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O objectivo da política levada a cabo pela Comissão no domínio da segurança e da saúde no local de trabalho,
nestes últimos trinta anos, tem sido reduzir ao mínimo, tanto os acidentes de trabalho, como as doenças
profissionais.
A acção comunitária em matéria de saúde e de segurança no trabalho foi desenvolvida com base no artigo 137.º
(ex-artigo 118.º) do Tratado que institui a Comunidade Europeia. O Conselho adoptou cerca de quinze directivas,
quase todas transpostas para o direito nacional pelos Estados-Membros.
Todavia, a elaboração de um amplo corpo legislativo e respectiva transposição para o direito nacional dos Estados-
Membros são os instrumentos e não o objectivo da Comissão. O objectivo final é a redução dos acidentes de trabalho
e das doenças profissionais. Trata-se de evitar o sofrimento dos trabalhadores e respectivas famílias, os problemas
associados à qualidade do trabalho, à reinserção social, bem como as implicações económicas decorrentes, que se
repercutem em toda a sociedade.
Por este motivo, e a fim de controlar a eficácia das medidas em vigor, quer legislativas quer não legislativas, a
directiva-quadro prevê que as empresas mantenham uma lista dos acidentes de trabalho que tenham ocasionado
incapacidade para o trabalho superior a três dias.
Nesta base, foram iniciados, em 1990, os trabalhos europeus de harmonização dos critérios e das metodologias a
aplicar ao registo dos dados relativos aos acidentes de trabalho. Esse trabalho exaustivo, efectuado conjuntamente
com os Estados-Membros, culmina na publicação da presente metodologia final das Estatísticas Europeias de
Acidentes de Trabalho, incluindo instrumentos harmonizados para analisar as causas e as circunstâncias dos
acidentes de trabalho (recolha de dados, classificações, regras de codificação). Os resultados obtidos permitirão
um melhor acompanhamento da aplicação das directivas e, eventualmente, a adaptação destas às novas
necessidades, bem como a definição de novas políticas a nível comunitário.
Esta publicação dirige-se, em particular, às instituições nacionais responsáveis pelo registo e pelo tratamento das
informações relativas aos acidentes de trabalho, tais como os institutos de estatística, as empresas de seguros e
mútuas, os departamentos de prevenção de acidentes e de doenças profissionais. De um modo mais geral, será
útil aos técnicos e peritos que trabalham neste domínio, bem como às empresas.
3
PREFÁCIO
Os trabalhos do projecto referente à harmonização das Estatísticas Europeias de Acidentes de Trabalho (EEAT) iniciaram-se
em 1990 sob a coordenação conjunta da Unidade E3 do Eurostat e da Unidade D/5 da Direcção-Geral do Emprego e
Assuntos Sociais (DG EMPL), para elaborar a metodologia de recolha de dados comparáveis na União Europeia.
Estes trabalhos têm por objectivo harmonizar as metodologias e os critérios que devem ser aplicados ao registo dos
dados sobre acidentes de trabalho. As diferentes fases foram desenvolvidas como uma técnica útil possibilitando o
melhor acompanhamento da aplicação das medidas adoptadas no âmbito do artigo 137.º (ex-artigo 118.º) do Tratado
CE, tendo em vista a melhoria do ambiente de trabalho, a fim de proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores.
No mesmo contexto, é oportuno referir que o Conselho, nas suas Resoluções de 21 de Dezembro de 1987(2) e de
27 de Março de 1995(3), solicitou especificamente à Comissão que lhe apresentasse propostas referentes à
harmonização das estatísticas de acidentes de trabalho, tendo-a posteriormente incentivado no sentido de concluir
os trabalhos em curso neste domínio. O programa relativo à segurança, higiene e saúde no local de trabalho
(1996-2000) prevê igualmente que se dê continuidade ao projecto EEAT, que fez parte integrante do
programa-quadro para as acções prioritárias no domínio da informação estatística 1993-1997(4). Acrescente-se
ainda que a Decisão do Conselho de 22 de Dezembro de 1998 relativa ao Programa Estatístico Comunitário de
1998 a 2002(5), que define os principais domínios e objectivos das estatísticas da Comunidade Europeia, prevê o
estabelecimento de séries coerentes de dados, a nível europeu, que permitam acompanhar a saúde e a segurança
no trabalho, bem como a eficácia da regulamentação nesta matéria.
As Fases I e II do projecto EEAT foram aplicadas, respectivamente, a partir de 1993(6) e 1996(6). Têm vindo a ser
desenvolvidas desde 1990 pela Comissão (DG EMPL e EUROSTAT) juntamente com os Estados-Membros).
Estabeleceu-se o Grupo de Trabalho EEAT para acompanhar os trabalhos e formular recomendações à Comissão
Europeia no contexto do desenvolvimento deste tipo de estatísticas. Foi criada também uma Task Force com peritos
nacionais que prestam conselhos técnicos à Comissão no âmbito da elaboração de uma metodologia que contemple, na
medida do possível, os procedimentos de notificação e as metodologias em vigor nos vários Estados-membros.
A Fase I abrange as variáveis referentes à identificação da actividade económica do empregador, profissão, idade
e sexo do sinistrado, natureza da lesão e parte do corpo lesionada, bem como localização geográfica, data e hora
do acidente, a Fase II completa essas primeiras informações, na medida em que inclui a dimensão da empresa, a
nacionalidade do sinistrado e a respectiva situação profissional, bem como as consequências do acidente em
termos de número de dias perdidos, incapacidade permanente ou falecimento na sequência do acidente.
Todas estas variáveis facultam informações que permitem identificar as características da empresa, do sinistrado,
da lesão e suas consequências, bem como datar e localizar o acidente. Todavia, para incentivar mais activamente
uma política de prevenção dos acidentes de trabalho, a nível europeu, a Fase III do EEAT contempla outras
classificações e variáveis harmonizadas sobre causas e circunstâncias(7) dos acidentes de trabalho que permitam
estabelecer em que situação e em que condições o acidente ocorreu. Os resultados dessas análises fornecerão
informações úteis para orientar, com pertinência, as novas políticas de prevenção que deverão ser desenvolvidas.
6
O primeiro ano de referência da Fase III do projecto é 2001.( )
4
De referir que o projecto EEAT foi reconhecido a nível internacional pela resolução do Secretariado Internacional
do Trabalho (BIT) relativa a "Estatísticas de Lesões Profissionais Resultantes de Acidentes de Trabalho"(8) que
adoptou em larga medida a metodologia EEAT da Comissão Europeia. A Fase III constitui paralelamente a origem
metodológica e a primeira aplicação concreta das informações complementares sobre as circunstâncias do
acidente, que a resolução decidiu desenvolver. Garantirá a harmonização dos dados sobre esta matéria
provenientes dos Estados-Membros da União Europeia, bem como de outros países que a queiram utilizar.
Constitui um instrumento suficientemente próximo dos sistemas nacionais já operacionais em determinados
países, parciais ou mais completos consoante o caso, para garantir a melhor aplicação possível nas instituições
nacionais que são a fonte dos dados (segurança social, seguros, inspecção do trabalho), podendo mesmo, caso tal
seja oportuno, ser utilizado pelas próprias empresas.
Esta publicação apresenta os resultados dos trabalhos sobre a metodologia das três fases das EEAT levados a
cabo, desde 1990, pelos serviços da Comissão e por peritos na matéria, provenientes das instituições pertinentes
(Institutos Nacionais de Estatística, Ministérios e Departamentos do Trabalho e Assuntos Sociais, Organismos de
Segurança Social) no domínio da saúde e segurança no trabalho dos Estados-membros. O resultado concretizou-
se num conjunto completo de variáveis e respectivas classificações, notas explicativas e guias de codificação.
Há que referir que os trabalhos da Comissão em matéria de estatísticas de acidentes de trabalho encontram-se
associados ao Inquérito às Forças de Trabalho (IFT). Por exemplo, a população de referência das EEAT para
calcular as taxas de incidência dos acidentes de trabalho baseia-se nos dados do IFT. Para se ter uma perspectiva
mais alargada da situação, acrescentou-se ao IFT de 1999 - Regulamento (CE) da Comissão n.º 1571/98, de 20
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de Julho de 1998( ) - um módulo ad hoc sobre saúde e segurança no trabalho. A análise dos resultados obtidos a
partir deste módulo irá enriquecer significativamente a informação já recolhida pelas EEAT: acidentes com menos
de quatro dias de afastamento do trabalho, análises cruzadas com dados sobre o mercado de trabalho,
características dos empregos, condições de trabalho ou formação.
A nova Fase III sobre causas e circunstâncias tem vindo a ser introduzida, progressivamente, nos
Estados-Membros, a partir de 2001, de acordo com os calendários nacionais de aplicação, tendo em consideração
as adaptações necessárias nos respectivos sistemas de notificação e registo de acidentes de trabalho. Os
primeiros resultados referentes a um primeiro grupo de Estados-Membros estão previstos para 2003, em relação
6
aos dados do ano de referência ( ) de 2001.
(8 ) Adoptada pela 16ª Conferência Internacional dos Estaticistas do Trabalho, Genebra, 6-15 de Outubro de 1998.
(9 ) Regulamento (CE) n.º1571/98 da Comissão, de 20 de Julho de 1998, que aplica o Regulamento (CE) n.º577/98 do
Conselho, relativo à organização de um inquérito por amostragem às forças de trabalho na Comunidade - JO L 205 de
22.07.1998.
5
© Comissão Europeia 2001
Doc. ESTAT/E3/HSW/2001/1130
Didier Dupré
Eurostat E3 - Edifício Bech D2/723 Tel: (352) 4301-35034; Fax: (352) 4301-35399
E-mail: Didier.Dupre@cec.eu.int
Angel Fuente
DG Emprego e Assuntos Sociais D5 – Edifício Jean Monnet C3/79 Tel: (352) 4301-32739; Fax: (352) 4301-34259
E-mail: Angel.Fuente-Martin@cec.eu.int
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Índice
PREÂMBULO ..............................................................................................................................3
PREFÁCIO...................................................................................................................................4
7
RECOLHA E HARMONIZAÇÃO DOS DADOS .........................................................................23
Procedimentos de notificação nos Estados-membros ........................................................................................ 23
Sistemas baseados em entidades seguradoras e outros sistemas ...................................................................... 23
Avaliação dos procedimentos nacionais de notificação ........................................................................................ 23
Recolha harmonizada dos dados EEAT ................................................................................................................ 24
Definição de acidente de trabalho.......................................................................................................................... 24
Acidentes não-mortais ........................................................................................................................................... 24
Acidentes mortais .................................................................................................................................................. 25
Grupos abrangidos pelos sistemas nacionais de notificação ............................................................................ 25
Cobertura de trabalhadores independentes e trabalhadores familiares................................................................ 25
Sectores................................................................................................................................................................. 26
Cobertura de acidentes no exterior das instalações da empresa (incluindo acidentes de viação) ....................... 27
Níveis nacionais de notificação.............................................................................................................................. 27
8
Tipo de local........................................................................................................................................................... 49
Tipo de trabalho ..................................................................................................................................................... 50
Actividade física específica.................................................................................................................................... 51
Desvio .................................................................................................................................................................... 52
Contacto - Modalidade da lesão............................................................................................................................... 54
Agente Material ...................................................................................................................................................... 55
Formatos agregados................................................................................................................................................ 62
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ANTECEDENTES E OBJECTIVOS DO PROJECTO EEAT
Nesta base, foi lançado o projecto EEAT em 1990, com o objectivo de harmonizar dados sobre acidentes de
trabalho, para todos os acidentes que ocasionassem incapacidade para o trabalho superior a três dias. Em 1992, o
Eurostat e a DG Emprego e Assuntos Sociais publicaram uma "Metodologia para a harmonização das estatísticas
europeias de acidentes de trabalho"(11). O projecto EEAT fez parte integrante do programa-quadro para as acções
prioritárias no domínio da informação estatística 1993/1997(12).
Além do mais, a Resolução do Conselho 95/C 168/01(13) solicita à Comissão que "leve a bom termo os trabalhos
em curso sobre a harmonização das estatísticas dos acidentes de trabalho ...". O programa em matéria de
segurança, higiene e saúde no trabalho (1996-2000) prevê igualmente a prossecução deste projecto. Por último, o
programa estatístico comunitário de 1998 a 2002, que define os principais domínios e objectivos das estatísticas
comunitárias, propõe a elaboração de séries de dados coerentes, a nível europeu, por forma a propiciar a vigilância da
saúde e da segurança no trabalho, bem como a eficácia da regulamentação nesta matéria(14).
É igualmente objectivo do projecto EEAT desenvolver uma metodologia que, na medida do possível, seja
comparável com outras estatísticas internacionais e participar na coordenação dessa tarefa. A metodologia EEAT
é consentânea com a resolução do Secretariado Internacional do Trabalho (BIT), de 1998, relativa a "Estatísticas
de lesões profissionais resultantes de acidentes de trabalho"(15).
(10) Directiva 89/391/CEE do Conselho, de 12 de Junho de 1989, relativa à aplicação de medidas destinadas a promover a
melhoria da segurança e da saúde dos trabalhadores no trabalho, JO L183 de 29.06.1989. Seguidamente designada por
directiva-quadro (relativa à segurança e à saúde dos trabalhadores no trabalho).
(11) Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, Tema 3 Série E, ISBN 92-826-4100-7, número de catálogo CA-74-92-257-PT-C.
(12) Decisão 93/464/CEE do Conselho, de 22 de Julho de 1993, relativa ao programa-quadro para as acções prioritárias no
domínio da informação estatística 1993/1997, JO L 219 de 28.8.93.
(13) JO C168 de 4.07.95, pp 1-2.
(14) Decisão 1999/126/CE do Conselho relativa ao Programa Estatístico Comunitário de 1998 a 2002, JO L 42 de 16.02.1999.
(15) Adoptada na Décima Sexta Conferência Internacional dos Estaticistas do Trabalho, Genebra, 6-15 Outubro de 1998.
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CONCEITOS DE BASE E DEFINIÇÕES
Os dados das Fases I, II e III das EEAT foram recolhidos, respectivamente, a partir dos anos de referência 1993,
1996 e 2001. O período de referência é definido como o ano de notificação do acidente. São incluídos todos os
casos de acidentes de trabalho que ocasionem uma ausência superior a três dias civis(16). Na prática, significa que
um acidente de trabalho é incluído nas EEAT se o sinistrado estiver incapaz de trabalhar durante mais de três dias,
incluindo sábados, domingos, feriados e outros dias em que normalmente não trabalha.
Um acidente de trabalho é definido como "uma ocorrência imprevista, durante o tempo de trabalho, que provoque
dano físico ou mental". Incluem-se casos de intoxicação aguda e actos voluntários de terceiros, assim como acidentes
durante o trabalho, embora no exterior das instalações da empresa, mesmo que provocados por terceiros. Excluem-
se ferimentos deliberadamente auto-infligidos, acidentes que ocorram no percurso para o local de trabalho ou no
regresso deste (acidentes de trajecto, ver Anexo F), acidentes que se devem unicamente a causas médicas e
doenças profissionais (17) A expressão "durante o tempo de trabalho " é entendida como "no decorrer da actividade
profissional ou durante o período em serviço". O que inclui acidentes de viação durante o tempo de trabalho.
Um acidente mortal é definido como um acidente de que resulte a morte da vítima num período de um ano após a
sua ocorrência.
Essas actividades profissionais incluem, por exemplo, reparações, actividades comerciais ou outros serviços
efectuados nas instalações do cliente. Inclui-se igualmente um acidente de viação de um administrador que se
desloque do seu escritório para uma reunião ou uma visita de trabalho a outro local. Um acidente deste tipo deverá
ser considerado como acidente de trabalho e incluído na metodologia EEAT, podendo o local pertencer à sua
empresa ou a um cliente, outra empresa ou instituição. Os acidentes de viação acima descritos abrangem igualmente
ocorrências em parques de estacionamento, assim como nos caminhos no interior das instalações da empresa.
A expressão "no decorrer da actividade profissional ou durante o período em serviço" tem, por conseguinte, que
ser considerada na sua acepção mais lata. Deste modo, têm igualmente que se incluir outros tipos de acidentes
nas vias públicas, tais como, por exemplo, quedas em passeios ou em escadas, ou mesmo agressões de
terceiros, desde que ocorram durante o tempo de trabalho do sinistrado
Devem igualmente ser considerados os acidentes a bordo de qualquer meio de transporte, por exemplo, metro,
eléctrico, comboio, barco, avião, etc., bem como acidentes em pontos de chegada e de partida de qualquer meio de
transporte, por exemplo, estações, portos, aeroportos, caso ocorram durante o tempo de trabalho.
De referir que os acidentes de trajecto, ou seja, acidentes de viação no percurso entre o local de trabalho e o domicílio
não se incluem na metodologia EEAT(18).
(16) A directiva-quadro (artigo 9.º) faz referência a dias úteis. Todavia, para a metodologia EEAT, foi decidido seguir a prática mais
comum nos Estados-membros, que consiste em usar dias civis para calcular o número de dias de ausência ao trabalho.
(17) A Comissão desenvolveu as Estatísticas Europeias de Doenças Profissionais (EODS Fase I) a partir do ano de
referência de 2001 (ver "Evolução futura").
(18) Todavia, efectuou-se uma recolha adicional de dados sobre acidentes de trajecto, utilizando metodologia idêntica à do projecto
EEAT. As especificações referentes a estes dados, que envolvem apenas oito Estados-membros, constam do Anexo F.
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CONCEITOS DE BASE E DEFINIÇÕES
Em resumo, todos os acidentes que correspondam a todos os riscos a que se encontra exposto o trabalhador devido
a ou por ocasião da sua actividade profissional têm que ser tomados em consideração na metodologia EEAT. Isto diz
respeito não apenas aos riscos específicos a que se encontra exposto na empresa para que trabalha, mas também
aos riscos externos a que se pode encontrar exposto durante o trabalho, por exemplo, nas vias públicas, meios de
transporte ou riscos ocasionados por terceiros, mesmo que o empregador não possa actuar preventivamente, ou
apenas em parte, ao nível destes riscos no exterior das suas instalações.
Exclusões
Os seguintes tipos de acidentes não são abrangidos pela definição acima apresentada de acidente de trabalho (ver
sinopse no quadro 1).
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CONCEITOS DE BASE E DEFINIÇÕES
Todavia, apenas se excluem os casos em que não se identifique nenhum outro elemento causal relacionado com o
trabalho. Por exemplo, um pedreiro desmaia (causa médica) e por isso cai de um andaime (parte do acidente mais
especificamente ligada à actividade profissional), o acidente deverá então ser incluído na metodologia EEAT,
porque mesmo que a queda tenha ocorrido devido ao desmaio do trabalhador, as consequências são muito mais
graves por se encontrar num andaime, conjuntura puramente profissional.
Não obstante, como muitos Estados-membros não distinguem entre dias úteis ou não, dado que as interrupções
de trabalho são prescritas em dias civis, os dados EEAT referem o conceito de "três dias civis" ou, mais
simplesmente "três dias".
A definição do conceito "ausência superior a três dias" que deve ser utilizado nas EEAT é a seguinte (ver sinopse
no quadro 2):
Apenas se consideram dias inteiros de ausência ao trabalho, excluindo o dia do acidente. Consequentemente,
"ausência superior a três dias" significa "pelo menos quatro dias", o que implica que apenas se incluem acidentes
cujo regresso ao trabalho não se efectua antes do quinto dia após o dia do acidente.
Consequentemente, "o número de dias perdido" será de quatro dias se o regresso ao trabalho se verificar no
quinto dia seguinte ao dia do acidente, de cinco se o regresso ao trabalho se verificar no sexto dia seguinte ao dia
do acidente, etc.
Quadro 2 - Conceitos de "acidentes com ausência superior a três dias" e número de "dias perdidos" utilizados nas
EEAT
Regresso ao No mesmo dia do Do primeiro ao Quinto dia após o Sexto dia após o
trabalho: acidente quarto dia após o acidente acidente/ ou mais
acidente
Acidente incluído NÃO NÃO SIM SIM
nas EEAT
Número de dias Não se incluiu Não se incluiu 4 5 / ou mais
perdidos
De facto, a maioria das mortes acidentais ocorre quer imediatamente no momento do acidente ou passados
poucos dias ou algumas semanas.
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CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS
• * Informações que indicam como se produziu o acidente, circunstâncias nas quais este se produziu, e como se
produziram as lesões:
trata-se do acontecimento dividido em três sequências: actividade física específica, desvio, contacto -
modalidade da lesão, e agentes materiais associados.
• Informações que dizem respeito à natureza e à gravidade das lesões e consequências do acidente:
parte do corpo lesionada, tipo de lesão e número de dias perdidos.
EMPRESA
- actividade económica
- dimensão da empresa
- localização geográfica, data e hora do acidente
EXPOSIÇÃO ORGANIZAÇÃO
CONDIÇÕES de TRABALHO
- tipo de local
DESENROLAR DO ACONTECIMENTO
- actividade física específica e agente material associado
- desvio e Agente material associado
- contacto - modalidade da lesão e agente material associado
SINISTRADO
- tipo de lesão
- parte do corpo atingida
- dias perdidos
A metodologia aqui apresentada tem por objectivo facultar a descrição pormenorizada das características do
sinistrado, da empresa em que trabalha e da lesão sofrida, bem como a discriminação da sequência de
ocorrências que culminaram no acidente, de forma a elaborar uma política de prevenção, a nível europeu.
As variáveis incluídas na metodologia EEAT constam do quadro 3. Segue-se a definição de cada uma das
variáveis. Os formatos e as classificações correspondentes são especificados no Anexo B. Quanto às variáveis
causais, encontram-se no Anexo C guias de utilização e exemplos susceptíveis de auxiliar os codificadores
(encontram-se igualmente guias de utilização para o tipo de lesão).
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CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS
Variáveis
Quadro 3 - Estrutura de registo dos dados das EEAT
Variável Número de caracteres
Dados da Fase III Dados das Fases I
Mínimo Facultativo ( )
1
Total ( )
1 e II
obrigatório
Número do processo 11 11 11
Actividade económica do empregador 2 2 4 2
Profissão do sinistrado 2 2 2
Idade do sinistrado 2 2 2
Sexo do sinistrado 1 1 1
Tipo de lesão 3 3 3
Parte do corpo atingida 2 2 2
Localização geográfica 5 5 5
Data do acidente 8 8 8
Hora do acidente 2 2 2
Dimensão da empresa 1 1 1
Nacionalidade 1 1 1
Situação profissional 1 2 3 1
Dias perdidos 3 3 3
Posto de trabalho 0 1 1
2 2 2
Tipo de local ( ) 3 ou 0 ( ) 0 ou 3 ( ) 3
2 2 2
Tipo de trabalho ( ) 2 ou 0 ( ) 0 ou 2 ( ) 2
2 2 2
Actividade física específica ( ) 2 ou 0 ( ) 0 ou 2 ( ) 2
Agente material da Actividade física 0 4 4
específica -2 posições (4 caracteres)
Desvio 2 2
3 3
Agente material do Desvio -2 posições 4 ou 0 ( ) 0 ou 4 ( ) 4
3
(4 caracteres) ( )
Contacto - Modalidade da lesão 2 2
3 3
Agente material do Contacto - 4 ou 0 ( ) 0 ou 4 ( ) 4
Modalidade da lesão -2 posições (4
3
caracteres) ( )
4 4
Ponderação ( ) 9 (3,6) ( ) 9
5 2 5 2 5
Número total de caracteres ( ) 63 ou 64 ( ) ( ) 18 ou 17 ( ) 81 ( ) 44
1
( ) Quando a(s) posição(ões) facultativa(s) não é (são) utilizada(s) para uma variável, o valor "0", "00", "000" ou "00.00",
segundo a variável, deve ser indicado como código ou parte do código correspondente.
