junta comercial estivesse registrado 90 como capital social, isso não é
verdadeiro, pois tem-se 85 (já se tirou 5 do capital social) D o que interessa, na
verdade, é verificar o patrimônio líquido (integrante do pa ssivo).

Patrimônio Líquido = capital social + lucros e prejuízos

DRE D Demonstração do Resultado de Exercício

A primeira conta é a   (é o faturamento, não tem nada a ver com o lucro D
é o somatório de todas as receitas) D 28
18

Receita Financeira (são as receitas não operacionais D não decorrem da compra e


venda do produto que fabrica, mas por outras razões. Ex: juros bancários) D fica dentro
da receita bruta.

Custos = Despesa D18

Receita bruta ʹ despesas = lucro.

PIS/ CONFINS se paga sobre o faturamento

Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas D Lucro antes do IRPJ (10).

25% de 10 D IR

IR: 2,5

Lucro líquido (quando sobrou): 7,5

Posso pegar esses 7,5 e capitalizar (integrar ao capital social) D 85 + 7,5 = 92,5.

O valor é o histórico para melhor contabilizar.

Há princípios contábeis a serem seguidos.

 Ê,  norteiam o contador da empresa quando for fazer o balanço
patrimonial. São definidos pelo conselho federal de contabilidade D são princípios
contábeis geralmente aceitos pelos ordenamentos jurídicos.

1.‘    uma coisa é a pessoa física dos sócios, que é diferente da pessoa
jurídica. Deve valer para a contabilidade comercial (=gerencial) que é para os donos e o
executivo saberem o que está acontecendo. Deve haver também a contabilidade fiscal
que são algumas regras do fisco que deverão ser cumpridas. O fisco não vai aceitar
algumas despesas para fins de não incidirem no IR (ex: Mercedes, Ferrari).
2.‘ Ê    os administradores devem estar preocupados com a
continuidade da empresa. Ex: as grandes empresas pedem pareceres de advogados
sobre os processos judiciais e a possibilidade de êxito. Se não nos preocuparmos com
os fatos futuros, ter-se-ão problemas.
o.‘
  está ligado com o princípio da continuidade D devemos ter
preocupações em relação às contas do passivo a longo prazo (faz-se uma provisão pelo
pior valor possível, isto é, pelo maior valor e as contas do ativo pela pior provisão, ou
seja, pelo menor valor possível).
Ë.‘     os fatos devem ser registrados de imediato.
5.‘  para ver no momento se houve prejuízo, lucro, etc.
É para saber efetivamente o que aconteceu.
19

ö.‘ Ê registrar os fatos contábeis no período em que eles


aconteceram. O lançamento se faz quando acontece o fato jurídico.

Art. 1179 em diante do CC, nós temos o capítulo da escrituração D obrigação dos livros
(1179 ao 1195):

CAPÍTULO IV

Da Escrituração

Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema


de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus
livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente
o balanço patrimonial e o de resultado econômico. DRE!!!

§ 1o Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos
interessados.

§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o


art. 970. Hoje em dia é a micro empresa (isto tudo hoje está na L.C. 12o que regula a
microempresa e a empresa de pequeno porte) D está dispensando de fazer esses
livros.

Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode
ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.

Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o
lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.

Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as
fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público d e
Empresas Mercantis.

Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a
sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios.

Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.17Ë, a escrituração ficará sob a
responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na
localidade.

Art. 1.18o. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma
contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem interval os em branco, nem
entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.

Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que


constem de livro próprio, regularmente autenticado.

Art. 1.18Ë. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do


documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações
relativas ao exercício da empresa. O diário é o detalhe do detalhe do detalhe. Numa
megaempresa, para o registro ser diário, admite-se a escrituração resumida no diário.
20

§ 1o Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o


período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou
realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares
regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os
documentos que permitam a sua perfeita verificação.

§ 2o Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico,


devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado
e pelo empresário ou sociedade empresária.

Art. 1.185. O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de


lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços,
observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.

Art. 1.18ö. O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado de modo que
registre:

I - a posição diária de cada uma das contas ou títulos contábeis, pelo respectivo saldo,
em forma de balancetes diários;

II - o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no encerramento do exercício.

Art. 1.187. Na coleta dos elementos para o inventário serão observados os critérios d e
avaliação a seguir determinados:

I - os bens destinados à exploração da atividade serão avaliados pelo custo de


aquisição, devendo, na avaliação dos que se desgastam ou depreciam com o uso, pela
ação do tempo ou outros fatores, atender-se à desvalorização respectiva, criando-se
fundos de amortização para assegurar-lhes a substituição ou a conservação do valor;

II - os valores mobiliários, matéria-prima, bens destinados à alienação, ou que


constituem produtos ou artigos da indústria ou comércio da empresa, podem ser
estimados pelo custo de aquisição ou de fabricação, ou pelo preço corrente, sempre
que este for inferior ao preço de custo, e quando o preço corrente ou venal estiver
acima do valor do custo de aquisição, ou fabricação, e os bens forem avaliados pelo
preço corrente, a diferença entre este e o preço de custo não será levada em conta
para a distribuição de lucros, nem para as percentagens referentes a fundos de
reserva;

III - o valor das ações e dos títulos de renda fixa pode ser determinado com ba se na
respectiva cotação da Bolsa de Valores; os não cotados e as participações não
acionárias serão considerados pelo seu valor de aquisição;

IV - os créditos serão considerados de conformidade com o presumível valor de


realização, não se levando em conta os prescritos ou de difícil liqüidação, salvo se
houver, quanto aos últimos, previsão equivalente.

Parágrafo único. Entre os valores do ativo podem figurar, desde que se preceda,
anualmente, à sua amortização:
21

I - as despesas de instalação da sociedade, até o limite correspondente a dez por cento


do capital social;

II - os juros pagos aos acionistas da sociedade anônima, no período antecedente ao


início das operações sociais, à taxa não superior a doze por cento ao ano, fixada no
estatuto;

III - a quantia efetivamente paga a título de aviamento de estabelecimento adquirido


pelo empresário ou sociedade.

Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação
real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as dis posições das leis
especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo.

Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que acompanharão o


balanço patrimonial, em caso de sociedades coligadas.

Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e


perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na
forma da lei especial.

Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou


tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o
empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as
formalidades prescritas em lei. Trata do sigilo das operações D o sentido dessa norma é
preservar o sigilo das operações da empresa inclusive para evitar a concorrência
desleal.

Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de
escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão
ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.

§ 1o O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a


requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas,
sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade empresária a que
pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles se extrair o que interessar
à questão.

§ 2o Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o


respectivo juiz.

Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo antecedente, serão
apreendidos judicialmente e, no do seu § 1o, ter -se-á como verdadeiro o alegado pela
parte contrária para se provar pelos livros.

Parágrafo único. A confissão resultante da recusa pode ser elidida por prov a
documental em contrário.

Art. 1.19o. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em


parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da
22

fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis


especiais. São todos os tributos e não só os impostos

Art. 1.19Ë. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa


guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua
atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência no tocante aos atos neles
consignados.

Art. 1.195. As disposições deste Capítulo aplicam -se às sucursais, filiais ou agências, no
Brasil, do empresário ou sociedade com sede em país estrangeiro.

Livro-razão: é o exigido pelo fisco de separação por conta contábil. O fiscal pode
querer ver só a receita, só despesa, só despesa operacional.

Lei do Super Simples (LC 12o): art. 1o D o grosso dos impostos são recolhidos em uma
guia só e a receita federal é quem distribui D facilita e muito o recolhimento. Há
também outras facilidades em licitações.

Art. 1o. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento


único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:

I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ;

II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto no inciso XII do


§ 1o deste artigo;

III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL;

IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, observado o


disposto no inciso XII do § 1o deste artigo;

V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do § 1o deste


artigo;

VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a cargo da


pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei no 8.212, de 2Ë de julho de 1991, exceto
no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dedique às
atividades de prestação de serviços referidas no § 5o-C do art. 18 desta Lei
Complementar;

VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre


Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
- ICMS;

VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.

§ 1o O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes


impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em
relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:
2o

I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou


Valores Mobiliários - IOF;

II - Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros - II;

III - Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou


Nacionalizados - IE;

IV - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR;

V - Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em


aplicações de renda fixa ou variável;

VI - Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do


ativo permanente;

VII - Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de


Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF;

VIII - Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;

IX - Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador;

X - Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na


qualidade de contribuinte individual;

XI - Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa


jurídica a pessoas físicas;

XII - Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na importação de bens e


serviços;

XIII - ICMS devido:

a) nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária;

b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação estadual
ou distrital vigente;

c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive


lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia
elétrica, quando não destinados à comercialização ou industrialização;

d) por ocasião do desembaraço aduaneiro;

e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada d e


documento fiscal;

f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal;

g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do


recolhimento do imposto, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal:

1. com encerramento da tributação, observado o disposto no inciso IV do § Ëo do art.


18 desta Lei Complementar;

2. sem encerramento da tributação, hipótese em que será cobrada a diferença entre a


alíquota interna e a interestadual, sendo vedada a agregação de qualque r valor;

h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou mercadorias, não


sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à diferença
entre a alíquota interna e a interestadual;

XIV - ISS devido:

a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte;

b) na importação de serviços;

XV - demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos


Municípios, não relacionados nos incisos anteriores.

§ 2o Observada a legislação aplicável, a incidência do imposto de renda na fonte, na


hipótese do inciso V do § 1o deste artigo, será definitiva.

§ oo As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional


ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela União,
inclusive as contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação
profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 2Ë0 da Constituição
Federal, e demais entidades de serviço social autônomo.

§ Ëo (VETADO).

§ 5o A diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que tratam as alíneas g e


h do inciso XIII do § 1o deste artigo será calculada tomando -se por base as alíquotas
aplicáveis às pessoas jurídicas não optantes pelo Simples Nacional.

§ öo O Comitê Gestor do Simples Nacional:

I - disciplinará a forma e as condições em que será atribuída à microempresa ou


empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional a qualidade de substituta
tributária; e

II - poderá disciplinar a forma e as condições em que será estabelecido o regime de


antecipação do ICMS previsto na alínea g do inciso XIII do § 1o deste artigo.

   Ê Ê Ê 

Começa no art. 11Ë2 e vai até o 11Ë9 do C.C.


25

Art. 1.1Ë2. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para


exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.

Art. 1.1Ëo. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios


jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam c ompatíveis com a sua natureza.

Art. 1.1ËË. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento
do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à
margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público
de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.

Art. 1.1Ë5. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a
eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os
credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a
partir de sua notificação.

Art. 1.1Ëö. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos


anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o
devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos
créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

Art. 1.1Ë7. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não


pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.

Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a


proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.

Art. 1.1Ë8. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do


adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não
tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a
contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a
responsabilidade do alienante.

Art. 1.1Ë9. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá


efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da
transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.

Sociedade é a reunião de pessoas em que temos um contrato social e temos um objeto


(fabricação de cadeiras, por exemplo). Objetivo: lucro.

NIRE: número da empresa na junta comercial.

A impressão digital da empresa é o CNPJ (cadastro nacional de pessoa jurídica). Se o


CNPJ permanecer o mesmo, pode mudar os sócios, pode mudar o objeto, mas será a
mesma empresa.

Pode haver prejuízo fiscal ao adequar a contabilidade à contabilidade do fisco.

O que o registro dá é a personalidade jurídica e não a existência.


O estabelecimento comercial, apesar de não ter personalidade jurídica própria, é um


ente de direito (não é a sociedade, nem a empresa).

Há a sociedade (representada pelo contrato social), há a em presa (conjunto dos


fatores de produção) e tem-se o estabelecimento comercial ou, hoje, estabelecimento
empresarial.

O estabelecimento é o conjunto de bens materiais e imateriais de uma empresa.


Materiais: móveis e imóveis.

Imateriais: marca.

Estabelecimento é diferente do ponto comercial, pois o ponto comercial é um local


físico onde está estabelecida a empresa.

O estabelecimento é o conjunto de coisas que faz rodar a empresa.

O endereço não tem nada a ver com o estabelecimento, os seus sócios também não. O
estabelecimento é a alma da empresa (o que faz ela rodar) D carteira de clientes,
máquinas, etc etc.

Pode-se vender só o estabelecimento sem a sociedade, pois o estabelecimento é


sujeito de direitos.

Pode comprar só as máquinas, a carteira de clientes, os caminhões D a venda de


estabelecimento é chamada de trespasse (é a venda do estabelecimento comercial).

Digamos que essa empresa tenha um imóvel em Atlântida, quando ela vender o
estabelecimento a casa vai junto? Não, pois os estabelecimentos são os bens materiais
e imateriais vinculado à atividade-fim da empresa.

09 de setembro de 2010.
27

Sociedade Comercial

Empresa (fatores de produção)

Estabelecimento
comercial

Ponto comercial é o endereço da sede ou das filiais.

O estabelecimento é a reunião dos bens materiais e imateriais da empresa. Um


exemplo de bem imaterial seria a marca, a patente e a clientela D isso é uma
universalidade e é objeto de direito.

O estabelecimento é a operação em si.

Sendo uma universalidade objeto de direito, eu posso alienar só o estabelecimento.

Ex: João, José e Marcos são sócios D se venderem apenas o estabelecimento


empresarial para outra sociedade não tem problema.

Essa figura do estabelecimento comercial existe para se alguém quiser comprar só a


operação. Ex: empresa 1 é produtora de bombons. Empresa 2 compra só a produção (a
marca vem junto), mas eles não querem outros compromissos além da marca e da
produção, ou seja, não querem passivo ocu lto.

A sede é o domicílio fiscal da empresa. Nem sempre o principal estabelecimento é


onde está a sede. Isso acontece muito na competição pelo ISS.

Vai estabelecer no contrato social que tem uma filial não sei onde. Pode vender só o
estabelecimento, ficam os pontos.

Se a P.J. estiver reunindo os fatores de produção, há uma empresa funcionando


organizadamente e regularmente (CNPJ registrado) pela sociedade. Se vender o
estabelecimento comercial terá uma sociedade oca.
28

O direito comercial tem por objeto criar hipóteses legais para que o mercado funcione
da melhor maneira possível, protegendo interesses de consumidores, de
empreendedores. É feita para que negócios atípicos possam ocorrer através da
criatividade de empresários e depois possam ser regulados.

Ninguém cria uma lei se não houver uma demanda da sociedade.

O estabelecimento comercial também é chamado de fundo de comércio.

Good Will D é o fundo de comércio, que envolve principalmente referente à clientela a


possibilidade de faturamento futuro.

Pode-se comprar o estabelecimento comercial sem o ponto comercial.

Há proteção contra o restabelecimento D hipótese em que um livreiro conhecidíssimo


vende um estabelecimento e abre outra do lado. Há um prazo para isso. Claro que há
uma lógica geográfica, porque senão haveria uma competência desleal.

Hoje há uma internacionalização do direito comercial.

Fábio Ulhoa Coelho faz uma comparação entre azienda (fundo comercial/ fundo de
empresa) e estabelecimento (seria a capacidade de geração de lucro) D contudo, a
maior parte da doutrina não faz essa separação.

Sede estatutária nem sempre é o principal estabelecimento.

Uns diziam que estabelecimento teria personalidade jurídica D hoje é pacífico que só a
sociedade tem personalidade jurídica. O estabelecimento é uma universalidade objeto
de direito.

A partir do 11Ë2 vem a definição legal:

TÍTULO III

Do Estabelecimento

CAPÍTULO ÚNICO

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1.1Ë2. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para


exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.

Art. 1.1Ëo. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios


jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza .

Art. 1.1ËË. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento
do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à
margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público
de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
29

Arts. 89, 90 e 91 do CC D discussão da doutrina para saber se essa universalidade


(reunião que figura um todo único) é de fato ou se é um sujeito de direito.

Seção V

Dos Bens Singulares e Coletivos

Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si,
independentemente dos demais.

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que,


pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. A reunião desses bens é
utilizada para a mesma atividade-fim.

Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de
relações jurídicas próprias. Em que pese não considerar essa universalidade de direito,
pois não tem personalidade jurídica, está dito aqui que tem universalidade de fato D se
eu tirar alguns deles não tenho como rodar a operação.

Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma


pessoa, dotadas de valor econômico. Uma parte da doutrina diz que é uma
universalidade de direito. Em que pese o adquirente se sub-rogar em uma série de
obrigação, isso é uma conseqüência. Pois o cara que está comprando o
estabelecimento não está comprando as obrigações jurídicas que estão com aquela
sociedade.

Ainda que reunidos os bens, eles são considerados singularmente e não como um
todo.

A maioria considera ser universalidade de fato.

O direito confere a essa reunião um conceito de universalidade (um todo único) que
pode ser objeto de direito (negócios jurídicos).

     é o rótulo do estabelecimento. Não é o mesmo que a


marca.

A empresa, por si só, reúne os fatores de produção.

O título do estabelecimento é diferente da marca. Ex: sonho de valsa é uma marca.

O título do estabelecimento pode coin cidir com uma das marcas, mas na verdade ele
serve para identificar um estabelecimento (é o que está na fachada), é também
conhecido como nome-fantasia.

A proteção se dá em nome da concorrência leal (para evitar a concorrência desleal).


Não está na propriedade industrial a questão do título do estabelecimento.
o0

Essa alienação do estabelecimento comercial é também chamada de venda/cessão do


estabelecimento comercial ou fundo de comércio. É também chamada de trespasse.

A eficácia dessa alienação está condicionada a algumas regras (11Ë5).

