Sie sind auf Seite 1von 119

PREÂMBULO

A preocupação comunitária de melhorar as condições de trabalho, a saúde e a segurança dos trabalhadores no


trabalho manifesta-se em todas as acções políticas, devido à sua componente social e económica. O progresso
económico e social devem caminhar lado a lado.

O objectivo da política levada a cabo pela Comissão no domínio da segurança e da saúde no local de trabalho,
nestes últimos trinta anos, tem sido reduzir ao mínimo, tanto os acidentes de trabalho, como as doenças
profissionais.

A acção comunitária em matéria de saúde e de segurança no trabalho foi desenvolvida com base no artigo 137.º
(ex-artigo 118.º) do Tratado que institui a Comunidade Europeia. O Conselho adoptou cerca de quinze directivas,
quase todas transpostas para o direito nacional pelos Estados-Membros.

Todavia, a elaboração de um amplo corpo legislativo e respectiva transposição para o direito nacional dos Estados-
Membros são os instrumentos e não o objectivo da Comissão. O objectivo final é a redução dos acidentes de trabalho
e das doenças profissionais. Trata-se de evitar o sofrimento dos trabalhadores e respectivas famílias, os problemas
associados à qualidade do trabalho, à reinserção social, bem como as implicações económicas decorrentes, que se
repercutem em toda a sociedade.

Por este motivo, e a fim de controlar a eficácia das medidas em vigor, quer legislativas quer não legislativas, a
directiva-quadro prevê que as empresas mantenham uma lista dos acidentes de trabalho que tenham ocasionado
incapacidade para o trabalho superior a três dias.

Nesta base, foram iniciados, em 1990, os trabalhos europeus de harmonização dos critérios e das metodologias a
aplicar ao registo dos dados relativos aos acidentes de trabalho. Esse trabalho exaustivo, efectuado conjuntamente
com os Estados-Membros, culmina na publicação da presente metodologia final das Estatísticas Europeias de
Acidentes de Trabalho, incluindo instrumentos harmonizados para analisar as causas e as circunstâncias dos
acidentes de trabalho (recolha de dados, classificações, regras de codificação). Os resultados obtidos permitirão
um melhor acompanhamento da aplicação das directivas e, eventualmente, a adaptação destas às novas
necessidades, bem como a definição de novas políticas a nível comunitário.

Esta publicação dirige-se, em particular, às instituições nacionais responsáveis pelo registo e pelo tratamento das
informações relativas aos acidentes de trabalho, tais como os institutos de estatística, as empresas de seguros e
mútuas, os departamentos de prevenção de acidentes e de doenças profissionais. De um modo mais geral, será
útil aos técnicos e peritos que trabalham neste domínio, bem como às empresas.

DG Emprego e Assuntos Sociais EUROSTAT

J.R. Biosca De Sagastuy M. Skaliotis


Chefe da Unidade D-5 Chefe de Unidade E-3
"Saúde, segurança e "Educação, saúde e
higiene no trabalho" outros domínios sociais"

3
PREFÁCIO
Os trabalhos do projecto referente à harmonização das Estatísticas Europeias de Acidentes de Trabalho (EEAT) iniciaram-se
em 1990 sob a coordenação conjunta da Unidade E3 do Eurostat e da Unidade D/5 da Direcção-Geral do Emprego e
Assuntos Sociais (DG EMPL), para elaborar a metodologia de recolha de dados comparáveis na União Europeia.

Estes trabalhos têm por objectivo harmonizar as metodologias e os critérios que devem ser aplicados ao registo dos
dados sobre acidentes de trabalho. As diferentes fases foram desenvolvidas como uma técnica útil possibilitando o
melhor acompanhamento da aplicação das medidas adoptadas no âmbito do artigo 137.º (ex-artigo 118.º) do Tratado
CE, tendo em vista a melhoria do ambiente de trabalho, a fim de proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores.

A Directiva-quadro 89/391/CEE(1) relativa à aplicação de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e da


saúde dos trabalhadores no trabalho estabeleceu, no n.º1, alíneas c) e d) do artigo 9.º, que as entidades patronais devem
fazer uma lista dos acidentes de trabalho que tenham ocasionado incapacidade para o trabalho superior a três dias

No mesmo contexto, é oportuno referir que o Conselho, nas suas Resoluções de 21 de Dezembro de 1987(2) e de
27 de Março de 1995(3), solicitou especificamente à Comissão que lhe apresentasse propostas referentes à
harmonização das estatísticas de acidentes de trabalho, tendo-a posteriormente incentivado no sentido de concluir
os trabalhos em curso neste domínio. O programa relativo à segurança, higiene e saúde no local de trabalho
(1996-2000) prevê igualmente que se dê continuidade ao projecto EEAT, que fez parte integrante do
programa-quadro para as acções prioritárias no domínio da informação estatística 1993-1997(4). Acrescente-se
ainda que a Decisão do Conselho de 22 de Dezembro de 1998 relativa ao Programa Estatístico Comunitário de
1998 a 2002(5), que define os principais domínios e objectivos das estatísticas da Comunidade Europeia, prevê o
estabelecimento de séries coerentes de dados, a nível europeu, que permitam acompanhar a saúde e a segurança
no trabalho, bem como a eficácia da regulamentação nesta matéria.

As Fases I e II do projecto EEAT foram aplicadas, respectivamente, a partir de 1993(6) e 1996(6). Têm vindo a ser
desenvolvidas desde 1990 pela Comissão (DG EMPL e EUROSTAT) juntamente com os Estados-Membros).
Estabeleceu-se o Grupo de Trabalho EEAT para acompanhar os trabalhos e formular recomendações à Comissão
Europeia no contexto do desenvolvimento deste tipo de estatísticas. Foi criada também uma Task Force com peritos
nacionais que prestam conselhos técnicos à Comissão no âmbito da elaboração de uma metodologia que contemple, na
medida do possível, os procedimentos de notificação e as metodologias em vigor nos vários Estados-membros.

A Fase I abrange as variáveis referentes à identificação da actividade económica do empregador, profissão, idade
e sexo do sinistrado, natureza da lesão e parte do corpo lesionada, bem como localização geográfica, data e hora
do acidente, a Fase II completa essas primeiras informações, na medida em que inclui a dimensão da empresa, a
nacionalidade do sinistrado e a respectiva situação profissional, bem como as consequências do acidente em
termos de número de dias perdidos, incapacidade permanente ou falecimento na sequência do acidente.

Todas estas variáveis facultam informações que permitem identificar as características da empresa, do sinistrado,
da lesão e suas consequências, bem como datar e localizar o acidente. Todavia, para incentivar mais activamente
uma política de prevenção dos acidentes de trabalho, a nível europeu, a Fase III do EEAT contempla outras
classificações e variáveis harmonizadas sobre causas e circunstâncias(7) dos acidentes de trabalho que permitam
estabelecer em que situação e em que condições o acidente ocorreu. Os resultados dessas análises fornecerão
informações úteis para orientar, com pertinência, as novas políticas de prevenção que deverão ser desenvolvidas.
6
O primeiro ano de referência da Fase III do projecto é 2001.( )

(1 ) Directiva 89/391/CEE, JO L 183 de 29.06.1989.


(2 ) 88/C 28/01, JO C 28 de 03.02.1988.
(3 ) 95/C 168/01, JO C 168 de 04.07.1995.
(4 ) Directiva 93/464/CEE, JO L 219 de 28.08.1993.
(5 ) Directiva 99/126/CEE, JO L 42 de 16.02.1999.
(6 ) Ano de referência = dados recolhidos relativos aos acidentes desse ano.
(7 ) Com base no projecto de sistema europeu de registo de causas e circunstâncias de acidentes de trabalho, proposto por
um grupo de Estados-Membros (DWES da Dinamarca, HVBG da Alemanha, CNAMTS da França e INAIL da Itália)
coordenado por EUROGIP (França), validado através de uma amostra de mais de 6 000 acidentes verídicos, em
diferentes Estados-Membros da UE (Bélgica, Espanha, Luxemburgo, Portugal, Finlândia, Suécia e UK).

4
De referir que o projecto EEAT foi reconhecido a nível internacional pela resolução do Secretariado Internacional
do Trabalho (BIT) relativa a "Estatísticas de Lesões Profissionais Resultantes de Acidentes de Trabalho"(8) que
adoptou em larga medida a metodologia EEAT da Comissão Europeia. A Fase III constitui paralelamente a origem
metodológica e a primeira aplicação concreta das informações complementares sobre as circunstâncias do
acidente, que a resolução decidiu desenvolver. Garantirá a harmonização dos dados sobre esta matéria
provenientes dos Estados-Membros da União Europeia, bem como de outros países que a queiram utilizar.
Constitui um instrumento suficientemente próximo dos sistemas nacionais já operacionais em determinados
países, parciais ou mais completos consoante o caso, para garantir a melhor aplicação possível nas instituições
nacionais que são a fonte dos dados (segurança social, seguros, inspecção do trabalho), podendo mesmo, caso tal
seja oportuno, ser utilizado pelas próprias empresas.

Esta publicação apresenta os resultados dos trabalhos sobre a metodologia das três fases das EEAT levados a
cabo, desde 1990, pelos serviços da Comissão e por peritos na matéria, provenientes das instituições pertinentes
(Institutos Nacionais de Estatística, Ministérios e Departamentos do Trabalho e Assuntos Sociais, Organismos de
Segurança Social) no domínio da saúde e segurança no trabalho dos Estados-membros. O resultado concretizou-
se num conjunto completo de variáveis e respectivas classificações, notas explicativas e guias de codificação.

Durante a realização dos trabalhos, os conceptores actuaram permanentemente na preocupação de criar um


instrumento de recolha de informações úteis para a prevenção dos acidentes de trabalho, a nível europeu, sem
deixar de garantir a melhor compatibilidade possível com os sistemas estatísticos em vigor nos Estados-Membros.
Foi concedida grande atenção a esses sistemas, bem como às propostas apresentadas pelos parceiros do
projecto. O objectivo geral foi elaborar uma metodologia suficientemente pormenorizada para ser eficaz evitando,
por outro lado, tanto globalmente como em relação a cada variável, uma complexidade demasiado grande, por
forma a favorecer a aplicação deste novo sistema estatístico. À preferência pela simplicidade acrescentou-se a
vontade de abertura e adaptabilidade ao longo do tempo. Estas características do sistema permitem que os
Estados-Membros efectuem desenvolvimentos eventuais através da adição de novos dígitos a nível nacional, da
introdução progressiva do método pelas instituições nacionais respectivas e, se tal for necessário, da procura de
informações complementares sobre as causas e as circunstâncias dos acidentes de trabalho, respeitando, todavia,
a estrutura geral do projecto.

Há que referir que os trabalhos da Comissão em matéria de estatísticas de acidentes de trabalho encontram-se
associados ao Inquérito às Forças de Trabalho (IFT). Por exemplo, a população de referência das EEAT para
calcular as taxas de incidência dos acidentes de trabalho baseia-se nos dados do IFT. Para se ter uma perspectiva
mais alargada da situação, acrescentou-se ao IFT de 1999 - Regulamento (CE) da Comissão n.º 1571/98, de 20
9
de Julho de 1998( ) - um módulo ad hoc sobre saúde e segurança no trabalho. A análise dos resultados obtidos a
partir deste módulo irá enriquecer significativamente a informação já recolhida pelas EEAT: acidentes com menos
de quatro dias de afastamento do trabalho, análises cruzadas com dados sobre o mercado de trabalho,
características dos empregos, condições de trabalho ou formação.

A nova Fase III sobre causas e circunstâncias tem vindo a ser introduzida, progressivamente, nos
Estados-Membros, a partir de 2001, de acordo com os calendários nacionais de aplicação, tendo em consideração
as adaptações necessárias nos respectivos sistemas de notificação e registo de acidentes de trabalho. Os
primeiros resultados referentes a um primeiro grupo de Estados-Membros estão previstos para 2003, em relação
6
aos dados do ano de referência ( ) de 2001.

DG EMPL D-5 e EUROSTAT E-3


Março de 2001

(8 ) Adoptada pela 16ª Conferência Internacional dos Estaticistas do Trabalho, Genebra, 6-15 de Outubro de 1998.
(9 ) Regulamento (CE) n.º1571/98 da Comissão, de 20 de Julho de 1998, que aplica o Regulamento (CE) n.º577/98 do
Conselho, relativo à organização de um inquérito por amostragem às forças de trabalho na Comunidade - JO L 205 de
22.07.1998.

5
© Comissão Europeia 2001

Doc. ESTAT/E3/HSW/2001/1130

Para mais informações:

Didier Dupré
Eurostat E3 - Edifício Bech D2/723 Tel: (352) 4301-35034; Fax: (352) 4301-35399
E-mail: Didier.Dupre@cec.eu.int
Angel Fuente
DG Emprego e Assuntos Sociais D5 – Edifício Jean Monnet C3/79 Tel: (352) 4301-32739; Fax: (352) 4301-34259
E-mail: Angel.Fuente-Martin@cec.eu.int

Web site do Eurostatat


http://europa.eu.int/comm/eurostat/
Web site da DG Emprego e Assuntos Sociais sobre Saúde e Segurança no Trabalho:
http://europa.eu.int/comm/employment_social/h&s/index_en.htm

6
Índice

PREÂMBULO ..............................................................................................................................3

PREFÁCIO...................................................................................................................................4

ANTECEDENTES E OBJECTIVOS DO PROJECTO EEAT .....................................................11


Antecedentes do projecto EEAT............................................................................................................................. 11
Objectivos do projecto EEAT.................................................................................................................................. 11

CONCEITOS DE BASE E DEFINIÇÕES...................................................................................12


Especificações referentes à definição de acidente de trabalho.......................................................................... 12
Acidentes de viação (circulação) e outros acidentes em transportes.................................................................... 12
Outros acidentes no exterior da empresa ............................................................................................................... 13
Pessoas estranhas à empresa .............................................................................................................................. 13
Acidentes que se devem unicamente a causas naturais....................................................................................... 14
Acidente de trabalho com ausência ao trabalho superior a três dias ................................................................ 14
Acidente mortal de trabalho.................................................................................................................................... 14

CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS .....................................................................................15


Introdução geral ao sistema ................................................................................................................................... 15
Variáveis.................................................................................................................................................................... 16
Número de processo ............................................................................................................................................. 17
Actividade económica do empregador .................................................................................................................. 17
Profissão do sinistrado........................................................................................................................................... 17
Idade do sinistrado................................................................................................................................................. 17
Sexo do sinistrado ................................................................................................................................................. 17
Tipo de lesão ......................................................................................................................................................... 17
Parte do corpo atingida.......................................................................................................................................... 17
Localização geográfica do acidente....................................................................................................................... 17
Data do acidente.................................................................................................................................................... 17
Hora do acidente.................................................................................................................................................... 18
Dimensão da empresa........................................................................................................................................... 18
Nacionalidade ........................................................................................................................................................ 18
Situação profissional.............................................................................................................................................. 18
Dias perdidos ......................................................................................................................................................... 18
Definição de unidade local de uma empresa......................................................................................................... 19
Posto de trabalho................................................................................................................................................... 19
Tipo de local........................................................................................................................................................... 19
Tipo de trabalho ..................................................................................................................................................... 19
Actividade física específica.................................................................................................................................... 20
Agente material da actividade física específica..................................................................................................... 20
Desvio .................................................................................................................................................................... 20
Agente material do Desvio..................................................................................................................................... 20
Contacto - Modalidade da lesão ............................................................................................................................ 20
Agente material do Contacto - Modalidade da lesão ............................................................................................. 20
Ponderação............................................................................................................................................................ 20

INDICADORES E MÉTODOS DE NORMALIZAÇÃO DOS DADOS .........................................21


Taxas de incidência ................................................................................................................................................. 21
Factores de correcção e métodos de normalização............................................................................................. 21
Correcção .............................................................................................................................................................. 21
Normalização ......................................................................................................................................................... 21

7
RECOLHA E HARMONIZAÇÃO DOS DADOS .........................................................................23
Procedimentos de notificação nos Estados-membros ........................................................................................ 23
Sistemas baseados em entidades seguradoras e outros sistemas ...................................................................... 23
Avaliação dos procedimentos nacionais de notificação ........................................................................................ 23
Recolha harmonizada dos dados EEAT ................................................................................................................ 24
Definição de acidente de trabalho.......................................................................................................................... 24
Acidentes não-mortais ........................................................................................................................................... 24
Acidentes mortais .................................................................................................................................................. 25
Grupos abrangidos pelos sistemas nacionais de notificação ............................................................................ 25
Cobertura de trabalhadores independentes e trabalhadores familiares................................................................ 25
Sectores................................................................................................................................................................. 26
Cobertura de acidentes no exterior das instalações da empresa (incluindo acidentes de viação) ....................... 27
Níveis nacionais de notificação.............................................................................................................................. 27

POPULAÇÃO DE REFERÊNCIA (COM BASE NO IFT) ...........................................................28


Ano de referência ..................................................................................................................................................... 28
Estabelecimento de filtros ...................................................................................................................................... 28
População de referência estimada para 1998 ....................................................................................................... 28

EVOLUÇÃO FUTURA ...............................................................................................................29


Melhoria da qualidade dos dados .......................................................................................................................... 29
Cobertura ............................................................................................................................................................... 29
Níveis de notificação.............................................................................................................................................. 29
Inclusão/exclusão de tipos específicos de acidentes ............................................................................................ 30
Desenvolvimento de novos indicadores ............................................................................................................... 30

ANEXO A: APLICAÇÃO DA FASE III DAS EEAT A PARTIR DO ANO DE REFERÊNCIA DE


2001 ...........................................................................................................................................31
Escolha das variáveis .............................................................................................................................................. 31
Variáveis sobre as causas e as circunstâncias ..................................................................................................... 31
Variáveis prioritárias .............................................................................................................................................. 32
Opção intermédia................................................................................................................................................... 32
Variável suplementar facultativa "Posto de trabalho" ............................................................................................ 32
Inclusão do conjunto das 9 variáveis ..................................................................................................................... 32
Precisões relativas às variáveis "Desvio" e seu "Agente material"........................................................................ 33
Melhorias facultativas das variáveis das Fases I e II ........................................................................................... 33
Actividade económica do empregador .................................................................................................................. 33
Situação profissional.............................................................................................................................................. 34

ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT ...............................35


Classificações .......................................................................................................................................................... 35
Número de processo ............................................................................................................................................. 35
Actividade económica do empregador .................................................................................................................. 35
Profissão do sinistrado........................................................................................................................................... 37
Idade do sinistrado................................................................................................................................................. 38
Sexo do sinistrado ................................................................................................................................................. 38
Tipo de lesão ......................................................................................................................................................... 39
Parte do corpo atingida.......................................................................................................................................... 40
Localização geográfica do acidente....................................................................................................................... 41
Data do acidente.................................................................................................................................................... 46
Hora do acidente.................................................................................................................................................... 46
Dimensão da empresa........................................................................................................................................... 46
Nacionalidade ........................................................................................................................................................ 47
Situação profissional.............................................................................................................................................. 47
Dias perdidos ......................................................................................................................................................... 48
Classificações para causas e circunstâncias ....................................................................................................... 49
Posto de trabalho................................................................................................................................................... 49

8
Tipo de local........................................................................................................................................................... 49
Tipo de trabalho ..................................................................................................................................................... 50
Actividade física específica.................................................................................................................................... 51
Desvio .................................................................................................................................................................... 52
Contacto - Modalidade da lesão............................................................................................................................... 54
Agente Material ...................................................................................................................................................... 55
Formatos agregados................................................................................................................................................ 62

ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES .................................................63


Tipo de lesão ............................................................................................................................................................ 63
Comentários gerais quanto às variáveis sobre causas e circunstâncias.......................................................... 67
Organização das variáveis..................................................................................................................................... 67
Especificações sobre a utilização do código 00 ou 99 .......................................................................................... 67
Particularidades do Agente material ...................................................................................................................... 68
Posto de trabalho ..................................................................................................................................................... 68
Tipo de local ............................................................................................................................................................. 69
Definição ................................................................................................................................................................ 69
Desenvolvimento ................................................................................................................................................... 69
010 - 019 - Zona industrial ..................................................................................................................................... 69
020 - 029 Estaleiro, construção, pedreira, mina a céu aberto .............................................................................. 69
030 - 039 Área de agricultura, produção animal, piscicultura, zona florestal ....................................................... 69
040 - 049 Local de actividade terciária, escritório, entretenimento, diversos ........................................................ 69
050 - 059 Estabelecimento de saúde .................................................................................................................... 69
060 - 069 Local público.......................................................................................................................................... 70
g) 070 - 079 Domicílio............................................................................................................................................ 70
080 - 089 Local de actividade desportiva .............................................................................................................. 70
Locais especiais - 090 - 099 No ar, em altura - com exclusão dos estaleiros -100 - 109 Subterrâneo - com
exclusão dos estaleiros - 110 - 119 Sobre a água - com exclusão dos estaleiros................................................ 70
120 -129 Em meio hiperbárico - com exclusão dos estaleiros ............................................................................. 70
Observações.......................................................................................................................................................... 70
Tipo de trabalho ....................................................................................................................................................... 71
Definição ................................................................................................................................................................ 71
Desenvolvimento ................................................................................................................................................... 71
10 - 19 Produção, transformação, tratamento - de todos os tipos ........................................................................ 72
20 -29 Terraplenagem, construção, conservação, demolição............................................................................... 72
30 -39 Tarefa de tipo agrícola, florestal, hortícola, piscícola, com animais vivos.................................................. 72
40 -49 Tarefa de serviço prestado à empresa e - ou à pessoa humana; trabalho intelectual............................... 72
50 -59 Trabalhos ligados às tarefas codificadas 10, 20, 30 e 40 .......................................................................... 72
60 -69 Circulação, actividade desportiva, artística ................................................................................................ 73
Actividade física específica..................................................................................................................................... 73
Definição ................................................................................................................................................................ 73
Desenvolvimento ................................................................................................................................................... 73
Distinção entre ferramenta e máquina - máquina fixa e máquina móvel .............................................................. 73
10 - 19 Operação de máquina ............................................................................................................................... 74
20 - 29 Trabalho com ferramentas de mão ........................................................................................................... 74
30 - 39 Condução, presença a bordo de um meio de transporte, equipamento de movimentação...................... 75
40 - 49 Manipulação de objectos ........................................................................................................................... 75
50-59 Transporte manual ...................................................................................................................................... 76
60-69 Movimento ................................................................................................................................................... 76
70 Presença........................................................................................................................................................... 77
Desvio........................................................................................................................................................................ 77
Definição ................................................................................................................................................................ 77
Desenvolvimento ................................................................................................................................................... 77
10 - 19 Desvio por problema eléctrico, explosão, incêndio ................................................................................... 77
20 - 29 Desvio por transbordo, derrubamento, fuga, escoamento, vaporização, emanação................................ 78
30 - 39 Ruptura, arrombamento, rebentamento, resvalamento, queda, desmoronamento de Agente material ... 78
40 - 49 Perda de controlo, total ou parcial, de máquina, meio de transporte - equipamento de movimentação,
ferramenta manual, objecto, animal ...................................................................................................................... 78
50-59 Escorregamento ou hesitação - com queda, queda de pessoa .................................................................. 79
Nota preliminar à utilização dos códigos 60-69 e 70-79: ....................................................................................... 79
9
60-69 Movimento do corpo não sujeito a constrangimento físico (conduzindo geralmente a lesão externa) ....... 80
70 - 79 Movimento do corpo sujeito a constrangimento físico (conduzindo geralmente a lesão interna) ............. 80
80 - 89 Surpresa, susto, violência, agressão, ameaça, presença ......................................................................... 81
Contacto - Modalidade da lesão ............................................................................................................................. 81
Definição ................................................................................................................................................................ 81
Desenvolvimento ................................................................................................................................................... 81
10-19 Contacto com corrente eléctrica, temperatura, substância perigosa .......................................................... 82
20 - 29 Afogamento, soterramento, envolvimento................................................................................................. 82
31-39 Esmagamento em movimento vertical ou horizontal sobre, contra um objecto imóvel (o sinistrado está em
movimento) ............................................................................................................................................................ 82
40-49 Pancada por objecto em movimento, colisão.............................................................................................. 83
50-59 Contacto com Agente material cortante, afiado, duro, áspero .................................................................... 83
60-69 Entalação, esmagamento, etc. .................................................................................................................... 84
70 - 79 Constrangimento físico do corpo, constrangimento psíquico.................................................................... 84
80 - 89 Mordedura, pontapé, etc., animal ou humano........................................................................................... 84
Agente Material......................................................................................................................................................... 85
Definição ................................................................................................................................................................ 85
Desenvolvimento ................................................................................................................................................... 85
Descrição dos grupos ao nível de 1 posição ......................................................................................................... 85
Opção pela codificação pormenorizada................................................................................................................. 86
Exemplos de codificação de causas e circunstâncias......................................................................................... 87

ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES.........................................93


Actividade económica do empregador .................................................................................................................. 93
Agente material ...................................................................................................................................................... 109

ANEXO E: PONDERAÇÃO .....................................................................................................202

ANEXO F: METODOLOGIA PARA ACIDENTES DE TRAJECTO..........................................206


Introdução............................................................................................................................................................... 206
Metodologia ............................................................................................................................................................ 206
Definições ............................................................................................................................................................ 206
Variáveis .............................................................................................................................................................. 206
Questionário de avaliação..................................................................................................................................... 206

ANEXO G: REFERÊNCIAS .....................................................................................................207

ANEXO H: ORGANISMOS NACIONAIS QUE FORNECEM DADOS EEAT...........................208

10
ANTECEDENTES E OBJECTIVOS DO PROJECTO EEAT

Antecedentes e objectivos do projecto EEAT

Antecedentes do projecto EEAT


A directiva-quadro relativa à segurança e à saúde dos trabalhadores no trabalho(10) dispunha que a Comissão
deveria harmonizar os dados sobre acidentes de trabalho. Especificava que o empregador deveria " … fazer uma
lista dos acidentes de trabalho que tenham ocasionado incapacidade para o trabalho superior a três dias úteis" e
"elaborar, à atenção da autoridade competente e de acordo com as legislações e/ou práticas nacionais, relatórios
sobre os acidentes de trabalho de que os seus trabalhadores sejam vítimas."

Nesta base, foi lançado o projecto EEAT em 1990, com o objectivo de harmonizar dados sobre acidentes de
trabalho, para todos os acidentes que ocasionassem incapacidade para o trabalho superior a três dias. Em 1992, o
Eurostat e a DG Emprego e Assuntos Sociais publicaram uma "Metodologia para a harmonização das estatísticas
europeias de acidentes de trabalho"(11). O projecto EEAT fez parte integrante do programa-quadro para as acções
prioritárias no domínio da informação estatística 1993/1997(12).

Além do mais, a Resolução do Conselho 95/C 168/01(13) solicita à Comissão que "leve a bom termo os trabalhos
em curso sobre a harmonização das estatísticas dos acidentes de trabalho ...". O programa em matéria de
segurança, higiene e saúde no trabalho (1996-2000) prevê igualmente a prossecução deste projecto. Por último, o
programa estatístico comunitário de 1998 a 2002, que define os principais domínios e objectivos das estatísticas
comunitárias, propõe a elaboração de séries de dados coerentes, a nível europeu, por forma a propiciar a vigilância da
saúde e da segurança no trabalho, bem como a eficácia da regulamentação nesta matéria(14).

Objectivos do projecto EEAT


O principal objectivo do projecto EEAT é "recolher dados comparáveis a nível comunitário sobre acidentes de
trabalho, para criar uma base de dados". A disponibilidade de dados comparáveis sobre acidentes de trabalho é
uma condição prévia para acompanhar as tendências no contexto da saúde e da segurança no trabalho, na União,
e fomentar a prevenção de acidentes, tanto a nível comunitário como a nível dos Estados-membros. Pretende-se a
obtenção de dados sobre grupos e sectores de alto risco e indicadores quer sobre as causas, quer sobre o custo
social dos acidentes de trabalho. Devem ser criadas séries coerentes de dados que permitam controlar a saúde e a
segurança no trabalho, bem como a eficácia da regulamentação neste domínio.

É igualmente objectivo do projecto EEAT desenvolver uma metodologia que, na medida do possível, seja
comparável com outras estatísticas internacionais e participar na coordenação dessa tarefa. A metodologia EEAT
é consentânea com a resolução do Secretariado Internacional do Trabalho (BIT), de 1998, relativa a "Estatísticas
de lesões profissionais resultantes de acidentes de trabalho"(15).

(10) Directiva 89/391/CEE do Conselho, de 12 de Junho de 1989, relativa à aplicação de medidas destinadas a promover a
melhoria da segurança e da saúde dos trabalhadores no trabalho, JO L183 de 29.06.1989. Seguidamente designada por
directiva-quadro (relativa à segurança e à saúde dos trabalhadores no trabalho).
(11) Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, Tema 3 Série E, ISBN 92-826-4100-7, número de catálogo CA-74-92-257-PT-C.
(12) Decisão 93/464/CEE do Conselho, de 22 de Julho de 1993, relativa ao programa-quadro para as acções prioritárias no
domínio da informação estatística 1993/1997, JO L 219 de 28.8.93.
(13) JO C168 de 4.07.95, pp 1-2.
(14) Decisão 1999/126/CE do Conselho relativa ao Programa Estatístico Comunitário de 1998 a 2002, JO L 42 de 16.02.1999.
(15) Adoptada na Décima Sexta Conferência Internacional dos Estaticistas do Trabalho, Genebra, 6-15 Outubro de 1998.

11
CONCEITOS DE BASE E DEFINIÇÕES

Conceitos de base e definições

Os dados das Fases I, II e III das EEAT foram recolhidos, respectivamente, a partir dos anos de referência 1993,
1996 e 2001. O período de referência é definido como o ano de notificação do acidente. São incluídos todos os
casos de acidentes de trabalho que ocasionem uma ausência superior a três dias civis(16). Na prática, significa que
um acidente de trabalho é incluído nas EEAT se o sinistrado estiver incapaz de trabalhar durante mais de três dias,
incluindo sábados, domingos, feriados e outros dias em que normalmente não trabalha.

Um acidente de trabalho é definido como "uma ocorrência imprevista, durante o tempo de trabalho, que provoque
dano físico ou mental". Incluem-se casos de intoxicação aguda e actos voluntários de terceiros, assim como acidentes
durante o trabalho, embora no exterior das instalações da empresa, mesmo que provocados por terceiros. Excluem-
se ferimentos deliberadamente auto-infligidos, acidentes que ocorram no percurso para o local de trabalho ou no
regresso deste (acidentes de trajecto, ver Anexo F), acidentes que se devem unicamente a causas médicas e
doenças profissionais (17) A expressão "durante o tempo de trabalho " é entendida como "no decorrer da actividade
profissional ou durante o período em serviço". O que inclui acidentes de viação durante o tempo de trabalho.

Um acidente mortal é definido como um acidente de que resulte a morte da vítima num período de um ano após a
sua ocorrência.

Especificações referentes à definição de acidente de trabalho


Inclusões
Os seguintes tipos de acidentes são abrangidos pela definição acima referida de acidente de trabalho (ver sinopse no
quadro 1).

Acidentes de viação (circulação) e outros acidentes em transportes


A metodologia EEAT abrange acidentes de viação durante o tempo de trabalho. Incluem-se os acidentes de viação
não apenas com indivíduos cuja actividades profissional seja exercida principalmente nas rodovias públicas, por
exemplo, camionistas, condutores de autocarros, mas também casos em que a actividade profissional implica
deslocações frequentes ou apenas ocasionais nas vias públicas.

Essas actividades profissionais incluem, por exemplo, reparações, actividades comerciais ou outros serviços
efectuados nas instalações do cliente. Inclui-se igualmente um acidente de viação de um administrador que se
desloque do seu escritório para uma reunião ou uma visita de trabalho a outro local. Um acidente deste tipo deverá
ser considerado como acidente de trabalho e incluído na metodologia EEAT, podendo o local pertencer à sua
empresa ou a um cliente, outra empresa ou instituição. Os acidentes de viação acima descritos abrangem igualmente
ocorrências em parques de estacionamento, assim como nos caminhos no interior das instalações da empresa.

A expressão "no decorrer da actividade profissional ou durante o período em serviço" tem, por conseguinte, que
ser considerada na sua acepção mais lata. Deste modo, têm igualmente que se incluir outros tipos de acidentes
nas vias públicas, tais como, por exemplo, quedas em passeios ou em escadas, ou mesmo agressões de
terceiros, desde que ocorram durante o tempo de trabalho do sinistrado

Devem igualmente ser considerados os acidentes a bordo de qualquer meio de transporte, por exemplo, metro,
eléctrico, comboio, barco, avião, etc., bem como acidentes em pontos de chegada e de partida de qualquer meio de
transporte, por exemplo, estações, portos, aeroportos, caso ocorram durante o tempo de trabalho.

De referir que os acidentes de trajecto, ou seja, acidentes de viação no percurso entre o local de trabalho e o domicílio
não se incluem na metodologia EEAT(18).

(16) A directiva-quadro (artigo 9.º) faz referência a dias úteis. Todavia, para a metodologia EEAT, foi decidido seguir a prática mais
comum nos Estados-membros, que consiste em usar dias civis para calcular o número de dias de ausência ao trabalho.
(17) A Comissão desenvolveu as Estatísticas Europeias de Doenças Profissionais (EODS Fase I) a partir do ano de
referência de 2001 (ver "Evolução futura").
(18) Todavia, efectuou-se uma recolha adicional de dados sobre acidentes de trajecto, utilizando metodologia idêntica à do projecto
EEAT. As especificações referentes a estes dados, que envolvem apenas oito Estados-membros, constam do Anexo F.

12
CONCEITOS DE BASE E DEFINIÇÕES

Outros acidentes no exterior da empresa


Também se consideram acidentes de trabalho os acidentes que ocorram nas instalações de uma empresa que não a
que emprega o sinistrado. Estas actividades incluem todo o tipo de reuniões e serviços no exterior das instalações da
empresa, desde que o sinistrado esteja em serviço. Abrange os seguintes exemplos: acidentes no local de uma reunião
ou de uma visita de trabalho fora da empresa; acidentes aquando de uma entrega de bens nas instalações de um cliente
(empresa ou residência privada) ou no decorrer de actividades de reparação ou de manutenção, etc., nas instalações do
cliente; destacamentos mais permanentes noutra empresa ou durante actividades profissionais no domicílio; acidentes
provocados por outras actividades profissionais não relacionadas com as actividades do sinistrado, etc.

Em resumo, todos os acidentes que correspondam a todos os riscos a que se encontra exposto o trabalhador devido
a ou por ocasião da sua actividade profissional têm que ser tomados em consideração na metodologia EEAT. Isto diz
respeito não apenas aos riscos específicos a que se encontra exposto na empresa para que trabalha, mas também
aos riscos externos a que se pode encontrar exposto durante o trabalho, por exemplo, nas vias públicas, meios de
transporte ou riscos ocasionados por terceiros, mesmo que o empregador não possa actuar preventivamente, ou
apenas em parte, ao nível destes riscos no exterior das suas instalações.

Quadro 1 - Tipos de acidentes incluídos na/excluídos da metodologia EEAT


Tipo de acidente Incluído
SIM / NÃO
Definição: "Uma ocorrência imprevista durante o tempo de trabalho, que provoque dano físico ou
mental".
A expressão "durante o tempo de trabalho " é entendida como "no decorrer da actividade profissional
ou durante o período em serviço".
Intoxicação aguda SIM
Actos voluntários de terceiros SIM
Acidentes num local público ou num meio de transporte durante uma deslocação em serviço: SIM
Acidentes de viação durante o tempo de trabalho (estradas públicas, parques de SIM
estacionamento, caminhos no interior das instalações da empresa)
Outros acidentes (quedas, agressões, etc.) num local público (passeio, escadas, etc.) ou em SIM
pontos de chegada e de partida (estações, portos, aeroportos, etc.) de qualquer meio de
transporte durante uma deslocação em serviço
Acidentes a bordo de qualquer meio de transporte utilizado durante o trabalho (metro, eléctrico, SIM
comboio, barco, avião, etc.)
Acidentes ocorridos nas instalações de outra empresa que não a empresa do sinistrado, ou numa SIM
residência privada, durante o tempo de trabalho
Ferimentos deliberadamente auto-infligidos NÃO
Acidentes no percurso para o local de trabalho ou no regresso deste (acidentes de trajecto ver NÃO
Anexo F)
Acidentes que se devem unicamente a causas médicas durante o tempo de trabalho e a doenças NÃO
profissionais
Pessoas estranhas à empresa, sem qualquer actividade profissional NÃO

Exclusões
Os seguintes tipos de acidentes não são abrangidos pela definição acima apresentada de acidente de trabalho (ver
sinopse no quadro 1).

Pessoas estranhas à empresa


Na metodologia EEAT não se incluem acidentes que envolvam pessoas estranhas à empresa. Mesmo que um tal
acidente se deva a uma actividade profissional exercida no interior da empresa não deverá ser considerado como
acidente de trabalho na acepção da metodologia EEAT. Incluem-se acidente com trabalhadores que não se encontrem
em serviço e que desempenhem actividades fora do tempo de trabalho, por exemplo, visita a uma loja, a uma
administração, ou ainda bancos, empresas de seguros, estações, hospitais, postos de correios, portos, aeroportos, etc.
Os membros da família de um trabalhador ou do empregador que se encontrem nas instalações da empresa e que
sejam vítimas de um acidente são consideradas pessoas estranhas à empresa e excluídas da metodologia EEAT, o que
se aplica igualmente a crianças que se encontrem, por exemplo, na creche de uma empresa.

13
CONCEITOS DE BASE E DEFINIÇÕES

Acidentes que se devem unicamente a causas naturais


A metodologia EEAT exclui igualmente acidentes que se devem unicamente a causas naturais, o que se aplica, por
exemplo, a acidentes cardíacos, cerebrais ou qualquer outro mal-estar súbito com origem médica, que ocorra durante
o trabalho, mas que a priori não tenha qualquer relação com a actividade profissional do sinistrado, devendo-se o
acidente apenas a causas médicas

Todavia, apenas se excluem os casos em que não se identifique nenhum outro elemento causal relacionado com o
trabalho. Por exemplo, um pedreiro desmaia (causa médica) e por isso cai de um andaime (parte do acidente mais
especificamente ligada à actividade profissional), o acidente deverá então ser incluído na metodologia EEAT,
porque mesmo que a queda tenha ocorrido devido ao desmaio do trabalhador, as consequências são muito mais
graves por se encontrar num andaime, conjuntura puramente profissional.

Acidente de trabalho com ausência ao trabalho superior a três dias


A directiva-quadro refere o conceito de "ausência superior a três dias úteis".

Não obstante, como muitos Estados-membros não distinguem entre dias úteis ou não, dado que as interrupções
de trabalho são prescritas em dias civis, os dados EEAT referem o conceito de "três dias civis" ou, mais
simplesmente "três dias".

A definição do conceito "ausência superior a três dias" que deve ser utilizado nas EEAT é a seguinte (ver sinopse
no quadro 2):

Apenas se consideram dias inteiros de ausência ao trabalho, excluindo o dia do acidente. Consequentemente,
"ausência superior a três dias" significa "pelo menos quatro dias", o que implica que apenas se incluem acidentes
cujo regresso ao trabalho não se efectua antes do quinto dia após o dia do acidente.

Consequentemente, "o número de dias perdido" será de quatro dias se o regresso ao trabalho se verificar no
quinto dia seguinte ao dia do acidente, de cinco se o regresso ao trabalho se verificar no sexto dia seguinte ao dia
do acidente, etc.

Quadro 2 - Conceitos de "acidentes com ausência superior a três dias" e número de "dias perdidos" utilizados nas
EEAT
Regresso ao No mesmo dia do Do primeiro ao Quinto dia após o Sexto dia após o
trabalho: acidente quarto dia após o acidente acidente/ ou mais
acidente
Acidente incluído NÃO NÃO SIM SIM
nas EEAT
Número de dias Não se incluiu Não se incluiu 4 5 / ou mais
perdidos

Acidente mortal de trabalho


A definição adoptada pelas EEAT é a de "um acidente de que resulte a morte da vítima num período de um ano
(após o dia) da sua ocorrência". Na prática, a maioria dos Estados-membros envia os casos de acidentes de
trabalho mortais contabilizados nas estatísticas nacionais.

De facto, a maioria das mortes acidentais ocorre quer imediatamente no momento do acidente ou passados
poucos dias ou algumas semanas.

14
CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS

Caracterização das variáveis

Introdução geral ao sistema


São necessários três tipos de informação de base para codificar devidamente um acidente de trabalho:

• * Informações que indicam onde e quando o acidente se produziu e identificam o sinistrado:


actividade económica do empregador; profissão, situação profissional, sexo, idade, nacionalidade do
sinistrado; situação geográfica e dimensão da unidade local da empresa, data e hora, tipo de local, posto de
trabalho e tipo de trabalho.

• * Informações que indicam como se produziu o acidente, circunstâncias nas quais este se produziu, e como se
produziram as lesões:
trata-se do acontecimento dividido em três sequências: actividade física específica, desvio, contacto -
modalidade da lesão, e agentes materiais associados.

• Informações que dizem respeito à natureza e à gravidade das lesões e consequências do acidente:
parte do corpo lesionada, tipo de lesão e número de dias perdidos.

EMPRESA
- actividade económica
- dimensão da empresa
- localização geográfica, data e hora do acidente

EXPOSIÇÃO ORGANIZAÇÃO

CONDIÇÕES de TRABALHO
- tipo de local

EMPREGADO LOCAL DE TRABALHO


- profissão - tipo de trabalho
- idade e sexo - posto de trabalho
- nacionalidade
- situação profissional

DESENROLAR DO ACONTECIMENTO
- actividade física específica e agente material associado
- desvio e Agente material associado
- contacto - modalidade da lesão e agente material associado

SINISTRADO
- tipo de lesão
- parte do corpo atingida
- dias perdidos

A metodologia aqui apresentada tem por objectivo facultar a descrição pormenorizada das características do
sinistrado, da empresa em que trabalha e da lesão sofrida, bem como a discriminação da sequência de
ocorrências que culminaram no acidente, de forma a elaborar uma política de prevenção, a nível europeu.

As variáveis incluídas na metodologia EEAT constam do quadro 3. Segue-se a definição de cada uma das
variáveis. Os formatos e as classificações correspondentes são especificados no Anexo B. Quanto às variáveis
causais, encontram-se no Anexo C guias de utilização e exemplos susceptíveis de auxiliar os codificadores
(encontram-se igualmente guias de utilização para o tipo de lesão).

15
CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS

Variáveis
Quadro 3 - Estrutura de registo dos dados das EEAT
Variável Número de caracteres
Dados da Fase III Dados das Fases I
Mínimo Facultativo ( )
1
Total ( )
1 e II
obrigatório
Número do processo 11 11 11
Actividade económica do empregador 2 2 4 2
Profissão do sinistrado 2 2 2
Idade do sinistrado 2 2 2
Sexo do sinistrado 1 1 1
Tipo de lesão 3 3 3
Parte do corpo atingida 2 2 2
Localização geográfica 5 5 5
Data do acidente 8 8 8
Hora do acidente 2 2 2
Dimensão da empresa 1 1 1
Nacionalidade 1 1 1
Situação profissional 1 2 3 1
Dias perdidos 3 3 3
Posto de trabalho 0 1 1
2 2 2
Tipo de local ( ) 3 ou 0 ( ) 0 ou 3 ( ) 3
2 2 2
Tipo de trabalho ( ) 2 ou 0 ( ) 0 ou 2 ( ) 2
2 2 2
Actividade física específica ( ) 2 ou 0 ( ) 0 ou 2 ( ) 2
Agente material da Actividade física 0 4 4
específica -2 posições (4 caracteres)
Desvio 2 2
3 3
Agente material do Desvio -2 posições 4 ou 0 ( ) 0 ou 4 ( ) 4
3
(4 caracteres) ( )
Contacto - Modalidade da lesão 2 2
3 3
Agente material do Contacto - 4 ou 0 ( ) 0 ou 4 ( ) 4
Modalidade da lesão -2 posições (4
3
caracteres) ( )
4 4
Ponderação ( ) 9 (3,6) ( ) 9
5 2 5 2 5
Número total de caracteres ( ) 63 ou 64 ( ) ( ) 18 ou 17 ( ) 81 ( ) 44
1
( ) Quando a(s) posição(ões) facultativa(s) não é (são) utilizada(s) para uma variável, o valor "0", "00", "000" ou "00.00",
segundo a variável, deve ser indicado como código ou parte do código correspondente.
2
( ) No mínimo 1 das 3 variáveis "Tipo de local", "Tipo de trabalho" ou "Actividade física específica" deve ser codificada
obrigatoriamente (quer se trate do "Tipo de local" de 3 algarismos ou de uma das duas outras variáveis de 2 algarismos, o
número total de caracteres efectivamente utilizados tem, portanto, uma variação de 1). As 2 variáveis restantes não
escolhidas para a parte obrigatória são, por conseguinte, facultativas.
3
( ) Pelo menos uma das 2 variáveis "Agente material do Desvio" ou "Agente material do Contacto - Modalidade da lesão"
deve ser codificada obrigatoriamente. A variável restante, não escolhida para a parte obrigatória, será, então, facultativa.
4
( ) A ponderação tem 9 caracteres, 3 dos quais para a parte inteira e 6 para as posições decimais.
5
( ) Quando só é utilizado o mínimo de 4 variáveis prioritárias, uma das quais com uma posição (sendo as outras
obrigatoriamente de 2), o número total de caracteres mínimos obrigatório é de "63 ou 64" Todavia, o ficheiro de dados deve
ter sempre uma dimensão de registo de 81 dígitos, incluindo todas as variáveis.