2
( ) No mínimo 1 das 3 variáveis "Tipo de local", "Tipo de trabalho" ou "Actividade física específica" deve ser codificada
obrigatoriamente (quer se trate do "Tipo de local" de 3 algarismos ou de uma das duas outras variáveis de 2 algarismos, o
número total de caracteres efectivamente utilizados tem, portanto, uma variação de 1). As 2 variáveis restantes não
escolhidas para a parte obrigatória são, por conseguinte, facultativas.
3
( ) Pelo menos uma das 2 variáveis "Agente material do Desvio" ou "Agente material do Contacto - Modalidade da lesão"
deve ser codificada obrigatoriamente. A variável restante, não escolhida para a parte obrigatória, será, então, facultativa.
4
( ) A ponderação tem 9 caracteres, 3 dos quais para a parte inteira e 6 para as posições decimais.
5
( ) Quando só é utilizado o mínimo de 4 variáveis prioritárias, uma das quais com uma posição (sendo as outras
obrigatoriamente de 2), o número total de caracteres mínimos obrigatório é de "63 ou 64" Todavia, o ficheiro de dados deve
ter sempre uma dimensão de registo de 81 dígitos, incluindo todas as variáveis.
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CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS
Número de processo
Deve indicar-se apenas um único número de processo porque o Eurostat necessita de identificar cada registo
individual e para garantir que cada registo representa um processo individual de um acidente de trabalho, evitando
dupla contagem Este número de processo é também necessário para responder a perguntas que envolvam a
recuperação e a correcção de um registo simples, no decurso da análise dos dados. É utilizado apenas
internamente, não sendo divulgado pelo Eurostat. Cada Estado-Membro determina o formato do número de
processo. Todavia, esse número não deverá nunca permitir a identicação de qualquer pessoa; terá ainda como
prefixo os quatro dígitos do ano em que o acidente foi notificado às autoridades. Salienta-se que o ano de
notificação, que é também o período de referência para os dados EEAT não é necessariamente o ano em que o
acidente ocorreu. Por esse motivo, os quatro primeiros dígitos do número de processo representam o ano de
referência para os dados recolhidos.
Profissão do sinistrado
A profissão do sinistrado no momento do acidente é classificada de acordo com a versão abreviada (nível de dois
dígitos) da CITP-88 (COM).
Idade do sinistrado
A idade deverá ser representada pela idade do sinistrado no momento do acidente. Os valores inferiores a 10
deverão ser registados com um zero à esquerda, ou seja, a idade de sete anos deverá ser registada como 07.
Sexo do sinistrado
O sexo é uma variável de categorização simples.
Tipo de lesão
A variável tipo de lesão descreve as consequências físicas para o sinistrado, por exemplo, fractura, ferimentos, etc.
Utiliza-se a versão de três dígitos da classificação EEAT para "Tipo de lesão", para codificar a informação desta
variável. Actualmente é válida uma nova classificação utilizada a partir dos dados EEAT de 1997, em conformidade
com a recomendação do BIT, já referida.
Data do acidente
Esta variável indica a data em que o acidente ocorreu. Trata-se de uma variável numérica definida como ano, mês
e dia (YYYYMMDD).
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CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS
Hora do acidente
Esta variável refere a hora em que o acidente ocorreu. Trata-se de uma variável numérica que indica horas
exactas (HH), por exemplo, 14H00 abrange o período entre 14H00 e 14H59.
Dimensão da empresa
Por dimensão da empresa entende-se o número de empregados (equivalentes a tempo completo, no Anexo B
encontra-se a respectiva definição juntamente com a classificação pertinente) que trabalham na unidade local da
empresa do sinistrado. Para a especificação de unidade local ver mais adiante.
Nacionalidade
Por esta variável entende-se país de cidadania. Caso um indivíduo tenha mais do que uma nacionalidade, deverá
usar-se a do país onde foi notificado o acidente. Para esta variável usa-se um formato agregado.
Situação profissional
Esta variável diz respeito à situação profissional do sinistrado, por exemplo empregado, independente, trabalhador
familiar, etc. No que se refere aos empregados (1.º dígito = 3) especificar-se-á, se a informação se encontrar
disponível, a nível de um 2.º dígito se se trata de um emprego permanente (contrato de duração indeterminada) ou
não (temporário de duração determinada) e a nível do 3.º dígito se se trata de tempo completo ou parcial. Os
valores não disponíveis são aceites ("000") bem como os valores não disponíveis parciais no que se refere ao 2.º
e/ou 3.º dígitos (300, 301, 302, 310 e 320).
Aplicamos aqui a noção de duração do emprego utilizada no Inquérito às Forças de Trabalho (coluna 45 "Duração do emprego"):
"Na maior parte dos Estados-Membros, a maioria dos empregos baseia-se em contratos de trabalho escritos. No
entanto, em alguns países, esses contratos existem apenas para casos específicos (por exemplo, no sector público,
para aprendizes ou para outras pessoas que recebem qualquer tipo formal de cursos de formação numa empresa).
Tendo em conta estes diferentes sistemas, as noções de "emprego temporário" e "contrato de trabalho de duração
determinada" (do mesmo modo que "emprego permanente" e "contrato de trabalho de duração indeterminada")
descrevem situações que, em diferentes quadros institucionais, podem ser consideradas como semelhantes.
Um emprego pode ser considerado temporário se tanto a entidade empregadora como o empregado
estabelecerem que a sua expiração é determinada por condições objectivas, tais como uma certa data, a
conclusão de uma tarefa ou o regresso de outro empregado que foi temporariamente substituído. No caso de um
contrato de trabalho de duração determinada, a condição para a sua expiração está, geralmente, mencionada no
contrato. Devem ser incluídas nestes grupos: as pessoas com um emprego sazonal, as pessoas contratadas por
uma agência de colocação ou empresa e cedidas por subcontratação a terceiros, para desempenho de uma
"missão de trabalho" e as pessoas com contratos específicos de formação.
Se não existirem critérios objectivos para expiração de um emprego ou contrato de trabalho, estes devem ser
considerados como permanentes ou de duração indeterminada."
Quanto à noção de tempo completo/parcial, por analogia com os elementos indicativos do Inquérito às Forças de
Trabalho (IFT - coluna 44 "Distinção entre tempo completo e tempo parcial") e do Painel dos Agregados
Domésticos Privados da União Europeia (ECHP), podemos utilizar um limiar puramente indicativo de 30 horas por
semana (6 horas sobre 5 dias ou 7,5 horas sobre 4 dias, por exemplo) como limite entre tempo parcial e tempo
completo. Contudo, este limiar é flexível dado que profissões específicas como professores podem ter postos a
tempo completo com um número de horas de aulas significativamente inferior e, inversamente, as profissões do
artesanato ou do comércio podem ter horários bastante mais prolongados do que a média. Nos casos em que a
informação provém da declaração do acidente de trabalho, a informação recolhida é, na realidade, a percepção de
"tempo completo" e "tempo parcial" da empresa.
Dias perdidos
Por dias perdidos entende-se o número de dias civis em que o sinistrado é incapaz de trabalhar devido a um
acidente de trabalho. É apresentado utilizando um formato de 3 dígitos. Caso esta informação só se encontre
disponível utilizando classes de dias perdidos, devem utilizar-se 6 classes com os códigos A01 a A06. Todavia, o
número de dias perdidos será considerado de acordo com a metodologia EEAT, ou seja, deverão incluir-se apenas
os casos de acidentes de trabalho que impliquem uma ausência superior a três dias civis completos. Devem
utilizar-se códigos específicos para definir a incapacidade permanente (997) e acidentes mortais (998). Neste caso,
os dias perdidos antes do reconhecimento da incapacidade permanente ou da morte não são considerados.
18
CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS
A "unidade local" a ter em consideração situa-se num local topograficamente identificado onde o trabalho é
efectuado ou onde se pode dizer que está sediado. Se um indivíduo trabalha em mais do que um local
(transportes, na construção, manutenção, vigilância, trabalho itinerante), ou no domicílio, entende-se por "unidade
local" o local a partir do qual as instruções emanam ou onde o trabalho é organizado.
Normalmente, é constituída por um edifício isolado, parte de um edifício ou quando muito, um grupo de edifícios
circunscritos. A unidade local da empresa é, pois, um grupo de empregados de um estabelecimento,
topograficamente situados no mesmo local.
O local topograficamente identificado deverá ser entendido numa base restrita: duas unidade pertencentes à
mesma empresa em locais diferentes (mesmo que estas unidades locais se encontrem muito próximas uma da
outra) deverão ser consideradas como duas unidades locais. Todavia, uma única unidade local poderá estar
disseminada por várias áreas administrativas adjacentes. Além do mais, os limites da unidade são determinados
pelos limites da implantação, o que significa, por exemplo, que as vias públicas de passagem não interrompem a
continuidade dos limites.
Posto de trabalho
Esta variável identifica a natureza habitual ou, inversamente, ocasional do local/posto de trabalho ocupado pelo
sinistrado no momento do acidente. Não contempla a permanência ou não do emprego (ver a variável Situação
profissional, supra).
A noção de "posto de trabalho habitual" entende-se em sentido restrito, sempre nas instalações da unidade local
habitual de trabalho: posto de trabalho fixo numa oficina, escritório e, de um modo mais geral, instalações da
unidade local do empregador.
• actividades exteriores com um posto de trabalho "móvel" (condutor de veículos pesados, trabalhador da
construção, instalador, reparador, polícia, agente de segurança, pessoal de manutenção da via pública, etc.);
• situações ocasionais para pessoas que habitualmente se encontram num posto fixo:
ü deslocação ocasional por conta do empregador;
ü intervenção ocasional por conta do empregador fora da unidade local habitual, nas instalações de um cliente
ou nas instalações de outra empresa (reunião, missão, visita comercial, instalação ou reparação, etc.);
ü afectação temporária num posto fixo diferente ou numa unidade local diferente da habitual, incluindo postos de
trabalho ocupados durante vários dias ou semanas mas que não se destinem a ser local de trabalho de
afectação definitiva (missão temporária, afectação temporária por uma empresa interveniente numa outra
empresa, acção de manutenção pesada nas instalações de um cliente, teletrabalho, etc.)
Tipo de local
Trata-se de um nome.
Tipo de local, localização, espaço de trabalho onde o sinistrado se encontrava, trabalhava exactamente antes do
acidente.
Trata-se do lugar de trabalho, do ambiente geral, do local de trabalho onde se produziu o acidente.
Tipo de trabalho
Trata-se de um nome (mas revela uma acção que poderia, também, exprimir-se através de um verbo).
Principal natureza do trabalho, tarefa (actividade geral) executada pelo sinistrado no momento do acidente.
Trata-se da actividade geral do sinistrado no momento do acidente. Não é a profissão do sinistrado nem, pelo
contrário, a sua Actividade física específica precisa no próprio momento do acidente. Refere-se a uma descrição
do tipo de trabalho, da tarefa, em sentido lato, desempenhada pelo sinistrado ao longo de certo período de tempo,
até ao momento do acidente.
19
CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS
Desvio
Trata-se de um nome (mas revela uma acção que poderia, também, exprimir-se através de um verbo).
Último acontecimento, desviado do normal, que conduziu ao acidente.
Trata-se da descrição do que sucedeu de anormal. É um desvio do processo normal de execução do trabalho. O
Desvio é o acontecimento que provoca o acidente. Se há vários acontecimentos que se sucedem, é o último
desvio que deve ser registado (aquele que ocorre o mais próximo possível, em matéria de tempo, do contacto
lesivo).
Ponderação
Na Fase III implementar-se-á um processo de ponderação para resolver a situação dos Estados-Membros que
codificam as varáveis da Fase III das EEAT apenas em relação a uma amostra nacional de acidentes de trabalho.
A mesma variável poderá ser utilizada para indicar o nível de notificação. Esse processo de ponderação será
definido no decorrer de 2001, juntamente com os Estados-Membros (ver Anexo E).
20
INDICADORES E MÉTODOS DE NORMALIZAÇÃO DOS DADOS
Taxas de incidência
A metodologia EEAT considera dois tipos principais de indicadores de acidentes de trabalho: número de acidentes
e taxas de incidência. Obviamente, o número de acidentes tem que ser relacionado com a população de referência
das pessoas empregadas (pessoas expostas a risco de acidente de trabalho), para estabelecer as taxas de
incidência (frequência). De um modo geral, estas informações encontram-se disponíveis para as actividades
económicas incluídas dos dados EEAT por todos os Estados-Membros ("actividades económicas comuns", ver
quadro 7 - "Dados EEAT de 1998: Ramos de actividades económicas abrangidos pelos sistemas nacionais de
notificação" e a parte "População de referência ( com base no IFT)", adiante).
A taxa de incidência é definida como o número de acidentes de trabalho por 100.000 pessoas empregadas. Pode
ser calculada para a Europa, para um Estado-membro ou uma sub-população, discriminada de acordo com uma
ou mais das variáveis acima referidas que caracterizam a vítima do acidente (actividade económica, idade, etc.).
Pode ser estabelecida para todos os acidentes ou discriminada de acordo com uma ou mais das variáveis atrás
referidas que caracterizam o acidente (parte do corpo atingida, etc.). Calculam-se separadamente taxas de
incidência relativas a acidentes mortais e a acidentes que ocasionem ausência ao trabalho superior a três dias.
Calcula-se também uma taxa de incidência para o número de casos mortais a nível europeu, excluindo acidentes
de viação, para providenciar taxas de incidência comparáveis para todos os Estados-membros, o que se deve ao
facto de os acidentes de viação durante o tempo de trabalho não serem registados como acidentes de trabalho em
alguns Estados-membros. O número de mortes provocadas por acidentes de viação representa uma percentagem
importante do número de acidentes mortais. Por este motivo, comparações das taxas de incidências nacionais
relativas ao número de casos mortais introduziriam um erro sistemático grave sem esta correcção das taxas. Isto
aplica-se igualmente a acidentes a bordo de qualquer meio de transporte numa deslocação durante o tempo de
trabalho, que são excluídos desta taxa corrigida de casos mortais.
Convém referir que apenas esta taxa de incidência corrigida é utilizada para a discriminação por Estado-membro.
Normalização
É um facto que a frequência de acidentes de trabalho é mais elevada em determinados ramos do que em outros.
Por esta razão, a estrutura industrial de um país influenciará a frequência total de acidentes de trabalho, em função
da parte de sectores de elevado risco. Por exemplo, um país em que ramos de alto risco como a agricultura, a
construção ou os transportes representem uma parte mais elevada do total das forças de trabalho do que noutro
Estado-membro, mas com a mesma frequência de acidentes por cada ramo, terá uma taxa de incidência nacional
total mais elevada.
Para corrigir este efeito, calcula-se o número "normalizado" de acidentes de trabalho por 100.000 pessoas
empregadas por Estado-membro, dando a cada ramo a mesma ponderação a nível nacional do que no total da
União Europeia (taxa de incidência "normalizada"). Este método de normalização é utilizado nas actuais
publicações EEAT sobre acidentes de trabalho.
21
INDICADORES E MÉTODOS DE NORMALIZAÇÃO DOS DADOS
Prevê-se uma melhoria deste método no futuro. Dependendo da fiabilidade e da cobertura da informação fornecida
pelos Estados-membros, poderão ser introduzidas as seguintes alterações:
— normalização da estrutura industrial por sector (subsecção ou divisão NACE) e não apenas por ramos
NACE agregados (secção); com efeito, a ponderação relativa dos sectores no interior dos ramos mais
importantes difere igualmente consoante os países, enquanto que os níveis de risco variam
significativamente de sector para sector;
— normalização de acordo com o tempo de trabalho e, por conseguinte, o período de exposição ao risco
(trabalho a tempo parcial, contrato a termo, duração legal do trabalho, etc.), que varia consoante os
países;
22
RECOLHA E HARMONIZAÇÃO DOS DADOS
De um modo geral, nos Estados-membros da União Europeia verificam-se dois tipos de procedimentos de
notificação. Os sistemas baseados em entidades seguradoras, implantados em dez Estados-membros, utilizam
procedimentos que se baseiam sobretudo na notificação de acidentes à entidade seguradora, pública ou privada
consoante o caso. Os procedimentos dos cinco outros Estados-membros (Dinamarca, Irlanda, Países Baixos,
Suécia e Reino Unido) baseiam-se sobretudo na obrigação legal do empregador de notificar os acidentes às
autoridades nacionais competentes, normalmente o serviço nacional de inspecção do trabalho. A Noruega, que
também envia dados ao Eurostat, inclui-se neste último grupo. A Suiça, que tem um sistema baseado em entidades
seguradoras, prevê a disponibilização de dados EEAT futuramente.
Nos sistemas baseados nas entidades seguradoras, a concessão ou o reembolso de prestações por doença e o
pagamento de prestações pecuniárias (custos diários, pensões, etc.) resultantes de acidentes de trabalho
dependem da notificação do acidente à entidade seguradora pública ou privada. Além disso, em vários destes
países, as prestações pagas deste modo ao abrigo da legislação dos seguros de acidentes de trabalho são mais
elevadas do que se se tratasse de um acidente não relacionado com o trabalho. Deste modo, existe um incentivo
económico para o empregador e o trabalhador notificarem um acidente de trabalho. Graças a estes diversos
factores, os níveis de notificação de acidentes de trabalho são, de um modo geral, muito elevados nestes
sistemas, atingindo praticamente os 100%.
Os cinco outros Estados-membros e a Noruega possuem um sistema de "cobertura" universal de segurança social.
Nesses sistemas, as prestações pagas à vítima de um acidente de trabalho não dependem da notificação preliminar
do acidente, excepto no que diz respeito às prestações específicas para acidentes mais graves (pensões por
incapacidade permanente, etc.). Consequentemente, o incentivo económico para notificar os acidentes de trabalho
não é muito forte. Todavia, existe a obrigação legal de o empregador notificar um acidente de trabalho. Na prática,
apenas parte dos acidentes de trabalho são efectivamente participados e os sistemas baseados na obrigação do
empregador de notificar os acidentes de trabalho às autoridades têm um nível de notificação médio, de um modo
geral variando entre 30% e 50%, para todos os ramos de actividade económica no seu conjunto (ver quadro 9).
A definição de acidente de trabalho, sobretudo as categorias de acidentais mortais e não-mortais notificados pode
variar ligeiramente consoante os países (quadros 4 e 5). Por exemplo, em alguns países um acidente mortal só é
registado como tal se a vítima falecer num determinado período após o acidente. Em outros Estados-membros
todos os acidentes não-mortais são abrangidos, quer o sinistrado tenha interrompido o trabalho ou não.
Pergunta-se igualmente se determinados tipos de acidentes são incluídos ou excluídos dos dados enviados, por
exemplo, acidentes de viação (quadro 8) ou acidentes envolvendo pessoas estranhas às empresas.
23
RECOLHA E HARMONIZAÇÃO DOS DADOS
Outra parte do questionário diz respeito aos grupos abrangidos pelos dados nacionais (situação profissional,
actividade económica e grupos profissionais). Esta informação é muito importante para estabelecer uma população
de referência adequada necessária para calcular as frequências (quadros 6 e 7).
Ao Eurostat deverá ser igualmente enviada uma estimativa dos níveis nacionais de notificação, por categoria de
acidente, actividade económica, profissão, situação profissional e dimensão da empresa (quadro 9). O questionário
inclui igualmente perguntas relativas aos conceitos nacionais de unidade local da empresa, no entanto, os
resultados não serão incluídos nesta publicação.
No tocante à cobertura dos sectores económicos, subsistem diferenças, mas o Eurostat harmoniza as análises,
considerando as incidências em relação a apenas nove ramos de actividade económica "comuns" (ver quadro 7).
O mesmo sucede quanto ao cálculo das incidências de casos mortais, a nível nacional, pelo Eurostat, que exclui
acidentes de viação para todos os Estados-Membros.
Por último, no que se refere aos Estados-Membros que não têm um sistema baseado em entidades seguradoras,
o Eurostat estima o número de acidentes a partir do número de casos notificados e de níveis pormenorizados de
notificação (até discriminação por datas, principalmente por ramo de actividade económica) avaliados pelos
Estados-Membros e facultados ao Eurostat (ver quadro 9).
24
RECOLHA E HARMONIZAÇÃO DOS DADOS
Acidentes mortais
Em princípio, os acidentes mortais devem ser notificados em todos os Estados-membros. Todavia, alguns países
apenas registam o acidente como mortal se a vítima morrer dentro de um certo período-limite após a lesão
acidental. A notificação de um acidente como "mortal" varia: o acidente é registado como mortal nas estatísticas se
a vítima morrer no mesmo dia (Países Baixos), ou no período de 30 dias após o acidente (Alemanha), também
pode não ser estabelecido qualquer período-limite (B, EL, F, I, L, A, S e NO). Para os outros Estados-membros, o
período-limite é um ano após a data do acidente – E : 1,5 ano - (quadro 5).
25
RECOLHA E HARMONIZAÇÃO DOS DADOS
Sectores
De um modo geral, o sector privado é abrangido por todos os sistemas nacionais de notificação. Contudo, alguns
sectores importantes não são abrangidos por todos os Estados-membros. Em particular partes do sector público,
(nomeadamente, a administração pública), "indústrias extractivas" e partes do ramo "transportes, armazenagem e
comunicações" ou não são abrangidos ou são-no apenas parcialmente. Isto aplica-se igualmente à "educação", tal
como à "saúde e acção social", ramos que são apenas parcialmente públicos em alguns países. Determinados
grupos de alto risco, tais como mineiros off-shore, polícias e bombeiros não são cobertos por todos os países.
S e c t o r p r i va d o S S S S S S S S S S S S S S S S
3
Nomeadamente os sectores ()
da NACE A, D, F, G, H, I -
e xc e p t o s e c t o r e s a b a i xo
4
referidos - J e K ( )
26
RECOLHA E HARMONIZAÇÃO DOS DADOS
Quadro 8 - Cobertura de acidentes no exterior das instalações da empresa durante o tempo de trabalho
Acidentes durante o tempo de B DK D EL E F IRL I L NL A P FIN S UK NO
trabalho
1 2
Acidentes de viação S S S S S S N( ) S S S S S S S N( ) S
Outros meios de transporte S S S S S S N S S N S S S S N S
Outros locais públicos S S S S S S S S S N S S S S N S
Instalações de outra empresa S S S S S S S S S S S S S S N S
Acidentes que se devem unicamente S N N N S S N N N N N N N N N N
a causas médicas
(1) IRL: Abrangidos pelo sistema, mas não existem dados disponíveis.
(2) UK: Excluem-se os acidentes de viação, excepto operações de carga/descarga de camiôes.
Legenda: S = Sim, abrangido; N = Não, não abrangido.
No que se refere aos sistemas de notificação que se baseiam principalmente numa obrigação legal de notificação,
apenas parte dos acidentes é notificada. Neste caso, os Estados-membros enviam estimativas dos níveis de
notificação, baseados quer na avaliação dos procedimentos de notificação quer em outras fontes de dados, por
exemplo, inquéritos. No quadro que se segue apenas se indicam o valor médio relativo aos principais sectores, por
cada Estado-membro que não tem uma cobertura a 100%. Os Estados-membros forneceram informação mais
pormenorizada que é utilizada para as estimativas do número total de acidentes publicadas pelo Eurostat.