Art. 1.1Ë5. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a
eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os
credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a
partir de sua notificação. No silêncio está feito o negócio (o0 dias)

Art. 1.1Ëö. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos


anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o
devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos
créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. É a
questão da sub-rogação das obrigações referentes ao estabelecimento

Responsabilidade com os for necedores D do que tiver contabilizado, consegue-se


avaliar através de auditorias.

Due dilligence D entra uma auditoria para ver as obrigações, valores, etc, etc.

Figura da provisão D deve-se separar valores para fazer frente às situações em que
minha perda é provável.

Passivos ocultos muitas vezes não conseguimos encontrar (ex: tributário). Contudo
terão ação de regresso contra a propriedade, pois não terão quantificado isso.

Há uma série de regras com sucessão nas obrigações.

Art. 1.1Ë7. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não


pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.

Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a


proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.

Art. 1.1Ë8. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do


adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não
tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a
contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a
responsabilidade do alienante. As obrigações personalíssimas não são transmitidas.

Essas obrigações em que o adquirente vai se sub-rogar, evidentemente que a norma se


refere às obrigações contabilizadas (que eu tive oportunidade de enxergar quando eu
fiz o negócio).

Se não estava contabilizado eu tenho ação de regresso.

A venda do estabelecimento não precisa ser da totalidade, podem ser ressalvados


determinados débitos ou créditos.

A dívida com uns não serão transmitidas. A responsabilidade do alienante permanece


solidariamente por um ano sobre todas essas obrigações D é o que diz o art. 11Ëö, CC.
o1

Art. 1.1Ë9. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá


efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da
transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.

Arts. 10 e ËË8 D dão suporte ao trabalhador em razão dos dois.

Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos


adquiridos por seus empregados.

Art. ËË8 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não


afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.

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Adquirente responde:

D‘ Integralmente: se o alienante cessar a atividade empresarial.


D‘ Subsidiariamente: se o alienante prosseguir ou reiniciar qualquer atividade
empresarial.

No primeiro caso, o fisco não vai ficar sem o seu dinheiro se a operação vai continuar.
A pessoa que está adquirindo deve saber dessa possibilidade.

No segundo caso, o que importa para o Fisco é que alguém pague. Se não conseguir
cobrar dos vendedores, pedirá ao adquirente.

É muito comum nos contratos de venda de fundo de comércio se estabelecer um prazo


de cinco anos para a responsabilidade do alienante por passivos ocultos, que inclusive
é o prazo prescricional das obrigações tributárias. Contratualmente se estabelece que
o alienante fica responsável por passivos ocultos ou previamente designados.

Há situações em que o cara que está vendendo fica responsável, mas se for autuado,
tem 5 dias para comunicar o alienante que foi atuado, para que o alienante possa
saber o tipo de defesa que fará.

Enunciados D são os estudos que a justiça faz para interpretar o direito comercial.

O CEJ 2oË interpreta o art. 11Ë8 dizendo que quando do trespasse, o contrato de
locação não se transmite automaticamente ao adquirente.

Esse contrato de locação não se transmitiria automaticamente (do ponto comercial). O


professor não concorda com esse enunciado em virtude do princípio da preservação
da empresa.
o2

Para o professor, se transmite automaticamente, mas o locador, alegando prejuízo,


poderá rescindir.

Ex: se o adquirente não tem as garantias.

Scrow Account D quando há uma compra, fusão durante a due dilligence, deposita o
valor incontroverso em uma conta conjunta. Isso serve para apressar determinado
negócio.

Como fica quem adquire o estabelecimento em falência?

Tem um leilão e vai lá e compra no leilão judicial. Quais as obrigações que são
transferidas? Nenhuma, porque as alienações judiciais são consideradas aquisição
originária, e como nunca tivesse existido nenhum proprietário.

A lei estabelece que o adquirente que adquiriu em qualquer leilão judicial e não
somente na falência, o estabelecimento vem clean (sem nada).

Art. 1Ë0 e 1Ë1 da Lei de Falências D exceção D se o falido for parente até Ë grau ou
agente do falido.

  é o cara que vende e volta a empresariar no mesmo ramo. Está
previsto no art. 11Ë7 do C.C. No silêncio do contrato, o alienante do estabelecimento
não pode fazer concorrência ao adquirente nos 5 anos após. No caso de arrendamento
ou locação será durante o prazo do contrato.

Apesar de não estar previsto no artigo, devemos pensar na questão territorial D ex:
não haveria problema de açougue em outra cidade.

A lei deixa a critério das partes, ela só se aplica no silêncio do contrato. Pode colocar
prazo de 10 anos. 50 pode? Para sempre pode? Daí já seria muito tempo. A análise é
casuística. Deve-se analisar se não se ofenderia o princípio constitucional da livre
iniciativa, daí seria cláusula abusiva.

-

Se eu faço contrato de locação com outra pessoa física, é um contrato de direito civil.
Se eu alugar para uma empresa, é um contrato comercial.

Assim, o mesmo contrato típico vai depender e terá proteções específicas para o caso
de haver ou não uma empresa.
oo

A ação renovatória é uma ação para compelir o locador a renovar a locação D chega no
limite da ofensa do direito de propriedade. Contudo, para que isso possa funcionar,
deve haver o preenchimento de certos requisitos. Lei de locações 82Ë5 (art. 51 e SS.)

D‘ O contrato deve ser por prazo determinado.


D‘ O prazo deve ser de 5 anos ou mais ou a soma de dois ou mais contratos
ininterruptos tem que ser igual a 5 anos.
D‘ O locatário deve estar na exploração do mesmo negócio há o anos ou mais.
D‘ Esta ação deve ser ajuizada entre o Ë ano e o Ë ano e meio antes do término
da locação.

Ex: a locação é de 5 anos. No interregno entre o Ë ano e o Ë ano e meio é que se


pode propor essa ação (são ö meses).

O locador não está obrigado a renovar se:

D‘ Tiver que realizar no imóvel obras significativas ou que aumentem o seu valor.
D‘ Pode pedir também para uso próprio D se a locação não envolvia ponto
comercial, se eu for para lá eu não posso me estabelecer no ramo do cara em
virtude da clientela.
D‘ Para transferir sua empresa para lá D o locador tem uma empresa em outro
local D para transferir para lá empresa sua existente há mais de um ano quando
o locador, cônjuge, descendente ou ascendente detiver a maioria do capital da
empresa a ser instalada e que não poderá ser do mesmo ramo da do locatário.
D‘ Se ele tiver uma proposta de um terceiro para locar em condições melhores.

Uma cláusula que vale também tanto para o estabelecimento quanto para a sociedade
vendida D se o locador vende esse imóvel, o novo proprietár io não vai estar obrigado a
respeitar a locação se o contrato de 5 anos não tiver uma cláusula que diga que em
caso de venda, o locador deverá respeitar a locação (também deve estar registrado no
registro de imóveis).

1ö de setembro de 2010.

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2
 




Art. 1155 do CC.

Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de


conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.

Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei,


a denominação das sociedades simples, associações e fundações.

Nome empresarial é o nome da sociedade que está na junta comercial ou no registro


civil. Não tem a ver com o título do estabelecimento (=nome fantasia), nem com a
marca ou produto.

O nome empresarial pode ser firma ou denominação social.

Não seria comercial colocar o nome da sociedade no estabelecimento.

O nome que registramos pode ser firma ou denominação social dependendo do que a
gente quiser ou do tipo societário.

Art. 115ö: isso é aplicado para as normas gerais. As normas das sociedades simples são
normas gerais do direito de empresa.

Art. 1.15ö. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou
abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do
gênero de atividade.

Razão social é um nome empresarial.

Quando é firma e quando é denominação so cial?

A sociedade simples e a sociedade limitada podem ter firma. A sociedade anônima só


pode ter denominação social.

Na denominação social constará sempre o objeto.

Gerdau S/A é o título do estabelecimento.

A firma tem o nome dos sócios, pois significa o nome de uma sociedade e a sua
assinatura D reconhecimento de firma.

Hoje se reconhece a firma dos sócios, se ele representa ou não, deverá se analisar o
contrato social.

Normalmente será a firma que os sócios usam.

Quem precisa ter firma empresarial? A firma não precisa ter o objeto (ex: Milton Terra
Machado Limitada).
o5

Art. 1157: há separação entre os bens da pessoa física e os bens da pessoa jurídica.
Criou-se uma ficção jurídica (pessoa jurídica). As pessoas podem se reunir em
sociedade e conjugar esforços e capital para gerar riquezas, para produzir coisas.

Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará


sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá -
la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.

Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações


contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da
sociedade de que trata este artigo.

Se for denominação tem que ter o objeto. Ex: Milton Terra Machado Cadeiras.

Normalmente o nome da sociedade é um nome comprido. O nome do


estabelecimento é diferente.

O nome empresarial tem uma proteção por estado D são estaduais essas garantias.

Se eu quiser proteger meu nome em outro estado, devo entrar com um registro lá, ou
com uma sociedade nova ou uma filial com esse nome empresarial D ninguém mais
poderá registrar com nome igual ou parecido no mesmo ramo .

O título do estabelecimento é conhecido vulgarmente como ͞nome fantasia͟.

A patente é do produto mas não é comercial, não é o que eu uso para vender.

Podemos ter um nome da sociedade, outro para o nome fantasia, vários produtos com
marca registrada e patente,

Quem tem que ter firma? Sociedade simples e limitada (pode ter firma ou
denominação).

Se não tiver escrito limitada ou ltda no nome, mesmo que estiver registrada como tal,
responderá ilimitadamente.

A sociedade de responsabilidade ilimitada sempre terá firma social para saber quem
vou processar.

O registro é do contrato social ou do estatuto social. A S/A não tem contrato social,
mas estatuto social (é uma sociedade estatutária, onde há a affectio societatis).

Toda vez que tiver o nome do sócio e do objeto, ou uma sociedade anônima que só
pode ter denominação social, só terá o objeto.

Na S/A não interessa quem é o sócio, importa o seu capital.

Na sociedade estatutária o estatuto não muda em relação aos sócios, porque são
ações.

Tem-se proteção para que o nome empresarial seja firma ou denominação, ninguém
registra no mesmo estado. Título de estabelecimento não tem proteção da lei. Para

haver proteção, deve-se registrar a sociedade e dizer que irá girar sob o nome fantasia
tal.

Art. 1.1öo. O nome de empresário deve distinguir -se de qualquer outro já inscrito no
mesmo registro.

Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá


acrescentar designação que o distinga.

Há o empresário individual e a empresa. Se falar empresário, abarca os dois. Quando


fala em empresário é tanto o empresário individual quanto a empresa.

Eu posso vender a sociedade, posso vender o estabelecimento, mas não posso vender,
segundo o 11öË, o nome empresarial.

1.1öË. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.

Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o


contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a
qualificação de sucessor.

Deve-se proteger o empresário e o consumidor (também o fornecedor).

Pode-se trocar os sócios, o objeto, a sede, o endereço. O CNPJ é a impressão digital da


empresa.

Não pode vender o nome para não confundir o consumidor D não pode enganar a
pessoa com a qual tu contratas.

Nome empresarial, título do estabelecimento ou marca D devemos fazer um raciocínio


para ver se isso irá confundir o consumidor.

O nome até pode ser vendido, desde que venda tudo.

O D.Com não existe para proteger o empresário ou a empresa. Ele existe para proteger
o mercado.

No caso de uma limitada, se não houver essa indicação ou a sua abreviatura, mesmo
que esteja lá no registro, passa a responder ilimitadamente. Deve-se divulgar que é
limitada.

É obrigatória a rubrica de advogado.

Sociedade anônima é sempre denominação social.

Se for uma sociedade anônima, no registro conta o objeto. Tudo isso existe para a
proteção de quem contrata com alguma empresa. De quem contrata com a sociedade.

A firma é como eu firmo a representação da sociedade. É a assinatura quanto


empresário.
o7

Colocar o nome do estabelecimento no contrato social é só para fixar a data que


comecei a usar o nome-fantasia.

Se copio o nome fantasia, quero ficar com os clientes D concorrência desleal.

A S/A pode ter na frente sociedade anônima Cia Rio-grandense siderúrgica, pode estar
no final, pode ser por extenso, abreviado, mas tem qu e dizer. Quando está escrito Cia
no início do nome é uma S/A sempre. Já Milton Terra Machado Cia Limitada, é uma
limitada e não uma S/A.

Muito pouca coisa no direito brasileiro é imprescritível, uma delas é o nome


empresarial copiado. Pode ter feito há o0 anos atrás, que pode ingressar com a ação
judicial.

É imprescritível porque a idéia não é proteger a empresa ou o mercado, mas o


consumidor.

Art. 11ö7, CC:

Art. 1.1ö7. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a inscrição do
nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato.

 

  Ê* 

É vulgarmente chamado de marcas e patentes, que é uma acepção que não se usa
mais.

Patente divide-se em invenção e modelo de utilidade.

Essas questões que estão protegidas pela lei, fora o título do estabelecimento que é
protegido pela concorrência desleal.

Começa no art. 5 , XXIX da CF D assegura privilégio temporário para a sua utilização.

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para
sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas,
aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social
e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

Convenção de Paris de 188o: superada pela TRIS, legislação da OMC (que tem um
tribunal) e acordos bilaterais que os países fazem entre si.

Tudo hoje é regulado pela OMC, que tem um tribunal arbitral que aplica sanções
comerciais.

Brasil X EUA.
o8

No Brasil, tudo isso é regulado pela Lei 5öË8, que criou o INPI (autarquia federal) e a lei
da propriedade industrial que então estabelece o que é uma invenção, o que é modelo
de utilidade, uma marca, um desenho industrial, crimes.

Invenção é algo novo que tenha resultado de atividade inventiva e tenha aplicação
industrial. Só assim, será registrada no INPI e protegida.

Há duas coisas patentiáveis: invenção (algo  decorrente de    D


nos resolvemos criar, não achamos na natureza algo novo, deve ter 
 ) e modelo de utilidade (não é algo novo, pego uma coisa que já existe e
  D esta melhora não existe ainda, eu posso patenteá-la).

Ex: criação de um novo tipo de motor D modelo de utilidade.

Para patentear, deve-se descrever minuciosamente. O INPI faz uma pesquisa.

Quebrar patente é fabricar algo durante o prazo protegido.

Há casos em que a lei autoriza uma licença compulsória.

Modelo de utilidade D objeto de uso prático ou parte dele que melhore... (ver conceito
no esquema).

Art. 10 da Lei 9279 D não se pode registrar obra literária como patente ou invenção,
há outro tipo que é direito autoral. Há outros exemplos, tais como softwares, teses
jurídicas.

Existe uma coisa que possibilitará eu patentear alguma coisa, ainda que tenha todos os
requisitos, que vai atingir o estado da técnica (até onde se conhece aquilo que está se
querendo patentear D existe um prazo que o INPI fará uma identificação que, em pese
não registrado, é de conhecimento comum 12 meses antes. Se ninguém registrou, mas
todo mundo já usa, já está compreendido no estado da técnica. Aí não pode patentear.

Vigência da Patente:

Invenção: 20 anos.

Modelo de utilidade 15 anos.

Licença compulsória: eu tenho a patente, registrei o produto, mas nunca fabriquei. A


aplicação industrial deve ser na prática também. O INPI licencia alguém na marra para
fabricar isso aqui D há um prazo que o outro vai fabricar e eu terei um prazo para
começar a fabricar.

Não fabricar pode até ser abuso do poder econômico.


o9

Não fabricar pode ser também colocar um lucro de 500% por cima em um produto
essencial (lucro arbitrário).

Não perde a patente se não está fabricando ou está insatisfatoriamente. Brasil precisa
de 1 milhão e fabrica 100 mil. Dá licença para outros fabricantes fabricarem por um
prazo dentro do qual o detentos da patente tem que começar a fabricar
satisfatoriamente, Se conseguir, os outros ficam proibidos de fabricar novamente,

Se não for corrigido o problema após a licença compulsória, perde a patente.

Empregado inventor D departamento de invenções inventa e não vai ter direito a nada.
Se faz parte do trabalho do empregado não tem direito a nada.

Se não fazia parte do trabalho e inventou, meio a meio.

Se o empregado inventou em casa D não usou material da empresa, não o fez em


horário de expediente, a patente é do empregado.

A prova vai até aqui.

São o questões objetiva e 2 dissertativas.

Ex: o que é estado da técnica?

Consulta à legislação.

!

07 de outubro de 2010.

Extinção da Patente D quando ela ocorre há a conversão em domínio público.

Depois dos 20 anos, ele poderá explorar, mas o mercado também poderá explorar.

Ocorre também pela renúncia.

Pela caducidade D não explora ou é notificado para explorar e não explora.

Falta de registro ou da anualidade.

Estrangeiros sem procuração no país D se o dono da patente for estrangeiro.

Licença compulsória D se ele não explora ou explora a patente de maneira suficiente. O


INPI dá a outras fábricas a patente para fabricar por 2 anos ʹ> se em 2 anos não for
corrigido, exclui a patente.
Ë0

A questão do empregado inventor D se o empregado tem por função descoberta, a


patente pertence totalmente ao empregador.

Se o empregado inventou durante o horário de expediente, com material da empresa,


mas não era a função dele D a patente pertence a ambos.

Se inventar fora do âmbito da empresa, a patente é dele.

Art. 88 ao 9o.

Desenho industrial D arts. 95 e SS.

Vigência: 10 anos prorrogáveis por mais o períodos de 5 anos cada.

Só é considerado novo se não conhecido pelo estado da técnica (estado de


conhecimento público daquilo que o cidadão pretende patentear).