16
CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS

Número de processo
Deve indicar-se apenas um único número de processo porque o Eurostat necessita de identificar cada registo
individual e para garantir que cada registo representa um processo individual de um acidente de trabalho, evitando
dupla contagem Este número de processo é também necessário para responder a perguntas que envolvam a
recuperação e a correcção de um registo simples, no decurso da análise dos dados. É utilizado apenas
internamente, não sendo divulgado pelo Eurostat. Cada Estado-Membro determina o formato do número de
processo. Todavia, esse número não deverá nunca permitir a identicação de qualquer pessoa; terá ainda como
prefixo os quatro dígitos do ano em que o acidente foi notificado às autoridades. Salienta-se que o ano de
notificação, que é também o período de referência para os dados EEAT não é necessariamente o ano em que o
acidente ocorreu. Por esse motivo, os quatro primeiros dígitos do número de processo representam o ano de
referência para os dados recolhidos.

Actividade económica do empregador


A expressão actividade económica do empregador abrange a actividade "económica" principal da unidade local da
empresa em que trabalha o sinistrado. Por actividade principal entende-se aqui a actividade económica mais
importante em termos de maior número de trabalhadores. Por unidade local de uma empresa entende-se a
localização geográfica de uma empresa, o escritório de uma profissão liberal, uma exploração agrícola, uma
indústria transformadora, um organismo público, etc. (ver mais adiante). Classifica-se de acordo com as classes
(nível de quatro dígitos) da NACE Rev.1. No entanto, o quarto dígito com o valor "0" ou os terceiro e quarto dígitos
com o valor "00" são aceites se apenas se conhecer o código ao nível de dois ou três algarismos.

Profissão do sinistrado
A profissão do sinistrado no momento do acidente é classificada de acordo com a versão abreviada (nível de dois
dígitos) da CITP-88 (COM).

Idade do sinistrado
A idade deverá ser representada pela idade do sinistrado no momento do acidente. Os valores inferiores a 10
deverão ser registados com um zero à esquerda, ou seja, a idade de sete anos deverá ser registada como 07.

Sexo do sinistrado
O sexo é uma variável de categorização simples.

Tipo de lesão
A variável tipo de lesão descreve as consequências físicas para o sinistrado, por exemplo, fractura, ferimentos, etc.
Utiliza-se a versão de três dígitos da classificação EEAT para "Tipo de lesão", para codificar a informação desta
variável. Actualmente é válida uma nova classificação utilizada a partir dos dados EEAT de 1997, em conformidade
com a recomendação do BIT, já referida.

Parte do corpo atingida


Esta variável descreve a parte do corpo que sofreu a lesão. Deve ser aplicada a nova versão de 2 dígitos da
classificação "parte do corpo atingida", introduzida a partir do ano de referência de 1995, que é conforme à
recomendação do BIT, já referida. A classificação permite apenas uma escolha, ou seja, pode ser escolhido
apenas um código para descrever as parte(s) do corpo atingida(s). Se diferentes partes do corpo tiverem sofrido
lesões deverá escolher-se a mais grave, por exemplo, uma amputação precede fractura, que por sua vez precede
ferimentos, etc. Noutros casos, deverá usar-se um código para várias partes do corpo, ao nível adequado da
classificação, por exemplo, mão e pé fracturados. Em casos em que grandes partes do corpo tenham sido
afectadas, por exemplo, lesões causadas por queimaduras, deverá usar-se também um código para várias partes
do corpo.

Localização geográfica do acidente


Por localização geográfica entende-se a unidade territorial onde o acidente ocorreu. Para codificar a informação
relativa a esta variável deverá utilizar-se a nomenclatura NUTS que consta do Anexo B (versão NUTS 95, incluindo
a revisão de 1998). Descreve o país em questão e as regiões definidas nesse país.

Data do acidente
Esta variável indica a data em que o acidente ocorreu. Trata-se de uma variável numérica definida como ano, mês
e dia (YYYYMMDD).
17
CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS

Hora do acidente
Esta variável refere a hora em que o acidente ocorreu. Trata-se de uma variável numérica que indica horas
exactas (HH), por exemplo, 14H00 abrange o período entre 14H00 e 14H59.

Dimensão da empresa
Por dimensão da empresa entende-se o número de empregados (equivalentes a tempo completo, no Anexo B
encontra-se a respectiva definição juntamente com a classificação pertinente) que trabalham na unidade local da
empresa do sinistrado. Para a especificação de unidade local ver mais adiante.

Nacionalidade
Por esta variável entende-se país de cidadania. Caso um indivíduo tenha mais do que uma nacionalidade, deverá
usar-se a do país onde foi notificado o acidente. Para esta variável usa-se um formato agregado.

Situação profissional
Esta variável diz respeito à situação profissional do sinistrado, por exemplo empregado, independente, trabalhador
familiar, etc. No que se refere aos empregados (1.º dígito = 3) especificar-se-á, se a informação se encontrar
disponível, a nível de um 2.º dígito se se trata de um emprego permanente (contrato de duração indeterminada) ou
não (temporário de duração determinada) e a nível do 3.º dígito se se trata de tempo completo ou parcial. Os
valores não disponíveis são aceites ("000") bem como os valores não disponíveis parciais no que se refere ao 2.º
e/ou 3.º dígitos (300, 301, 302, 310 e 320).

Aplicamos aqui a noção de duração do emprego utilizada no Inquérito às Forças de Trabalho (coluna 45 "Duração do emprego"):

"Na maior parte dos Estados-Membros, a maioria dos empregos baseia-se em contratos de trabalho escritos. No
entanto, em alguns países, esses contratos existem apenas para casos específicos (por exemplo, no sector público,
para aprendizes ou para outras pessoas que recebem qualquer tipo formal de cursos de formação numa empresa).
Tendo em conta estes diferentes sistemas, as noções de "emprego temporário" e "contrato de trabalho de duração
determinada" (do mesmo modo que "emprego permanente" e "contrato de trabalho de duração indeterminada")
descrevem situações que, em diferentes quadros institucionais, podem ser consideradas como semelhantes.

Um emprego pode ser considerado temporário se tanto a entidade empregadora como o empregado
estabelecerem que a sua expiração é determinada por condições objectivas, tais como uma certa data, a
conclusão de uma tarefa ou o regresso de outro empregado que foi temporariamente substituído. No caso de um
contrato de trabalho de duração determinada, a condição para a sua expiração está, geralmente, mencionada no
contrato. Devem ser incluídas nestes grupos: as pessoas com um emprego sazonal, as pessoas contratadas por
uma agência de colocação ou empresa e cedidas por subcontratação a terceiros, para desempenho de uma
"missão de trabalho" e as pessoas com contratos específicos de formação.

Se não existirem critérios objectivos para expiração de um emprego ou contrato de trabalho, estes devem ser
considerados como permanentes ou de duração indeterminada."

Quanto à noção de tempo completo/parcial, por analogia com os elementos indicativos do Inquérito às Forças de
Trabalho (IFT - coluna 44 "Distinção entre tempo completo e tempo parcial") e do Painel dos Agregados
Domésticos Privados da União Europeia (ECHP), podemos utilizar um limiar puramente indicativo de 30 horas por
semana (6 horas sobre 5 dias ou 7,5 horas sobre 4 dias, por exemplo) como limite entre tempo parcial e tempo
completo. Contudo, este limiar é flexível dado que profissões específicas como professores podem ter postos a
tempo completo com um número de horas de aulas significativamente inferior e, inversamente, as profissões do
artesanato ou do comércio podem ter horários bastante mais prolongados do que a média. Nos casos em que a
informação provém da declaração do acidente de trabalho, a informação recolhida é, na realidade, a percepção de
"tempo completo" e "tempo parcial" da empresa.

Dias perdidos
Por dias perdidos entende-se o número de dias civis em que o sinistrado é incapaz de trabalhar devido a um
acidente de trabalho. É apresentado utilizando um formato de 3 dígitos. Caso esta informação só se encontre
disponível utilizando classes de dias perdidos, devem utilizar-se 6 classes com os códigos A01 a A06. Todavia, o
número de dias perdidos será considerado de acordo com a metodologia EEAT, ou seja, deverão incluir-se apenas
os casos de acidentes de trabalho que impliquem uma ausência superior a três dias civis completos. Devem
utilizar-se códigos específicos para definir a incapacidade permanente (997) e acidentes mortais (998). Neste caso,
os dias perdidos antes do reconhecimento da incapacidade permanente ou da morte não são considerados.

18
CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS

Definição de unidade local de uma empresa


Esta definição é pertinente para as variáveis "actividade económica do empregador" e "dimensão da empresa". Se
o conceito seguidamente apresentado de "unidade local da empresa" não for aplicável directamente num país,
deverá utilizar-se a definição nacional.

A "unidade local" a ter em consideração situa-se num local topograficamente identificado onde o trabalho é
efectuado ou onde se pode dizer que está sediado. Se um indivíduo trabalha em mais do que um local
(transportes, na construção, manutenção, vigilância, trabalho itinerante), ou no domicílio, entende-se por "unidade
local" o local a partir do qual as instruções emanam ou onde o trabalho é organizado.

Normalmente, é constituída por um edifício isolado, parte de um edifício ou quando muito, um grupo de edifícios
circunscritos. A unidade local da empresa é, pois, um grupo de empregados de um estabelecimento,
topograficamente situados no mesmo local.

O local topograficamente identificado deverá ser entendido numa base restrita: duas unidade pertencentes à
mesma empresa em locais diferentes (mesmo que estas unidades locais se encontrem muito próximas uma da
outra) deverão ser consideradas como duas unidades locais. Todavia, uma única unidade local poderá estar
disseminada por várias áreas administrativas adjacentes. Além do mais, os limites da unidade são determinados
pelos limites da implantação, o que significa, por exemplo, que as vias públicas de passagem não interrompem a
continuidade dos limites.

Posto de trabalho
Esta variável identifica a natureza habitual ou, inversamente, ocasional do local/posto de trabalho ocupado pelo
sinistrado no momento do acidente. Não contempla a permanência ou não do emprego (ver a variável Situação
profissional, supra).

A noção de "posto de trabalho habitual" entende-se em sentido restrito, sempre nas instalações da unidade local
habitual de trabalho: posto de trabalho fixo numa oficina, escritório e, de um modo mais geral, instalações da
unidade local do empregador.

A noção de "posto de trabalho ocasional", numa acepção ampla, abrange:

• actividades exteriores com um posto de trabalho "móvel" (condutor de veículos pesados, trabalhador da
construção, instalador, reparador, polícia, agente de segurança, pessoal de manutenção da via pública, etc.);

• situações ocasionais para pessoas que habitualmente se encontram num posto fixo:
ü deslocação ocasional por conta do empregador;
ü intervenção ocasional por conta do empregador fora da unidade local habitual, nas instalações de um cliente
ou nas instalações de outra empresa (reunião, missão, visita comercial, instalação ou reparação, etc.);
ü afectação temporária num posto fixo diferente ou numa unidade local diferente da habitual, incluindo postos de
trabalho ocupados durante vários dias ou semanas mas que não se destinem a ser local de trabalho de
afectação definitiva (missão temporária, afectação temporária por uma empresa interveniente numa outra
empresa, acção de manutenção pesada nas instalações de um cliente, teletrabalho, etc.)

Tipo de local
Trata-se de um nome.
Tipo de local, localização, espaço de trabalho onde o sinistrado se encontrava, trabalhava exactamente antes do
acidente.
Trata-se do lugar de trabalho, do ambiente geral, do local de trabalho onde se produziu o acidente.

Tipo de trabalho
Trata-se de um nome (mas revela uma acção que poderia, também, exprimir-se através de um verbo).
Principal natureza do trabalho, tarefa (actividade geral) executada pelo sinistrado no momento do acidente.
Trata-se da actividade geral do sinistrado no momento do acidente. Não é a profissão do sinistrado nem, pelo
contrário, a sua Actividade física específica precisa no próprio momento do acidente. Refere-se a uma descrição
do tipo de trabalho, da tarefa, em sentido lato, desempenhada pelo sinistrado ao longo de certo período de tempo,
até ao momento do acidente.

19
CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS

Actividade física específica


Trata-se de um verbo, não obstante os códigos de 1 dígito exprimem-se pelos nomes genéricos destas acções.
Actividade feita, executada pelo sinistrado exactamente antes do acidente.
Trata-se da precisa Actividade física específica do sinistrado no próprio momento em que ocorre o acidente. É
necessário considerar o que fazia o sinistrado, precisamente, no momento preciso do acidente. A actividade pode
ser exercida durante um período curto.

Agente material da actividade física específica


Trata-se de um nome.
Principal Agente material associado - ligado à Actividade física específica do sinistrado exactamente antes do
acidente.
O Agente material associado à Actividade física específica descreve a ferramenta, o objecto, o agente utilizado
pelo sinistrado aquando do acidente. O Agente pode estar, ou não, implicado no acidente. No entanto, se existirem
vários Agentes materiais da Actividade física específica, é necessário registar o que está relacionado mais
estreitamente com o acidente ou a lesão.

Desvio
Trata-se de um nome (mas revela uma acção que poderia, também, exprimir-se através de um verbo).
Último acontecimento, desviado do normal, que conduziu ao acidente.
Trata-se da descrição do que sucedeu de anormal. É um desvio do processo normal de execução do trabalho. O
Desvio é o acontecimento que provoca o acidente. Se há vários acontecimentos que se sucedem, é o último
desvio que deve ser registado (aquele que ocorre o mais próximo possível, em matéria de tempo, do contacto
lesivo).

Agente material do Desvio


Trata-se de um nome.
Principal Agente material associado - ligado ao acontecimento desviante.
O Agente material associado ao Desvio descreve a ferramenta, o objecto, o agente ligado à anormalidade do
processo, ligado ao que se desenrolou anormalmente. Se há vários Agentes materiais relativos ao (último) Desvio,
é necessário registar o que intervém em último lugar (o mais próximo possível, no tempo, do contacto lesivo).

Contacto - Modalidade da lesão


Trata-se de um nome (mas revela uma acção que poderia, também, exprimir-se através de um verbo). Pode
também ser designado: Modalidade da lesão.
O contacto que lesionou o sinistrado.
Trata-se daquilo que descreve o modo como a vítima foi lesionada (fisicamente ou por choque psicológico) pelo
Agente material que provocou essa mesma lesão. Caso existam vários contactos - modos de lesão, deverá ser
registado o que provocou a lesão mais grave.

Agente material do Contacto - Modalidade da lesão


Trata-se de um nome.
Principal Agente material associado - ligado ao contacto lesivo.
O Agente material associado ao Contacto - Modalidade da lesão descreve fisicamente o objecto, a ferramenta, o
agente com que o sinistrado entrou em contacto, ou a modalidade psicológica da lesão. Se há vários Agentes
materiais de lesão, deve ser registado o Agente material ligado à lesão mais grave.

Ponderação
Na Fase III implementar-se-á um processo de ponderação para resolver a situação dos Estados-Membros que
codificam as varáveis da Fase III das EEAT apenas em relação a uma amostra nacional de acidentes de trabalho.
A mesma variável poderá ser utilizada para indicar o nível de notificação. Esse processo de ponderação será
definido no decorrer de 2001, juntamente com os Estados-Membros (ver Anexo E).

20
INDICADORES E MÉTODOS DE NORMALIZAÇÃO DOS DADOS

Indicadores e métodos de normalização dos dados

Taxas de incidência
A metodologia EEAT considera dois tipos principais de indicadores de acidentes de trabalho: número de acidentes
e taxas de incidência. Obviamente, o número de acidentes tem que ser relacionado com a população de referência
das pessoas empregadas (pessoas expostas a risco de acidente de trabalho), para estabelecer as taxas de
incidência (frequência). De um modo geral, estas informações encontram-se disponíveis para as actividades
económicas incluídas dos dados EEAT por todos os Estados-Membros ("actividades económicas comuns", ver
quadro 7 - "Dados EEAT de 1998: Ramos de actividades económicas abrangidos pelos sistemas nacionais de
notificação" e a parte "População de referência ( com base no IFT)", adiante).

A taxa de incidência é definida como o número de acidentes de trabalho por 100.000 pessoas empregadas. Pode
ser calculada para a Europa, para um Estado-membro ou uma sub-população, discriminada de acordo com uma
ou mais das variáveis acima referidas que caracterizam a vítima do acidente (actividade económica, idade, etc.).
Pode ser estabelecida para todos os acidentes ou discriminada de acordo com uma ou mais das variáveis atrás
referidas que caracterizam o acidente (parte do corpo atingida, etc.). Calculam-se separadamente taxas de
incidência relativas a acidentes mortais e a acidentes que ocasionem ausência ao trabalho superior a três dias.

Calcula-se também uma taxa de incidência para o número de casos mortais a nível europeu, excluindo acidentes
de viação, para providenciar taxas de incidência comparáveis para todos os Estados-membros, o que se deve ao
facto de os acidentes de viação durante o tempo de trabalho não serem registados como acidentes de trabalho em
alguns Estados-membros. O número de mortes provocadas por acidentes de viação representa uma percentagem
importante do número de acidentes mortais. Por este motivo, comparações das taxas de incidências nacionais
relativas ao número de casos mortais introduziriam um erro sistemático grave sem esta correcção das taxas. Isto
aplica-se igualmente a acidentes a bordo de qualquer meio de transporte numa deslocação durante o tempo de
trabalho, que são excluídos desta taxa corrigida de casos mortais.

Convém referir que apenas esta taxa de incidência corrigida é utilizada para a discriminação por Estado-membro.

A fórmula padrão é a seguinte:

Número de acidentes (mortais ou não-mortais)


Taxa de incidência: = -------------------------------------------------------------------------------- X 100 000 .
Número de pessoas empregadas na população estudada

Factores de correcção e métodos de normalização


Correcção
Para os Estados-membros que notificam apenas em parte os acidentes de trabalho que ocasionem uma ausência
superior a três dias, os níveis de notificação são calculados principalmente por discriminações por ramos de
actividade económica. Com base nesses níveis, o Eurostat corrige os dados enviados sobre acidentes e deduz
uma estimativa do número de acidentes de trabalho ocorridos.

Normalização
É um facto que a frequência de acidentes de trabalho é mais elevada em determinados ramos do que em outros.
Por esta razão, a estrutura industrial de um país influenciará a frequência total de acidentes de trabalho, em função
da parte de sectores de elevado risco. Por exemplo, um país em que ramos de alto risco como a agricultura, a
construção ou os transportes representem uma parte mais elevada do total das forças de trabalho do que noutro
Estado-membro, mas com a mesma frequência de acidentes por cada ramo, terá uma taxa de incidência nacional
total mais elevada.

Para corrigir este efeito, calcula-se o número "normalizado" de acidentes de trabalho por 100.000 pessoas
empregadas por Estado-membro, dando a cada ramo a mesma ponderação a nível nacional do que no total da
União Europeia (taxa de incidência "normalizada"). Este método de normalização é utilizado nas actuais
publicações EEAT sobre acidentes de trabalho.

21
INDICADORES E MÉTODOS DE NORMALIZAÇÃO DOS DADOS

Prevê-se uma melhoria deste método no futuro. Dependendo da fiabilidade e da cobertura da informação fornecida
pelos Estados-membros, poderão ser introduzidas as seguintes alterações:

— normalização da estrutura industrial por sector (subsecção ou divisão NACE) e não apenas por ramos
NACE agregados (secção); com efeito, a ponderação relativa dos sectores no interior dos ramos mais
importantes difere igualmente consoante os países, enquanto que os níveis de risco variam
significativamente de sector para sector;

— normalização de acordo com o tempo de trabalho e, por conseguinte, o período de exposição ao risco
(trabalho a tempo parcial, contrato a termo, duração legal do trabalho, etc.), que varia consoante os
países;

— possivelmente, normalização por idade e sexo.

22
RECOLHA E HARMONIZAÇÃO DOS DADOS

Recolha e harmonização dos dados

Procedimentos de notificação nos Estados-membros


Sistemas baseados em entidades seguradoras e outros sistemas
O Eurostat recebe os dados EEAT provenientes dos registos nacionais dos Estados-membros ou de outros
organismos nacionais responsáveis pela recolha de dados relativos a acidentes de trabalho. Os dados EEAT estão
relacionados com a ocorrência e baseiam-se nas fontes administrativas dos Estados-membros. Comparando com
inquéritos, as perspectivas de harmonização dos dados EEAT dependem, por conseguinte, dos procedimentos de
notificação, da possibilidade destes serem alterados ou de os dados serem adaptados aos conceitos e
especificações das EEAT.

De um modo geral, nos Estados-membros da União Europeia verificam-se dois tipos de procedimentos de
notificação. Os sistemas baseados em entidades seguradoras, implantados em dez Estados-membros, utilizam
procedimentos que se baseiam sobretudo na notificação de acidentes à entidade seguradora, pública ou privada
consoante o caso. Os procedimentos dos cinco outros Estados-membros (Dinamarca, Irlanda, Países Baixos,
Suécia e Reino Unido) baseiam-se sobretudo na obrigação legal do empregador de notificar os acidentes às
autoridades nacionais competentes, normalmente o serviço nacional de inspecção do trabalho. A Noruega, que
também envia dados ao Eurostat, inclui-se neste último grupo. A Suiça, que tem um sistema baseado em entidades
seguradoras, prevê a disponibilização de dados EEAT futuramente.

Nos sistemas baseados nas entidades seguradoras, a concessão ou o reembolso de prestações por doença e o
pagamento de prestações pecuniárias (custos diários, pensões, etc.) resultantes de acidentes de trabalho
dependem da notificação do acidente à entidade seguradora pública ou privada. Além disso, em vários destes
países, as prestações pagas deste modo ao abrigo da legislação dos seguros de acidentes de trabalho são mais
elevadas do que se se tratasse de um acidente não relacionado com o trabalho. Deste modo, existe um incentivo
económico para o empregador e o trabalhador notificarem um acidente de trabalho. Graças a estes diversos
factores, os níveis de notificação de acidentes de trabalho são, de um modo geral, muito elevados nestes
sistemas, atingindo praticamente os 100%.

Os cinco outros Estados-membros e a Noruega possuem um sistema de "cobertura" universal de segurança social.
Nesses sistemas, as prestações pagas à vítima de um acidente de trabalho não dependem da notificação preliminar
do acidente, excepto no que diz respeito às prestações específicas para acidentes mais graves (pensões por
incapacidade permanente, etc.). Consequentemente, o incentivo económico para notificar os acidentes de trabalho
não é muito forte. Todavia, existe a obrigação legal de o empregador notificar um acidente de trabalho. Na prática,
apenas parte dos acidentes de trabalho são efectivamente participados e os sistemas baseados na obrigação do
empregador de notificar os acidentes de trabalho às autoridades têm um nível de notificação médio, de um modo
geral variando entre 30% e 50%, para todos os ramos de actividade económica no seu conjunto (ver quadro 9).

Avaliação dos procedimentos nacionais de notificação


A avaliação inicial das fontes dos dados é condição prévia para a interpretação correcta dos dados enviados pelos
vários Estados-membros. É particularmente importante quando se tomam em consideração as diferenças nos
procedimentos nacionais de notificação, tal como acima referidos. Efectua-se uma avaliação pormenorizada
através de um questionário de avaliação. As respostas nacionais a este questionário são enviadas ao Eurostat
juntamente com os dados EEAT anuais.

Os principais temas abrangidos pelo questionário de avaliação são:


— definição de acidente de trabalho;
— cobertura de grupos;
— níveis de notificação.

A definição de acidente de trabalho, sobretudo as categorias de acidentais mortais e não-mortais notificados pode
variar ligeiramente consoante os países (quadros 4 e 5). Por exemplo, em alguns países um acidente mortal só é
registado como tal se a vítima falecer num determinado período após o acidente. Em outros Estados-membros
todos os acidentes não-mortais são abrangidos, quer o sinistrado tenha interrompido o trabalho ou não.

Pergunta-se igualmente se determinados tipos de acidentes são incluídos ou excluídos dos dados enviados, por
exemplo, acidentes de viação (quadro 8) ou acidentes envolvendo pessoas estranhas às empresas.

23
RECOLHA E HARMONIZAÇÃO DOS DADOS

Outra parte do questionário diz respeito aos grupos abrangidos pelos dados nacionais (situação profissional,
actividade económica e grupos profissionais). Esta informação é muito importante para estabelecer uma população
de referência adequada necessária para calcular as frequências (quadros 6 e 7).

Ao Eurostat deverá ser igualmente enviada uma estimativa dos níveis nacionais de notificação, por categoria de
acidente, actividade económica, profissão, situação profissional e dimensão da empresa (quadro 9). O questionário
inclui igualmente perguntas relativas aos conceitos nacionais de unidade local da empresa, no entanto, os
resultados não serão incluídos nesta publicação.

Apresentam-se em seguida os resultados da avaliação dos actuais procedimentos nacionais de notificação.

Recolha harmonizada dos dados EEAT


Não obstante as diferenças nos procedimentos nacionais de notificação e cobertura, todos os Estados-Membros
extraem dos seus dados nacionais as informações requeridas em conformidade com a metodologia das
EEAT, suas definições de acidente de trabalho, etc. e são estes os dados EEAT enviados ao Eurostat.
Nomeadamente, facultam dados referentes apenas a casos de ausências ao trabalho superiores a três dias,
excluem acidentes que se devem exclusivamente a causas médicas, etc.

No tocante à cobertura dos sectores económicos, subsistem diferenças, mas o Eurostat harmoniza as análises,
considerando as incidências em relação a apenas nove ramos de actividade económica "comuns" (ver quadro 7).
O mesmo sucede quanto ao cálculo das incidências de casos mortais, a nível nacional, pelo Eurostat, que exclui
acidentes de viação para todos os Estados-Membros.

Por último, no que se refere aos Estados-Membros que não têm um sistema baseado em entidades seguradoras,
o Eurostat estima o número de acidentes a partir do número de casos notificados e de níveis pormenorizados de
notificação (até discriminação por datas, principalmente por ramo de actividade económica) avaliados pelos
Estados-Membros e facultados ao Eurostat (ver quadro 9).

Definição de acidente de trabalho


Acidentes não-mortais
A definição de acidente de trabalho de notificação obrigatória varia, podendo abarcar qualquer acidente de
trabalho, com ou sem interrupção de trabalho, até um que resulte numa ausência mínima de mais de três dias.
Como se poderá verificar no quadro 4, os Estados-membros consideram acidentes com ausência ao trabalho
superior a três dias, que é igualmente a definição utilizada no projecto EEAT. Considera-se que acidentes com uma
ausência superior a três dias têm um nível de notificação mais elevado do que os acidentes que ocasionam uma
ausência ao trabalho inferior a três dias. A metodologia EEAT considera apenas acidentes de que resulte uma ausência
superior a três dias (regresso ao trabalho no quinto dia ou mais após o dia do acidente).

Quadro 4 - Categorias de acidentes de trabalho não-mortais notificados na União Europeia


Os acidentes são de notificação obrigatória nos seguintes B DK D EL E F IRL I L NL A P FIN S UK NO
casos:
Sem ausência ou regresso ao trabalho no mesmo dia do S N S(1) S S S N N S N S S N S N S
acidente(3)
Regresso ao trabalho no primeiro, segundo ou terceiro dia S S S(1) S S S N N S N S S N S N S
após o dia do acidente(3)
Regresso ao trabalho no quarto dia após o dia do acidente(3) S S S(1) S S S S N S N S S S S N S
Regresso ao trabalho no quinto dia ou mais após o dia do acidente S S S S S S S S S N S S S S S S
Outra (2 )
(1) D: Os acidentes com ausência inferior a quatro dias são abrangidos pelo sistema de indemnização mas não incluídos nas estatísticas nacionais.
(2) NL: Apenas são participadas "lesões graves".
(3) A metodologia EEAT não abrange acidentes sem ausência ao trabalho ou com ausência inferior a quatro dias (regresso ao trabalho
a partir do mesmo dia até ao quarto dia após o dia do acidente), pelo que os Estados-Membros não os incluem nos dados EEAT.
Legenda: S = Sim, notificado. N = Não, não notificado.

24
RECOLHA E HARMONIZAÇÃO DOS DADOS

Acidentes mortais
Em princípio, os acidentes mortais devem ser notificados em todos os Estados-membros. Todavia, alguns países
apenas registam o acidente como mortal se a vítima morrer dentro de um certo período-limite após a lesão
acidental. A notificação de um acidente como "mortal" varia: o acidente é registado como mortal nas estatísticas se
a vítima morrer no mesmo dia (Países Baixos), ou no período de 30 dias após o acidente (Alemanha), também
pode não ser estabelecido qualquer período-limite (B, EL, F, I, L, A, S e NO). Para os outros Estados-membros, o
período-limite é um ano após a data do acidente – E : 1,5 ano - (quadro 5).

Quadro 5 - Categorias de acidentes de trabalho mortais notificados na União Europeia


Os acidentes são registados como mortais B DK D EL E F IRL I L NL A P FIN S UK NO
quando a vítima morre:
No período de um ano após o dia do acidente S S S(1) S S(2) S S S S N S S S S S S
Em qualquer data após o dia do acidente S N S(1) S N S N S S N S N N S N S
Após reconhecimento prévio de incapacidade permanente S N S(1) - S N(3) S(4) S S N - S(4) N S S(4) N
Outra (1 ) (5 )
(1) D: Nas estatísticas nacionais e nos dados EEAT apenas se incluem os falecimentos que ocorram no período de
30 dias após o dia do acidente.
(2) E: Os acidentes mortais só são indemnizados, e incluídos assim nas estatísticas, se a vítima falecer no período
de 18 meses após o dia do acidente.
(3) F: As mortes provocadas por acidentes de trabalho, mas que ocorram após o reconhecimento de incapacidade
permanente são abrangidas pelas entidades seguradores se foram ocasionadas pela lesão sofrida, mas não incluídas
como acidentes mortais nas estatísticas.
(4) IRL, P & UK: As mortes provocadas por acidente de trabalho, mas que ocorram após o reconhecimento de incapacidade
permanente apenas são incluídas nas estatísticas se se verificarem no período de um ano após o dia do acidente.
(5) NL: Apenas se registam "mortes súbitas".
Legenda: S = Sim, notificado. N = Não, não notificado.

Grupos abrangidos pelos sistemas nacionais de notificação


Em princípio, todos os grupos ou sectores deveriam ser abrangidos pela legislação nacional ou quaisquer outras
disposições previstas pela lei segundo as quais os acidentes de trabalho devem ser notificados às autoridades ou
a entidades seguradoras públicas ou privadas. Todavia, nem todos os dados são recolhidos para fins estatísticos.
Os dados poderão ser organizados de acordo com um formato que não permite análises estatísticas ou os
ficheiros não se encontram momentaneamente disponíveis para o projecto EEAT. Por este motivo, o termo
cobertura deverá ser entendido como a cobertura dos dados relativos a acidentes que efectivamente foram
enviados ao Eurostat, de acordo com a metodologia EEAT.

Cobertura de trabalhadores independentes e trabalhadores familiares


A cobertura dos grupos varia consoante o Estado-membro. Alguns sistemas nacionais de notificação não
abrangem trabalhadores independentes nem trabalhadores familiares. Sobretudo o sector agrícola é afectado pela
inexistência de cobertura dos trabalhadores independentes. Além disso, em alguns Estados-membros que têm um
grupo significativo de trabalhadores independentes, como, por exemplo, a Grécia, a cobertura dos dados é
afectada pela exclusão desse grupo dos procedimentos de notificação e de registo. O quadro 6 apresenta os
grupos abrangidos pelos sistemas nacionais de notificação por situação profissional.

Quadro 6 - Situação profissional abrangida pelos sistemas nacionais de notificação(1)


B DK D EL E F IRL I L NL A P FIN S UK NO
Empregados S S S S S S S S S S(2) S S S S S(3) S
Trabalhadores independentes N S P N P(4) N N S S N S N P S S(3) P(4)
Trabalhadores familiares N S P N P(4) N S S S N P(4) N N S S(3) P(4)
(1) A cobertura por ramos e sectores económicos consta do quadro 7.
(2) NL: Dados de 1994.
(3) UK: Excepto Irlanda do Norte.
(4) E, A, NO: os trabalhadores familiares apenas são abrangidos na agricultura e silvicultura-NACE A- (o mesmo se aplica aos
trabalhadores independentes e ao sector da pesca - NACE B - em Espanha e ao da construção na Noruega).
Legenda: S = Sim, abrangido; N = Não, não abrangido. P = Abrangido em parte.

25
RECOLHA E HARMONIZAÇÃO DOS DADOS

Sectores
De um modo geral, o sector privado é abrangido por todos os sistemas nacionais de notificação. Contudo, alguns
sectores importantes não são abrangidos por todos os Estados-membros. Em particular partes do sector público,
(nomeadamente, a administração pública), "indústrias extractivas" e partes do ramo "transportes, armazenagem e
comunicações" ou não são abrangidos ou são-no apenas parcialmente. Isto aplica-se igualmente à "educação", tal
como à "saúde e acção social", ramos que são apenas parcialmente públicos em alguns países. Determinados
grupos de alto risco, tais como mineiros off-shore, polícias e bombeiros não são cobertos por todos os países.

Quadro 7 - Ramos de actividades económicas abrangidos pelos sistemas nacionais de notificação


B DK D EL E F IRL I L NL(1) A P FIN S UK(2) NO

S e c t o r p r i va d o S S S S S S S S S S S S S S S S
3
Nomeadamente os sectores ()
da NACE A, D, F, G, H, I -
e xc e p t o s e c t o r e s a b a i xo
4
referidos - J e K ( )

Actividades económicas incluindo sector público (excepto transportes públicos)


Administração pública N S S N P P S S S P S N S S S S
(secção L da NACE)
Segurança e ordem pública, N S S N S P S N S S S N S S S S
protecção civil
(classes 75.24 e 75.25 da
NACE)
Educação N S S N P P S S S P S P S S S S
(secção M da NACE)
Saúde e acção social S S S P S P S S S P S P S S S S
(secção N da NACE)

Transportes, armazenagem e comunicações (secção I da NACE)


Transportes marítimos S N S N S N S N S S S S S S N N
(grupo 61.1. da NACE)
Transportes aéreos(5) S P S S S S S S S N S S S S P P
(Divisão 62 da NACE)
Caminhos-de-ferro N S S N S P S S S S S S S S N S
(grupo 60.1. da NACE)
Correios e telecomunicações N S S N S P S S S S S S S S S S
(Divisão 64 da NACE)

Indústrias extractivas (secção C da NACE)


Off-shore S N S S S S S S S N S S S S N N
Outros S S S S S P S S S N S S S S N S
(1) NL: Dados de 1994.
(2) UK: Excepto Irlanda do Norte.
(3) EL: Não se abrangem os grupos Produção e distribuição de electricidade e gás (grupos 40.1 e 40.2 da NACE).
(4) As nove secções da NACE, A, D, E, F, G, H, I, J e K (ver Anexo B - nomenclatura NACE) são abrangidas pelos dados de
todos os Estados-Membros. Por esse motivo, os principais indicadores EEAT (taxas de incidência, etc.) são fornecidos para
este campo, designado "nove ramos comuns".
(5) DK, UK & NO: Não se abrangem tripulações em aeronaves em voo.
Legenda: S = Sim, abrangido; N = Não, não abrangido. P = Abrangido em parte.

26
RECOLHA E HARMONIZAÇÃO DOS DADOS

Cobertura de acidentes no exterior das instalações da empresa (incluindo acidentes de viação)


Nem a Irlanda nem o Reino Unido se encontram em posição de fornecer dados sobre acidentes de viação e
acidentes nos transportes, durante o trabalho A inexistência de cobertura para este tipo de acidentes tem um
impacto significativo nos números nacionais de casos mortais e, por este motivo, o Eurostat introduz correcções
para esta situação nas estatísticas oficiais. Verificam-se ainda algumas outras especificidades nacionais para
acidentes que se devem unicamente a causas médicas ou acidentes em locais públicos ou nas instalações de
outra empresa (nas instalações de um cliente, visita comercial, afectação temporária, etc.).

Quadro 8 - Cobertura de acidentes no exterior das instalações da empresa durante o tempo de trabalho
Acidentes durante o tempo de B DK D EL E F IRL I L NL A P FIN S UK NO
trabalho
1 2
Acidentes de viação S S S S S S N( ) S S S S S S S N( ) S
Outros meios de transporte S S S S S S N S S N S S S S N S
Outros locais públicos S S S S S S S S S N S S S S N S
Instalações de outra empresa S S S S S S S S S S S S S S N S
Acidentes que se devem unicamente S N N N S S N N N N N N N N N N
a causas médicas
(1) IRL: Abrangidos pelo sistema, mas não existem dados disponíveis.
(2) UK: Excluem-se os acidentes de viação, excepto operações de carga/descarga de camiôes.
Legenda: S = Sim, abrangido; N = Não, não abrangido.

Níveis nacionais de notificação


Tal como acima referido, os níveis de notificação de acidentes de trabalho que ocasionem ausência ao trabalho
superior a três dias são, em alguns países ou sectores, inferiores a 100%. O quadro 9 mostra as diferenças nos
níveis de notificação para os dados nacionais EEAT de 1998. Tal como anteriormente explicado, o Eurostat corrige
os dados enviados sobre acidentes, com base nos níveis de notificação e deduz desses níveis uma estimativa do
número de acidentes de trabalho ocorridos. No que se refere aos sistemas baseados principalmente em entidades
seguradoras, o nível de notificação é considerado muito próximo dos 100%, isto é, considera-se que são
notificados todos os acidentes com indivíduos abrangidos pelas estatísticas.

No que se refere aos sistemas de notificação que se baseiam principalmente numa obrigação legal de notificação,
apenas parte dos acidentes é notificada. Neste caso, os Estados-membros enviam estimativas dos níveis de
notificação, baseados quer na avaliação dos procedimentos de notificação quer em outras fontes de dados, por
exemplo, inquéritos. No quadro que se segue apenas se indicam o valor médio relativo aos principais sectores, por
cada Estado-membro que não tem uma cobertura a 100%. Os Estados-membros forneceram informação mais
pormenorizada que é utilizada para as estimativas do número total de acidentes publicadas pelo Eurostat.

Quadro 9 - Dados EEAT de 1998: Níveis de notificação nacionais para acidentes de trabalho com ausência ao trabalho
superior a três dias
B DK D EL E F IRL I L NL A P FIN S UK NO
100% para todos os sectores S N S N S S N P(1) S N(2) Y(3) S S N N N(4)
Estimativas dos níveis de notificação para os países que não atingem os 100%(5):
46 39 38 (2 ) 52 43 (4 )
1
( ) I:O nível de notificação só é inferior a 100% para as profissões artesanais.
(2) NL: Os dados relativos a acidentes não-mortais só se encontram disponíveis para o ano de referência de 1994.
(3) A: Excepto agricultura, sector que tem um nível de notificação inferior a 30%.
(4) NO: entre 25% e 100%.
(5) O nível de notificação para cada sector é fornecido ao Eurostat com base nas avaliações nacionais. O nível registado
neste quadro é a média dos nove ramos principais.
Legenda: S = Sim. N = Não. P = Em parte.

27
POPULAÇÃO DE REFERÊNCIA (COM BASE NO IFT)

População de referência (com base no IFT)

É necessário estabelecer uma população de referência para os dados EEAT para calcular as taxas de incidência
dos acidentes de trabalho. Essa população de referência é extraída a partir dos dados do Inquérito às Forças de
Trabalho (IFT) e corresponde à cobertura nacional dos dados EEAT em cada país. As vantagens de utilizar o
inquérito europeu às forças de trabalho são a comparabilidade desta fonte e a possibilidade de elaborar
informações mais pormenorizadas sobre as forças de trabalho nacionais. Todavia, esta fonte não fornece
informação sobre emprego em equivalentes a tempo completo, o que constitui um problema para os países com
uma elevada percentagem de trabalho a tempo parcial, nomeadamente no que se refere ao trabalho das mulheres.
Além disso, o IFT cobre apenas os grupos etários superiores a 15 anos, o que torna difícil estabelecer taxas de
incidência para acidentes ocorridos com crianças e adolescentes.

Ano de referência
O ano de referência utilizado para a extracção da população de referência do IFT é idêntico ao ano de referência
dos dados EEAT.

Estabelecimento de filtros
Para calcular as taxas de incidência adequadas, a população de referência de pessoas empregadas deverá
abranger o mesmo campo que os dados EEAT sobre acidentes. Para este fim, o Eurostat estabelece filtros,
anualmente, com base nas respostas dos Estados-membros às perguntas do questionário de avaliação sobre a
cobertura dos dados (por situação profissional, actividade económica, grupos profissionais).

População de referência estimada para 1998


A população abrangida pelos dados EEAT, calculada a partir do IFT era, em 1998, superior a 136 milhões de
pessoas empregadas, representando cerca de 90% das forças de trabalho europeias.

Contudo, a população incluída nos dados EEAT dos diferentes Estados-membros não abrange nem as mesmas
actividades económicas, nem os mesmos grupos de trabalhadores (ver a secção anterior sobre cobertura). Apenas
nove ramos de actividades económicas eram abrangidos pelos dados EEAT de 1998 de todos os 15
Estados-membros e a Noruega: agricultura, produção animal, caça, silvicultura - indústrias transformadoras -
construção - comércio por grosso e a retalho; reparação - alojamento e restauração - transportes, armazenagem e
comunicações - actividades financeiras - actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas
(secções A, D, F, G, H, I, J e K da NACE). No entanto, a cobertura ainda não é completa nem para a agricultura,
nem para os transportes: os trabalhadores não remunerados (trabalhadores independentes, trabalhadores
familiares, etc.) na agricultura, caminhos-de-ferro, transportes por água e aéreos não são abrangidos. Deste modo,
as taxas de incidência das EEAT são calculadas apenas para estes 9 ramos quando se possa considerar uma
frequência europeia. O número total de pessoas empregadas abrangido pelas EEAT nestes nove ramos "comuns"
a todos os Estados-membros e incluídas nas taxas de incidência calculadas era de 96,5 milhões, em 1998, quase
70% da cobertura total dos dados EEAT.

28
EVOLUÇÃO FUTURA

Evolução futura

Melhoria da qualidade dos dados


O Eurostat continua a identificar e a avaliar os vários problemas que, actualmente, ainda limitam a comparabilidade
dos dados EEAT entre os Estados-membros. No entanto, é de recordar que a importância e o valor acrescentado
das estatísticas EEAT consistem em providenciar resultados agregados a nível europeu e não em dar prioridade a
comparações dos resultados dos Estados-Membros. Obviamente, a qualidade destes números agregados só
poderá ser satisfatória se os dados nacionais fornecidos forem suficientemente comparáveis. Alguns dos principais
problemas que persistem são os seguintes:

— cobertura;
— níveis de notificação;
— inclusão/exclusão de tipos específicos de acidentes.

Estes três tipos de dificuldades são todos abrangidos pelo questionário de avaliação EEAT que faz parte do
processo contínuo da melhoria da qualidade dos dados.

Os problemas em causa são, sobretudo, a cobertura de todos os grupos no âmbito do projecto EEAT e encontrar
uma solução adequada para o problema de notificação inadequada dos acidentes de trabalho, mesmo que os
empregadores tenham a obrigação legal de notificar as autoridades. Refira-se que o empregador, em
conformidade com o n.º1, alíneas c) e d) do artigo 9.º da directiva-quadro deve:

— fazer uma lista dos acidentes de trabalho que tenham ocasionado incapacidade para o trabalho superior a três
dias úteis;

— elaborar, à atenção da autoridade competente e de acordo com as legislações e/ou práticas nacionais, relatórios
sobre os acidentes de trabalho de que os seus trabalhadores sejam vítimas.