Quadro 9 - Dados EEAT de 1998: Níveis de notificação nacionais para acidentes de trabalho com ausência ao trabalho
superior a três dias
B DK D EL E F IRL I L NL A P FIN S UK NO
100% para todos os sectores S N S N S S N P(1) S N(2) Y(3) S S N N N(4)
Estimativas dos níveis de notificação para os países que não atingem os 100%(5):
46 39 38 (2 ) 52 43 (4 )
1
( ) I:O nível de notificação só é inferior a 100% para as profissões artesanais.
(2) NL: Os dados relativos a acidentes não-mortais só se encontram disponíveis para o ano de referência de 1994.
(3) A: Excepto agricultura, sector que tem um nível de notificação inferior a 30%.
(4) NO: entre 25% e 100%.
(5) O nível de notificação para cada sector é fornecido ao Eurostat com base nas avaliações nacionais. O nível registado
neste quadro é a média dos nove ramos principais.
Legenda: S = Sim. N = Não. P = Em parte.
27
POPULAÇÃO DE REFERÊNCIA (COM BASE NO IFT)
É necessário estabelecer uma população de referência para os dados EEAT para calcular as taxas de incidência
dos acidentes de trabalho. Essa população de referência é extraída a partir dos dados do Inquérito às Forças de
Trabalho (IFT) e corresponde à cobertura nacional dos dados EEAT em cada país. As vantagens de utilizar o
inquérito europeu às forças de trabalho são a comparabilidade desta fonte e a possibilidade de elaborar
informações mais pormenorizadas sobre as forças de trabalho nacionais. Todavia, esta fonte não fornece
informação sobre emprego em equivalentes a tempo completo, o que constitui um problema para os países com
uma elevada percentagem de trabalho a tempo parcial, nomeadamente no que se refere ao trabalho das mulheres.
Além disso, o IFT cobre apenas os grupos etários superiores a 15 anos, o que torna difícil estabelecer taxas de
incidência para acidentes ocorridos com crianças e adolescentes.
Ano de referência
O ano de referência utilizado para a extracção da população de referência do IFT é idêntico ao ano de referência
dos dados EEAT.
Estabelecimento de filtros
Para calcular as taxas de incidência adequadas, a população de referência de pessoas empregadas deverá
abranger o mesmo campo que os dados EEAT sobre acidentes. Para este fim, o Eurostat estabelece filtros,
anualmente, com base nas respostas dos Estados-membros às perguntas do questionário de avaliação sobre a
cobertura dos dados (por situação profissional, actividade económica, grupos profissionais).
Contudo, a população incluída nos dados EEAT dos diferentes Estados-membros não abrange nem as mesmas
actividades económicas, nem os mesmos grupos de trabalhadores (ver a secção anterior sobre cobertura). Apenas
nove ramos de actividades económicas eram abrangidos pelos dados EEAT de 1998 de todos os 15
Estados-membros e a Noruega: agricultura, produção animal, caça, silvicultura - indústrias transformadoras -
construção - comércio por grosso e a retalho; reparação - alojamento e restauração - transportes, armazenagem e
comunicações - actividades financeiras - actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas
(secções A, D, F, G, H, I, J e K da NACE). No entanto, a cobertura ainda não é completa nem para a agricultura,
nem para os transportes: os trabalhadores não remunerados (trabalhadores independentes, trabalhadores
familiares, etc.) na agricultura, caminhos-de-ferro, transportes por água e aéreos não são abrangidos. Deste modo,
as taxas de incidência das EEAT são calculadas apenas para estes 9 ramos quando se possa considerar uma
frequência europeia. O número total de pessoas empregadas abrangido pelas EEAT nestes nove ramos "comuns"
a todos os Estados-membros e incluídas nas taxas de incidência calculadas era de 96,5 milhões, em 1998, quase
70% da cobertura total dos dados EEAT.
28
EVOLUÇÃO FUTURA
Evolução futura
— cobertura;
— níveis de notificação;
— inclusão/exclusão de tipos específicos de acidentes.
Estes três tipos de dificuldades são todos abrangidos pelo questionário de avaliação EEAT que faz parte do
processo contínuo da melhoria da qualidade dos dados.
Os problemas em causa são, sobretudo, a cobertura de todos os grupos no âmbito do projecto EEAT e encontrar
uma solução adequada para o problema de notificação inadequada dos acidentes de trabalho, mesmo que os
empregadores tenham a obrigação legal de notificar as autoridades. Refira-se que o empregador, em
conformidade com o n.º1, alíneas c) e d) do artigo 9.º da directiva-quadro deve:
— fazer uma lista dos acidentes de trabalho que tenham ocasionado incapacidade para o trabalho superior a três
dias úteis;
— elaborar, à atenção da autoridade competente e de acordo com as legislações e/ou práticas nacionais, relatórios
sobre os acidentes de trabalho de que os seus trabalhadores sejam vítimas.
Cobertura
Os Estados-membros que não disponham de uma cobertura total de todos os grupos empregados devem
continuar a desenvolver esforços para abranger, tanto quanto possível, todos os sectores económicos, todos os
tipos de situações profissionais e profissões. Sobretudo, os esforços devem concentrar-se na cobertura das
indústrias extractivas, da pesca e dos serviços públicos ou privados, bem como dos trabalhadores independentes.
Todavia, os dados EEAT de 1998 já abrangiam cerca de 90% dos trabalhadores europeus.
Níveis de notificação
Tal como referido na parte "Recolha de dados - Procedimentos de notificação dos Estados-Membros", nos
Estados-Membros que têm sistemas que não se baseiam em entidades seguradoras, os níveis de notificação são
inferiores a 100%. Esses Estados-Membros efectuam, de um modo geral, avaliações nacionais com base em
métodos reconhecidos, como Inquéritos às Forças de Trabalho ou outros inquéritos que disponibilizem informação
sobre acidentes de trabalho. Não obstante, subsistem dificuldades e importantes erros sistemáticos. Além disso,
perante a primeira análise efectuada, tudo leva a crer que esses erros sistemáticos conduzem a uma sobreavaliação
dos níveis de notificação e não ao contrário. Por último, a inexistência de homogeneidade entre os diferentes métodos
não garante a comparabilidade dos níveis resultantes e, deste modo, a comparabilidade dos dados EEAT corrigidos.
Por conseguinte, a Comissão recomenda que os Estados-membros em causa avaliem, com a maior minúcia, os
métodos utilizados para providenciar uma avaliação mais correcta dos níveis de notificação. Perante a inexistência
de métodos exactos a curto prazo, o estudo mais minucioso dos erros permitiria as correcções adequadas a
posteriori dos níveis de notificação obtidos. Seria preferível efectuar uma abordagem quantitativa desses erros
para estimar a sua magnitude.
No futuro, o Eurostat preferiria dispor de discriminações mais precisas dos níveis de notificação para as várias
profissões e situações profissionais.
A longo prazo, o objectivo desses Estados-Membros deveria ser alcançar os níveis de cerca de 100%, como
sucede nos sistemas que se baseiam em entidades seguradoras. A declaração completa de todos os acidentes de
trabalho com mais de três dias de ausência é o melhor meio de evitar erros devidos às actuais avaliações dos
níveis de notificação.
29
EVOLUÇÃO FUTURA
Os dados do IFT (módulo ad hoc) fornecerão também informação sobre acidentes de trabalho para alguns
sectores ou grupos não abrangidos pelos dados EEAT actuais. Esta abordagem dará uma imagem mais completa
do número de acidentes de trabalho na União Europeia e constituirá importante factor de correcção para os dados
EEAT recolhidos através de procedimentos administrativos nacionais.
Além das taxas de incidência, que constituem actualmente os principais indicadores das EEAT, os dados da Fase
II já possibilitam uma primeira abordagem dos custos socioeconómicos dos acidentes de trabalho, graças à
variável "dias perdidos" (incluindo também incapacidade permanente e óbitos). Está previsto, num futuro próximo,
o desenvolvimento de indicadores globais, incluindo também dias perdidos devido a problemas de saúde, além de
lesões, que se basearão, nomeadamente, nos dados do módulo ad hoc sobre acidentes de trabalho e doenças
profissionais do Inquérito às Forças de Trabalho de 199919
Acrescente-se que foram recolhidas, em 1998 e 2000, as primeiras colecções-piloto de dados sobre os custos
directos dos acidentes de trabalho em relação aos sistemas que se baseiam em entidades seguradoras. Esses
dados abrangem despesas médicas, custos de ausências por doença, prestações de invalidez (assim como
indemnizações devido a acidentes mortais).
Serão levados a cabo estudos sobre os custos indirectos para as empresas (prejuízos com o material, produtos,
etc).
De modo mais geral, encontram-se em curso trabalhos para integrar outros aspectos da qualidade do trabalho e
bem-estar dos trabalhadores. Um primeiro passo foi a adopção, pelo Grupo de Trabalho EODS, em Setembro de
2000, da Fase I das Estatísticas Europeias de Doenças Profissionais (EODS), elaboradas pelo Eurostat com os
mesmos parceiros das EEAT, e que serão concretizadas a partir do ano de referência de 200120.
(19) Para se obter uma visão mais ampla da saúde e segurança no trabalho, foi decidido inserir um módulo ad hoc sobre
saúde e segurança no trabalho no IFT de 1999, como uma fonte de dados complementar para as EEAT. Este módulo
valoriza consideravelmente a informação já recolhida pelo projecto EEAT. Nomeadamente inclui dados sobre acidentes
com menos de quatro dias de afastamento do trabalho, bem como outros problemas de saúde relacionados com o
trabalho (doença(s), incapacidade(s) ou outro(s) problema(s) físico(s), além da lesão(ões) acidental (ais) sofridos pela
pessoa nos últimos 12 meses e que tenha(m) sido causado(s) ou agravado(s) pelo trabalho). Os dados do IFT permitirão
ao Eurostat ligar informações sobre o acidente com informações sobre a situação das pessoas no mercado de trabalho,
características do emprego, condições de trabalho ou de formação.
(20) Publicação interna do Eurostat - Population and social conditions 3/2000/E/n.°19 - “European Occupational Diseases
Statistics (EODS) – Phase I methodology”.
30
ANEXO A: APLICAÇÃO DA FASE III DAS EEAT A PARTIR DO ANO DE REFERÊNCIA DE 2001
O presente anexo descreve as especificações da aplicação da Fase III do projecto EEAT para o ano de referência
de 2001, adoptadas pelo Grupo de Trabalho EEAT na sua reunião de 16/10/2000, tendo em conta as
recomendações da Task Force EEAT.
Com o objectivo de assistir os Estados-Membros no decurso das várias etapas de aplicação, a Comissão apoiou
as diligências de alguns institutos nacionais envolvidos, no sentido de criarem diversos instrumentos auxiliares.
Encontra-se agora disponível o software “HELPER”(21) para a codificação das variáveis da Fase III (pesquisa
assistida de códigos a partir da descrição do relatório do acidente). Encontra-se igualmente em curso a elaboração
de instrumentos de formação e de propostas para a recolha adequada de dados nos formulários de notificação.
Após o lançamento e um primeiro período de funcionamento "a velocidade de cruzeiro", é aconselhável, como o
recomendou a Task Force, efectuar um primeiro balanço da aplicação e dos primeiros dados obtidos. O primeiro
período de aplicação da Fase III poderá prolongar-se por cinco anos (2001-2005), após o que se realizará uma
primeira avaliação, com a inclusão de alguns aperfeiçoamentos, se tal for oportuno, com base nas conclusões
tiradas.
Cada uma das sequências é independente das outras e constitui um dos 3 elementos necessários da descrição.
Logo, não faz sentido que não se disponha de, pelo menos, uma informação a cada um dos 3 níveis, sem a qual a
descrição da ocorrência do acidente será incompleta, na medida em que faltará uma sequência.
Além disso, o sistema associa a cada um desses 3 níveis um Agente material ligado a cada uma das acções
correspondentes:
• Agente material associado à Actividade física específica;
• Agente material associado ao Desvio;
• Agente material associado ao Contacto - Modalidade da lesão.
É de todo o interesse considerar adequadamente os 3 Agentes materiais distintos. Em certos casos, o "agente
material" é idêntico para cada um dos 3 níveis, mas para outros acidentes existem de facto 3 agentes diferentes
que, se forem conhecidos, possibilitarão a descrição completa do acidente. Em todos os casos, mesmo no que se
refere a acidentes em que o agente é três vezes idêntico, existe, pelo menos, portanto, um Agente material.
Mesmo nestes casos "simples", é conveniente dispormos da indicação de 1 Agente material. Por extensão, o
conhecimento de pelo menos um Agente material, de preferência "próximo da lesão", isto é, associado quer ao
Contacto quer ao Desvio, constitui, por conseguinte, um mínimo abaixo do qual a descrição das sequências do
acidente ficará desprovida de sentido.
Consequentemente, o grupo de Trabalho EEAT, na sua reunião de 16/10/2000, adoptou a ordem de prioridades
seguinte, que inclui um mínimo imperativo de 4 variáveis, de acordo com as escolhas indicadas mais abaixo, e a
utilização, sempre que possível, de um maior número de variáveis, de acordo com as modalidades igualmente
explicitadas mais adiante.
(21) O "Helper" foi criado pelo INAIL (Itália), juntamente com um grupo de Estados-Membros (Espanha, França e Portugal) e
a colaboração do HSE (UK) para a versão inglesa.
31
ANEXO A: APLICAÇÃO DA FASE III DAS EEAT A PARTIR DO ANO DE REFERÊNCIA DE 2001
Variáveis prioritárias
Cada Estado-Membro deve seleccionar um mínimo de 4 variáveis prioritárias, de acordo com as seguintes regras:
• Quer "Tipo de local", quer "Tipo de trabalho", quer "Actividade física específica" (uma variável à escolha entre
estas três);
• Desvio;
• Contacto - Modalidade da lesão;
• Quer "Agente material do desvio", quer "Agente material do Contacto - Modalidade da lesão" (uma variável
escolhida entre estas duas).
Pelo menos para 3 das variáveis prioritárias adoptadas por cada Estado-Membro, todos os dígitos de cada
classificação devem ser considerados a partir da aplicação do sistema (2 posições num total de 2 dígitos, a não ser
para o "Tipo de local"- 3 dígitos, e 2 posições de 2 dígitos cada uma, ou seja, 4 dígitos para os "Agentes
materiais"). Eventualmente, apenas para uma das 4 variáveis, num primeiro tempo aceita-se uma codificação só
com uma posição. Para os "Agentes materiais", a classificação pormenorizada de 3 ou 4 posições (6 ou 8 dígitos),
que consta do Anexo D, pode ser utilizada a nível nacional, mas só as 2 primeiras posições são tidas em conta
para os dados EEAT enviados ao Eurostat.
Opção intermédia
A resolução do BIT sobre as "Estatísticas de lesões profissionais resultantes de acidentes de trabalho"22 propôs
uma variável complementar (e não de substituição) relativamente à variável EEAT "Tipo de local", em torno das
noções de local e de trabalho no momento do acidente. Trata-se de identificar a natureza "habitual" ou,
contrariamente, "ocasional" do local/posto de trabalho ocupado no momento do acidente.
Este conceito pode aproximar-se do desenvolvimento de novas formas e de uma maior flexibilidade do trabalho,
como por exemplo subcontratação e empresa interveniente nas instalações de uma outra empresa, destacamento
de trabalhadores, recurso a temporários, teletrabalho, etc. A designação proposta para esta variável é "Posto de
trabalho".
O Grupo de Trabalho EEAT, na sua reunião de 16/10/2000, decidiu, pois, introduzir esta variável, chamada "Posto
de trabalho", na Fase III das EEAT, de forma facultativa unicamente para os Estados-Membros que o pretendam
(utilizando os outros países '0' para informações não disponíveis). Os encargos decorrentes da resposta por parte
do declarante, em geral a empresa, serão reduzidos, mesmo para as pequenas empresas, na medida em que se
trata de uma informação por natureza bem conhecida do empregador.
Por recomendação da Task Force EEAT, o conceito de "habitual" é considerado em sentido estrito: posto de
trabalho fixo numa oficina, armazém, escritório e, de modo mais geral, "unidade local" habitual de trabalho
(instalação da unidade local do empregador). Inversamente, o conceito de "ocasional" é amplo e abrange quer
profissões cujo posto de trabalho é "móvel", quer situações efectivamente fortuitas de pessoas que, normalmente,
trabalham num posto fixo, quer destacamentos temporários. (Ver Anexo C – Guia de utilização das classificações)
(22) Adoptada pela 16ª Conferência Internacional dos Estaticistas do Trabalho, Genebra, 6-15 de Outubro de 1998, a seguir
designada "Resolução BIT".
32
ANEXO A: APLICAÇÃO DA FASE III DAS EEAT A PARTIR DO ANO DE REFERÊNCIA DE 2001
Muitos dos países partilham deste ponto de vista. Não obstante, para os Estados-Membros que dispõem de
informações mais pormenorizadas sobre cada acidente e de codificadores que as introduzam com precisão, pode
prever-se a noção de desvio e de agente associado "mais úteis para a prevenção". De modo a permitir a melhor
utilização possível da metodologia da Fase III por cada Estado-Membro, propomos que os países que se
encontram neste último caso utilizem uma definição de desvio (e do agente que lhe esteja associado) ligeiramente
diferente da apresentada na Fase III das EEAT. No âmbito da avaliação dessa mesma fase, que se efectuará
quando terminar o período de 2001-2005, reflectiremos sobre a experiência adquirida com as duas definições
(Fase III, com "último", por um lado e "mais útil para a prevenção", por outro) e, se tal se revelar necessário,
aperfeiçoar-se-ão as noções de "Desvio" e de "Agente material do Desvio" nas EEAT.
O Grupo de Trabalho EEAT, na sua reunião de 16/10/2000, decidiu assim considerar, na Fase III das EEAT, a
variável "Actividade económica do empregador" de acordo com o nível de 4 dígitos da NACE Rev. 1. Apenas os
dois primeiros, que correspondem às divisões NACE, são obrigatórios como nas Fases I e II. Os 3.º e/ou 4.º dígitos
estão disponíveis facultativamente, em relação aos Estados-Membros que possam e pretendam comunicar esta
informação ao Eurostat, na medida em que determinados sistemas nacionais já utilizam 4 posições. As duas
últimas posições, ou a última, permanecerá(ão) com o valor "(0)0" para os outros países. Uma versão completa de
4 dígitos da nomenclatura NACE figura no Anexo D.
Situação profissional
A Resolução do BIT refere-se, para a sua variável equivalente à variável "Situação profissional" das EEAT, à
Classification Internationale d'après la Situation dans la Profession24 - (International Classification of Status of
Employment) CISP-93 - que permite pormenorizar a categoria "empregado" (código 3 para a variável EEAT). Com
efeito, a CISP indica que "entre os empregados, determinados países poderiam ter a necessidade e a capacidade
de distinguir os 'empregados titulares de um contrato de trabalho estável' ".
Consequentemente, nas EEAT tal implica a recolha de informações simples sobre a "estabilidade" (ou,
inversamente, "precariedade") do emprego da vítima do acidente, ou seja, a distinção entre empregos com
contratos de trabalho "permanentes" (de duração indeterminada) e outros contratos de trabalho ("temporários" - de
duração determinada). Distingue-se igualmente entre empregos "a tempo completo" e empregos "a tempo parcial".
Esta última informação possibilitará também que se tome em consideração com maior rigor a duração do tempo de
trabalho e, por conseguinte, a exposição ao risco, no cálculo da incidência dos acidentes. Com efeito, são muitas
as disparidades neste domínio entre os Estados-Membros da União e o trabalho a tempo parcial tem tendência a
desenvolver-se.
Quanto à definição das noções de "tempo completo" e "tempo parcial" o Inquérito às Forças de Trabalho (IFT)
precisa que, mesmo que "a duração do trabalho varie sensivelmente entre os Estados-Membros e os ramos da
indústria", "o trabalho a tempo parcial quase nunca excede 35 horas por semana, ao passo que o trabalho a tempo
completo começa geralmente nas 30 horas". O Painel dos Agregados Domésticos Privados da União Europeia
(ECHP) utiliza também este limite de 30 horas semanais. Consequentemente, na Fase III das EEAT aplica-se um
limiar puramente indicativo de 30 horas por semana (6 horas em relação a 5 dias ou 7,5 horas em relação a 4 dias,
por exemplo) como limite entre tempo parcial e tempo completo. No entanto, o limiar permanece flexível, dado que
profissões específicas como os professores podem ter um emprego a tempo completo com um número de horas
de aulas bastante inferior e, contrariamente, as profissões do artesanato ou do comércio podem ter horários muito
mais elevados do que a média. Nos casos em que a informação provém da declaração do acidente de trabalho, a
informação recolhida é, na realidade, a percepção de "tempo completo" e "tempo parcial" da empresa.
Os encargos decorrentes da resposta por parte do declarante, em geral a empresa, serão muito reduzidos, mesmo
no que se refere às pequenas empresas, visto que, tal como acontece com o posto de trabalho é uma informação,
por natureza, bem conhecida do empregador.
O Grupo de Trabalho EEAT, na sua reunião de 16/10/2000, decidiu, assim, introduzir na Fase III a distinção destas
diferentes subcategorias na categoria "empregado" da variável "Situação profissional" das EEAT, de forma
facultativa, unicamente para os Estados-Membros que o pretendam fazer. Esta informação é fornecida sob a forma
de uma 2.ª e de uma 3.ª posição no código da variável. Os dígitos permanecerão com o valor "00" (ou um dos dois
dígitos com um "0" se o outro dígito for especificado) para os outros países (utiliza-se aliás "00" para os não
empregados).
(24) Adoptada pela 15.ª Conferência Internacional dos Estaticistas do Trabalho - Genebra 1993.
34
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
O presente anexo contém as classificações e os formatos que devem ser utilizados para envio dos dados e
publicações. As classificações utilizadas são consentâneas com a resolução BIT de 1988 relativa a "Estatísticas
de lesões profissionais resultantes de acidentes de trabalho".
Classificações
Incluem-se as classificações para a descrição do acidente definidas pela metodologia EEAT e outras como a
NUTS, NACE e CITP.
Este formato é composto pelos últimos quatro dígitos do ano, seguidos de 7 caracteres para a numeração eventual do
processo. Cada número de processo deverá ser único e a numeração deverá ser seguida, o que permite numerar até
9.999.9999 processos.
Código Designação
Secção B Pesca
05 Pesca, aquacultura e actividades dos serviços relacionados
Secção F Construção
45 Construção
Secção G Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e de bens de
uso pessoal e doméstico
50 Comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos; comércio a retalho de
combustíveis para veículos automóveis
51 Comércio por grosso e agentes do comércio, excepto de veículos automóveis e motociclos
52 Comércio a retalho (excepto de veículos automóveis, motociclos e combustíveis para veículos);
reparação de bens pessoais e domésticos
36
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
Secção M Educação
80 Educação
Código Designação
37
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
00 Forças armadas
01 Forças armadas
A idade do sinistrado no momento do acidente deverá ser registada em anos. Deve introduzir-se um valor
numérico de '00' até '90' anos (inclusive), excepto relativamente a dois códigos 98 e 99. As idades inferiores a 10
anos deverão ser registadas com um zero à esquerda, para observar a largura de campo, que é de 2 dígitos.