Marcas: sinais distintivos visualmente perceptíveis. Esses sinais distintivos podem ser o
nome ou desenho ou ambos.

A marca pode ser só o nome Burger King, como pode ser uma marca mista (com o
desenho junto). Se usar o mesmo desenho, escrito Milton Burger D resolução pela
ótica do consumidor D será analisado se esta marca pode confundir o consumidor D se
confundir o consumidor, será considerado uma concorrência desleal.

ISO 9001 D é uma marca de uma certificadora de qualidade de produtos.

Coletiva D indica produtos ou serviços de determinada entidade D brinquedos estrela D


vários brinquedos diferentes com a mesma marca.

Medalha, bandeira... D não são registráveis sinais comuns. Ex: não pode registrar a
palavra hardware.

Algarismos: não podem ser registrados D a grafia dos algarismos com um desenho
pode ser registrada.

Marcas de alto renome D registrar um doce com nome coca-cola.

Um cara usa uma determinada marca, tem como provar isso, e alguém vai lá e
deposita essa marca. Quando há o depósito,

Comércio Eletrônico
Ë1

B2B

B2C

C2C

Quando falamos em taxa, é pela utilização de um serviço governamental.

Já há uma Medida Provisória que ela estabelece a veracidade (NORMATIZANDO-A)


para os documentos gerados na internet, porém com uma certificação, desde que haja
a certificação digital. Isso é um progresso, mas ela vincula a questão da chave pública.

Preposto D é quem pratica negócio empresarial por designação para um ou alguns atos
determinados. A obrigação é personalíssima.

Gerente D é o preposto permanente com vínculo empregatício. Se há um gerente, pelo


princípio da aparência ele pode ser citado, mesmo que não diga isso.

Em atos que não sejam decorrentes da atividade normal de gerência, precisará de


procuração específica.

Havendo mais de um gerente e não havendo estipulação em contrário, eles serão


solidários.

Art. 117o e § único D dá margem a duas interpretações. Quando se trata de


responsabilidade, a interpretação deve ser restrita D seria solidário só os poderes. Mas
pode ser sustentando que as outras coisas também são solidárias.

Se não houver registro na junta comercial de instrumento de outorga de poderes D se


exceder, só será válido se o o tinha conhecimento da limitação.

No ato de nomeação do gerente, deve estar especificado, quais os poderes que são
cometidos a ele, inclusive por precaução na junta comercial, inclusive os atos
constitutivos.

Na junta comercial não diz nada, mas o cara assina cheques, contratos e vende um
imóvel D não tinha poderes para vender um imóvel, mas não falava nada na junta
comercial D teoria da aparência: assinava cheque, assinava contratos.

Os atos praticados pelo gerente com excesso obriga a sociedade, que terá direito de
regresso contra este.

O sócio no desempenho da administração não é considerado gerente. Sócio é


administrador ou diretor, mas não gerente.

Essa questão dos atos de gerência com excesso ou sem excesso D teoria ultra vires (a
responsabilidade, no caso de excesso do gerente, obriga a sociedade).
Ë2

Contabilista D a escrituração feita pelo contabilista tem como feita pelo próprio
empresário.

A empresa está sempre comprometida, em razão dos números que estão ali.

Se foi por um ato culposo, ou seja, foi sem querer, o contabilista responderá perante a
empresa só (incorreu no mal practices).

Se foi doloso, o contabilista responde perante a emp resa e direto perante o terceiro,
ou seja, o caso, por exemplo, tributário (sonegação).

Participação nos lucros D C.F. D é uma norma programática (é um princípio/ é um


conselho de uma linha a seguir pela legislação).

Lei 10.101 D fala justamente isso.

Ê   pegar o caderno de alguém.

    D as características pessoais dos sócios D não importa o capital D


não é o dinheiro que une os sócios. Ex clássico: sociedade de advogados.

O que move a sociedade são as características pessoais dos sócios.

Normalmente as sociedades simples que empregam mão de obra são sociedades de


pessoas.

As limitadas também D na sociedade limitada, normalmente o motivo dessa associação


é a confiança que um sócio tem pelo outro.

Mesmos essas sociedades que classicamente são sociedades de pessoas, há exceções.


Essa exceção vai ocorrer quando em razão, por exemplo, de um crescimento vertinoso
de pessoas.

No momento em que aceitarem um sócio só pelo capital, faticamente deixou de ser


uma sociedade de pessoas.

Uma outra situação em que mesmo sendo simples ou limitada, ela não é uma
sociedade de pessoas: se no contrato social a cláusula de exceção de cotas rezar que é
livre a cessão de cotas.

Se quem é não importa, não é uma sociedade de pesso as. Se o capital é quem importa,
não é uma sociedade de pessoas D é uma situação de exceção.

A      é, por exemplo, é uma sociedade anônima D o quem não


interessa. Ainda que há só dois acionistas, o quem não importa. É uma sociedade
estatutária.
Ëo

O cidadão quando vende uma ação, ele não descapitalizou a empresa. Contudo isso
pode ocorrer: se o cidadão não conseguir ninguém que compre e quiser ir embora D
verifica-se em juízo quanto vale D o cara vai embora com o dinheiro (patrimônio),
qualquer coisa D o cara sai com o capital dele dentro da empresa D isso é na limitada.
Isso é a chamada dissolução parcial da sociedade D isso na sociedade limitada ou
simples. As sociedades de pessoas aceitam a dissolução parcial.

As anônimas em casos muito específicos admitem a dissolução parcial.

Sociedade de pessoas D se dificulta a entrada, mas facilita a saída (se não houve acordo
eu saio com o meu capital social).

Sociedade de capital D facilita-se a entrada mas dificulta a saída (alguém tem que
comprar). A affectio societatis não é relevante D o vínculo é estatutário, institucional.

Discussão D S.A. de capital fechado (não tem negociação em bolsa) D são sociedades de
pessoas e podem ser dissolvidas parcialmente.

Quanto às responsabilidades dos sócios.

Simples e em nome coletivo D responsabilidade ilimitada.

Sociedade de responsabilidade mista D parte dos sócios é ilimitada e parte e limitada.

Sociedade de responsabilidade LTDA e S.A. D são de resp. limitada.

Tipos societárias: típicas do C.C. D pode-se criar uma sociedade atípica: que não esteja
tipicamente no C.C. D não podemos contrariar regras de nenhuma delas, mas podemos
misturar.

No D.E. a lei sempre vei a reboque da sociedade D primeiro se cria e depois se regula.

21 de outubro de 2010.


 Ê$

Há as sociedades típicas previstas expressamente pelo CC D é o que está previsto em


lei.

Atípico: o que não está previsto em lei.

Nada impede que façamos uma sociedade de cunho misto, desde que não
contrariamos as normas da lei.

c‘    


ËË

Art 991 e ss. É considerada mais como um investimento. A doutrina entende que é um
investimento comum, pois ela não tem personalidade jurídica, não tem CNPJ e não vai
a registro.

É um contrato entre duas ou mais pessoas em que teremos um contrato com fins
econômicos.

Há um Sócio Ostensivo e um Sócio Oculto D só que aparece perante terceiros é o sócio


ostensivo.

A remuneração estará vinculada à performance do contrato.

Sócio oculto: Não é sócio regulado, não tem responsabilidade perante terceiros.

Uma PJ pode ter sociedade em conta de participação com outras empresas, com
pessoas físicas, etc. Às vezes mercadologicamente o negócio é incompatível e daí faz
isso.

Dos lucros que o sócio ostensivo tiver uma parte vai para o sócio oculto.

O sócio oculto é o sócio do sócio. Assim, não se tem qualquer responsabilidade com
terceiros.

Ela não tem nem firma nem dominação sociais. Não terá nenhuma responsabilização
perante terceiros. Só o sócio ostensivo responde.

O IR prevê expressamente e tributa como PJ esse tipo de sociedade, apesar de ela não
ter personalidade jurídica. O IR declara e admite e vai tributar como PJ.

Art. 1Ë8, 1Ë9 e 5Ë2 do RIR (Regulamento do IR).

A responsabilidade do ostensivo perante o oculto é ilimitada, salvo se o contrário f or


estipulado em contrato.

Sócio oculto para se manter na responsabilidade, ele não pode se manter. Se ele
parecer, se caracterizaria uma sociedade comum.

‘   art. 10o9 e SS.

Ninguém usa essa espécie de sociedade.

É uma sociedade de somente pessoas físicas em que a resp. é ilimitada entre todos os
sócios.

Possui firma social e a administração só pode ser feita pelos sócios e o uso da firma por
eles. Não pode haver penhora de quota individual. O que será penhorado são os bens
do sócio e não da quota.
Ë5

Se os bens da empresa não forem suficientes, os bens dos sócios estarão a mercê.
Quando eu contrato com alguém que é sócio de uma sociedade em nome coletivo eu
sei que estou contratando com alguém que tem seus bens expostos, pois a
responsabilidade é ilimitada.

Se uma dívida particular de um sócio for cobrada através da penhora da quota,


teríamos a possibilidade de um de fora se tornar sócio D indo a leilão a quota, será
vendida a quota e as pessoas que contrataram com essa empresa vão ver a fonte de
eventual cobrança de obrigação ser diminuída.

Responsabilidade solidária e ilimitada.

Potenciais credores D quando eu avalio eu vejo o capital da empresa mais o dos sócios.

Se um dos sócios tem uma dívida pessoal e um dos bens pessoais dele é essa quota D
se ainda assim ele não me pegasse eu ira penhorar essa quota D não poderei adjudicar
essa quota pois é uma sociedade de pessoas (não posso receber um sócio estranho
sem a concordância dos demais). Se eu pudesse penhorar isso, essa quota que foi
penhorada vai à leilão D eu não poderei como credor ingressar na sociedade, mas isso
é contra a regra da sociedade de pessoas D hoje a doutrina entende que pode
penhorar, mas o credor não pode adjudicar e quem adquire não pode tornar sócio.

Esse cidadão que adquire quotas penhoradas admite uma das qualidades da sociedade
ilimitada, provocando a dissolução parcial da sociedade, assim ele tem o direito de
entrar com uma dissolução parcial da sociedade e arrancar o percentual
correspondente dela.

Enunciado öo da Jornada de DC D suprimir o 10Ëo ou interpretar que só se aplica à


sociedade em nome coletivo.

o‘     10Ë5 e ss.

Há duas classes de sócios:

Os comanditados são os administradores da sociedade, responsáveis solidários e


ilimitadamente D só eles obrigam a sociedade. Só eles podem usar a firma. São os que
vão gerir a empresa.

Os comanditários são os investidores, não tem responsabilidade ilimitada, nem a


solidária D não tão sujeitos às obrigações da empresa. A responsabilidade é limitada.

É como se fosse uma sociedade de conta de participação, mas sem sócio oculto e com
personalidade jurídica.

Comanditados D o professor não vê porquê alguém vai querer responder


ilimitadamente.
Ëö

Ë‘   Ê  

Está prevista em dois lugares: CC (art. 1090 e ss) e dentro da Lei das SAs (art. 280 a
28Ë).

Se opera sob firma ou denominação social.

Só o acionista administra.

Responsabilidade subsidiária e ilimitada. No caso dos diretores é solidária.

Não há nenhuma norma que não esteja no CC.

A responsabilidade é ilimitada (os bens dos sócios estão expostos).

Entre os diretores, ela é solidária. Dos diretores eu cobro de qualquer um toda a


dívida.

Os diretores são nomeados no ESTATUTO SOCIAL (as sociedades por ação/ de capital
são estatutárias e não contratuais). Não há o vínculo pessoal entre os sócios e a saída e
a entrada é livre mediante a venda dessas ações.

Para a venda não precisa da concordância dos demais sócios.

Se o acionista for nomeado como diretor no estatuto é um ato bastante formal, daí só
2/o podem destituí-lo (não bastará maioria absoluta, tem que ser qualificada).

A AG que é o órgão máximo da sociedade não pode mudar o objeto geral sem o
consentimento dos diretores. Isso porque os diretores são responsáveis solidária e
ilimitadamente, assim a sua responsabilidade é maior do que a dos outros.

A vítima imediata aqui serão os diretores, por isso que deverão acordar.

Ô‘ Ê são sociedades por uma ordem do legislador. Pois antes não
eram sociedades típicas.

É mais uma associação do que uma sociedade. É uma conjugação dos sócios para
diminuir os custos e facilitar os negócios.

Tem a forma de sociedade simples.

No ato da constituição, ela não precisa ter capital social, basta ter serviços para o bem
comum dos cooperativados.

Ex: Mutirão para fazer casas.


Ë7

Como os negócios da cooperativa são feitos a princípio entre os cooperativados, n ão


se trabalhará com a idéia de lucro (diminui o custo dos cooperativados). Para fazer
com o s pode ter lucro.

Se ela empatar está ótimo.

Num negócio normal: matéria prima D produto D venda. Há os custos + o lucro para a
subsistência dos sócios, para investir no negócio, etc, etc. Se o custo for 10 + 5 de
lucro. O vendedor põe mais os custos + os lucros e vende por o0.

Na cooperativa: ex: sicredi: empresta com um custo menor, na próxima fase não tem
necessidade de lucro, o cidadão que aplica no SICREDI cons eguirá uma taxa menor. Se
elimino a parcela de lucro eu posso pagar mais.

Toda vez que tenho um intermediário com necessidade de lucro ele vende por um
valor a maior.

Assim, a cooperativa é um intermediário bonzinho. Até quando sobra alguma coisa


não se chama lucro, mas sobras, que podem investir de novo ou ficar entre os
cooperativados.

O voto é por cabeça, não importa a porcentagem. A diferença estará na vantagem do


número de negócios que poderá fazer com a cooperativa.

57öË/71 D Lei das cooperativas

CC: 109o a 109ö.

Ato cooperativo D não são tributados pelo IR nos atos entre os cooperativados.
Antigamente, sequer era tributada por PIS/COFINS. Hoje é.

Se exercer alguma atividade que não tem a ver com o ato cooperativo deve pagar IR D
sofre toda a tributação normal.

A princípio, a cooperativa só negocia com os cooperativados. Se fizer com terceiros,


será como outra sociedade qualquer.

Não há necessidade ter um capital social.

A cooperativa pode ser constituída por um e statuto (o objetivo dos cooperativados e


ter cada vez mais cooperativados para ter cada vez mais negócios).

Normalmente o estatuto preverá um limite de quotas dos associados.

As deliberações da cooperativa não serão tomadas por participação no capital soci al,
mas por cabeça. Assim, se nós temos ö sócios, o voto em assembléia será por cabeça.
Ë8

O ato cooperativado é vantajoso para todo mundo. A cooperativa não tem que ter
vantagem, ela é resultado da associação de todo mundo.

São extremamente vantajosas as operações feitas pela cooperativa.

As quotas não podem ser transferidas a outro, mesmo por herança. É uma ação atípica
D é uma sociedade estatutária que apesar de não ter pessoalidade, há essa previsão
que não pode ser transmitidas as quotas a estranhas a não ser que os outros
autorizem.

Há determinados requisitos que serão analisados.

O herdeiro ou vende as cotas dele para os demais ou faz o processo de dissolução para
levar patrimônio ou as sobras.

A distribuição do resultado é na proporção do volume do negócio.

A responsabilidade dos cooperados será limitada ou ilimitada conforme dispuser o


estatuto.

'‘     arts. 997 ao 10o8 do CC

O legislador começa as sociedades personificadas com as sociedades simples que eram


as antigas sociedades civis e usa essas sociedades como normas gerais para todo o
direito societário, à exceção das S.A.s que tem toda uma legislação.

Todos os tipos societários vistos antes, na ausência de uma norma da Sociedade


Simples, percebem serem normas gerais do direito societário brasileiro.

98ö: sociedade em comum (não registrada).

99ö: sociedade em conta e participação D aplicação subsidiária da sociedade simples.

10Ë0: mesma coisa.

10Ëö: mesma coisa.

105o: LTDA: mesma coisa.

E assim sucessivamente.

Assim, as normas das sociedades simples são consideradas as partes gerais do direito
societário brasileiro.

Características das S.S.: é uma sociedade de pessoas, ainda que um dos sócios seja
uma PJ (não há proibição que PJ seja sócia. Porém, na S.S. o princípio da affectio
societtatis é o mais marcante possível, pois normalmente a sua atividade é de
Ë9

prestação de serviços e a mão de obra de cada um dos sócios (qualificação do sócios) é


o que interessa aos demais.

Ex: sociedade de médicos e de advogados.

São as antigas sociedades civis.

O vínculo entre os sócios é o mais pessoal possível, é de admiração, de contrib uição


que poderá dar com a sua mão-de-obra pessoal D Prestação de serviços pessoais.
Normalmente são empresas de pequeno ou médio porte.

Normalmente são consideradas atividades econômicas sem empresário.

997: não se considera empresária a atividade..., salvo se o exercício da profissão


constituir elemento de empresa (é uma atividade que a pr incípio não seria empresária
mas tornou-se). Ex: o médicos para abrir uma clínica médica, que depois vira uma rede
de 15 hospitais pelo Brasil.

A partir de que ponto a a tividade intelectual passa a ser elemento de empresa?

Advogado associado: nem sócio nem empregado (é uma figura híbrida que não precisa
recolher os 20%).

São normalmente a prestação de serviços intelectuais.

A organização dos fatores de produção ficou mais importante que a atividade


intelectual dos sócios D daí a sociedade passa a ser empresária.

A sociedade simples usa obrigatoriamente denominação social (quando na razão social


está previsto qual a atividade da empresa).