Cobertura
Os Estados-membros que não disponham de uma cobertura total de todos os grupos empregados devem
continuar a desenvolver esforços para abranger, tanto quanto possível, todos os sectores económicos, todos os
tipos de situações profissionais e profissões. Sobretudo, os esforços devem concentrar-se na cobertura das
indústrias extractivas, da pesca e dos serviços públicos ou privados, bem como dos trabalhadores independentes.
Todavia, os dados EEAT de 1998 já abrangiam cerca de 90% dos trabalhadores europeus.

Níveis de notificação
Tal como referido na parte "Recolha de dados - Procedimentos de notificação dos Estados-Membros", nos
Estados-Membros que têm sistemas que não se baseiam em entidades seguradoras, os níveis de notificação são
inferiores a 100%. Esses Estados-Membros efectuam, de um modo geral, avaliações nacionais com base em
métodos reconhecidos, como Inquéritos às Forças de Trabalho ou outros inquéritos que disponibilizem informação
sobre acidentes de trabalho. Não obstante, subsistem dificuldades e importantes erros sistemáticos. Além disso,
perante a primeira análise efectuada, tudo leva a crer que esses erros sistemáticos conduzem a uma sobreavaliação
dos níveis de notificação e não ao contrário. Por último, a inexistência de homogeneidade entre os diferentes métodos
não garante a comparabilidade dos níveis resultantes e, deste modo, a comparabilidade dos dados EEAT corrigidos.

Por conseguinte, a Comissão recomenda que os Estados-membros em causa avaliem, com a maior minúcia, os
métodos utilizados para providenciar uma avaliação mais correcta dos níveis de notificação. Perante a inexistência
de métodos exactos a curto prazo, o estudo mais minucioso dos erros permitiria as correcções adequadas a
posteriori dos níveis de notificação obtidos. Seria preferível efectuar uma abordagem quantitativa desses erros
para estimar a sua magnitude.

No futuro, o Eurostat preferiria dispor de discriminações mais precisas dos níveis de notificação para as várias
profissões e situações profissionais.

A longo prazo, o objectivo desses Estados-Membros deveria ser alcançar os níveis de cerca de 100%, como
sucede nos sistemas que se baseiam em entidades seguradoras. A declaração completa de todos os acidentes de
trabalho com mais de três dias de ausência é o melhor meio de evitar erros devidos às actuais avaliações dos
níveis de notificação.
29
EVOLUÇÃO FUTURA

Os dados do IFT (módulo ad hoc) fornecerão também informação sobre acidentes de trabalho para alguns
sectores ou grupos não abrangidos pelos dados EEAT actuais. Esta abordagem dará uma imagem mais completa
do número de acidentes de trabalho na União Europeia e constituirá importante factor de correcção para os dados
EEAT recolhidos através de procedimentos administrativos nacionais.

Inclusão/exclusão de tipos específicos de acidentes


Acidentes de viação mortais durante o tempo de trabalho constituem uma percentagem importante de todos os
acidentes mortais. Como já referido, não existe cobertura total para estes casos mortais em todos os
Estados-membros, mesmo que, em princípio, devam ser incluídos nas estatísticas nacionais. Estabelecem-se taxas
de incidência comparáveis para casos mortais omitindo mortes causadas por acidentes de viação. Todavia, a longo
prazo, o Eurostat pretende produzir taxas de incidência que incluam estes acidentes, o que implicará alterações nos
procedimentos de notificação de alguns Estados-membros, para recolher a informação adequada.

Desenvolvimento de novos indicadores


O Eurostat, em colaboração com a DG Emprego e Assuntos Sociais e os Estados-Membros, continua a identificar
e a desenvolver novos instrumentos estatísticos necessários aos requisitos políticos no domínio das estratégias de
saúde e segurança no trabalho.

Além das taxas de incidência, que constituem actualmente os principais indicadores das EEAT, os dados da Fase
II já possibilitam uma primeira abordagem dos custos socioeconómicos dos acidentes de trabalho, graças à
variável "dias perdidos" (incluindo também incapacidade permanente e óbitos). Está previsto, num futuro próximo,
o desenvolvimento de indicadores globais, incluindo também dias perdidos devido a problemas de saúde, além de
lesões, que se basearão, nomeadamente, nos dados do módulo ad hoc sobre acidentes de trabalho e doenças
profissionais do Inquérito às Forças de Trabalho de 199919

Acrescente-se que foram recolhidas, em 1998 e 2000, as primeiras colecções-piloto de dados sobre os custos
directos dos acidentes de trabalho em relação aos sistemas que se baseiam em entidades seguradoras. Esses
dados abrangem despesas médicas, custos de ausências por doença, prestações de invalidez (assim como
indemnizações devido a acidentes mortais).

Serão levados a cabo estudos sobre os custos indirectos para as empresas (prejuízos com o material, produtos,
etc).

De modo mais geral, encontram-se em curso trabalhos para integrar outros aspectos da qualidade do trabalho e
bem-estar dos trabalhadores. Um primeiro passo foi a adopção, pelo Grupo de Trabalho EODS, em Setembro de
2000, da Fase I das Estatísticas Europeias de Doenças Profissionais (EODS), elaboradas pelo Eurostat com os
mesmos parceiros das EEAT, e que serão concretizadas a partir do ano de referência de 200120.

(19) Para se obter uma visão mais ampla da saúde e segurança no trabalho, foi decidido inserir um módulo ad hoc sobre
saúde e segurança no trabalho no IFT de 1999, como uma fonte de dados complementar para as EEAT. Este módulo
valoriza consideravelmente a informação já recolhida pelo projecto EEAT. Nomeadamente inclui dados sobre acidentes
com menos de quatro dias de afastamento do trabalho, bem como outros problemas de saúde relacionados com o
trabalho (doença(s), incapacidade(s) ou outro(s) problema(s) físico(s), além da lesão(ões) acidental (ais) sofridos pela
pessoa nos últimos 12 meses e que tenha(m) sido causado(s) ou agravado(s) pelo trabalho). Os dados do IFT permitirão
ao Eurostat ligar informações sobre o acidente com informações sobre a situação das pessoas no mercado de trabalho,
características do emprego, condições de trabalho ou de formação.
(20) Publicação interna do Eurostat - Population and social conditions 3/2000/E/n.°19 - “European Occupational Diseases
Statistics (EODS) – Phase I methodology”.

30
ANEXO A: APLICAÇÃO DA FASE III DAS EEAT A PARTIR DO ANO DE REFERÊNCIA DE 2001

Anexo A: Aplicação da Fase III das EEAT a partir do ano de referência de


2001

O presente anexo descreve as especificações da aplicação da Fase III do projecto EEAT para o ano de referência
de 2001, adoptadas pelo Grupo de Trabalho EEAT na sua reunião de 16/10/2000, tendo em conta as
recomendações da Task Force EEAT.

Com o objectivo de assistir os Estados-Membros no decurso das várias etapas de aplicação, a Comissão apoiou
as diligências de alguns institutos nacionais envolvidos, no sentido de criarem diversos instrumentos auxiliares.
Encontra-se agora disponível o software “HELPER”(21) para a codificação das variáveis da Fase III (pesquisa
assistida de códigos a partir da descrição do relatório do acidente). Encontra-se igualmente em curso a elaboração
de instrumentos de formação e de propostas para a recolha adequada de dados nos formulários de notificação.

Após o lançamento e um primeiro período de funcionamento "a velocidade de cruzeiro", é aconselhável, como o
recomendou a Task Force, efectuar um primeiro balanço da aplicação e dos primeiros dados obtidos. O primeiro
período de aplicação da Fase III poderá prolongar-se por cinco anos (2001-2005), após o que se realizará uma
primeira avaliação, com a inclusão de alguns aperfeiçoamentos, se tal for oportuno, com base nas conclusões
tiradas.

Escolha das variáveis


Variáveis sobre as causas e as circunstâncias
A Fase III das EEAT comporta claramente 3 níveis ou sequências:
• As circunstâncias imediatamente antes do acidente, abrangendo 4 variáveis : Posto de trabalho (facultativo),
Tipo de local, Tipo de trabalho e Actividade física específica;
• O Desvio, última ocorrência "constituindo um desvio da normalidade" que conduziu ao acidente, ocorrido nas
circunstâncias indicadas no nível anterior;
• O Contacto - Modalidade da lesão que é o acto de lesão propriamente dito consecutivo ao Desvio indicado no
nível precedente.

Cada uma das sequências é independente das outras e constitui um dos 3 elementos necessários da descrição.
Logo, não faz sentido que não se disponha de, pelo menos, uma informação a cada um dos 3 níveis, sem a qual a
descrição da ocorrência do acidente será incompleta, na medida em que faltará uma sequência.

Além disso, o sistema associa a cada um desses 3 níveis um Agente material ligado a cada uma das acções
correspondentes:
• Agente material associado à Actividade física específica;
• Agente material associado ao Desvio;
• Agente material associado ao Contacto - Modalidade da lesão.

É de todo o interesse considerar adequadamente os 3 Agentes materiais distintos. Em certos casos, o "agente
material" é idêntico para cada um dos 3 níveis, mas para outros acidentes existem de facto 3 agentes diferentes
que, se forem conhecidos, possibilitarão a descrição completa do acidente. Em todos os casos, mesmo no que se
refere a acidentes em que o agente é três vezes idêntico, existe, pelo menos, portanto, um Agente material.
Mesmo nestes casos "simples", é conveniente dispormos da indicação de 1 Agente material. Por extensão, o
conhecimento de pelo menos um Agente material, de preferência "próximo da lesão", isto é, associado quer ao
Contacto quer ao Desvio, constitui, por conseguinte, um mínimo abaixo do qual a descrição das sequências do
acidente ficará desprovida de sentido.

Consequentemente, o grupo de Trabalho EEAT, na sua reunião de 16/10/2000, adoptou a ordem de prioridades
seguinte, que inclui um mínimo imperativo de 4 variáveis, de acordo com as escolhas indicadas mais abaixo, e a
utilização, sempre que possível, de um maior número de variáveis, de acordo com as modalidades igualmente
explicitadas mais adiante.

(21) O "Helper" foi criado pelo INAIL (Itália), juntamente com um grupo de Estados-Membros (Espanha, França e Portugal) e
a colaboração do HSE (UK) para a versão inglesa.
31
ANEXO A: APLICAÇÃO DA FASE III DAS EEAT A PARTIR DO ANO DE REFERÊNCIA DE 2001

Variáveis prioritárias
Cada Estado-Membro deve seleccionar um mínimo de 4 variáveis prioritárias, de acordo com as seguintes regras:

• Quer "Tipo de local", quer "Tipo de trabalho", quer "Actividade física específica" (uma variável à escolha entre
estas três);
• Desvio;
• Contacto - Modalidade da lesão;
• Quer "Agente material do desvio", quer "Agente material do Contacto - Modalidade da lesão" (uma variável
escolhida entre estas duas).

Pelo menos para 3 das variáveis prioritárias adoptadas por cada Estado-Membro, todos os dígitos de cada
classificação devem ser considerados a partir da aplicação do sistema (2 posições num total de 2 dígitos, a não ser
para o "Tipo de local"- 3 dígitos, e 2 posições de 2 dígitos cada uma, ou seja, 4 dígitos para os "Agentes
materiais"). Eventualmente, apenas para uma das 4 variáveis, num primeiro tempo aceita-se uma codificação só
com uma posição. Para os "Agentes materiais", a classificação pormenorizada de 3 ou 4 posições (6 ou 8 dígitos),
que consta do Anexo D, pode ser utilizada a nível nacional, mas só as 2 primeiras posições são tidas em conta
para os dados EEAT enviados ao Eurostat.

Opção intermédia

• 4 variáveis imperativamente, de acordo com as prioridades e as modalidades (números de posições)


estabelecidas supra;
• entre 1 a 3 outra(s) variável(is), sendo que prioritariamente (quinta variável), escolher-se-á quer o segundo
Agente material associado ao Desvio ou ao Contacto - Modalidade da lesão, quer uma segunda variável entre
Tipo de local, Tipo de trabalho e Actividade física específica.

Variável suplementar facultativa "Posto de trabalho"

A resolução do BIT sobre as "Estatísticas de lesões profissionais resultantes de acidentes de trabalho"22 propôs
uma variável complementar (e não de substituição) relativamente à variável EEAT "Tipo de local", em torno das
noções de local e de trabalho no momento do acidente. Trata-se de identificar a natureza "habitual" ou,
contrariamente, "ocasional" do local/posto de trabalho ocupado no momento do acidente.

Este conceito pode aproximar-se do desenvolvimento de novas formas e de uma maior flexibilidade do trabalho,
como por exemplo subcontratação e empresa interveniente nas instalações de uma outra empresa, destacamento
de trabalhadores, recurso a temporários, teletrabalho, etc. A designação proposta para esta variável é "Posto de
trabalho".

O Grupo de Trabalho EEAT, na sua reunião de 16/10/2000, decidiu, pois, introduzir esta variável, chamada "Posto
de trabalho", na Fase III das EEAT, de forma facultativa unicamente para os Estados-Membros que o pretendam
(utilizando os outros países '0' para informações não disponíveis). Os encargos decorrentes da resposta por parte
do declarante, em geral a empresa, serão reduzidos, mesmo para as pequenas empresas, na medida em que se
trata de uma informação por natureza bem conhecida do empregador.

Por recomendação da Task Force EEAT, o conceito de "habitual" é considerado em sentido estrito: posto de
trabalho fixo numa oficina, armazém, escritório e, de modo mais geral, "unidade local" habitual de trabalho
(instalação da unidade local do empregador). Inversamente, o conceito de "ocasional" é amplo e abrange quer
profissões cujo posto de trabalho é "móvel", quer situações efectivamente fortuitas de pessoas que, normalmente,
trabalham num posto fixo, quer destacamentos temporários. (Ver Anexo C – Guia de utilização das classificações)

Inclusão do conjunto das 9 variáveis


Utilização do conjunto completo de 9 variáveis de 2 posições cada uma (1 posição para Posto de trabalho). É o
método mais vantajoso para os objectivos de prevenção e para fornecer o máximo de informações para as
necessidades da Comissão Europeia, na medida das possibilidades dos Estados-Membros. Esta inclusão máxima
das 9 variáveis pode ser considerada como um objectivo a médio prazo, para o maior número possível de
Estados-Membros e após a primeira avaliação da Fase III no seguimento do primeiro período de utilização (2001-
2005), sob reserva das alterações consideradas oportunas.

(22) Adoptada pela 16ª Conferência Internacional dos Estaticistas do Trabalho, Genebra, 6-15 de Outubro de 1998, a seguir
designada "Resolução BIT".

32
ANEXO A: APLICAÇÃO DA FASE III DAS EEAT A PARTIR DO ANO DE REFERÊNCIA DE 2001

Precisões relativas às variáveis "Desvio" e seu "Agente material"


O sistema manteve a noção de "último" desvio e de "último" agente material associado, "o mais próximo, em
matéria de tempo, do contacto" (caso existam vários agentes implicados no desvio). Esta regra obedece a uma
dupla necessidade:1) homogeneidade da codificação por todos os codificadores e, por conseguinte, necessidade
de uma definição "objectiva" (contrariamente à noção "subjectiva" de desvio "mais útil para a prevenção"); 2)
maximização da informação obtida pela codificação, dado que os "últimos" elementos são descritos com maior
frequência nas declarações de acidentes de trabalho, que são uma "fotografia" e não um inquérito sobre o
acidente. Como é óbvio, esta regra não é, "teoricamente", a melhor para a prevenção, na medida em que a "última"
ocorrência de desvio e o "último" objecto que lhe está associado nem sempre constituem os elementos que
deverão ser alvo de acções preventivas para limitar os acidentes. Todavia, na prática, em numerosos
Estados-Membros, é esta regra que permite a melhor recolha de informações, no âmbito do sistema de notificação
dos acidentes de trabalho e, por conseguinte, constitui, na realidade, o melhor "input" possível para a prevenção.

Muitos dos países partilham deste ponto de vista. Não obstante, para os Estados-Membros que dispõem de
informações mais pormenorizadas sobre cada acidente e de codificadores que as introduzam com precisão, pode
prever-se a noção de desvio e de agente associado "mais úteis para a prevenção". De modo a permitir a melhor
utilização possível da metodologia da Fase III por cada Estado-Membro, propomos que os países que se
encontram neste último caso utilizem uma definição de desvio (e do agente que lhe esteja associado) ligeiramente
diferente da apresentada na Fase III das EEAT. No âmbito da avaliação dessa mesma fase, que se efectuará
quando terminar o período de 2001-2005, reflectiremos sobre a experiência adquirida com as duas definições
(Fase III, com "último", por um lado e "mais útil para a prevenção", por outro) e, se tal se revelar necessário,
aperfeiçoar-se-ão as noções de "Desvio" e de "Agente material do Desvio" nas EEAT.

Melhorias facultativas das variáveis das Fases I e II


No âmbito da Fase III conservam-se, como é óbvio, as variáveis das Fases I e II. Além disso, na sua reunião de
16/10/2000, o Grupo de Trabalho EEAT adoptou duas alterações facultativas, uma referente à variável "Actividade
económica do empregador" e a outra à variável "Situação profissional".

Actividade económica do empregador


Esta variável corresponde ao código NACE Rev. 1 da actividade económica principal da unidade local da empresa
em que trabalha o sinistrado ("principal" = maior número de trabalhadores afectados a essa actividade económica).
Nas Fases I e II das EEAT, utilizou-se o código NACE Rev. 1 ao nível de divisão, de 2 dígitos. No entanto, a
metodologia inicial EEAT, de 1992, previra a passagem a uma codificação pormenorizada da actividade económica ao
nível de 4 dígitos da NACE Rev. 1. Por outro lado, o limite de 2 dígitos coloca dificuldades no que se refere a
actividades económicas importantes sobre as quais a DG Emprego e Assuntos Sociais e os interlocutores do Eurostat
pretenderiam obter informações sobre os acidentes de trabalho, a nível europeu, na medida em que essas actividades
apenas são identificadas ao nível de 3 ou 4 dígitos (grupos e classes respectivamente). Por exemplo, os ramos da
agricultura ou da construção correspondem a um único código de 2 dígitos, respectivamente as divisões 01 e 45. Para
distinguir os sectores no interior desses ramos, por exemplo, a cultura de cereais da bovinicultura (agricultura) ou a
preparação dos locais de construção da construção de edifícios (construção), é necessário recorrer a um nível mais
pormenorizado. De igual modo, o conjunto dos transportes terrestres corresponde à divisão NACE 60, fazendo-se a
distinção entre caminhos-de-ferro e outros transportes terrestres ao nível de 3 dígitos que corresponde ao grupo
(respectivamente 60.1 e 60.2). Outro exemplo, a Comissão das Pescas do Parlamento Europeu pretende dispor de
dados sobre este sector, os quais, na verdade, estão muitas vezes actualmente ausentes dos dados EEAT, mas são
por outro lado identificados ao nível de classe de 4 dígitos (05.01 Pesca e actividades dos serviços relacionados). Por
último, num seminário conjunto ONU-CEE/Eurostat/BIT sobre a "Medição da qualidade do emprego"23, foi expresso o
desejo de que as estatísticas sobre os acidentes de trabalho se tornassem disponíveis ao nível de 4 dígitos da NACE.

O Grupo de Trabalho EEAT, na sua reunião de 16/10/2000, decidiu assim considerar, na Fase III das EEAT, a
variável "Actividade económica do empregador" de acordo com o nível de 4 dígitos da NACE Rev. 1. Apenas os
dois primeiros, que correspondem às divisões NACE, são obrigatórios como nas Fases I e II. Os 3.º e/ou 4.º dígitos
estão disponíveis facultativamente, em relação aos Estados-Membros que possam e pretendam comunicar esta
informação ao Eurostat, na medida em que determinados sistemas nacionais já utilizam 4 posições. As duas
últimas posições, ou a última, permanecerá(ão) com o valor "(0)0" para os outros países. Uma versão completa de
4 dígitos da nomenclatura NACE figura no Anexo D.

(23) Genebra, Maio de 2000.


33
ANEXO A: APLICAÇÃO DA FASE III DAS EEAT A PARTIR DO ANO DE REFERÊNCIA DE 2001

Situação profissional
A Resolução do BIT refere-se, para a sua variável equivalente à variável "Situação profissional" das EEAT, à
Classification Internationale d'après la Situation dans la Profession24 - (International Classification of Status of
Employment) CISP-93 - que permite pormenorizar a categoria "empregado" (código 3 para a variável EEAT). Com
efeito, a CISP indica que "entre os empregados, determinados países poderiam ter a necessidade e a capacidade
de distinguir os 'empregados titulares de um contrato de trabalho estável' ".

Consequentemente, nas EEAT tal implica a recolha de informações simples sobre a "estabilidade" (ou,
inversamente, "precariedade") do emprego da vítima do acidente, ou seja, a distinção entre empregos com
contratos de trabalho "permanentes" (de duração indeterminada) e outros contratos de trabalho ("temporários" - de
duração determinada). Distingue-se igualmente entre empregos "a tempo completo" e empregos "a tempo parcial".
Esta última informação possibilitará também que se tome em consideração com maior rigor a duração do tempo de
trabalho e, por conseguinte, a exposição ao risco, no cálculo da incidência dos acidentes. Com efeito, são muitas
as disparidades neste domínio entre os Estados-Membros da União e o trabalho a tempo parcial tem tendência a
desenvolver-se.

Quanto à definição das noções de "tempo completo" e "tempo parcial" o Inquérito às Forças de Trabalho (IFT)
precisa que, mesmo que "a duração do trabalho varie sensivelmente entre os Estados-Membros e os ramos da
indústria", "o trabalho a tempo parcial quase nunca excede 35 horas por semana, ao passo que o trabalho a tempo
completo começa geralmente nas 30 horas". O Painel dos Agregados Domésticos Privados da União Europeia
(ECHP) utiliza também este limite de 30 horas semanais. Consequentemente, na Fase III das EEAT aplica-se um
limiar puramente indicativo de 30 horas por semana (6 horas em relação a 5 dias ou 7,5 horas em relação a 4 dias,
por exemplo) como limite entre tempo parcial e tempo completo. No entanto, o limiar permanece flexível, dado que
profissões específicas como os professores podem ter um emprego a tempo completo com um número de horas
de aulas bastante inferior e, contrariamente, as profissões do artesanato ou do comércio podem ter horários muito
mais elevados do que a média. Nos casos em que a informação provém da declaração do acidente de trabalho, a
informação recolhida é, na realidade, a percepção de "tempo completo" e "tempo parcial" da empresa.

Os encargos decorrentes da resposta por parte do declarante, em geral a empresa, serão muito reduzidos, mesmo
no que se refere às pequenas empresas, visto que, tal como acontece com o posto de trabalho é uma informação,
por natureza, bem conhecida do empregador.

O Grupo de Trabalho EEAT, na sua reunião de 16/10/2000, decidiu, assim, introduzir na Fase III a distinção destas
diferentes subcategorias na categoria "empregado" da variável "Situação profissional" das EEAT, de forma
facultativa, unicamente para os Estados-Membros que o pretendam fazer. Esta informação é fornecida sob a forma
de uma 2.ª e de uma 3.ª posição no código da variável. Os dígitos permanecerão com o valor "00" (ou um dos dois
dígitos com um "0" se o outro dígito for especificado) para os outros países (utiliza-se aliás "00" para os não
empregados).

(24) Adoptada pela 15.ª Conferência Internacional dos Estaticistas do Trabalho - Genebra 1993.

34
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

ANEXO B: Classificações e formatos utilizados nas EEAT

O presente anexo contém as classificações e os formatos que devem ser utilizados para envio dos dados e
publicações. As classificações utilizadas são consentâneas com a resolução BIT de 1988 relativa a "Estatísticas
de lesões profissionais resultantes de acidentes de trabalho".

Classificações
Incluem-se as classificações para a descrição do acidente definidas pela metodologia EEAT e outras como a
NUTS, NACE e CITP.

VARIÁVEL: Classificação: Formato:


Número Numérico
Número de processo No. de caracteres 11

Este formato é composto pelos últimos quatro dígitos do ano, seguidos de 7 caracteres para a numeração eventual do
processo. Cada número de processo deverá ser único e a numeração deverá ser seguida, o que permite numerar até
9.999.9999 processos.

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


NACE Numérico - No. de caracteres 2
Actividade económica do [NACE, Rev. 1, nível 2] NOTA: a nomenclatura a nível dos 4
empregador dígitos encontra-se no Anexo D

Código Designação

'_'_' Actividade económica desconhecida

Secção A Agricultura, produção animal, caça e silvicultura


01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados
02 Silvicultura, exploração florestal e actividades dos serviços relacionados

Secção B Pesca
05 Pesca, aquacultura e actividades dos serviços relacionados

Secção C Indústrias extractivas


10 Extracção de hulha, linhite e turfa
11 Extracção de petróleo bruto, gás natural e actividades dos serviços relacionados, excepto a
prospecção
12 Extracção de minérios de urânio e de tório
13 Extracção e preparação de minérios metálicos
14 Outras indústrias extractivas

Secção D Indústrias transformadoras


15 Indústrias alimentares e das bebidas
16 Indústria do tabaco
17 Indústria do vestuário;
18 Indústria do vestuário; preparação, tingimento e fabricação de artigos de peles com pêlo
19 Curtimenta e acabamento de peles sem pêlo; fabricação de artigos de viagem, marroquinaria, artigos
de correeiro, seleiro e calçado
20 Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário; fabricação de obras de
espartaria e de cestaria
21 Fabricação de pasta, de papel e cartão e seus artigos
35
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

22 Edição, impressão e reprodução de suportes de informação gravados


23 Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e combustível nuclear
24 Fabricação de produtos químicos
25 Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas
26 Fabricação de outros produtos minerais não metálicos
27 Indústrias metalúrgicas de base
28 Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamento
29 Fabricação de máquinas e equipamentos, n.e.
30 Fabricação de máquinas de escritório e de equipamento para o tratamento automático da informação
31 Fabricação de máquinas e aparelhos eléctricos, n.e.
32 Fabricação de equipamentos e aparelhos de rádio, de televisão e de comunicação
33 Fabricação de aparelhos e instrumentos médicos-cirúrgicos, ortopédicos, de precisão, de óptica e de
relojoaria
34 Fabricação de veículos automóveis, reboques e semi-reboques
35 Fabricação de outro material de transporte
36 Fabricação de mobiliário; outras indústrias transformadoras, n.e.
37 Reciclagem

Secção E Produção e distribuição de electricidade, gás e água


40 Produção e distribuição de electricidade, gás, vapor e água quente
41 Captação, tratamento e distribuição de água

Secção F Construção
45 Construção

Secção G Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e de bens de
uso pessoal e doméstico
50 Comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos; comércio a retalho de
combustíveis para veículos automóveis
51 Comércio por grosso e agentes do comércio, excepto de veículos automóveis e motociclos
52 Comércio a retalho (excepto de veículos automóveis, motociclos e combustíveis para veículos);
reparação de bens pessoais e domésticos

Secção H Alojamento e restauração (restaurantes e similares)


55 Alojamento e restauração (restaurantes e similares)

Secção I Transportes, armazenagem e comunicações


60 Transportes terrestres; transportes por oleodutos ou gasodutos (pipelines)
61 Transportes por água
62 Transportes aéreos
63 Actividades anexas e auxiliares dos transportes; agências de viagem e de turismo
64 Correios e telecomunicações

Secção J Actividades financeiras


65 Intermediação financeira, excepto seguros e fundos de pensões
66 Seguros, fundos de pensões e outras actividades complementares de segurança social
67 Actividades auxiliares de intermediação financeira

Secção K Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas


70 Actividades imobiliárias
71 Aluguer de máquinas e de equipamentos sem pessoal e de bens pessoais e domésticos
72 Actividades informáticas e conexas
73 Investigação e desenvolvimento
74 Outras actividades de serviços prestados principalmente às empresas

Secção L Administração pública, defesa e segurança social obrigatória


75 Administração pública, defesa e segurança social obrigatória

36
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

Secção M Educação
80 Educação

Secção N Saúde e acção social


85 Saúde e acção social

Secção O Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais


90 Saneamento, higiene pública e actividades similares
91 Actividades associativas diversas, n.e.
92 Actividades recreativas, culturais e desportivas
93 Outras actividades de serviços

Secção P Famílias com empregados domésticos


95 Famílias com empregados domésticos

Secção Q Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais


99 Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Classificação Internacional Numérico
Profissão do sinistrado Tipo de Profissões No. de caracteres 2
[CITP 88 (COM), nível 2]

Código Designação

'_'_' Não indicada ou desconhecida

10 Quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresa


11 Quadros superiores da administração pública
12 Directores de empresa
13 Directores e gerentes de pequenas empresas

20 Especialistas das profissões intelectuais e científicas


21 Especialistas das ciências físicas, matemáticas e engenharia
22 Especialistas das ciências da vida e profissionais da saúde
23 Docentes do ensino secundário, superior e profissionais similares
24 Outros especialistas das profissões intelectuais e científicas

30 Técnicos e profissionais de nível intermédio


31 Técnicos e profissionais de nível intermédio das ciências físicas e químicas, da engenharia e
trabalhadores similares
32 Profissionais de nível intermédio das ciências da vida e da saúde
33 Profissionais de nível intermédio do ensino
34 Outros técnicos e profissionais de nível intermédio

40 Pessoal administrativo e similares


41 Empregados de escritório
42 Empregados de recepção, caixas, bilheteiros e similares

50 Pessoal dos serviços e vendedores


51 Pessoal dos serviços directos e particulares, de protecção e segurança
52 Manequins, vendedores e demonstradores

60 Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas


61 Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, criação de animais e pescas

37
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

70 Operários, artífices e trabalhadores similares


71 Operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias extractivas e da construção civil
72 Trabalhadores da metalurgia e da metalomecânica e trabalhadores similares
73 Mecânicos de precisão, oleiros e vidreiros, artesãos, trabalhadores das artes gráficas e trabalhadores
similares
74 Outros operários, artífices e trabalhadores similares

80 Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem


81 Operadores de instalações fixas e similares
82 Operadores de máquinas e trabalhadores da montagem
83 Condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados móveis

90 Trabalhadores não qualificados


91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio
92 Trabalhadores não qualificados da agricultura e pescas
93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e obras públicas, da indústria
transformadora e dos transportes

00 Forças armadas
01 Forças armadas

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Número de anos Numérico - Formato de idade
Idade do sinistrado No. de caracteres 2

A idade do sinistrado no momento do acidente deverá ser registada em anos. Deve introduzir-se um valor
numérico de '00' até '90' anos (inclusive), excepto relativamente a dois códigos 98 e 99. As idades inferiores a 10
anos deverão ser registadas com um zero à esquerda, para observar a largura de campo, que é de 2 dígitos.

Código Designação
00 Menos de 1 ano
01 1 ano
02 2 anos
... ..etc.
10 10 anos
... ..etc.
90 90 anos
98 Mais de 90 anos
99 Idade desconhecida

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


de categorização simples Numérico
Sexo do sinistrado No. de caracteres 1

Código Designação
1 Masculino
2 Feminino
9 Sexo desconhecido

38
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Sistema de classificação Numérico
Tipo de lesão EEAT para tipo de lesão No. de caracteres 3

Código Designação
000 Tipo de lesão, desconhecido ou não especificado
010 Feridas e lesões superficiais
011 Lesões superficiais
012 Feridas abertas
019 Outros tipos de feridas e de lesões superficiais
020 Fracturas
021 Fracturas simples ou fechadas
022 Fracturas expostas
029 Outros tipos de fracturas
030 Deslocações, entorses e distensões
031 Deslocações e subluxações
032 Entorses e distensões
039 Outros tipos de deslocações, entorses e distensões
040 Amputações (perda de partes do corpo)
050 Concussões e lesões internas
051 Concussões e lesões intracranianas
052 Lesões internas
059 Outros tipos de concussões e lesões internas
060 Queimaduras, escaldaduras, congelação
061 Queimaduras e escaldaduras (térmicas)
062 Queimaduras químicas (corrosão)
063 Congelação
069 Outros tipos de queimaduras, escaldaduras e congelação
070 Envenenamentos (intoxicações), infecções
071 Envenenamentos (intoxicações) agudos
072 Infecções agudas
079 Outros tipos de envenenamentos (intoxicações), infecções
080 Afogamento e asfixia
081 Asfixia
082 Afogamento ou submersões não mortais
089 Outros tipos de afogamento e asfixia
090 Efeitos de ruído, vibrações e pressão
091 Perdas de audição agudas
092 Efeitos de pressão (barotrauma)
099 Outros efeitos de ruído, vibrações e pressão
100 Efeitos de temperaturas extremas, luz e radiações
101 Insolações
102 Efeitos de radiações (não-térmicas)
103 Efeitos de baixas temperaturas
109 Outros efeitos de temperaturas extremas, luz e radiações
110 Choque
111 Choques após agressão e ameaças
112 Choques traumáticos
119 Outros tipos de choques
120 Lesões múltiplas

999 Outras lesões especificadas não incluídas noutras rubricas


39
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Sistema de classificação EEAT Numérico
Parte do corpo atingida para parte do corpo atingida No. de caracteres 2

Código Designação

00 Parte do corpo atingida, outra ou não especificado


10 Cabeça, não especificado
11 Cabeça (Caput), cérebro e nervos e vasos cranianos
12 Área facial
13 Olho(s)
14 Ouvido(s)
15 Dentes
18 Cabeça, partes múltiplas
19 Cabeça, outras partes não mencionadas
20 Pescoço, incluindo espinha e vértebras do pescoço
21 Pescoço, incluindo espinha e vértebras do pescoço
29 Pescoço, outras partes não mencionadas

30 Costas, incluindo espinha e vértebras


31 Costas, incluindo espinha e vértebras
39 Costas, outras partes não mencionadas

40 Tórax e órgãos torácicos, não especificados


41 Costelas, incluindo clavícula e articulação
42 Caixa torácica, incluindo órgãos
43 Área pélvica e abdominal, incluindo órgãos
48 Tórax, partes múltiplas
49 Tórax, outras partes não mencionadas

50 Extremidades superiores, não especificadas


51 Ombro e respectivas articulações
52 Braço, incluindo cotovelo
53 Mão
54 Dedo(s)
55 Pulso
58 Extremidades superiores, partes múltiplas
59 Extremidades superiores, outras partes não mencionadas

60 Extremidades inferiores, não especificadas


61 Anca e respectiva articulação
62 Perna, incluindo joelho
63 Tornozelo
64 Pé
65 Dedo(s) do pé
68 Extremidades inferiores, múltiplas partes
69 Extremidades inferiores, outras partes não mencionadas

70 Corpo inteiro e múltiplas partes, não especificado


71 Corpo inteiro (Efeitos sistemáticos)
78 Múltiplas partes do corpo atingidas

99 Outras partes do corpo atingidas, não especificadas

40
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


"Nomenclatura das unidades Alfanumérico
Localização geográfica do territoriais estatísticas" No. de caracteres 5
acidente NUTS

Deverá usar-se a NUTS (Nomenclatura das unidades territoriais estatísticas) ao nível em seguida especificado.
Para a Finlândia, Suécia e Reino Unido, as EEAT utilizam a última versão revista da NUTS, de 1998, com as
alterações nos níveis, e para a Noruega a nova "pseudo-NUTS".

Belgique. België: NUTS 1


BE000 BELGIQUE-BELGIË, não especificada ou desconhecida
BE100 REG. BRUXELLES-CAP. / BRUSSELS HFDST. GEW.
BE200 VLAAMS GEWEST
BE300 RÉGION WALLONNE

Danmark: NUTS 5
DK000 "DANMARK", não especificada ou desconhecida
DK001 KØBENHAVN OG FREDERIKSBERG KOMMUNER
DK002 KØBENHAVNS AMT
DK003 FREDERIKSBORG AMT
DK004 ROSKILDE AMT
DK005 VESTSJÆLLANDS AMT
DK006 STORSTRØMS AMT
DK007 BORNHOLMS AMT
DK008 FYNS AMT
DK009 SØNDERJYLLANDS AMT
DK00A RIBE AMT
DK00B VEJLE AMT
DK00C RINGKØBING AMT
DK00D ÅRHUS AMT
DK00E VIBORG AMT
DK00F NORDJYLLANDS AMT

Deutschland NUTS 1
DE000 DEUTSCHLAND, não especificada ou desconhecida
DE100 BADEN-WÜRTTEMBERG
DE200 BAYERN
DE300 BERLIN
DE400 BRANDENBURG
DE500 BREMEN
DE600 HAMBURG
DE700 HESSEN
DE800 MECKLENBURG-VORPOMMERN
DE900 NIEDERSACHSEN
DEA00 NORDRHEIN-WESTFALEN
DEB00 RHEINLAND-PFALZ
DEC00 SAARLAND
DED00 SACHSEN
DEE00 SACHSEN-ANHALT
DEF00 SCHLESWIG-HOLSTEIN
DEG00 THÜRINGEN

41
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

Ellada: NUTS 1
GR000 ELLADA, não especificada ou desconhecida
GR100 VOREIA ELLADA
GR200 KENTRIKI ELLADA
GR300 ATTIKI
GR400 NISIA AIGAIOU, KRITI

España: NUTS 1
ES000 ESPAÑA, não especificada ou desconhecida
ES100 NOROESTE
ES200 NORESTE
ES300 COMUNIDAD DE MADRID
ES400 CENTRO (E)
ES500 ESTE
ES600 SUR
ES700 CANARIAS

France: NUTS 1
FR000 FRANCE, não especificada ou desconhecida
FR100 ÎLE DE FRANCE
FR200 BASSIN PARISIEN
FR300 NORD - PAS-DE-CALAIS
FR400 EST
FR500 OUEST
FR600 SUD-OUEST
FR700 CENTRE-EST
FR800 MÉDITERRANÉE
FR900 DÉPARTEMENTS D'OUTRE-MER

Ireland: NUTS 5
IE000 IRELAND, não especificada ou desconhecida
IE001 BORDER
IE002 DUBLIN
IE003 MID-EAST
IE004 MIDLAND
IE005 MID-WEST
IE006 SOUTH-EAST (IRL)
IE007 SOUTH-WEST (IRL)
IE008 WEST

42
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

Italia: NUTS 2
IT000 ITALIA, não especificada ou desconhecida
IT100 NORD OVEST
IT110 PIEMONTE
IT120 VALLE D'AOSTA
IT130 LIGURIA
IT200 LOMBARDIA
IT300 NORD EST
IT310 TRENTINO-ALTO ADIGE
IT320 VENETO
IT330 FRIULI-VENEZIA GIULIA
IT400 EMILIA-ROMAGNA
IT500 CENTRO (I)
IT510 TOSCANA
IT520 UMBRIA
IT530 MARCHE
IT600 LAZIO
IT700 ABRUZZO-MOLISE
IT710 ABRUZZO
IT720 MOLISE
IT800 CAMPANIA
IT900 SUD
IT910 PUGLIA
IT920 BASILICATA
IT930 CALABRIA
ITA00 SICILIA
ITB00 SARDEGNA

Luxembourg (Grand-Duché): NUTS1


LU000 LUXEMBOURG (GRAND-DUCHÉ)

Nederland NUTS 2
NL000 NEDERLAND, não especificada ou desconhecida
NL100 NOORD-NEDERLAND
NL110 GRONINGEN
NL120 FRIESLAND
NL130 DRENTHE
NL200 OOST-NEDERLAND
NL210 OVERIJSSEL
NL220 GELDERLAND
NL230 FLEVOLAND
NL300 WEST-NEDERLAND
NL310 UTRECHT
NL320 NOORD-HOLLAND
NL330 ZUID-HOLLAND
NL340 ZEELAND
NL400 ZUID-NEDERLAND
NL410 NOORD-BRABANT
NL420 LIMBURG (NL)

43
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

Österreich: NUTS 2
AT000 ÖSTERREICH, não especificada ou desconhecida
AT100 OSTÖSTERREICH
AT110 BURGENLAND
AT120 NIEDERÖSTERREICH
AT200 SÜDÖSTERREICH
AT210 KÄRNTEN
AT220 STEIERMARK
AT300 WESTÖSTERREICH
AT310 OBERÖSTERREICH
AT320 SALZBURG
AT330 TIROL
AT340 VORARLBERG

Portugal: NUTS 2
PT000 PORTUGAL, não especificada ou desconhecida
PT100 CONTINENTE
PT110 NORTE
PT120 CENTRO (P)
PT130 LISBOA E VALE DO TEJO
PT140 ALENTEJO
PT150 ALGARVE
PT200 AÇORES
PT300 MADEIRA

Suomi/Finland: NUTS 2 (alterada em 1988)


FI000 SUOMI/FINLAND, não especificada ou desconhecida
FI100 MANNER-SUOMI
FI130 ITÄ-SUOMI
FI140 VÄLI-SUOMI
FI150 POHJOIS-SUOMI
FI160 UUSIMAA (SUURALUE)
FI170 ETELÄ-SUOMI
FI200 ÅLAND

Sverige: NUTS 2 (alterada em 1988)


SE000 SVERIGE, não especificada ou desconhecida
SE010 STOCKHOLM
SE020 ÖSTRA MELLANSVERIGE
SE040 SYDSVERIGE
SE060 NORRA MELLANSVERIGE
SE070 MELLERSTA NORRLAND
SE080 ÖVRE NORRLAND
SE090 SMÅLAND MED ÖARNA
SE0A0 VÄSTSVERIGE

44
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

United Kingdom NUTS 2 (alterada em 1988)


UK000 UNITED KINGDOM, não especificada ou desconhecida
UKC00 NORTH EAST
UKC10 TEES VALLEY & DURHAM
UKC20 NORTHUMBERLAND AND TYNE & WEAR
UKD00 NORTH WEST (INC MERSEYSIDE)
UKD10 CUMBRIA
UKD20 CHESHIRE
UKD30 GREATER MANCHESTER
UKD40 LANCASHIRE
UKD50 MERSEYSIDE
UKE00 YORKSHIRE & THE HUMBER
UKE10 EAST RIDING & NORTH LINCOLNSHIRE
UKE20 NORTH YORKSHIRE
UKE30 SOUTH YORKSHIRE
UKE40 WEST YORKSHIRE
UKF00 EAST MIDLANDS
UKF10 DERBYSHIRE & NOTTINGHAMSHIRE
UKF20 LEICESTERSHIRE, RUTLAND & NORTHAMPTONSHIRE
UKF30 LINCOLNSHIRE
UKG00 WEST MIDLANDS
UKG10 HEREFORDSHIRE, WORCESTERSHIRE & WARKS
UKG20 SHROPSHIRE & STAFFORDSHIRE
UKG30 WEST MIDLANDS
UKH00 EASTERN
UKH10 EAST ANGLIA
UKH20 BEDFORDSHIRE, HERTFORDSHIRE
UKH30 ESSEX
UKI00 LONDON
UKI10 INNER LONDON
UKI20 OUTER LONDON
UKJ00 SOUTH EAST
UKJ10 BERKSHIRE, BUCKS & OXFORDSHIRE
UKJ20 SURREY, EAST & WEST SUSSEX
UKJ30 HAMPSHIRE & ISLE OF WIGHT
UKJ40 KENT
UKK00 SOUTH WEST
UKK10 GLOUCESTERSHIRE, WILTSHIRE & NORTH SOMERSET
UKK20 DORSET & SOMERSET
UKK30 CORNWALL & ISLES OF SCILLY
UKK40 DEVON
UKL00 WALES
UKL10 WEST WALES & THE VALLEYS
UKL20 EAST WALES
UKM00 SCOTLAND
UKM10 NORTH EASTERN SCOTLAND
UKM20 EASTERN SCOTLAND
UKM30 SOUTH WESTERN SCOTLAND
UKM30 HIGHLANDS & ISLANDS
UKN00 NORTHERN IRELAND

45
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

Noruega: Regiões (Nova versão da pseudo-NUTS do Eurostat para os países da EFTA)


NO000 NORUEGA: não especificada ou desconhecida
NO010 OSLO OG AKERHUS
NO020 HEDMARK OG OPPLAND
NO030 SØR-ØSTLANDET
NO040 AGDER OG ROGALAND
NO050 VESTLANDET
NO060 TRØNDELAG
NO070 NORD-NORGE

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Data Numérico - 'YYYYMMDD'
Data do acidente No. de caracteres 8

A data em que o acidente ocorreu é registada utilizando o formato de 8 dígitos 'YYYYMMDD', sendo 'YYYY' o ano,
'MM' o mês do ano e 'DD' o dia do mês, por exemplo 31 Março 2001 seria codificado como '20010331'. Se o ano
for desconhecido 'YYYY' deverá ser codificado "0000", se for o mês "MM" será "00" e se for o dia "DD" "00".