Código Designação
00 Menos de 1 ano
01 1 ano
02 2 anos
... ..etc.
10 10 anos
... ..etc.
90 90 anos
98 Mais de 90 anos
99 Idade desconhecida
Código Designação
1 Masculino
2 Feminino
9 Sexo desconhecido
38
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
Código Designação
000 Tipo de lesão, desconhecido ou não especificado
010 Feridas e lesões superficiais
011 Lesões superficiais
012 Feridas abertas
019 Outros tipos de feridas e de lesões superficiais
020 Fracturas
021 Fracturas simples ou fechadas
022 Fracturas expostas
029 Outros tipos de fracturas
030 Deslocações, entorses e distensões
031 Deslocações e subluxações
032 Entorses e distensões
039 Outros tipos de deslocações, entorses e distensões
040 Amputações (perda de partes do corpo)
050 Concussões e lesões internas
051 Concussões e lesões intracranianas
052 Lesões internas
059 Outros tipos de concussões e lesões internas
060 Queimaduras, escaldaduras, congelação
061 Queimaduras e escaldaduras (térmicas)
062 Queimaduras químicas (corrosão)
063 Congelação
069 Outros tipos de queimaduras, escaldaduras e congelação
070 Envenenamentos (intoxicações), infecções
071 Envenenamentos (intoxicações) agudos
072 Infecções agudas
079 Outros tipos de envenenamentos (intoxicações), infecções
080 Afogamento e asfixia
081 Asfixia
082 Afogamento ou submersões não mortais
089 Outros tipos de afogamento e asfixia
090 Efeitos de ruído, vibrações e pressão
091 Perdas de audição agudas
092 Efeitos de pressão (barotrauma)
099 Outros efeitos de ruído, vibrações e pressão
100 Efeitos de temperaturas extremas, luz e radiações
101 Insolações
102 Efeitos de radiações (não-térmicas)
103 Efeitos de baixas temperaturas
109 Outros efeitos de temperaturas extremas, luz e radiações
110 Choque
111 Choques após agressão e ameaças
112 Choques traumáticos
119 Outros tipos de choques
120 Lesões múltiplas
Código Designação
40
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
Deverá usar-se a NUTS (Nomenclatura das unidades territoriais estatísticas) ao nível em seguida especificado.
Para a Finlândia, Suécia e Reino Unido, as EEAT utilizam a última versão revista da NUTS, de 1998, com as
alterações nos níveis, e para a Noruega a nova "pseudo-NUTS".
Danmark: NUTS 5
DK000 "DANMARK", não especificada ou desconhecida
DK001 KØBENHAVN OG FREDERIKSBERG KOMMUNER
DK002 KØBENHAVNS AMT
DK003 FREDERIKSBORG AMT
DK004 ROSKILDE AMT
DK005 VESTSJÆLLANDS AMT
DK006 STORSTRØMS AMT
DK007 BORNHOLMS AMT
DK008 FYNS AMT
DK009 SØNDERJYLLANDS AMT
DK00A RIBE AMT
DK00B VEJLE AMT
DK00C RINGKØBING AMT
DK00D ÅRHUS AMT
DK00E VIBORG AMT
DK00F NORDJYLLANDS AMT
Deutschland NUTS 1
DE000 DEUTSCHLAND, não especificada ou desconhecida
DE100 BADEN-WÜRTTEMBERG
DE200 BAYERN
DE300 BERLIN
DE400 BRANDENBURG
DE500 BREMEN
DE600 HAMBURG
DE700 HESSEN
DE800 MECKLENBURG-VORPOMMERN
DE900 NIEDERSACHSEN
DEA00 NORDRHEIN-WESTFALEN
DEB00 RHEINLAND-PFALZ
DEC00 SAARLAND
DED00 SACHSEN
DEE00 SACHSEN-ANHALT
DEF00 SCHLESWIG-HOLSTEIN
DEG00 THÜRINGEN
41
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
Ellada: NUTS 1
GR000 ELLADA, não especificada ou desconhecida
GR100 VOREIA ELLADA
GR200 KENTRIKI ELLADA
GR300 ATTIKI
GR400 NISIA AIGAIOU, KRITI
España: NUTS 1
ES000 ESPAÑA, não especificada ou desconhecida
ES100 NOROESTE
ES200 NORESTE
ES300 COMUNIDAD DE MADRID
ES400 CENTRO (E)
ES500 ESTE
ES600 SUR
ES700 CANARIAS
France: NUTS 1
FR000 FRANCE, não especificada ou desconhecida
FR100 ÎLE DE FRANCE
FR200 BASSIN PARISIEN
FR300 NORD - PAS-DE-CALAIS
FR400 EST
FR500 OUEST
FR600 SUD-OUEST
FR700 CENTRE-EST
FR800 MÉDITERRANÉE
FR900 DÉPARTEMENTS D'OUTRE-MER
Ireland: NUTS 5
IE000 IRELAND, não especificada ou desconhecida
IE001 BORDER
IE002 DUBLIN
IE003 MID-EAST
IE004 MIDLAND
IE005 MID-WEST
IE006 SOUTH-EAST (IRL)
IE007 SOUTH-WEST (IRL)
IE008 WEST
42
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
Italia: NUTS 2
IT000 ITALIA, não especificada ou desconhecida
IT100 NORD OVEST
IT110 PIEMONTE
IT120 VALLE D'AOSTA
IT130 LIGURIA
IT200 LOMBARDIA
IT300 NORD EST
IT310 TRENTINO-ALTO ADIGE
IT320 VENETO
IT330 FRIULI-VENEZIA GIULIA
IT400 EMILIA-ROMAGNA
IT500 CENTRO (I)
IT510 TOSCANA
IT520 UMBRIA
IT530 MARCHE
IT600 LAZIO
IT700 ABRUZZO-MOLISE
IT710 ABRUZZO
IT720 MOLISE
IT800 CAMPANIA
IT900 SUD
IT910 PUGLIA
IT920 BASILICATA
IT930 CALABRIA
ITA00 SICILIA
ITB00 SARDEGNA
Nederland NUTS 2
NL000 NEDERLAND, não especificada ou desconhecida
NL100 NOORD-NEDERLAND
NL110 GRONINGEN
NL120 FRIESLAND
NL130 DRENTHE
NL200 OOST-NEDERLAND
NL210 OVERIJSSEL
NL220 GELDERLAND
NL230 FLEVOLAND
NL300 WEST-NEDERLAND
NL310 UTRECHT
NL320 NOORD-HOLLAND
NL330 ZUID-HOLLAND
NL340 ZEELAND
NL400 ZUID-NEDERLAND
NL410 NOORD-BRABANT
NL420 LIMBURG (NL)
43
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
Österreich: NUTS 2
AT000 ÖSTERREICH, não especificada ou desconhecida
AT100 OSTÖSTERREICH
AT110 BURGENLAND
AT120 NIEDERÖSTERREICH
AT200 SÜDÖSTERREICH
AT210 KÄRNTEN
AT220 STEIERMARK
AT300 WESTÖSTERREICH
AT310 OBERÖSTERREICH
AT320 SALZBURG
AT330 TIROL
AT340 VORARLBERG
Portugal: NUTS 2
PT000 PORTUGAL, não especificada ou desconhecida
PT100 CONTINENTE
PT110 NORTE
PT120 CENTRO (P)
PT130 LISBOA E VALE DO TEJO
PT140 ALENTEJO
PT150 ALGARVE
PT200 AÇORES
PT300 MADEIRA
44
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
45
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
A data em que o acidente ocorreu é registada utilizando o formato de 8 dígitos 'YYYYMMDD', sendo 'YYYY' o ano,
'MM' o mês do ano e 'DD' o dia do mês, por exemplo 31 Março 2001 seria codificado como '20010331'. Se o ano
for desconhecido 'YYYY' deverá ser codificado "0000", se for o mês "MM" será "00" e se for o dia "DD" "00".
A hora do dia em que ocorreu o acidente é codificada utilizando dois dígitos do formato 'hh' definidos de acordo
com o intervalo de tempo seguinte:
Código Designação
00 00:00 a 00:59
01 01:00 a 01:59
02 02:00 a 02:59
...... etc.
23 23:00 a 23:59
99 Hora desconhecida
46
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
Código Designação
0 Nacionalidade desconhecida
1 Cidadão nacional
2 Estrangeiro, da UE
3 Estrangeiro de um país terceiro
47
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
O número de dias perdidos por acidente de trabalho é apresentado utilizando três dígitos na escala de 4 a 182
dias (inclusive) para casos com uma ausência inferior a seis meses. Existe também um formato para classes de
dias perdidos (A01 - A06), caso um Estado-membro não possa indicar o valor exacto. Por último, utilizam-se
quatro valores de código adicionais, no que respeita a ausências iguais ou superiores a seis meses, incapacidade
permanente, acidentes mortais, outros e casos não especificados. Repare-se que os dados EEAT englobam
todos os acidentes de trabalho que impliquem uma ausência superior a três dias inteiros, incluindo sábados,
domingos, feriados ou outros dias em que normalmente o sinistrado não trabalha. Apenas se devem introduzir
nos dados EEAT dias inteiros. Na metodologia EEAT, considera-se que uma pessoa não estava apta a trabalhar
durante mais de três dias, caso tenha sida obrigada a ausentar-se ao trabalho pelo menos quatro dias inteiros
com início no dia seguinte ao do acidente. Deste modo, o primeiro valor "004" significa que o regresso ao trabalho
ocorreu no quinto dia após o dia do acidente. Os valores restantes correspondem à mesma definição, por
exemplo, o valor "009" significa o regresso ao trabalho no décimo dia após o dia do acidente, etc.
Código Designação
000 Número de dias perdidos desconhecido
004 - 182 Número de dias inteiros perdidos indicados numericamente (ausência inferior a seis meses)
A01 4 - 6 dias perdidos
A02 7 -13 dias perdidos
A03 14 -20 dias perdidos
A04 Pelo menos 21 dias mas menos do que 1 mês perdidos
A05 Pelo menos 1 mês mas menos do que 3 meses perdidos
A06 Pelo menos 3 meses mas menos do que 6 meses perdidos
997 Incapacidade permanente (para trabalhar) ou 183 ou mais dias perdidos (ausência igual ou
superior a 6 meses)
998 Acidente mortal
999 Não especificado
48
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
Código Designação
0 Não especificado
1 Posto de trabalho habitual ou nas instalações da unidade local de trabalho habitual
2 Posto de trabalho ocasional, móvel ou em deslocação por conta do empregador
9 Outro posto de trabalho
Código Designação
000 Nenhuma informação
010 Zona industrial - Não especificado
011 Local de produção, oficina, fábrica
012 Área de manutenção, oficina de reparações
013 Local destinado principalmente a armazenamento, carga, descarga
019 Outro tipo de local conhecido do grupo 010 mas não referido acima
020 Estaleiro, construção, pedreira, mina a céu aberto - Não especificado Estaleiro - edifício em construção
021 Estaleiro - edifício em demolição, restauro, manutenção
022 Estaleiro - edifício em demolição, restauro, manutenção
023 Pedreira, mina a céu aberto, escavação, trincheira (incluindo minas a céu aberto e pedreira em exploração)
024 Estaleiro - subterrâneo
025 Estaleiro - sobre a água
026 Estaleiro - em meio hiperbárico
029 Outro tipo de local conhecido do grupo 020 mas não referido acima
030 Área de agricultura, produção animal, piscicultura, zona florestal - Não especificado
031 Local de produção animal
032 Local agrícola, cultura do solo
033 Local agrícola, cultura em árvore, arbusto
034 Zona florestal
035 Zona piscícula, pesca, aquacultura (mas não em embarcação)
036 Jardim, parque, jardim botânico, jardim zoológico
039 Outro tipo de local conhecido do grupo 030 mas não referido acima
040 Local de actividade terciária, escritório, entretenimento, diversos - Não especificado
041 Escritório, sala de reuniões, biblioteca, etc.
042 Estabelecimento de ensino, escola, liceu, colégio, universidade, jardim de infância
043 Ponto de venda, de grandes ou pequenas dimensões (incluindo venda de rua)
044 Restaurante, local de recreação, local de alojamento (incluindo museu, local de espectáculo, feira...)
049 Outro tipo de local conhecido do grupo 040 mas não referido acima
050 Estabelecimento de saúde - Não especificado
051 Estabelecimento de saúde, clínica, hospital, berçário
059 Outro tipo de local conhecido do grupo 050 mas não referido acima
49
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
A variável «Tipo de trabalho» refere-se à natureza principal do trabalho (tarefa abrangente e em geral) executado
pelo sinistrado no momento do acidente. O Tipo de trabalho ou tarefa principal, empreendidos, em termos de
tempo e lugar, perto do acidente, não têm de estar ligados à Actividade física específica do sinistrado no momento
do acidente. O Tipo de trabalho pressupõe uma certa duração no tempo.
Código Designação
00 Nenhuma informação
10 Produção, transformação, tratamento, armazenamento - de todos os tipos - Não especificado
11 Produção, transformação, tratamento - de todos os tipos
12 Armazenamento - de todos os tipos
19 Outro Tipo de trabalho conhecido do grupo 10 mas não referido acima
50
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
Código Designação
00 Nenhuma informação
10 Operação de máquina - Não especificado
11 Arrancar a máquina, parar a máquina
12 Alimentar a máquina, cortar a alimentação da máquina
13 Controlar a máquina, fazer funcionar / conduzir a máquina
19 Outra Actividade física específica conhecida do grupo 10 mas não referida acima
20 Trabalho com ferramentas de mão - Não especificado
21 Trabalhar com ferramentas de mão - manuais
22 Trabalhar com ferramentas de mão - motorizadas
29 Outra Actividade física específica conhecida do grupo 20 mas não referida acima
51
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
Código Designação
00 Nenhuma informação
10 Desvio por problema eléctrico, explosão, incêndio - Não especificado
11 Problema eléctrico por falha na instalação - provocando um contacto indirecto
12 Problema eléctrico - provocando um contacto directo
13 Explosão
14 Incêndio, fogo vivo
19 Outro Desvio conhecido do grupo 10 mas não referido acima
20 Desvio por transbordo, derrubamento, fuga, escoamento, vaporização, emissão - Não
especificado
21 Em estado sólido - transbordo, derrubamento
22 Em estado líquido - fuga, ressumação, escoamento, salpico, aspersão
23 Em estado gasoso - vaporização, formação de aerossol, formação de gases
24 Pulverulento - geração de fumo, emissão de poeiras, partículas
29 Outro Desvio conhecido do grupo 20 mas não referido acima
52
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
53
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
Código Designação
00 Nenhuma informação
10 Contacto com corrente eléctrica, temperatura, substância perigosa - Não especificado
11 Contacto indirecto com arco eléctrico, relâmpago (passivo)
12 Contacto directo com a electricidade, receber uma descarga eléctrica no corpo
13 Contacto com chama viva ou objecto, ambiente - quente ou a arder
14 Contacto com objecto, ambiente - frio ou gelado
15 Contacto com substâncias perigosas - via nariz, boca, por inalação de
16 Contacto com substâncias perigosas - na ou através da pele e dos olhos
17 Contacto com substâncias perigosas - via sistema digestivo engolindo, comendo
19 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 10 mas não referida acima
20 Afogamento, soterramento, envolvimento - Não especificado
21 Afogamento em matéria líquida
22 Soterramento sob matéria sólida
23 Envolvimento por gases ou partículas em suspensão
29 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 20 mas não referida acima
30 Esmagamento em movimento vertical ou horizontal sobre / contra um objecto imóvel (a vítima
está em movimento) - Não especificado
31 Movimento vertical, esmagamento sobre, contra (resultado de queda)
32 Movimento horizontal, esmagamento sobre, contra
39 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 30 mas não referida acima
40 Pancada por objecto em movimento, colisão com - Não especificado
41 Pancada - por objecto projectado
42 Pancada - por objecto que cai
43 Pancada - por objecto em oscilação
44 Pancada - por objecto, incl. veículos - em rotação, movimento, deslocação
45 Colisão com um objecto em movimento, incl. veículos - colisão com uma pessoa (a vítima está em movimento)
49 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 40 mas não referida acima
50 Contacto com Agente material cortante, afiado, áspero - Não especificado
51 Contacto com Agente material cortante (faca, lâmina)
52 Contacto com Agente material afiado (prego, ferramenta afiada)
53 Contacto com Agente material duro ou áspero
59 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 50 mas não referida acima
60 Entalação, esmagamento, etc. Não especificado
61 Entalação, esmagamento - em
62 Entalação, esmagamento - sob
63 Entalação, esmagamento - entre
64 Arranque, secção de um membro, mão, dedo
69 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 60 mas não referida acima
70 Constrangimento físico do corpo, constrangimento psíquico - Não especificado
71 Constrangimento físico - sobre o sistema músculo-esquelético
72 Constrangimento físico - causado por radiações, barulho, luz, pressão
73 Constrangimento psíquico, choque mental
79 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 70 mas não referida acima
80 Mordedura, pontapé, etc. (animal ou humano - Não especificado)
81 Mordedura por
82 Picadura de insecto, peixe
83 Golpe, pontapé, cabeçada, estrangulamento
89 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 80 mas não referida acima
99 Outro Contacto - Modalidade da lesão não referida nesta classificação
54
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT
Código Designação
00.00 Nenhum agente material ou nenhuma informação
01.00 Edifícios, construções, superfícies - ao nível do solo (interior ou exterior, fixos ou móveis, temporários
ou não) - não especificado
02.00 Edifícios, construções, superfícies, acima do solo (interior ou exterior) - não especificado
03.00 Edifícios, construções, superfícies, abaixo do solo (interior ou exterior) - não especificado
04.00 Dispositivos de distribuição de matéria, de alimentação, canalizações - não especificado
05.00 Motores, dispositivos de transmissão e de armazenamento de energia - não especificado
06.00 Ferramentas manuais - não motorizadas - não especificado
07.00 Ferramentas sustidas ou conduzidas manualmente - mecânicas - não especificado
08.00 Ferramentas manuais - sem especificações quanto à motorização - não especificado
09.00 Máquinas e equipamentos - portáteis ou móveis - não especificado
10.00 Máquinas e equipamentos - fixos - não especificado
11.00 Dispositivos de transporte e de armazenamento - não especificado
12.00 Veículos terrestres - não especificado
13.00 Outros veículos de transporte - não especificado
14.00 Materiais, objectos, produtos, componentes de máquina, estilhaços, poeiras -não especificado
15.00 Substâncias químicas, explosivas, radioactivas, biológicas - não especificado
16.00 Dispositivos e equipamentos de segurança - não especificado
17.00 Equipamentos de escritório e pessoais, material de desporto, armas, equipamento doméstico - não
especificado
18.00 Organismos vivos e seres humanos - não especificado
19.00 Resíduos diversos - não especificado
20.00 Fenómenos físicos e elementos naturais - não especificado
99.00 Outros agentes materiais não referenciados nesta classificação
55
ANEXO B: Classificações e formatos utilizados na 2ª fase das EEAT
Código Designação
00.00 Nenhum agente material ou nenhuma informação
00.01 Nenhum agente material
00.02 Nenhuma informação
00.99 Outra situação conhecida do grupo 00 mas não referida nesta classificação
01.00 Edifícios, construções, superfícies - ao nível do solo (interior ou exterior, fixos ou móveis, temporários ou não) - não especificado
01.01 Elementos de edifícios, de construções - portas, paredes, divisórias e obstáculos por função (janelas, janelas panorâmicas, etc.)
01.02 Superfícies ou circulação ao nível do solo - solos (interior ou exterior, terrenos agrícolas, terrenos de desporto, solos escorregadios, solos obstruídos, tábua
com pregos, etc.)
01.03 Superfícies ou circulação ao nível do solo - flutuantes
01.99 Outros edifícios, construções, superfícies ao nível do solo conhecidos do grupo 01 mas não referenciados acima
02.00 Edifícios, construções, superfícies, acima do solo (interior ou exterior) - não especificado
02.01 Partes de edifício acima do solo - fixas (telhados, terraços, aberturas, escadas, cais)
02.02 Construções, superfícies, acima do solo - fixas (incl. passadeiras, escadas fixas, pilares)
02.03 Construções, superfícies, acima do solo - móveis (incl. andaimes, escadas móveis, bailéu, plataforma elevatória)
02.04 Construções, superfícies, acima do solo - temporárias (incl. andaimes temporários, arneses, andaime elevatório)
02.05 Construções, superfícies, acima do solo - flutuantes (incl. plataformas de perfuração, andaimes sobre barcaças)
02.99 Outros edifícios, construções, superfícies acima do solo conhecidas do grupo 02 mas não referenciadas acima
03.00 Edifícios, construções, superfícies, abaixo do solo (interior ou exterior) - não especificado
03.01 Escavações, trincheiras, poços, fossas, escarpas, fossas de garagem
03.02 Subterrâneos, galerias
03.03 Meios submarinos
03.99 Outros edifícios, construções, superfícies abaixo do solo conhecidas do grupo 03 mas não referenciadas acima
04.00 Dispositivos de distribuição de matéria, de alimentação, canalizações - não especificado
04.01 Dispositivos de distribuição de matéria, de alimentação, canalizações - fixos - para gás, ar, líquidos, sólidos - incl. funis
04.02 Dispositivos de distribuição de matéria, de alimentação, canalizações - móveis
04.03 Esgotos, drenagens
04.99 Outros dispositivos de distribuição de matéria, de alimentação, canalizações conhecidos do grupo 04 mas não referenciados acima
05.00 Motores, dispositivos de transmissão e de armazenamento de energia - não especificado
05.01 Motores, geradores de energia (térmica, eléctrica, radiação), incl.
05.02 Dispositivos de transmissão e armazenamento de energia (mecânicos, pneumáticos, hidráulicos, eléctricos, incl. baterias e acumuladores)
05.99 Outros motores, dispositivos de transmissão e de armazenamento de energia conhecidos do grupo 05 mas não referenciados acima
56
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NA 2ª FASE DAS EEAT
57
ANEXO B: Classificações e formatos utilizados na 2ª fase das EEAT
58
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NA 2ª FASE DAS EEAT
10.14 Máquinas para tratamento de superfícies - galvanização, tratamento electrolítico das superfícies
10.15 Máquinas de montagem (soldar, colar, pregar, aparafusar, rebitar, fiar, cablar, coser, agrafar)
10.16 Máquinas para acondicionar, embalar (encher, etiquetar, fechar)
10.17 Outras máquinas industriais específicas (máquinas diversas de controlo, de ensaios)
10.18 Máquinas específicas utilizadas na agricultura, sem ligação com as máquinas acima referidas
10.99 Outras máquinas e equipamentos fixos conhecidos do grupo 10 mas não referenciados acima
11.00 Dispositivos de transporte e de armazenamento - não especificado
11.01 Transportadores fixos, materiais e sistemas de transporte contínuo - por tapete, escada rolante, teleférico, aparelhos transportadores, etc.
11.02 Elevadores, ascensores, materiais de nivelamento - monta-cargas, elevador de baldes, macaco hidráulico, macaco, etc.