Há uma figura diferente possível na S.S. que é o sócio de serviço. Só prestará serviço
para essa sociedade, sob forma de cassação dos lucros dele ou até a expulsão da
sociedade.

Ele participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas, salvo estipulação
no contrato.

D‘ A responsabilidade dos sócios de uma sociedade simples a princípio, por


característica, é ilimitada, pois a relação de confiança com o cliente é
totalmente pessoal. Entretanto o legislador voluntária ou involuntariamente
estabeleceu no art. 997 do CC, VIII dá as características do contrato social as
sociedade simples: se dispuser no contrato que os sócios não respondem pelas
obrigações sociais, se está dizendo que é uma sociedade limitada.

Enunciado ö1 das jornadas: não seria subsidiário, mas solidário. O t ermo da S.S.
deveria dizer se é solidário ou não, porque subsidiário seria sempre D a interpretação
50

sistemática pode se afastar da literalidade. Porém não é a única disposição que prevê
isso D questão da possibilidade da sociedade simples ser, apesar disso uma sociedade
limitada.

Art. 1150 do CC: trata do registro das empresas D o empresário e a sociedade


empresária vincula seu registro público das atividades mercantis D o registro civil
deverá obedecer às normas fixadas à junta. Assim, a S.S. pode adotar um dos tipos
societários outros previstos no código. Um deles pode ser de sociedade limitada.

Em que pese dever ser uma característica da sociedade simples a ilimitação da


responsabilidade, temos duas normas que permitem que se crie uma sociedade
simples limitada. Como isso vai a registro, não se está enganando a ninguém.

A S.S. não tem direito à recuperação judicial e não está sujeito à falência. O regime de
concurso de credores é o da insolvência civil, que é o regime de insolvência das PFs.
Art. 7Ë8 a 78ö do CPC.

Se adotar outro tipo societário será sociedade simples mista e não pura. Para ser pura
a resp. seria ilimitada.

O registro será feito no Registro Civil, não importando a outra forma de tipo societário.
Se for de responsabilidade limitada, exigirá também as regras da sociedade.

O art. 997 prevê os requisitos do contrato social da SS, mas em nenhum outro lugar do
código teremos os requisitos do contrato social. Assim, os requisitos dos contratos
sociais estão no 997 D CAIRÁ NA PROVA.

A S.S. usa sempre denominação social. Existem entendimentos de gente que diz que
pode usar firma social, mas isso é bem discutível perante o 997.

É possível haver o sócio de serviço D o sócio de serviço só poderá prestar serviço em


prol da sociedade. Só po derá prestar serviços para outro só com autorização, sob pena
de perder o lucro ou ser destituído.

Em razão da abertura no 998, III (da subsidiariedade ou não), é importante colocar que
os sócios não respondem subdiariamente.

Para o direito e para os contratos o que importa é essência, não importando o nome.

Modificação do contrato social D só podem ser modificadas com a concordância de


todos os sócios D isso é pela característica da sociedade.

Nesse tipo de sociedade, para que haja modificações das situaçõ es do 997, a
concordância deve ser unânime. As demais situações poderão ser decididas por
maioria absoluta dos sócios, salvo se o contrato houver manifestações diferentes (ex:
por 2/o, unânime, etc).
51

Próxima aula: direitos e obrigações dos sócios.

28 de outubro de 2010.

   - 

Arts. 1009 do CC D o sócio não pode ser substituído no exercício de suas funções nem
delegar a alguém o exercício das funções dos sócios. É claro que pode nomear um
procurador para ir em reunião de sócios.

Sociedade simples é aquela sociedade de atividades intelectuais, artística, etc.

A sociedade simples será sempre de pessoas, ainda que contenha no contrato uma
cláusula que diz ser livre a disposição das quotas, ela ainda será de pessoas, porém um
pouco mais aberta.

1002, CC.

Não pode ser substituído (contra a vontade dele). Se a maioria resolva substituir
(diferente de excluir) (ex: tais atividades não serão mais exercidas por ti), isso é
proibido.

Presença da questão da affectio societtatis D vínculo pessoal, confiança entre os


sócios. Não se pode ceder a sua quota sem a concordância dos demais sócios (precisa
ser de todos).

Até 2 anos depois de averbada a cessão das quotas, o sócio cedente responde pelos
fatos que decorram do período em que o cidadão est ava lá. Responsabilidade solidária
com o cessionário. Assim, eventuais credores poderão cobrar de qualquer um dos dois.

Por característica, a SS é de responsabilidade ilimitada. Mas há disposições que


permite que a SS adote um dos tipos societários de soci edade empresária previstos no
código.

SS D registro de pessoas jurídicas D mesmo que adote outro tipo societário, continuará
registrando lá, porém o oficial de registro deverá exigir dela os requisitos específicos
da sociedade escolhida.

A SS eram conhecidas antes do CC/02 como sociedades civis, e essas sociedades eram
de responsabilidade ilimitada, como é, por exemplo, a sociedade de advogados.

A sociedade de advogadas não pode adotar o tipo de sociedade limitada, pois a OAB
não permite a mercantilização da advocacia. Isso porque a sociedade limitada.
52

A sociedade de advogados deve ter o nome de pelo menos um dos sócios, para que o
cliente identifique com quem está tratando.

Mal practices: atos culposos de profissionais liberais.

10ËË D sócio remisso. Iremos associar com o omisso, isto é, aquele que não integraliza
parcial ou totalmente o capital com o que se comprometeu.

O sócio remisso depois de notificado pela sociedade não cumpre, poderá ter sua
participação reduzida ao já integralizado ou ser excluída.

Não é obrigado a integralizar todo o capital social na largada (pode ter um prazo ʹ ex:
um ano)

Primeiro dia da sociedade D provavelmente não precisará de todo o capital, há uma


organização. O capital social depende do tamanho da atividade que vamos realiz ar.

São cinco sócios D cada um integraliza 200.

1 ano passou-se e quatro deles integralizaram 200 e um integralizou 100. A sociedade


notifica o último para integralizar o capital com um prazo razoável para que ela
cumpra. Se não integralizar, esse 100 de capital que estão faltando pode ser colocado
por um outro sócio.

1 s: o00

o s: 200

1 s: 100

Se todos quiserem, divide os 100 entre os Ë.

Se ninguém quiser colocar, faz-se uma mudança no contrato social e se dirá que é de
900 e diz quando é de cada um.

Se o quinto não integralizou nada, será excluído e o capital ou será reduzido no


contrato social ou um ou mais sócios integralizarão.

Sócio de serviço: a SS. permite o que antigamente se chama da sócio de indústria: só


entra com a mão de obra. Só na SS existe isso. Isso porque pressupõe-se que não haja
necessidade de grande capital. A coisa fica mais na atividade pessoal do sócio. Assim, é
possível que haja um acordo entre os sócios em que um/uns entram apenas com a
atividade pessoal e não com o dinheiro.

100ö. O sócio de serviço sem a concordância dos demais não pode praticar qualquer
outra atividade.
5o

Com relação aos lucros, normalmente a sua distribuição é vinculada ao percentual que
a pessoa tem no capital social. Como o sócio de serviço não entrou com o capital, o
contrato social dirá o valor e na sua omissão será no percentual da proporção média
das quotas dos demais.

Nos contratos, deve haver um detalhamento grande acerca dessas questões.

Sociedade Leonina: está prevista no 1008 e estipula que determinado sócio não terá
direito ao lucro. É leonina porque p rivilegia muito mais uma das partes.

Com relação à administração da sociedade: é formada por regra por maioria de votos
contados a partir das quotas de cada um. Apesar da regra falar de maioria de votos,
será por capital.

Na cooperativa, o voto é por cabeça, não interessando o capital social.

Quando falamos em quotas, podemos falar no singular ͞a quota social͟.

Ex: 1 tem 25% das quotas D quota 1 voto D significa 25 votos.

A maioria absoluta é tida pela metade mais um do CAPITAL social.

A maioria simples é dos presentes e não do capital social.

Maioria qualificada é além da metade mais um.

Se um tem 50 e os outros 5 tem 10, e empata, vale o maior número de sócios.

Interesse conflitante: responde por perdas e danos se votar a favor de seu interesse e
contra a sua sociedade.

Não é só em relação ao voto, mas também a atos de gestão. Ex: comprar matéria
prima de uma empresa dele com 20% a mais D está transferindo o lucro que
pertenceria a essa empresa a outra.

Não podem ser administrador da sociedade os condenados do art. 1011 enquanto


perdurarem os efeitos da condenação.

1111 D o juiz de direito pode ser sócio, inclusive pode ter herdado quotas, o que ele
não pode ser é administrador.

Peitar é oferecer suborno.

101o D se o contrato não disser nada, todos os sócios administram. Havendo


divergência, a maioria do CAPITAL decide.

Salvo nas empresas imobiliárias, a venda e alienação dos imóveis da sociedade


depende da concordância da maioria dos sócios. Mas no caso, a maior ia é de CAPITAL.

O legislador quis dar uma solenidade na venda de imóveis para evitar que
administrador se desfaça de um bem de maior valor.

As empresas imobiliárias, por sua vez, apesar de normalmente não ser S.S., mas por
ser normas gerais, tem facilitada essa questão pois a venda de imóveis é o objeto da
empresa. Ex: construtoras.

Teoria ° tra viris: a sociedade não fica obrigada por eventual excesso do administrador
(administrador tem poderes para x, y e z e vai além desses poderes). Assim, a
sociedade não fica obrigada pelo excesso, salvo se (art. 1015 e 101ö) o ato praticado
pelo administrador estiver anotado... ?

Se está previsto no CS que não podia, se o terceiro sabia ou se era negócio estranho á
sociedade, a sociedade não irá cumprir.

Se não for nenhuma dessas três hipóteses, a sociedade irá marchar.

A teoria ultra viris do DB é limitada há três hipóteses: ou a empresa está sempre


obrigada, ou se ele não podia fazer não está obrigada. No Brasil é o meio termo: não
estará obrigada pelo excesso (operação estranha, se o ato praticado pelo
administrador estiver vedada por norma escrita e averbada no registro civil ou
provando-se que o cara que fez o negócio sabia dessa limitação).

Relações com terceiros: responde com seu patrimônio no limite das suas quotas D
quando não adotou outro tipo societário (S.S. Pura).

A impura ocorre quando adota outro tipo de sociedade.

Ainda que seja ilimitada a responsabilidade, o cara que tem ö0% da empresa
responderá com seus bens por ö0% da dívida, a não ser que o CS diga que é solidária.

Benefício de ordem: são discutidos primeiro os bens da empresa.

O sócio admitido em sociedade já constituída responde pelas dívidas anteriores ao seu


ingresso: art. 1025.

Uma grande questão das sociedade de pessoas é que se pressupõe que a s cláusulas de
cessão são fechadas.

Dívida pessoal do sócio que não tem outros bens além da quota da SS ou da LTDA. Isso
é patrimônio, mas o s não podem ingressar nessas sociedades sem a concordância dos
demais.

Penhorar pode, só não pode ir a leilão. Para tanto, solicita-se a dissolução parcial da
sociedade como se sócio fosse. Normalmente a coisa se resolve com a adjudicação.
Credor ingressa com dissolução parcial D penhora.
55

Credor dos sócios pode penhorar o lucro, pedir a dissolução parcial.

Pode solicitar a liquidação das quotas, através da ação de dissolução parcial da


sociedade.

Resolução da sociedade em relação a um sócio (art. 1028): em caso de morte do sócio


liquida-se a quota (apura quanto vale e paga aos herdeiros), salvo se o contrato
dispuser diferentemente.

A afectio societatis não é com a família, mas com o fulano.

Direito de Recesso ou Retirada: é o direito do sócio de retirar-se da sociedade. A


distinção que alguns autores fazem é que o recesso são as hipóteses da S.A. e a
retirada são as imotivadas.

Uma grande distinção que se faz entre uma LTDA e uma S.A. é que se o sócio de uma
S.S. ou LTDA quer ir embora, ele vai embora com o quinhão dele. Na S.A., salvo em
casos de recessos, se eu quero ir embora, tenho que encontrar alguém que compre as
minhas ações.

Uma outra distinção expressiva é que em termos de poder, ter Ë9 ou 1 por cento na
S.A. não faz diferença. Claro que nos dividendos faz.

Se for por prazo indeterminado, notificando por prazo de ö0 dias. Se for determinado,
justificando judicialmente.

Normalmente é por prazo indeterminado porque as empresas nascem para ser


perenes.

Se for por prazo determinado, a SS e a Ltda foi realizado um contrato em que me


obriguei a ficar por um tempo com os meus co-sócios. Assim, se quiser sair antes deve
justificar judicialmente.

Exclusão dos sócios: pela maioria do capital, os sócios poderão excluir judicialmente
sócio por falta grave ou capacidade superveniente (é maioria do capital).

Art. 10o0.

Há uma discussão se, por falta grave, sócios minoritários poderiam excluir o
majoritário. Até pode, mas isso é discutível. Só judicialmente, porque por votação
perderiam sempre. Isso é bastante discutível. Se isso vingasse (a ação), eles teriam que
dar uma solução para o capital majoritário. Assim, até por essa questão econômica, é
raríssimo esse tipo de discussão.

Se não for averbada a saída, responderá também pelas obrigações posteriores a sua
saída D comunicação perante o s.

Se não foi averbado, mas o cara morreu, os herdeiros ficam responsáveis por dois
anos.

Não se herdam dívidas D essa expressão existe porque se tinha patrimônio de 100 e
dívida de 200 D as dívidas do de cujos são cobradas somente até as forças da herança.

Dissolução da sociedade: dissolve-se pela estipulação do prazo do CS (se for por tempo
determinado), se não estiver prorrogação expressa ou tácita.

Art. 10oo. A maioria do capital vence a votação de dissolução. Mas, em relação ao


princípio da continuidade da empresa, poderia se sustentar que não poderia haver
dissolução.

Dissolve-se pela falta de pluralidade dos sócios não reconstituída em 180 dias D não
pode haver sociedade de um sócio só. Tem 180 dias para procurar um novo sócio, daí
ou ele solicita a transformação para sociedade individual, ou será dissolvida a
sociedade. Só em S.A. há uma exceção, em que existe sociedade de um sócio só.

Também dissolve-se a sociedade pelo término da autorização de funcionar quando for


o caso.Ex: banco deve ter autorização do BACEN.

Ê     c3  

É sociedade de pessoas.

0Ë de novembro de 2010.

    

É uma matéria muito importante, pois calcula-se que representa, juntamente dom
com as S.A. 70% das sociedades brasileiras.

As empresas nascem para crescer e para serem eternas.

A sociedade limitada é, por característica de definição, uma sociedade de pessoas, pois


da mesma forma que a sociedade simples, a vinculação pessoal dos sócios é
relevantíssima. A confiança dos sócios entre si é um dos basilares da sociedade.

Conhecer as bases da sociedade é importante para que se possa ir além.


57

A sociedade limitada é na essência uma sociedade de pessoas. Porém a regra é que


todos concordem com a cessão de quotas para terceiro (se não houver oposição de
mais de 25% do capital pode transferir). Art. 1057.

Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota total ou parcialmente a quem
seja sócio ou a estranho se não houver oposição de mais de ¼ do capital social.

Alguns autores a consideram uma figura híbrida.

Pode haver uma cláusula dizendo que para a cessão que estipule a concordância de
todos os sócios, como forma de resguardar o sócio minoritário.

A princípio é uma sociedade de pessoas. Porém, é considerada mista ou híbrida pela


doutrina porque é possível a cessão a estranhos se não houver oposição de mais de
25% do capital social. Esta é a razão pela qual a doutrina diz que hoje é uma sociedade
mista ou híbrida com relação ao vínculo entre os sócios.

Normalmente as regras das sociedades, exceto as anônimas, se deixa, desde que não
ofenda sua essência, ao alvedrio dos sócios a estipulação de cláusulas de convivência,
etc.

Art. 1057

Há duas hipóteses do contrato social, quanto à cláusula de cessão:

- Contrato-norma que não é possível a cessão sem a concordância de todos D


sociedade de pessoas pura/ rígida. Exige além da regra do código. Aqui, o vínculo entre
os sócios é evidente.

- Contrato-norma que é possível a cessão sem a concordância dos demais sócios Dse é
absolutamente livre a cessão, há uma exceção quanto a ser uma sociedade de pessoas.
Aqui, o quem não importa. Então, o que importa é o capital. Assim, teremos uma
sociedade limitada que ao contrário do que acontece é uma sociedade de capital.

A sociedade limitada é chamada assim, pois a responsabilidade dos sócios é limitada.


Pode sofrer uma transformação para a sociedade anônima. A responsabilidade dos
sócios é limitada ao valor da quota. Se eu tenho 20% e isso significa 2 mil, eu, mesmo
sem ter colocado ainda (não foi integralizado ainda, mas autorizado), eu respondo de
qualquer forma por esse capital.

Enquanto os sócios não integralizarem suas quotas, há uma solidariedade entre eles
até o limite do capital social.

Um dos sócios não integralizou e agora não tem dinheiro. Isso gera um problema para
os demais porque em caso de algum problema futuro responderão solitariamente até
o limite do capital social. Ex: 10 mil.
58

Os sócios podem prever aplicação subsidiária das normas da sociedade simples. E


assim será se o contrato não falar nada.

Se o contrato social não disser nada e na ausência de alguma regulamentação, aplicar-


se-ão as regras da sociedade simples.

Também é possível o contrato dizer que a aplicação subsidiária não será a da


sociedade simples, mas a da sociedade anônima.

1052 a 1057. Se acontece algum embate que não encontra nenhuma norma.