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Hora Numérico - 'HH'
Hora do acidente No. de caracteres 2

A hora do dia em que ocorreu o acidente é codificada utilizando dois dígitos do formato 'hh' definidos de acordo
com o intervalo de tempo seguinte:

Código Designação
00 00:00 a 00:59
01 01:00 a 01:59
02 02:00 a 02:59
...... etc.
23 23:00 a 23:59
99 Hora desconhecida

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Recomendação sobre as PME Numérico - Classes de dimensão
Dimensão da empresa numérica No. de caracteres 1

Código Designação Descrição


0 0 empregados (Independentes sem empregados)
1 1-9 empregados equivalente a tempo completo*
2 10-49 empregados equivalente a tempo completo*
3 50-249 empregados equivalente a tempo completo*
4 250-499 empregados equivalente a tempo completo*
5 500 emoregados ou mais equivalente a tempo completo*
9 Dimensão desconhecida equivalente a tempo completo*
* Um trabalhador equivalente a tempo completo define-se em relação ao número anual médio, nacional, de horas de
trabalho para um trabalhador a tempo completo no ramo de actividade económica da unidade local da empresa. O
número de empregados equivalentes a tempo completo da unidade local é a soma das horas de trabalho anuais de todos
os seus empregados dividida pelo número de horas anuais médias, nacionais, do respectivo ramo de actividade
económica. O resultado é arredondado para o número inteiro mais próximo, excepto valores > 0 e <1 (trabalhador
independente, etc.. empregando uma pessoa apenas a tempo parcial ou mesmo algumas horas por mês ou ano) que
devem ser arredondados para 1.

46
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Definição IFT (Eurostat) Numérico
Nacionalidade No. de caracteres 1

Código Designação
0 Nacionalidade desconhecida
1 Cidadão nacional
2 Estrangeiro, da UE
3 Estrangeiro de um país terceiro

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Definição IFT (Eurostat) Numérico
Situação profissional Com base na CISP-93 No. de caracteres 3

Código Designação Atenção


000 Situação profissional desconhecida
100 Trabalhadores independentes O código "200" NÃO SE
UTILIZA por uma questão de
coerência com a classificação
IFT, que dispõe de dois
códigos «1» e «2» para
independentes (com ou sem
empregados), classificando os
empregados no código «3» e
os trabalhadores familiares no
código «4 » .
300 Empregado com emprego permanente/ temporário (duração indeterminada
/determinada) e tempo completo/tempo parcial não especificados
301 Empregado com emprego permanente/temporário (duração indeterminada Facultativo
/determinada) não especificado
- a tempo completo
302 Empregado com emprego permanente/temporário (duração indeterminada Facultativo
/determinada) não especificado
- a tempo parcial
310 Empregado com emprego permanente (contrato de duração indeterminada) Facultativo
- tempo completo/tempo parcial não especificado
311 Empregado com emprego permanente (contrato de duração indeterminada) Facultativo
- a tempo completo
312 Empregado com emprego permanente (contrato de duração indeterminada) Facultativo
- a tempo parcial
320 Empregado com emprego temporário (contrato de duração determinada) Facultativo
- tempo completo/tempo parcial não especificado
321 Empregado com emprego temporário (contrato de duração determinada) Facultativo
- a tempo completo
322 Empregado com emprego temporário (contrato de duração determinada) Facultativo
- a tempo parcial
400 Trabalhador familiar Trabalhadores familiares são
pessoas que auxiliam outro
membro da família a gerir uma
exploração agrícola ou outro
tipo de actividade, na condição
de não serem consideradas
empregadas.
500 Estagiário/Aprendiz
900 Outra

47
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Sistema de classificação Alfanumérico
Dias perdidos EEAT No. de caracteres 3

O número de dias perdidos por acidente de trabalho é apresentado utilizando três dígitos na escala de 4 a 182
dias (inclusive) para casos com uma ausência inferior a seis meses. Existe também um formato para classes de
dias perdidos (A01 - A06), caso um Estado-membro não possa indicar o valor exacto. Por último, utilizam-se
quatro valores de código adicionais, no que respeita a ausências iguais ou superiores a seis meses, incapacidade
permanente, acidentes mortais, outros e casos não especificados. Repare-se que os dados EEAT englobam
todos os acidentes de trabalho que impliquem uma ausência superior a três dias inteiros, incluindo sábados,
domingos, feriados ou outros dias em que normalmente o sinistrado não trabalha. Apenas se devem introduzir
nos dados EEAT dias inteiros. Na metodologia EEAT, considera-se que uma pessoa não estava apta a trabalhar
durante mais de três dias, caso tenha sida obrigada a ausentar-se ao trabalho pelo menos quatro dias inteiros
com início no dia seguinte ao do acidente. Deste modo, o primeiro valor "004" significa que o regresso ao trabalho
ocorreu no quinto dia após o dia do acidente. Os valores restantes correspondem à mesma definição, por
exemplo, o valor "009" significa o regresso ao trabalho no décimo dia após o dia do acidente, etc.

Código Designação
000 Número de dias perdidos desconhecido
004 - 182 Número de dias inteiros perdidos indicados numericamente (ausência inferior a seis meses)
A01 4 - 6 dias perdidos
A02 7 -13 dias perdidos
A03 14 -20 dias perdidos
A04 Pelo menos 21 dias mas menos do que 1 mês perdidos
A05 Pelo menos 1 mês mas menos do que 3 meses perdidos
A06 Pelo menos 3 meses mas menos do que 6 meses perdidos
997 Incapacidade permanente (para trabalhar) ou 183 ou mais dias perdidos (ausência igual ou
superior a 6 meses)
998 Acidente mortal
999 Não especificado

48
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

Classificações para causas e circunstâncias


As classificações que se seguem foram concebidas para a Fase III das EEAT sobre causas e circunstâncias de acidentes de
trabalho. No Anexo C encontram-se guias de utilização e exemplos de codificação para auxiliar os codificadores.

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Sistema de classificação Numérico
Posto de trabalho EEAT No. de caracteres 1
(de acordo com a Resolução
BIT)

Código Designação
0 Não especificado
1 Posto de trabalho habitual ou nas instalações da unidade local de trabalho habitual
2 Posto de trabalho ocasional, móvel ou em deslocação por conta do empregador
9 Outro posto de trabalho

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Sistema de classificação Numérico
Tipo de local EEAT N.º de caracteres 2 posições com 3 dígitos

Código Designação
000 Nenhuma informação
010 Zona industrial - Não especificado
011 Local de produção, oficina, fábrica
012 Área de manutenção, oficina de reparações
013 Local destinado principalmente a armazenamento, carga, descarga
019 Outro tipo de local conhecido do grupo 010 mas não referido acima
020 Estaleiro, construção, pedreira, mina a céu aberto - Não especificado Estaleiro - edifício em construção
021 Estaleiro - edifício em demolição, restauro, manutenção
022 Estaleiro - edifício em demolição, restauro, manutenção
023 Pedreira, mina a céu aberto, escavação, trincheira (incluindo minas a céu aberto e pedreira em exploração)
024 Estaleiro - subterrâneo
025 Estaleiro - sobre a água
026 Estaleiro - em meio hiperbárico
029 Outro tipo de local conhecido do grupo 020 mas não referido acima
030 Área de agricultura, produção animal, piscicultura, zona florestal - Não especificado
031 Local de produção animal
032 Local agrícola, cultura do solo
033 Local agrícola, cultura em árvore, arbusto
034 Zona florestal
035 Zona piscícula, pesca, aquacultura (mas não em embarcação)
036 Jardim, parque, jardim botânico, jardim zoológico
039 Outro tipo de local conhecido do grupo 030 mas não referido acima
040 Local de actividade terciária, escritório, entretenimento, diversos - Não especificado
041 Escritório, sala de reuniões, biblioteca, etc.
042 Estabelecimento de ensino, escola, liceu, colégio, universidade, jardim de infância
043 Ponto de venda, de grandes ou pequenas dimensões (incluindo venda de rua)
044 Restaurante, local de recreação, local de alojamento (incluindo museu, local de espectáculo, feira...)
049 Outro tipo de local conhecido do grupo 040 mas não referido acima
050 Estabelecimento de saúde - Não especificado
051 Estabelecimento de saúde, clínica, hospital, berçário
059 Outro tipo de local conhecido do grupo 050 mas não referido acima

49
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

060 Local público - Não especificado


061 Local aberto permanentemente à deslocação do público (vias de acesso, circulação, zona de
estacionamento, sala de espera de estação, aeroporto, etc.)
062 Meio de transporte - estrada, caminho-de-ferro - privado ou público (comboio, autocarro,
automóvel,.etc.)
063 Zona conexa aos locais públicos com acesso reservado a pessoal autorizado: via férrea, pista de
aeródromo, faixa de emergência em autoestrada.
069 Outro tipo de local conhecido do grupo 060 mas não referido acima
070 Domicílio - Não especificado
071 Domicílio privado
072 Dependências comuns, anexos, jardim contíguo privado
079 Outro tipo de local conhecido do grupo 070 mas não referido acima
080 Local de actividade desportiva - Não especificado
081 Interior - sala de actividade desportiva, ginásio, piscina coberta
082 Exterior - terreno de desporto, piscina, pista de esqui
089 Outro tipo de local conhecido do grupo 080 mas não referido acima
090 No ar, em altura - com exclusão dos estaleiros - Não especificado
091 Em altura - plano fixo (telhado, terraço, etc.)
092 Em altura - mastro, poste, plataforma suspensa
093 No ar - a bordo de um avião, etc.
099 Outro tipo de local conhecido do grupo 090, com exclusão dos estaleiros, mas não referido acima
100 Subterrâneo - com exclusão dos estaleiros - Não especificado
101 Subterrâneo - túnel (estrada, comboio, metropolitano, etc.)
102 Subterrâneo - mina
103 Subterrâneo - esgotos
109 Outro tipo de local conhecido do grupo 100, com exclusão dos estaleiros, mas não referido acima
110 Sobre a água - com exclusão dos estaleiros - Não especificado
111 Mar ou oceano - a bordo de todo o tipo de embarcação, plataforma, navio, barco, barcaça
112 Lago, ribeira, rio, porto - a bordo de todo o tipo de embarcação, plataforma, navio, barco, barcaça
119 Outro tipo de local conhecido do grupo 110, com exclusão dos estaleiros, mas não referido acima
120 Em meio hiperbárico - com exclusão dos estaleiros - Não especificado
121 Em meio hiperbárico - debaixo de água (por exemplo, mergulho)
122 Em meio hiperbárico - câmara
129 Outro tipo de local conhecido do grupo 120, com exclusão dos estaleiros, mas não referido acima
999 Outro tipo de local não referenciado acima

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Sistema de classificação Numérico
Tipo de trabalho EEAT No. de caracteres 2

A variável «Tipo de trabalho» refere-se à natureza principal do trabalho (tarefa abrangente e em geral) executado
pelo sinistrado no momento do acidente. O Tipo de trabalho ou tarefa principal, empreendidos, em termos de
tempo e lugar, perto do acidente, não têm de estar ligados à Actividade física específica do sinistrado no momento
do acidente. O Tipo de trabalho pressupõe uma certa duração no tempo.

Código Designação
00 Nenhuma informação
10 Produção, transformação, tratamento, armazenamento - de todos os tipos - Não especificado
11 Produção, transformação, tratamento - de todos os tipos
12 Armazenamento - de todos os tipos
19 Outro Tipo de trabalho conhecido do grupo 10 mas não referido acima

50
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

20 Terraplenagem, construção, conservação, demolição - Não especificado


21 Terraplenagem
22 Construção nova - edifício
23 Construção nova - obras de arte, infra-estruturas, estradas, pontes, barragens, portos
24 Renovação, reparação, acrescentamento, conservação - todo o tipo de construção
25 Demolição - todo o tipo de construção
29 Outro Tipo de trabalho conhecido do grupo 20 mas não referido acima
30 Tarefa de tipo agrícola, florestal, hortícola, piscícola, com animais vivos - Não especificado
31 Tarefa de tipo agrícola - trabalhos do solo
32 Tarefa de tipo agrícola - com vegetais, hortícola
33 Tarefa de tipo agrícola - em / com animais vivos
34 Tarefa de tipo florestal
35 Tarefa de tipo piscícola, pesca
39 Outro Tipo de trabalho conhecido do grupo 30 mas não referido acima
40 Tarefa de serviço prestado à empresa e - ou à pessoa humana; trabalho intelectual - Não
especificado
41 Tarefa de serviço, cuidados, assistência, prestada à pessoa humana
42 Tarefa intelectual - ensino, formação, tratamento de informação, trabalho de escritório, de
organização, de gestão
43 Tarefa comercial - compra, venda, serviços associados
49 Outro Tipo de trabalho conhecido do grupo 40 mas não referido acima
50 Trabalhos ligados às tarefas codificadas 10, 20, 30 e 40 - Não especificado
51 Colocação, preparação, instalação, montagem, desmantelamento, desmontagem
52 Manutenção, reparação, ajustamento, regulação
53 Limpeza de instalações, máquinas - industrial ou manual
54 Gestão de resíduos, desmantelamento de material fora de uso, tratamento de resíduos de toda a
natureza
55 Vigilância, inspecção, de processo de fabrico, instalações, meios de transporte, equipamentos - com
ou sem material de controlo
59 Outro Tipo de trabalho conhecido do grupo 50 mas não referido acima
60 Circulação, actividade desportiva, artística - Não especificado
61 Circulação, incluindo nos meios de transporte
62 Actividade desportiva, artística
69 Outro Tipo de trabalho conhecido do grupo 60 mas não referido acima
99 Outro Tipo de trabalho, não referido nesta classificação

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Sistema de classificação Numérico
Actividade física específica EEAT No. de caracteres 2

Código Designação
00 Nenhuma informação
10 Operação de máquina - Não especificado
11 Arrancar a máquina, parar a máquina
12 Alimentar a máquina, cortar a alimentação da máquina
13 Controlar a máquina, fazer funcionar / conduzir a máquina
19 Outra Actividade física específica conhecida do grupo 10 mas não referida acima
20 Trabalho com ferramentas de mão - Não especificado
21 Trabalhar com ferramentas de mão - manuais
22 Trabalhar com ferramentas de mão - motorizadas
29 Outra Actividade física específica conhecida do grupo 20 mas não referida acima

51
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

30 Condução / presença a bordo de um meio de transporte - equipamento de movimentação -


Não especificado
31 Conduzir um meio de transporte ou equipamento de movimentação - móvel e motorizado
32 Conduzir um meio de transporte ou equipamento de movimentação - móvel e não motorizado
33 Ser passageiro a bordo de um meio de transporte
39 Outra Actividade física específica conhecida do grupo 30 mas não referida acima
40 Manipulação de objectos - Não especificado
41 Pegar à mão, agarrar, prender, manter na mão, colocar - num plano horizontal
42 Ligar, amarrar, arrancar, desfazer, pressionar, desaparafusar, aparafusar, girar
43 Fixar a/em, pendurar, elevar, instalar - num plano vertical
44 Lançar, projectar ao longe
45 Abrir, fechar (caixa, embalagem, pacote)
46 Verter, verter para dentro de, encher, regar, esvaziar, despejar
47 Puxar (uma gaveta), empurrar (uma porta de hangar, escritório, armário)
49 Outra Actividade física específica conhecida do grupo 40 mas não referida acima
50 Transporte manual - Não especificado
51 Transportar verticalmente - levantar, baixar,… um objecto
52 Transportar horizontalmente - puxar, empurrar, rolar,… um objecto
53 Transportar uma carga (levar) - por uma pessoa
59 Outra Actividade física específica conhecida do grupo 50 mas não referida acima
60 Movimento - Não especificado
61 Andar, correr, subir, descer, etc.
62 Entrar, sair
63 Saltar, lançar-se, etc.
64 Rastejar, trepar, etc.
65 Levantar-se, sentar-se, etc.
66 Nadar, mergulhar
67 Fazer movimentos no mesmo lugar
69 Outra Actividade física específica conhecida do grupo 60 mas não referida acima
70 Presença - Não especificado
99 Outra Actividade física específica não referida nesta classificação

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Sistema de classificação Numérico
Desvio EEAT No. de caracteres 2

Código Designação
00 Nenhuma informação
10 Desvio por problema eléctrico, explosão, incêndio - Não especificado
11 Problema eléctrico por falha na instalação - provocando um contacto indirecto
12 Problema eléctrico - provocando um contacto directo
13 Explosão
14 Incêndio, fogo vivo
19 Outro Desvio conhecido do grupo 10 mas não referido acima
20 Desvio por transbordo, derrubamento, fuga, escoamento, vaporização, emissão - Não
especificado
21 Em estado sólido - transbordo, derrubamento
22 Em estado líquido - fuga, ressumação, escoamento, salpico, aspersão
23 Em estado gasoso - vaporização, formação de aerossol, formação de gases
24 Pulverulento - geração de fumo, emissão de poeiras, partículas
29 Outro Desvio conhecido do grupo 20 mas não referido acima

52
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

30 Ruptura, arrombamento, rebentamento, resvalamento, queda, desmoronamento de Agente


material - Não especificado
31 Ruptura de material, nas juntas, nas ligações
32 Ruptura, rebentamento, causando estilhaços (madeira, vidro, metal, pedra, plástico, outros)
33 Resvalamento, queda, desmoronamento de Agente material - superior (caindo sobre a vítima)
34 Resvalamento, queda, desmoronamento de Agente material - inferior (arrastando a vítima)
35 Resvalamento, queda, desmoronamento de Agente material - ao mesmo nível
39 Outro Desvio conhecido do grupo 30 mas não referido acima
40 Perda, total ou parcial, de controlo de máquina, meio de transporte - equipamento de
movimentação, ferramenta manual, objecto, animal - Não especificado
41 Perda, (total ou parcial), de controlo - de ferramenta manual (incluindo o arranque intempestivo) e da
matéria trabalhada pela ferramenta
42 Perda, total ou parcial, de controlo - de meio de transporte - de equipamento de movimentação
(motorizado ou não)
43 Perda, total ou parcial, de controlo - de ferramenta manual (motorizada ou não) e da matéria
trabalhada pela ferramenta
44 Perda, total ou parcial, de controlo - de objecto (carregado, deslocado, manipulado, etc.)
45 Perda, total ou parcial, de controlo - de animal
49 Outro Desvio conhecido do grupo 40 mas não referido acima
50 Escorregamento ou hesitação com queda, queda de pessoa - Não especificado
51 Queda de pessoa - do alto
52 Escorregamento ou hesitação com queda, queda de pessoa - ao mesmo nível
59 Outro Desvio conhecido do grupo 50 mas não referido acima
60 Movimento do corpo não sujeito a constrangimento físico (conduzindo geralmente a lesão
externa) - Não especificado
61 Caminhando sobre objecto cortante
62 Ao ajoelhar-se, sentando-se, apoiando-se contra qualquer coisa
63 Ao ser apanhado, arrastado, por qualquer coisa ou pelo seu impulso
64 Movimentos não coordenados, gestos intempestivos, inoportunos
69 Outro Desvio conhecido do grupo 60 mas não referido acima
70 Movimento do corpo sujeito a constrangimento físico (conduzindo geralmente a lesão
interna) - Não especificado
71 Levantando, carregando, levantando-se
72 Empurrando, puxando
73 Depondo, baixando-se
74 Em torção, em rotação, virando-se
75 Caminhando pesadamente, passo em falso, escorregamento - sem queda
79 Outro Desvio conhecido do grupo 70 mas não referido acima
80 Surpresa, susto, violência, agressão, ameaça, presença - Não especificado
81 Surpresa, susto
82 Violência, agressão, ameaça - entre membros da empresa submetidos à autoridade do empregador
83 Violência, agressão, ameaça - proveniente de pessoas externas à empresa, para com as vítimas no
âmbito das suas funções (assalto de banco, motoristas de autocarro, etc.)
84 Agressão, empurrão - por animal
85 Presença da vítima ou de terceiro/a, criando em si um perigo para ele mesmo/ela mesma e, se for
caso disso, para outrem
89 Outro Desvio conhecido do grupo 80 mas não referido acima
99 Outro Desvio não referido nesta classificação.

53
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Sistema de classificação Numérico
Contacto - Modalidade da lesão EEAT No. de caracteres 2

Código Designação
00 Nenhuma informação
10 Contacto com corrente eléctrica, temperatura, substância perigosa - Não especificado
11 Contacto indirecto com arco eléctrico, relâmpago (passivo)
12 Contacto directo com a electricidade, receber uma descarga eléctrica no corpo
13 Contacto com chama viva ou objecto, ambiente - quente ou a arder
14 Contacto com objecto, ambiente - frio ou gelado
15 Contacto com substâncias perigosas - via nariz, boca, por inalação de
16 Contacto com substâncias perigosas - na ou através da pele e dos olhos
17 Contacto com substâncias perigosas - via sistema digestivo engolindo, comendo
19 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 10 mas não referida acima
20 Afogamento, soterramento, envolvimento - Não especificado
21 Afogamento em matéria líquida
22 Soterramento sob matéria sólida
23 Envolvimento por gases ou partículas em suspensão
29 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 20 mas não referida acima
30 Esmagamento em movimento vertical ou horizontal sobre / contra um objecto imóvel (a vítima
está em movimento) - Não especificado
31 Movimento vertical, esmagamento sobre, contra (resultado de queda)
32 Movimento horizontal, esmagamento sobre, contra
39 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 30 mas não referida acima
40 Pancada por objecto em movimento, colisão com - Não especificado
41 Pancada - por objecto projectado
42 Pancada - por objecto que cai
43 Pancada - por objecto em oscilação
44 Pancada - por objecto, incl. veículos - em rotação, movimento, deslocação
45 Colisão com um objecto em movimento, incl. veículos - colisão com uma pessoa (a vítima está em movimento)
49 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 40 mas não referida acima
50 Contacto com Agente material cortante, afiado, áspero - Não especificado
51 Contacto com Agente material cortante (faca, lâmina)
52 Contacto com Agente material afiado (prego, ferramenta afiada)
53 Contacto com Agente material duro ou áspero
59 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 50 mas não referida acima
60 Entalação, esmagamento, etc. Não especificado
61 Entalação, esmagamento - em
62 Entalação, esmagamento - sob
63 Entalação, esmagamento - entre
64 Arranque, secção de um membro, mão, dedo
69 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 60 mas não referida acima
70 Constrangimento físico do corpo, constrangimento psíquico - Não especificado
71 Constrangimento físico - sobre o sistema músculo-esquelético
72 Constrangimento físico - causado por radiações, barulho, luz, pressão
73 Constrangimento psíquico, choque mental
79 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 70 mas não referida acima
80 Mordedura, pontapé, etc. (animal ou humano - Não especificado)
81 Mordedura por
82 Picadura de insecto, peixe
83 Golpe, pontapé, cabeçada, estrangulamento
89 Outro Contacto - Modalidade da lesão conhecida do grupo 80 mas não referida acima
99 Outro Contacto - Modalidade da lesão não referida nesta classificação

54
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NAS EEAT

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Sistema de classificação Numérico
Agente Material EEAT N.ºde caracteres 2 posições com 2 dígitos
=4 dígitos

Estrutura da classificação (códigos de 1 posição)

Código Designação
00.00 Nenhum agente material ou nenhuma informação
01.00 Edifícios, construções, superfícies - ao nível do solo (interior ou exterior, fixos ou móveis, temporários
ou não) - não especificado
02.00 Edifícios, construções, superfícies, acima do solo (interior ou exterior) - não especificado
03.00 Edifícios, construções, superfícies, abaixo do solo (interior ou exterior) - não especificado
04.00 Dispositivos de distribuição de matéria, de alimentação, canalizações - não especificado
05.00 Motores, dispositivos de transmissão e de armazenamento de energia - não especificado
06.00 Ferramentas manuais - não motorizadas - não especificado
07.00 Ferramentas sustidas ou conduzidas manualmente - mecânicas - não especificado
08.00 Ferramentas manuais - sem especificações quanto à motorização - não especificado
09.00 Máquinas e equipamentos - portáteis ou móveis - não especificado
10.00 Máquinas e equipamentos - fixos - não especificado
11.00 Dispositivos de transporte e de armazenamento - não especificado
12.00 Veículos terrestres - não especificado
13.00 Outros veículos de transporte - não especificado
14.00 Materiais, objectos, produtos, componentes de máquina, estilhaços, poeiras -não especificado
15.00 Substâncias químicas, explosivas, radioactivas, biológicas - não especificado
16.00 Dispositivos e equipamentos de segurança - não especificado
17.00 Equipamentos de escritório e pessoais, material de desporto, armas, equipamento doméstico - não
especificado
18.00 Organismos vivos e seres humanos - não especificado
19.00 Resíduos diversos - não especificado
20.00 Fenómenos físicos e elementos naturais - não especificado
99.00 Outros agentes materiais não referenciados nesta classificação

55
ANEXO B: Classificações e formatos utilizados na 2ª fase das EEAT

Agentes materiais (códigos de 2 posições):

Código Designação
00.00 Nenhum agente material ou nenhuma informação
00.01 Nenhum agente material
00.02 Nenhuma informação
00.99 Outra situação conhecida do grupo 00 mas não referida nesta classificação
01.00 Edifícios, construções, superfícies - ao nível do solo (interior ou exterior, fixos ou móveis, temporários ou não) - não especificado
01.01 Elementos de edifícios, de construções - portas, paredes, divisórias e obstáculos por função (janelas, janelas panorâmicas, etc.)
01.02 Superfícies ou circulação ao nível do solo - solos (interior ou exterior, terrenos agrícolas, terrenos de desporto, solos escorregadios, solos obstruídos, tábua
com pregos, etc.)
01.03 Superfícies ou circulação ao nível do solo - flutuantes
01.99 Outros edifícios, construções, superfícies ao nível do solo conhecidos do grupo 01 mas não referenciados acima
02.00 Edifícios, construções, superfícies, acima do solo (interior ou exterior) - não especificado
02.01 Partes de edifício acima do solo - fixas (telhados, terraços, aberturas, escadas, cais)
02.02 Construções, superfícies, acima do solo - fixas (incl. passadeiras, escadas fixas, pilares)
02.03 Construções, superfícies, acima do solo - móveis (incl. andaimes, escadas móveis, bailéu, plataforma elevatória)
02.04 Construções, superfícies, acima do solo - temporárias (incl. andaimes temporários, arneses, andaime elevatório)
02.05 Construções, superfícies, acima do solo - flutuantes (incl. plataformas de perfuração, andaimes sobre barcaças)
02.99 Outros edifícios, construções, superfícies acima do solo conhecidas do grupo 02 mas não referenciadas acima
03.00 Edifícios, construções, superfícies, abaixo do solo (interior ou exterior) - não especificado
03.01 Escavações, trincheiras, poços, fossas, escarpas, fossas de garagem
03.02 Subterrâneos, galerias
03.03 Meios submarinos
03.99 Outros edifícios, construções, superfícies abaixo do solo conhecidas do grupo 03 mas não referenciadas acima
04.00 Dispositivos de distribuição de matéria, de alimentação, canalizações - não especificado
04.01 Dispositivos de distribuição de matéria, de alimentação, canalizações - fixos - para gás, ar, líquidos, sólidos - incl. funis
04.02 Dispositivos de distribuição de matéria, de alimentação, canalizações - móveis
04.03 Esgotos, drenagens
04.99 Outros dispositivos de distribuição de matéria, de alimentação, canalizações conhecidos do grupo 04 mas não referenciados acima
05.00 Motores, dispositivos de transmissão e de armazenamento de energia - não especificado
05.01 Motores, geradores de energia (térmica, eléctrica, radiação), incl.
05.02 Dispositivos de transmissão e armazenamento de energia (mecânicos, pneumáticos, hidráulicos, eléctricos, incl. baterias e acumuladores)
05.99 Outros motores, dispositivos de transmissão e de armazenamento de energia conhecidos do grupo 05 mas não referenciados acima

56
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NA 2ª FASE DAS EEAT

06.00 Ferramentas manuais - não motorizadas - não especificado


06.01 Ferramentas manuais não motorizadas - para serrar
06.02 Ferramentas manuais não motorizadas - para cortar, separar (incl. tesouras, cisalhas, tesouras de podar)
06.03 Ferramentas manuais não motorizadas - para cortar, entalhar, gravar, recortar, segar
06.04 Ferramentas manuais não motorizadas - para raspar, lustrar, polir
06.05 Ferramentas manuais não motorizadas - para furar, girar, aparafusar
06.06 Ferramentas manuais não motorizadas - para pregar, rebitar, agrafar
06.07 Ferramentas manuais não motorizadas - para coser, tricotar
06.08 Ferramentas manuais não motorizadas - para soldar, colar
06.09 Ferramentas manuais não motorizadas - para extracção de materiais e trabalho do solo (incl. ferramentas agrícolas)
06.10 Ferramentas manuais não motorizadas - para encerar, lubrificar, lavar, limpar
06.11 Ferramentas manuais não motorizadas - para pintar
06.12 Ferramentas manuais não motorizadas - para manusear, agarrar
06.13 Ferramentas manuais não motorizadas - para trabalhos de cozinha (excepto facas)
06.14 Ferramentas manuais não motorizadas - para trabalhos médicos e cirúrgicos - para furar, cortantes
06.15 Ferramentas manuais não motorizadas - para trabalhos médicos e cirúrgicos - não cortantes, outros
06.99 Outras ferramentas manuais não motorizadas conhecidas do grupo 06 mas não referenciadas acima
07.00 Ferramentas sustidas ou conduzidas manualmente - mecânicas - não especificado
07.01 Ferramentas mecânicas manuais - para serrar
07.02 Ferramentas mecânicas manuais - para cortar, separar (incl. tesouras, cisalhas, tesouras de podar)
07.03 Ferramentas mecânicas manuais - para cortar, entalhar, gravar, recortar, segar (máq. de cortar sebes, cf. 09.02)
07.04 Ferramentas mecânicas manuais - para raspar, lustrar, polir (incl. máquina para cortar de discos)
07.05 Ferramentas mecânicas manuais - para furar, girar, aparafusar
07.06 Ferramentas mecânicas manuais - para pregar, rebitar, agrafar
07.07 Ferramentas mecânicas manuais - para coser, tricotar
07.08 Ferramentas mecânicas manuais - para soldar, colar
07.09 Ferramentas mecânicas manuais - para extracção de materiais e trabalho do solo (incl. ferramentas agrícolas, martelos-demolidores)
07.10 Ferramentas mecânicas manuais - para encerar, lubrificar, lavar, limpar (incl. aspirador e aparelho para limpar a altas pressões)
07.11 Ferramentas mecânicas manuais - para pintar
07.12 Ferramentas mecânicas manuais - para manusear, agarrar
07.13 Ferramentas mecânicas manuais - para trabalhos de cozinha (excepto facas)
07.14 Ferramentas mecânicas manuais - para aquecer (incl. secador, decapador térmico, ferro de engomar)
07.15 Ferramentas mecânicas manuais - para trabalhos médicos e cirúrgicos - para furar, cortantes
07.16 Ferramentas mecânicas manuais - para trabalhos médicos e cirúrgicos - não cortantes, outros
07.17 Pistolas pneumáticas (sem especificação da ferramenta)
07.99 Outras ferramentas mecânicas sustidas ou conduzidas manualmente conhecidas do grupo 07 mas não referenciadas acima

57
ANEXO B: Classificações e formatos utilizados na 2ª fase das EEAT

08.00 Ferramentas manuais - sem especificações quanto à motorização - não especificado


08.01 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para serrar
08.02 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para cortar, separar (incl. tesouras, cisalhas, tesouras de podar)
08.03 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para cortar, entalhar, gravar, recortar, segar
08.04 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para raspar, lustrar, polir
08.05 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para furar, girar, aparafusar
08.06 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para pregar, rebitar, agrafar
08.07 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para coser, tricotar
08.08 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para soldar, colar
08.09 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para extracção de materiais e trabalho do solo (incl. ferramentas agrícolas)
08.10 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para encerar, lubrificar, lavar, limpar
08.11 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para pintar
08.12 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para manusear, agarrar
08.13 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para trabalhos de cozinha (excepto facas)
08.14 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para trabalhos médicos e cirúrgicos - para furar, cortantes
08.15 Ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização - para trabalhos médicos e cirúrgicos - não cortantes, outros
08.99 Outras ferramentas manuais sem especificações quanto à motorização conhecidas do grupo 08 mas não referenciadas acima
09.00 Máquinas e equipamentos - portáteis ou móveis - não especificado
09.01 Máquinas portáteis ou móveis - para extracção e trabalho do solo, minas, pedreiras e engenhos de construção/obras públicas
09.02 Máquinas portáteis ou móveis - para trabalho do solo, agricultura
09.03 Máquinas portáteis ou móveis (excl.para trabalho do solo) - para estaleiro de construção
09.04 Máquinas móveis para limpeza dos solos
09.99 Outras máquinas e equipamentos portáteis ou móveis conhecidos do grupo 09 mas não referenciados acima
10.00 Máquinas e equipamentos - fixos - não especificado
10.01 Máquinas fixas para extracção e trabalho do solo
10.02 Máquinas para preparação de materiais, para triturar, pulverizar, filtrar, separar, misturar, amassar
10.03 Máquinas para transformação de materiais - processos químicos (reactores, fermentadores)
10.04 Máquinas para transformação de materiais - processos a quente (forno, secadoras, estufas)
10.05 Máquinas para transformação de materiais - processos a frio (produção de frio)
10.06 Máquinas para transformação de materiais - outros processos
10.07 Máquinas para formar - por prensagem, esmagamento
10.08 Máquinas para formar - por calandragem, laminagem, máquinas de cilindros (incl. máquina para a indústria do papel)
10.09 Máquinas para formar - por injecção, extrusão, sopragem, fiação, moldagem, fusão, fundição
10.10 Máquinas para usinagem - para aplainar, fresar, facejar, amolar, lustrar, girar, furar
10.11 Máquinas para usinagem - para serrar
10.12 Máquinas para usinagem - para cortar, rachar, recortar (incl. prensa de corte, cisalha, guilhotina, oxicorte)
10.13 Máquinas para tratamento de superfícies - limpar, lavar, secar, pintar, imprimir

58
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NA 2ª FASE DAS EEAT

10.14 Máquinas para tratamento de superfícies - galvanização, tratamento electrolítico das superfícies
10.15 Máquinas de montagem (soldar, colar, pregar, aparafusar, rebitar, fiar, cablar, coser, agrafar)
10.16 Máquinas para acondicionar, embalar (encher, etiquetar, fechar)
10.17 Outras máquinas industriais específicas (máquinas diversas de controlo, de ensaios)
10.18 Máquinas específicas utilizadas na agricultura, sem ligação com as máquinas acima referidas
10.99 Outras máquinas e equipamentos fixos conhecidos do grupo 10 mas não referenciados acima
11.00 Dispositivos de transporte e de armazenamento - não especificado
11.01 Transportadores fixos, materiais e sistemas de transporte contínuo - por tapete, escada rolante, teleférico, aparelhos transportadores, etc.
11.02 Elevadores, ascensores, materiais de nivelamento - monta-cargas, elevador de baldes, macaco hidráulico, macaco, etc.
11.03 Gruas fixas, móveis, postas sobre veículos, pontes rolantes, materiais de elevação de carga suspensa
11.04 Dispositivos móveis de transporte, carrinhos de transporte (carrinhos motorizados ou não), carrinho-de-mão, carregador de paletes
11.05 Aparelhos de levantamento, amarra, preensão e materiais diversos de transporte (incl. cabos, ganchos, cordas)
11.06 Dispositivos de armazenamento, embalagem, contentores (silos, reservatórios) - fixos, cisternas, tanques, reservatórios
11.07 Dispositivos de armazenamento, de embalagem, recipientes - móveis
11.08 Acessórios de armazenamento, prateleiras, paletes
11.09 Embalagens diversas, pequenas e médias, móveis (cestos, recipientes diversos, garrafas, caixas, extintor)
11.99 Outros dispositivos de transporte e de armazenamento conhecidos do grupo 11 mas não referenciados acima
12.00 Veículos terrestres - não especificado
12.01 Veículos - pesados: camiões de carga, camionetas e autocarros (transporte de passageiros)
12.02 Veículos - ligeiros: carga ou passageiros
12.03 Veículos - duas, três rodas, motorizados ou não
12.04 Outros veículos terrestres: esquis, patins de rodas
12.99 Outros veículos terrestres conhecidos do grupo 12 mas não referenciados acima
13.00 Outros veículos de transporte - não especificado
13.01 Veículos - sobre carris incl. monocarris suspensos: carga
13.02 Veículos - sobre carris incl. monocarris suspensos: passageiros
13.03 Veículos - náuticos: carga
13.04 Veículos - náuticos: passageiros
13.05 Veículos - náuticos: pesca
13.06 Veículos - aéreos: carga
13.07 Veículos - aéreos: passageiros
13.99 Outros veículos de transporte conhecidos do grupo 13 mas não referenciados acima

59
ANEXO B: Classificações e formatos utilizados na 2ª fase das EEAT

14.00 Materiais, objectos, produtos, componentes de máquina, estilhaços, poeiras -não especificado
14.01 Materiais de construção - grandes e pequenos: agente pré-fabricado, cofragem, viga, tijolo, telha, etc.
14.02 Elementos de construção ou componentes de máquina, de veículo: chassis, carter, manivela, roda, etc.
14.03 Peças trabalhadas ou elementos, ferramentas de máquinas (incl. fragmentos e aparas provenientes destes agentes materiais)
14.04 Elementos de montagem, parafusos, prego, parafuso de porca, etc.
14.05 Partículas, poeiras, estilhaços, pedaços, lascas e outros elementos destruídos
14.06 Produtos da agricultura (incl. grãos, palha, outras produções agrícolas)
14.07 Produtos para a agricultura e produção animal (incl. fertilizante, alimentos para o gado)
14.08 Produtos armazenados - incl. objectos e embalagens armazenados
14.09 Produtos armazenados - em rolos, carretes
14.10 Cargas - transportadas sobre dispositivos de movimentação mecânica, transporte
14.11 Cargas - suspensas a dispositivo de nivelamento, grua
14.12 Cargas - movimentadas à mão
14.99 Outros materiais, objectos, produtos, componentes de máquina conhecidos do grupo 14 mas não referenciados acima
15.00 Substâncias químicas, explosivas, radioactivas, biológicas - não especificado
15.01 Matérias - cáusticas, corrosivas (sólidas, líquidas ou gasosas)
15.02 Matérias - nocivas, tóxicas (sólidas, líquidas ou gasosas)
15.03 Matérias - inflamáveis (sólidas, líquidas ou gasosas)
15.04 Matérias - explosivas, reactivas (sólidas, líquidas ou gasosas)
15.05 Gás, vapores sem efeitos específicos (inertes para a vida, asfixiantes)
15.06 Substâncias radioactivas
15.07 Substâncias biológicas
15.08 Substâncias, matérias - sem perigo específico (água, matérias inertes)
15.99 Outras substâncias químicas, explosivas, radioactivas, biológicas conhecidas do grupo 15 mas não referenciadas acima
16.00 Dispositivos e equipamentos de segurança - não especificado
16.01 Dispositivos de segurança - em máquina
16.02 Dispositivos de protecção - individuais
16.03 Dispositivos e aparelhos - de socorro
16.99 Outros dispositivos e equipamentos de segurança conhecidos do grupo 16 mas não referenciados acima

60
ANEXO B: CLASSIFICAÇÕES E FORMATOS UTILIZADOS NA 2ª FASE DAS EEAT

17.00 Equipamentos de escritório e pessoais, material de desporto, armas, equipamento doméstico - não especificado
17.01 Mobiliário
17.02 Equipamentos informáticos, burótica, reprografia, comunicação
17.03 Equipamentos para ensino, escrita, desenho - incl. máquina de escrever, de timbrar, ampliador, horodatador
17.04 Objectos e equipamentos para desporto e jogos
17.05 Armas
17.06 Objectos pessoais, vestuário
17.07 Instrumentos musicais
17.08 Equipamento, utensílios, objectos, roupa de tipo doméstico (utilização profissional)
17.99 Outros equipamentos de escritório e pessoais, material de desporto, armas, conhecidos do grupo 17 mas não referenciados acima
18.00 Organismos vivos e seres humanos - não especificado
18.01 Árvores, plantas, culturas
18.02 Animais domésticos e de produção animal
18.03 Animais - animais selvagens, insectos, serpentes
18.04 Micro-organismos
18.05 Agentes infecciosos virulentos
18.06 Seres humanos
18.99 Outros organismos vivos conhecidos do grupo 18 mas não referenciados acima
19.00 Resíduos diversos - não especificado
19.01 Resíduos diversos - de matérias, produtos, materiais, objectos
19.02 Resíduos diversos - de substâncias químicas
19.03 Resíduos diversos - de substâncias biológicas, vegetais, animais
19.99 Outros resíduos diversos conhecidos do grupo 19 mas não referenciados acima
20.00 Fenómenos físicos e elementos naturais - não especificado
20.01 Fenómenos físicos - barulho, radiação natural, luz, arco luminoso, pressurização, despressurização, pressão
20.02 Elementos naturais e atmosféricos (incl. extensões de água, lama, chuva, granizo, neve, gelo, ventania, etc.)
20.03 Catástrofes naturais (incl. inundação, vulcanismo, tremor de terra, maremoto, fogo, incêndio, etc.)
20.99 Outros fenómenos físicos e elementos conhecidos do grupo 20 mas não referenciados acima
99.00 Outros agentes materiais não referenciados nesta classificação

61
APPENDIX B: CLASSIFICATIONS AND FORMATS USED FOR ESAW

Formatos agregados
Os formatos infra são os utilizados para as variáveis idade e data, em publicações. No tocante às outras variáveis,
alguns quadros de publicações apresentam dados agregados a nível da primeira posição, incluindo na estrutura de
nível de uma posição, como indicado supra em relação aos agentes materiais.

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Idade do sinistrado Classes de idades Numérico - Formato de classes de idades
No. de caracteres 2

O formato de idade define-se de acordo com os intervalos seguidamente indicados.

Código Designação
<18 0 -17 anos
18-24 18 -24 anos
25-34 25 -34 anos
35-44 35 -44 anos
45-54 45 -54 anos
55-64 55 -64 anos
>64 65 anos ou mais
99 Idade desconhecida

VARIÁVEL: CLASSIFICAÇÃO: FORMATO:


Data do acidente Mês (data) Numérico - Formato de mês
No. de caracteres 2

Código Designação: Mês do acidente Referência à classificação 'YYYYMMDD'


Intervalos de datas
00 Data do acidente desconhecida
01 Janeiro [1.1 - 31.1]
02 Fevereiro [1.2 - 29.2]
03 Março [1.3 - 31.3]
04 Abril [1.4 - 30.4]
05 Maio [1.5 - 31.5]
06 Junho [1.6 - 30.6]
07 Julho [1.7 - 31.7]
08 Agosto [1.8 - 31.8]
09 Setembro [1.9 - 30.9]
10 Outubro [1.10 - 31.10]
11 Novembro [1.11 - 30.11]
12 Dezembro [1.12 - 31.12]

62
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

Anexo C – Guia de utilização das classificações

Tipo de lesão
Princípio geral de codificação: No caso de lesões múltiplas sofridas num acidente em que uma das lesões seja
obviamente mais grave do que as outras, este acidente deverá classificar-se no grupo correspondente à natureza
da lesão mais grave. O código 120 "Lesões múltiplas" só deverá ser utilizado nos casos em que o sinistrado tenha
sofrido dois ou mais tipos de lesões, não sendo possível distinguir qual a mais grave.

O quadro que se segue indica inclusões e exclusões em relação a cada código. Incluem-se igualmente remissões
para a classificação de doenças profissionais CID10 da OMS.

A classificação utilizada respeita, na medida do possível, a classificação do BIT para tipo de lesão que consta da
Resolução BIT "Estatísticas de Lesões Profissionais Resultantes de Acidentes de Trabalho". Todavia, subsistem algumas
diferenças, pouco significativas, pelo que o quadro infra faculta a conversão entre os códigos EEAT e os códigos BIT.