11.03 Gruas fixas, móveis, postas sobre veículos, pontes rolantes, materiais de elevação de carga suspensa
11.04 Dispositivos móveis de transporte, carrinhos de transporte (carrinhos motorizados ou não), carrinho-de-mão, carregador de paletes
11.05 Aparelhos de levantamento, amarra, preensão e materiais diversos de transporte (incl. cabos, ganchos, cordas)
11.06 Dispositivos de armazenamento, embalagem, contentores (silos, reservatórios) - fixos, cisternas, tanques, reservatórios
11.07 Dispositivos de armazenamento, de embalagem, recipientes - móveis
11.08 Acessórios de armazenamento, prateleiras, paletes
11.09 Embalagens diversas, pequenas e médias, móveis (cestos, recipientes diversos, garrafas, caixas, extintor)
11.99 Outros dispositivos de transporte e de armazenamento conhecidos do grupo 11 mas não referenciados acima
12.00 Veículos terrestres - não especificado
12.01 Veículos - pesados: camiões de carga, camionetas e autocarros (transporte de passageiros)
12.02 Veículos - ligeiros: carga ou passageiros
12.03 Veículos - duas, três rodas, motorizados ou não
12.04 Outros veículos terrestres: esquis, patins de rodas
12.99 Outros veículos terrestres conhecidos do grupo 12 mas não referenciados acima
13.00 Outros veículos de transporte - não especificado
13.01 Veículos - sobre carris incl. monocarris suspensos: carga
13.02 Veículos - sobre carris incl. monocarris suspensos: passageiros
13.03 Veículos - náuticos: carga
13.04 Veículos - náuticos: passageiros
13.05 Veículos - náuticos: pesca
13.06 Veículos - aéreos: carga
13.07 Veículos - aéreos: passageiros
13.99 Outros veículos de transporte conhecidos do grupo 13 mas não referenciados acima
59
ANEXO B: Classificações e formatos utilizados na 2ª fase das EEAT
14.00 Materiais, objectos, produtos, componentes de máquina, estilhaços, poeiras -não especificado
14.01 Materiais de construção - grandes e pequenos: agente pré-fabricado, cofragem, viga, tijolo, telha, etc.
14.02 Elementos de construção ou componentes de máquina, de veículo: chassis, carter, manivela, roda, etc.
14.03 Peças trabalhadas ou elementos, ferramentas de máquinas (incl. fragmentos e aparas provenientes destes agentes materiais)
14.04 Elementos de montagem, parafusos, prego, parafuso de porca, etc.
14.05 Partículas, poeiras, estilhaços, pedaços, lascas e outros elementos destruídos
14.06 Produtos da agricultura (incl. grãos, palha, outras produções agrícolas)
14.07 Produtos para a agricultura e produção animal (incl. fertilizante, alimentos para o gado)
14.08 Produtos armazenados - incl. objectos e embalagens armazenados
14.09 Produtos armazenados - em rolos, carretes
14.10 Cargas - transportadas sobre dispositivos de movimentação mecânica, transporte
14.11 Cargas - suspensas a dispositivo de nivelamento, grua
14.12 Cargas - movimentadas à mão
14.99 Outros materiais, objectos, produtos, componentes de máquina conhecidos do grupo 14 mas não referenciados acima
15.00 Substâncias químicas, explosivas, radioactivas, biológicas - não especificado
15.01 Matérias - cáusticas, corrosivas (sólidas, líquidas ou gasosas)
15.02 Matérias - nocivas, tóxicas (sólidas, líquidas ou gasosas)
15.03 Matérias - inflamáveis (sólidas, líquidas ou gasosas)
15.04 Matérias - explosivas, reactivas (sólidas, líquidas ou gasosas)
15.05 Gás, vapores sem efeitos específicos (inertes para a vida, asfixiantes)
15.06 Substâncias radioactivas
15.07 Substâncias biológicas
15.08 Substâncias, matérias - sem perigo específico (água, matérias inertes)
15.99 Outras substâncias químicas, explosivas, radioactivas, biológicas conhecidas do grupo 15 mas não referenciadas acima
16.00 Dispositivos e equipamentos de segurança - não especificado
16.01 Dispositivos de segurança - em máquina
16.02 Dispositivos de protecção - individuais
16.03 Dispositivos e aparelhos - de socorro
16.99 Outros dispositivos e equipamentos de segurança conhecidos do grupo 16 mas não referenciados acima
60
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NA 2ª FASE DAS EEAT
17.00 Equipamentos de escritório e pessoais, material de desporto, armas, equipamento doméstico - não especificado
17.01 Mobiliário
17.02 Equipamentos informáticos, burótica, reprografia, comunicação
17.03 Equipamentos para ensino, escrita, desenho - incl. máquina de escrever, de timbrar, ampliador, horodatador
17.04 Objectos e equipamentos para desporto e jogos
17.05 Armas
17.06 Objectos pessoais, vestuário
17.07 Instrumentos musicais
17.08 Equipamento, utensílios, objectos, roupa de tipo doméstico (utilização profissional)
17.99 Outros equipamentos de escritório e pessoais, material de desporto, armas, conhecidos do grupo 17 mas não referenciados acima
18.00 Organismos vivos e seres humanos - não especificado
18.01 Árvores, plantas, culturas
18.02 Animais domésticos e de produção animal
18.03 Animais - animais selvagens, insectos, serpentes
18.04 Micro-organismos
18.05 Agentes infecciosos virulentos
18.06 Seres humanos
18.99 Outros organismos vivos conhecidos do grupo 18 mas não referenciados acima
19.00 Resíduos diversos - não especificado
19.01 Resíduos diversos - de matérias, produtos, materiais, objectos
19.02 Resíduos diversos - de substâncias químicas
19.03 Resíduos diversos - de substâncias biológicas, vegetais, animais
19.99 Outros resíduos diversos conhecidos do grupo 19 mas não referenciados acima
20.00 Fenómenos físicos e elementos naturais - não especificado
20.01 Fenómenos físicos - barulho, radiação natural, luz, arco luminoso, pressurização, despressurização, pressão
20.02 Elementos naturais e atmosféricos (incl. extensões de água, lama, chuva, granizo, neve, gelo, ventania, etc.)
20.03 Catástrofes naturais (incl. inundação, vulcanismo, tremor de terra, maremoto, fogo, incêndio, etc.)
20.99 Outros fenómenos físicos e elementos conhecidos do grupo 20 mas não referenciados acima
99.00 Outros agentes materiais não referenciados nesta classificação
61
APPENDIX B: CLASSIFICATIONS AND FORMATS USED FOR ESAW
Formatos agregados
Os formatos infra são os utilizados para as variáveis idade e data, em publicações. No tocante às outras variáveis,
alguns quadros de publicações apresentam dados agregados a nível da primeira posição, incluindo na estrutura de
nível de uma posição, como indicado supra em relação aos agentes materiais.
Código Designação
<18 0 -17 anos
18-24 18 -24 anos
25-34 25 -34 anos
35-44 35 -44 anos
45-54 45 -54 anos
55-64 55 -64 anos
>64 65 anos ou mais
99 Idade desconhecida
62
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Tipo de lesão
Princípio geral de codificação: No caso de lesões múltiplas sofridas num acidente em que uma das lesões seja
obviamente mais grave do que as outras, este acidente deverá classificar-se no grupo correspondente à natureza
da lesão mais grave. O código 120 "Lesões múltiplas" só deverá ser utilizado nos casos em que o sinistrado tenha
sofrido dois ou mais tipos de lesões, não sendo possível distinguir qual a mais grave.
O quadro que se segue indica inclusões e exclusões em relação a cada código. Incluem-se igualmente remissões
para a classificação de doenças profissionais CID10 da OMS.
A classificação utilizada respeita, na medida do possível, a classificação do BIT para tipo de lesão que consta da
Resolução BIT "Estatísticas de Lesões Profissionais Resultantes de Acidentes de Trabalho". Todavia, subsistem algumas
diferenças, pouco significativas, pelo que o quadro infra faculta a conversão entre os códigos EEAT e os códigos BIT.
63
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
64
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
65
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
66
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
As variáveis Posto de trabalho, Tipo de local e Tipo de trabalho descrevem as circunstâncias em que os acidentes
ocorrem. As várias etapas registam o desenrolar do acontecimento sob a forma de três pares de variáveis. Um acidente
constitui, frequentemente, uma sequência de acontecimentos. Os responsáveis pelo inquérito têm, muitas vezes,
tendência a concentrar-se no momento preciso em que a lesão se produziu. No entanto, no que respeita à prevenção,
tanto a descrição do instante em que algo de anormal se produziu, como a descrição do que fazia o sinistrado no
momento do acidente, são tão ou mais importantes.
Cada par compreende uma acção (um nome, mas que poderia, também, exprimir-se através de um verbo) e um
objecto. O que proporciona um registo muito flexível e preciso, já que as possibilidades de combinação são
múltiplas, sem ter de se recorrer a classificações demasiado importantes. Haverá um Agente material codificado
para cada um dos três níveis, mas apenas uma única classificação. Isto não significa que o mesmo "agente material"
tenha que ser codificado três vezes. Em muitos casos codificar-se-ão Agentes materiais diferentes. Para tal, será
necessário distinguir os diferentes Agentes materiais presentes no desenrolar do acontecimento. No entanto, uma
melhor prevenção justifica este esforço suplementar.
i) A «Actividade física específica» e o seu Agente material associado indicam o que o sinistrado fazia aquando do
acidente. Esta actividade é definida de maneira pormenorizada, diferindo, assim, do «Tipo de trabalho», que fornece uma
perspectiva mais generalizada do trabalho efectuado.
Exemplo: Ao fazer a limpeza (Tipo de trabalho 53) o sinistrado subia (Actividade física específica 61) a escada
(Agente material associado 02.01).
Exemplo: Durante o fabrico de um móvel (Tipo de trabalho 11), o sinistrado levantou com as mãos (Actividade física
específica 51) um pedaço de madeira (Agente material associado 14.11).
ii) O «Desvio» e o seu Agente material associado indicam o que se passou de anormal e conduziu, portanto, ao
acidente. O acontecimento desviante não descreve as causas profundas e ainda menos as responsabilidades.
Descreve, simplesmente, o que ocorreu de um modo anormal, ou no caso de uma cadeia de ocorrências
anormais, qual o último elemento dessa cadeia.
Exemplo: O sinistrado caiu (Desvio 51) na escada (Agente material associado 02.01),
Exemplo: O sinistrado perde o controlo (Desvio 43) de uma chave de fendas manual (Agente material associado
07.05).
iii) O «Contacto - Modalidade da lesão» e o seu Agente material associado indicam a forma como o sinistrado
entrou em contacto com o Agente material lesivo. Trata-se de uma descrição precisa do modo como o sinistrado
se lesionou.
Exemplo: O sinistrado caiu e bateu (Contacto - Modalidade da lesão 31) no chão (Agente material associado
01.02),
Exemplo: O sinistrado é atingido (Contacto - Modalidade da lesão 42) por uma chave de fendas (Agente material
associado 07.05) que cai.
Ao contrário, a utilização do código 99 ou 999 significa que a informação é conhecida mas que não existe um
código que lhe corresponda na lista. Na última linha de cada lista o código 99 ou 999 corresponde a: Outro/a
«designação da variável» não referido/a nesta classificação.
67
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Do mesmo modo, para os grupos 10, 20, 30, (ou 010, 020, 030, etc.), o código que termina por «0» significa que se
possui informação suficiente para escolher um dos grupos, mas sem se poder ir mais longe por insuficiência na
especificação dos dados. Quanto aos códigos 19, 29, 39 (ou 019, 029, 039, etc.), indicam uma informação específica
que releva da sua rubrica, mas sem código correspondente na lista. Por exemplo: para a variável Tipo de Local,
compreendemos, a partir da leitura da declaração de acidente, que este último se produziu nas instalações de uma
empresa industrial, sem mais pormenores; codifica-se, então, «010: Zona industrial - Não especificado». No entanto,
se, a partir da leitura da declaração, for possível discernir qual o tipo de zona industrial onde ocorreu o acidente,
embora tal zona não figure na lista, codifica-se «Outro tipo de local conhecido do grupo 010 mas não referido acima».
Em certos casos não existe Agente material a procurar, nem tão pouco, portanto, a codificar. Tome-se o seguinte
exemplo: uma operadora de caixa numa loja está de pé. Vira-se para atender um cliente, mas o movimento
provoca uma lesão interna que a deixa imobilizada. Trata-se de uma caso de auto-lesão. O sinistrado magoou-se
sozinho, sem tocar em nada e sem transportar qualquer carga. Foi, como tal, um qualquer movimento do sinistrado
(Actividade Física Específica - «Fazer movimentos no mesmo lugar - código 67») cujo resultado se exprime sob a
forma de um Desvio - «Movimento do corpo em torsão, em rotação - código 74» - que se traduz por um Contacto -
Modalidade da Lesão («Constrangimento Físico - sobre o sistema músculo-esquelético - código 71»). Nenhum
Agente material está associado a qualquer uma das 3 variáveis, devendo, portanto, utilizar-se o código 00.01
«Nenhum Agente material» para cada um dos 3 Agentes.
É igualmente possível que a acção da Actividade Física Específica, do Desvio e do Contacto - Modalidade da Lesão
em causa se realize com a intervenção ou utilização de um Agente material, embora a leitura da declaração de
acidente possa não permitir discernir isto, caso não haja informações que permitam esta identificação e, por
conseguinte, a codificação do respectivo agente material. Trata-se aqui de um caso de codificação em 00.00
«Nenhum agente material ou Nenhuma informação». Por outro lado, uma ferida aberta implica a utilização do código
00.02 «Nenhuma informação», visto que há sempre um Agente material.
Quanto aos Estados-Membros que pretendem codificar os Agentes materiais com mais pormenor, no Anexo D
figura uma classificação de 4 posições (8 dígitos), facultativa (o Eurostat utiliza apenas a classificação de duas
posições).
Posto de trabalho
O conceito de posto de trabalho "habitual" é considerado em sentido estrito: posto de trabalho fixo numa oficina,
armazém, escritório e, de modo mais geral, "unidade local" habitual de trabalho (instalação da unidade local do
empregador).
Inversamente, o conceito de "ocasional" é amplo e abrange quer profissões cujo posto de trabalho é "móvel", como
condutores de veículos pesados, trabalhadores da construção civil, instaladores, reparadores, polícias, agentes de
segurança, pessoal de manutenção das vias públicas, etc., e situações efectivamente ocasionais de pessoas que
normalmente trabalham num posto de trabalho fixo: afectação temporária num posto de trabalho fixo, mas
diferente do habitual, nomeadamente numa outra unidade local, que não a habitual, intervenção específica fora do
estabelecimento habitual, nas instalações de um cliente ou de uma outra empresa (reunião, missão, visita
comercial, etc.), incluindo o período de transporte entre a empresa e o local de intervenção. De igual modo, as
afectações temporárias por empresas intervenientes numa outra empresa, as missões temporárias bem como o
teletrabalho são sistematicamente considerados como postos de trabalho "ocasionais".
68
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Tipo de local
Definição
Trata-se do ambiente geral, lugar ou local de trabalho onde se produziu o acidente. Descreve o ambiente
geográfico em que a pessoa se encontrava a trabalhar, por onde passava, ou onde estava simplesmente presente
(por razões de trabalho) no momento do acidente.
Desenvolvimento
O tipo de actividade efectuada pelo sinistrado não deve ser tomado em consideração. Excepto no caso de
estaleiros e construções (códigos 020-029). Neste caso, o uso principal a que o local se destina não é importante,
o que conta é a actividade de estaleiro, de construção. Por exemplo: a renovação de um salão de baile codifica-se
021. Mas trabalhos leves de manutenção empreendidos num ponto de venda suscitam a seguinte codificação: 043
para Tipo de local e 52 para Tipo de trabalho (cf. mais abaixo). Outro exemplo: para operações como a
substituição de uma lâmpada numa loja, ou uma intervenção num frigorífico (reparar, acrescentar gás) num
supermercado, o Tipo de local será codificado 043; em contrapartida, para a substituição de cabos eléctricos, ou
para a remoção de amianto nestes mesmos pontos de venda, o Tipo de local será codificado 021.
Considera-se que os acessos, corredores, escadas e outras dependências comuns e anexos dos locais abaixo
descritos fazem parte desses mesmos locais, sendo codificados da mesma forma. O corredor de um hospital é
codificado 051, a escada de uma fábrica é codificada 011.
69
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Por último, certos locais públicos podem incluir zonas de acesso limitado, pertencendo estas ao código 063. Assim,
uma operação de manutenção nas vias férreas (não subterrâneas) codifica-se 063. Os trabalhos de abastecimento
de um avião na pista codificam-se 063. Trocar uma lâmpada de um candeeiro numa estação de caminhos-de-ferro
é um trabalho em altura, codificado 092; limpar um átrio de uma estação codifica-se 062, mas limpar o balastro da
via releva do código 063.
Locais especiais - 090 - 099 No ar, em altura - com exclusão dos estaleiros -100 - 109 Subterrâneo - com exclusão dos
estaleiros - 110 - 119 Sobre a água - com exclusão dos estaleiros.
Estes códigos são utilizados sempre que a situação de trabalho os exigir, com exclusão dos casos de estaleiros
(que são codificados no grupo 020). No que respeita aos códigos 090, trata-se geralmente, excepto para os aviões,
de situações onde existe risco de queda.
Observações
Em certos casos, vários códigos parecem convir; os seguintes exemplos explicam o que se deve fazer:
70
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Resumindo, através do exemplo da formação, uma sala de aulas num liceu codifica-se 042. Da mesma forma,
uma sala de formação numa fábrica, ou uma escola de teatro num local para espectáculos codificam-se 042, mas
uma formação de aprendiz com máquina em oficina é 011.
Os estaleiros de construção naval (construção ou reparação) codificam-se 011/012 quando esta actividade é feita
em terra, mas a mesma actividade empreendida no mar é codificada 111.
O código escolhido deve ser o do local mais associado ao risco efectivo no momento do acidente. Por exemplo,
uma pessoa que se desloca para o trabalho de metropolitano escorrega num dos corredores - o Tipo de local é
codificado 061. Um trabalhador a colar cartazes cai da parte superior da sua escada no mesmo corredor do
metropolitano - o código é também 061. Um varredor atropelado por um automóvel enquanto varria o passeio de
um túnel rodoviário verá o seu local de trabalho codificado 101.
O mesmo raciocínio deve aplicar-se aos termos genéricos que podem abarcar vários locais. No caso do
laboratório, se se tratar de um local de ensino, codifica-se 042, se for um laboratório clínico, o código a utilizar é o
059. No caso de laboratórios em supermercados (preparação das carnes), o código é o 011, o mesmo a aplicar
aos laboratórios em fábricas.
Pode acontecer que o local do acidente implique várias vítimas, sendo que para cada uma a codificação do local
de trabalho pode ser diferente.
Exemplo: uma grua cai sobre o estaleiro de construção de uma ponte, vários elementos caem na via pública -
codificar-se-á estaleiro (021) para o operador de grua, mas meio de transporte (062) para o automobilista que
embate contra elementos da grua caídos na estrada.
Tipo de trabalho
Definição
Trata-se da actividade geral, da tarefa da pessoa no momento do acidente. Não é a sua profissão nem, pelo
contrário, a Actividade física específica precisa no próprio momento do acidente. Diz respeito a uma descrição do
tipo de trabalho em sentido lato, ou seja, a tarefa efectuada pelo sinistrado ao longo de um determinado período de
tempo, até ao momento do acidente.
Desenvolvimento
Trata-se de decompor a actividade económica em diferentes tarefas com características comuns, sendo que cada
tarefa constitui ela própria uma grande classe de trabalhos e tarefas, embora a uma escala inferior. Outro modo de
descrever o Tipo de trabalho é observando o caminho, as diferentes etapas que determinado produto percorre,
desde a sua concepção à respectiva produção. A produção de um produto é uma cadeia de acontecimentos que
se entrelaçam. Cada acontecimento suscita o uso de um diferente Tipo de trabalho. A decomposição desta cadeia
de acontecimentos é independente das dimensões do produto, da quantidade produzida, assim como do facto de
se tratar, ou não, de um produto físico.
A mesma pessoa pode, de facto, desempenhar diferentes tarefas durante o seu dia de trabalho. São essas as
tarefas, no sentido lato do termo, aqui codificadas. Há uma certa ideia de duração na tarefa. A Actividade física
específica é muito mais precisa e pode ser isolada da cadeia de acontecimentos que conduzem ao acidente. Em
cada caso, é necessário adaptar o par Tipo de trabalho - Actividade física específica de acordo com a descrição do
acidente, sendo que a Actividade física específica acrescenta precisão à descrição do acidente, iniciada com a
codificação do Tipo de trabalho.
Se a Actividade física específica for uma acção isolada no próprio momento do acidente, o Tipo de trabalho não deverá
ser muito vago. Não só não corresponderá à actividade económica da empresa, nem à profissão do sinistrado, tal como
indicado anteriormente, como convém ainda separar bem as tarefas de natureza distinta. Assim, não é porque alguém
executou durante toda a manhã a mesma tarefa, por exemplo, limpar uma máquina, que se deve codificar a tarefa
aquando do acidente com o código correspondente à limpeza (53) - no caso de o trabalhador ter tido o acidente ao dirigir-
se ao refeitório dentro das instalações da empresa, durante o intervalo para almoço, trata-se, sim, de uma tarefa de
circulação (61), independentemente da profissão do sinistrado e da actividade económica da sua empresa (ou da
empresa em que o sinistrado se encontrava aquando do acidente, caso não se tratasse da sua própria empresa). Pelo
contrário, uma pessoa que vá de escritório em escritório para os limpar, e que torça o pé ao caminhar no corredor entre
dois escritórios, estava realmente a executar uma tarefa de limpeza (53), e não de circulação, no momento do acidente.
71
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Trata-se de infra-estruturas em geral abertas, onde o homem, em geral, não permanece. Por exemplo, no que
respeita à construção de um novo aeroporto: a terraplenagem deve ser codificada em 21, a construção do próprio
edifício e dos hangares em 22, a construção do pavimento e das pistas em 23, a renovação de um velho aeroporto,
transformando-o num museu, em 24. Voltar a pintar uma parede ou um tecto não pertence à manutenção de
máquinas, ferramentas e equipamentos (52), mas antes à conservação de edifício (24). Este código 24 considera
também as renovações de grande envergadura: museus, torres, residências privadas, além da renovação de obras de
arte. O código 25 refere-se a todas as actividades de demolição de edifícios e obras de arte. Os códigos 24 e 25
consideram todas as renovações e demolições de modo simétrico à distinção feita entre os códigos 22 e 23.
30 -39 Tarefa de tipo agrícola, florestal, hortícola, piscícola, com animais vivos
O código 31 refere-se a tudo aquilo ligado aos trabalhos do solo: lavoura, estrumação, etc. O código 32 refere-se a
todos os trabalhos agrícolas relativos às plantas (frutos, trigo, flores / plantar, cultivar, colher). Note-se que o código
33 se refere às funções (cuidados, criação...) em ou com animais vivos. A silvicultura deve codificar-se em 34.
Tudo o que se refere à pesca industrial ou artesanal, produção e exploração de produtos provenientes do mar,
lagos e rios faz parte do ponto 35.
No caso de um estaleiro de construção de um edifício novo, a preparação do estaleiro codifica-se 51, mas a
terraplenagem que lhe sucede recebe o código 21. Em seguida, a montagem de uma grua no estaleiro é codificada
51, mas a manutenção ou reparação da mesma grua na obra é codificada 52. A tarefa de construção propriamente
dita que se desenrola durante a obra releva principalmente do código 22, dada a natureza da construção, ou dos
códigos 20-29. No final da obra, as equipas de limpeza limpam o estaleiro (código 53) e procedem ao carregamento
dos contentores de lixo (código 54). As actividades de construção e os diferentes trabalhos que lhes estão associados
foram, assim, divididos em subclasses, cada uma correspondendo a um Tipo de trabalho diferente.