Podem estabelecer que na lacuna da lei se aplique subsidiariamente as normas da S.S.


que seria o normal, mas as da S.A.

A idéia é que a S.A. é exaustivamente regrada. Além disso essa S.A. contém em suas
normas uma idéia de transparência para o mercado e demais sócios e também de
proteção ao minoritário.

Integralizar o capital social pode ser em dinheiro ou em outros bens. Se chama de


conferência de bens.

Se o capital é de 10 mil e eu tenho 20%, eu larguei com 1000, o outro que tem o0% e
coloca 1.500.

Se eu já dei mil, da subscrição que eu fiz que é de 2 mil, eu integralizei 1000.

Subscrever é o quanto tu te comprometes a colocar e integralizar é o que realmente tu


colocou lá dentro.

Se nem todo mundo botou tudo, mesmo aquele que o fez, se houver acidente de
percurso, (obrigações não cumpridas da sociedade, etc), vai ter que colocar mais
porque durante esse período que o capital está sendo integralizado, a
responsabilidade do sócio é solidária dos sócios até o montante do capital social.

Isso porque, quem está fazendo contratos com a empresa não sabe se o capital foi
integralizado ou não.

Há duas hipóteses de aplicação supletiva no silêncio da LTDA ou no que disser no


contrato social (OU sociedade simples, OU sociedade anônima).

Ainda que eu preveja a aplicação subsidiária das normas das S.S., a regra da S.S. são
incompatíveis com a S. LTDA D é só ͞no que couber͟, mesmo que isso não esteja
escrito no contrato social.

Ex: sócio de serviço: não entra com capital. Isso é possível na S.S., não na LTDA.
59

De outro lado, se a aplicação subsidiária é das normas da sociedade anônima, a regra


na S.A., e que são incompatíveis com a S. LTDA (ex: a captação de poupança popular D
emissão de debêntures [são títulos contra a sociedade, ocorre quando a S.A. precisa de
capital e não quer mudar de quadro societário. Daí há duas hipóteses, ou ir aos
bancos, ou emissão de debêntures, que são promessas de pagamento futuro com
juros. É estilo um empréstimo não bancário. O juro, evidentemente é menor do que
ela pagaria no banco].

Abertura de capital D ocorre na S.A. Transferência tem que ser registrada no livro de
ações da empresa. S.A. não é tão anônima assim, todo mundo sabe quem são nos
sócios, é só olhar no livro.

Pode abrir o capital (lançar ações no mercado), alvancar bancos (tomar empréstimos
de bancos) e emitir debêntures.

Abertura: normalmente a custódia de ações é confiada a instituições financeiras, e as


transferências não são registrados, um sócio não sabe quem é outro.

Isso é incompatível com a S. LTDA, ainda que seja de capital, pois daí será livre a
cessão, mas ela será solene, ou seja, através de contrato.

Há um detalhe relevante: se o contrato da S. LTDA preveja que a cláusula de cessão


depende da concordância de todos os sócios, mas ao mesmo tempo, em outra
cláusula, refere-se que a aplicação subsidiária é das S.A.s que dispõe der livre a cessão
de ações.

Essa regra dos 25% não é uma regra cogente, ou seja, obrigatória. Assim, se optou pela
aplicação subsidiária das normas da S.A., essa cláusula que diz que é necessária a
concordância de todos os sócios, ela é anulável, pois seria uma cláusula optativa e
usou-se a aplicação subsidiária das normas da S.A.

O contrato social deve prever as regras do 997, CC. Sempre no que couber.

Com relação às quotas, percebemos que a integralização das quotas pode ser feita por
transferência de bens.

Ao invés de colocar 20 mil em dinheiro , dou meu carro, se todos concordarem que ele
vale 20 mil reais. Entretanto, pela estimação, pelo valor desse bem conferido ao capital
social, todos os sócios são responsável solidariamente pelo prazo de 5 anos do registro
da sociedade.

Quando alguém integraliza um bem, o correto é dizer que integralizou conferência de


bens: conferiu à sociedade aquele bem.

Suponhamos que o cidadão entrega um imóvel por 500 mil. Se esse imóvel vale 50 e
não 50 mil. Conscientes ou não, de má -fé ou não, os demais sócios são solidariamente
ö0

responsáveis pelos Ë50 mil que ficaram faltando, além é claro do que integralizou o
bem.

O prazo é de 5 anos, depois, azar do credor.

De uma forma geral, as situações para o direito não devem ser eternizadas.

5 anos depois, porque a sociedade já deve estar girando, e pressupõe-se que essa
diferença não faz mais falta.

Sócio Remisso: é aquele que passado o prazo estipulado no CS para integralizar as


cotas, ele assim não o faz. Ele é omisso na integralização.

Com ele pode acontecer o situações.

- Será perdoado pelos demais sócios, porém haverá uma redução do capital social.

Temos o capital social que é de 1 milhão. Um sócio tem 25% e tem um ano para
integralizar. Mas só coloca 200 mil, falta 50 mil. Os outros todos integralizaram. O
resto diz que tudo bem, não precisa colocar mais os 50, mas deverão fazer uma
alteração no CS para estabelecer que o capital social não é mais de 1 milhão e sim de
950 mil reais

- Compram a parte dele, os outros sócios integralizam o que falta (no ex. 50 mil). Daí
esse sócio passará a ter 20% só da empresa e não 25%.

- Ele é excluído da sociedade e um terceiro põe 250. Assim, devolve -se o dinheiro já
empregado por ele com juros e despesas. Ou ele será pura e simplesmente excluído, o
capital social passará a ser de 750 mil reais (deve-se reduzir o capital social).

Art. 1059: ainda que haja autorização no CS para a retirada de lucros, os


sócios que retirarem a título de distribuição de lucros, capital social.

Capital Social é potencial dívida da sociedade com o sócio. Assim, como os lucros. Eles
são colocados no passivo.

Os sócios são obrigados a devolver este dinheiro, inclusive pessoalmente, quando


pegam o valor do capital social e distribuem como lucro. Isso não é dissolução da
personalidade jurídica, é uma cobrança direta.

Administração da sociedade.

No art. 10ö1, está expresso que para a admissão de administrador não sócio, enquanto
não integralizado o capital, somente com decisão unânime. Esse administrador não
precisa ser sócio, pode ser um executivo.
ö1

Para a designação de não sócio e depois de integralizado o Capital Social, há a


necessidade de aprovação de 2/o do capital social. Isso já é uma espécie de proteção
aos minoritários, limitação do poder de controlação do sócio majoritário.

Sócio nomeado administrador no CS, só poderá ser destituído por sócios que
representem por 2/o do capital, salvo estipulação diversa.

Só o administrador poderá usar a firma social, tanto o executivo quanto o sócio. Ou


seja, pode assinar, responder e obrigar a empresa.

Se um sócio tiver ö0% da empresa e assina um contrato em nome da empresa. Este


contrato não vai valer (excetuando-se situações fáticas, como é o caso da teoria da
aparência, demandando prova).

Quem assina é o administrador. Sócio que não é administrador é o investidor. Pode


usar a firma.

Conselho Fiscal D a sociedade limitada pode ter um conselho fiscal, que era, até o
código, um instituto próprio das S.A. No CC, nos arts. 10öö a 1070, há a estipulação do
CF, que são administradores nomeados pelos sócios com o objeto de tomar as contas
dos administradores, auditas e demonstrações financeiras.

Não pode ser membro do CF membro de outro órgão da empresa.

Também não pode ser conselheiro alguém que integre órgão diretivo da empresa
controlado.

Empregado, por questões hierárquicas, não pode ser conselheiro.

Também não pode cônjuge e parente de o grau.

Sócio que representam até 20% do capital podem eleger representante no CF.

CF deve ser isento. É eleito pela AG.

O CF tem por tarefa tomar as contas dos administradores, analisar e expor isso na
assembléia para os sócios.

O que estão sujeitos os administradores, estão Tb sujeitos os conselheiros fiscais.

Deliberações dos sócios: são tomadas por maioria de capital em reunião ou


assembléia. A assembléia é obrigatória quando o número de sócios for superior a 10.
Se todos assinarem pauta, não tem porque fazerem uma assembléia.

A assembléia dos sócios tem sempre 2 convocações normalmente com o espaço de


meia hora. O mínimo é ¾ do capital, se não comparecerem, espera-se meia hora e em
seguida com qualquer número.
ö2

Na segunda chamada, se instaura com qualquer montante do CS. Porém, há


determinadas decisões que não poderão ser tomadas, até porque os votos serão
tirados por cabeça (não interessa a participação da capital soci al).

No art. 107ö, há o quorum de deliberação. Daí divide por matéria a quantidade do


capital social que deverá estar na assembléia para tomar qualquer decisão.

A designação de administrador deve ser unânime quando não integralizado o CS e 2/o


quando integralizado.

A destituição do administrador indicado no Contrato Social deverá ser de 2/o.

Assim, mesmo quando instaurada a sessão por segunda chamada, há matérias que não
poderão deliberar.

Modificação do contrato social (977) D sede, capital D precisa ¾ do capital social


(maioria qualificada).

Nomeação em ato separado de administradores.

Remuneração, pedido de recuperação da empresa D precisa mais de 50% do Capital


Social.

Não previstos D maioria dos presentes, aí é por cabeça, mas são decisões de menor
importância (ex: mudar cor da fachada).

Retirada de Sócio: também chamada de direito de recesso, em que pese alguns


autores distingui-los.

Na LTDA nós temos duas hipóteses: a sociedade LTDA é por prazo determinado.

Na LTDA, se eu não quero mais brincar, pego o meu boné e levo a minha fatia da
sociedade. Isto vale sem justa causa, salvo se a sociedade for por prazo determinado. A
sociedade limitada é uma sociedade contratual (ao contrário da S.A. que é estatutária).

A sociedade nasce através de um contrato e todas as alterações são deste contrato.


Assim, o vínculo jurídico entre eles é contratual.

Se o prazo é determinado, o sócio se comprometeu com os demais e aqueles perante


este. Para que, antes de, p. ex., 5 anos, ninguém pule fora do barco. É como qualquer
outra obrigação contratual.

Para sair, é preciso de justa causa que justifique a saída.

Hipóteses de justa causa:

- Modificação do Contrato Social (leia-se sede, nome da empresa, capital social, etc.).
Se houver esse tipo de modificação, se eu não concorde i, tenho o direito de ir embora.
öo

- Casos de incorporação, fusão ou cisão da empresa.

- Outro fato grave que possa imputar como justa causa, ex: gestão temerária dos
demais sócios.

É direito de recesso essas hipóteses de justa causa em casos de prazo determinado.


Pois, em prazo indeterminado, a saída poderá ser imotivada, pois aí eu não me
comprometi a ficar x tempo, o prazo é indeterminado.

Dissolução Parcial da Sociedade, onde eu di go que quero sair e será tirado um balanço
especial para saber quanto vale a minha participação.

Os que fazem essa separação entendem que a retirada é pura e simples, sem
justificativa, e direito de recesso a saída motivada.

Na S.A., a saída com apuração de haveres é quando se sai com o seu percentual, em
que se saí com o patrimônio, seja por prazo determinado ou indeterminado. Só pode
ser motivada. Assim, aqui haveria o direito de recesso. Saíra com o seu naco da
empresa.

Direito de recesso = na S.A. não existe o direito de retirada pura e simples, existe
apenas o direito de recesso naqueles casos específicos, tais como fusão, cisão e
incorporação. Daí sai com o valor da minha participação.

A cláusula de saída deve ser estabelecida como paga o cidadão.

11 de novembro de 2010.

 4 ! 

Pegar caderno de alguém.
O capital social pode aumentar (ativo e passivo).
Patrimônio líquido:
No passivo entre lucros e prejuízos acumulados dentro do patrimônio líquido. Ex: tem
100 de lucro, distribui -se metade e guarda metade.
Ações é de S/A e S.A. é de acionista.
Na limitada se fala em quotas.
öË

Na limitada, se o sócio estiver descontente em prazo indeterminado vai embora com o


seu quinhão.
Uma vez decidido que será capitalizado, se tem 100 e passa a 150 quotas, a
distribuição será proporcional.
Se for prejuízo, há várias deliberações a ser tomada.
As deliberações que forem tomadas na assembléia que infringirem a lei e o CS, os
administradores que participaram da votação responderão ilimitadamente com o seu
patrimônio.

Aumento e redução do capital social: art. 1081 a 108Ë. Após o0 dias de eventual
deliberação de aumento de capital social, a Assembléia deliberou que é preciso
aumentar o capital, pois o capital social já não condiz com o tamanho dos negócios da
empresa. Daí nos o0 dias, os sócios terão a preferência para integralizar na proporção
de suas quotas o aumento de capital, essa preferência pode ser cedida para outros.
Redução do capital social D se houver perdas irreparáveis.
Daí, diz a regra que é obrigatório fazer isso. Se a empresa que constituímos tem 1
milhão e o capital é de 1 milhão.
Se comprarmos um imóvel de 800 mil, dá-se baixa no caixa de 800 mil e temos um
imóvel de 800 + 800 e fica um milhão. Se o imóvel pegar fogo e não tivermos seguros ,
faz-se daí uma redução de capital social.
Deve-se adequar o capital social à realidade da empresa.
O capital social pode ser reduzido se excessivo.
É uma contribuição voluntária, não é obrigatória. Se reduzir o capital e o lucro não for
verdadeiro, o sócio deve repor.
A distribuição é de lucros de verdade. Pode ter dinheiro em caixa e não termos lucro,
pois o dinheiro em caixa pode servir para pagar contas futuras.
Esse lucro que não existia e foi retirado, será obrigado a repor com o patrimônio dele
só até o montante que ele tirou.
Os credores quirografários podem se opor a essa redução do capital que é voluntária.
A sociedade da empresa é limitada até o valor da sociedade.
Os credores quirografários podem dizer que se o negócio é de 1 milhão e eu tenho u m
prazo de 90 dias para me opor.
Os quirografários são os que não têm garantia nenhuma, são os que vão receber se
sobrar.
Como eles são os últimos a receber, eles podem se opor.

Exclusão de sócio: art. 1085. O sócio minoritário pode ser excluído pelos dem ais sócios
judicialmente por incapacidade superveniente ou justa causa. 100Ë é o sócio remisso
(quem não integralizou o dim dim).
Exclusão de sócio por justa causa não precisa entrar judicialmente. A maioria do capital
exclui.
ö5

Affectio societtatis D se isso for rompido, eu posso afirmar que esse sócio que brigou
está pondo em risco a continuidade da empresa, pois se a affectio societatis é tão
importante e isso for rompido, pode -se afirmar que está pondo em risco a sociedade
de pessoas.
Se não tiver essa cláusula, ele só poderá ser excluído judicialmente.

10o0. D iniciativa dos demais sócios.


1085. Ressalva o 10o0. Diz que representa a maioria do capital social.
Maria Helena Diniz D diz que é maioria dos sócios e não de capital. Daí se tivesse 5
sócios com 10 e 1 com 50, os cinco podem excluí -los.
             -    , 
          

  $ 
Novo mercado: quando as empresas seguem os padrões de governança participativa
de transparência e ganha um selinho da CVM. Tem um grife de transparência, etc, etc.
Tudo que acontece nas S.A. mais dia ou menos dia chega na limitada. Transparência
para dizer o nível de informação dos minoritário s.
Regras para o minoritário não ser otário.
Cada sócio interfere os desígnios da sociedade de forma proporcional ao que investiu
no capital social. Quem contribuiu mais, corre os maiores riscos. É justo que ele tenha
um poder decisório maior.
A vontade do majoritário responderá ao demais, a não ser que preveja quorum
qualificado, o que é plenamente possível.
Havendo uma cláusula de exclusão por justa causa, a maioria do capital exclui o
minoritário. Para protegê-lo, deve-se excluir essa cláusula.
Pode pedir que certas decisões sejam tomadas por maioria qualificada (75%, 80% ou
unânime).
Negociar cláusulas de proteção de seus direitos antes do ingresso na sociedade, depois
é morte.
Perigo da diluição do capital.
Questão perigosa da mudança do tipo societário. É limitada, se tem 15% e tem direito
a pegar o dim dim e ir embora. Se mudar para uma S.A. só sairá dali se comprarem
suas ações, salvo exceção.
O que pode acontecer é que um tem 80 e outro tem 20 e como o majoritário não
precisa de dim dim por anos decide que não haverá participação nos lucros. Também
em relação a distribuição de resultados, é importante que o minoritário se proteja.

 Ê  "+ 


   *.Ê 
A maior ficção do direito é a ficção da pessoa jurídica, e a das sociedades. Nós não
enxergamos a empresa ou a sociedade. E, por ficção, isso tem personalidade jurídica.
öö

Isso existe para facilitar procedimentos.