Código Designação Inclui Exclui Referência CID-10 Códigos


do BIT

000 Lesão desconhecida Informação não disponível 10


010 Feridas e lesões 1
superficiais
011 Lesões superficiais Contusões, equimoses, Mordeduras de animais S00, S10, S20, 1.01
hematomas, escoriações, venenosos (código S30, S40, S50,
arranhões, bolhas, picadas 071) S60, S70, S80,
S90, T00, T15-T19
de insectos não venenosos,
feridas superficiais; inclui
igualmente feridas no couro
cabeludo e lesões superficiais
provocadas por corpos
estranhos que entrem no
olho, ouvido, etc.
012 Feridas abertas Lacerações, feridas abertas, Amputações, enucleações, S01, S11, S21, 1.02
cortes, contusões com ferida, arrancamento de olho S31, S41, S51,
bem como perda de unhas; (código 040); fracturas S61, S71, S81,
S91, T01
feridas implicando lesão de expostas (código 022);
músculos, tendões e nervos queimaduras com ferida
aberta (código 061);
lesões superficiais
(código 011)
019 Outros tipos de -
feridas e de lesões
superficiais
020 Fracturas 2
021 Fracturas simples Fracturas simples; fracturas S020, S120, S220, 2.01
ou fechadas com lesões nas articulações S320, S420, S520,
(deslocações, etc.); fracturas S620, S720, S820,
S920, T020, S080,
com lesões internas ou lesão
T100, T120
de nervos
(0=fractura simples
ou fechada)
022 Fracturas expostas Fracturas com lesões em S021, S121, S221, 2.02
partes moles do corpo S321, S421, S521,
(fracturas expostas) S621, S721, S821,
S921, T021, S081,
T101, T121
(1=fractura exposta)

63
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

029 Outros tipos de 2.03


fracturas
030 Deslocações, Todas as perturbações músculo- 3
entorses e esqueléticas provocadas por
distensões esforço excessivo dos músculos,
tendões, ligamentos e articulações
031 Deslocações Subluxações e deslocamento Deslocações com (S03, S13, S23, 3.01
das extremidades articulares fractura (código 021); S33, S43, S53,
dos ossos S63, S73, S83,
S93, T03, T11.2,
T13.2, T14.3)
032 Entorses e Esforço excessivo que Os deslocamentos das (S03, S13, S16, 3.02
distensões provoque rupturas, fissuras e extremidades S23, S29.0, S33,
lacerações de músculos, articulares dos ossos S39.0, S43, S46,
S53, S56, S63,
tendões, ligamentos (e devem ser codificados
S66, S73, S76,
articulações) - bem como em 031; se associados S83, S86, S93,
hérnias a uma ferida aberta S96, T03, T06.4,
devem ser codificados T09.5, T11.2,
em 012 T11.5, T13.2,
T13.5, T14.3,
T14.6, T73.3)
039 Outros tipos de -
deslocações,
entorses e
distensões
040 Amputações Amputações e lesões por S07, S08, S17, 4
(perda de partes esmagamento, enucleações, S18, S28, S38,
incluindo arrancamento de S47, S48, S57,
do corpo)
S58, S77, S78,
olho e perda de orelha(s)
S87, S88, S97,
S98, T04, T05
050 Concussões e Todas as lesões internas, Feridas abertas (código 5
lesões internas sem fractura, hemorragias, 012) e lesões
lacerações, rupturas no implicando fractura
cérebro e órgãos internos (códigos do grupo 020)
051 Concussões Lesões intracranianas S06 (5)
052 Lesões internas Lesão de órgãos torácicos, S15-S16,S25-S27, (5)
abdominais e pélvicos S35-S37, S45-
S46, S55-S56,
S65-S66, S75-
S76, S85-S86,
S95-S96
059 Outros tipos de -
concussões e
lesões internas
060 Queimaduras, 6
escaldaduras,
congelação
061 Queimaduras, Queimaduras provocadas por Efeitos de radiação (T20-T32, T95) 6.01,
escaldaduras objectos quentes ou lume; excepto queimaduras T75.4, L55 6.03
(térmicas) escaldaduras; queimaduras (código 102)
por fricção; queimaduras de
radiação (infravermelhos);
queimaduras solares; efeitos
de descargas eléctricas
atmosféricas; queimaduras
provocadas por corrente
eléctrica, queimadura com
ferida aberta

64
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

062 Queimaduras Queimaduras químicas Queimaduras (T20-T32, T95) 6.02


químicas (exclusivamente queimaduras provocadas pela
(corrosão) externas) ingestão de
substâncias corrosivas
ou cáusticas (código
071)
063 Congelação Efeitos de baixas Temperatura corporal T33-T35, (T95) 6.04
temperaturas (queimaduras anormalmente baixa
provocadas pelo frio); (hipotermia) e outros
ulceração da pele, tecidos efeitos de frio
mortos (necrose) excessivo (código 103)
069 Outros tipos de -
queimaduras,
escaldaduras e
congelação
070 Envenenamentos 7
(intoxicações),
infecções
071 Envenenamentos Efeitos agudos da injecção, Queimaduras químicas T36-T65, T96, T97 7.01
(intoxicações) ingestão, absorção ou externas (código 062);
agudos inalação de substâncias choque anafiláctico
tóxicas, corrosivas ou (código 119)
cáusticas; mordedura de
animais venenosos; asfixia
por monóxido de carbono ou
outros gases tóxicos.
072 Infecções agudas Infecções provocadas por A00 - B99 7.02
vírus, bactérias e outros
agentes infecciosos
079 Outros tipos de -
envenenamentos
(intoxicações),
infecções
080 Afogamento e (8)
asfixia
081 Asfixia Asfixia ou sufocação por Asfixia por monóxido T17, T71 8.05
compressão, constrição ou de carbono ou outros
estrangulamento; inclui casos tóxicos (código
igualmente asfixia por 071)
supressão ou redução do
oxigénio na atmosfera
circundante e asfixia
provocada por corpos
estranhos nas vias
respiratórias.
082 Afogamento ou Asfixia tal como definida T75.1 8.08
submersões não em 081; soterramento
mortais sob materiais ou outras
massas não líquidas,
como por exemplo,
neve, terra, etc.
089 Outros tipos de -
afogamento e
asfixia
090 Efeitos de ruído, (8)
vibrações e pressão

65
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

091 Perdas de audição Perda de audição parcial ou (H83.3) (8.09)


agudas total
092 Efeitos de pressão Efeitos causados pela pressão T70 8.04
atmosférica ou pressão da água
(barotrauma)
099 Outros efeitos de Traumatismos provocados (H83.3), T75.2 (8.09)
ruído, vibrações e por ruído, síndroma do
pressão martelo pneumático, etc.
100 Efeitosdetemperaturas (8)
extremas, luz e
radiações
101 Insolações Efeitos de calor natural Choque provocado por T67 8.02
(insolação) ou calor artificial descargas eléctricas
excessivos atmosféricas (código
112); queimaduras
solares (código 061)
102 Efeitos de Efeitos de raios-X, (T66) 8.01
radiações (não- substâncias radioactivas,
térmicas) raios ultravioletas, radiações
ionizantes, olhos de soldador
103 Efeitos de baixas Hipotermia acidental e outros Congelação (código T68-T69 8.03
temperaturas efeitos provocados por baixas 063)
temperaturas
109 Outros efeitos de -
temperaturas extremas,
luze radiações
110 Choques (8)
111 Choques após Choque após agressão e Choque anafiláctico (F43.0), (T74) 8.06
agressão e ameaças; por exemplo após (código 119) choque
ameaças um assalto, agressões de após lesões traumáticas
clientes, "conflitos sociais" (código 112)
112 Choques Choques eléctricos, choques Choque anafiláctico (T75.0), T75.4, 8.07,
traumáticos provocados por descargas (código 119), agressão T79.4 8.10
eléctricas atmosféricas, e ameaças (código
choques imediatos ou 111), casos sem lesão
retardados após lesão física directa
119 Outros tipos de Agressões de animais sem lesão (F43.0),(T78.0, -
choques física directa, desastres naturais ou T78.2)
outros eventos sem causa humana
directa que não provoquem lesões
físicas directas; choque anafiláctico
120 Lesões múltiplas Este grupo utiliza-se apenas -
para casos em que o
sinistrado tenha sofrido dois
ou mais tipos de lesões
igualmente graves.
999 Outras lesões Este grupo apenas deve ser (S09), S19, S29, 8.19
especificadas não utilizado para classificar lesões S39, S49, S59,
que não tenham sido incluídas S69, S79, S89,
incluídas noutras
S99, T07-T14,
rubricas noutras rubricas:
T73, T75, T78,
lesões de nervos e da espinal T79-T94, T98
medula; lesões em vasos S04, S14, S24,
sanguíneos; corpos estranhos S34, S44, S54,
que entrem por um orifício S64, S74, S84,
natural; ..etc. S94; T15-T19;
T69; T75.3; (T78)

66
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

Comentários gerais quanto às variáveis sobre causas e circunstâncias

Organização das variáveis


As variáveis introduzidas na Fase III sobre causas e circunstâncias fornecerão as informações suplementares,
necessárias para determinar o local do acidente e, mais especificamente, o modo segundo o qual se desenrolou o
acidente, por forma a elaborar uma política de prevenção.

As variáveis Posto de trabalho, Tipo de local e Tipo de trabalho descrevem as circunstâncias em que os acidentes
ocorrem. As várias etapas registam o desenrolar do acontecimento sob a forma de três pares de variáveis. Um acidente
constitui, frequentemente, uma sequência de acontecimentos. Os responsáveis pelo inquérito têm, muitas vezes,
tendência a concentrar-se no momento preciso em que a lesão se produziu. No entanto, no que respeita à prevenção,
tanto a descrição do instante em que algo de anormal se produziu, como a descrição do que fazia o sinistrado no
momento do acidente, são tão ou mais importantes.

Os três pares de variáveis compõem-se do seguinte modo:


i) Actividade física específica e Agente material associado;
ii) Desvio e Agente material associado;
iii) Contacto - Modalidade da lesão e Agente material associado.

Cada par compreende uma acção (um nome, mas que poderia, também, exprimir-se através de um verbo) e um
objecto. O que proporciona um registo muito flexível e preciso, já que as possibilidades de combinação são
múltiplas, sem ter de se recorrer a classificações demasiado importantes. Haverá um Agente material codificado
para cada um dos três níveis, mas apenas uma única classificação. Isto não significa que o mesmo "agente material"
tenha que ser codificado três vezes. Em muitos casos codificar-se-ão Agentes materiais diferentes. Para tal, será
necessário distinguir os diferentes Agentes materiais presentes no desenrolar do acontecimento. No entanto, uma
melhor prevenção justifica este esforço suplementar.

i) A «Actividade física específica» e o seu Agente material associado indicam o que o sinistrado fazia aquando do
acidente. Esta actividade é definida de maneira pormenorizada, diferindo, assim, do «Tipo de trabalho», que fornece uma
perspectiva mais generalizada do trabalho efectuado.
Exemplo: Ao fazer a limpeza (Tipo de trabalho 53) o sinistrado subia (Actividade física específica 61) a escada
(Agente material associado 02.01).
Exemplo: Durante o fabrico de um móvel (Tipo de trabalho 11), o sinistrado levantou com as mãos (Actividade física
específica 51) um pedaço de madeira (Agente material associado 14.11).

ii) O «Desvio» e o seu Agente material associado indicam o que se passou de anormal e conduziu, portanto, ao
acidente. O acontecimento desviante não descreve as causas profundas e ainda menos as responsabilidades.
Descreve, simplesmente, o que ocorreu de um modo anormal, ou no caso de uma cadeia de ocorrências
anormais, qual o último elemento dessa cadeia.
Exemplo: O sinistrado caiu (Desvio 51) na escada (Agente material associado 02.01),
Exemplo: O sinistrado perde o controlo (Desvio 43) de uma chave de fendas manual (Agente material associado
07.05).

iii) O «Contacto - Modalidade da lesão» e o seu Agente material associado indicam a forma como o sinistrado
entrou em contacto com o Agente material lesivo. Trata-se de uma descrição precisa do modo como o sinistrado
se lesionou.
Exemplo: O sinistrado caiu e bateu (Contacto - Modalidade da lesão 31) no chão (Agente material associado
01.02),
Exemplo: O sinistrado é atingido (Contacto - Modalidade da lesão 42) por uma chave de fendas (Agente material
associado 07.05) que cai.

Especificações sobre a utilização do código 00 ou 99


A utilização do código 00 ou 000 indica ausência de informação: a declaração de acidente não fornece as
informações que permitem a codificação. Na primeira linha de cada classificação o código 00 ou 000 corresponde
a "Nenhuma informação".

Ao contrário, a utilização do código 99 ou 999 significa que a informação é conhecida mas que não existe um
código que lhe corresponda na lista. Na última linha de cada lista o código 99 ou 999 corresponde a: Outro/a
«designação da variável» não referido/a nesta classificação.
67
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

Do mesmo modo, para os grupos 10, 20, 30, (ou 010, 020, 030, etc.), o código que termina por «0» significa que se
possui informação suficiente para escolher um dos grupos, mas sem se poder ir mais longe por insuficiência na
especificação dos dados. Quanto aos códigos 19, 29, 39 (ou 019, 029, 039, etc.), indicam uma informação específica
que releva da sua rubrica, mas sem código correspondente na lista. Por exemplo: para a variável Tipo de Local,
compreendemos, a partir da leitura da declaração de acidente, que este último se produziu nas instalações de uma
empresa industrial, sem mais pormenores; codifica-se, então, «010: Zona industrial - Não especificado». No entanto,
se, a partir da leitura da declaração, for possível discernir qual o tipo de zona industrial onde ocorreu o acidente,
embora tal zona não figure na lista, codifica-se «Outro tipo de local conhecido do grupo 010 mas não referido acima».

Particularidades do Agente material


Existem casos em que o Agente material é o mesmo para as 3 variáveis a que está associado, podendo, no entanto,
variar a cada variável (3 agentes distintos). É necessário registar para cada variável o agente mais pertinente e que
permita reconstituir a história do acidente da maneira mais completa, mais verídica e mais útil possível à prevenção.
Neste contexto geral, convém igualmente respeitar as regras constantes do guia de utilização das variáveis: o Agente
material codificado para a Actividade física específica deve ser aquele cuja relação com o acidente ou a lesão é a
mais próxima, para o desvio, aquele que intervém em último lugar (o mais próximo, no tempo, do contacto lesivo) e
para o Contacto - Modalidade da lesão - aquele que tem a ver com a lesão mais grave. O Agente mais «específico»,
de acordo com estes critérios, é em geral, de facto, mais útil à compreensão e à prevenção do que o Agente de
âmbito mais geral.

Em certos casos não existe Agente material a procurar, nem tão pouco, portanto, a codificar. Tome-se o seguinte
exemplo: uma operadora de caixa numa loja está de pé. Vira-se para atender um cliente, mas o movimento
provoca uma lesão interna que a deixa imobilizada. Trata-se de uma caso de auto-lesão. O sinistrado magoou-se
sozinho, sem tocar em nada e sem transportar qualquer carga. Foi, como tal, um qualquer movimento do sinistrado
(Actividade Física Específica - «Fazer movimentos no mesmo lugar - código 67») cujo resultado se exprime sob a
forma de um Desvio - «Movimento do corpo em torsão, em rotação - código 74» - que se traduz por um Contacto -
Modalidade da Lesão («Constrangimento Físico - sobre o sistema músculo-esquelético - código 71»). Nenhum
Agente material está associado a qualquer uma das 3 variáveis, devendo, portanto, utilizar-se o código 00.01
«Nenhum Agente material» para cada um dos 3 Agentes.

É igualmente possível que a acção da Actividade Física Específica, do Desvio e do Contacto - Modalidade da Lesão
em causa se realize com a intervenção ou utilização de um Agente material, embora a leitura da declaração de
acidente possa não permitir discernir isto, caso não haja informações que permitam esta identificação e, por
conseguinte, a codificação do respectivo agente material. Trata-se aqui de um caso de codificação em 00.00
«Nenhum agente material ou Nenhuma informação». Por outro lado, uma ferida aberta implica a utilização do código
00.02 «Nenhuma informação», visto que há sempre um Agente material.

Quanto aos Estados-Membros que pretendem codificar os Agentes materiais com mais pormenor, no Anexo D
figura uma classificação de 4 posições (8 dígitos), facultativa (o Eurostat utiliza apenas a classificação de duas
posições).

Posto de trabalho

O conceito de posto de trabalho "habitual" é considerado em sentido estrito: posto de trabalho fixo numa oficina,
armazém, escritório e, de modo mais geral, "unidade local" habitual de trabalho (instalação da unidade local do
empregador).

Inversamente, o conceito de "ocasional" é amplo e abrange quer profissões cujo posto de trabalho é "móvel", como
condutores de veículos pesados, trabalhadores da construção civil, instaladores, reparadores, polícias, agentes de
segurança, pessoal de manutenção das vias públicas, etc., e situações efectivamente ocasionais de pessoas que
normalmente trabalham num posto de trabalho fixo: afectação temporária num posto de trabalho fixo, mas
diferente do habitual, nomeadamente numa outra unidade local, que não a habitual, intervenção específica fora do
estabelecimento habitual, nas instalações de um cliente ou de uma outra empresa (reunião, missão, visita
comercial, etc.), incluindo o período de transporte entre a empresa e o local de intervenção. De igual modo, as
afectações temporárias por empresas intervenientes numa outra empresa, as missões temporárias bem como o
teletrabalho são sistematicamente considerados como postos de trabalho "ocasionais".

68
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

Tipo de local
Definição
Trata-se do ambiente geral, lugar ou local de trabalho onde se produziu o acidente. Descreve o ambiente
geográfico em que a pessoa se encontrava a trabalhar, por onde passava, ou onde estava simplesmente presente
(por razões de trabalho) no momento do acidente.

Desenvolvimento
O tipo de actividade efectuada pelo sinistrado não deve ser tomado em consideração. Excepto no caso de
estaleiros e construções (códigos 020-029). Neste caso, o uso principal a que o local se destina não é importante,
o que conta é a actividade de estaleiro, de construção. Por exemplo: a renovação de um salão de baile codifica-se
021. Mas trabalhos leves de manutenção empreendidos num ponto de venda suscitam a seguinte codificação: 043
para Tipo de local e 52 para Tipo de trabalho (cf. mais abaixo). Outro exemplo: para operações como a
substituição de uma lâmpada numa loja, ou uma intervenção num frigorífico (reparar, acrescentar gás) num
supermercado, o Tipo de local será codificado 043; em contrapartida, para a substituição de cabos eléctricos, ou
para a remoção de amianto nestes mesmos pontos de venda, o Tipo de local será codificado 021.

Considera-se que os acessos, corredores, escadas e outras dependências comuns e anexos dos locais abaixo
descritos fazem parte desses mesmos locais, sendo codificados da mesma forma. O corredor de um hospital é
codificado 051, a escada de uma fábrica é codificada 011.

A classificação do local de trabalho é organizada em divisões abrangentes.

010 - 019 - Zona industrial


Trata-se dos locais destinados principalmente à elaboração de produtos de qualquer natureza (011). As oficinas de
produção alimentar, incluindo produtos agrícolas, e, de uma forma geral, todos os locais onde se produzem bens e
objectos devem codificar-se 011. O grupo 010 compreende as zonas ou áreas de manutenção e reparação no
sentido de oficina de reparação de motores e máquinas, em aeronáutica, etc. (012). Não há limite quanto à
dimensão do agente material em manutenção, desde que esta zona possa ser identificada claramente enquanto
zona de manutenção (por oposição à zona de produção). Na mesma linha, uma lavandaria industrial é igualmente
codificada 012. Este grupo compreende, também, locais de armazenamento, carregamento e descarga (código
013).

020 - 029 Estaleiro, construção, pedreira, mina a céu aberto


Estaleiros de construção e de obras públicas. Distingue-se entre estaleiros de construções novas (021) e outros
estaleiros (restauro, manutenção, etc., código 022). Este grupo inclui igualmente as minas a céu aberto e as
pedreiras em exploração (023). Estes códigos compreendem também as superfícies, subterrâneas (024) ou sobre
a água (025), sempre que tais superfícies sejam ocupadas por um estaleiro de construção ou de obras públicas.
Os estaleiros submarinos ou debaixo de água (oceanos, mares e águas interiores) devem codificar-se 026.

030 - 039 Área de agricultura, produção animal, piscicultura, zona florestal


Locais destinados principalmente aos trabalhos de natureza agrícola, florestal, piscícola, cobertos ou ao ar livre; p.
ex.: estábulo (031), estufa, campo de trigo (032), vinhas e pomares (033), viveiro (034), jardim (036).

040 - 049 Local de actividade terciária, escritório, entretenimento, diversos


Locais destinados principalmente a trabalhos de natureza terciária, intelectual ou de serviços. Os escritórios das
administrações centrais e públicas codificam-se 041. Salões de cabeleireiro e lavandarias automáticas têm o
código 043. Do código 044 fazem parte os locais de criação artística, tais como os estúdios de radiotelevisão e os
locais de filmagens. As esquadras de polícia, casernas de bombeiros e semelhantes codificam-se 049.

050 - 059 Estabelecimento de saúde


Estabelecimentos - médicos, ou não - onde se incluem os estabelecimentos de geriatria e berçário, de cura,
talassoterapia.

69
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

060 - 069 Local público


Os locais públicos exercem as funções de local aberto às deslocações do público. Corredores de circulação,
escadas e parques de estacionamento codificam-se 061 somente no caso de estarem abertos ao público, não
sendo incluídos noutro código relativo a Tipo de local de trabalho.
Os meios de transporte terrestres (estrada, caminho-de-ferro), sejam eles públicos ou privados, codificam-se neste
grupo, com o código 062, desde que o local do acidente possa considerar-se «sobre» ou «dentro» desse mesmo
meio de transporte (mas não na infra-estrutura do mesmo, cf. código 063 mais abaixo). Pelo contrário, se o
acidente tiver ocorrido debaixo de um túnel, o tipo de local deve codificar-se 101. Em relação aos acidentes
ocorridos a bordo de meios de transporte aéreos ou náuticos, devem codificar-se, respectivamente, 093 e 111 ou
112.

Por último, certos locais públicos podem incluir zonas de acesso limitado, pertencendo estas ao código 063. Assim,
uma operação de manutenção nas vias férreas (não subterrâneas) codifica-se 063. Os trabalhos de abastecimento
de um avião na pista codificam-se 063. Trocar uma lâmpada de um candeeiro numa estação de caminhos-de-ferro
é um trabalho em altura, codificado 092; limpar um átrio de uma estação codifica-se 062, mas limpar o balastro da
via releva do código 063.

g) 070 - 079 Domicílio


Trata-se do caso em que o acidente ocorre num domicílio privado (071) - o do sinistrado, ou outro (caso dos
trabalhadores no seu próprio domicílio, mas também daqueles que trabalham no domicílio privado dos seus
clientes, como canalizadores e pintores).

080 - 089 Local de actividade desportiva


Terrenos e salas de desporto, distinguindo-se se interiores ou exteriores. Os códigos compreendem todos os
desportos de exterior (pista de esqui, circuito de corrida automóvel, pista de bicicletas, etc.) e todas as salas onde
se podem praticar desportos de interior.

Locais especiais - 090 - 099 No ar, em altura - com exclusão dos estaleiros -100 - 109 Subterrâneo - com exclusão dos
estaleiros - 110 - 119 Sobre a água - com exclusão dos estaleiros.
Estes códigos são utilizados sempre que a situação de trabalho os exigir, com exclusão dos casos de estaleiros
(que são codificados no grupo 020). No que respeita aos códigos 090, trata-se geralmente, excepto para os aviões,
de situações onde existe risco de queda.

120 -129 Em meio hiperbárico - com exclusão dos estaleiros


Trata-se de local de trabalho onde o sinistrado está em meio hiperbárico: câmara, mergulho...

Observações
Em certos casos, vários códigos parecem convir; os seguintes exemplos explicam o que se deve fazer:

1 sala de desporto num estabelecimento de ensino,


2 oficina numa escola técnica,
3 biblioteca num hospital,
4 armazém numa fábrica,
5a trabalho normal em vias férreas subterrâneas,
5b construção de um subterrâneo para vias férreas ou esgotos,
6 trabalhos de restauro de edifício numa biblioteca,
7 zona de recepção de mercadorias no armazém de um hipermercado.

O código a seleccionar é o que corresponde ao local mais preciso:


1 codifica-se sala de desporto 081,
2 codifica-se oficina 011,
3 codifica-se biblioteca 041,
4 codifica-se armazém 013,
5 codifica-se debaixo da terra 101,
5b codifica-se estaleiro subterrâneo 023,
6 codifica-se estaleiro 021,
7 codifica-se armazenagem, carregamento, descarregamento 013.

70
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

Resumindo, através do exemplo da formação, uma sala de aulas num liceu codifica-se 042. Da mesma forma,
uma sala de formação numa fábrica, ou uma escola de teatro num local para espectáculos codificam-se 042, mas
uma formação de aprendiz com máquina em oficina é 011.

Os estaleiros de construção naval (construção ou reparação) codificam-se 011/012 quando esta actividade é feita
em terra, mas a mesma actividade empreendida no mar é codificada 111.

O código escolhido deve ser o do local mais associado ao risco efectivo no momento do acidente. Por exemplo,
uma pessoa que se desloca para o trabalho de metropolitano escorrega num dos corredores - o Tipo de local é
codificado 061. Um trabalhador a colar cartazes cai da parte superior da sua escada no mesmo corredor do
metropolitano - o código é também 061. Um varredor atropelado por um automóvel enquanto varria o passeio de
um túnel rodoviário verá o seu local de trabalho codificado 101.

O mesmo raciocínio deve aplicar-se aos termos genéricos que podem abarcar vários locais. No caso do
laboratório, se se tratar de um local de ensino, codifica-se 042, se for um laboratório clínico, o código a utilizar é o
059. No caso de laboratórios em supermercados (preparação das carnes), o código é o 011, o mesmo a aplicar
aos laboratórios em fábricas.

Pode acontecer que o local do acidente implique várias vítimas, sendo que para cada uma a codificação do local
de trabalho pode ser diferente.

Exemplo: uma grua cai sobre o estaleiro de construção de uma ponte, vários elementos caem na via pública -
codificar-se-á estaleiro (021) para o operador de grua, mas meio de transporte (062) para o automobilista que
embate contra elementos da grua caídos na estrada.

Tipo de trabalho
Definição
Trata-se da actividade geral, da tarefa da pessoa no momento do acidente. Não é a sua profissão nem, pelo
contrário, a Actividade física específica precisa no próprio momento do acidente. Diz respeito a uma descrição do
tipo de trabalho em sentido lato, ou seja, a tarefa efectuada pelo sinistrado ao longo de um determinado período de
tempo, até ao momento do acidente.

Desenvolvimento
Trata-se de decompor a actividade económica em diferentes tarefas com características comuns, sendo que cada
tarefa constitui ela própria uma grande classe de trabalhos e tarefas, embora a uma escala inferior. Outro modo de
descrever o Tipo de trabalho é observando o caminho, as diferentes etapas que determinado produto percorre,
desde a sua concepção à respectiva produção. A produção de um produto é uma cadeia de acontecimentos que
se entrelaçam. Cada acontecimento suscita o uso de um diferente Tipo de trabalho. A decomposição desta cadeia
de acontecimentos é independente das dimensões do produto, da quantidade produzida, assim como do facto de
se tratar, ou não, de um produto físico.

A mesma pessoa pode, de facto, desempenhar diferentes tarefas durante o seu dia de trabalho. São essas as
tarefas, no sentido lato do termo, aqui codificadas. Há uma certa ideia de duração na tarefa. A Actividade física
específica é muito mais precisa e pode ser isolada da cadeia de acontecimentos que conduzem ao acidente. Em
cada caso, é necessário adaptar o par Tipo de trabalho - Actividade física específica de acordo com a descrição do
acidente, sendo que a Actividade física específica acrescenta precisão à descrição do acidente, iniciada com a
codificação do Tipo de trabalho.

Se a Actividade física específica for uma acção isolada no próprio momento do acidente, o Tipo de trabalho não deverá
ser muito vago. Não só não corresponderá à actividade económica da empresa, nem à profissão do sinistrado, tal como
indicado anteriormente, como convém ainda separar bem as tarefas de natureza distinta. Assim, não é porque alguém
executou durante toda a manhã a mesma tarefa, por exemplo, limpar uma máquina, que se deve codificar a tarefa
aquando do acidente com o código correspondente à limpeza (53) - no caso de o trabalhador ter tido o acidente ao dirigir-
se ao refeitório dentro das instalações da empresa, durante o intervalo para almoço, trata-se, sim, de uma tarefa de
circulação (61), independentemente da profissão do sinistrado e da actividade económica da sua empresa (ou da
empresa em que o sinistrado se encontrava aquando do acidente, caso não se tratasse da sua própria empresa). Pelo
contrário, uma pessoa que vá de escritório em escritório para os limpar, e que torça o pé ao caminhar no corredor entre
dois escritórios, estava realmente a executar uma tarefa de limpeza (53), e não de circulação, no momento do acidente.
71
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

10 - 19 Produção, transformação, tratamento - de todos os tipos


O código 10 refere-se à actividade industrial, mas também à transformação dos produtos agrícolas, e não tem em
linha de conta a dimensão da empresa ou da oficina. Incluem-se aqui as tarefas que se traduzem directamente por
um objecto, produto ou pelo seu armazenamento. Por exemplo: a actividade de charcutaria industrial ou artesanal
codifica-se 10; em contrapartida, a tarefa de criação de porcos consta do ponto 33. As tarefas de armazenamento
de todo o tipo, incluindo as cargas e descargas inerentes à tarefa de armazenar, são codificadas à parte, em 12.

20 -29 Terraplenagem, construção, conservação, demolição


Os códigos 20-29 referem-se a todas as actividades de terraplenagem, construção de edifícios em alvenaria ou
não, temporária ou não, bem como às actividades de reparação e conservação de edifícios e obras públicas.
Todas as operações de terraplenagem e nivelamento são codificadas 21. Todas as operações de construção nova
- casas, edifícios, hangares, mercados (tudo o que é fechado ou tem telhado) - devem codificar-se em 22. No que
respeita à construção de pontes, barragens, estradas, perfuração de túneis, escavação de canais, é necessário
utilizar o código 23.

Trata-se de infra-estruturas em geral abertas, onde o homem, em geral, não permanece. Por exemplo, no que
respeita à construção de um novo aeroporto: a terraplenagem deve ser codificada em 21, a construção do próprio
edifício e dos hangares em 22, a construção do pavimento e das pistas em 23, a renovação de um velho aeroporto,
transformando-o num museu, em 24. Voltar a pintar uma parede ou um tecto não pertence à manutenção de
máquinas, ferramentas e equipamentos (52), mas antes à conservação de edifício (24). Este código 24 considera
também as renovações de grande envergadura: museus, torres, residências privadas, além da renovação de obras de
arte. O código 25 refere-se a todas as actividades de demolição de edifícios e obras de arte. Os códigos 24 e 25
consideram todas as renovações e demolições de modo simétrico à distinção feita entre os códigos 22 e 23.

30 -39 Tarefa de tipo agrícola, florestal, hortícola, piscícola, com animais vivos
O código 31 refere-se a tudo aquilo ligado aos trabalhos do solo: lavoura, estrumação, etc. O código 32 refere-se a
todos os trabalhos agrícolas relativos às plantas (frutos, trigo, flores / plantar, cultivar, colher). Note-se que o código
33 se refere às funções (cuidados, criação...) em ou com animais vivos. A silvicultura deve codificar-se em 34.
Tudo o que se refere à pesca industrial ou artesanal, produção e exploração de produtos provenientes do mar,
lagos e rios faz parte do ponto 35.

40 -49 Tarefa de serviço prestado à empresa e - ou à pessoa humana; trabalho intelectual


Com os códigos 40 serão codificadas todas as actividades que não se traduzem por um objecto físico manuseável
e em que se possa tocar. Por exemplo: a concepção de um programa informático codificar-se-á 42, a sua
produção em forma de CD-ROM ou disquete terá o código 10, a sua comercialização, 43.

50 -59 Trabalhos ligados às tarefas codificadas 10, 20, 30 e 40


Com os códigos 50 serão codificadas todas as actividades que envolvem as tarefas codificadas em 10, 20, 30 e
40. Trata-se, aqui, dos trabalhos que não se concretizam directamente por um objecto ou produto. Por exemplo, a
instalação de um carburador num motor na cadeia de montagem é codificada 11, mas a mudança de um
carburador durante uma revisão numa garagem é codificada 52. Mesmo que se trate do mesmo carburador num
motor idêntico, pois o trabalhador empreende uma tarefa diferente. Em 10 trata-se de um processo industrial e
repetitivo, em 52 trata-se de um processo de carácter mais artesanal e, por conseguinte, único. Como tal, é preciso
estabelecer bem a diferença entre as actividades de «produção» propriamente ditas , quer se trate de uma tarefa
de tipo «industrial» (códigos 10), «de construção» (códigos 20), de tipo «agrícola» (códigos 30), ou «de serviço»
(códigos 40). Os exemplos seguintes facilitarão a boa compreensão:

No caso de um estaleiro de construção de um edifício novo, a preparação do estaleiro codifica-se 51, mas a
terraplenagem que lhe sucede recebe o código 21. Em seguida, a montagem de uma grua no estaleiro é codificada
51, mas a manutenção ou reparação da mesma grua na obra é codificada 52. A tarefa de construção propriamente
dita que se desenrola durante a obra releva principalmente do código 22, dada a natureza da construção, ou dos
códigos 20-29. No final da obra, as equipas de limpeza limpam o estaleiro (código 53) e procedem ao carregamento
dos contentores de lixo (código 54). As actividades de construção e os diferentes trabalhos que lhes estão associados
foram, assim, divididos em subclasses, cada uma correspondendo a um Tipo de trabalho diferente.

No caso de trabalhos ligados à manutenção informática, existem tarefas de estaleiro no âmbito da renovação de
cablagens em instalações (código 24), mas também tarefas de venda (código 43) e de instalação (código 51) de
novos materiais informáticos e, por último, de simples intervenção de manutenção propriamente dita sobre
equipamentos (computadores) existentes (código 52).

72
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

No caso das actividades no âmbito de um restaurante, o dia começa com um certo número de tarefas
preparatórias, tais como a recepção dos produtos, a sua primeira preparação em cozinha (descasque, corte, etc.)
e a instalação da sala (mesas, toalhas, talher), que se codificam 51. Os trabalhos aquando da recepção dos
clientes, ao almoço ou jantar, tanto no âmbito do serviço na sala, como a nível da realização dos pratos na
cozinha, relevam do código 41. Por último, uma vez as refeições terminadas, as tarefas de limpeza da sala, da
cozinha e da loiça inscrevem-se no código 53.

Convém também especificar que a manutenção, a reparação, o ajustamento e a regulação não devem ser
confundidos com o conceito de vigilância. Na prática, uma manutenção pode começar por uma inspecção, um
controlo, mas se o sinistrado toca, traz ou manuseia o Agente material, a utilização do código 52 impõe-se. O
código 55 deve ser utilizado quando a acção de vigilância, de inspecção, é feita pelo sinistrado, sem que este
toque, traga, ou manuseie o Agente material.

60 -69 Circulação, actividade desportiva, artística


O código 61 é utilizado tanto no caso de pessoas que não efectuam nenhum tipo de trabalho constante dos
códigos 10 a 59 e 62 a 69 e que circulam (se deslocam) a pé, como para passageiros e condutores de meios de
transporte.

Actividade física específica


Definição
A classificação da Actividade física específica foi preparada de modo a descrever a Actividade física específica do
sinistrado imediatamente antes do acidente se produzir. Trata-se de descrever o movimento deliberado e voluntário
realizado pelo sinistrado exactamente antes do acidente se produzir, ou seja, por exemplo: que fazia o sinistrado?
Trabalhava com furadora eléctrica manual.

Desenvolvimento
A classificação da Actividade física específica segue o sistema descrito no seguinte quadro:

Códig Designação Com ferramentas de Com objectos ligados ao


o trabalho trabalho
10 Operação de máquina + +
20 Trabalho com ferramentas de mão + +
30 Condução/presença a bordo de um meio de + +
transporte / equipamento de movimentação
40 Manipulação de objectos - +
50 Transporte manual - +
60 Movimento - -
70 Presença - -

Este quadro ilustra os seguintes casos:


Os códigos 10-39 referem-se às actividades que incluem o uso, pelo sinistrado, de uma ferramenta de trabalho,
assim como das peças trabalhadas.
Os códigos 40-59 referem-se às actividades nas quais o sinistrado manuseia ou transporta um objecto sem
recorrer a qualquer equipamento de movimentação, transporte, ou a qualquer ferramenta.
Os códigos 60-70 referem-se às actividades nas quais não há uso de ferramenta, manuseio ou transporte de
qualquer objecto. A Actividade física específica do sinistrado caracteriza-se pelos seus próprios movimentos.

Distinção entre ferramenta e máquina - máquina fixa e máquina móvel


Uma ferramenta é um objecto fabricado que serve para agir sobre a matéria e para executar determinado trabalho.
É, ou não, motorizada (agentes 06 a 08), podendo ser transportada por uma só pessoa, segura na mão ou no
corpo, sem necessidade de a fazer rolar ou arrastar pelo chão. Uma máquina é um objecto fabricado, geralmente
complexo, destinado a transformar a energia e a utilizar esta transformação para agir sobre a matéria ou executar
determinado trabalho. A noção de máquina está ligada à energia que lhe é necessária para se mover.

73
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

Uma máquina é, ou fixa (agentes 10), não podendo ser deslocada durante a realização do trabalho, ou móvel
(agentes 09), mas uma só pessoa, sem a ajuda de outra pessoa ou de um aparelho de movimentação, não
consegue fazer mais do que deslocá-la pelo chão, fazendo-a rolar mediante a sua própria energia (engenho
automotor de estaleiro ou agrícola), por exemplo, ou então puxando-a (serra de estaleiro), etc., mas nunca
erguendo-a nos braços ou com o corpo.

10 - 19 Operação de máquina
Estes códigos devem ser empregues quando o sinistrado utiliza uma máquina da maneira prevista pelo seu
construtor. Não devem ser empregues, por exemplo, quando o sinistrado levanta uma máquina ou quando a
repara (a noção de reparação, manutenção, etc., prende-se com o código 52, "Manutenção, reparação,
ajustamento, regulação", da variável "Tipo de trabalho". A Actividade física específica que lhe está associada, se
conhecida, liga-se ao que a pessoa está exactamente a fazer aquando da reparação, por exemplo, "Trabalhar com
ferramentas de mão", códigos 20 a 29, se a pessoa estiver a utilizar uma chave de parafusos, um furador, etc., ou
"Manipulação de objectos", códigos 40 a 49, se a pessoa estiver a manipular esta ou aquela parte da máquina, por
exemplo, o seu carter, para aceder ao interior da mesma).

Observações
O código 11 deve ser empregue se a intervenção na máquina consiste, por exemplo, em fazê-la parar.

O código 12 é, também, empregue no caso de ocorrer um imprevisto, se a intervenção consistir, do ponto de vista
do operador, numa intervenção para retirar algo da máquina - algo que se bloqueou. Se a intervenção na máquina
se referir ao transporte ou condução de equipamento de transporte de materiais, devem empregar-se os códigos
30-39.

O código 13 é empregue quando o sinistrado não tem outra actividade senão o controlo (no sentido de conduzir)
da máquina, com a ajuda de manivelas, alavancas, botões. o sinistrado não alimenta a máquina de matéria-prima,
nem tão pouco recebe o produto terminado. Este código deve empregar-se para a condução de uma máquina
impressora, de uma linha de montagem, de um robô. Em contrapartida, um controlo estático por vídeo, sem
possibilidade de intervenção na máquina (por exemplo numa sala de controlo separada) codifica-se em Presença
(70). Este código não se refere à condução de veículos, de meios de transporte ou de manutenção.

20 - 29 Trabalho com ferramentas de mão


Estes códigos devem ser empregues quando o sinistrado utiliza a ferramenta de mão na actividade para que foi
destinada pelo seu construtor. Empregar uma ferramenta de mão no seu uso normal consiste em utilizá-la
segundo o objectivo que presidiu, originalmente, à sua concepção.

Quando o sinistrado se desloca ao mesmo tempo que está a utilizar a sua ferramenta e se trata de um uso
contínuo e de pequenas deslocações, é a utilização da ferramenta de mão que prima sobre a deslocação. É
apenas quando a pessoa interrompe o uso da ferramenta e se desloca de modo evidente (por exemplo,
caminhando de uma ponta à outra da oficina, de uma dependência, ou para entrar e sair de determinado local),
antes de retomar a sua utilização, ocorrendo o acidente durante esta deslocação, que esta última prima sobre a
utilização, devendo então utilizar-se os códigos 60-69.

É igualmente útil consultar a observação geral no início do guia da classificação Tipo de trabalho: 1) uma pessoa
que vá de escritório em escritório para os limpar, e que torça o pé ao caminhar no corredor entre dois escritórios,
estava realmente a executar uma tarefa de limpeza (53), e não de circulação, no momento do acidente; 2) pelo
contrário, uma pessoa que passou toda a manhã a limpar uma máquina, mas que tem um acidente ao dirigir-se
para o refeitório dentro das instalações da empresa, durante o intervalo para almoço, executa, no momento do
acidente, uma tarefa de circulação (61). Não obstante, em ambos os casos, a Actividade física específica no
instante preciso do acidente releva de um movimento, código 61 (andar, etc.) ou 62 (entrar, sair), por exemplo. No
entanto, uma pessoa que embate contra uma janela ao deslocar-se ligeiramente para o lado, enquanto lava vidros
com esponjas e outras ferramentas de lavador de vidros executa, a nível do Tipo de trabalho, uma tarefa de
limpeza (53) e como Actividade física específica, um trabalho com ferramentas de mão não motorizadas (21).

Observações
Neste grupo, diferencia-se a ferramenta motorizada da manual. Por ferramenta manual, entenda-se aquela que
exige a força muscular (por exemplo, uma chave de fendas de mão, ou um martelo); a ferramenta motorizada é
comandada diferentemente (pela electricidade, gasolina, etc.), como no caso da furadora eléctrica, ou de uma
chave de fendas eléctrica.

74
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

Se a ferramenta não é empregue no seu uso inicialmente previsto (uso previsto por ocasião da sua concepção),
devem empregar-se os códigos 40-49. Por exemplo, para os usos da chave de fendas que não aparafusar e
desaparafusar; tais usos podem ser voluntários ou involuntários.

Deve haver uma correlação entre a Actividade física específica e o Agente Material. Por exemplo, para os códigos
20 - 29, somente os grupos de Agentes Materiais 06, 07, 08 são autorizados.

No caso de a actividade se situar sobre uma máquina, mas consistir, por exemplo para a regular aparafusando ou
desaparafusando um parafuso de regulação, na utilização de uma ferramenta de mão, por exemplo uma chave de
parafusos, trata-se de trabalho com ferramenta de mão (código 21 para a chave de parafusos), e não de uma
operação de máquina, pois esta não é a Actividade física específica no momento do acidente (a noção de
regulação de máquina é codificada em Tipo de trabalho, código 52, a que está associado o Agente material que
indica a máquina).

30 - 39 Condução, presença a bordo de um meio de transporte, equipamento de movimentação


Estes códigos devem ser empregues quando o sinistrado utiliza o equipamento de transporte ou movimentação no
seu uso normal, previsto pelo construtor. Os códigos referem-se aos equipamentos de transporte motorizados, ou
que utilizam a força humana, como o carrinho de mão.

Observações
Os códigos deste grupo referem-se à condução de todas as formas de veículo, motorizados (camião, automóvel,
avião, barco a motor, etc.), ou não (bicicleta, carrinho de mão, barco não motorizado, etc.), ou ao facto de estar a
bordo desses mesmos veículos. Referem-se, também, à condução de equipamentos móveis (empilhador) de
movimentação, sejam eles motorizados ou não. Consequentemente, os equipamentos fixos de movimentação
serão considerados como máquinas fixas, sendo codificados na série 10.

A utilização de um guincho para alimentar uma máquina será codificada 11. A condução de um tapete rolante para
transporte de materiais é codificada 11. O tapete rolante é um equipamento fixo. A utilização de um empilhador
(móvel, porque se desloca) será codificada 31 ou 32 conforme este seja motorizado ou não. O passageiro de um
meio de transporte (autocarro, avião, comboio, embarcação, etc.) motorizado ou não, móvel (em movimento) ou
fixo (parado) será codificado 33.

40 - 49 Manipulação de objectos
Estes códigos devem ser empregues quando o sinistrado manuseia, manipula qualquer coisa.

Não se trata apenas de considerar o uso normal da máquina, da ferramenta manual, ou do equipamento de
transporte. Um cinzel pode ser utilizado para retirar aparas de um objecto, a Actividade física específica é
codificada 21, enquanto que é codificada 40-49 se o cinzel for empregue para qualquer outra coisa que não retirar
aparas, como, por exemplo, ser projectado (44), ou utilizado para abrir uma garrafa de cerveja (45), ou,
simplesmente, segurado na mão (41), etc.

Observações
O código 41 deve ser utilizado quando o sinistrado segura um objecto na sua mão, ou quando estende o braço
para qualquer coisa e a agarra (ao contrário de "67 - movimentos no mesmo lugar", quando o sinistrado não agarra
o objecto).