No caso de trabalhos ligados à manutenção informática, existem tarefas de estaleiro no âmbito da renovação de
cablagens em instalações (código 24), mas também tarefas de venda (código 43) e de instalação (código 51) de
novos materiais informáticos e, por último, de simples intervenção de manutenção propriamente dita sobre
equipamentos (computadores) existentes (código 52).
72
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
No caso das actividades no âmbito de um restaurante, o dia começa com um certo número de tarefas
preparatórias, tais como a recepção dos produtos, a sua primeira preparação em cozinha (descasque, corte, etc.)
e a instalação da sala (mesas, toalhas, talher), que se codificam 51. Os trabalhos aquando da recepção dos
clientes, ao almoço ou jantar, tanto no âmbito do serviço na sala, como a nível da realização dos pratos na
cozinha, relevam do código 41. Por último, uma vez as refeições terminadas, as tarefas de limpeza da sala, da
cozinha e da loiça inscrevem-se no código 53.
Convém também especificar que a manutenção, a reparação, o ajustamento e a regulação não devem ser
confundidos com o conceito de vigilância. Na prática, uma manutenção pode começar por uma inspecção, um
controlo, mas se o sinistrado toca, traz ou manuseia o Agente material, a utilização do código 52 impõe-se. O
código 55 deve ser utilizado quando a acção de vigilância, de inspecção, é feita pelo sinistrado, sem que este
toque, traga, ou manuseie o Agente material.
Desenvolvimento
A classificação da Actividade física específica segue o sistema descrito no seguinte quadro:
73
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Uma máquina é, ou fixa (agentes 10), não podendo ser deslocada durante a realização do trabalho, ou móvel
(agentes 09), mas uma só pessoa, sem a ajuda de outra pessoa ou de um aparelho de movimentação, não
consegue fazer mais do que deslocá-la pelo chão, fazendo-a rolar mediante a sua própria energia (engenho
automotor de estaleiro ou agrícola), por exemplo, ou então puxando-a (serra de estaleiro), etc., mas nunca
erguendo-a nos braços ou com o corpo.
10 - 19 Operação de máquina
Estes códigos devem ser empregues quando o sinistrado utiliza uma máquina da maneira prevista pelo seu
construtor. Não devem ser empregues, por exemplo, quando o sinistrado levanta uma máquina ou quando a
repara (a noção de reparação, manutenção, etc., prende-se com o código 52, "Manutenção, reparação,
ajustamento, regulação", da variável "Tipo de trabalho". A Actividade física específica que lhe está associada, se
conhecida, liga-se ao que a pessoa está exactamente a fazer aquando da reparação, por exemplo, "Trabalhar com
ferramentas de mão", códigos 20 a 29, se a pessoa estiver a utilizar uma chave de parafusos, um furador, etc., ou
"Manipulação de objectos", códigos 40 a 49, se a pessoa estiver a manipular esta ou aquela parte da máquina, por
exemplo, o seu carter, para aceder ao interior da mesma).
Observações
O código 11 deve ser empregue se a intervenção na máquina consiste, por exemplo, em fazê-la parar.
O código 12 é, também, empregue no caso de ocorrer um imprevisto, se a intervenção consistir, do ponto de vista
do operador, numa intervenção para retirar algo da máquina - algo que se bloqueou. Se a intervenção na máquina
se referir ao transporte ou condução de equipamento de transporte de materiais, devem empregar-se os códigos
30-39.
O código 13 é empregue quando o sinistrado não tem outra actividade senão o controlo (no sentido de conduzir)
da máquina, com a ajuda de manivelas, alavancas, botões. o sinistrado não alimenta a máquina de matéria-prima,
nem tão pouco recebe o produto terminado. Este código deve empregar-se para a condução de uma máquina
impressora, de uma linha de montagem, de um robô. Em contrapartida, um controlo estático por vídeo, sem
possibilidade de intervenção na máquina (por exemplo numa sala de controlo separada) codifica-se em Presença
(70). Este código não se refere à condução de veículos, de meios de transporte ou de manutenção.
Quando o sinistrado se desloca ao mesmo tempo que está a utilizar a sua ferramenta e se trata de um uso
contínuo e de pequenas deslocações, é a utilização da ferramenta de mão que prima sobre a deslocação. É
apenas quando a pessoa interrompe o uso da ferramenta e se desloca de modo evidente (por exemplo,
caminhando de uma ponta à outra da oficina, de uma dependência, ou para entrar e sair de determinado local),
antes de retomar a sua utilização, ocorrendo o acidente durante esta deslocação, que esta última prima sobre a
utilização, devendo então utilizar-se os códigos 60-69.
É igualmente útil consultar a observação geral no início do guia da classificação Tipo de trabalho: 1) uma pessoa
que vá de escritório em escritório para os limpar, e que torça o pé ao caminhar no corredor entre dois escritórios,
estava realmente a executar uma tarefa de limpeza (53), e não de circulação, no momento do acidente; 2) pelo
contrário, uma pessoa que passou toda a manhã a limpar uma máquina, mas que tem um acidente ao dirigir-se
para o refeitório dentro das instalações da empresa, durante o intervalo para almoço, executa, no momento do
acidente, uma tarefa de circulação (61). Não obstante, em ambos os casos, a Actividade física específica no
instante preciso do acidente releva de um movimento, código 61 (andar, etc.) ou 62 (entrar, sair), por exemplo. No
entanto, uma pessoa que embate contra uma janela ao deslocar-se ligeiramente para o lado, enquanto lava vidros
com esponjas e outras ferramentas de lavador de vidros executa, a nível do Tipo de trabalho, uma tarefa de
limpeza (53) e como Actividade física específica, um trabalho com ferramentas de mão não motorizadas (21).
Observações
Neste grupo, diferencia-se a ferramenta motorizada da manual. Por ferramenta manual, entenda-se aquela que
exige a força muscular (por exemplo, uma chave de fendas de mão, ou um martelo); a ferramenta motorizada é
comandada diferentemente (pela electricidade, gasolina, etc.), como no caso da furadora eléctrica, ou de uma
chave de fendas eléctrica.
74
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Se a ferramenta não é empregue no seu uso inicialmente previsto (uso previsto por ocasião da sua concepção),
devem empregar-se os códigos 40-49. Por exemplo, para os usos da chave de fendas que não aparafusar e
desaparafusar; tais usos podem ser voluntários ou involuntários.
Deve haver uma correlação entre a Actividade física específica e o Agente Material. Por exemplo, para os códigos
20 - 29, somente os grupos de Agentes Materiais 06, 07, 08 são autorizados.
No caso de a actividade se situar sobre uma máquina, mas consistir, por exemplo para a regular aparafusando ou
desaparafusando um parafuso de regulação, na utilização de uma ferramenta de mão, por exemplo uma chave de
parafusos, trata-se de trabalho com ferramenta de mão (código 21 para a chave de parafusos), e não de uma
operação de máquina, pois esta não é a Actividade física específica no momento do acidente (a noção de
regulação de máquina é codificada em Tipo de trabalho, código 52, a que está associado o Agente material que
indica a máquina).
Observações
Os códigos deste grupo referem-se à condução de todas as formas de veículo, motorizados (camião, automóvel,
avião, barco a motor, etc.), ou não (bicicleta, carrinho de mão, barco não motorizado, etc.), ou ao facto de estar a
bordo desses mesmos veículos. Referem-se, também, à condução de equipamentos móveis (empilhador) de
movimentação, sejam eles motorizados ou não. Consequentemente, os equipamentos fixos de movimentação
serão considerados como máquinas fixas, sendo codificados na série 10.
A utilização de um guincho para alimentar uma máquina será codificada 11. A condução de um tapete rolante para
transporte de materiais é codificada 11. O tapete rolante é um equipamento fixo. A utilização de um empilhador
(móvel, porque se desloca) será codificada 31 ou 32 conforme este seja motorizado ou não. O passageiro de um
meio de transporte (autocarro, avião, comboio, embarcação, etc.) motorizado ou não, móvel (em movimento) ou
fixo (parado) será codificado 33.
40 - 49 Manipulação de objectos
Estes códigos devem ser empregues quando o sinistrado manuseia, manipula qualquer coisa.
Não se trata apenas de considerar o uso normal da máquina, da ferramenta manual, ou do equipamento de
transporte. Um cinzel pode ser utilizado para retirar aparas de um objecto, a Actividade física específica é
codificada 21, enquanto que é codificada 40-49 se o cinzel for empregue para qualquer outra coisa que não retirar
aparas, como, por exemplo, ser projectado (44), ou utilizado para abrir uma garrafa de cerveja (45), ou,
simplesmente, segurado na mão (41), etc.
Observações
O código 41 deve ser utilizado quando o sinistrado segura um objecto na sua mão, ou quando estende o braço
para qualquer coisa e a agarra (ao contrário de "67 - movimentos no mesmo lugar", quando o sinistrado não agarra
o objecto).
Não confundir esta actividade com o transporte manual, códigos 50-59. Existem certos indícios que permitem
distinguir as duas actividades:
– Em primeiro lugar, a manipulação, quando está ligada a um transporte, tem lugar normalmente "antes" (ou
"depois") do transporte, e não "durante". Assim, quando, ao agarrar a pega de um malão que pretende
transportar, um operário se fere nesta primeira fase que constitui a preensão da pega, por exemplo batendo
num objecto próximo do malão ou ferindo-se devido a um pedaço de metal cortante a nível da pega, a
Actividade física específica no instante do acidente é codificada 41 «Pegar à mão, agarrar, prender, etc.». Pelo
contrário, se, após ter pegado no malão, o operário se fere ao levantá-la, a Actividade física específica no
instante do acidente é codificada 51 («Transportar verticalmente»).
75
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
– Além disso, aquando de um movimento executado com um objecto já agarrado, o código pode ser o 41 sempre
que se trate de um objecto de pequenas dimensões que se «transporta». Neste caso, as dimensões ou o peso do
objecto constituem o indício que permite diferenciar entre manipulação (de um «pequeno» objecto) e transporte
manual (de um objecto «maior» ou mais «pesado»). Assim, a Actividade física específica no instante do acidente
para um operário que muda de lugar uma chave de parafusos perto de si e que se fere com esta ferramenta na
mão codifica-se 41 (61 caso o operário esteja a andar com a ferramenta na mão). Ao contrário, se, sempre no
instante do acidente, o operário desloca um caixote cheio, estamos perante o código 51 - caso a deslocação seja
vertical -, 52 - se for horizontal -, ou 53 - se o sinistrado transporta o caixote ao caminhar.
Do mesmo modo, não se pode confundir a manipulação com o trabalho que envolve ferramentas de mão, códigos
20-29. Certos indícios permitem, também nestes casos, distinguir as duas actividades:
– Se o Tipo de trabalho pode ser o mesmo (por exemplo, reparar, código 52), a Actividade física específica,
manual, é diferente. Podemos executá-la, quer com uma ferramenta de mão - por exemplo aparafusar com
uma chave de parafusos, código 21 -, quer apenas com as próprias mãos, código 42.
– Em ambos os casos, podemos ter na mão uma ferramenta, por exemplo uma chave de parafusos, embora
num dos casos estejamos a servir-nos dela para aparafusar (código 21), e no outro apenas a agarramos e
mantemos na mão, mas sem nos servirmos dela no momento do acidente (código 41).
A manipulação não se limita ao uso da mão ou mãos, podendo, também, referir-se a outras partes do corpo, como
os pés.
Exemplo de distinção entre os códigos 40 e 50: o caso de um garagista que desmonta uma roda de automóvel.
Quando, após ter desaparafusado a roda, o garagista a agarra antes de a movimentar, trata-se do código 41 Pegar
à mão, agarrar, prender, etc. Uma vez a roda liberta das suas cavilhas, é preciso baixá-la e pô-la no chão - trata-
se, então, do código 51 Transportar verticalmente, indicando este código um movimento de cima para baixo.
Quando a roda é novamente montada, a acção de içar a roda à altura das cavilhas codifica-se 51. Uma vez a roda
encaixada nas cavilhas, passa-se para o código 43.
60-69 Movimento
Estes códigos devem ser empregues quando o sinistrado se encontrava em movimento quando o acidente
ocorreu.
Observações
O código 61 só pode ser utilizado quando o sinistrado se move ou se transporta a si próprio ao andar ou ao correr -
avançando ou recuando. O código deve também ser empregue quando o sinistrado apenas exprimiu a intenção de
dar um passo. Este código deve também empregar-se quando o sinistrado anda ou corre para cima ou para baixo,
por exemplo, numa escada.
O código 62 deve utilizar-se quando o sinistrado entra ou sai de um automóvel, comboio, da cabina de uma
máquina ou do próprio equipamento.
O código 63 deve ser empregue quando o sinistrado se move ou se transporta a si próprio, ao saltitar ou saltar. O
código 64 deve ser utilizado quando a pessoa rasteja ou trepa - sobe uma escada, a uma árvore ou a uma corda.
O código 67 deve ser empregue quando o sinistrado se move no mesmo lugar (braços, pernas, etc.), gira no
mesmo lugar, levanta a cabeça, sem se deslocar; estão igualmente incluídos outros movimentos corporais mais
complexos mas em que não ocorre verdadeira deslocação, como por exemplo, tomar um duche, lavar-se, vestir-
se, despir-se, etc. O código deve também ser empregue quando o sinistrado tenta apanhar algo (um objecto), mas
não o alcança. No caso contrário, é necessário utilizar o código 41 quando o sinistrado agarra um objecto.
76
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
70 Presença
Este código deve somente ser empregue quando o sinistrado não fazia fisicamente nada mais do que de estar
presente no seu posto de trabalho: estar sentado face à sua secretária, em reunião, a falar com um cliente, a
almoçar à mesa, etc.
Em contrapartida, a presença como passageiro num meio de transporte é codificada 33. Da mesma forma, uma
pessoa que brinca com crianças numa creche, escola, ou que se ocupa de doentes num hospital executa
geralmente uma Actividade física específica que releva de um código particular. Pode, por exemplo, tratar-se de
agarrar um brinquedo (41), transportar no colo uma criança cansada no recreio ou levar uma criança ao hospital
(código 53), soerguer um doente na cama (código 51), etc.
Desvio
Definição
A proposta para a classificação relativa a Desvio descreve o que se passou de anormal, como, por exemplo, a
perda, total ou parcial, de controlo de uma máquina, ou uma queda sobre ou a partir de alguma coisa.
Desenvolvimento
Se existirem vários acontecimentos em cadeia, é o último Desvio que se regista (o que ocorre o mais perto
possível, em termos temporais, do contacto lesivo). Imaginemos o caso de uma pessoa num laboratório que
manipula um produto líquido tóxico num frasco de vidro. A pessoa deixa cair (Desvio 44 - «Perda, total ou parcial,
de controlo de objecto») o frasco, que se parte (Desvio 32 - «Ruptura, rebentamento, causando estilhaços
(madeira, vidro, metal, pedra, plástico, outros)»). O produto tóxico liberta-se, portanto, e é projectado (Desvio 22 -
«Em estado líquido - fuga, ressumação, escoamento, salpico, aspersão») sobre o sinistrado, que se queima
(Contacto - Modalidade da lesão 16 - «Contacto com substâncias perigosas - na ou através da pele e dos olhos»).
Há três Desvios sucessivos de igual gravidade, mas codifica-se o último, com o código 22, que é o mais próximo
do contacto lesivo. Isto é lógico, pois foi de facto o salpico da substância perigosa que queimou o sinistrado.
A classificação deve ser clara, o que significa que códigos como "volumoso, incómodo, equipamento inadequado"
foram dela retirados.
Observações
O código 11 deve ser empregue sempre que um Desvio eléctrico cria um arco eléctrico, permitindo, assim, um
contacto indirecto com uma corrente eléctrica perigosa (incluindo relâmpago). O sinistrado não entra em contacto
físico com o Agente material, esteja este normal ou anormalmente em tensão.
O código 12 deve ser empregue quando um desvio eléctrico provoca um contacto directo com objectos ou
instalações que não estão normalmente em tensão. Neste caso o sinistrado entra em contacto físico com o Agente
material.
O Agente material codificado corresponde ao objecto do qual provém a corrente, e não a esta última. Do mesmo
modo, em relação à explosão e ao incêndio, é o Agente material que explode ou que arde que é codificado.
Este grupo não deve ser empregue se o último Desvio for uma vaporização, uma geração de fumo, etc. Neste
caso, devem ser utilizados os códigos 20-29.
77
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Observações
O código 22 deve ser empregue em caso de aspersão, fugas de líquidos ou de substâncias diversas. O código 23 deve
ser empregue no caso de emanação de vapor. O código 24 deve ser empregue somente no caso de poeiras e partículas
finas, mas não para pedras ou elementos semelhantes, caso em que se devem utilizar os códigos 21 ou do grupo 40-49.
Observações
Os códigos 31-32 devem ser empregues sempre que um Desvio se manifesta através de uma alteração física da
forma do Agente material.
Os códigos 33-34 devem ser empregues em caso de derrapagem, queda ou desmoronamento de estrutura, ou
seja, derrapagem, queda ou desmoronamento independentes do controlo do sinistrado.
O código 33 deve ser empregue para as quedas de objecto, sempre que um objecto cai na direcção de um nível
inferior, como, por exemplo, uma estante, a carga de uma grua. O sinistrado é estático em relação ao Agente
material que se coloca em relação a ele de cima para baixo. Dossiers em equilíbrio precário no alto de um armário,
que caem em cima da cabeça do sinistrado quando este abre a porta constituem um Desvio codificado 33.
O código 34 deve ser empregue quando o apoio (p. ex: terra, gravilha ou andaime) ou o objecto (p. ex: escada) sobre o
qual o sinistrado se encontra, escorrega (terra, gravilha ou andaime) ou desaba (escada). É o sinistrado que executa um
movimento para baixo. Um aterro de terra que se abate consiste num Desvio que se codifica 33. Atenção: no caso de um
degrau de uma escada de mão que se parta, o Desvio codifica-se 31 («Ruptura de material, nas juntas, nas ligações»).
O código 35 utiliza-se sempre que um Agente material cai sobre o sinistrado e fica globalmente ao mesmo nível. Trata-se
de uma queda de Agente material ao mesmo nível. É o caso de um móvel que cai sobre o sinistrado. Atenção: quando
um móvel é manipulado ou deslocado, a sua queda codifica-se 44 - «Perda, total ou parcial, de controlo de objecto».
Observações
O código 41 deve utilizar-se no caso de um arranque intempestivo, acção ou manipulação involuntária da máquina.
É também utilizado sempre que uma peça trabalhada, estilhaços provenientes da mesma, ou um Agente de
máquina são ejectados para longe, projectados, ou executam diversos movimentos; por exemplo: projecção de
lascas de madeira durante a serração, com uma serra circular fixa (aplica-se o mesmo raciocínio no código 43 -
roda de mó que escapa e que é ejectada da rectificadora). Deve também ser empregue no caso de um desvio na
alimentação em matéria-prima da máquina ou do próprio agente material, sem que para tal seja necessária uma
intervenção humana, como por exemplo no caso de um desvio causado por mecanismos gastos.
78
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
O código 42 deve ser empregue quando o sinistrado, ou outra pessoa, perde, total ou parcialmente, o controlo de
um meio de transporte ou de um equipamento de movimentação ou transporte em movimento. Este código deve
utilizar-se em caso de perda, total ou parcial, de controlo de todos os meios de transporte manuais, mecânicos ou
automáticos. Por exemplo, no caso de meios de transporte: um camião derrapa numa curva, sobre uma placa de
gelo, vindo a embater no automóvel de um carteiro que seguia o seu curso normal em sentido oposto o código 42
aplica-se, tanto ao motorista do camião, como ao carteiro (mas se este último, para entregar correio, parou em
plena estrada imediatamente após a curva, sem visibilidade, sendo atingido pelo camião, que seguia o seu curso
normal, mas que, sendo surpreendido, não pode evitar o acidente, o código de desvio a aplicar, tanto no caso do
carteiro, como no do motorista do camião, será o 85 infra). De modo idêntico, um camião motorizado que tomba
codifica-se em 42. Se, em contrapartida, a perda, total ou parcial, de controlo se refere à coisa transportada, por
exemplo um objecto que cai de um monta-cargas, então deve empregar-se o código 33.
O código 43 deve utilizar-se quando uma ferramenta manual (motorizada ou não) escapa total ou parcialmente ao
controlo do sinistrado ou de outra pessoa. Se a mesma ferramenta projectar estilhaços que firam o sinistrado, o
código a utilizar continua a ser o 43.
Deve utilizar-se o código 44 quando o sinistrado ou outra pessoa deixa cair um objecto, por exemplo, quando se
deixa cair um martelo ou uma caixa de ferramentas sobre o pé. O mesmo se aplica no caso de o conteúdo de um
saco ferir o sinistrado. Deve interpretar-se o sucedido como uma perda de controlo total ou parcial do Agente
material. Quando um móvel, uma máquina transportada e sem estar em funcionamento, ou uma resma de papel
escapam das mãos do sinistrado, estamos perante o código 44. Este código supõe que o Agente material escapa
ao controlo das mãos do(s) sinistrado(s). Ao contrário, se o objecto se parte ao cair, indo os estilhaços ferir o
sinistrado, o código a utilizar é o 32.
A perda, total ou parcial, de controlo de um animal - código 45 - significa que o sinistrado é ferido por um animal
pelo qual ele próprio, ou outra pessoa, são responsáveis, quer se trate de um animal doméstico, de criação, ou
selvagem. O animal em questão terá escapado ao controlo do seu dono, guarda, ou transportador.
O código 52 deve ser empregue quando o sinistrado escorrega, hesita, ou cai ao mesmo nível, sendo este medido
em relação à posição do sinistrado antes que ocorrer o acontecimento desviante. Incluem-se os casos de solo
irregular. O código 52 está próximo do código 75, embora o primeiro diga sempre respeito a uma queda, enquanto
o segundo deve ser utilizado quando não há queda, e sim um passo em falso causador de luxação ou entorse
(lesão interna).
Quando o sinistrado se lesiona em consequência da queda de outra pessoa (Desvio), é necessário utilizar o código
59.
O esforço físico mais importante que o normal não é exclusivamente do domínio da movimentação de cargas,
compreendendo igualmente os esforços exercidos sobre o próprio corpo: torsão quando uma pessoa se levanta,
se vira, etc.
A determinação da boa rubrica de codificação faz-se através da aplicação do método dos grupos de indícios:
- O primeiro indício diz respeito à avaliação do esforço muscular realizado.
- O segundo indício reside na presença de uma lesão externa ou interna.
- O terceiro indício é a ausência ou não de Agente material para o Contacto - Modalidade da lesão.
79
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Um esforço muscular bastante forte sugere a utilização dos códigos 70. As lesões externas pedem geralmente
uma codificação a nível da faixa dos 60 e as lesões internas situam-se na faixa dos 70. A ausência de Agente
material para o Contacto - Modalidade da lesão leva a codificar com o grupo dos 70 em numerosos casos.