Isso serve para que haja uma realização de coisas que só possa existir em conjunto.
Para o capitalismo, essas coisas são coisas sagradas.
A separação estanque entre a pessoa do sócio e a pessoa jurídica, não devem se
misturar.
Isto é uma das coisas mais caras do capitalismo.
A ficção da PJ é a principal ficção de qualquer ordenamento jurídico, até dos
socialistas.
Existe um véu da sociedade que separa ela dos sócios.
O rompimento disso aqui só deveria ser feito em casos extremos.
Se começarmos a facilitar o rompimento dessa distinção, as conseqüências poderão
ser gravíssimas para o desenvolvimento, etc, etc. Essa distinção pode ser geradora de
injustiças.
O legislador deve estar preparado para injustiças, deverá regular a média das
operações para fazer o menos pior, pois não vai conseguir fazer justiça a todos.
Existem situação extremas e específicas que isso tudo será desconsid erada para punir
o sócio em um caso específico.
A PJ não é desconsiderada globalmente. Se requer a desconsideração para resolver um
problema MEU específico.
Se isso acontecer em um processo falimentar, isso atingirá a todos.
-
Existem termos em que o pessoal usa nas expressões de origem.
Há duas vertentes (teorias) sobre o tema a serem aplicadas.
- Teoria maior: precisa justificativa. Há requisitos para o rompimento do dogma, da
ficção da PJ. Basicamente, se costuma dizer que o desvio de finalidade é uma das
justificativas, ou seja, a empresa foi criada para a conjugação de esforços e se eu utilizo
ela para outra finalidade que não esta, como, p. ex., para esconder patrimônio. Se se
faz uma confusão patrimonial e isso vem em prejuízo dos credores (sonegou, distribui
lucros inexistentes), basta em um processo de execução sustentar desvio de finalidade
e requerer a desconsideração da personalidade jurídica. Infração à lei ou ao contrato
(crime falimentar... ou tomei um ato ilegal, ainda que não seja crime).
Infração ao contrato é o administrador exceder os poderes que o Cont. Social permite,
assim, os bens do administrador ficarão expostos.
É cláusula de desconsideração a dissolução irregular da empresa. Ao invés de pedir a
auto-falência (a recuperação judicial é um direito do empresário e a auto-falência é um
dever do empresário).
Falido é só o empresário individual e a empresa.
A dissolução irregular é ao invés de solicitar a auto -falência é fechar as portas e não
pagar ninguém. Não cumpriu com as obrigações referentes ao encerramento da
empresa.
Dissolução porque os fatores de produção paralisaram -se.
ö7

Quem vai a falência é a empresa. Assim, se eu agir direito (não fez nenhuma
sacanagem), não será atingido.
A confusão patrimonial também dá ensejo à desconsideração. Ex: comprar Mercedes
para uso pessoal. Podem fazer isso desde que não prejudiquem os credores.
Essas justificativas servem para desconsiderar esse ente que é a pessoa jurídica.
Isso deve ser a exceção da exceção.
- Teoria menor: não precisa justificativa nenhuma, a não ser a inadimplência (basta a
inadimplência).
Na teoria menor basta a inadimplência, não precisa ter desvio de finalidade, ato ilegal
ou confusão de patrimônio para dissolver a empresa.
Dizem que o D. Ambiental Brasileiro e o Direito do Consumidor, o ordenamento
adotou a teoria menor. Isso equivale a dizer que para esses direitos não existem a
ficção da PJ.
Pode-se dizer que esses direitos fizeram tabula rasa da PJ.
Qual a segurança disso? Daqui a pouco a responsabilidade não será mais limitada.

Normas relativas a este tema:


Art. 50, CC: a desconsideração é momentânea e específica a certa obrigação.
Imputação Direta D se precisa fazer a desconsideração da personalidade jurídica
quando não se tem outros meios. Se já tem uma norma que permite ir nos bens do
sócio (imputação direta), eu não preciso pedir a despersonalização, basta que a
realidade se encaixe na norma.
Se o lucro distribuído era de mentira, eles estão solidariamente responsáveis (1009) D
caso de imputação direto D basta provar que aquele dim dim não era lucro.
Art. 101ö, CC: culpa dos administradores no desempenho de suas funções. Essa culpa
deve ter gerado infração à lei ou ao contrato. Não precisa ter dolo, mas deve
acontecer algum desses eventos.

Art. 1080 D Imputação direta.

Há outros casos de imputação direta que não são despersonalização (1o5, CTN)

1o5, CTN: responsabilidade pessoal (prática de ato com excesso de poderes ou


infração de lei, CS ou estatutos). Fora disso, o sócio não pode ser responsabilizado por
débito fiscal.

CDC: os que sustentam que o CDC adotou a teoria menor, sustentam que isso está
previsto no art. 28, §5 . Contudo, devemos entender que o §5 deveria ser lido
descolado do caput sendo totalmente autônoma (não é a melhor forma de
interpretação).

Se interpretar o §5 autonomamente, será sempre.


ö8

Os adeptos desta tese, de que no direito do consumidor adotou a teoria menor o


adotam isoladamente.

Outros, como o professor, interpreta o §5 junto com o cap°t.

Direito do Trabalho: art. 2 , §2 da CLT.

O que o DT diz é que quando eu puder desconsiderar duas ou mais empresas ou um


grupo coligado, na medida em que não puder pagar eu cobro de uma ao invés da
outras (é uma desconsideração, mas entre pessoa jurídicas do 1 grupo). A
desconsideração da personalidade jurídica começou mesmo com o CDC.

Direito Ambiental em que se discute se é aplicada ou não a teoria menor. Lei 9ö05, art.
Ë , é igual ao previsto no CDC. O professor entende é desde que haja infração, blá blá
blá.

Direito econômico. 889Ë, art. 18. Inatividade da pessoa jurídica (dissolução regular) D
exige-se má administração.

S.A. D art. 117. Está mais para uma imputação direta do que uma desconsideração,
pois já se tem uma regra que se permite cobrar dele.

A desconsideração clássica que está lá no art. 50 serve para o ss: a desconsideração


clássica é par fazer esse movimento (superar a empresa para cobrar dos sócios). Mas
existe desconsideração inversa.

PROVA: Desconsideração inversa (tem muito no direito de família). Quando o sócio


tem uma dívida (ex: com a esposa), vai se separar e migra os bens para uma empresa
que é dona de uma outra empresa e essa aqui tem PL negativa, ou seja, tem menos
que o capital social, isto é, o valor dela é zero. Daí a esposa pede a desconsideração
dessa PJ de PL zero para ultrapassar a figura do sócio e atingir os bens da empresa.

Também pode fazer uma empresa no Uruguai com ações ao portador. É dono quem
está com as ações na mão.

Aula que vem S.A

18 de novembro de 2010.

    

O capital social dela é dividido em ações, por isso que não há sócios, mas acionistas.
ö9

Está prevista no CC no 1088 e 1089 (regida por lei especial).

Há muitas coisas da CVM que acabam sendo utilizada nas demais sociedades anônimas
(inclusive na de capital fechado).

A S.A. é regida pela lei öË0Ë/7ö que já sofreu várias alterações, no sentido de dar
transparência para os seus atos.

Ela pode abrir o capital, ou seja, tornar-se uma sociedade de capital aberto, ou seja,
lançar valores na bolsa de valores.

Captação de poupança popular D quando lança ações no mercado.

É uma sociedade mais complexa, que tem o olho de muito mais gente.

Em razão de haver uma disseminação de acionistas, assim, é necessária essa


transparência.

A lei das S.A., outros chamam de lei do anonimato.

Ê

D‘ Possui sempre caráter mercantil (é sempre empresária, seja qual for o objeto).
D‘ Mesmo que seja uma prestadora de serviços, e por isso é importante essa
menção da lei.
D‘ Uma sociedade prestadora de serviços pode ter caráter essencialmente
empresarial.
D‘ É uma sociedade de capital.
D‘ O capital é dividido em ações, que é uma espécie de valor mobiliário. O órgão
máximo que regula as regras é a CVM. Isso porque realmente há uma
mobilidade muito grande das ações. A compra e venda é livre, salvo acordo de
acionistas, que é um contrato.
D‘ Possui caráter institucional (estatutário): é criada por estatuto e não há
contrato, é como se houvesse uma adesão de quem quer se tornar acionista.
D‘ O controle de saída e entrada dos acionistas, em uma sociedade de capital
fechado, é feito no livro de registro de ações. Mas não há qualquer alteração de
estatuto, etc, etc.
D‘ A S.A. só pode ter denominação social (tem que constar sempre o objeto). A AS
pode adotar algumas estruturas para o seu nome comercial. Pode até ter o
nome do sócio, mas obrigatoriamente deve ter o objeto da sociedade. Ex: MTM
Indústria de Cadeiras S.A., MTM Indústria de cadeiras Sociedade Anônima. Esse
S.A. pode ser abreviado no final, extenso no início e no final, ou ͞Companhia͟
(só no início)
70

D‘ A responsabilidade dos acionistas é limitada ao preço das ações que possui.


Exceção: administradores se cometerem crimes falimentares (que é outra
questão).
D‘ Na medida que é uma sociedade de capital, normalmente, o interesse do
acionista é investir.
D‘ A distribuição de lucro de uma sociedade anônima se chama de dividendos.
D‘ O acionista, salvo administrador, é um investidor.
D‘ As ações são sempre nominativas (sempre será possível, tanto numa sociedade
de capital fechado, quanto em capital aberto). Em que pese a disseminação
fantástica que pode acontecer, as ações ficam custodiadas em uma instituição
financeira D controlada pela CVM.
D‘ Até 1990 havia ações ao portador, que se prestava muito para esfriar dinheiros
(quem tivesse aquilo na mão recebia). Em 1990, quando Fernando Color
assumiu, terminou a brincadeira de coisas ao portador.
D‘ Quando isso terminou, quem tivesse aquilo na mão podia se apresentar para
transformar aquilo em nominativo.

Em razão dessa possibilidade totalmente free de compra e venda de ações, entendia-


se que as ações seriam título de crédito, pois possuíam uma abstração que as ações
não possuem. Os acionistas têm deveres que o mero detentor de título ao portador
não tem.

O valor das ações também é uma das coisas complexas que tem nas S.A. (tem que
definir que tipo de valor se está falando: econômico, de emissão).

Preço de emissão D é o valor pago pelos acionistas diretamente para a empresa para se
tornarem acionistas

Ficam com 51% do capital para mandar na empresa.

Quem tem 51% controlam a AG que é o órgão máximo da S.A. (elege os


administradores) e o voto é por capital.

Oferece-se Ë9% D cada ação custa 10 reais (cada ação tem 1 voto) 10 é o preço de
emissão: paga isso para a sociedade, para torna-se acionista por emissão.

Pode também comprar depois de uma acionista sucessivamente e livremente como já


vimos.

O preço de emissão deve estar previsto lá no estatuto.

Isso acontece também quando se lança no mercado direto (abre já com capital
aberto).
71

A CIA, assim já nasce direto com o controlador.

Acredita que vai dar lucro, e compra ações. As Ë9 colocadas no mercado.

Uma limitada é uma mini S/A.

S.A. tem uma mobilidade de compra e venda de ações totais.

      

c‘ quando o capital é aberto, quando a Cia tem calores mobiliários (ações)


negociadas em bolsa. Ex: comprar ações de blue chips (quando se compra
ações de cias altamente seguras e transparentes). Essas cias de capital aberto
têm toda a organização controlada pela CVM que é uma autraquia ligada ao
ministério da fazenda, que possui várias normas, como , p. ex, trocar a diretoria
de Ë em Ë anos no caso de S.A. de capital aberto. 
 ‘    querem demonstrar solidez e transparência, mas acabam por adotar
regras de capital aberto. Essa sociedade é por ações em que a negociação de
ações também é livro, mas não é por bolsas e se registra no livro de ações que
fica registrado.

 valor da ação no ato de subscrição. Compra de ações direto da Cia.

O preço de emissão é o preço inicial da ação, isso é na compra direta pela Cia. Ou por
uma emissão primária ou quando resolve lançar mais ações.

 : se o preço de emissão for 1000 reais cada ação, mas a um valor
nominal de 1000 reais. O preço de emissão é o preço que vai pagar para se tornar
acionista. A utilidade de valor nominal é a de proteção aos minoritários. Se a ação for
de valor nominal, a segunda remessa não pode ter valor de imissão abaixo do valor
nominal. É uma tranca que trava a ação em determinado valor para ter efeitos em
futuras emissões.

O valor nominal existe para que novas emissões não possam ter valor abaixo dele. Isso
é para não diminuir o valor de quem já comprou.

O valor patrimonial, que é de quanto vale a ação quando a empresa já está em


operação.

Se a empresa começa a dar prejuízo, a ação que eu comprei por mil vai ficar abaixo. Se
vender a empresa, o que valerá é o valor patrimonial da empresa. Quem comprar vai
fazer a due dilegence.
72

O capital social é de 2 bilhões, mas a Cia não vale mais 2 bilhões, mas 1 bilhão. Daí se
paga um e cada ação vale 500 D quinhentos é o valor patrimonial.

Oé o mundo real.

 nesse exemplo, pode ser de 800.

O valor nominal não é obrigatório, é só uma garantia dos minoritários de não diluir as
obrigações deles.

Se a sociedade tiver o capital de 100 mil reais dividido em 100 mil ações. Cada real vale
um voto e uma ação.

Aí, ela tem patrimônio líquido de 200 mil (teve lucros após a criação da empresa).

Daí o valor patrimonial (real da ação é 2 reais).

Emitimos mais 50 mil ações a 2 reais cada, entra 100 mil no CS, e ele passa a ser o00
mil. Daí fica 150 mil ações, todas com o valor de 2 reais (o valor patrimonial da ação
não evolui).

Normalmente o valor patrimonial será o valor da negociação, mas pode ser que não.

Segunda hipótese: vamos emitir as primeiras 50 mil ações a um valor de 1 real. Daí fica
150 mil + 50 mil, daí vai dar 200 mil de CS, aí fica 1,öö o valor da ação. Daí a lei diz que
se o valor nominal da primeira for 2, é proibida fazer uma nova emissão por menos
que isso. Aqui se chama de diluição da participação acionária. Para haver diluição, deve
haver justificativa, senão seria sacanagem do controlador.

  é o valor calculado para o futuro da empresa (quando paga 800 e o
valor patrimonial é 500) D faz isso porque coloca uma equipe de especialistas que
enxergam uma perspectiva de futuro. Assim, paga-se 800 (valor de negociação)

  

c ‘  , normalmente são as que dão direito a voto. São os ordinarialistas. 


 ‘
 normalmente não tem direito a voto, é preferencial, pois tem
preferência na divisão dos dividendos. São os preferencialistas, que têm, efetivamente,
uma série de preferências (menos a de votar). O preferencialista é um investidor.
Compra porque tem interesse nos dividendos.

É possível que o preferencialista tenha direito de voto, mas isso é meio complicado,
porque senão, ninguém ia querer comprar as ordinárias, pois o preferencialistas já tem
vantagens a mais.
7o

Exceção: se por mais de o exercícios não forem distribuídos dividendos. Daí a ação
preferencial da direito de voto. Claro que uma vez distribuída, deixa de ter direito de
voto.

  depende se é de capital aberto ou fechado.

1)‘ Nominativas: se transferem por meio dos registros D capital fechado.


2)‘ Escriturais: controle é feito por instituições financeiras e não nos registros da
Cia D capital aberta.

Ê  

c‘ 5 ,    


‘       6    ) 
7 

   --é uma exceção. É quando uma S.A. resolve criar uma outra S.A.
em que 100% das ações desta última S.A. pertencem à primeira S.A. Dá-se o nome de
subsidiária integral. É o único caso no DB em q ue pode sociedade de um sócio só.

S.A Mãe

S.A. Subsidiária Integral D é uma S.A. de um sócio só, pois todas as ações dependem de
mãe.