Não confundir esta actividade com o transporte manual, códigos 50-59. Existem certos indícios que permitem
distinguir as duas actividades:
– Em primeiro lugar, a manipulação, quando está ligada a um transporte, tem lugar normalmente "antes" (ou
"depois") do transporte, e não "durante". Assim, quando, ao agarrar a pega de um malão que pretende
transportar, um operário se fere nesta primeira fase que constitui a preensão da pega, por exemplo batendo
num objecto próximo do malão ou ferindo-se devido a um pedaço de metal cortante a nível da pega, a
Actividade física específica no instante do acidente é codificada 41 «Pegar à mão, agarrar, prender, etc.». Pelo
contrário, se, após ter pegado no malão, o operário se fere ao levantá-la, a Actividade física específica no
instante do acidente é codificada 51 («Transportar verticalmente»).

75
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

– Além disso, aquando de um movimento executado com um objecto já agarrado, o código pode ser o 41 sempre
que se trate de um objecto de pequenas dimensões que se «transporta». Neste caso, as dimensões ou o peso do
objecto constituem o indício que permite diferenciar entre manipulação (de um «pequeno» objecto) e transporte
manual (de um objecto «maior» ou mais «pesado»). Assim, a Actividade física específica no instante do acidente
para um operário que muda de lugar uma chave de parafusos perto de si e que se fere com esta ferramenta na
mão codifica-se 41 (61 caso o operário esteja a andar com a ferramenta na mão). Ao contrário, se, sempre no
instante do acidente, o operário desloca um caixote cheio, estamos perante o código 51 - caso a deslocação seja
vertical -, 52 - se for horizontal -, ou 53 - se o sinistrado transporta o caixote ao caminhar.

Do mesmo modo, não se pode confundir a manipulação com o trabalho que envolve ferramentas de mão, códigos
20-29. Certos indícios permitem, também nestes casos, distinguir as duas actividades:
– Se o Tipo de trabalho pode ser o mesmo (por exemplo, reparar, código 52), a Actividade física específica,
manual, é diferente. Podemos executá-la, quer com uma ferramenta de mão - por exemplo aparafusar com
uma chave de parafusos, código 21 -, quer apenas com as próprias mãos, código 42.
– Em ambos os casos, podemos ter na mão uma ferramenta, por exemplo uma chave de parafusos, embora
num dos casos estejamos a servir-nos dela para aparafusar (código 21), e no outro apenas a agarramos e
mantemos na mão, mas sem nos servirmos dela no momento do acidente (código 41).

A manipulação não se limita ao uso da mão ou mãos, podendo, também, referir-se a outras partes do corpo, como
os pés.

50-59 Transporte manual


Este grupo deve ser empregue quando um transporte é efectuado unicamente à mão, não sendo utilizada
nenhuma forma de equipamento de transporte. É o movimento do objecto que impõe a utilização deste código. O
código 51 é empregue para um movimento vertical do objecto, como o arrumar numa estante, o código 52 é para o
movimento horizontal, como o empurrar um automóvel para dentro de uma garagem, o código 53 indica a ideia de
levar algo nas mãos ou braços, como levar um paciente à cama ou para uma poltrona, ou transportar uma caixa
nos braços de um ponto para outro.

Exemplo de distinção entre os códigos 40 e 50: o caso de um garagista que desmonta uma roda de automóvel.
Quando, após ter desaparafusado a roda, o garagista a agarra antes de a movimentar, trata-se do código 41 Pegar
à mão, agarrar, prender, etc. Uma vez a roda liberta das suas cavilhas, é preciso baixá-la e pô-la no chão - trata-
se, então, do código 51 Transportar verticalmente, indicando este código um movimento de cima para baixo.
Quando a roda é novamente montada, a acção de içar a roda à altura das cavilhas codifica-se 51. Uma vez a roda
encaixada nas cavilhas, passa-se para o código 43.

60-69 Movimento
Estes códigos devem ser empregues quando o sinistrado se encontrava em movimento quando o acidente
ocorreu.

Observações
O código 61 só pode ser utilizado quando o sinistrado se move ou se transporta a si próprio ao andar ou ao correr -
avançando ou recuando. O código deve também ser empregue quando o sinistrado apenas exprimiu a intenção de
dar um passo. Este código deve também empregar-se quando o sinistrado anda ou corre para cima ou para baixo,
por exemplo, numa escada.

O código 62 deve utilizar-se quando o sinistrado entra ou sai de um automóvel, comboio, da cabina de uma
máquina ou do próprio equipamento.

O código 63 deve ser empregue quando o sinistrado se move ou se transporta a si próprio, ao saltitar ou saltar. O
código 64 deve ser utilizado quando a pessoa rasteja ou trepa - sobe uma escada, a uma árvore ou a uma corda.

O código 67 deve ser empregue quando o sinistrado se move no mesmo lugar (braços, pernas, etc.), gira no
mesmo lugar, levanta a cabeça, sem se deslocar; estão igualmente incluídos outros movimentos corporais mais
complexos mas em que não ocorre verdadeira deslocação, como por exemplo, tomar um duche, lavar-se, vestir-
se, despir-se, etc. O código deve também ser empregue quando o sinistrado tenta apanhar algo (um objecto), mas
não o alcança. No caso contrário, é necessário utilizar o código 41 quando o sinistrado agarra um objecto.

76
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

70 Presença
Este código deve somente ser empregue quando o sinistrado não fazia fisicamente nada mais do que de estar
presente no seu posto de trabalho: estar sentado face à sua secretária, em reunião, a falar com um cliente, a
almoçar à mesa, etc.

Em contrapartida, a presença como passageiro num meio de transporte é codificada 33. Da mesma forma, uma
pessoa que brinca com crianças numa creche, escola, ou que se ocupa de doentes num hospital executa
geralmente uma Actividade física específica que releva de um código particular. Pode, por exemplo, tratar-se de
agarrar um brinquedo (41), transportar no colo uma criança cansada no recreio ou levar uma criança ao hospital
(código 53), soerguer um doente na cama (código 51), etc.

Desvio
Definição
A proposta para a classificação relativa a Desvio descreve o que se passou de anormal, como, por exemplo, a
perda, total ou parcial, de controlo de uma máquina, ou uma queda sobre ou a partir de alguma coisa.

Desenvolvimento
Se existirem vários acontecimentos em cadeia, é o último Desvio que se regista (o que ocorre o mais perto
possível, em termos temporais, do contacto lesivo). Imaginemos o caso de uma pessoa num laboratório que
manipula um produto líquido tóxico num frasco de vidro. A pessoa deixa cair (Desvio 44 - «Perda, total ou parcial,
de controlo de objecto») o frasco, que se parte (Desvio 32 - «Ruptura, rebentamento, causando estilhaços
(madeira, vidro, metal, pedra, plástico, outros)»). O produto tóxico liberta-se, portanto, e é projectado (Desvio 22 -
«Em estado líquido - fuga, ressumação, escoamento, salpico, aspersão») sobre o sinistrado, que se queima
(Contacto - Modalidade da lesão 16 - «Contacto com substâncias perigosas - na ou através da pele e dos olhos»).
Há três Desvios sucessivos de igual gravidade, mas codifica-se o último, com o código 22, que é o mais próximo
do contacto lesivo. Isto é lógico, pois foi de facto o salpico da substância perigosa que queimou o sinistrado.

A classificação segue a seguinte estrutura:


Grupos 10-30: O desvio está normalmente fora do controlo do sinistrado e refere-se principalmente a
problemas materiais,
Grupos 40-50: A pessoa perde, total ou parcialmente, o controlo de alguma coisa (incluindo as quedas),
Grupos 60-70: Movimentos do corpo,
Grupo 80: O sinistrado, outra pessoa, um animal, são agentes activos no acidente.

A classificação deve ser clara, o que significa que códigos como "volumoso, incómodo, equipamento inadequado"
foram dela retirados.

10 - 19 Desvio por problema eléctrico, explosão, incêndio


Estes códigos devem ser empregues em caso de falha eléctrica (incluindo electricidade estática), explosão, ou
incêndio. O código inclui todo o tipo de descargas eléctricas, bem como choques causados por electricidade
estática.

Observações
O código 11 deve ser empregue sempre que um Desvio eléctrico cria um arco eléctrico, permitindo, assim, um
contacto indirecto com uma corrente eléctrica perigosa (incluindo relâmpago). O sinistrado não entra em contacto
físico com o Agente material, esteja este normal ou anormalmente em tensão.

O código 12 deve ser empregue quando um desvio eléctrico provoca um contacto directo com objectos ou
instalações que não estão normalmente em tensão. Neste caso o sinistrado entra em contacto físico com o Agente
material.

O Agente material codificado corresponde ao objecto do qual provém a corrente, e não a esta última. Do mesmo
modo, em relação à explosão e ao incêndio, é o Agente material que explode ou que arde que é codificado.

Este grupo não deve ser empregue se o último Desvio for uma vaporização, uma geração de fumo, etc. Neste
caso, devem ser utilizados os códigos 20-29.

77
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

20 - 29 Desvio por transbordo, derrubamento, fuga, escoamento, vaporização, emanação


Este grupo deve ser empregue quando o Desvio se deve a fuga, vaporização, libertação de gases, etc., de líquidos,
vapores ou poeira que se não se deviam ter verificado, ou que não deveriam ter entrado em contacto com pessoas.

Observações
O código 22 deve ser empregue em caso de aspersão, fugas de líquidos ou de substâncias diversas. O código 23 deve
ser empregue no caso de emanação de vapor. O código 24 deve ser empregue somente no caso de poeiras e partículas
finas, mas não para pedras ou elementos semelhantes, caso em que se devem utilizar os códigos 21 ou do grupo 40-49.

30 - 39 Ruptura, arrombamento, rebentamento, resvalamento, queda, desmoronamento de Agente material


Este grupo utiliza-se principalmente para casos de derrapagem, queda, desmoronamento de estrutura, etc., e
sempre que o acontecimento é independente do controlo do sinistrado.

Observações
Os códigos 31-32 devem ser empregues sempre que um Desvio se manifesta através de uma alteração física da
forma do Agente material.

Os códigos 33-34 devem ser empregues em caso de derrapagem, queda ou desmoronamento de estrutura, ou
seja, derrapagem, queda ou desmoronamento independentes do controlo do sinistrado.

O código 33 deve ser empregue para as quedas de objecto, sempre que um objecto cai na direcção de um nível
inferior, como, por exemplo, uma estante, a carga de uma grua. O sinistrado é estático em relação ao Agente
material que se coloca em relação a ele de cima para baixo. Dossiers em equilíbrio precário no alto de um armário,
que caem em cima da cabeça do sinistrado quando este abre a porta constituem um Desvio codificado 33.

O código 34 deve ser empregue quando o apoio (p. ex: terra, gravilha ou andaime) ou o objecto (p. ex: escada) sobre o
qual o sinistrado se encontra, escorrega (terra, gravilha ou andaime) ou desaba (escada). É o sinistrado que executa um
movimento para baixo. Um aterro de terra que se abate consiste num Desvio que se codifica 33. Atenção: no caso de um
degrau de uma escada de mão que se parta, o Desvio codifica-se 31 («Ruptura de material, nas juntas, nas ligações»).

O código 35 utiliza-se sempre que um Agente material cai sobre o sinistrado e fica globalmente ao mesmo nível. Trata-se
de uma queda de Agente material ao mesmo nível. É o caso de um móvel que cai sobre o sinistrado. Atenção: quando
um móvel é manipulado ou deslocado, a sua queda codifica-se 44 - «Perda, total ou parcial, de controlo de objecto».

40 - 49 Perda de controlo, total ou parcial, de máquina, meio de transporte - equipamento de movimentação,


ferramenta manual, objecto, animal
Estes códigos devem ser empregues quando o sinistrado, ou outra pessoa, perde o controlo de uma máquina,
ferramenta, meio de transporte ou equipamento de movimentação ou transporte ao manipular ou transportar utilizando
esse Agente material. O sinistrado, ou outra pessoa, já não domina, ou não domina suficientemente, o Agente
material em questão. A perda de controlo pode ser total e sem retorno, ou parcial, quer com uma perda de domínio
limitada na sua amplitude, mas conducente, não obstante, a uma lesão, quer com uma perda de domínio limitada no
tempo, seguida de uma recuperação do Agente material pelo sinistrado, mas que não deixa tão pouco de se saldar
numa lesão. Por exemplo, ao iniciar muito rapidamente uma mudança de direcção, um camião vira-se, ferindo o seu
condutor. Trata-se de uma perda de controlo total, codificada 42. Pelo contrário, um operário cuja chave de parafusos
derrapa na cabeça do parafuso, sem que ele, contudo, a largue, só perde «parcialmente» o controlo da sua
ferramenta; não obstante, se o gesto levar a mão que segura a ferramenta a embater no parafuso, ferindo-a, tratar-se-
á de um desvio codificado 43. Da mesma forma, no caso de uma pessoa que transporta uma caixa, a deixa
escorrregar das mãos, a impede de cair com a ajuda do joelho, voltando a agarrá-la com as mãos, mas ferindo-se na
perna, estamos perante o código 44, pois houve perda de controlo parcial de objecto.

Observações
O código 41 deve utilizar-se no caso de um arranque intempestivo, acção ou manipulação involuntária da máquina.
É também utilizado sempre que uma peça trabalhada, estilhaços provenientes da mesma, ou um Agente de
máquina são ejectados para longe, projectados, ou executam diversos movimentos; por exemplo: projecção de
lascas de madeira durante a serração, com uma serra circular fixa (aplica-se o mesmo raciocínio no código 43 -
roda de mó que escapa e que é ejectada da rectificadora). Deve também ser empregue no caso de um desvio na
alimentação em matéria-prima da máquina ou do próprio agente material, sem que para tal seja necessária uma
intervenção humana, como por exemplo no caso de um desvio causado por mecanismos gastos.

78
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

O código 42 deve ser empregue quando o sinistrado, ou outra pessoa, perde, total ou parcialmente, o controlo de
um meio de transporte ou de um equipamento de movimentação ou transporte em movimento. Este código deve
utilizar-se em caso de perda, total ou parcial, de controlo de todos os meios de transporte manuais, mecânicos ou
automáticos. Por exemplo, no caso de meios de transporte: um camião derrapa numa curva, sobre uma placa de
gelo, vindo a embater no automóvel de um carteiro que seguia o seu curso normal em sentido oposto o código 42
aplica-se, tanto ao motorista do camião, como ao carteiro (mas se este último, para entregar correio, parou em
plena estrada imediatamente após a curva, sem visibilidade, sendo atingido pelo camião, que seguia o seu curso
normal, mas que, sendo surpreendido, não pode evitar o acidente, o código de desvio a aplicar, tanto no caso do
carteiro, como no do motorista do camião, será o 85 infra). De modo idêntico, um camião motorizado que tomba
codifica-se em 42. Se, em contrapartida, a perda, total ou parcial, de controlo se refere à coisa transportada, por
exemplo um objecto que cai de um monta-cargas, então deve empregar-se o código 33.

O código 43 deve utilizar-se quando uma ferramenta manual (motorizada ou não) escapa total ou parcialmente ao
controlo do sinistrado ou de outra pessoa. Se a mesma ferramenta projectar estilhaços que firam o sinistrado, o
código a utilizar continua a ser o 43.

Deve utilizar-se o código 44 quando o sinistrado ou outra pessoa deixa cair um objecto, por exemplo, quando se
deixa cair um martelo ou uma caixa de ferramentas sobre o pé. O mesmo se aplica no caso de o conteúdo de um
saco ferir o sinistrado. Deve interpretar-se o sucedido como uma perda de controlo total ou parcial do Agente
material. Quando um móvel, uma máquina transportada e sem estar em funcionamento, ou uma resma de papel
escapam das mãos do sinistrado, estamos perante o código 44. Este código supõe que o Agente material escapa
ao controlo das mãos do(s) sinistrado(s). Ao contrário, se o objecto se parte ao cair, indo os estilhaços ferir o
sinistrado, o código a utilizar é o 32.

A perda, total ou parcial, de controlo de um animal - código 45 - significa que o sinistrado é ferido por um animal
pelo qual ele próprio, ou outra pessoa, são responsáveis, quer se trate de um animal doméstico, de criação, ou
selvagem. O animal em questão terá escapado ao controlo do seu dono, guarda, ou transportador.

50-59 Escorregamento ou hesitação - com queda, queda de pessoa


O código 51 deve ser empregue quando o sinistrado escorrega, hesita, ou cai de uma determinada altura, sendo o
nível medido em relação à posição do sinistrado antes de ocorrer o acontecimento desviante. Este código deve
utilizar-se independentemente da altura da queda, seja ela de uma cadeira, de uma escada móvel ou fixa (de mão
ou não), ou de um andaime.

O código 52 deve ser empregue quando o sinistrado escorrega, hesita, ou cai ao mesmo nível, sendo este medido
em relação à posição do sinistrado antes que ocorrer o acontecimento desviante. Incluem-se os casos de solo
irregular. O código 52 está próximo do código 75, embora o primeiro diga sempre respeito a uma queda, enquanto
o segundo deve ser utilizado quando não há queda, e sim um passo em falso causador de luxação ou entorse
(lesão interna).

Quando o sinistrado se lesiona em consequência da queda de outra pessoa (Desvio), é necessário utilizar o código
59.

Nota preliminar à utilização dos códigos 60-69 e 70-79:


A distinção entre os movimentos do corpo sem constrangimento físico e os movimentos sob ou com
constrangimento físico faz-se através da avaliação da importância do esforço físico realizado pelo sinistrado
aquando do desvio. Assim, no caso do código 61, «Caminhando sobre objecto cortante», pode dizer-se que o
esforço é normal se este for comparado a «Levantando, carregando, levantando-se» (código 71), caso em que há
transporte de carga, exigindo portanto um esforço muscular mais importante.

O esforço físico mais importante que o normal não é exclusivamente do domínio da movimentação de cargas,
compreendendo igualmente os esforços exercidos sobre o próprio corpo: torsão quando uma pessoa se levanta,
se vira, etc.

A determinação da boa rubrica de codificação faz-se através da aplicação do método dos grupos de indícios:
- O primeiro indício diz respeito à avaliação do esforço muscular realizado.
- O segundo indício reside na presença de uma lesão externa ou interna.
- O terceiro indício é a ausência ou não de Agente material para o Contacto - Modalidade da lesão.

79
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

Um esforço muscular bastante forte sugere a utilização dos códigos 70. As lesões externas pedem geralmente
uma codificação a nível da faixa dos 60 e as lesões internas situam-se na faixa dos 70. A ausência de Agente
material para o Contacto - Modalidade da lesão leva a codificar com o grupo dos 70 em numerosos casos.

60-69 Movimento do corpo não sujeito a constrangimento físico (conduzindo geralmente a lesão externa)
Estes códigos devem ser empregues quando há um movimento do próprio corpo, sem haver necessidade de um
esforço físico especial, estando o sinistrado sujeita a uma lesão corporal geralmente externa. O movimento do
corpo pode ser, ou não, voluntário.

A marcha expressa no código 61 não envolve nenhum esforço particular, tratando-se frequentemente de um
movimento voluntário, tal como o ajoelhar-se do código 62, que também não envolve um esforço muito superior. É
necessário, portanto, avaliar o esforço feito, sem interessar saber se o movimento foi, ou não, voluntário. Andar
sobre um objecto cortante provoca uma lesão externa e codifica-se como tal 61.

Para o código 62, o sinistrado pode ferir-se no joelho numa gaveta da secretária que estivesse aberta, ao
sentar-se. Mais uma vez, trata-se de um movimento voluntário do corpo, sem esforço, mas conducente a uma
lesão externa.

O movimento expresso pelo código 63 é involuntário na maioria dos casos, embora isso seja irrelevante, já que tal
movimento não envolve um esforço físico (não se tem em conta o esforço feito para resistir), traduzindo-se por
uma lesão externa. No código 63 deve incluir-se a noção de ser levado pelo próprio impulso, o que coloca uma
parte do corpo em contacto com um Agente material lesivo.

O código 64 diz respeito aos casos em que o sinistrado se aleija, na maioria das vezes, sozinho, sem intervenção
de terceiros, sem a intervenção obrigatória, a nível do desvio, de um Agente material ou de outrem. Trata-se dos
casos em que a lesão causada por movimentos descoordenados, gestos intempestivos, inoportunos, etc., é
externa, o que implica, regra geral, a presença de um Agente material para o Contacto - Modalidade da lesão: por
exemplo, o sinistrado embate contra um objecto ao levantar-se, ao baixar-se, ao virar-se, traduzindo-se este
movimento numa contusão ou ferida aberta.

Outro caso de utilização do código 64 é o de uma pessoa que coloca a mão ou o pé, por inadvertência, num sítio
ou objecto que lhe causa uma lesão, por exemplo, na cozinha de um restaurante, colocar a mão sobre uma placa
acesa sem dar por isso. Na mesma óptica, deitar um objecto no caixote do lixo sem estar com atenção e embater
num objecto cortante codifica-se 64 para o Desvio e 52 para o Contacto; a mesma coisa será, num hospital, deitar
pensos num caixote de lixo sem olhar e ferir-se com uma seringa que já lá estivesse. Neste caso, interessa
codificar o Agente material do Desvio, quando este existe, além daquele relativo ao Contacto, pois isso dará um
sentido particular, em termos de prevenção, ao que não é senão um simples movimento. O Agente material para o
Contacto será a placa quente, codificada 10.04, ou a seringa, codificada 06.14. Para o Desvio, não há objecto
associado ao movimento do cozinheiro, no caso das placas quentes, pois ele desloca simplesmente a mão. Pelo
contrário, no caso da enfermeira, o movimento que chega demasiado longe no caixote do lixo, até à seringa, é feito
com os pensos que se vão deitar fora, estando estes, portanto, associados ao desvio, e codificados 19.01.

A acção de prevenção consistirá então em evitar os gestos intempestivos e os movimentos descoordenados nas
cozinhas, com ou sem objecto na mão; nos hospitais, é necessário não esquecer que, quando se manipulam
objectos sujos, é preciso ter também em atenção outros objectos do mesmo tipo que não se estão a manipular,
mas que não deixam de estar próximos e que podem ferir, se apenas nos concentrarmos naqueles que
manipulamos.

Outros exemplos de utilização do código 64, com ou sem Agente material associado: lavando os vidros, uma
pessoa desloca-se para o lado e bate contra uma janela aberta; ao arrumar uma autolavadora industrial, o
trabalhador desvia-se para a manobrar, mas bate com o pé numa palete (Agente material associado: autolavadora,
código 09.04); ao limpar um armário metálico, o sinistrado corta-se na fechadura.

70 - 79 Movimento do corpo sujeito a constrangimento físico (conduzindo geralmente a lesão interna)


Estes códigos devem ser empregues somente no caso de movimentos que impliquem um esforço físico importante
em relação ao normal por parte do sinistrado. Estes códigos pressupõem que o sinistrado se aleija a si próprio.
Poderá haver um agente material externo que seja a fonte do esforço físico suplementar na origem do
constrangimento físico. No caso de uma pessoa que se fere a nível músculo-esquelético ao levantar uma carga,
um objecto (71), empurrando-o/a ou arrastando-o/a (72), depondo-o/a (73), manipulando-o/a em rotação ou torsão,
ou ainda dando um passo em falso sem queda, ao transportá-lo/a (75).

80
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

Vê-se bem nestes exemplos que o primeiro indício é o esforço muscular a fazer para gerir o Agente material,
sendo o segundo a presença de uma lesão interna.

Além disso, os códigos 70-79 são também utilizados nos casos em que o Agente material do desvio não existe,
não podendo portanto ser a fonte de um esforço muscular particular. O constrangimento físico será directamente
interno. Tal como no caso de uma pessoa que se fere a nível músculo-esquelético ao levantar-se (71), baixar-se
(73), virar-se (74), ou ao dar um passo em falso avançando ou recuando, mas sem queda (75) (ver mais acima a
diferença de utilização entre os códigos 52 e 75), de maneira intempestiva, que provoca lesão interna, mas sem
haver transporte de qualquer carga nem manipulação de qualquer objecto. Todos estes casos são comummente
designados por «movimentos em falso». O terceiro indício será então a ausência de Agente material do Contacto -
Modalidade da lesão.

80 - 89 Surpresa, susto, violência, agressão, ameaça, presença


Estes códigos devem ser empregues quando a pessoa foi exposta a violências físicas ou sofreu uma situação
traumatizante - uma agressão - referindo-se este termo a violência involuntária ou intencional, ou a assédio.

Observações
O código 81 deve ser empregue em caso de surpresa, susto sem contacto físico.

O código 82 deve ser empregue nos casos em que o sinistrado é sujeito a agressões, ameaças e violências
provenientes do interior da empresa.

Inversamente, o código 83 é reservado aos casos em que o sinistrado é sujeito a agressões, ameaças e violências
provenientes do exterior da entidade de trabalho (ataque por motivo de roubo, manifestação de cólera por parte de
clientes, ajuste de contas da parte de terceiros, etc.). Esta forma de violência pode também ser causada por
estudantes, em estabelecimentos de ensino, ou por doentes em hospitais, etc.

O código 84 é empregue para as violências em que estão implicados animais selvagens ou não vigiados.

O código 85 deve somente ser empregue quando o único desvio é o facto de o sinistrado, ou outra pessoa, se
encontrar no mau lugar, no mau momento. Sugere que o sinistrado, ou outra pessoa, faz qualquer coisa imprevista
(estacionamento na área de circulação de uma máquina, presença no meio de uma estrada, presença numa via
férrea, sendo o acidente provocado pela máquina, automóvel, comboio, que estão em funcionamento normal e no
seu perfeito lugar). Se o acidente puder ser codificado de forma mais precisa, com base noutras informações
sobre o desvio, é necessário fazê-lo.

Contacto - Modalidade da lesão


Definição
A classificação Contacto - Modalidade da lesão (ou acção conducente à lesão) foi preparada de modo a descrever
a forma como a pessoa foi lesionada, a maneira através da qual o sinistrado entrou em contacto com qualquer
coisa que causou a lesão. Por exemplo: esmagamento contra o solo, pavimento (31), ou contacto com objecto
cortante (por exemplo: faca) (51).

Desenvolvimento
Codifica-se o Contacto - Modalidade da lesão que conduz à lesão mais grave.

A classificação segue a estrutura infra:


10-29: Os diferentes tipos de lesões de origem não mecânica (veneno, temperatura, electricidade e asfixia,
etc.),
30-69: Os diferentes tipos de lesões de origem mecânica,
70-79: Os diferentes tipos de lesões causados por esforços físicos importantes sobre o corpo, os sentidos ou
constrangimentos mentais,
80-89: Os diferentes tipos de lesões causados por animais ou seres humanos.

81
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

10-19 Contacto com corrente eléctrica, temperatura, substância perigosa


Estes códigos devem ser empregues quando a corrente eléctrica, a temperatura ou a substância perigosa
constituem um factor de perigo importante por parte do objecto causador da lesão. Este grupo deve ser empregue
quando o factor causador da lesão for a intensidade da corrente.

Observações
O código 11 deve também ser empregue nos casos em que o sinistrado entra em contacto com um arco eléctrico
e recebe um choque eléctrico ou uma queimadura causada pelo calor. Não é a corrente que se codifica como
Agente material, mas sim o objecto em tensão, como, por exemplo: uma ferramenta, pinça ou alicate.

O código 12 deve ser empregue nos casos em que o sinistrado entra em contacto directo com um objecto normal
ou anormalmente sob tensão cuja corrente passa no corpo do sinistrado.

Os códigos 11 e 12 devem ser empregues quando o factor que causa a lesão for a intensidade da corrente.

O código 13 deve ser empregue quando a temperatura do objecto ou do ambiente é a causa da lesão. O factor
determinante da lesão é a temperatura do objecto com o qual o sinistrado entrou em contacto. O Agente material
codificado é o objecto que arde ou de que provêm as chamas, como, por exemplo, gasolina inflamada, viga de
madeira a arder, automóvel incendiado, etc.

O código 14 deve ser empregue nos casos em que o sinistrado entra em contacto com qualquer coisa causadora
de congelação, quer o objecto seja tocado ou não. Pode tratar-se de ar frio, água, oxigénio líquido ou outro, etc. O
Agente material associado será o objecto frio.
Os códigos 15-17 devem ser empregues para os casos em que é uma substância biológica ou química, ou as suas
propriedades, que causa/causam a lesão. Aqui faz-se a distinção entre as diferentes naturezas da lesão,
nomeadamente se o efeito ocorre através das vias respiratórias, por inalação, por um contacto com a pele ou pelo
tacto, e, finalmente, pelo sistema digestivo, ao comer ou beber. Inversamente, as poeiras não directamente
nocivas em si, mas que se alojam por exemplo nos olhos, ao serem projectadas por uma ferramenta (origem
mecânica), constituem um código Contacto 41, e não 16.

20 - 29 Afogamento, soterramento, envolvimento


Estes códigos devem ser empregues se o factor determinante da lesão for o facto de poder faltar oxigénio ao
sinistrado, provocando a asfixia. Consequentemente, a falta de oxigénio pode causar a morte. Este grupo deve ser
empregue quando a falta de oxigénio é o factor causador da lesão.

Observações
O código 21 deve ser empregue em casos onde a falta de oxigénio se deve a imersão num determinado líquido, o
que impede a absorção de oxigénio, como, por exemplo, a imersão em água. O Agente material associado
codificado é o líquido ou, quando este não é especificado, o "recipiente" que contém o líquido no qual o sinistrado é
imerso.

O código 22 deve ser empregue nos casos em que a falta de oxigénio é causada pelo soterramento sob materiais
sólidos que impedem o abastecimento de oxigénio, como por exemplo a terra.

O código 23 deve ser empregue quando determinados vapores ou gases asfixiantes impedem o abastecimento de
oxigénio, ou quando qualquer outra coisa impede o sinistrado de respirar, como por exemplo um saco de plástico
sobre o rosto. O Agente material a codificar designará os vapores ou gases sufocantes, ou tudo aquilo que impede
o sinistrado de respirar.

Estes códigos não devem ser empregues quando as propriedades químicas dos vapores ou gases os tornam
tóxicos, cáusticos (corrosivos) ou prejudiciais. A não utilizar, tão pouco, se o envenenamento ou a queimadura
causados por estes produtos químicos forem a lesão mais grave. Neste caso, é necessário empregar os códigos
15 a 17 «Contacto com substâncias perigosas».

31-39 Esmagamento em movimento vertical ou horizontal sobre, contra um objecto imóvel (o sinistrado está em
movimento)
Estes códigos devem ser utilizados nos casos em que o sinistrado está em movimento e o mesmo não sucede
com o objecto causador da lesão. O sinistrado está em movimento horizontal ou vertical.

82
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

O código 31 deve ser empregue para os casos em que a causa da lesão é o movimento vertical do sinistrado (ou
seja, o desvio é a sua queda). A amplitude da queda, que precede o choque, não tem importância. Este código
deve também ser empregue sempre que a pessoa cai (Desvio), e o factor causador da lesão (Agente material do
Contacto) é o objecto com que choca na sua queda, como no caso em que o sinistrado cai e embate contra uma
cadeira.

O código 32 deve ser empregue sempre que o sinistrado choca com qualquer coisa imóvel. Por exemplo, embate
contra uma mesa. O sinistrado efectua um movimento horizontal. O Agente material codificado será a mesa. Outro
caso seria o de um motorista de camião que bate contra uma árvore ou veículo estacionado.

40-49 Pancada por objecto em movimento, colisão


Estes códigos devem ser empregues sempre que o objecto lesivo está em movimento e atinge ou entra em colisão
com o sinistrado. Os códigos 41 a 44 supõem que este está imóvel, ou sem movimento aparente para o Contacto -
Modalidade da lesão. Estes códigos significam que o choque é causado apenas pelo movimento do objecto. Ao
contrário, o código 45 supõe que o choque é causado pelo movimento recíproco do objecto e do sinistrado, que
está igualmente em movimento no momento do impacto. Para dois automóveis que colidem deve codificar-se 45.
Os acidentes de circulação serão frequentemente codificados nas rubricas 44 ou 45. O objecto é frequentemente,
nesses casos, um veículo (contudo, no caso do condutor de um veículo que vem bater contra um obstáculo imóvel,
tal como uma parede, ou outro veículo também imóvel, o código é o 32); certos casos de atropelo, especialmente
de peões, relevam igualmente dos códigos 60-69.

Observações
O código 41 deve ser empregue sempre que o sinistrado é atingido por um objecto projectado, lançado no ar (por
exemplo, lançado para fora de uma máquina), mas não por um objecto que cai na vertical. Este código é também
utilizado quando a pessoa é atingida por uma porta violentamente aberta. O objecto também pode ser muito
pequeno (poeiras de madeira ou metal, por exemplo, cf. a observação relativa ao código 16).

O código 42 deve ser empregue sempre que o sinistrado é atingido por um objecto em queda vertical (Desvio),
mas não por um objecto projectado para o ar. Exemplo: tijolo que cai de uma grande altura.

O código 43 deve ser empregue para os casos em que o sinistrado é atingido por um objecto que salta por estar
comprimido e submetido a uma tensão. É a tensão do material que provoca a lesão. Exemplo: ramos, molas,
elásticos e similares. Este código deve ser utilizado igualmente quando um objecto se balança como um pêndulo
suspenso.

O código 44 deveria normalmente ser empregue para os casos em que o sinistrado é atingido ou atropelado por
qualquer coisa que se escapa ou que rola. Exemplo: equipamento sobre rodas (carrinho) ou veículo.

O código 45 deve ser utilizado nos casos em que tanto o sinistrado como o objecto causador da lesão se
encontram em movimento. Entenda-se por colisão os choques entre uma pessoa e um objecto que estão em
movimento, seja na mesma direcção, ou em direcções opostas. A utilizar igualmente no caso de duas pessoas ou
de dois veículos que chocam um(a) com a/o outra/o.

50-59 Contacto com Agente material cortante, afiado, duro, áspero


Estes códigos devem ser empregues quando a razão principal pela qual o objecto causa a lesão é o facto de ser
cortante, afiado, duro ou áspero, e não somente o facto de o sinistrado ter chocado com tal objecto.

Observações
O código 51 deve ser empregue nos casos em que o sinistrado se cortou com qualquer coisa cortante, como uma
faca ou uma extremidade cortante.

O código 52 deve ser empregue sempre que o sinistrado é picado por um objecto afiado, como um punção ou uma
agulha.

O código 53 deve ser utilizado nos casos em que o sinistrado é arranhado ou esfolado por qualquer coisa áspera
ou com asperezas, tal como um ralador, uma lixa, uma tábua não aplainada, etc. Um agente rígido é um agente
material sem flexibilidade devido à sua massa ou compactidade, e que, portanto, não amortece nem absorve o
contacto.

83
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

60-69 Entalação, esmagamento, etc.


Estes códigos devem ser empregues quando a energia, a dimensão, o peso, a pressão, a velocidade de um
objecto ou de uma máquina são o factor causador da lesão. Exemplo: prensa que exerce pressão sobre o
sinistrado (ou sobre um dos seus membros), pesado contentor que esmaga o sinistrado (ou um dos seus
membros) em virtude do seu peso, camião-grua que esmaga o sinistrado contra uma parede, ou automóvel que se
virou e esmagou debaixo de si uma pessoa que trabalhava na manutenção da via pública.

Observações
O código 61 deve ser empregue sempre que o sinistrado é apanhado em, pressionado por qualquer coisa móvel,
seja uma parte de máquina ou qualquer coisa móvel que se esteja a mover. O Agente material a codificar é o
objecto que se move (ou o conjunto de que faz parte esse objecto), por exemplo, uma máquina (ou um dos seus
componentes), um motor de veículo, uma correia (acompanhada de um gancho). É o objecto que apanha ou
pressiona o sinistrado que deve ser codificado enquanto Agente material.

O código 62 deve ser empregue nos casos em que o sinistrado é esmagado sob algo e, consequentemente, contra
determinada superfície (pavimento, estrada). O código 62 implica a ideia de movimento vertical. Exemplo:
esmagamento por um automóvel, sob uma massa de betão, etc. O Agente material a codificar é o objecto que está
em movimento (ou o conjunto de que faz parte esse objecto), por exemplo, um automóvel (ou a roda do mesmo).
Para este código há, por conseguinte, dois objectos, embora seja o objecto que entala e esmaga aquele que deve
ser codificado enquanto Agente material, e não aquele sobre o qual o sinistrado é entalado ou esmagad. Se o
sinistrado esmagado por um automóvel, é necessário codificar «automóvel» e não «estrada ou superfície».

O código 63 deve ser empregue sempre que o sinistrado é esmagado entre uma ferramenta em funcionamento e
outro coisa qualquer, por exemplo, entre uma pesada perfuradora e uma parede, ou entre uma caixa pesada e
uma máquina. O código 63 exprime uma ideia de movimento horizontal. O Agente material a codificar é o que é
utilizado, manipulado, estando, assim, em movimento (ou o conjunto de que esse objecto faz parte), como por
exemplo a perfuradora, ou a caixa. Para este código, o sinistrado é, portanto, esmagado entre dois objectos, mas é
o objecto que esmaga que deve ser codificado como Agente material, não o objecto contra o qual o sinistrado é
esmagado. Por exemplo, se alguém é entalado contra uma parede por um camião, codifica-se «camião» e não
«parede» enquanto Agente material.

O código 64 diz respeito aos casos em que a pessoa é vítima de um arrancamento ou seccionamento de um
membro, de um dedo. Por exemplo, no caso em que o dedo da vítima é levado e subsequentemente arrancado
por uma ferramenta giratória e cortante.

70 - 79 Constrangimento físico do corpo, constrangimento psíquico


Estes códigos devem ser empregues para os casos de esforços importantes ou ligeiros a nível dos músculos,
articulações, órgãos e tecidos, esforços esses causados por movimentos excessivos, agentes físicos (barulho,
radiação, fricção, etc.) ou traumatismos. As acções causadoras de lesões externas devem ser codificadas de outra
forma. Os presentes códigos apenas se referem aos acontecimentos que ocorrem de maneira acidental e brusca,
sendo que as exposições regulares a constrangimentos físicos ao longo de um período mais extenso se traduzem
por afecções do tipo doenças do foro profissional.

Pode haver, ou não, Agente material associado a estes códigos, dependendo dos acidentes. Por exemplo, uma
pessoa vítima de irradiação pode envolver um Agente 15.06 para o Contacto, um piloto de avião ferido no sistema
auditivo por uma despressurização releva do Agente 20.01. Inversamente, uma pessoa que dá um mau jeito ao
levantar-se sozinha, sem carregar nem tocar nenhum objecto, não tem Agente associado para o Contacto (código
contacto 71, Agente 00.01). Da mesma forma, não há Agente material do Contacto no caso de uma pessoa que dá
um passo em falso e faz uma entorse no tornozelo (código Contacto 71, Agente 00.01).

O código 73 corresponde em particular aos choques psicológicos subsequentes a uma agressão ou acto de
violência, ou ainda na sequência de um acontecimento chocante (por exemplo, outro acidente) presenciado pela
pessoa em causa. Pelo contrário, se a lesão na sequência da agressão é essencialmente física, o contacto releva
de outro código, por exemplo dos códigos 50 a 59, para as lesões provocadas por lâmina, bala, ou do código 83 no
caso de pontapés ou murros.

80 - 89 Mordedura, pontapé, etc., animal ou humano


Estes códigos devem ser empregues quando o factor que causa a lesão provém de um ser humano, de um animal
ou de um insecto.

84
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

Observações
O código 81 deve ser empregue para os casos em que o sinistrado é mordido por um ser humano ou por um
animal. As mordeduras de insectos devem ser codificadas em 82, código este que só deve ser utilizado no caso de
picadas lesivas de insectos perigosos (vespas, abelhas) ou de peixes com barbatanas e ferrões envenenados
(escorpião roco, peixe aranha). O código 82 não deve ser confundido com o 52, correspondente a contacto com
agentes afiados, no qual o objecto afiado é a causa da lesão.

Agente Material
Definição
O Agente material associado à Actividade física específica descreve a ferramenta, o objecto, o agente utilizado
pelo sinistrado aquando do acidente. No entanto, se existirem vários Agentes materiais da Actividade física
específica, é necessário registar o que está relacionado mais estreitamente com o acidente ou a lesão.

O Agente material associado ao Desvio descreve a ferramenta, o objecto, o agente ligado à anormalidade do
processo. Se há vários Agentes materiais relativos ao (último) Desvio, é necessário registar o que intervém em
último lugar (o mais próximo possível, no tempo, do contacto lesivo).

O Agente material associado ao Contacto - Modalidade da lesão descreve fisicamente o objecto, a ferramenta, o
agente com que o sinistrado entrou em contacto, ou a modalidade psicológica da lesão. Se há vários Agentes
materiais de lesão, deve ser registado o Agente material ligado à lesão mais grave.

Desenvolvimento
Recordamos que existe apenas uma única lista de Agentes materiais, embora estes devam ser associados às três
variáveis (Actividade física específica, Desvio e Contacto - Modalidade da lesão).

Não é nem necessário, nem obrigatório, que os três Agentes materiais sejam diferentes. De facto, o mesmo
Agente material pode estar associado a uma ou mais das três variáveis embora seja igualmente possível que cada
variável corresponda a um Agente material diferente.

O princípio de codificação repousa no facto de o sinistrado exercer uma «actividade» (Actividade física específica)
com um primeiro Agente material, ser o segundo aquele que «desvia» (Desvio), e o terceiro o que «lesiona»
(Contacto - Modalidade da Lesão). Podem ser distintos, idênticos, ou até inexistentes. Cf. «Comentários gerais
sobre a utilização dos códigos».

Descrição dos grupos ao nível de 1 posição


Os códigos 01-02-03 (edifícios, construções e superfícies) são principalmente utilizados nos casos de quedas ou
choque do sinistrado.

Os códigos 04 a 11, ferramentas e máquinas, serão empregues para os acidentes que correspondem a uma
disfunção destes dispositivos, ou a lesões por eles directamente causadas; serão igualmente associados às
Actividades físicas específicas que implicam a sua utilização.

Distinção entre ferramenta e máquina - máquina fixa e máquina móvel


Uma ferramenta é um objecto fabricado que serve para agir sobre a matéria e para executar determinado trabalho.
É, ou não, motorizada (agentes 06 a 08), podendo ser transportada por uma só pessoa, segura na mão ou no
corpo, sem necessidade de a fazer rolar ou arrastar pelo chão.

Uma máquina é um objecto fabricado, geralmente complexo, destinado a transformar a energia e a utilizar esta
transformação para agir sobre a matéria ou executar determinado trabalho. A noção de máquina está ligada à
energia que lhe é necessária para se mover.

85
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

Uma máquina é, ou fixa (agentes 10), não podendo ser deslocada durante a realização do trabalho, ou móvel
(agentes 09), mas uma só pessoa, sem a ajuda de outra pessoa ou de um aparelho de movimentação, não
consegue fazer mais do que deslocá-la pelo chão, fazendo-a rolar mediante a sua própria energia (engenho
automotor de estaleiro ou agrícola), por exemplo, ou então puxando-a (serra de estaleiro), etc., mas nunca
erguendo-a nos braços ou com o corpo.

As ferramentas agrícolas correspondem a 06.09 (manuais) ou 07.09 (mecânicas); em contrapartida, as


ferramentas automotrizes, tais como máquinas de cortar relva, ceifeiras, motocultivadores e grandes máquinas
agrícolas correspondem a 09.02.

Quaisquer máquinas de transformação e maquinagem de materiais correspondem a 10.

Os dispositivos de armazenagem - fixos, com o código 11.06 ou móveis (transportáveis), sob o código 11.07 -
podem estar ou abertos, ou fechados (permanentemente), e mesmo sob pressão. Com o código 11.07 serão
classificadas, nomeadamente, as armazenagens a granel, sob a forma de pilhas de materiais diversos.

Em 11.09, no grupo das pequenas embalagens, encontrar-se-ão igualmente os recipientes sob pressão, tais como
botijas de gás liquefeito ou comprimido, extintores, etc. O código 14.08 refere-se às embalagens consideradas na
sua individualidade, mas armazenadas (prateleiras, por exemplo) em grande número.

Os códigos 12 e 13 dizem respeito aos veículos de transporte, em contrapartida, as máquinas para construção e
obras públicas e as máquinas agrícolas serão codificadas respectivamente 09.01 e 09.02.

Os códigos 14 comportam, em 14.01, materiais de construção e os diversos objectos ou elementos que se podem
encontrar num estaleiro de construção; em 14.02, todos os componentes de máquinas ou veículos; em 14.03,
peças, ferramentas de máquinas (incluindo fragmentos e estilhaços provenientes destes Agentes materiais); em
14.04, componentes de montagem (cavilhas, parafusos, pregos, etc.).