60-69 Movimento do corpo não sujeito a constrangimento físico (conduzindo geralmente a lesão externa)
Estes códigos devem ser empregues quando há um movimento do próprio corpo, sem haver necessidade de um
esforço físico especial, estando o sinistrado sujeita a uma lesão corporal geralmente externa. O movimento do
corpo pode ser, ou não, voluntário.
A marcha expressa no código 61 não envolve nenhum esforço particular, tratando-se frequentemente de um
movimento voluntário, tal como o ajoelhar-se do código 62, que também não envolve um esforço muito superior. É
necessário, portanto, avaliar o esforço feito, sem interessar saber se o movimento foi, ou não, voluntário. Andar
sobre um objecto cortante provoca uma lesão externa e codifica-se como tal 61.
Para o código 62, o sinistrado pode ferir-se no joelho numa gaveta da secretária que estivesse aberta, ao
sentar-se. Mais uma vez, trata-se de um movimento voluntário do corpo, sem esforço, mas conducente a uma
lesão externa.
O movimento expresso pelo código 63 é involuntário na maioria dos casos, embora isso seja irrelevante, já que tal
movimento não envolve um esforço físico (não se tem em conta o esforço feito para resistir), traduzindo-se por
uma lesão externa. No código 63 deve incluir-se a noção de ser levado pelo próprio impulso, o que coloca uma
parte do corpo em contacto com um Agente material lesivo.
O código 64 diz respeito aos casos em que o sinistrado se aleija, na maioria das vezes, sozinho, sem intervenção
de terceiros, sem a intervenção obrigatória, a nível do desvio, de um Agente material ou de outrem. Trata-se dos
casos em que a lesão causada por movimentos descoordenados, gestos intempestivos, inoportunos, etc., é
externa, o que implica, regra geral, a presença de um Agente material para o Contacto - Modalidade da lesão: por
exemplo, o sinistrado embate contra um objecto ao levantar-se, ao baixar-se, ao virar-se, traduzindo-se este
movimento numa contusão ou ferida aberta.
Outro caso de utilização do código 64 é o de uma pessoa que coloca a mão ou o pé, por inadvertência, num sítio
ou objecto que lhe causa uma lesão, por exemplo, na cozinha de um restaurante, colocar a mão sobre uma placa
acesa sem dar por isso. Na mesma óptica, deitar um objecto no caixote do lixo sem estar com atenção e embater
num objecto cortante codifica-se 64 para o Desvio e 52 para o Contacto; a mesma coisa será, num hospital, deitar
pensos num caixote de lixo sem olhar e ferir-se com uma seringa que já lá estivesse. Neste caso, interessa
codificar o Agente material do Desvio, quando este existe, além daquele relativo ao Contacto, pois isso dará um
sentido particular, em termos de prevenção, ao que não é senão um simples movimento. O Agente material para o
Contacto será a placa quente, codificada 10.04, ou a seringa, codificada 06.14. Para o Desvio, não há objecto
associado ao movimento do cozinheiro, no caso das placas quentes, pois ele desloca simplesmente a mão. Pelo
contrário, no caso da enfermeira, o movimento que chega demasiado longe no caixote do lixo, até à seringa, é feito
com os pensos que se vão deitar fora, estando estes, portanto, associados ao desvio, e codificados 19.01.
A acção de prevenção consistirá então em evitar os gestos intempestivos e os movimentos descoordenados nas
cozinhas, com ou sem objecto na mão; nos hospitais, é necessário não esquecer que, quando se manipulam
objectos sujos, é preciso ter também em atenção outros objectos do mesmo tipo que não se estão a manipular,
mas que não deixam de estar próximos e que podem ferir, se apenas nos concentrarmos naqueles que
manipulamos.
Outros exemplos de utilização do código 64, com ou sem Agente material associado: lavando os vidros, uma
pessoa desloca-se para o lado e bate contra uma janela aberta; ao arrumar uma autolavadora industrial, o
trabalhador desvia-se para a manobrar, mas bate com o pé numa palete (Agente material associado: autolavadora,
código 09.04); ao limpar um armário metálico, o sinistrado corta-se na fechadura.
80
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Vê-se bem nestes exemplos que o primeiro indício é o esforço muscular a fazer para gerir o Agente material,
sendo o segundo a presença de uma lesão interna.
Além disso, os códigos 70-79 são também utilizados nos casos em que o Agente material do desvio não existe,
não podendo portanto ser a fonte de um esforço muscular particular. O constrangimento físico será directamente
interno. Tal como no caso de uma pessoa que se fere a nível músculo-esquelético ao levantar-se (71), baixar-se
(73), virar-se (74), ou ao dar um passo em falso avançando ou recuando, mas sem queda (75) (ver mais acima a
diferença de utilização entre os códigos 52 e 75), de maneira intempestiva, que provoca lesão interna, mas sem
haver transporte de qualquer carga nem manipulação de qualquer objecto. Todos estes casos são comummente
designados por «movimentos em falso». O terceiro indício será então a ausência de Agente material do Contacto -
Modalidade da lesão.
Observações
O código 81 deve ser empregue em caso de surpresa, susto sem contacto físico.
O código 82 deve ser empregue nos casos em que o sinistrado é sujeito a agressões, ameaças e violências
provenientes do interior da empresa.
Inversamente, o código 83 é reservado aos casos em que o sinistrado é sujeito a agressões, ameaças e violências
provenientes do exterior da entidade de trabalho (ataque por motivo de roubo, manifestação de cólera por parte de
clientes, ajuste de contas da parte de terceiros, etc.). Esta forma de violência pode também ser causada por
estudantes, em estabelecimentos de ensino, ou por doentes em hospitais, etc.
O código 84 é empregue para as violências em que estão implicados animais selvagens ou não vigiados.
O código 85 deve somente ser empregue quando o único desvio é o facto de o sinistrado, ou outra pessoa, se
encontrar no mau lugar, no mau momento. Sugere que o sinistrado, ou outra pessoa, faz qualquer coisa imprevista
(estacionamento na área de circulação de uma máquina, presença no meio de uma estrada, presença numa via
férrea, sendo o acidente provocado pela máquina, automóvel, comboio, que estão em funcionamento normal e no
seu perfeito lugar). Se o acidente puder ser codificado de forma mais precisa, com base noutras informações
sobre o desvio, é necessário fazê-lo.
Desenvolvimento
Codifica-se o Contacto - Modalidade da lesão que conduz à lesão mais grave.
81
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Observações
O código 11 deve também ser empregue nos casos em que o sinistrado entra em contacto com um arco eléctrico
e recebe um choque eléctrico ou uma queimadura causada pelo calor. Não é a corrente que se codifica como
Agente material, mas sim o objecto em tensão, como, por exemplo: uma ferramenta, pinça ou alicate.
O código 12 deve ser empregue nos casos em que o sinistrado entra em contacto directo com um objecto normal
ou anormalmente sob tensão cuja corrente passa no corpo do sinistrado.
Os códigos 11 e 12 devem ser empregues quando o factor que causa a lesão for a intensidade da corrente.
O código 13 deve ser empregue quando a temperatura do objecto ou do ambiente é a causa da lesão. O factor
determinante da lesão é a temperatura do objecto com o qual o sinistrado entrou em contacto. O Agente material
codificado é o objecto que arde ou de que provêm as chamas, como, por exemplo, gasolina inflamada, viga de
madeira a arder, automóvel incendiado, etc.
O código 14 deve ser empregue nos casos em que o sinistrado entra em contacto com qualquer coisa causadora
de congelação, quer o objecto seja tocado ou não. Pode tratar-se de ar frio, água, oxigénio líquido ou outro, etc. O
Agente material associado será o objecto frio.
Os códigos 15-17 devem ser empregues para os casos em que é uma substância biológica ou química, ou as suas
propriedades, que causa/causam a lesão. Aqui faz-se a distinção entre as diferentes naturezas da lesão,
nomeadamente se o efeito ocorre através das vias respiratórias, por inalação, por um contacto com a pele ou pelo
tacto, e, finalmente, pelo sistema digestivo, ao comer ou beber. Inversamente, as poeiras não directamente
nocivas em si, mas que se alojam por exemplo nos olhos, ao serem projectadas por uma ferramenta (origem
mecânica), constituem um código Contacto 41, e não 16.
Observações
O código 21 deve ser empregue em casos onde a falta de oxigénio se deve a imersão num determinado líquido, o
que impede a absorção de oxigénio, como, por exemplo, a imersão em água. O Agente material associado
codificado é o líquido ou, quando este não é especificado, o "recipiente" que contém o líquido no qual o sinistrado é
imerso.
O código 22 deve ser empregue nos casos em que a falta de oxigénio é causada pelo soterramento sob materiais
sólidos que impedem o abastecimento de oxigénio, como por exemplo a terra.
O código 23 deve ser empregue quando determinados vapores ou gases asfixiantes impedem o abastecimento de
oxigénio, ou quando qualquer outra coisa impede o sinistrado de respirar, como por exemplo um saco de plástico
sobre o rosto. O Agente material a codificar designará os vapores ou gases sufocantes, ou tudo aquilo que impede
o sinistrado de respirar.
Estes códigos não devem ser empregues quando as propriedades químicas dos vapores ou gases os tornam
tóxicos, cáusticos (corrosivos) ou prejudiciais. A não utilizar, tão pouco, se o envenenamento ou a queimadura
causados por estes produtos químicos forem a lesão mais grave. Neste caso, é necessário empregar os códigos
15 a 17 «Contacto com substâncias perigosas».
31-39 Esmagamento em movimento vertical ou horizontal sobre, contra um objecto imóvel (o sinistrado está em
movimento)
Estes códigos devem ser utilizados nos casos em que o sinistrado está em movimento e o mesmo não sucede
com o objecto causador da lesão. O sinistrado está em movimento horizontal ou vertical.
82
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
O código 31 deve ser empregue para os casos em que a causa da lesão é o movimento vertical do sinistrado (ou
seja, o desvio é a sua queda). A amplitude da queda, que precede o choque, não tem importância. Este código
deve também ser empregue sempre que a pessoa cai (Desvio), e o factor causador da lesão (Agente material do
Contacto) é o objecto com que choca na sua queda, como no caso em que o sinistrado cai e embate contra uma
cadeira.
O código 32 deve ser empregue sempre que o sinistrado choca com qualquer coisa imóvel. Por exemplo, embate
contra uma mesa. O sinistrado efectua um movimento horizontal. O Agente material codificado será a mesa. Outro
caso seria o de um motorista de camião que bate contra uma árvore ou veículo estacionado.
Observações
O código 41 deve ser empregue sempre que o sinistrado é atingido por um objecto projectado, lançado no ar (por
exemplo, lançado para fora de uma máquina), mas não por um objecto que cai na vertical. Este código é também
utilizado quando a pessoa é atingida por uma porta violentamente aberta. O objecto também pode ser muito
pequeno (poeiras de madeira ou metal, por exemplo, cf. a observação relativa ao código 16).
O código 42 deve ser empregue sempre que o sinistrado é atingido por um objecto em queda vertical (Desvio),
mas não por um objecto projectado para o ar. Exemplo: tijolo que cai de uma grande altura.
O código 43 deve ser empregue para os casos em que o sinistrado é atingido por um objecto que salta por estar
comprimido e submetido a uma tensão. É a tensão do material que provoca a lesão. Exemplo: ramos, molas,
elásticos e similares. Este código deve ser utilizado igualmente quando um objecto se balança como um pêndulo
suspenso.
O código 44 deveria normalmente ser empregue para os casos em que o sinistrado é atingido ou atropelado por
qualquer coisa que se escapa ou que rola. Exemplo: equipamento sobre rodas (carrinho) ou veículo.
O código 45 deve ser utilizado nos casos em que tanto o sinistrado como o objecto causador da lesão se
encontram em movimento. Entenda-se por colisão os choques entre uma pessoa e um objecto que estão em
movimento, seja na mesma direcção, ou em direcções opostas. A utilizar igualmente no caso de duas pessoas ou
de dois veículos que chocam um(a) com a/o outra/o.
Observações
O código 51 deve ser empregue nos casos em que o sinistrado se cortou com qualquer coisa cortante, como uma
faca ou uma extremidade cortante.
O código 52 deve ser empregue sempre que o sinistrado é picado por um objecto afiado, como um punção ou uma
agulha.
O código 53 deve ser utilizado nos casos em que o sinistrado é arranhado ou esfolado por qualquer coisa áspera
ou com asperezas, tal como um ralador, uma lixa, uma tábua não aplainada, etc. Um agente rígido é um agente
material sem flexibilidade devido à sua massa ou compactidade, e que, portanto, não amortece nem absorve o
contacto.
83
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Observações
O código 61 deve ser empregue sempre que o sinistrado é apanhado em, pressionado por qualquer coisa móvel,
seja uma parte de máquina ou qualquer coisa móvel que se esteja a mover. O Agente material a codificar é o
objecto que se move (ou o conjunto de que faz parte esse objecto), por exemplo, uma máquina (ou um dos seus
componentes), um motor de veículo, uma correia (acompanhada de um gancho). É o objecto que apanha ou
pressiona o sinistrado que deve ser codificado enquanto Agente material.
O código 62 deve ser empregue nos casos em que o sinistrado é esmagado sob algo e, consequentemente, contra
determinada superfície (pavimento, estrada). O código 62 implica a ideia de movimento vertical. Exemplo:
esmagamento por um automóvel, sob uma massa de betão, etc. O Agente material a codificar é o objecto que está
em movimento (ou o conjunto de que faz parte esse objecto), por exemplo, um automóvel (ou a roda do mesmo).
Para este código há, por conseguinte, dois objectos, embora seja o objecto que entala e esmaga aquele que deve
ser codificado enquanto Agente material, e não aquele sobre o qual o sinistrado é entalado ou esmagad. Se o
sinistrado esmagado por um automóvel, é necessário codificar «automóvel» e não «estrada ou superfície».
O código 63 deve ser empregue sempre que o sinistrado é esmagado entre uma ferramenta em funcionamento e
outro coisa qualquer, por exemplo, entre uma pesada perfuradora e uma parede, ou entre uma caixa pesada e
uma máquina. O código 63 exprime uma ideia de movimento horizontal. O Agente material a codificar é o que é
utilizado, manipulado, estando, assim, em movimento (ou o conjunto de que esse objecto faz parte), como por
exemplo a perfuradora, ou a caixa. Para este código, o sinistrado é, portanto, esmagado entre dois objectos, mas é
o objecto que esmaga que deve ser codificado como Agente material, não o objecto contra o qual o sinistrado é
esmagado. Por exemplo, se alguém é entalado contra uma parede por um camião, codifica-se «camião» e não
«parede» enquanto Agente material.
O código 64 diz respeito aos casos em que a pessoa é vítima de um arrancamento ou seccionamento de um
membro, de um dedo. Por exemplo, no caso em que o dedo da vítima é levado e subsequentemente arrancado
por uma ferramenta giratória e cortante.
Pode haver, ou não, Agente material associado a estes códigos, dependendo dos acidentes. Por exemplo, uma
pessoa vítima de irradiação pode envolver um Agente 15.06 para o Contacto, um piloto de avião ferido no sistema
auditivo por uma despressurização releva do Agente 20.01. Inversamente, uma pessoa que dá um mau jeito ao
levantar-se sozinha, sem carregar nem tocar nenhum objecto, não tem Agente associado para o Contacto (código
contacto 71, Agente 00.01). Da mesma forma, não há Agente material do Contacto no caso de uma pessoa que dá
um passo em falso e faz uma entorse no tornozelo (código Contacto 71, Agente 00.01).
O código 73 corresponde em particular aos choques psicológicos subsequentes a uma agressão ou acto de
violência, ou ainda na sequência de um acontecimento chocante (por exemplo, outro acidente) presenciado pela
pessoa em causa. Pelo contrário, se a lesão na sequência da agressão é essencialmente física, o contacto releva
de outro código, por exemplo dos códigos 50 a 59, para as lesões provocadas por lâmina, bala, ou do código 83 no
caso de pontapés ou murros.
84
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Observações
O código 81 deve ser empregue para os casos em que o sinistrado é mordido por um ser humano ou por um
animal. As mordeduras de insectos devem ser codificadas em 82, código este que só deve ser utilizado no caso de
picadas lesivas de insectos perigosos (vespas, abelhas) ou de peixes com barbatanas e ferrões envenenados
(escorpião roco, peixe aranha). O código 82 não deve ser confundido com o 52, correspondente a contacto com
agentes afiados, no qual o objecto afiado é a causa da lesão.
Agente Material
Definição
O Agente material associado à Actividade física específica descreve a ferramenta, o objecto, o agente utilizado
pelo sinistrado aquando do acidente. No entanto, se existirem vários Agentes materiais da Actividade física
específica, é necessário registar o que está relacionado mais estreitamente com o acidente ou a lesão.
O Agente material associado ao Desvio descreve a ferramenta, o objecto, o agente ligado à anormalidade do
processo. Se há vários Agentes materiais relativos ao (último) Desvio, é necessário registar o que intervém em
último lugar (o mais próximo possível, no tempo, do contacto lesivo).
O Agente material associado ao Contacto - Modalidade da lesão descreve fisicamente o objecto, a ferramenta, o
agente com que o sinistrado entrou em contacto, ou a modalidade psicológica da lesão. Se há vários Agentes
materiais de lesão, deve ser registado o Agente material ligado à lesão mais grave.
Desenvolvimento
Recordamos que existe apenas uma única lista de Agentes materiais, embora estes devam ser associados às três
variáveis (Actividade física específica, Desvio e Contacto - Modalidade da lesão).
Não é nem necessário, nem obrigatório, que os três Agentes materiais sejam diferentes. De facto, o mesmo
Agente material pode estar associado a uma ou mais das três variáveis embora seja igualmente possível que cada
variável corresponda a um Agente material diferente.
O princípio de codificação repousa no facto de o sinistrado exercer uma «actividade» (Actividade física específica)
com um primeiro Agente material, ser o segundo aquele que «desvia» (Desvio), e o terceiro o que «lesiona»
(Contacto - Modalidade da Lesão). Podem ser distintos, idênticos, ou até inexistentes. Cf. «Comentários gerais
sobre a utilização dos códigos».
Os códigos 04 a 11, ferramentas e máquinas, serão empregues para os acidentes que correspondem a uma
disfunção destes dispositivos, ou a lesões por eles directamente causadas; serão igualmente associados às
Actividades físicas específicas que implicam a sua utilização.
Uma máquina é um objecto fabricado, geralmente complexo, destinado a transformar a energia e a utilizar esta
transformação para agir sobre a matéria ou executar determinado trabalho. A noção de máquina está ligada à
energia que lhe é necessária para se mover.
85
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Uma máquina é, ou fixa (agentes 10), não podendo ser deslocada durante a realização do trabalho, ou móvel
(agentes 09), mas uma só pessoa, sem a ajuda de outra pessoa ou de um aparelho de movimentação, não
consegue fazer mais do que deslocá-la pelo chão, fazendo-a rolar mediante a sua própria energia (engenho
automotor de estaleiro ou agrícola), por exemplo, ou então puxando-a (serra de estaleiro), etc., mas nunca
erguendo-a nos braços ou com o corpo.
Os dispositivos de armazenagem - fixos, com o código 11.06 ou móveis (transportáveis), sob o código 11.07 -
podem estar ou abertos, ou fechados (permanentemente), e mesmo sob pressão. Com o código 11.07 serão
classificadas, nomeadamente, as armazenagens a granel, sob a forma de pilhas de materiais diversos.
Em 11.09, no grupo das pequenas embalagens, encontrar-se-ão igualmente os recipientes sob pressão, tais como
botijas de gás liquefeito ou comprimido, extintores, etc. O código 14.08 refere-se às embalagens consideradas na
sua individualidade, mas armazenadas (prateleiras, por exemplo) em grande número.
Os códigos 12 e 13 dizem respeito aos veículos de transporte, em contrapartida, as máquinas para construção e
obras públicas e as máquinas agrícolas serão codificadas respectivamente 09.01 e 09.02.
Os códigos 14 comportam, em 14.01, materiais de construção e os diversos objectos ou elementos que se podem
encontrar num estaleiro de construção; em 14.02, todos os componentes de máquinas ou veículos; em 14.03,
peças, ferramentas de máquinas (incluindo fragmentos e estilhaços provenientes destes Agentes materiais); em
14.04, componentes de montagem (cavilhas, parafusos, pregos, etc.).
Em 14.05 encontram-se os produtos sob a forma de poeiras, projecções; estilhaços, pedaços; em 14.06 e 14.07
produtos da agricultura ou para a agricultura.
Em 14.08 classificam-se todos os objectos dispostos numa armazenagem. O código 14.09 é utilizado para os
produtos armazenados em rolos, tais como rolos de papel ou de cabos.
Em 14.10, 14.11 e 14.12 encontram-se todos os objectos que constituem cargas, quer as transportadas sobre
dispositivos mecânicos, quer as suspensas a engenhos de levantamento, quer as manipuladas manualmente
aquando de acidentes por choque ou queda.
Os códigos 19 (resíduos) serão utilizados sempre que os elementos constitutivos não puderem ser codificados em
14, 15 ou 18, devido ao conhecimento deficiente da sua natureza ou em razão da sua heterogeneidade, quando se
trata de misturas complexas cujo destino é serem postas fora de uso. A utilização da palavra «avulso» sublinha a
ideia de grande quantidade.
Os códigos 20 serão utilizados sempre que intervêm elementos naturais atmosféricos, sismos, etc.
A maioria das ferramentas ou máquinas é classificada com 2 posições e relativamente à sua função,
independentemente dos materiais tratados. Em contrapartida, se necessário, ao utilizar a codificação
pormenorizada de 3 ou 4 posições será possível distinguir a natureza do material tratado (principalmente para as
máquinas dos grupos 10.02, 10.04, e 10.07 10.15), ou da embalagem, no caso das máquinas de
acondicionamento (códigos 10.16).
86
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
A quarta posição do código é, então, utilizada para esta distinção. Esta posição é indicada na classificação 0X para
a natureza do material tratado ou em 0Y para a natureza da embalagem. Aquando da codificação de um Agente
material, as letras X e Y devem substituir-se por um dos valores constantes do quadro seguinte, de acordo com a
natureza do material ou embalagem. Contudo, para certos Agentes materiais, só um dos códigos
material/embalagem é possível; neste caso, este é directamente utilizado na classificação.
Exemplos
ii) Uma betoneira é indicada directamente no código 10.02.15.0A, pois apenas diz respeito ao trabalho do
betão.
87
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
2) Num hospital, uma enfermeira fere-se no polegar. Estava a deitar uma seringa no caixote de lixo e picou-
se com outra agulha que saía do caixote de lixo.
3) Um gancho quebrou-se, o pintor caiu ao chão enquanto subia uma escada móvel num escritório onde
devia pintar o tecto.
4) A corda que retinha uma carga suspensa rompeu-se, o trabalhador é atingido pela carga que oscila
através da área de carregamento.
88
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
5) Numa serração, o operário que alimenta a serra mecânica é ferido na cabeça por um pedaço de madeira,
projectado pela lâmina da serra, ao iniciar a serração.
6) Um cortador, num matadouro, corta pedaços de costeletas, a sua faca bate no bordo da mesa e fere-o no
polegar.
7) Num estaleiro, um servente está a desaparafusar uma porca com uma chave inglesa numa caldeira. A
porca quebra-se e, sob o choque, a mão do servente bate violentamente contra a caldeira.
89
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
8) Num armazém, durante o controlo de um extintor, este fica acidentalmente sob pressão, provocando a
projecção do conjunto da cabeça do aparelho. A pega do extintor atinge a parte inferior do rosto do
empregado verificador - vendedor de material contra incêndios, ferindo-o na boca.