Ê  Ê

Ê  8 %ÊÊ  c c & ' ËË (' ‘

Ê  ‘

¨‘ A sociedade anônima é regida pela Lei ö.Ë0Ë/7ö, conhecida como Lei das S.A.
(LSA) e, também, com alguma frequência, como ͞lei do anonimato͟; ‘
¨‘ Esta lei sofreu várias alterações desde sua edição em 197ö, que visaram
modernizar as atividades das S.A., mas com marcado foco na proteção cada vez
maior aos acionistas minoritários. ‘

Ê ‘

‘ Possui sempre caráter mercantil; ‘


‘ Trata-se de uma sociedade de capital;‘

‘ Capital social dividido em ações - espécie de valor mobiliário - sendo os sócios


chamados de acionistas;‘
‘ Possui caráter instit°ciona (ou estatutário, pois não há um contrato entre os
acionista, é como se houvesse uma adesão dos acionistas. Com o ingresso do
novo acionista, não há nenhuma alteração do contrato social, como no caso
das ltda.) ao contrário das sociedades limitadas, que possuem caráter
contrat°a . Com efeito, é livre a negociação da participação societária e o
eventual adquirente das ações de uma S.A. realiza um contrato somente com o
vendedor, ao passo que nas limitadas, por exemplo, para ingressar na
sociedade o sócio irá contratar, obrigatoriamente, com os demais sócios; ‘
‘ Deve adotar  (deve constar sempre o objeto) , com a
expressão ͞sociedade anônima͟ ou ͞S.A.͟ ao final. Pode também ser chamada
͞Companhia͟, sempre no início do nome empresarial, em substituição a S.A.; ‘

Ex: MTM Indústria de Cadeiras S.A.; Sociedade Anônima MTM Indústria de Cadeiras;
por extenso ou abreviado no início ou final. ‘

Companhia MTM Indústria de Cadeiras ʹ só no início. ‘

 ‘ A responsabilidade dos acionistas é limitada ao preço de emissão das ações que


possuem; ‘
 ‘ O interesse do acionista, ao contrário dos sócios de uma limitada, geralmente
está voltado para os resultados econômicos que sua participação no capital da
sociedade poderá lhe gerar; = investidor, salvo se entra como administrador,
controlador. Distribuição dos lucros = dividendos. ‘

 , ‘

‘ As ações são sempre  (identificam seu titular, tanto na sociedade
de capital fechado ʹ nome dos acionistas no Livro de Registro de Ações ʹ que
fica arquivado na Companhia, como na sociedade de capital aberto ʹ há uma
instituição financeira que custodia as ações, com a lista dos acionistas) , por
força da Lei 8.021/90 que modificou o Art. 20 da LSA. An tes desta modificação,
as ações podiam ser também ao portador ʹ como se fosse um cheque em
branco;‘
‘ Em alguns aspectos, assemelham-se aos títulos de crédito (se abandonou essa
ideia, pois os títulos de crédito apresentam uma abstração que as ações não
têm), em razão de sua livre circulação. Em verdade, são considerados pela
moderna doutrina como ͞alternativa de investimento͟, eis que os direitos são
mais amplos do que um simples credor de um título de crédito. De outro lado,
como acionista, este investidor por vezes também tem deveres. ‘
‘ O valor das ações é tema relevante e altamente complexo do direito societário,
eis que pode variar bastante, dependendo das circunstâncias e dos objetivos da
avaliação, que poderão interferir nos critérios de natureza contábil e
econômica que serão utilizados na avaliação; deve definir que tipo de valor ʹ
há o valor econômico, valor (ou preço) de emissão, etc. ‘
75

Ë‘ O preço de emissão (valor pago pelos acionistas para se tornarem titulares de
um título representativo do capital social da S.A.) é um dos valores atribuíveis à
ação e corresponde ao máximo de responsabilidade que o acionista poderá vir
a ter em caso de falência, por exemplo. Neste último caso, se o pagamento do
preço de emissão tiver sido parcelado e ocorrer a falência, o acionista estará
obrigado pelo valor faltante. Emissão ou lançamento primário ʹ quando
compra diretamente da empresa para se tornar acionista. ‘

Ê        Ë   ‘

     O O (de capital aberto) são aquelas companhias possuem
valores mobiliários (ações) negociados em bolsas de valores ou mercado de balcão
(denominados em conjunto ͞mercados de valores mobiliários͟) OBS:   
 são os negócios com valores mobiliários     ,
organizados por instituições autorizadas a isso, normalmente instituições financeiras,
pela CVM ʹ Comissão de Valores Mobiliários (Autarquia ligado ao Ministério da
Fazenda); ‘

Blue Chips ʹ ações de companhias seguras, mais negociadas e valorizadas na Bolsa. ‘

Para ser aberta, e consequentemente estar autorizada a captação de poupança


popular, a S.A. precisa de autorização governamental, consubstanciada no Registro
como companhia aberta na CVM ʹ Comissão de Valores Mobiliários autarquia ligada
ao Ministério da Fazenda; ‘

‘ A liquidez, ou seja, a velocidade com que se consegue realizar o investimento,


leia-se vender as ações representativas da participação na sociedade anônima,
é característica marcante das sociedades anônimas abertas;‘

     fOO são as companhias que não emitem valores


mobiliários negociáveis nos mercados de valores mobiliários; as ações são compradas
quando há emissão de ações ou diretamente de algum aci onista, devendo ser
registrado no Livro de Registro de Ações, arquivado na Companhia. ‘

  ‘

‘ Valor (preço) de emissão. É o valor da ação no ato de subscrição, ou seja, o


montante despendido pelo investidor para adquirir ações diretamente da
empresa. É chamado mercado primário. As ações vendidas por acionistas a
investidores constituem o mercado secundário. ‘
‘ Valor nominal. É o valor do capital social pelo número de ações emitidas.
Entretanto, a lei admite ações em valor nominal, dependendo do que disp user
o Estatuto. Neste caso, o resultado da divisão do capital social pelo número de
ações se chama va or-q°ociente. Como a lei proíbe que o preço de emissão de
novas ações seja inferior ao valor nominal das ações, quando este é previsto no
estatuto (visto não ser obrigatório) previne -se que haja diluição acionária, que
é a perda de valor patrimonial das ações em benefício dos subscritores das

novas ações; pode ter valor nominal ou não, a utilidade é a proteção dos
minoritários. Se as ações tem valor nominal, novas emissões de ações não
poderão ter valor inferior ao valor nominal. ‘
‘ Valor patrimonial. É a parcela do patrimônio líquido da sociedade anônima
correspondente a cada ação. Em outras palavras, é 6 01, em
sua correspondência com o valor da companhia; quanto deveriam pagar pela
ação se o acionista quiser vender. ‘
Ë‘ Valor de negociação. Nada mais do que o valor pago pela ação. Não se
confunde com o valor nominal e nem, tampouco, com o valor patrimonial. Nas
companhias abertas é o ͞valor de mercado͟, ou seja, a cotação das ações na
bolsa de valores; ‘
‘ Valor econômico. É o valor calculado por especialistas, por vários métodos,
para a avaliação do investimento a ser feito em ações de determinada
sociedade. O principal método é o fluxo de caixa descontado, que avalia os
futuros embolsos e desembolsos da sociedade, considerando -se o risco de
inadimplência, existência eventual de passivos ocultos, posição no mercado,
etc. Reflete se determinado negócio com ações poderá ser vantajoso ou não,
para quem adquire. Calculado para o futuro da empresa. ‘

Ex: R$ 100.000,00 ʹ valor de criação da empresa ʹ 100.000 ações ‘

PL = R$ 200.000,00 (após a criação da empresa, teve lucros) ‘

Valor patrimonial (real) da ação = R$ 2,00 ‘

Há emissão de novas ações para capitalizar a empresa. ‘

c3 -: 50.000 novas ações ao preço de emissão de 9) cada; vão entrar mais
R$ 100.000,00 no cai xa.‘

PL = R$ o00.000,00 ʹ 150 mil ações, valendo ainda 9) cada.‘

3 -: 50.000 novas ações ao preço de emissão de 9c) cada; vão entrar mais
R$ 50.000,00 no caixa. ‘

PL = R$ 250.000,00 ʹ 150 mil ações, valendo ainda 9c)'' cada.‘

Se houvesse valor nominal da ação de R$ 2,00,   ter feito a 2ª emissão a R$
1,00 cada. ‘

  
 , ‘

‘ Não pode haver diluição injustificada da participação acionária (Art.


170, § 1 da LSA); ‘
77

‘ Ocorre a diluição sempre que o preço de emissão de novas ações é


inferior ao valor patrimonial das já existentes, ocasionando uma
desvalorização do valor patrimonial das ações; ‘
‘ Exemplo: suponha-se que uma S.A. tenha um capital social de
R$100.000,00 dividido em 100.000 ações, com um patrimônio líquido
de R$200.000,00, em razão de lucros acumulados. O valor patrimonial
de cada ação é R$2,00. Na hipótese de ela emitir 50.000 novas ações ao
preço de R$2,00 cada, o patrimônio passará a ser de R$o00.000,00
divididos em 150.000 ações. Se a emissão de novas ações se der, assim,
pelo valor patrimonial das já existentes, este não irá sofrer variação,
pois cada ação permanecerá tendo um valor patrimonial de R$2,00.
Mas, não sendo igual, poderá haver variação para mais ou para menos.
Se o preço de emissão das novas ações for de R$1,00, por exemplo, o
patrimônio aumentará para R$250.000,00. Como serão 150.000 ações
após a operação, o valor patrimonial de cada ação será reduzido para
R$ 1,öö, causando grave prejuízo aos acionistas. ‘

  ‘

¨‘ Ação ordinária. Quem as detém é chamado ͞ordinarialista͟. São as ações com


direito de voto. ‘
¨‘ Ação preferencial. Quem as detém é chamado ͞preferencialista͟. Estas ações
gozam de preferências, normalmente, na      . O
Estatuto pode assegurar, por exemplo, dividendos fixos ou mínimos aos
preferencialistas. Art. 17 a 19 da LSA. Pode ser estabelecida no Estatuto a
restrição do direito de voto. Em caso de       
 o, a ação preferencial adquire direito d e
voto. Art. 111, §§ 1 e 2 . Seria injusto que, além da preferência no
recebimento, ainda tivesse direito a voto, senão ninguém compraria as ações
ordinárias. ‘

  depende se é de capital aberto ou fechado. ‘

‘ Nominativas. São as ações que se transferem por meio dos registros nos livros
da sociedade emissora. Capital fechado. ‘
‘ Escriturais. As ações das companhias de capital aberto que se transferem
mediante o registro na instituição financeira depositária, a débito da conta de
ações do alienante e a crédito da conta do adquirente. ‘

Ê         ‘

‘ Por subscrição pública: Para constituição da companhia aberta. CVM.


Ex: Subscrições recentes das empresas de Eike Baptista. Já ͞nasce͟ na
Bolsa. ‘
‘ Por subscrição particular: Para constituição da companhia fechada. ‘
78

 :  ,: Exceção à regra da proibição da sociedade de um sócio só


no direito brasileiro. A subsidiária integral pode ter por acionista uma única sociedade
anônima. Art. 251 da Lei das S.A. Uma SA cria outra SA (subsidiária integral) onde
100% das ações pertencem a SA. ‘

â, ‘

‘  !. Art.121 da LSA. Órgão máximo da sociedade. Pode ser
Ordinária (1 vez por ano) ou Extraordinária (a qualquer tempo - em razão da
matéria, não porque é fora do tempo ) conforme a matéria em votação. Art.
1o1 e ss da LSA; ‘
‘ Ê   . Opcional para as companhias fechadas e
obrigatório para as abertas. Art. 1Ë0 da LSA; ‘
‘ . Art. 1Ëo da LSA; ‘
Ë‘ Ê . Art. 1ö1 da LSA ‘

  Art. 1Ë5 da LSA ‘

‘ Todos os integrantes do Conselheiro de Administração, da Diretoria e


do Conselho Fiscal são considerados administradores da companhia; -
em pé de igualdade em relação à responsabilidade. ‘
‘ Estão sujeitos às mesmas regras atinentes aos requisitos para
administrar, aos impedimentos, investidura, remuneração, deveres e
responsabilidades. ‘

   Art. 201 da LSA ‘

‘ É como se denomina a distribuição dos lucros das sociedades anônimas.


Estatuto determina. ‘
‘ Dividendo obrigatório. Regras para a distribuição mínima dos lucros aos
acionistas. Art. 202 ‘
‘ Quando o Estatuto for omisso e a Assembleia geral deliberar alterá-lo,
nunca poderá ser inferior a 25% do lucro líquido ajustado. Art. 202
inciso I da LSA. ‘

 , ‘

‘ Debêntures: Art. 52 da LSA. Para empreendimentos de grande envergadura.


Resgate normalmente em 8 a 10 anos; - forma de captação de recursos,
empréstimo. ‘
‘ Bônus de subscrição: são títulos que conferem preferência ao seu detent or em
futura subscrição de capital de uma S.A. Art. 75 da LSA; ‘
‘ Partes beneficiárias: valores mobiliários que asseguram a participação nos
lucros, sem conferir ao seu detentor a qualidade de acionista. Somente as
79

companhias fechadas podem emitir. Art. Ëö da LSA; - só para Cias fechadas,


está em desuso. ‘
Ë‘ ÊInstrução CVM n 1oË, art. 7 . São como Notas
Promissórias. Dinheiro rápido para a companhia. Pagamento de o0 dias a um
ano. Seria como as debêntures, mas de retorno mais rápido. ‘

‘‘

Ê  8 %% ' ËË ('Ê* "+ ‘

Ê, Art. 11ö da LSA ‘

‘ Considera-se   a pessoa física ou jurídica que seja titular da


maioria dos votos nas deliberações da Assembleia Geral e que detenha o poder
de eleger a maioria dos administradores da companhia;
 Não é porque
tem a maioria das ações, mas sim a maioria dos votos na Assembleia. Os votos
são por maioria do capital, mas só vota quem estiver presente na Assembleia.
Ou seja, o controlador possui maioria de capital NA ASSEMBLEIA. ‘
‘ Também se inclui neste conceito o grupo de acionistas vinculados por Acordo
de Acionistas (Art. 118 da LSA) com regramento sobre exercício de voto; há um
͞bloco de controle͟, onde os acionistas se comprometem mutuamente a votar
de determinada forma. Quem votar diferente, é nulo seu voto, pois assinaram
esse contrato. ‘
‘ Em qualquer caso, o efetivo exercício deste poder é requisito necessário para
considerar-se o acionista controlador; ‘
‘ O controlador não tem, apenas por esta condição, responsabili dade pelas
obrigações sociais maior que o dos acionistas minoritários, eis que sua
obrigação, assim como a dos demais, está limitada ao valor das ações
subscritas. A responsabilidade do controlador é por atos de gestão, não tem
maior responsabilidade que o s demais. ‘


 
  Ê ‘

‘ Nem sempre o acionista controlador detém a maioria do capital social da


companhia. O que interessa para controlar a S.A. é a maioria dos votos na
Assembleia Geral;‘
‘ Assim, como a lei permite que até 50% das ações sejam preferenciais (Art. 15, §
2 da LSA) sem direito a voto, é possível a um empreendedor que necessite de
R$10 milhões para um empreendimento, constituir uma S.A. com este capital,
dividido em 5 milhões de ações ordinárias e 5 milhões de ações preferenciais.
Caso ele subscreva 2.ö00.000 ações ordinárias, irá controlar a companhia,
tendo integralizado apenas ':   ;‘
‘ Naturalmente, o negócio terá de ser atrativo, para a captação dos valores a
serem integralizados pelos ͞preferencialistas͟; ‘

 
  Ê ‘
80

‘ Apesar de a responsabilidade do controlador pelas obrigações sociais ser a


mesma dos demais acionistas, a lei insta a que ele utilize o poder de modo a
que a companhia cumpra seu objeto e sua função social; ‘
‘ De outro lado, ele tem deveres e responsabilidades para com os demais
acionistas, para com os trabalhadores e para com a comunidade onde atua
(Art. 11ö, § único da LSA); ‘
‘ O acionista controlador responde pelos atos praticados com abuso de poder
(Art. 117 da LSA); ‘
‘ A LSA considera exercício abusivo de poder, entre outros: a) orientar a
companhia para atividade estranha ao seu objeto social, ou a favorecer outra
companhia ou terceiros; b) contratar operação entre ele e a companhia, em
condições de favorecimento; promover alteração estatutária com o objetivo de
causar prejuízo aos acionistas minoritários. ‘

 
  Ê ‘

Em relação ao exemplo anterior: o controlador vende suas ações a R$ 1.000,00 cada.


Os minoritários querendo vender também, não conseguiam vender pelo mesmo
preço, pois as ações que davam o controle já haviam sido vendidas. A Lei das SA
resolveu em parte esse problema. Apesar de não valerem a mesma coisa, deve ser no
mínimo 80% das ações que dão direito a controle. Vale para S.A. de capital aberto. No
caso de capital fechado, deve haver acordo de acionistas, registrado na CIA. (no caso
de Ltda, também pode haver, é o acordo de cotistas). ‘

‘ As ações que garantem o poder de controle possuem, natu ralmente, valor de


negociação superior ao das demais emitidas pela mesma companhia. Este
sobrepreço é chamado ͞ ͟; ‘
‘ Para evitar que o controlador obtenha sozinho benefícios decorrentes do
investimento comum, criaram-se mecanismos de socialização do prêmio de
controle. Assim, por exemplo, em uma companhia aberta, a obrigatoriedade de
o adquirente realizar uma oferta pública no mercado de capitais, dispondo -se a
pagar preço equivalente ou proporcional pelas ações dos minoritários. Chama -
se ͞    ͟ ou, em inglês, tag a ong right ou, ainda, quando
previsto em acordo de acionistas, tag a ong agreement; deve estender a oferta
aos demais acionistas com direito a voto. No caso da cláusula drag a ong, no
Acordo de Acionistas, é ob rigado o minoritário vender quando o comprador
quiser todas as ações com direito a voto. Pode haver outras cláusulas, pois é
direito disponível. O Acordo de Acionistas prevê, basicamente, cláusulas de
saída e de voto. ‘
‘ A LSA (Art. 25Ë-A) obriga o adquirente de poder de controle a fazer oferta
pública de aquisição das demais ações com direito a voto, no mínimo igual a
80% do valor pago pelas ações integrantes do bloco de controle; ‘
‘ Pode também o adquirente oferecer aos acionistas minoritários a opção de
permanecer na empresa, recebendo um prêmio equivalente a diferença entre
o valor de mercado das ações e o valor pago pelas ações do bloco de controle
(Art. 25Ë-A, § Ë .) ‘
81

! ‘

Regras de transparência de gestão que, uma vez seguidas pela S.A., entende-se que é
uma empresa com mais segurança para se comprar as ações. A empresa recebe algo
como um ͞selo de qualidade͟ na bolsa de valores, dizendo -se que está no ͞novo
mercado͟. Facilita para o leigo no mercado poder investir com mais segurança. ‘

‘ Movimento surgido nos países da common Law, e que eclodiu com mais força
nos anos 90. Visa estimular a discussão sobre a maneira mais adequada de gerir
negócios em sociedade; ‘
‘ No Brasil, o movimento se manifesta inicialmente em 1999, com a criação do
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e a publicação do
primeiro Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa; ‘
‘ Em 2000, a Bovespa cria o Novo Mercado, listagem segregada das companhias
abertas que cumprem as exigências das modernas práticas de Governança
Corporativa e que, por esta razão, uma maior valorização de suas ações em
bolsa; ‘
‘ Entre essas práticas, encontram-se: a) não constar nas convocações para
Assembleias o item ͞outros assuntos͟, evitando que se votem temas
importantes sem a devida preparação dos acionistas (não há transparência); b)
resolução dos conflitos entre os acionistas através da arbitragem (solução mais
rápida); c) Conselho de Administração com 5 membros, mesmo nas sociedades
que não estão obrigadas (fechadas); representatividade dos minoritários;
divulgação da remuneração paga aos administradores (cada um); d) criação e
divulgação de um Código de Ética. etc‘