Em 14.05 encontram-se os produtos sob a forma de poeiras, projecções; estilhaços, pedaços; em 14.06 e 14.07
produtos da agricultura ou para a agricultura.

Em 14.08 classificam-se todos os objectos dispostos numa armazenagem. O código 14.09 é utilizado para os
produtos armazenados em rolos, tais como rolos de papel ou de cabos.

Em 14.10, 14.11 e 14.12 encontram-se todos os objectos que constituem cargas, quer as transportadas sobre
dispositivos mecânicos, quer as suspensas a engenhos de levantamento, quer as manipuladas manualmente
aquando de acidentes por choque ou queda.

Os códigos 15, 16, 17 e 18 são autoexplicativos.

Os códigos 19 (resíduos) serão utilizados sempre que os elementos constitutivos não puderem ser codificados em
14, 15 ou 18, devido ao conhecimento deficiente da sua natureza ou em razão da sua heterogeneidade, quando se
trata de misturas complexas cujo destino é serem postas fora de uso. A utilização da palavra «avulso» sublinha a
ideia de grande quantidade.

Os códigos 20 serão utilizados sempre que intervêm elementos naturais atmosféricos, sismos, etc.

Opção pela codificação pormenorizada


Para os casos em que se pretenda proceder a uma codificação pormenorizada dos Agentes materiais a nível
nacional, existe igualmente uma classificação de 3 ou 4 posições (ver Anexo D). Todavia, o Eurostat utiliza apenas
a classificação de 2 posições.

A maioria das ferramentas ou máquinas é classificada com 2 posições e relativamente à sua função,
independentemente dos materiais tratados. Em contrapartida, se necessário, ao utilizar a codificação
pormenorizada de 3 ou 4 posições será possível distinguir a natureza do material tratado (principalmente para as
máquinas dos grupos 10.02, 10.04, e 10.07 10.15), ou da embalagem, no caso das máquinas de
acondicionamento (códigos 10.16).

86
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

A quarta posição do código é, então, utilizada para esta distinção. Esta posição é indicada na classificação 0X para
a natureza do material tratado ou em 0Y para a natureza da embalagem. Aquando da codificação de um Agente
material, as letras X e Y devem substituir-se por um dos valores constantes do quadro seguinte, de acordo com a
natureza do material ou embalagem. Contudo, para certos Agentes materiais, só um dos códigos
material/embalagem é possível; neste caso, este é directamente utilizado na classificação.

Valor dos códigos 0X ou 0Y (4ª posição) Natureza do objecto


0A Pedra, matéria mineral
0B Metal
0C Madeira
0D Borracha, matéria plástica
0E Papel, cartão
0F Têxtil
0G Cabedal
0H Produtos alimentícios

Exemplos

i) Uma serra circular será codificada:


10.11 para máquina de serrar (código de 2 posições)
10.11.01 para a serra circular (código de 3 posições)
10.11.01.0X código de 4 posições para serra circular, mas não se utiliza este código em «0X» para
codificar um Agente material e sim o seu valor de acordo com o material, ou seja:
10.11.01.0A se é destinada a serrar pedra
10.11.01.0B se é destinada a serrar metal
10.11.01.0H se é destinada a produtos alimentícios

ii) Uma betoneira é indicada directamente no código 10.02.15.0A, pois apenas diz respeito ao trabalho do
betão.

Exemplos de codificação de causas e circunstâncias


1) Num estaleiro de uma construção nova, um pedreiro transporta uma ferramenta, subindo uma escada, e
pisa um prego saído de uma tábua fora do sítio.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 021 Estaleiro - edifício em construção
Tipo de trabalho 22 Construção nova - edifício
Actividade física específica 61 Andar, correr, subir, descer
Agente material - 2 posições 02.01 Partes de edifício verticais - fixas (escada)
Agente material - 4 posições (*) 02.01.01.00 Escada
Desvio 61 Caminhando sobre objecto cortante
Agente material - 2 posições 01.02 Superfícies, circulação - solos interior, exterior
Agente material - 4 posições (*) 01.02.01.04 Tábua com pregos
Contacto - Modalidade da lesão 52 Contacto com Agente afiado (prego / ferramenta afiada)
Agente material - 2 posições 14.04 Elementos de montagem
Agente material - 4 posições (*) 14.04.02.00 Pregos

87
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

2) Num hospital, uma enfermeira fere-se no polegar. Estava a deitar uma seringa no caixote de lixo e picou-
se com outra agulha que saía do caixote de lixo.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 051 Estabelecimento de saúde, clínica, hospital
Tipo de trabalho 41 Serviço, cuidados, assistência a pessoa humana
Actividade física específica 46 Deitar, deitar para dentro de, encher, esvaziar
Agente material - 2 posições 11.09 Embalagens diversas, pequenas e médias, móveis
Agente material - 4 posições (*) 11.09.06.00 Caixote de lixo, contentor de lixo
Desvio 64 Gestos intempestivos
Agente material - 2 posições 06.14 Ferramentas de mão não motorizadas - médicas - que picam
Agente material - 4 posições (*) 06.14.01.00 Seringa, agulha
Contacto - Modalidade da lesão 52 Contacto com Agente afiado (prego / ferramenta afiada)
Agente material - 2 posições 06.14 Ferramentas de mão não motorizadas - médicas - que picam
Agente material - 4 posições (*) 06.14.01.00 Seringa, agulha

3) Um gancho quebrou-se, o pintor caiu ao chão enquanto subia uma escada móvel num escritório onde
devia pintar o tecto.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 041 Escritório, sala de reuniões, biblioteca
Tipo de trabalho 24 Renovação, reparação, actividade de construção
Actividade física específica 64 Rastejar, trepar
Agente material - 2 posições 02.03 Construções, superfícies verticais - móveis
Agente material - 4 posições (*) 02.03.01.00 Escada móvel, escadote
Desvio 31 Ruptura de material
Agente material - 2 posições 11.05 Apetrechos de elevação, amarração, preensão
Agente material - 4 posições (*) 11.05.03.00 Ganchos
Contacto - Modalidade da lesão 31 Movimento vertical, esmagamento sobre, contra
Agente material - 2 posições 01.02 Superfícies, circulação - solos interior, exterior
Agente material - 4 posições (*) 01.02.01.00 Superfícies em geral

4) A corda que retinha uma carga suspensa rompeu-se, o trabalhador é atingido pela carga que oscila
através da área de carregamento.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 013 Local dedicado principalmente a armazenamento,
carregamento
Tipo de trabalho 61 Movimento
Actividade física específica 70 Presença
Agente material - 2 posições 01.02 Superfícies, circulação - solos interior, exterior
Agente material - 4 posições (*) 01.02.01.00 Superfícies em geral
Desvio 31 Ruptura de material
Agente material - 2 posições 11.05 Apetrechos de elevação, amarração, preensão
Agente material - 4 posições (*) 11.05.06.00 Cordas
Contacto - Modalidade da lesão 43 Pancada - por objecto em oscilação
Agente material - 2 posições 14.11. Cargas suspensas para dispositivo de elevação, grua
Agente material - 4 posições (*) 14.11.00.00 Carga suspensa para dispositivo de elevação, grua

88
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

5) Numa serração, o operário que alimenta a serra mecânica é ferido na cabeça por um pedaço de madeira,
projectado pela lâmina da serra, ao iniciar a serração.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 011 Local de produção, oficina, fábrica
Tipo de trabalho 11 Produção, transformação, tratamento
Actividade física específica 12 Alimentar a máquina
Agente material - 2 posições 10.11 Máquinas-ferramentas - para serrar
Agente material - 4 posições (*) 10.11.00.00 Máquinas-ferramentas (serrar)
Desvio 44 Perda, total ou parcial, de controlo - de objecto
Agente material - 2 posições 14.03 Peças trabalhadas ou elementos, ferramentas de máquina
Agente material - 4 posições (*) 14.03.01.00 Peças trabalhadas
Contacto - Modalidade da lesão 41 Pancada - por objecto projectado
Agente material - 2 posições 14.05 Partículas, poeiras
Agente material - 4 posições (*) 14.05.01.00 Fragmento, projecção, choque

6) Um cortador, num matadouro, corta pedaços de costeletas, a sua faca bate no bordo da mesa e fere-o no
polegar.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 011 Local de produção, oficina, fábrica
Tipo de trabalho 11 Produção, transformação, tratamento
Actividade física específica 21 Trabalho com ferramentas de mão
Agente material - 2 posições 06.02 Ferramentas de mão não motorizadas - para cortar, separar
Agente material - 4 posições (*) 06.02.02.00 Faca, cutelo, cortadora
Desvio 43 Perda, total ou parcial, de controlo - ferramenta de mão
Agente material - 2 posições 06.02 Ferramentas de mão não motorizadas - para cortar, separar
Agente material - 4 posições (*) 06.02.02.00 Faca, cutelo, cortadora
Contacto - Modalidade da lesão 51 Contacto com Agente cortante (faca, lâmina)
Agente material - 2 posições 06.02 Ferramentas de mão não motorizadas - para cortar, separar
Agente material - 4 posições (*) 06.02.02.00 Faca, cutelo, cortadora

7) Num estaleiro, um servente está a desaparafusar uma porca com uma chave inglesa numa caldeira. A
porca quebra-se e, sob o choque, a mão do servente bate violentamente contra a caldeira.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 021 Estaleiro - edifício em construção
Tipo de trabalho 51 Desmontagem
Actividade física específica 21 Trabalhar com ferramentas de mão - manuais
Agente material - 2 posições 06.05 Ferramentas de mão não motorizadas - para aparafusar
Agente material - 4 posições (*) 06.05.01.00 Chave
Desvio 31 Ruptura de material
Agente material - 2 posições 06.05 Ferramentas de mão não motorizadas - para aparafusar
Agente material - 4 posições (*) 06.05.01.00 Chave
Contacto - Modalidade da lesão 53 Contacto com Agente material duro ou áspero
Agente material - 2 posições 10.04 Máquinas para a transformação dos materiais - a quente
Agente material - 4 posições (*) 10.04.02.05 Caldeira, esquentador, caldeirão

89
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

8) Num armazém, durante o controlo de um extintor, este fica acidentalmente sob pressão, provocando a
projecção do conjunto da cabeça do aparelho. A pega do extintor atinge a parte inferior do rosto do
empregado verificador - vendedor de material contra incêndios, ferindo-o na boca.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 013 Local dedicado principalmente ao armazenamento
Tipo de trabalho 52 Manutenção
Actividade física específica 40 Manipulação de objecto - Não especificado
Agente material - 2 posições 11.09 Embalagens diversas, pequenas e médias, móveis
Agente material - 4 posições (*) 11.09.03.00 Botija de gás, aerossol, extintor
Desvio 32 Ruptura, rebentamento, causando estilhaços
Agente material - 2 posições 11.09 Embalagens diversas, pequenas e médias, móveis
Agente material - 4 posições (*) 11.09.03.00 Botija de gás, aerossol, extintor
Contacto - Modalidade da lesão 41 Pancada - por objecto projectado
Agente material - 2 posições 14.03 Peças trabalhadas ou elementos, ferramentas de máquina
Agente material - 4 posições (*) 14.03.99.00 Outros agentes provenientes de peças trabalhadas, ferramentas

9) Deslocando-se num estaleiro, um electricista ouve um barulho esquisito proveniente da grua, vê sucata a cair da
grua. Encosta-se contra a parede, mas a sucata atinge-lhe as costas, provocando contusões e arranhões no ombro direito e
na costas.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 021 Estaleiro - edifício em construção
Tipo de trabalho 61 Movimento
Actividade física específica 70 Presença
Agente material - 2 posições 01.02 Superfícies, circulação - solos interior, exterior
Agente material - 4 posições (*) 01.02.01.00 Superfícies em geral
Desvio 33 Escorregamento, queda, desmoronamento de Agente - superior
Agente material - 2 posições 14.11 Cargas - suspensas a nivelador, grua
Agente material - 4 posições (*) 14.11.00.00 Carga - suspensa a nivelador, grua
Contacto - Modalidade da lesão 42 Pancada - por objecto que cai
Agente material - 2 posições 14.11 Cargas - suspensas a nivelador, grua
Agente material - 4 posições (*) 14.11.00.00 Carga - suspensa a nivelador, grua

10) Num prédio de habitação, o agente de limpeza que anda sobre o telhado para efectuar verificações
tropeça numa telha e cai do alto do telhado numa varanda situada dois andares mais abaixo.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 091 Em altura - num plano fixo (telhado, terraço ...)
Tipo de trabalho 55 Vigilância, inspecção
Actividade física específica 61 Andar
Agente material - 2 posições 02.01 Partes de edifício em altura - fixas
Agente material - 4 posições (*) 02.01.02.00 Telhado, terraço, telhado de vidro, armação
Desvio 51 Queda de pessoa - do alto
Agente material - 2 posições 02.01 Partes de edifício em altura - fixas
Agente material - 4 posições (*) 02.01.02.00 Telhado, terraço, telhado de vidro, armação
Contacto - Modalidade da lesão 31 Movimento vertical, esmagamento sobre, contra
Agente material - 2 posições 02.01 Partes de edifício em altura - fixas
Agente material - 4 posições (*) 02.01.99.00 Outras partes em altura de um edifício

90
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

11) Um operário encarregado da manutenção de um elevador num edifício privado, sobe para cima da cabine.
Acciona o elevador e é esmagado pela cabine contra o tecto da caixa do elevador.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 091 Em altura - num plano fixo (telhado, terraço ...)
Tipo de trabalho 52 Manutenção, reparação, ajustamento, regulação
Actividade física específica 64 Rastejar, trepar
Agente material - 2 posições 11.02 Elevadores, ascensores, dispositivos de elevação
Agente material - 4 posições (*) 11.02.01.00 Elevador, monta-cargas
Desvio 42 Perda, total ou parcial, de controlo - de equipamento de
movimentação
Agente material - 2 posições 11.02 Elevadores, ascensores, dispositivos de elevação
Agente material - 4 posições (*) 11.02.01.00 Elevador, monta-cargas
Contacto - Modalidade da lesão 63 Entalação, esmagamento - entre
Agente material - 2 posições 11.02 Elevadores, ascensores, dispositivos de elevação
Agente material - 4 posições (*) 11.02.01.00 Elevador, monta-cargas

12) Um operário caminha sobre a canalização de alimentação de gás fixada ao solo de uma caldeira situada
na sala para esse efeito de um prédio de habitação no qual está a proceder a uma verificação. Escorrega e
torce o pé esquerdo, sem cair.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 072 Domicílio privado - Dependências comuns
Tipo de trabalho 52 Manutenção, reparação, ajustamento, regulação
Actividade física específica 61 Andar
Agente material - 2 posições 01.02 Superfícies, circulação - solos interior, exterior
Agente material - 4 posições (*) 01.02.01.00 Superfícies em geral
Desvio 75 Passo em falso sem queda
Agente material - 2 posições 04.01 Canalizações - fixas
Agente material - 4 posições (*) 04.01.01.00 Canalizações - fixas para gás
Contacto - Modalidade da lesão 71 Constrangimento físico
Agente material - 2 posições 00.01 Nenhum agente material
Agente material - 4 posições (*) 00.01.00.00 Nenhum agente material

13) Ao polir uma peça da carroçaria de um automóvel numa escovadora, a pessoa inclina demasiado a peça,
que é levada pela escova e lhe vem bater na cara.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 011 Local de produção, oficina, fábrica
Tipo de trabalho 11 Produção, transformação, tratamento
Actividade física específica 41 Fazer funcionar
Agente material - 2 posições 14.02 Componente de veículo
Agente material - 4 posições (*) 14.02.00.99 Outro componente de veículo conhecido mas não referenciado
nesta lista
Desvio 44 Ruptura, rebentamento, causando estilhaços
Agente material - 2 posições 14.02 Componente de veículo
Agente material - 4 posições (*) 14.02.00.99 Outro componente de veículo conhecido mas não referenciado
nesta lista
Contacto - Modalidade da lesão 41 Pancada - por objecto projectado
Agente material - 2 posições 14.02 Componente de veículo
Agente material - 4 posições (*) 14.02.00.99 Outro componente de veículo conhecido mas não referenciado
nesta lista

91
ANEXO C – GUIA DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES

14) O trabalhador pôs em contacto, demasiado rapidamente e no eixo de corte, a ferramenta cortante e a peça
metálica a trabalhar; a ferramenta partiu-se e a sua parte cortante projectada para longe atingiu o
sinistrado na cara.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 011 Local de produção, oficina, fábrica
Tipo de trabalho 11 Produção, transformação, tratamento
Actividade física específica 13 Fazer funcionar
Agente material - 2 posições 10.10 Máquina para usinagem, para girar
Agente material - 4 posições (*) 10.10.09.00 Torre paralela
Desvio 32 Ruptura, rebentamento, causando estilhaços
Agente material - 2 posições 14.03 Ferramenta de máquina
Agente material - 4 posições (*) 14.03.02.00 Ferramenta, parte de ferramenta de máquina
Contacto - Modalidade da lesão 41 Pancada - por objecto projectado
Agente material - 2 posições 14.03 Ferramenta de máquina
Agente material - 4 posições (*) 14.03.02.02 Estilhaço, pedaço de ferramenta

15) A pessoa intoxicou-se com emanações de gás, pois o vento mudou de direcção quando conduzia o seu
tractor de aplicação de produtos herbicidas na sua vinha.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 033 Local agrícola, cultura em árvore
Tipo de trabalho 32 Tarefa de tipo agrícola
Actividade física específica 31 Conduzir um meio de transporte
Agente material - 2 posições 09.02 Máquinas portáteis - móveis - agricultura
Agente material - 4 posições (*) 09.02.05.00 Material agrícola para tratamento de culturas
Desvio 99 Outro desvio
Agente material - 2 posições 20.02 Golpe de vento
Agente material - 4 posições (*) 20.02.00.00 Golpe de vento
Contacto - Modalidade da lesão 15 Contacto com substâncias perigosas
Agente material - 2 posições 15.02 Matérias nocivas, tóxicas - gás
Agente material - 4 posições (*) 15.02.00.00 Matérias nocivas, tóxicas - gás

16) Na cozinha de um restaurante, uma pessoa fere-se nas mãos com uma chávena partida, ao lavar a loiça.

Variável Código Designação (resumida)


Tipo de local 044 Restaurante
Tipo de trabalho 53 Limpeza manual
Actividade física específica 49 Outra manipulação de objecto
Agente material - 2 posições 17.08 Utensílios de tipo doméstico
Agente material - 4 posições (*) 17.08.00.00 Utensílios de tipo doméstico
Desvio 64 Gesto inoportuno
Agente material - 2 posições 00.01 Nenhum agente material
Agente material - 4 posições (*) 00.01.00.00 Nenhum agente material
Contacto - Modalidade da lesão 51 Contacto com agente material cortante
Agente material - 2 posições 14.05 Estilhaços, elementos destruídos
Agente material - 4 posições (*) 14.05.01.00 Estilhaços, vidro partido

* Se se utilizar uma classificação mais pormenorizada (cf. Classificação de 4 posições do Agente material, no
Anexo D).

92
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

Anexo D: Classificações facultativas de 4 posições

Actividade económica do empregador


Como referido no Anexo A, na reunião de 16/10/2000, o Grupo de Trabalho EEAT decidiu considerar na Fase III
das EEAT a variável "Actividade económica do empregador" de acordo com a NACE Rev.1 a nível de 4 dígitos.
Apenas são obrigatórias as 2 primeiras posições, que correspondem às divisões, já utilizadas nas Fases I e II. As
terceira e quarta posições são facultativas, destinando-se aos Estados-Membros que pretendam comunicar essa
informação ao Eurostat, dado que alguns sistemas nacionais já utilizam as 4 posições. As duas últimas posições
ou a última manterão o valor '(0)0' para os outros países.

Segue-se a nomenclatura NACE ao nível das quatro posições (em 2002 será publicada a NACE 2002, uma versão
revista, com apenas algumas alterações ao nível das terceira ou quarta posições).

93
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

NOMENCLATURA NACE AO NÍVEL DE 4 POSIÇÕES


Secção Grupo Classe Descrição
& Divisão
Secção A Agricultura, produção animal, caça e silvicultura
01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados
01.1 Agricultura
01.11 Cultura de cereais e outras culturas, n.e.
01.12 Horticultura, especialidades hortícolas e produtos de viveiro
01.13 Culturas de frutos, de frutos de casca rija, de produtos destinados à preparação de
bebidas e de especiarias
01.2 Produção animal
01.21 Bovinicultura
01.22 Criação de gado ovino, caprino, cavalar, asinino e muar
01.23 Suinicultura
01.24 Avicultura
01.25 Outra produção animal
01.3 Produção agrícola e animal associadas
01.30 Produção agrícola e animal associadas
01.4 Actividades dos serviços relacionados com a agricultura e com a produção animal,
excepto serviços de veterinária
01.41 Actividades dos serviços relacionados com a agricultura
01.42 Actividades dos serviços relacionados com a produção animal, excepto serviços de
veterinária
01.5 Caça, repovoamento cinegético e actividades dos serviços relacionados
01.50 Caça, repovoamento cinegético e actividades dos serviços relacionados
02 Silvicultura, exploração florestal e actividades dos serviços relacionados
02.0 Silvicultura, exploração florestal e actividades dos serviços relacionados
02.01 Silvicultura e exploração florestal
02.02 Actividades dos serviços relacionados com a silvicultura e a exploração florestal
Secção B Pesca e actividades dos serviços relacionados
05 Pesca, aquacultura e actividades dos serviços relacionados
05.0 Pesca, aquacultura e actividades dos serviços relacionados
05.01 Pesca e actividades dos serviços relacionados
05.02 Aquacultura e actividades dos serviços relacionados
Secção C Indústrias extractivas
Subsecção CA Extracção de produtos energéticos
10 Extracção de hulha, linhite e turfa
10.1 Extracção e aglomeração de hulha
10.10 Extracção e aglomeração de hulha
10.2 Extracção e aglomeração de linhite
10.20 Extracção e aglomeração de linhite
10.3 Extracção e aglomeração de turfa
10.30 Extracção e aglomeração de turfa
11 Extracção de petróleo bruto, gás natural e actividades dos serviços relacionados,
excepto a prospecção
11.1 Extracção de petróleo bruto e gás natural
11.10 Extracção de petróleo bruto e gás natural
11.2 Actividades dos serviços relacionados com a extracção de petróleo e gás, excepto a
prospecção
11.20 Actividades dos serviços relacionados com a extracção de petróleo e gás, excepto a
prospecção
12 Extracção de minérios de urânio e de tório
12.0 Extracção de minérios de urânio e de tório
12.00 Extracção de minérios de urânio e de tório
Subsecção CB Indástrias extractivas, com excepção da extracção de produtos energéticos
13 Extracção e preparação de minérios metálicos
13.1 Extracção e preparação de minérios de ferro
13.10 Extracção e preparação de minérios de ferro
13.2 Extracção e preparação de minérios metálicos não ferrosos, excepto minérios de urânio
e de tório
13.20 Extracção e preparação de minérios metálicos não ferrosos, excepto minérios de urânio
e de tório

94
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

14 Outras indústrias extractivas


14.1 Extracção de pedra
14.11 Extracção de pedra para construção
14.12 Extracção de calcário, gesso e cré
14.13 Extracção de ardósia
14.2 Extracção de areias e argilas
14.21 Extracção de saibro, areia e pedra britada
14.22 Extracção de argilas e caulino
14.3 Extracção de minerais para a indústria química e para a fabricação de adubos
14.30 Extracção de minerais para a indústria química e para a fabricação de adubos
14.4 Extracção e refinação de sal
14.40 Extracção e refinação de sal
14.5 Outras indústrias extractivas, n.e.
14.50 Outras indústrias extractivas, n.e.
Secção D Indústrias transformadoras
Subsecção DA Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco
15 Indústrias alimentares e das bebidas
15.1 Abate de animais, preparação e conservação de carne e de produtos à base de carne
15.11 Abate de gado (produção de carne)
15.12 Abate de aves e de coelhos (produção de carne)
15.13 Fabricação de produtos à base de carne
15.2 Indústria transformadora da pesca e da aquacultura
15.20 Indústria transformadora da pesca e da aquacultura
15.3 Indústria de conservação de frutos e de produtos hortícolas
15.31 Preparação e conservação de batatas
15.32 Fabricação de sumos de frutos e de produtos hortícolas
15.33 Preparação e conservação de frutos e de produtos hortícolas, n.e.
15.4 Produção de óleos e gorduras animais e vegetais
15.41 Produção de óleos e gorduras brutos
15.42 Refinação de óleos e gorduras
15.43 Fabricação de margarinas e de gorduras alimentares similares
15.5 Indústria de lacticínios
15.51 Indústrias do leite e derivados
15.52 Fabricação de gelados e sorvetes
15.6 Transformação de cereais e leguminosas; fabricação de amidos, féculas e de produtos afins
15.61 Transformação de cereais e leguminosas
15.62 Fabricação de amidos, féculas e produtos afins
15.7 Fabricação de alimentos compostos para animais
15.71 Fabricação de alimentos para animais de criação
15.72 Fabricação de alimentos para animais de estimação
15.8 Fabricação de outros produtos alimentares
15.81 Panificação e pastelaria
15.82 Fabricação de bolachas, biscoitos, tostas e pastelaria de conservação
15.83 Indústria do açúcar
15.84 Indústria do cacau, do chocolate e dos produtos de confeitaria
15.85 Fabricação de massas alimentícias, cuscuz e similares
15.86 Indústria do café e do chá
15.87 Fabricação de condimentos e temperos
15.88 Fabricação de alimentos homogeneizados e dietéticos
15.89 Fabricação de outros produtos alimentares, n.e.
15.9 Indústria das bebidas
15.91 Fabricação de bebidas alcoólicas destiladas
15.92 Produção de álcool etílico de fermentação
15.93 Indústria do vinho
15.94 Fabricação de cidra e outras bebidas fermentadas de frutos
15.95 Fabricação de vermutes e de outras bebidas fermentadas não destiladas
15.96 Fabricação de cerveja
15.97 Fabricação de malte
15.98 Produção de águas minerais e de bebidas refrescantes não alcoólicas
16 Indústria do tabaco
16.0 Indústria do tabaco
16.00 Indústria do tabaco
Subsecção DB Indústria têxtil
17 Fabricação de têxteis
17.1 Preparação e fiação de fibras têxteis

95
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

17.11 Preparação e fiação de fibras do tipo algodão


17.12 Preparação e fiação de fibras do tipo lã cardada
17.13 Preparação e fiação de fibras do tipo lã penteada
17.14 Preparação e fiação de fibras do tipo linho
17.15 Preparação e fiação da seda e preparação e texturização de filamentos sintéticos e
artificiais
17.16 Fabricação de linhas de costura
17.17 Preparação e fiação de outras fibras têxteis
17.2 Tecelagem de têxteis
17.21 Tecelagem de fio do tipo algodão
17.22 Tecelagem de fio do tipo lã cardada
17.23 Tecelagem de fio do tipo lã penteada
17.24 Tecelagem de fio do tipo seda
17.25 Tecelagem de fio de outros têxteis
17.3 Acabamento de têxteis
17.30 Acabamento de têxteis
17.4 Fabricação de artigos têxteis confeccionados, excepto vestuário
17.40 Fabricação de artigos têxteis confeccionados, excepto vestuário
17.5 Outras indústrias têxteis
17.51 Fabricação de tapetes e carpetes
17.52 Fabricação de cordoaria e redes
17.53 Fabricação de não tecidos e respectivos artigos, excepto vestuário
17.54 Outras indústrias têxteis, n.e.
17.6 Fabricação de tecidos de malha
17.60 Fabricação de tecidos de malha
17.7 Fabricação de artigos de malha
17.71 Fabricação de meias e similares de malha
17.72 Fabricação de pulôveres, casacos e artigos similares de malha
18 Indústria do vestuário; preparação, tingimento e fabricação de artigos de peles com pêlo
18.1 Confecção de artigos de vestuário em couro
18.10 Confecção de artigos de vestuário em couro
18.2 Confecção de outros artigos e acessórios de vestuário
18.21 Confecção de vestuário de trabalho e de uniformes
18.22 Confecção de outro vestuário exterior
18.23 Confecção de vestuário interior
18.24 Confecção de outros artigos e acessórios de vestuário, n.e.
18.3 Preparação, tingimento e fabricação de artigos de peles com pêlo
18.30 Preparação, tingimento e fabricação de artigos de peles com pêlo
Subsecção DC Indústria do couro e dos produtos de couro
19 Curtimenta e acabamento de peles sem pêlo; fabricação de artigos de viagem,
marroquinaria, artigos de correeiro, seleiro e calçado
19.1 Curtimenta e acabamento de peles sem pêlo
19.10 Curtimenta e acabamento de peles sem pêlo
19.2 Fabricação de artigos de viagem e de uso pessoal, de marroquinaria, de correeiro e de
seleiro
19.20 Fabricação de artigos de viagem e de uso pessoal, de marroquinaria, de correeiro e de
seleiro
19.3 Indústria do calçado
19.30 Indústria do calçado
Subsecção DD Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras
20 Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário; fabricação de obras
de espartaria e de cestaria
20.1 Serração, aplainamento e impregnação da madeira
20.10 Serração, aplainamento e impregnação da madeira
20.2 Fabricação de folheados, contraplacados, painéis lamelados, de partículas, de fibras e
de outros painéis
20.20 Fabricação de folheados, contraplacados, painéis lamelados, de partículas, de fibras e
de outros painéis
20.3 Fabricação de obras de carpintaria para a construção
20.30 Fabricação de obras de carpintaria para a construção
20.4 Fabricação de embalagens de madeira
20.40 Fabricação de embalagens de madeira
20.5 Fabricação de outras obras de madeira; fabricação de artigos de cortiça, de espartaria e
cestaria
20.51 Fabricação de outras obras de madeira
20.52 Fabricação de artigos de cortiça, de espartaria e cestaria

96
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

Subsecção DE Fabricação de pasta, de papel e cartão e seus artigos; edição e impressão


21 Fabricação de pasta, de papel e cartão e seus artigos
21.1 Fabricação de pasta, de papel e cartão (excepto canelado)
21.11 Fabricação de pasta
21.12 Fabricação de papel e de cartão (excepto canelado)
21.2 Fabricação de papel e de cartão canelados e de artigos de papel e de cartão
21.21 Fabricação de papel e de cartão canelados e de embalagens de papel e cartão
21.22 Fabricação de artigos de papel para uso doméstico e sanitário
21.23 Fabricação de artigos de papel para papelaria
21.24 Fabricação de papel de parede
21.25 Fabricação de artigos de pasta de papel, de papel e de cartão, n.e.
22 Edição, impressão e reprodução de suportes de informação gravados
22.1 Edição
22.11 Edição de livros
22.12 Edição de jornais
22.13 Edição de revistas e de outras publicações periódicas
22.14 Edição de gravações de som
22.15 Edição, n.e.
22.2 Impressão e actividades dos serviços relacionados com a impressão
22.21 Impressão de jornais
22.22 Impressão, n.e.
22.23 Encadernação e acabamento
22.24 Composição e outras preparações da impressão
22.25 Actividades relacionadas com a impressão, n.e.
22.3 Reprodução de suportes gravados
22.31 Reprodução de gravações de som
22.32 Reprodução de gravações vídeo
22.33 Reprodução de suportes informáticos
Subsecção DF Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e combustível nuclear
23 Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e combustível nuclear
23.1 Fabricação de coque
23.10 Fabricação de coque
23.2 Fabricação de produtos petrolíferos refinados
23.20 Fabricação de produtos petrolíferos refinados
23.3 Tratamento de combustível nuclear
23.30 Tratamento de combustível nuclear
Subsecção DG Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais
24 Fabricação de produtos químicos
24.1 Fabricação de produtos químicos de base
24.11 Fabricação de gases industriais
24.12 Fabricação de corantes e pigmentos
24.13 Fabricação de outros produtos químicos inorgânicos de base
24.14 Fabricação de outros produtos químicos orgânicos de base
24.15 Fabricação de adubos e de compostos azotados
24.16 Fabricação de matérias plásticas sob formas primárias
24.17 Fabricação de borracha sintética sob formas primárias
24.2 Fabricação de pesticidas e outros produtos agroquímicos
24.20 Fabricação de pesticidas e outros produtos agroquímicos
24.3 Fabricação de tintas, vernizes e produtos similares; mastiques; tintas de impressão
24.30 Fabricação de tintas, vernizes e produtos similares; mastiques; tintas de impressão
24.4 Fabricação de produtos farmacêuticos
24.41 Fabricação de produtos farmacêuticos de base
24.42 Fabricação de preparações farmacêuticas
24.5 Fabricação de sabões e detergentes, produtos de limpeza e de polimento, perfumes e
produtos de higiene
24.51 Fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza e de polimento
24.52 Fabricação de perfumes, de cosméticos e de produtos de higiene
24.6 Fabricação de outros produtos químicos
24.61 Fabricação de explosivos e artigos de pirotecnia
24.62 Fabricação de colas e gelatinas
24.63 Fabricação de óleos essenciais
24.64 Fabricação de produtos químicos para fotografia
24.65 Fabricação de suportes de informação não gravados
24.66 Fabricação de outros produtos químicos, n.e.

97
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

24.7 Fabricação de fibras sintéticas ou artificiais


24.70 Fabricação de fibras sintéticas ou artificiais
Subsecção DH Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas
25 Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas
25.1 Fabricação de artigos de borracha
25.11 Fabricação de pneus e câmaras-de-ar
25.12 Reconstrução de pneus
25.13 Fabricação de produtos de borracha, n.e.
25.2 Fabricação de artigos de matérias plásticas
25.21 Fabricação de chapas, folhas, tubos e perfis de plástico
25.22 Fabricação de embalagens de plástico
25.23 Fabricação de artigos de plástico para a construção
25.24 Fabricação de artigos de plástico, n.e.
Subsecção DI Fabricação de outros produtos minerais não metálicos
26 Fabricação de outros produtos minerais não metálicos
26.1 Fabricação de vidro e artigos de vidro
26.11 Fabricação de vidro plano
26.12 Moldagem e transformação de vidro plano
26.13 Fabricação de vidro de embalagem e cristalaria (vidro oco)
26.14 Fabricação de fibras de vidro
26.15 Fabricação e transformação de outro vidro (inclui vidro técnico)
26.2 Fabricação de produtos cerâmicos não refractários (excepto os destinados à
construção) e refractários
26.21 Fabricação de artigos cerâmicos de uso doméstico e ornamental
26.22 Fabricação de artigos cerâmicos para usos sanitários
26.23 Fabricação de isoladores e peças isolantes em cerâmica
26.24 Fabricação de outros produtos em cerâmica para usos técnicos
26.25 Fabricação de outros produtos cerâmicos não refractários (excepto os destinados à
construção)
26.26 Fabricação de produtos cerâmicos refractários
26.3 Fabricação de azulejos, ladrilhos, mosaicos e placas de cerâmica
26.30 Fabricação de azulejos, ladrilhos, mosaicos e placas de cerâmica
26.4 Fabricação de tijolos, telhas e de outros produtos de barro para a construção
26.40 Fabricação de tijolos, telhas e de outros produtos de barro para a construção
26.5 Fabricação de cimento, cal e gesso
26.51 Fabricação de cimento
26.52 Fabricação de cal
26.53 Fabricação de gesso
26.6 Fabricação de produtos de betão, gesso, cimento e marmorite
26.61 Fabricação de produtos de betão para a construção
26.62 Fabricação de produtos de gesso para a construção
26.63 Fabricação de betão pronto
26.64 Fabricação de argamassas
26.65 Fabricação de produtos de fibrocimento
26.66 Fabricação de outros produtos de betão, gesso, cimento e marmorite
26.7 Serragem, corte e acabamento da pedra
26.70 Serragem, corte e acabamento da pedra
26.8 Fabricação de outros produtos minerais não metálicos
26.81 Fabricação de produtos abrasivos
26.82 Fabricação de outros produtos minerais não metálicos, n.e.
Subsecção DJ Indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos
27 Indústrias metalúrgicas de base
27.1 Siderurgia e fabricação de ferro-ligas (CECA)(25)
27.10 25
Siderurgia e fabricação de ferro-ligas (CECA)( )
27.2 Fabricação de tubos
27.21 Fabricação de tubos de ferro fundido
27.22 Fabricação de tubos de aço
27.3 Outras actividades da primeira transformação do ferro e do aço (inclui fabricação de
25
ferro-ligas não CECA)( )
27.31 Estiragem a frio
27.32 Laminagem a frio de arco ou banda
27.33 Perfilagem a frio

(25) CECA: Comunidade Europeia do Carvão e do Aço.

98
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

27.34 Trefilagem
27.35 Outras actividades da primeira transformação do ferro e aço (inclui fabricação de ferro-
25
ligas não CECA), n.e. ( )
27.4 Obtenção e primeira transformação de metais não ferrosos
27.41 Obtenção e primeira transformação de metais preciosos
27.42 Obtenção e primeira transformação de alumínio
27.43 Obtenção e primeira transformação de chumbo, zinco e estanho
27.44 Obtenção e primeira transformação de cobre
27.45 Obtenção e primeira transformação de metais não ferrosos, n.e.
27.5 Fundição de metais ferrosos e não ferrosos
27.51 Fundição de ferro fundido
27.52 Fundição de aço
27.53 Fundição de metais leves
27.54 Fundição de metais não ferrosos, n.e.
28 Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamento
28.1 Fabricação de elementos de construção em metal
28.11 Fabricação de estruturas de construção metálicas
28.12 Fabricação de portas, janelas e elementos similares em metal
28.2 Fabricação de reservatórios, recipientes, caldeiras e radiadores metálicos para
aquecimento central
28.21 Fabricação de reservatórios e recipientes metálicos
28.22 Fabricação de caldeiras e radiadores para aquecimento central
28.3 Fabricação de geradores de vapor (excepto caldeiras para aquecimento central)
28.30 Fabricação de geradores de vapor (excepto caldeiras para aquecimento central)
28.4 Fabricação de produtos forjados, estampados e laminados; metalurgia dos pós
28.40 Fabricação de produtos forjados, estampados e laminados; metalurgia dos pós
28.5 Tratamento e revestimento de metais; actividades de mecânica geral
28.51 Tratamento e revestimento de metais
28.52 Actividades de mecânica geral
28.6 Fabricação de cutelaria, ferramentas e ferragens
28.61 Fabricação de cutelaria
28.62 Fabricação de ferramentas manuais
28.63 Fabricação de fechaduras, dobradiças e de outras ferragens
28.7 Fabricação de outros produtos metálicos
28.71 Fabricação de embalagens metálicas pesadas
28.72 Fabricação de embalagens metálicas ligeiras
28.73 Fabricação de produtos de arame
28.74 Fabricação de rebites, parafusos, molas e correntes metálicas
28.75 Fabricação de outros produtos metálicos, n.e.
Subsecção DK Fabricação de máquinas e equipamentos, n.e.
29 Fabricação de máquinas e equipamentos, n.e.
29.1 Fabricação de máquinas e equipamentos para a produção e utilização de energia
mecânica (excepto motores para aeronaves, automóveis e motociclos)
29.11 Fabricação de motores e turbinas
29.12 Fabricação de bombas e compressores
29.13 Fabricação de torneiras e válvulas
29.14 Fabricação de rolamentos, de engrenagens e de outros órgãos de transmissão
29.2 Fabricação de máquinas de uso geral
29.21 Fabricação de fornos e queimadores
29.22 Fabricação de equipamento de elevação e de movimentação
29.23 Fabricação de equipamento não doméstico para refrigeração e ventilação
29.24 Fabricação de outras máquinas de uso geral, n.e.
29.3 Fabricação de máquinas e de tractores para a agricultura, pecuária e silvicultura
29.31 Fabricação de tractores agrícolas
29.32 Fabricação de outras máquinas para a agricultura, pecuária e silvicultura
29.4 Fabricação de máquinas-ferramentas
29.40 Fabricação de máquinas-ferramentas
29.5 Fabricação de outras máquinas e equipamento para uso específico
29.51 Fabricação de máquinas para a metalurgia
29.52 Fabricação de máquinas para as indústrias extractivas e para a construção
29.53 Fabricação de máquinas para as indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco
29.54 Fabricação de máquinas para as indústrias têxtil, do vestuário e do couro
29.55 Fabricação de máquinas para as indústrias do papel e do cartão
29.56 Fabricação de outras máquinas e equipamento para uso específico, n.e.
29.6 Fabricação de armas e munições
29.60 Fabricação de armas e munições

99
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

29.7 Fabricação de aparelhos para uso doméstico, n.e.


29.71 Fabricação de electrodomésticos
29.72 Fabricação de aparelhos não eléctricos para uso doméstico
Subsecção DL Fabricação de equipamento eléctrico e de óptica
30 Fabricação de máquinas de escritório e de equipamento para o tratamento automático
da informação
30.0 Fabricação de máquinas de escritório e de equipamento para o tratamento automático
da informação
30.01 Fabricação de máquinas de escritório
30.02 Fabricação de computadores e de outro equipamento informático
31 Fabricação de máquinas e aparelhos eléctricos, n.e.
31.1 Fabricação de motores, geradores e transformadores eléctricos
31.10 Fabricação de motores, geradores e transformadores eléctricos
31.2 Fabricação de material de distribuição e de controlo para instalações eléctricas
31.20 Fabricação de material de distribuição e de controlo para instalações eléctricas
31.3 Fabricação de fios e cabos isolados
31.30 Fabricação de fios e cabos isolados
31.4 Fabricação de acumuladores e de pilhas eléctricas
31.40 Fabricação de acumuladores e de pilhas eléctricas
31.5 Fabricação de lâmpadas eléctricas e de outro material de iluminação
31.50 Fabricação de lâmpadas eléctricas e de outro material de iluminação
31.6 Fabricação de outro equipamento eléctrico
31.61 Fabricação de equipamento eléctrico para motores e veículos
31.62 Fabricação de outro equipamento eléctrico, n.e.
32 Fabricação de equipamento e aparelhos de rádio, de televisão e de comunicação
32.1 Fabricação de componentes electrónicos
32.10 Fabricação de componentes electrónicos
32.2 Fabricação de aparelhos emissores de rádio e de televisão e aparelhos de telefonia e
telegrafia por fios
32.20 Fabricação de aparelhos emissores de rádio e de televisão e aparelhos de telefonia e
telegrafia por fios
32.3 Fabricação de aparelhos receptores e material de rádio e de televisão, aparelhos de
gravação ou reprodução de som e de imagens e de material associado
32.30 Fabricação de aparelhos receptores e material de rádio e de televisão, aparelhos de
gravação ou reprodução de som e de imagens e de material associado
33 Fabricação de aparelhos e instrumentos médico-cirúrgicos, ortopédicos, de precisão, de
óptica e de relojoaria
33.1 Fabricação de material médico-cirúrgico e ortopédico
33.10 Fabricação de material médico-cirúrgico e ortopédico
33.2 Fabricação de instrumentos e aparelhos de medida, verificação, controlo, navegação e
outros fins (excepto de controlo de processos industriais)
33.20 Fabricação de instrumentos e aparelhos de medida, verificação, controlo, navegação e
outros fins (excepto de controlo de processos industriais)
33.3 Fabricação de equipamento de controlo de processos industriais
33.30 Fabricação de equipamento de controlo de processos industriais
33.4 Fabricação de material óptico, fotográfico e cinematográfico
33.40 Fabricação de material óptico, fotográfico e cinematográfico
33.5 Fabricação de relógios e material de relojoaria
33.50 Fabricação de relógios e material de relojoaria
Subsecção DM Fabricação de material de transporte
34 Fabricação de veículos automóveis, reboques e semi-reboques
34.1 Fabricação de veículos automóveis
34.10 Fabricação de veículos automóveis
34.2 Fabricação de carroçarias, reboques e semi-reboques
34.20 Fabricação de carroçarias, reboques e semi-reboques
34.3 Fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis e seus motores
34.30 Fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis e seus motores
35 Fabricação de outro material de transporte
35.1 Construção e reparação naval
35.11 Construção e reparação de embarcações, excepto de recreio e desporto
35.12 Construção e reparação de embarcações de recreio e desporto
35.2 Fabricação e reparação de material circulante para caminhos-de-ferro
35.20 Fabricação e reparação de material circulante para caminhos-de-ferro
35.3 Fabricação de aeronaves e de veículos espaciais
35.30 Fabricação de aeronaves e de veículos espaciais
35.4 Fabricação de motociclos e bicicletas