9) Deslocando-se num estaleiro, um electricista ouve um barulho esquisito proveniente da grua, vê sucata a cair da
grua. Encosta-se contra a parede, mas a sucata atinge-lhe as costas, provocando contusões e arranhões no ombro direito e
na costas.
10) Num prédio de habitação, o agente de limpeza que anda sobre o telhado para efectuar verificações
tropeça numa telha e cai do alto do telhado numa varanda situada dois andares mais abaixo.
90
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
11) Um operário encarregado da manutenção de um elevador num edifício privado, sobe para cima da cabine.
Acciona o elevador e é esmagado pela cabine contra o tecto da caixa do elevador.
12) Um operário caminha sobre a canalização de alimentação de gás fixada ao solo de uma caldeira situada
na sala para esse efeito de um prédio de habitação no qual está a proceder a uma verificação. Escorrega e
torce o pé esquerdo, sem cair.
13) Ao polir uma peça da carroçaria de um automóvel numa escovadora, a pessoa inclina demasiado a peça,
que é levada pela escova e lhe vem bater na cara.
91
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
14) O trabalhador pôs em contacto, demasiado rapidamente e no eixo de corte, a ferramenta cortante e a peça
metálica a trabalhar; a ferramenta partiu-se e a sua parte cortante projectada para longe atingiu o
sinistrado na cara.
15) A pessoa intoxicou-se com emanações de gás, pois o vento mudou de direcção quando conduzia o seu
tractor de aplicação de produtos herbicidas na sua vinha.
16) Na cozinha de um restaurante, uma pessoa fere-se nas mãos com uma chávena partida, ao lavar a loiça.
* Se se utilizar uma classificação mais pormenorizada (cf. Classificação de 4 posições do Agente material, no
Anexo D).
92
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
Segue-se a nomenclatura NACE ao nível das quatro posições (em 2002 será publicada a NACE 2002, uma versão
revista, com apenas algumas alterações ao nível das terceira ou quarta posições).
93
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
94
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
95
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
96
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
97
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
98
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
27.34 Trefilagem
27.35 Outras actividades da primeira transformação do ferro e aço (inclui fabricação de ferro-
25
ligas não CECA), n.e. ( )
27.4 Obtenção e primeira transformação de metais não ferrosos
27.41 Obtenção e primeira transformação de metais preciosos
27.42 Obtenção e primeira transformação de alumínio
27.43 Obtenção e primeira transformação de chumbo, zinco e estanho
27.44 Obtenção e primeira transformação de cobre
27.45 Obtenção e primeira transformação de metais não ferrosos, n.e.
27.5 Fundição de metais ferrosos e não ferrosos
27.51 Fundição de ferro fundido
27.52 Fundição de aço
27.53 Fundição de metais leves
27.54 Fundição de metais não ferrosos, n.e.
28 Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamento
28.1 Fabricação de elementos de construção em metal
28.11 Fabricação de estruturas de construção metálicas
28.12 Fabricação de portas, janelas e elementos similares em metal
28.2 Fabricação de reservatórios, recipientes, caldeiras e radiadores metálicos para
aquecimento central
28.21 Fabricação de reservatórios e recipientes metálicos
28.22 Fabricação de caldeiras e radiadores para aquecimento central
28.3 Fabricação de geradores de vapor (excepto caldeiras para aquecimento central)
28.30 Fabricação de geradores de vapor (excepto caldeiras para aquecimento central)
28.4 Fabricação de produtos forjados, estampados e laminados; metalurgia dos pós
28.40 Fabricação de produtos forjados, estampados e laminados; metalurgia dos pós
28.5 Tratamento e revestimento de metais; actividades de mecânica geral
28.51 Tratamento e revestimento de metais
28.52 Actividades de mecânica geral
28.6 Fabricação de cutelaria, ferramentas e ferragens
28.61 Fabricação de cutelaria
28.62 Fabricação de ferramentas manuais
28.63 Fabricação de fechaduras, dobradiças e de outras ferragens
28.7 Fabricação de outros produtos metálicos
28.71 Fabricação de embalagens metálicas pesadas
28.72 Fabricação de embalagens metálicas ligeiras
28.73 Fabricação de produtos de arame
28.74 Fabricação de rebites, parafusos, molas e correntes metálicas
28.75 Fabricação de outros produtos metálicos, n.e.
Subsecção DK Fabricação de máquinas e equipamentos, n.e.
29 Fabricação de máquinas e equipamentos, n.e.
29.1 Fabricação de máquinas e equipamentos para a produção e utilização de energia
mecânica (excepto motores para aeronaves, automóveis e motociclos)
29.11 Fabricação de motores e turbinas
29.12 Fabricação de bombas e compressores
29.13 Fabricação de torneiras e válvulas
29.14 Fabricação de rolamentos, de engrenagens e de outros órgãos de transmissão
29.2 Fabricação de máquinas de uso geral
29.21 Fabricação de fornos e queimadores
29.22 Fabricação de equipamento de elevação e de movimentação
29.23 Fabricação de equipamento não doméstico para refrigeração e ventilação
29.24 Fabricação de outras máquinas de uso geral, n.e.
29.3 Fabricação de máquinas e de tractores para a agricultura, pecuária e silvicultura
29.31 Fabricação de tractores agrícolas
29.32 Fabricação de outras máquinas para a agricultura, pecuária e silvicultura
29.4 Fabricação de máquinas-ferramentas
29.40 Fabricação de máquinas-ferramentas
29.5 Fabricação de outras máquinas e equipamento para uso específico
29.51 Fabricação de máquinas para a metalurgia
29.52 Fabricação de máquinas para as indústrias extractivas e para a construção
29.53 Fabricação de máquinas para as indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco
29.54 Fabricação de máquinas para as indústrias têxtil, do vestuário e do couro
29.55 Fabricação de máquinas para as indústrias do papel e do cartão
29.56 Fabricação de outras máquinas e equipamento para uso específico, n.e.
29.6 Fabricação de armas e munições
29.60 Fabricação de armas e munições
99
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
100
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
102
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
103
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
104
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
105
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
106
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
107
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
108
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES
Agente material
Como referido nos Anexos A, B & C, na Fase III o Agente Material pode ser classificado mais
pormenorizadamente, caso se empregue a classificação de três ou quatro posições (6 ou 8 dígitos), desenvolvida
para este efeito. Todavia, só se utilizam as duas primeiras posições nos dados EEAT enviados ao Eurostat.
Como igualmente referido no Anexo C, a maior parte das ferramentas e máquinas é codificada segundo
classificações de duas posições, de acordo com a sua função, independentemente do material tratado. Em
contrapartida, se necessário, ao utilizar a codificação pormenorizada de três ou quatro posições será possível
distinguir a natureza do material tratado (principalmente para as máquinas dos grupos 10.02, 10.04, e 10.07
10.15), ou da embalagem, no caso das máquinas de acondicionamento (códigos 10.16).
A quarta posição do código da classificação indicada no quadro que se segue indica essa distinção. A posição
consiste na classificação 0X para a natureza do material tratado ou 0Y para a natureza da embalagem. Aquando
da codificação de um Agente material, as letras X e Y devem substituir-se por um dos valores constantes do
referido quadro seguinte, de acordo com a natureza do material ou embalagem. Contudo, para certos Agentes
materiais, só um dos códigos material/embalagem é possível; neste caso, este é directamente utilizado na
classificação.
The 4-position Material Agent classification is indicated at the end of the publication.
109
ANEXO E: PONDERAÇÃO
Anexo E: Ponderação
Para os Estados-Membros (EM) que pretendem codificar as causas e circunstâncias em relação, apenas, a uma
amostra nacional de acidentes de trabalho, propôs-se um processo de ponderação à Task Force, na sua reunião
de 14/02/2001.
Propôs-se igualmente esse processo para níveis de notificação < 100% ou para solucionar algumas questões
quanto à cobertura dos dados ou tipo de acidentes incluídos, etc. Caso se acumulem várias situações (nível de
notificação < 100% + amostra + etc.), os EM devem facultar para cada caso (acidente) nos dados apenas 1
ponderação acumulando todos os efeitos. Quanto aos EM que não se encontram na situação acima descrita, a
ponderação indicada no ficheiro será = 1. O mesmo se aplica a todos os acidentes mortais de todos os EM.
Do que acima foi exposto decorre que na Fase III se pretende introduzir uma nova variável obrigatória
"ponderação" ( sendo o valor por defeito 1). Esta proposta foi adoptada pelo Grupo de Trabalho EEAT na reunião
de 17/10/2001. A metodologia pormenorizada será debatida com os Estados-Membros e o Grupo de Trabalho.
Poderá basear-se nas seguintes propostas:
i. Situção : na Fase III alguns Estados-Membros (EM) não codificarão todos os acidentes com > 3 dias de
ausência, mas apenas uma amostra nacional desses acidentes (fornecendo os dados das Fases I e II
apenas em relação à amostra ou em relação a todos os acidentes).
Problema : o Eurostat precisa de extrapolar os resultados da amostra para todos os acidentes com > 3 dias
de ausência em relação a esses EM.
iii. Examplo com duas variáveis de controlo I & J - Definição da ponderação e extrapolação, para a população
total, de acidentes :
ü Nij o número de casos com valores das variáveis de controlo I = ‘i’ & J = ‘j’ na população total de acidentes de
trabalho com > 3 dias de ausência nos EM, durante o ano de referência;
ü nij o número de casos com valores das variáveis de controlo I = ‘i’ & J = ‘j’ na amostra de acidentes de trabalho
com > 3 dias de ausência codificados para as variáveis da Fase III;
ü Ponderação de cada caso na amostra com valores das variáveis de controlo I = ‘i’ & J = ‘j’ :
ü nijk o número de casos com valores das variáveis de controlo I = ‘i’ & J = ‘j’ na amostra tendo o valor k para a
variável K (ex. Contacto) da Fase III;
ü Cálculo do número Nijk de acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência com valores das variáveis de
controlo I = ‘i’ & J = ‘j’, tendo o valor k para a variável K da Fase III na população total de acidentes de trabalho
com > 3 dias de ausência ocorridos no EM durante o ano de referência :
202
ANEXO E: PONDERAÇÃO
ü Cálculo do número Nk de acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência, tendo o valor k para a variável K da
Fase III na população total de acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência ocorridos no EM durante o ano
de referência :
Nk = Σij Nijk = Σij nijk X Wij (= Σij nijk X Nij / nij) fórmula 3;
ü Cálculo do número total N de acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência ocorridos no EM durante o ano
de referência:
(= Σijk nijk X Nij / nij = Σij [Nij / nij] X Σk nijk = Σij [Nij / nij] X nij = Σij Nij).
iv. Extensão da utilização de ponderações aos EM que registam apenas parcialmente os acidentes de trabalho
não-mortais :
ü Alguns EM não registam 100% dos acidentes com > 3 dias de ausência; esses EM enviam ao Eurostat
avaliações dos respectivos níveis nacionais de notificação repartidos, principalmente, de acordo com os ramos
de actividade económica - nível de secções da NACE - (também parcialmente por profissão - CITP, nível de 1
dígito - situação profissional ou dimensão da empresa); esta informação é facultada ao nível de 1 dígito através
do questionário de avaliação que os EM preenchem para cada ano de referência dos dados EEAT.
ü Se I, J & K forem as 3 variáveis NACE, CITP e situação profissional (até à data não se empregava a domensão
da empresa);
ü Os cálculos do Eurostat para estimar o número de acidentes com > 3 dias de ausência ocorridos nesses EM
obedecem às seguintes fórmulas, de acordo com a metodologia EEAT acordada com os EM:
Ri o nível de notificação para pessoas com valor ‘i’ da variável I (por ex., I = NACE, i = A agricultura, no UK
em 1998, Ri = 28% = 0.28 , etc.);
Rj e Rk , do mesmo modo, níveis de notificação para pessoas com valor ‘j’ e ‘k’ das variáveis J e K
respectivamente;
Rij, Rik, Rjk, Rijk o nível de notificação cruzado, quando disponível, (ex. I = NACE & i = A agricultura etc., J =
profissão & j = 6 agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas etc., K = situação
profissional & k = 1 independentes etc.);
Nijk o número total de acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência com valores I = ‘i’, J = ‘j’ & K = ‘k
ocorridos nos EM durante o ano de referência;
(respectivamente ni & nij e Ni & Nij caso os níveis de notificação se encontrarem disponíveis apenas de acordo
com 1 ou 2 variáveis, I ou I & J);
N o número total de acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência ocorridos nos EM durante o ano de
referência:
Wijk = 1 / Rijk de modo idêntico Wi, Wj, Wk, Wij & Wjk
203
ANEXO E: PONDERAÇÃO
então :
Nijk = nijk X Wijk
N = Σijk Nijk = Σijk nijk X Wijk fórmula 5 para 3 variáveis dos níveis de
notificação;
1 variável I :
Nijk = nijk X Wi
N = Σijk Nijk = Σijk nijk X Wi fórmula 5 para 1 variável dos níveis de
notificação
2 variáveis I & J :
Nijk = nijk X Wij
N = Σijk Nijk = Σijk nijk X Wij fórmula 5 para 3 variáveis dos níveis de
notificação
Consequentemente, o "problema" dos EM que registam apenas parcialmente os acidentes de trabalho não-mortais
( > 3 dias de ausência) poderá ser contornado com a metodologia idêntica à das amostras, definindo-se, nesse
caso, as ponderações como o inverso dos níveis de notificação.
ü Esta solução proporcionaria aos EM uma gestão mais flexível, caso a caso, dos níveis de notificação:
possibilidade de empregar níveis de notificação cruzados e depois ponderações cruzadas de acordo não
apenas com as secções da NACE, mas também com a CITP, situação no emprego, dimensão da unidade
local ou qualquer outra variável;
ü Para os EM que notificam 100% dos acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência, todas as ponderações
Wijk = Wij = Wi = 1, ou seja, devem preencher a variável ponderação imputando-lhe sempre o valor 1; no
entanto, este método facultaria igualmente mais flexibilidade a estes EM, na medida em que passariam a
poder considerar ponderações ≠ 1 para casos muito específicos, se oportuno;
ü Não obstante, os meta-dados fornecidos através do questionário de avaliação devem ser mantidos, já que
disponibilizam uma descrição geral da notificação de acidentes de trabalho, na Europa;
ü Alguns EM podem encontrar-se perante situações específicas; por exemplo, alguns países, pelo menos uma
primeira vez, tiveram/têm de incluir acidentes com 0-3 dias de ausência nos dados EEAT visto que não
puderam/podem estabelecer distinção entre > ou ≤ 3 dias de ausência; todavia, podiam avaliar a parte S (ex.
S = 80% = 0,8) dos acidentes com > 3 dias de ausência do total de todos os acidentes de trabalho no
respectivo país (ou Sij se essa parte depender das variáveis I & J, como nos pontos iii & iv supra); nesse caso,
poderia aplicar-se uma ponderação aos dados EEAT desses EM, “Wij” = “Sij” ou “S” (= 0,8 no exemplo, com
as mesmas fórmulas e cálculos atrás explicitados);
ü Por último, é de prever que no futuro, por exemplo com o alargamento e novos EM, possam ocorrer novas
situações semelhantes.
204
ANEXO E: PONDERAÇÃO
Em conclusão, as EEAT implicam actualmente várias situações que podem ser resolvidas através de processos de
ponderação; seria difícil empregar métodos diferentes consoante o caso, manter o processo de níveis de
notificação para alguns EM, usar ponderações para outros que implementam amostras, etc.; acrescente-se que se
podem verificar situações "cruzadas", com os EM a acumular mais do que uma situação deste tipo, sendo muito
complexo o controlo dessas situações "cruzadas" com diferentes "correcções" dos dados simultaneamente ( níveis
de notificação + ponderações, etc.); inversamente seria muito simples abranger todas estas situações em apenas
uma ponderação para cada acidente com > 3 dias de ausência.
Propõe-se a inclusão de uma ponderação para cada caso de acidente de trabalho em todos os ficheiros de dados
da Fase III das EEAT, apresentados pelos EM. As ponderações serão ≠ 1 caso se utilizem amostras para a
codificação da Fase III, os níveis de notificação sejam < 100% ou para resolver algumas questões acerca da
cobertura ou tipo de acidentes, etc.
Caso se acumulem várias situações (nível de notificação < 100% + amostra + etc.), os EM devem facultar para
cada caso (acidente) nos dados apenas 1 ponderação acumulando todos os efeitos.
Quanto aos EM que não necessitam de ponderações, a ponderação indicada no ficheiro será = 1. O mesmo se
aplica a todos os acidentes mortais de todos os EM.
Consequantemente, a nova variável "ponderação" será obrigatória ( sendo o valor por defeito 1).
205
ANEXO F: METODOLOGIA PARA ACIDENTES DE TRAJECTO
Introdução
A partir do ano de referência de 1996, o projecto de estatísticas europeias de acidentes de trabalho (EEAT) passou
a incluir um subprojecto relativo a acidentes de trajecto. O objectivo é alargar a cobertura dos acidentes de trabalho
e responder à necessidade de desenvolver dados harmonizados expressa na comunicação da Comissão COM(97)
178 final, de 14 de Maio de 1997, e na Decisão do Parlamento Europeu e do Conselho relativa a um programa de
prevenção de acidentes26.
Para facilitar o desenvolvimento deste subprojecto, e tendo em conta a semelhança do assunto e dos sistemas de
notificação, aplica-se aos acidentes de trajecto uma metodologia idêntica à que se utiliza para os acidentes de
trabalho no projecto EEAT. Pelas mesmas razões, a cooperação com os Estados-membros é estabelecida no
âmbito do Grupo de Trabalho e da Task Force EEAT.
Apenas 9 Estados-membros (Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Espanha e
Suécia) dispõem desta informação, tendo enviado dados ao Eurostat sobre acidentes de trajecto para o período de
1996-1998. Futuramente, Portugal e Grécia enviarão igualmente dados.
Quanto aos outros quatro Estados-membros (bem como Portugal e a Grécia antes dos anos de referência que
indicaram) espera-se que participem no questionário de avaliação (ver mais abaixo), por forma a permitir ao
Eurostat inteirar-se da situação de todos os sistemas nacionais em matéria de acidentes de trajecto na Europa,
mesmo que os dados não se encontrem disponíveis. Seria desejável que estes quatro países pudessem participar
no subprojecto numa segunda etapa.
Metodologia
Definições
Por acidente de trajecto entende-se qualquer acidente ocorrido durante o percurso normal de ida e volta entre o
domicílio, o local de trabalho e o local habitual das refeições. Incluem-se as actividades normais no percurso de ida
e volta entre o local de trabalho como, por exemplo, passar pela escola para ir buscar as crianças. Em
contrapartida, excluem-se acidentes ocorridos num percurso distinto do habitual por razões específicas, que são
considerados como acidentes ocorridos durante os tempo livres (incluindo transportes nos tempos livres).
Excluem-se igualmente acidentes que ocorram, durante o tempo de trabalho, na via pública ou em outros locais
(por exemplo, estação).
Tal como para os acidentes de trabalho, o subprojecto abrange todos os acidentes de trajecto que provoquem uma
ausência ao trabalho superior a três dias civis ou a morte do sinistrado.
Variáveis
As variáveis consideradas são idênticas às dos acidentes de trabalho do projecto EEAT (Fases I a III)
anteriormente apresentadas nesta publicação.
Questionário de avaliação
Tal como para os acidentes de trabalho, são necessárias informações adicionais por forma a permitir a utilização
exacta dos dados pelo Eurostat, bem como a validade e a qualidade das estatísticas. É igualmente importante para
o Eurostat possuir informações sobre os sistemas nacionais de acidentes de trajecto, mesmo que não existam
dados disponíveis.
206
ANEXO G: REFERÊNCIAS
Anexo G: Referências
"A Europa social -3/93 - A Europa para segurança e a saúde no local de trabalho" - Direcção-Geral Emprego,
Relações Laborais e Assuntos Sociais 1993 / Número de catálogo CE-AA-93-003-PT-C.
NACE-Rev1: Regulamento (CEE) n.º 3037/90 de 9.10.90 relativo à nomenclatura estatística das actividades
económicas na Comunidade Europeia - JO L 293 de 24.10.90, alterado pelo Regulamento (CEE) n.º 761/93 da
Comissão, de 24.3.93 - JO L 83 de 3.4.93.
Resolução do BIT de 1998 relativa a "Estatísticas de lesões profissionais resultantes de acidentes de trabalho"
Adoptada na Décima Sexta Conferência Internacional dos Estaticistas do Trabalho, Genebra, 6-15 de Outubro de
1998.
“European Union Labour Force Survey – Methods and definitions – 1998 Edition” – Theme 3 Population and social
conditions – Eurostat / Número de catálogo CA-19-98-536-EN-C.
“Estatísticas Europeias de Acidentes de Trabalho: Metodologia 1998” – Tema 3 População e Condições Sociais –
Eurostat / Número de catálogo CA-19-98-908-PT-S.
"Statistics in focus - Theme 3 Population and social conditions - 16/2001 - Accidents at work in the EU 1998-1999" -
Eurostat / Número de catálogo KS-NK-01-016-EN-C.
207
ANEXO H: ORGANISMOS NACIONAIS QUE FORNECEM DADOS EEAT
Segue-se a lista dos organismos nacionais oficiais que fornecem dados EEAT ao Eurostat, bem como organismos
responsáveis pela elaboração desses dados nos Estados-membros e outros organismos nacionais que participam
activamente no projecto EEAT sem elaborar nem fornecer dados. Para alguns países trata-se da mesma
administração, para outros são diferentes. Neste último caso "*" indica qual o organismo que efectivamente elabora
a parte principal dos dados nacionais.
B - Bélgica
DK - Dinamarca
DE - Alemanha
EL - Grécia
208
ANEXO H: ORGANISMOS NACIONAIS QUE FORNECEM DADOS EEAT
E - Espanha
F – França
Ministère du Travail
DARES
Sous direction salaires, travail et relations professionnelles
20, rue d’Estrées
F – 75700
PARIS 07 SP
Eurogip
55, rue de la Fédération
F – 75015 PARIS
IRL - Irlanda
I - Itália
* INAIL - Istituto Nazionale per l’Assicurazione contro gli Infortuni sul Lavoro
Consulenza Statistico Direzione Generale
Via Stefano Gradi, 55 Piazzale Pastore, N° 6
I – 00197 I – 00144
ROMA ROMA
209
ANEXO H: ORGANISMOS NACIONAIS QUE FORNECEM DADOS EEAT
L - Luxemburgo
NL - Países Baixos
LV DEN HAAG
A - Áustria
P – Portugal
210
ANEXO H: ORGANISMOS NACIONAIS QUE FORNECEM DADOS EEAT
FIN - Finlândia
Statistics Finland
PL 5 B
Työpajakatu, 13
FIN – 00022
HELSINKI
* Tapaturmavakuutuslaitosten Liitto
Federação de Instituições de Seguros de Acidentes
Bulevardi, 28
FIN – 00120
HELSINKI
S - Suécia
Statistics Sweden
Box 24300
S – 10451
STOCKHOLM
* Arbetarskyddsstyrelsen
Swedish Work Environment Authority
Statistikenheten (Statistics Division)
SE - 171 84
SOLNA
UK - Reino Unido
NO - Noruega
CH - Suiça
211