  ‘

‘ Também chamado Direito de Retirada (termo impróprio, existe distinção para a


Ltda; há direito de retirada quando é imotivada a saída, com prazo
indeterminado. Na S.A. existe apenas o direito de recesso ʹ se não houver
acordo, sair da empresa com a parcela do capital social);‘
‘ Nas sociedades limitadas, é possível dificultar o desligamento dos sócios pela
alienação da participação societária, ao passo que é plena a possibilidade de
desligamento pelo direito de recesso; ‘
‘ Nas S.A., ocorre o inverso, isto é, é ampla a circulação de ações (Art. oö da LSA)
e se reduzem as hipóteses de exercício do direito de retirada;‘
‘ Assim, a LSA define (Art. 1o7) as - em que o acionista poderá exercer
seu direito de recesso, que se resumem à discordância do acionista com
deliberações da Assembleia, entre elas: a) redução do dividendo obrigatório; b)
cisão e fusão da companhia, ou sua incorporação em outra; c) mudança do
objeto da companhia; = o acionista não concorda com algo grave, mudanças
estruturais. ‘

 6       ‘

   6  ‘


82

‘ O Art. 20ö da LSA regula os eventos que ocasionam a dissolução da S.A; ‘


‘ Assim, dissolve-se a companhia quando ocorrer o término do seu prazo de
duração, quando determinado; ‘
‘ Quando ocorrer algum evento previsto no Estatuto como determinante da
dissolução (ex: morte de X acionistas do bloco de controle);‘
‘ Quando a Assembleia Geral assim deliberar; ‘
‘ Se for verificada a existência de apenas 1 acionista em Assembleia geral
ordinária, e o mínimo de 2 não for reconstituído até a Assembleia seguinte, ou
seja, geralmente 1 ano;‘
 ‘ Por decisão judicial, quando a nulada sua constituição, em ação proposta por
qualquer acionista. Ou quando provado que a companhia não preenche mais o
seu fim (dar lucro), em ação proposta por acionistas que representem no
mínimo 5% do capital social. O lucro é um dos fins da empresa, p ortanto,
poderá dar ensejo a esta ação; ‘
 ‘ pela extinção de autorização para funcionar (nos casos em que é exigido) ou
por decisão administrativa de órgão competente, previsto em lei especial; ‘
 ‘ A companhia conserva sua personalidade jurídica, até a completa ex tinção. ‘

6    6  ‘

‘ Se o Estatuto nada prever, a Assembleia geral irá definir o modo de liquidar,


nomear o liquidante e o conselho fiscal, que deverão funcionar durante todo o
período de liquidação; ‘
‘ O liquidante passa a administrar a empresa, conforme se depreende de seus
deveres, enumerados no Art. 210 e 211 da LSA; ‘
‘ Em todos os atos e operações, a companhia deverá usar a denominação social
seguida das palavras ͞em liquidação͟ (Art. 212 da LSA); ‘
‘ A companhia extingue-se pelo encerramento da liquidação;‘
‘ Também é extinta a companhia: a) pela sua  em outra sociedade
(incorpora adquirindo todas as ações, ou troca de ações, quando os acionistas
da incorporada passam a ter ações da incorporadora. Mas não extingue quando
uma empresa compra todas ações ou transforma subsidiária); b) pela  
com outra sociedade (é muito difícil haver a fusão real, pois extingue CNPJ,
operações societárias; juridicamente ocorre a incorporação, pois é mais
simples); c) pela  com versão de todo o seu patrimônio em outras
sociedades (uma empresa dá origem a duas outras. Há 2 tipos: cisão total, onde
a empresa cindida é extinta com a criação das 2, todo o capital é vertido para
as novas companhias; cisão parcial, onde uma parte do patrimônio é vertido
para uma nova empresa, mantendo uma parcela íntegra. A empresa continua
existindo. Chama-se de companhia sobrevivente). ‘

‘
Ê  Ê !  )Ê  Ê  %‘

ÊÊ  c &(   Ëo ‘

Controlada = quando uma outra companhia ou pessoa física controla na acepção do


poder de controle. ‘
8o

Coligadas (stricto sensu) = art. 1.099, CC = uma sociedade participa com 10% ou mais
de outra sociedade. ‘

De simples participação = participação de menor de 10% do capital de outra


sociedade. ‘

Ê ‘

‘ As sociedades coligadas, controladoras e controladas fazem parte do universo


moderno da vida empresarial, com suas exigências de constante preocupação
com a eficiência e economia de escala. Os grupos econômicos foram e são
criados, assim, para racionalizar a exploração empresarial;‘
‘ Existem duas espécies de grupos empresariais: ‘

Grupos de fato: as sociedades que mantém entre si participação acionária (coligadas,


controladoras e controladas) e não possuem estrutura organizacional em comum (CC
Art. 1.097 e ss e LSA Art. 2Ëo); ‘

Grupos de direito: são os Grupos de Sociedades (LSA Art. 2ö5 e ss) e os Consórcios (LSA
Art. 278 e ss); ‘

‘ Coligadas: ‘

‘ controlada: a maior parte de seu capital pertence a outra sociedade, que possui
a maioria dos votos nas Assembleias e elege a maioria dos administradores (CC
Art. 1.098, I e LSA Art. 2Ëo, § 2 ) ou, ainda, cujo controle pertence a outras
sociedades controladas por uma determinada sociedade (CC Art. 1.098, II e LSA
Art. 2Ëo, § 2 ); ‘
‘ coligada ou filiada: outra sociedade participa de seu capital com dez por cento
ou mais, sem controlá-la (CC Art. 1.099 e LSA Art. 2Ëo, § 1 ); ‘
‘ simples participação: quando uma sociedade possui menos de dez por cento do
capital com direito de voto de outra. ‘
Ë‘ Participação recíproca: é vedado a uma sociedade possuir participação em
outra, que seja sua sócia, em valor superior ao das próprias reservas, excluída a
reserva legal CC Art. 1.101 e LSA Art. 2ËË, § 1 ); ‘
‘ Subsidiária integral: é a sociedade anônima cujo capital pertence integralmente
a outra sociedade anônima = é o único caso de sociedade unipessoal no Brasil. ‘

* "#  Ê$ ‘

   "+%%ÊÊ  c ccË    ‘

Ê ‘

‘ Transformação é mudança do tipo societário da empresa; mantém a garantia


aos credores anteriores à transformação.‘

‘ É necessário o consentimento unânime dos sócios, salvo se prevista no Estatuto


ou no Contrato Social . Neste caso, o sócio dissidente terá o direito de recesso; ‘
‘ Os credores permanecem com as mesmas garantias que o tipo anterior lhes
garantia;‘
‘ A personalidade jurídica da empresa permanece a mesma. ‘

Ê
 "+%%ÊÊ  c cc'   ( ‘

Ê ‘

‘ Ocorre quando uma   , por absorção total por outra
sociedade, que lhe sucede em todos os direitos e obrigações; = ou troca de
ações. Os acionistas da sociedade extinta passam a ser acionistas da sociedade
incorporadora, proporcionalmente a suas quotas. A incorporadora, que não é
nova sociedade, engloba a incorporada. ‘
‘ No caso das S.A, enseja o direito de retirada par a os acionistas discordantes,
salvo aqueles detentores de ações com dispersão no mercado, ou seja, das
companhias abertas (LSA Art. 1o7). ‘

* +ÊÊ  c cc&    (não existe, o normal é criar uma terceira e


incorporar as duas, ou então uma incorporar a outra, senão perde o CNPJ, NIRE, etc) ‘

Ê ‘

‘ A fusão é a união de duas ou mais sociedades, que se extinguem, dando origem


a uma sociedade totalmente nova, que as sucede em todos os direitos e
obrigações; ‘
‘ No caso das S.A, enseja o dir eito de retirada para os acionistas discordantes,
salvo aqueles detentores de ações com dispersão no mercado, ou seja, das
companhias abertas (LSA Art. 1o7). ‘

Ê +ÊÊ  c c & ‘

Ê ‘

‘ A cisão é a operação pela qual a sociedade transfere parcelas de seu


patrimônio para uma ou mais sociedades, já existentes ou constituídas para
essa finalidade; ‘
‘ Cisão total: Se houver a versão total do patrimônio da sociedade cindida para
outras sociedades; na prática, cria antes as outras empresas e depois elas
incorporam parte da empresa que será extinta. ‘
‘ Cisão parcial: quando apenas uma parte do patrimônio de uma sociedade é
transferida para outra, com a sobrevivência de ambas; ‘
‘ No caso das S.A, somente enseja o direito de retirada para os acionista s
discordantes se ocorrer: a) mudança do objeto social; b) redução do dividendo
obrigatório; c) participação em grupo de sociedades; ‘
85

20 de novembro de 2010.

Prova: S.S., Sociedade em Conta de Participação, LTDA, desconsideração, dissolução


total e parcial, S.A., cisão, fusão e incorporação. Sociedade coligadas (coligada,
controlada e simples paticipação). Transformação/ Fusão/ Cisão/ Incorporação.

Pode trazer os enunciados e código.

Não cai em nome coletivo, comandita simples, comandita por ações.

Depois: sociedade coligada não vai cair na prova.

Ê Ê !  

1097 e ss. co CC e 2Ëo e ss. da Lei das S.A.

Coligadas são todas elas lato sensu (pode ser qualquer uma das três.

Temos por ordem de participação:

D‘ Controlada: quando uma outra companhia (Sociedade A controla a Sociedade


B) é quando uma sociedade ou pessoa física controla outra sociedade. É controle no
sentido de controlar a gestão (dos adminsitradores) e não no sentido de ter maior
participação acionária. Não interessa o capital.

Quem tem 51% é normalmente quem controla.

D‘ Coligada Propriamente Dita: art. 1098, 1099, CC e 2Ëo, §1 da Lei das S.As. É
quando uma sociedade participa com 10% ou mais de outra sociedade.
D‘ De Simples Participação: quando é menos de 10% a participação do capital de
outra sociedade.

Esses conceitos impactam IR, dentre outras coisas.

O STF ainda discute da isenção do IR no Brasil do Lucro disponibilizado no Exterior,


ainda que não remetida para cá.

Coligada é chamada também de filiada.

Subsidiária integral: é uma S.A. cujo capital pertence 100% a outra S.A., que é o único
caso no DB de sociedade unipessoal.

Subsidiária integral não é um terceiro.


 ,

Transformação: mudança do tipo societário (era uma LTDA e passou para uma S.A.). Se
os credores anteriores tinham característica (peculiaridades), mantém essas
características (ex: se era ilimitada e passa a limitada, os credores daquela época terão
suas garantias estabelecidas).

Cisão: há dois tipos de cisão:

1)‘ Cisão Total: eu tenho uma Cia que dá origem a outras duas ou mais com
extinção da Cia cindida.

Nascerão dois filhotes e a mãe se extingue. Aqui pode ter um problema de logística. A
cisão total não é muito inteligente, pois uma sociedade, extinguindo -se dá origem a
duas ou mais.

Na prática se cria uma outra, ou faz a mesma coisa que a fusão. Cada uma incorpora
um percentual da outra e depois ela morre.

2)‘ Cisão Parcial: essa sim é quando parte do patrimônio de uma empresa é vertida
para uma nova Cia ou para outra Cia que lhe venha a incorporar. A Cia continua
existindo, só o naco dela é deslocado e passa a pertencer a uma outra Cia.

Fusão: duas sociedades se unem para criar um terceira. Essas duas sociedades que se
unem irão desaparecer. Daí a resultante será uma C. A A e a B vão desaparecer. Isso na
prática não se faz.

Pode ser qualquer sociedade.

É muito difícil de acontecer, pois tem que fazer CNPJ, coisas para emitir notas fiscais,
etc.

Fusão não existe mais.

A perdigão e a sadia criaram um nome empresarial (Brasil Foods), mas a Perdigão


incorporou a Sadia (na verdade foi uma incorporação).

Incorporação: uma sociedade assume todos os direitos e obrigações de outra com a


extinção da sociedade incorporada. Incorporação é caso de extinção da sociedade
controlada. Ou a sociedade vai comprar todas as quotas ou ações dos sócios da
incorporada. Ou se faz uma incorporação mediante troca de participações. Daíse uma
empresa é o vezes o valor da outra. Do resultante, os sócios de uma terão ¼ e ¾ do
todo resultante.

Ex: A= 15

B=5
87

A+B=20.

A A incorpora todos os direitos e obrigações que a B tiver, tudo que a B tem, p assa a
pertencer a outra.

Essa sociedade ou vai adquirir todas as quotas e os sócios da B saem ou A e B se


juntam e não entra dinheiro, mas fica com a proporção nessa junção.

É englobar uma outra sociedade que desaparece, ou seus sócios serão pagos ou
virarão ͞irmãozinhos͟ na união dessas sociedades.

É uma sociedade que comeu (engoliu a outra).

Em situações em que há modificações importantes, o legislador conferiu o direito de


recesso pela mudança nas regras do jogo.

Se a dispersão é muito grande (se eu tenho 0,001 de uma empresa, não faz diferença).

Diz o 1o7 da S.A. que nos casos dos incisos IV e V não terá direito de retirada.

Dispersão (detém menos da metade da espécie, classe de ações que eu tenho).

O legislador quis colocar um marco para a participação de um que é ínfima ficar mais
ínfima não significa nada.

Deve dar direito de retirada ao que for realmente prejudicado.

As Cias com ações disseminadas em bolsa, o direito de recesso deverá obedecer a


essas regras aqui.

  é criada pro lei, com objeto pré-determinado. Só pode atuar naquele objeto
mencionado na lei que a criou. Há dois tipos: presta S.P. ou explora atividade
econômica. Só podem ser S.A.

!   quando se tem um conjunto de empresas em que há


participação acionária, costuma-se chamar informalmente de grupo empresarial, etc.

Grupo mesmo é o que tem um órgão administrativo que gerirá todas as outras.

Isso não cai.

  
 em cada setor da atividade como funciona.
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- CLT: é grupo de fato, não é grupo de direito. É caso do grupo RBS.

 são as ações das S.A. de capital fechado, e o nome estão no livro
de registros.

Ações escriturais são as de capital aberto e o controle, como é muito disseminado.



4   porque o vínculo não é contratual (salvo os fundadores), tem um


estatuto.

De capital fechado é a que não tem suas ações negociadas na bolsa de valores. Para se
tornar acionista, ou eu comprei de alguém ou eu comprei na emissão. Se eu comprei
de alguém de uma Cia fechada, esse negócio, perante a Cia só irá valer após a inscrição
dessa transação no livro de registro arquivado nessa Cia. Não adianta chegar na AG
com contrato se não estiver no livro. Para votar, tem que estar inscrito no livro. É da
essência do ato de transferência de ações a inscrição no livro.

De capital aberto são aquelas que suas ações são negociadas na bolsa de valores ou no
mercado de balcão. Mercado de balcão são negócios com ações de determinadas cias
de capital aberto fora da bolsa de valores por instituições financeiras, também
autorizadas pela CVM. Nada impede, em uma sociedade de capital aberto que eu
compre ações de alguém.

A S.A. é voltada para a circulação livre das suas ações. É essa a idéia.

 é o preço de emissão: é o valor das ações ou no ato da sua fundação
(são vendidas no mercado primário) da empresa para o acionista.

Ou em segunda emissão, que é o valor pago para a Cia para se tornar acionista.

A quota consciente do lote de ações é 1 real, que não é a mesma coisa que o valor
nominal, que é uma coisa expressa.

O preço de emissão é 1 real por cada ação.

Valor de emissão é o valor da ação.

Quota consciente é o valor do capital social dividido pelas quotas.

Mercado primário é a primeira venda da ação, que é empresa D acionista.


89


 

Ativo X Passivo (PL D capital social, lucros, prejuízos e reservas).

Se houver prejuízos, a ação que era de 1 real (representação do capital social real) vai
cair. O que diz quanto vale efetivamente é o PL.

É quanto vale a ação referente ao patrimônio líquido da empresa. É o valor real da


ação segundo o patrimônio financeiro da empresa.

 não é real. Pode ser maior ou menor. É o quanto foi pago em um
negócio determinado.

   o valor patrimonial é uma radiografia do valor de HOJE. Já o valor
econômico da ação também é mundo real, mas é um mundo real futuro. É quanto vale
o NEGÓCIO e não a empresa.

Vão fazer avaliações por métodos (fluxo do caixa descontado D se projeta o fluxo do
caixa nos últimos meses e se projeta, p. ex., por seis anos), junto com outros tipos de
informação de mercado.

Desconta-se o risco.

Há vários outros métodos.

O empreendedor, mesmo sabendo que o valor patrimonial é o00, sabe que ela vale
500, pois tem grande possibilidade de aumentar.

não é obrigatório colocar o valor nominal das ações.

Se colocar o valor nominal de 1 real e o de emissão de 1 real.

Coloca-se o valor nominal porque o cidadão que vai investir e tiver o mínimo de
conhecimento do ne gócio.

Sabe que poderá ocorrer uma diluição da participação acionária dele.

Ex: capital de 100 mil dividido em 100 mil ações = 1 real por ação.

Hipótese 1: se emitir mais 50 mil ações a 1 real. Daí fica com 150 mil ações com 150
mil no CS porque entrou 50 mil no caixa. A ação que eu comprei antes não sofreu
desvalorização nenhuma.
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Hipótese 2: se houver uma diluição a 0,5 do valor de emissão desse segundo lote: Daí
a ação cai para 0,8o. Só se protege disso se comprar ações de empresa que expressem
o valor nominal. Se não tiver valor nominal, corre -se mais riscos.

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