100
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

35.41 Fabricação de motociclos


35.42 Fabricação de bicicletas
35.43 Fabricação de veículos para inválidos
35.5 Fabricação de outro material de transporte, n.e.
35.50 Fabricação de outro material de transporte, n.e.
Subsecção DN Indústrias transformadoras, n.e.
36 Fabricação de mobiliário; outras indústrias transformadoras, n.e.
36.1 Fabricação de mobiliário e de colchões
36.11 Fabricação de cadeiras e assentos
36.12 Fabricação de mobiliário para escritório e comércio
36.13 Fabricação de mobiliário de cozinha
36.14 Fabricação de mobiliário para outros fins
36.15 Fabricação de colchoaria
36.2 Fabricação de joalharia, ourivesaria e artigos similares
36.21 Cunhagem de moedas e medalhas
36.22 Fabricação de joalharia, ourivesaria e artigos similares, n.e.
36.3 Fabricação de instrumentos musicais
36.30 Fabricação de instrumentos musicais
36.4 Fabricação de artigos de desporto
36.40 Fabricação de artigos de desporto
36.5 Fabricação de jogos e de brinquedos
36.50 Fabricação de jogos e de brinquedos
36.6 Indústrias transformadoras, n.e.
36.61 Fabricação de bijuterias
36.62 Fabricação de vassouras, escovas e pincéis
36.63 Outras indústrias transformadoras, n.e.
37 Reciclagem
37.1 Reciclagem de sucata e de desperdícios metálicos
37.10 Reciclagem de sucata e de desperdícios metálicos
37.2 Reciclagem de desperdícios não metálicos
37.20 Reciclagem de desperdícios não metálicos
Secção E Produção e distribuição de electricidade, gás e água
40 Produção e distribuição de electricidade, gás, vapor e água quente
40.1 Produção, transporte e distribuição de electricidade
40.10 Produção, transporte e distribuição de electricidade
40.2 Produção e distribuição de gás por condutas
40.20 Produção e distribuição de gás por condutas
40.3 Produção e distribuição de vapor e água quente; produção de gelo
40.30 Produção e distribuição de vapor e água quente; produção de gelo
41 Captação, tratamento e distribuição de água
41.0 Captação, tratamento e distribuição de água
41.00 Captação, tratamento e distribuição de água
Secção F Construção
45 Construção
45.1 Preparação dos locais de construção
45.11 Demolição e terraplenagens
45.12 Perfurações e sondagens
45.2 Construção de edifícios (no todo ou em parte); engenharia civil
45.21 Construção geral de edifícios e engenharia civil
45.22 Construção de coberturas
45.23 Construção de estradas, vias férreas, aeroportos e de instalações desportivas
45.24 Engenharia hidráulica
45.25 Outras obras especializadas de construção
45.3 Instalações especiais
45.31 Instalação eléctrica
45.32 Obras de isolamento
45.33 Instalação de canalizações e de climatização
45.34 Instalações, n.e.
45.4 Actividades de acabamento
45.41 Estucagem
45.42 Montagem de trabalhos de carpintaria e de caixilharia
45.43 Revestimento de pavimentos e de paredes
45.44 Pintura e colocação de vidros
45.45 Actividades de acabamento, n.e.
45.5 Aluguer de equipamento de construção e de demolição com operador
101
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

45.50 Aluguer de equipamento de construção e de demolição com operador


Secção G Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e
de bens de uso pessoal e doméstico
50 Comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos; comércio a
retalho de combustíveis para veículos automóveis
50.1 Comércio de veículos automóveis
50.10 Comércio de veículos automóveis
50.2 Manutenção e reparação de veículos automóveis
50.20 Manutenção e reparação de veículos automóveis
50.3 Comércio de peças e acessórios para veículos automóveis
50.30 Comércio de peças e acessórios para veículos automóveis
50.4 Comércio, manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios
50.40 Comércio, manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios
50.5 Comércio a retalho de combustível para veículos a motor
50.50 Comércio a retalho de combustível para veículos a motor
51 Comércio por grosso e agentes do comércio, excepto de veículos automóveis e
motociclos
51.1 Agentes do comércio
51.11 Agentes do comércio por grosso de matérias-primas agrícolas e têxteis, animais vivos e
produtos semiacabados
51.12 Agentes do comércio por grosso de combustíveis, minérios, metais e de produtos
químicos para a indústria
51.13 Agentes do comércio por grosso de madeira e materiais de construção
51.14 Agentes do comércio por grosso de máquinas, equipamento industrial, embarcações e
aeronaves
51.15 Agentes do comércio por grosso de mobiliário, artigos para uso doméstico e ferragens
51.16 Agentes do comércio por grosso de têxteis, vestuário, calçado e artigos de couro
51.17 Agentes do comércio por grosso de produtos alimentares, bebidas e tabaco
51.18 Agentes especializados do comércio por grosso de produtos, n.e.
51.19 Agentes do comércio por grosso misto sem predominância
51.2 Comércio por grosso de produtos agrícolas brutos e animais vivos
Este grupo inclui apenas comércio por grosso por conta própria
51.21 Comércio por grosso de cereais, sementes e alimentos para animais
51.22 Comércio por grosso de flores e plantas
51.23 Comércio por grosso de animais vivos
51.24 Comércio por grosso de peles e couro
51.25 Comércio por grosso de tabaco em bruto
51.3 Comércio por grosso de produtos alimentares, bebidas e tabaco
51.31 Comércio por grosso de fruta e de produtos hortícolas
51.32 Comércio por grosso de carne e produtos à base de carne
51.33 Comércio por grosso de leite e derivados, ovos, azeite, óleos e gorduras alimentares
51.34 Comércio por grosso de bebidas
51.35 Comércio por grosso de tabaco
51.36 Comércio por grosso de açúcar, chocolate e produtos de confeitaria
51.37 Comércio por grosso de café, chá, cacau e especiarias
51.38 Comércio por grosso de outros produtos alimentares
51.39 Comércio por grosso não especializado de produtos alimentares, bebidas e tabaco
51.4 Comércio por grosso de bens de consumo, excepto alimentares, bebidas e tabaco
51.41 Comércio por grosso de têxteis
51.42 Comércio por grosso de vestuário e calçado
51.43 Comércio por grosso de electrodomésticos, aparelhos de rádio e de televisão
51.44 Comércio por grosso de louças em cerâmica e em vidro, papel de parede e produtos de
limpeza
51.45 Comércio por grosso de perfumes e de produtos de higiene
51.46 Comércio por grosso de produtos farmacêuticos
51.47 Outro comércio por grosso de bens de consumo
51.5 Comércio por grosso de bens intermédios (não agrícolas), de desperdícios e de sucata
51.51 Comércio por grosso de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos e produtos derivados
51.52 Comércio por grosso de minérios e de metais
51.53 Comércio por grosso de madeira, de materiais de construção e equipamento sanitário
51.54 Comércio por grosso de ferragens, ferramentas manuais e artigos para canalizações e
aquecimento
51.55 Comércio por grosso de produtos químicos
51.56 Comércio por grosso de bens intermédios (não agrícolas), n.e.
51.57 Comércio por grosso de desperdícios e sucata
51.6 Comércio por grosso de máquinas e equipamentos
51.61 Comércio por grosso de máquinas-ferramentas

102
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

51.62 Comércio por grosso de máquinas para a construção


51.63 Comércio por grosso de máquinas para a indústria têxtil, máquinas de costura e de
tricotar
51.64 Comércio por grosso de máquinas e material de escritório
51.65 Comércio por grosso de outras máquinas e equipamentos para a indústria, comércio e
navegação
51.66 Comércio por grosso de máquinas e outros equipamentos agrícolas

51.7 Comércio por grosso, n.e.


51.70 Comércio por grosso, n.e.
52 Comércio a retalho (excepto de veículos automóveis, motociclos e combustíveis para
veículos); reparação de bens pessoais e domésticos
52.1 Comércio a retalho em estabelecimentos não especializados
52.11 Comércio a retalho em estabelecimentos não especializados, com predominância de
produtos alimentares, bebidas ou tabaco
52.12 Comércio a retalho em estabelecimentos não especializados, sem predominância de
produtos alimentares, bebidas ou tabaco
52.2 Comércio a retalho de produtos alimentares, bebidas e tabaco em estabelecimentos
especializados
52.21 Comércio a retalho de frutas e produtos hortícolas
52.22 Comércio a retalho de carne e produtos à base de carne
52.23 Comércio a retalho de peixe, crustáceos e moluscos
52.24 Comércio a retalho de pão, de produtos de pastelaria e de confeitaria
52.25 Comércio a retalho de bebidas
52.26 Comércio a retalho de tabaco
52.27 Outro comércio a retalho de produtos alimentares em estabelecimentos especializados
52.3 Comércio a retalho de produtos farmacêuticos, médicos, cosméticos e de higiene
52.31 Comércio a retalho de produtos farmacêuticos (farmácias)
52.32 Comércio a retalho de produtos médicos e ortopédicos
52.33 Comércio a retalho de produtos cosméticos e de higiene
52.4 Comércio a retalho de outros produtos novos em estabelecimentos especializados
52.41 Comércio a retalho de têxteis
52.42 Comércio a retalho de vestuário
52.43 Comércio a retalho de calçado e artigos de couro
52.44 Comércio a retalho de móveis, de artigos de iluminação e de outros artigos para o lar
52.45 Comércio a retalho de electrodomésticos, aparelhos de rádio e de televisão,
instrumentos musicais, discos e produtos similares
52.46 Comércio a retalho de ferragens, tintas, vidros, equipamento sanitário, ladrilhos e
similares
52.47 Comércio a retalho de livros, jornais e artigos de papelaria
52.48 Comércio a retalho de outros produtos novos em estabelecimentos especializados
52.5 Comércio a retalho de artigos em segunda mão em estabelecimentos
52.50 Comércio a retalho de artigos em segunda mão em estabelecimentos
52.6 Comércio a retalho não efectuado em estabelecimentos
52.61 Comércio a retalho por correspondência
52.62 Comércio a retalho em bancas e feiras
52.63 Comércio a retalho por outros métodos não efectuado em estabelecimentos
52.7 Reparação de bens pessoais e domésticos
52.71 Reparação de calçado e de outros artigos de couro
52.72 Reparação de electrodomésticos
52.73 Reparação de relógios e de artigos de joalharia
52.74 Reparação de bens pessoais e domésticos, n.e.
Secção H Alojamento e restauração (restaurantes e similares)
55 Alojamento e restauração (restaurantes e similares)
55.1 Estabelecimentos hoteleiros
55.11 Estabelecimentos hoteleiros, com restaurante
55.12 Estabelecimentos hoteleiros, sem restaurante
55.2 Parques de campismo e outros locais de alojamento de curta duração
55.21 Pousadas de juventude e abrigos de montanha
55.22 Campismo e caravanismo
55.23 Outros locais de alojamento de curta duração
55.3 Restaurantes
55.30 Restaurantes
55.4 Estabelecimentos de bebidas
55.40 Estabelecimentos de bebidas
55.5 Cantinas e fornecimento de refeições ao domicílio (catering)
55.51 Cantinas

103
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

55.52 Fornecimento de refeições ao domicílio (catering)


Secção I Transportes, armazenagem e comunicações
60 Transportes terrestres; transportes por oleodutos ou gasodutos (pipe-lines)
60.1 Caminhos-de-ferro
60.10 Caminhos-de-ferro
60.2 Outros transportes terrestres
60.21 Outros transportes terrestres regulares de passageiros
60.22 Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros
60.23 Outros transportes terrestres de passageiros
60.24 Transportes rodoviários de mercadorias

60.3 Transportes por oleodutos ou gasodutos (pipe-lines)


60.30 Transportes por oleodutos ou gasodutos (pipe-lines)
61 Transportes por água
61.1 Transportes marítimos
61.10 Transportes marítimos
61.2 Transportes por vias navegáveis interiores
61.20 Transportes por vias navegáveis interiores
62 Transportes aéreos
62.1 Transportes aéreos regulares
62.10 Transportes aéreos regulares
62.2 Transportes aéreos não regulares
62.20 Transportes aéreos não regulares
62.3 Transportes espaciais
62.30 Transportes espaciais
63 Actividades anexas e auxiliares dos transportes; actividades de viagem e de turismo
63.1 Manuseamento e armazenagem
63.11 Manuseamento de carga
63.12 Armazenagem
63.2 Outras actividades auxiliares dos transportes
63.21 Outras actividades auxiliares dos transportes terrestres
63.22 Outras actividades auxiliares dos transportes por água
63.23 Outras actividades auxiliares dos transportes aéreos
63.3 Agências de viagem e de turismo
63.30 Agências de viagem e de turismo
63.4 Actividades de agentes transitários, aduaneiros e similares de apoio ao transporte
63.40 Actividades de agentes transitários, aduaneiros e similares de apoio ao transporte
64 Correios e telecomunicações
64.1 Actividades dos correios
64.11 Actividades dos correios nacionais
64.12 Actividades postais independentes dos correios nacionais
64.2 Telecomunicações
64.20 Telecomunicações
Secção J Actividades financeiras
65 Intermediação financeira, excepto seguros e fundos de pensões
65.1 Intermediação monetária
65.11 Banco central
65.12 Outra intermediação monetária
65.2 Outra intermediação financeira
65.21 Locação financeira
65.22 Outras actividades de crédito
65.23 Outra intermediação financeira, n.e.
66 Seguros, fundos de pensões e outras actividades complementares de segurança social
66.0 Seguros, fundos de pensões e outras actividades complementares de segurança social
66.01 Seguros de vida e outras actividades complementares de segurança social
66.02 Fundos de pensões e regimes profissionais complementares
66.03 Seguros não vida
67 Actividades auxiliares de intermediação financeira
67.1 Actividades auxiliares de intermediação financeira, excepto seguros e fundos de
pensões
67.11 Administração de mercados financeiros
67.12 Mediação na negociação de títulos (corretagem)
67.13 Actividades auxiliares de intermediação financeira, n.e.
67.2 Actividades auxiliares de seguros e de fundos de pensões
67.20 Actividades auxiliares de seguros e de fundos de pensões

104
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

Secção K Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas


70 Actividades imobiliárias
70.1 Actividades imobiliárias por conta própria
70.11 Promoção e venda imobiliária
70.12 Compra e venda de bens imobiliários
70.2 Arrendamento de bens imobiliários
70.20 Arrendamento de bens imobiliários
70.3 Actividades imobiliárias por conta de outrem
70.31 Mediação imobiliária
70.32 Administração de imóveis por conta de outrem
71 Aluguer de máquinas e de equipamentos sem pessoal e de bens pessoais e domésticos
71.1 Aluguer de veículos automóveis
71.10 Aluguer de veículos automóveis
71.2 Aluguer de outro meio de transporte
71.21 Aluguer de outro meio de transporte terrestre
71.22 Aluguer de meio de transporte marítimo e fluvial
71.23 Aluguer de meio de transporte aéreo
71.3 Aluguer de máquinas e equipamentos
71.31 Aluguer de máquinas e equipamentos agrícolas
71.32 Aluguer de máquinas e equipamentos para a construção e engenharia civil
71.33 Aluguer de máquinas e equipamentos de escritório (inclui computadores)
71.34 Aluguer de máquinas e equipamentos, n.e.
71.4 Aluguer de bens de uso pessoal e doméstico, n.e.
71.40 Aluguer de bens de uso pessoal e doméstico, n.e.
72 Actividades informáticas e conexas
72.1 Consultoria em equipamento informático
72.10 Consultoria em equipamento informático
72.2 Consultoria e elaboração de programação informática
72.20 Consultoria e elaboração de programação informática
72.3 Processamento de dados
72.30 Processamento de dados
72.4 Actividades de bancos de dados
72.40 Actividades de bancos de dados
72.5 Manutenção e reparação de máquinas de escritório, de contabilidade e de material
informático
72.50 Manutenção e reparação de máquinas de escritório, de contabilidade e de material
informático
72.6 Outras actividades conexas à informática
72.60 Outras actividades conexas à informática
73 Investigação e desenvolvimento
73.1 Investigação e desenvolvimento das ciências físicas e naturais
73.10 Investigação e desenvolvimento das ciências físicas e naturais
73.2 Investigação e desenvolvimento das ciências sociais e humanas
73.20 Investigação e desenvolvimento das ciências sociais e humanas
74 Outras actividades de serviços prestados principalmente às empresas
74.1 Actividades de contabilidade, auditoria e consultoria fiscal Estudos de mercado e
sondagens de opinião business and management consultancy; holdings
74.11 Actividades jurídicas
74.12 Actividades de contabilidade, auditoria e consultoria fiscal
74.13 Estudos de mercado e sondagens de opinião
74.14 Actividades de consultoria para os negócios e a gestão
74.15 Actividades das sociedades gestoras de participações sociais «(holdings)»
74.2 Actividades de arquitectura, de engenharia e técnicas afins
74.20 Actividades de arquitectura, de engenharia e técnicas afins
74.3 Actividades de ensaios e análises técnicas
74.30 Actividades de ensaios e análises técnicas
74.4 Publicidade
74.40 Publicidade
74.5 Selecção e colocação de pessoal
74.50 Selecção e colocação de pessoal
74.6 Actividades de investigação e segurança
74.60 Actividades de investigação e segurança
74.7 Actividades de limpeza industrial
74.70 Actividades de limpeza industrial
74.8 Outras actividades de serviços prestados principalmente às empresas
74.81 Actividades fotográficas

105
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

74.82 Actividades de embalagem


74.83 Actividades de secretariado, tradução e endereçagem
74.84 Outras actividades de serviços prestados principalmente às empresas, n.e.
Secção L Administração pública, defesa e segurança social obrigatória
75 Administração pública, defesa e segurança social obrigatória
75.1 Administração pública em geral, económica e social
75.11 Administração pública em geral
75.12 Administração pública - actividades sociais e culturais, excepto segurança social
obrigatória
75.13 Administração pública - actividades económicas
75.14 Actividades de apoio ao conjunto da administração pública
75.2 Negócios Estrangeiros, Defesa, Justiça, Segurança, Ordem Pública e Protecção Civil
75.21 Negócios Estrangeiros
75.22 Actividades de defesa
75.23 Justiça
75.24 Segurança e ordem pública
75.25 Actividades de protecção civil
75.3 Segurança social obrigatória
75.30 Segurança social obrigatória
Secção M Educação
80 Educação
80.1 Ensino pré-escolar e básico (1º ciclo)
80.10 Ensino pré-escolar e básico (1º ciclo)
80.2 Ensino básico (2º e 3º ciclos) e secundário
80.21 Ensino básico (2º e 3º ciclos) e secundário geral
80.22 Ensino secundário técnico e profissional
80.3 Ensino superior
80.30 Ensino superior
80.4 Ensino para adultos e outras actividades educativas
80.41 Escolas de condução e pilotagem
80.42 Ensino para adultos e outras actividades educativas, n.e.
Secção N Saúde e acção social
85 Saúde e acção social
85.1 Actividades de saúde humana
85.11 Actividades de estabelecimentos de saúde com internamento
85.12 Actividades de prática clínica em ambulatório
85.13 Actividades de medicina dentária e odontologia
85.14 Outras actividades de saúde humana
85.2 Actividades veterinárias
85.20 Actividades veterinárias
85.3 Actividades de acção social
85.31 Acção social com alojamento
85.32 Acção social sem alojamento
Secção O Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais
90 Saneamento, higiene pública e actividades similares
90.0 Saneamento, higiene pública e actividades similares
90.00 Saneamento, higiene pública e actividades similares
91 Actividades associativas diversas, n.e.
91.1 Actividades de organizações económicas, patronais e profissionais
91.11 Organizações económicas e patronais
91.12 Organizações profissionais
91.2 Actividades de organizações sindicais
91.20 Actividades de organizações sindicais
91.3 Outras actividades associativas
91.31 Organizações religiosas
91.32 Organizações políticas
91.33 Actividades associativas, n.e.
92 Actividades recreativas, culturais e desportivas
92.1 Actividades cinematográficas e de vídeo
92.11 Produção de filmes e de vídeos e actividades técnicas de pós-produção
92.12 Distribuição de filmes e de vídeos
92.13 Projecção de filmes e de vídeos
92.2 Actividades de rádio e televisão
92.20 Actividades de rádio e televisão

106
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

92.3 Outras actividades artísticas e de espectáculo


92.31 Actividades de teatro, música e outras actividades artísticas e literárias
92.32 Gestão de salas de espectáculos e actividades conexas
92.33 Parques de diversão
92.34 Outras actividades de espectáculo, n.e.
92.4 Actividades de agências de notícias
92.40 Actividades de agências de notícias
92.5 Actividades das bibliotecas, arquivos, museus e outras actividades culturais
92.51 Actividades das bibliotecas e arquivos
92.52 Actividades dos museus e conservação de locais e de monumentos históricos
92.53 Actividades dos jardins botânicos e zoológicos e das reservas naturais

92.6 Actividades desportivas


92.61 Gestão de instalações desportivas
92.62 Outras actividades desportivas
92.7 Outras actividades recreativas
92.71 Lotarias e outros jogos de aposta
92.72 Outras actividades recreativas, n.e.
93 Outras actividades de serviços
93.0 Outras actividades de serviços
93.01 Lavagem e limpeza a seco de têxteis e peles
93.02 Actividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza
93.03 Actividades funerárias e conexas
93.04 Manutenção física
93.05 Outras actividades de serviços, n.e.
Secção P Famílias com empregados domésticos
95 Famílias com empregados domésticos
95.0 Famílias com empregados domésticos
95.00 Famílias com empregados domésticos
Secção Q Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
99 Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
99.0 Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
99.00 Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

107
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

108
ANEXO D: CLASSIFICAÇÕES FACULTATIVAS DE 4 POSIÇÕES

Agente material
Como referido nos Anexos A, B & C, na Fase III o Agente Material pode ser classificado mais
pormenorizadamente, caso se empregue a classificação de três ou quatro posições (6 ou 8 dígitos), desenvolvida
para este efeito. Todavia, só se utilizam as duas primeiras posições nos dados EEAT enviados ao Eurostat.

Como igualmente referido no Anexo C, a maior parte das ferramentas e máquinas é codificada segundo
classificações de duas posições, de acordo com a sua função, independentemente do material tratado. Em
contrapartida, se necessário, ao utilizar a codificação pormenorizada de três ou quatro posições será possível
distinguir a natureza do material tratado (principalmente para as máquinas dos grupos 10.02, 10.04, e 10.07
10.15), ou da embalagem, no caso das máquinas de acondicionamento (códigos 10.16).

A quarta posição do código da classificação indicada no quadro que se segue indica essa distinção. A posição
consiste na classificação 0X para a natureza do material tratado ou 0Y para a natureza da embalagem. Aquando
da codificação de um Agente material, as letras X e Y devem substituir-se por um dos valores constantes do
referido quadro seguinte, de acordo com a natureza do material ou embalagem. Contudo, para certos Agentes
materiais, só um dos códigos material/embalagem é possível; neste caso, este é directamente utilizado na
classificação.

Valor dos códigos 0X ou 0Y (4.ª posição) Natureza do objecto


0A Pedra, matéria mineral
0B Metal
0C Madeira
0D Borracha, matéria plástica
0E Papel, cartão
0F Têxtil
0G Cabedal
0H Produtos alimentícios

The 4-position Material Agent classification is indicated at the end of the publication.

109
ANEXO E: PONDERAÇÃO

Anexo E: Ponderação

Para os Estados-Membros (EM) que pretendem codificar as causas e circunstâncias em relação, apenas, a uma
amostra nacional de acidentes de trabalho, propôs-se um processo de ponderação à Task Force, na sua reunião
de 14/02/2001.

Propôs-se igualmente esse processo para níveis de notificação < 100% ou para solucionar algumas questões
quanto à cobertura dos dados ou tipo de acidentes incluídos, etc. Caso se acumulem várias situações (nível de
notificação < 100% + amostra + etc.), os EM devem facultar para cada caso (acidente) nos dados apenas 1
ponderação acumulando todos os efeitos. Quanto aos EM que não se encontram na situação acima descrita, a
ponderação indicada no ficheiro será = 1. O mesmo se aplica a todos os acidentes mortais de todos os EM.

Do que acima foi exposto decorre que na Fase III se pretende introduzir uma nova variável obrigatória
"ponderação" ( sendo o valor por defeito 1). Esta proposta foi adoptada pelo Grupo de Trabalho EEAT na reunião
de 17/10/2001. A metodologia pormenorizada será debatida com os Estados-Membros e o Grupo de Trabalho.
Poderá basear-se nas seguintes propostas:

i. Situção : na Fase III alguns Estados-Membros (EM) não codificarão todos os acidentes com > 3 dias de
ausência, mas apenas uma amostra nacional desses acidentes (fornecendo os dados das Fases I e II
apenas em relação à amostra ou em relação a todos os acidentes).

Problema : o Eurostat precisa de extrapolar os resultados da amostra para todos os acidentes com > 3 dias
de ausência em relação a esses EM.

Solução : método de pós-estratificação como, por exemplo, na metodologia do Inquérito às Forças de


Trabalho.

ii. Definição das variáveis de controlo para a pós-estratificação:

ü Actividade económica (NACE, nível de 1 ou 2 dígitos)


ü Sexo
ü Grupo etário
ü Outros (mas, por exemplo, os dados relativos à CITP e os relativos à situação profissional não são cobertos
por todos os EM nas EEAT).

iii. Examplo com duas variáveis de controlo I & J - Definição da ponderação e extrapolação, para a população
total, de acidentes :

ü Nij o número de casos com valores das variáveis de controlo I = ‘i’ & J = ‘j’ na população total de acidentes de
trabalho com > 3 dias de ausência nos EM, durante o ano de referência;

ü nij o número de casos com valores das variáveis de controlo I = ‘i’ & J = ‘j’ na amostra de acidentes de trabalho
com > 3 dias de ausência codificados para as variáveis da Fase III;

ü Ponderação de cada caso na amostra com valores das variáveis de controlo I = ‘i’ & J = ‘j’ :

Wij = 1 / Pij = Nij / nij fórmula 1;

ü nijk o número de casos com valores das variáveis de controlo I = ‘i’ & J = ‘j’ na amostra tendo o valor k para a
variável K (ex. Contacto) da Fase III;

ü Cálculo do número Nijk de acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência com valores das variáveis de
controlo I = ‘i’ & J = ‘j’, tendo o valor k para a variável K da Fase III na população total de acidentes de trabalho
com > 3 dias de ausência ocorridos no EM durante o ano de referência :

Nijk = nijk X Wij (= nijk X Nij / nij) fórmula 2;

202
ANEXO E: PONDERAÇÃO

ü Cálculo do número Nk de acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência, tendo o valor k para a variável K da
Fase III na população total de acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência ocorridos no EM durante o ano
de referência :

Nk = Σij Nijk = Σij nijk X Wij (= Σij nijk X Nij / nij) fórmula 3;

ü Cálculo do número total N de acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência ocorridos no EM durante o ano
de referência:

N = Σk Nk = Σijk Nijk = Σijk nijk X Wij fórmula 4

(= Σijk nijk X Nij / nij = Σij [Nij / nij] X Σk nijk = Σij [Nij / nij] X nij = Σij Nij).

iv. Extensão da utilização de ponderações aos EM que registam apenas parcialmente os acidentes de trabalho
não-mortais :

ü Alguns EM não registam 100% dos acidentes com > 3 dias de ausência; esses EM enviam ao Eurostat
avaliações dos respectivos níveis nacionais de notificação repartidos, principalmente, de acordo com os ramos
de actividade económica - nível de secções da NACE - (também parcialmente por profissão - CITP, nível de 1
dígito - situação profissional ou dimensão da empresa); esta informação é facultada ao nível de 1 dígito através
do questionário de avaliação que os EM preenchem para cada ano de referência dos dados EEAT.

ü Se I, J & K forem as 3 variáveis NACE, CITP e situação profissional (até à data não se empregava a domensão
da empresa);

ü Os cálculos do Eurostat para estimar o número de acidentes com > 3 dias de ausência ocorridos nesses EM
obedecem às seguintes fórmulas, de acordo com a metodologia EEAT acordada com os EM:

Ri o nível de notificação para pessoas com valor ‘i’ da variável I (por ex., I = NACE, i = A agricultura, no UK
em 1998, Ri = 28% = 0.28 , etc.);

Rj e Rk , do mesmo modo, níveis de notificação para pessoas com valor ‘j’ e ‘k’ das variáveis J e K
respectivamente;

Rij, Rik, Rjk, Rijk o nível de notificação cruzado, quando disponível, (ex. I = NACE & i = A agricultura etc., J =
profissão & j = 6 agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas etc., K = situação
profissional & k = 1 independentes etc.);

nijk o número de casos notificados I = ‘i’, J = ‘j’ & K = ‘k’;

Nijk o número total de acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência com valores I = ‘i’, J = ‘j’ & K = ‘k
ocorridos nos EM durante o ano de referência;

(respectivamente ni & nij e Ni & Nij caso os níveis de notificação se encontrarem disponíveis apenas de acordo
com 1 ou 2 variáveis, I ou I & J);

N o número total de acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência ocorridos nos EM durante o ano de
referência:

Nijk = nijk / Rijk (respectivamente Ni = ni / Ri, Nij = nij / Rij)

N = Σijk Nijk = Σijk nijk / Rijk;

ü Se definirmos para esses EM as ponderações:

Wijk = 1 / Rijk de modo idêntico Wi, Wj, Wk, Wij & Wjk

(por exemplo no UK para NACE A = agricultura em 1998, Wi = 1 / 28% = 1 / 0,28 = 3,571429);

203
ANEXO E: PONDERAÇÃO

então :
Nijk = nijk X Wijk
N = Σijk Nijk = Σijk nijk X Wijk fórmula 5 para 3 variáveis dos níveis de
notificação;

respectivamente caso os níveis de notificação se encontrarem disponíveis apenas de acordo com 1 ou 2


variáveis, (I ou I & J) nos EM;

1 variável I :
Nijk = nijk X Wi
N = Σijk Nijk = Σijk nijk X Wi fórmula 5 para 1 variável dos níveis de
notificação

(= Σi Wi Σjk nijk = Σi ni X Wi = Σi Ni) ;

2 variáveis I & J :
Nijk = nijk X Wij
N = Σijk Nijk = Σijk nijk X Wij fórmula 5 para 3 variáveis dos níveis de
notificação

(= Σij Wij Σk nijk = Σij nij X Wij = Σij Nij) ;

fórmula 5 para 2 variáveis dos níveis de notificação = fórmula 4 Þ mesmo método.

Consequentemente, o "problema" dos EM que registam apenas parcialmente os acidentes de trabalho não-mortais
( > 3 dias de ausência) poderá ser contornado com a metodologia idêntica à das amostras, definindo-se, nesse
caso, as ponderações como o inverso dos níveis de notificação.

ü Esta solução proporcionaria aos EM uma gestão mais flexível, caso a caso, dos níveis de notificação:
possibilidade de empregar níveis de notificação cruzados e depois ponderações cruzadas de acordo não
apenas com as secções da NACE, mas também com a CITP, situação no emprego, dimensão da unidade
local ou qualquer outra variável;

ü Para os EM que notificam 100% dos acidentes de trabalho com > 3 dias de ausência, todas as ponderações
Wijk = Wij = Wi = 1, ou seja, devem preencher a variável ponderação imputando-lhe sempre o valor 1; no
entanto, este método facultaria igualmente mais flexibilidade a estes EM, na medida em que passariam a
poder considerar ponderações ≠ 1 para casos muito específicos, se oportuno;

ü Não obstante, os meta-dados fornecidos através do questionário de avaliação devem ser mantidos, já que
disponibilizam uma descrição geral da notificação de acidentes de trabalho, na Europa;

v. Mais ampla extensão das ponderações a todos os EM:

ü Alguns EM podem encontrar-se perante situações específicas; por exemplo, alguns países, pelo menos uma
primeira vez, tiveram/têm de incluir acidentes com 0-3 dias de ausência nos dados EEAT visto que não
puderam/podem estabelecer distinção entre > ou ≤ 3 dias de ausência; todavia, podiam avaliar a parte S (ex.
S = 80% = 0,8) dos acidentes com > 3 dias de ausência do total de todos os acidentes de trabalho no
respectivo país (ou Sij se essa parte depender das variáveis I & J, como nos pontos iii & iv supra); nesse caso,
poderia aplicar-se uma ponderação aos dados EEAT desses EM, “Wij” = “Sij” ou “S” (= 0,8 no exemplo, com
as mesmas fórmulas e cálculos atrás explicitados);

ü Por último, é de prever que no futuro, por exemplo com o alargamento e novos EM, possam ocorrer novas
situações semelhantes.

204
ANEXO E: PONDERAÇÃO

Em conclusão, as EEAT implicam actualmente várias situações que podem ser resolvidas através de processos de
ponderação; seria difícil empregar métodos diferentes consoante o caso, manter o processo de níveis de
notificação para alguns EM, usar ponderações para outros que implementam amostras, etc.; acrescente-se que se
podem verificar situações "cruzadas", com os EM a acumular mais do que uma situação deste tipo, sendo muito
complexo o controlo dessas situações "cruzadas" com diferentes "correcções" dos dados simultaneamente ( níveis
de notificação + ponderações, etc.); inversamente seria muito simples abranger todas estas situações em apenas
uma ponderação para cada acidente com > 3 dias de ausência.

vi. Conclusão: variável obrigatória "ponderação" na Fase III da metodologia EEAT

Propõe-se a inclusão de uma ponderação para cada caso de acidente de trabalho em todos os ficheiros de dados
da Fase III das EEAT, apresentados pelos EM. As ponderações serão ≠ 1 caso se utilizem amostras para a
codificação da Fase III, os níveis de notificação sejam < 100% ou para resolver algumas questões acerca da
cobertura ou tipo de acidentes, etc.

Caso se acumulem várias situações (nível de notificação < 100% + amostra + etc.), os EM devem facultar para
cada caso (acidente) nos dados apenas 1 ponderação acumulando todos os efeitos.

Quanto aos EM que não necessitam de ponderações, a ponderação indicada no ficheiro será = 1. O mesmo se
aplica a todos os acidentes mortais de todos os EM.

Consequantemente, a nova variável "ponderação" será obrigatória ( sendo o valor por defeito 1).

205
ANEXO F: METODOLOGIA PARA ACIDENTES DE TRAJECTO

Anexo F: Metodologia para acidentes de trajecto

Introdução
A partir do ano de referência de 1996, o projecto de estatísticas europeias de acidentes de trabalho (EEAT) passou
a incluir um subprojecto relativo a acidentes de trajecto. O objectivo é alargar a cobertura dos acidentes de trabalho
e responder à necessidade de desenvolver dados harmonizados expressa na comunicação da Comissão COM(97)
178 final, de 14 de Maio de 1997, e na Decisão do Parlamento Europeu e do Conselho relativa a um programa de
prevenção de acidentes26.

Para facilitar o desenvolvimento deste subprojecto, e tendo em conta a semelhança do assunto e dos sistemas de
notificação, aplica-se aos acidentes de trajecto uma metodologia idêntica à que se utiliza para os acidentes de
trabalho no projecto EEAT. Pelas mesmas razões, a cooperação com os Estados-membros é estabelecida no
âmbito do Grupo de Trabalho e da Task Force EEAT.

Apenas 9 Estados-membros (Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Espanha e
Suécia) dispõem desta informação, tendo enviado dados ao Eurostat sobre acidentes de trajecto para o período de
1996-1998. Futuramente, Portugal e Grécia enviarão igualmente dados.

Quanto aos outros quatro Estados-membros (bem como Portugal e a Grécia antes dos anos de referência que
indicaram) espera-se que participem no questionário de avaliação (ver mais abaixo), por forma a permitir ao
Eurostat inteirar-se da situação de todos os sistemas nacionais em matéria de acidentes de trajecto na Europa,
mesmo que os dados não se encontrem disponíveis. Seria desejável que estes quatro países pudessem participar
no subprojecto numa segunda etapa.

Metodologia
Definições
Por acidente de trajecto entende-se qualquer acidente ocorrido durante o percurso normal de ida e volta entre o
domicílio, o local de trabalho e o local habitual das refeições. Incluem-se as actividades normais no percurso de ida
e volta entre o local de trabalho como, por exemplo, passar pela escola para ir buscar as crianças. Em
contrapartida, excluem-se acidentes ocorridos num percurso distinto do habitual por razões específicas, que são
considerados como acidentes ocorridos durante os tempo livres (incluindo transportes nos tempos livres).
Excluem-se igualmente acidentes que ocorram, durante o tempo de trabalho, na via pública ou em outros locais
(por exemplo, estação).

Tal como para os acidentes de trabalho, o subprojecto abrange todos os acidentes de trajecto que provoquem uma
ausência ao trabalho superior a três dias civis ou a morte do sinistrado.

Variáveis
As variáveis consideradas são idênticas às dos acidentes de trabalho do projecto EEAT (Fases I a III)
anteriormente apresentadas nesta publicação.

Questionário de avaliação
Tal como para os acidentes de trabalho, são necessárias informações adicionais por forma a permitir a utilização
exacta dos dados pelo Eurostat, bem como a validade e a qualidade das estatísticas. É igualmente importante para
o Eurostat possuir informações sobre os sistemas nacionais de acidentes de trajecto, mesmo que não existam
dados disponíveis.

(26) Decisão 99/372/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, JO L 46 de 20.02.1999.

206
ANEXO G: REFERÊNCIAS

Anexo G: Referências

"A Europa social -3/93 - A Europa para segurança e a saúde no local de trabalho" - Direcção-Geral Emprego,
Relações Laborais e Assuntos Sociais 1993 / Número de catálogo CE-AA-93-003-PT-C.

NACE-Rev1: Regulamento (CEE) n.º 3037/90 de 9.10.90 relativo à nomenclatura estatística das actividades
económicas na Comunidade Europeia - JO L 293 de 24.10.90, alterado pelo Regulamento (CEE) n.º 761/93 da
Comissão, de 24.3.93 - JO L 83 de 3.4.93.

Resolução do BIT de 1998 relativa a "Estatísticas de lesões profissionais resultantes de acidentes de trabalho"
Adoptada na Décima Sexta Conferência Internacional dos Estaticistas do Trabalho, Genebra, 6-15 de Outubro de
1998.

“European Union Labour Force Survey – Methods and definitions – 1998 Edition” – Theme 3 Population and social
conditions – Eurostat / Número de catálogo CA-19-98-536-EN-C.

“Estatísticas Europeias de Acidentes de Trabalho: Metodologia 1998” – Tema 3 População e Condições Sociais –
Eurostat / Número de catálogo CA-19-98-908-PT-S.

“Sistema europeu de registo de causas e circunstâncias de acidentes de trabalho” – DG Emprego e assuntos


sociais– Eurostat – Eurogip /Número de catálogo CE-25-99-843-PT-C.

"Statistics in focus - Theme 3 Population and social conditions - 16/2001 - Accidents at work in the EU 1998-1999" -
Eurostat / Número de catálogo KS-NK-01-016-EN-C.

207
ANEXO H: ORGANISMOS NACIONAIS QUE FORNECEM DADOS EEAT

ANEXO H: Organismos nacionais que fornecem dados EEAT

Segue-se a lista dos organismos nacionais oficiais que fornecem dados EEAT ao Eurostat, bem como organismos
responsáveis pela elaboração desses dados nos Estados-membros e outros organismos nacionais que participam
activamente no projecto EEAT sem elaborar nem fornecer dados. Para alguns países trata-se da mesma
administração, para outros são diferentes. Neste último caso "*" indica qual o organismo que efectivamente elabora
a parte principal dos dados nacionais.

B - Bélgica

Ministère du Travail et de l’Emploi


Administration de la Sécurité
51-53, avenue Belliard
B - 1040
BRUXELLES

* Fonds des Accidents du Travail


100, rue du Trône
B – 1050
BRUXELLES

DK - Dinamarca

Direktoratet for Arbejdstilsynet


(Serviço dinamarquês do ambiente de trabalho)
Landskronagade 33-35
DK-2100 København Ø

DE - Alemanha

Bundesministerium für Arbeit Und Sozialordnung


D – 10117
BERLIN

* HVBG – Hauptverband der gewerblichen Berufsgenossenschaften


Alte Heerstrasse, 111
D – 53754
SANKT AUGUSTIN

EL - Grécia

Ministério do Trabalho e dos Assuntos Sociais


Direcção das Condições de Trabalho
40 Pireos Str.
GR - 101 82
ATHENS

* IKA - Instituição de Segurança Social


Serviços estatísticos
Agiou Constantinou street, 16-18
GR - 10241
ATHENS

* National Statistical Service


14-16 Lycourgou street
GR - 10166
ATHENS

208
ANEXO H: ORGANISMOS NACIONAIS QUE FORNECEM DADOS EEAT

E - Espanha

Ministerio de Trabajo y Seguridad Social


Subdireccion General de Estadisticas Sociales y Laborales
Seccion de Accidentes de Trabajo
María de Guzmán, 52
E-28071
MADRID

F – França

Ministère du Travail
DARES
Sous direction salaires, travail et relations professionnelles
20, rue d’Estrées
F – 75700
PARIS 07 SP

* CNAMTS - Caisse Nationale d’Assurance Maladie des Travailleurs Salariés


Direction des Risques Professionnels
33, avenue du Maine
B.P. 7
F – 75755
PARIS Cedex 15

Eurogip
55, rue de la Fédération
F – 75015 PARIS

MSA - Caisse Centrale de la Mutalité Sociale Agricole


Direction du Financement, Gestion, Comptabilité
Département Etudes Economiques et Financières
8-10, rue d’Astorg
F - 75413 PARIS Cedex 08

EDF - GDF / Electricité de France – Gaz de France


Service Prévention et Sécurité
Observatoire Statistique
22-30, avenue de Wagram
F - 75382 PARIS Cedex 08

IRL - Irlanda

Health and Safety Authority


10, Hogan Place
IRL -
DUBLIN 2

I - Itália

Ministero del Lavoro


Servizio Centrale dell’Ispettorato del Lavoro
Via Pastrengo, 22
I - 00185
ROMA

* INAIL - Istituto Nazionale per l’Assicurazione contro gli Infortuni sul Lavoro
Consulenza Statistico Direzione Generale
Via Stefano Gradi, 55 Piazzale Pastore, N° 6
I – 00197 I – 00144
ROMA ROMA

209
ANEXO H: ORGANISMOS NACIONAIS QUE FORNECEM DADOS EEAT

L - Luxemburgo

* Association d’Assurance contre les Accidents


125, route d’Esch
L – 2976
LUXEMBOURG

Inspection du Travail et des Mines


26, rue Zithe
B.P. 27
L – 2010
LUXEMBOURG

NL - Países Baixos

Ministerie van Sociale Zaken en Werkgelegenheid


Postbus 90804 Anna Van Hannoverstraat, 4

LV DEN HAAG

A - Áustria

Bundesanstalt Statistik Österreich


Direktion Bevölkerung
Untergruppe Gesundheit
Intere Zollamtstrasse, 2b
A – 1030
WIEN

Bundesministerium für Arbeit, Gesundheit und Soziales


Abteilung II/8
Stubenring, 1
A – 1010
WIEN

* AUVA - Allgemeine Unfallversicherungsantalt Haupstelle


Adalbert-Stiffer-Str. 65
A – 1200
WIEN

BVA - Versicherungsanstalt der öffentlichen Bediensteten


Versicherungsanstalt der österreichischen Eisenbahnen
SVA d. Bauern - Sozialversicherungsanstalt der Bauern

P – Portugal

* Ministério de Emprego e da Segurança Social


Departamento de Estatística
Rue Rodrigo Da Fonseca, 55
P-1227
LISBOA Codex

Instituto Nacional de Estatística


Avenida António José de Almeida, 5-9
P – 1078
LISBOA Codex

210
ANEXO H: ORGANISMOS NACIONAIS QUE FORNECEM DADOS EEAT

FIN - Finlândia

Statistics Finland
PL 5 B
Työpajakatu, 13
FIN – 00022
HELSINKI

* Tapaturmavakuutuslaitosten Liitto
Federação de Instituições de Seguros de Acidentes
Bulevardi, 28
FIN – 00120
HELSINKI

S - Suécia

Statistics Sweden
Box 24300
S – 10451
STOCKHOLM

* Arbetarskyddsstyrelsen
Swedish Work Environment Authority
Statistikenheten (Statistics Division)
SE - 171 84
SOLNA

UK - Reino Unido

Health and Safety Executive


Statistical Service Unit
Daniel House Trinity Road, Bootle
UK -
MERSEYSIDE - L20 7HE

NO - Noruega

Direktoratet for Arbeidstilsynet


Postboks 8103 Dep.
N - 0032
OSLO

CH - Suiça

Schweizerische Unfallversichrungsansalt Abteilung Versicherungstecknik


Bereich Statistik
Fluhmattstrasse, 1
CH – 6002
LUZERN

211

Das könnte Ihnen auch gefallen