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Curto Circuito Desequilibrado

Componentes Simétricos

Análise de Sistemas Elétricos de


Potência I
INTRODUÇÃO
O método dos componente simétricos, desenvolvido por
Fortescue, é uma poderosa ferramenta para lidar com sistemas
polifásicos desequilibrados.
Fortescue provou que um sistema composto por n fasores
desbalanceados pode ser decomposto em n subsistemas de
fasores balanceados chamados de componentes simétricos dos
fasores
. originais.
Os n fasores de cada conjunto de componentes são iguais em
magnitude e estão igualmente defasados uns dos outros.
INTRODUÇÃO
No caso particular de um sistema trifásico, três fasores de um
sistema desbalanceado podem ser decompostos em três
conjuntos de fasores balanceados:
Sequência positiva: conjunto de três fasores de mesma
magnitude, defasados entre si de 120° e na mesma sequência dos
fasores originais.
Sequência negativa: conjunto de três fasores de mesma
magnitude, defasados entre si de 120° e na sequência oposta dos
fasores originais.
Sequência zero: conjunto de três fasores de mesma magnitude,
dispostos com o mesmo ângulo de defasagem.
INTRODUÇÃO
(1) (1)
Vc Va
(2)
Va
(0)

(2)
Va
Vb (0)
Vb
(0)
Vc
(1) (2)
Vb Vc

(a) (b) (c)

Componente simétricos: (a) Sequência positiva


(b) Sequência negativa
(c) Sequência zero.
MATRIZ DE TRANSFORMAÇÃO
Suponha um sistema trifásico de tensões desequilibradas
𝑉𝑎 = 𝑉𝑎0 + 𝑉𝑎1 + 𝑉𝑎2
𝑉𝑏 = 𝑉𝑏0 + 𝑉𝑏1 + 𝑉𝑏2
𝑉𝑐 = 𝑉𝑐0 + 𝑉𝑐1 + 𝑉𝑐2
(0)
Va (2)
Va
(1)
(2)
Vc (1)
Vc Va
(0)
Vc
(1)
Vb

(2)
(0) Vb
Vb

Adição gráfica dos componentes simétricos


MATRIZ DE TRANSFORMAÇÃO
Considere ainda que:
𝑉𝑏0 = 𝑉𝑎0 𝑉𝑐0 = 𝑉𝑎0
𝑉𝑏1 = 𝑎2 𝑉𝑎1 𝑉𝑐1 = 𝑎𝑉𝑎1
𝑉𝑏2 = 𝑎𝑉𝑎2 𝑉𝑐2 = 𝑎2 𝑉𝑎2

Reescrevendo as tensões desequilibradas em termos de seus


componentes simétricos, obtém-se:
𝑉𝑎 = 𝑉𝑎0 + 𝑉𝑎1 + 𝑉𝑎2
𝑉𝑏 = 𝑉𝑎0 + 𝑎2 𝑉𝑎1 + 𝑎𝑉𝑎2
𝑉𝑐 = 𝑉𝑎0 + 𝑎𝑉𝑎1 + 𝑎2 𝑉𝑎2
Ou na forma matricial:
𝑎 = 1∠120°
𝑉𝑎 1 1 1 𝑉𝑎0
𝑉𝑏 = 1 𝑎2 𝑎 𝑉𝑎1
𝑉𝑐 1 𝑎 𝑎2 𝑉𝑎2 𝑎2 = 1∠ − 120°
MATRIZ DE TRANSFORMAÇÃO
Seja agora:

1 1 1
𝑻 = 1 𝑎2 𝑎
1 𝑎 𝑎2

A inversa de 𝑻 vale:

1 1 1 1
𝑻−1 = 1 𝑎 𝑎2
3
1 𝑎2 𝛼
MATRIZ DE TRANSFORMAÇÃO
Logo, para um dado conjunto de fasores desequilibrados pode-se
encontrar seus componentes simétricos mediante a aplicação da
matriz inversa de T:
𝑉𝑎0 1 1 1 1 𝑉𝑎
𝑉𝑎1 = 1 𝑎 𝑎2 𝑉𝑏
3
𝑉𝑎2 1 𝑎2 𝑎 𝑉𝑐

Expandindo os temos da equação anterior, obtém-se:


1
𝑉𝑎0 = 𝑉𝑎 + 𝑉𝑏 + 𝑉𝑐
3
1
𝑉𝑎1 = 𝑉𝑎 + 𝑎𝑉𝑏 + 𝑎2 𝑉𝑐
3
1
𝑉𝑎2 = 𝑉𝑎 + 𝑎2 𝑉𝑏 + 𝑎𝑉𝑐
3
Exemplos de Aplicação
Exemplo 1:
Encontre os componentes simétricos para as seguintes correntes
desequilibradas.
𝐼𝑎 10∠0°
𝐼𝑏 = 10∠180°
𝐼𝑐 0
Solução:
1
𝐼𝑎0 = 10∠0° + 10∠180° + 0 = 0 A
3
1
𝐼𝑎1 = 10∠0° + 10∠ 180° + 120° + 0 = 5,78∠ − 30° A
3
1
𝐼𝑎2 = 10∠0° + 10∠ 180° + 240° + 0 = 5,78∠30° A
3
Exemplos de Aplicação
Exemplo 2:
Determine os componentes simétricos das seguintes correntes
trifásicas desequilibradas:
𝐼𝑎 10∠0°
𝐼𝑏 = 10∠230°
𝐼𝑐 10∠130°
Solução:

𝐼𝑎0 0,9519∠ − 180°


1 1 1 1 10∠0°
𝐼𝑎1 = 1 𝛼 𝛼2 10∠230° = 9,8987∠0°
3
𝐼𝑎2 1 𝛼2 𝛼 10∠130° 1,0532∠0°
Exemplos de Aplicação
Exemplo 3:
Determine as tensões desequilibras nas fases a, b e c que deram
origem aos seguintes componentes simétricos
(0)
𝑉𝑎𝑛 10∠180°
(1)
𝑉𝑎𝑛 = 50∠0°
(2) 20∠90°
Solução: 𝑉𝑎𝑛

𝑉𝑎 1 1 1 10∠180° 44,72∠26,57°
𝑉𝑏 = 1 𝛼 2 𝛼 50∠0° = 74,68∠ − 134,47°
𝑉𝑐 1 𝛼 𝛼2 20∠90° 37,70∠117,96°
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
IMPEDÂNCIAS EM Y E ∆
Considere uma carga trifásica equilibrada ligada em estrela,
conforme mostrado na figura a seguir.

ZY

ZY Zn
ZY

Impedâncias ligadas em estrela com o centro aterrado por uma impedância.


SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
IMPEDÂNCIAS EM Y E ∆
A corrente de neutro no circuito da figura anterior vale:
𝐼𝑛 = 𝐼𝑎 + 𝐼𝑏 + 𝐼𝑐
Supondo que as correntes que circulam pelas impedâncias sejam
desequilibradas, tomando-se seus componentes simétricos, a
equação anterior pode ser reescrita da seguinte forma:
𝐼𝑛 = 𝐼𝑎0 + 𝐼𝑎1 + 𝐼𝑎2 + 𝐼𝑏0 + 𝐼𝑏1 + 𝐼𝑏2 + 𝐼𝑐0 + 𝐼𝑐1 + 𝐼𝑐2
Considerando que:

𝐼𝑏0 = 𝐼𝑎0 𝐼𝑏1 = 𝛼 2 𝐼𝑎1 𝐼𝑐1 = 𝛼𝐼𝑎1

𝐼𝑐0 = 𝐼𝑎0 𝐼𝑏2 = 𝛼𝐼𝑎1 𝐼𝑐2 = 𝛼 2 𝐼𝑎1


SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
IMPEDÂNCIAS EM Y E ∆
Substituindo na equação da corrente de neutro, chega-se a:
𝐼𝑛 = 3𝐼𝑎0 + 𝐼𝑎1 + 𝑎2 𝐼𝑎1 + 𝑎𝐼𝑎1 + 𝐼𝑎2 + 𝑎𝐼𝑎2 + 𝑎2 𝐼𝑎2

𝐼𝑛 = 3𝐼𝑎0
Sejam ainda 𝑉𝑎𝑛 , 𝑉𝑏𝑛 e 𝑉𝑐𝑛 as tensões com referência ao centro das
impedâncias conectadas em estrela, e 𝑉𝑎 , 𝑉𝑏 e 𝑉𝑐 as tensões com
referência ao terra. Pode-se então escrever a seguinte equação
matricial:

𝑉𝑎 𝑉𝑎𝑛 𝑉𝑛 𝐼𝑎 1
𝑉𝑏 = 𝑉𝑏𝑛 + 𝑉𝑛 = 𝑍𝑌 𝐼𝑏 + 3𝐼𝑎0 𝑍𝑛 1
𝑉𝑐 𝑉𝑐𝑛 𝑉𝑛 𝐼𝑐 1
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
IMPEDÂNCIAS EM Y E ∆
Escrevendo as tensões 𝑉𝑎 , 𝑉𝑏 e 𝑉𝑐 , bem como as correntes 𝐼𝑎 , 𝐼𝑏 e 𝐼𝑐
em termos de seus componentes simétricos, tem-se:
𝑉𝑎0 𝐼𝑎0 1
𝑻 𝑉𝑎1 = 𝑍𝑌 𝑻 𝐼𝑎1 + 3𝐼𝑎0 𝑍𝑛 1
𝑉𝑎2 𝐼𝑎2 1

Multiplicando ambos os lados da equação por 𝑻−1 , obtém-se:

𝑉𝑎0 𝐼𝑎0 1
𝑉𝑎1 = 𝑍𝑌 𝐼𝑎1 + 3𝐼𝑎0 𝑍𝑛 𝑇 −1 1
𝑉𝑎2 𝐼𝑎2 1
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
IMPEDÂNCIAS EM Y E ∆
Finalmente, realizando o produto do segundo termo da equação
anterior, chega-se a:
𝑉𝑎0 𝐼𝑎0 1
𝑉𝑎1 = 𝑍𝑌 𝐼𝑎1 + 3𝐼𝑎0 𝑍𝑛 0
𝑉𝑎2 𝐼𝑎2 0

Expandindo os termos da equação matricial, tem-se:

𝑉𝑎0 = 𝑍𝑌 + 3𝑍𝑛 𝐼𝑎0 = 𝑍0 𝐼𝑎0


𝑉𝑎1 = 𝑍𝑌 𝐼𝑎1 = 𝑍1 𝐼𝑎1
𝑉𝑎2 = 𝑍𝑌 𝐼𝑎2 = 𝑍2 𝐼𝑎2
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
IMPEDÂNCIAS EM Y E ∆
As equações anteriores permitem a obtenção dos seguintes
circuitos equivalentes para cada sequência:
(0) (1) (2)

Ia Ia Ia
ZY ZY ZY

(0) (1) (2)

Va 3Zn Va Va

(a) (b) (c)

a) Sequência zero b) Sequência positiva c) Sequência negativa


SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
IMPEDÂNCIAS EM Y E ∆
No caso de impedâncias ligadas em estrela com o centro isolado,
tem-se:
(0)

Ia
ZY
ZY

(0)

ZY ZY Va

Não há circulação de corrente de sequência zero.


SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
IMPEDÂNCIAS EM Y E ∆
Considere agora as impedâncias equilibradas ligadas em ∆,
conforme a figura a seguir.
a

ZD ZD

b
ZD

Impedâncias conectadas em ∆
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
IMPEDÂNCIAS EM Y E ∆
Sejam as tensões de linha no circuito da figura anterior:
𝑉𝑎𝑏 = 𝑍∆ 𝐼𝑎𝑏 𝑉𝑏𝑐 = 𝑍∆ 𝐼𝑏𝑐 𝑉𝑐𝑎 = 𝑍∆ 𝐼𝑐𝑎

Sabe-se que a soma das tensões de linha é igual a zero:


𝑉𝑎𝑏 + 𝑉𝑏𝑐 + 𝑉𝑐𝑎 = 0
Reescrevendo as tensões em termos de seus componentes
simétricos, tem-se:
𝑍∆ 𝐼𝑎𝑏0 + 𝐼𝑎𝑏1 + 𝐼𝑎𝑏2 + 𝐼𝑎𝑏0 + 𝑎2 𝐼𝑎𝑏1 + 𝑎𝐼𝑎𝑏1 + 𝐼𝑎𝑏0 + 𝑎𝐼𝑎𝑏2 + 𝑎2 𝐼𝑎𝑏2 = 0

3𝑍∆ 𝐼𝑎𝑏0 = 0
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DE LINHAS
DE TRANSMISSÃO SIMÉTRICAS
Considere um trecho de uma linha de transmissão simétrica:
Ia Zaa

Van Zan Zab Va’n’


Ib Zbb Zca

Vbn Zbn Zbc Vb’n’


Ic Zcc

Vcn Zcn Vc’n’


In Znn

Trecho de uma linha de transmissão simétrica.


SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DE LINHAS
DE TRANSMISSÃO SIMÉTRICAS
Aplicando a lei de Kirchhoff das tensões a cada uma das fases:
𝑉𝑎𝑛 − 𝑉𝑎′ 𝑛′ = 𝑍𝑝𝑝 𝐼𝑎 + 𝑍𝑚𝑚 𝐼𝑏 + 𝑍𝑚𝑚 𝐼𝑐 + 𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑛 − 𝑍𝑛𝑛 𝐼𝑛 + 𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑎 + 𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑏 + 𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑐
𝑉𝑏𝑛 − 𝑉𝑏′ 𝑛′ = 𝑍𝑚𝑚 𝐼𝑎 + 𝑍𝑝𝑝 𝐼𝑏 + 𝑍𝑚𝑚 𝐼𝑐 + 𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑛 − 𝑍𝑛𝑛 𝐼𝑛 + 𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑎 + 𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑏 + 𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑐
𝑉𝑐𝑛 − 𝑉𝑐 ′ 𝑛′ = 𝑍𝑚𝑚 𝐼𝑎 + 𝑍𝑚𝑚 𝐼𝑏 + 𝑍𝑝𝑝 𝐼𝑐 + 𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑛 − 𝑍𝑛𝑛 𝐼𝑛 + 𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑎 + 𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑏 + 𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑐

A corrente no neutro vale:


𝐼𝑛 = − 𝐼𝑎 + 𝐼𝑏 + 𝐼𝑐
Substituindo a corrente de neutro na equação anterior, tem-se

𝑉𝑎𝑛 − 𝑉𝑎′ 𝑛′ = 𝑍𝑝𝑝 + 𝑍𝑛𝑛 − 2𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑎 + 𝑍𝑚𝑚 + 𝑍𝑛𝑛 − 2𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑏 + 𝑍𝑚𝑚 + 𝑍𝑛𝑛 − 2𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑐
𝑉𝑏𝑛 − 𝑉𝑏′ 𝑛′ = 𝑍𝑚𝑚 + 𝑍𝑛𝑛 − 2𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑎 + 𝑍𝑝𝑝 + 𝑍𝑛𝑛 − 2𝑍𝑛𝑝 𝐼𝑏 + 𝑍𝑚𝑚 + 𝑍𝑛𝑛 − 2𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑐
𝑉𝑐𝑛 − 𝑉𝑐 ′ 𝑛′ = 𝑍𝑚𝑚 + 𝑍𝑛𝑛 − 2𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑎 + 𝑍𝑚𝑚 + 𝑍𝑛𝑛 − 2𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑏 + 𝑍𝑝𝑝 + 𝑍𝑛𝑛 − 2𝑍𝑝𝑛 𝐼𝑐
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DE LINHAS
DE TRANSMISSÃO SIMÉTRICAS
Da equação anterior observa-se que

𝑍𝑝 ≜ 𝑍𝑝𝑝 + 𝑍𝑛𝑛 − 2𝑍𝑝𝑛


𝑍𝑚 ≜ 𝑍𝑚𝑚 + 𝑍𝑛𝑛 − 2𝑍𝑝𝑛

Utilizando-se a relação anterior, pode-se escrever as equações de


forma matricial:

𝑉𝑎𝑎′ 𝑉𝑎𝑛 − 𝑉𝑎′𝑛′ 𝑍𝑝 𝑍𝑚 𝑍𝑚 𝐼𝑎


𝑉𝑏𝑏′ = 𝑉𝑏𝑛 − 𝑉𝑏′𝑛′ = 𝑍𝑚 𝑍𝑝 𝑍𝑚 𝐼𝑏
𝑉𝑐𝑐′ 𝑉𝑐𝑛 − 𝑉𝑐′𝑛′ 𝑍𝑚 𝑍𝑚 𝑍𝑝 𝐼𝑐
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DE LINHAS
DE TRANSMISSÃO SIMÉTRICAS
Escrevendo-se as tensões e correntes em termos de seus
componentes simétricos, tem-se:
𝑉𝑎0 𝑍𝑝 𝑍𝑚 𝑍𝑚 𝐼𝑎0
𝑻 𝑉𝑎1 = 𝑍𝑚 𝑍𝑝 𝑍𝑚 𝑻 𝐼𝑎1
𝑉𝑎2 𝑍𝑚 𝑍𝑚 𝑍𝑝 𝐼𝑎2

Multiplicando ambos os lados da equação anterior por 𝑻−1 , obtém-


se

𝑉𝑎0 𝑍𝑝 𝑍𝑚 𝑍𝑚
𝑉𝑎1 = 𝑻−1 𝑍𝑚 𝑍𝑝 𝑍𝑚 𝑻
𝑉𝑎2 𝑍𝑚 𝑍𝑚 𝑍𝑝
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DE LINHAS
DE TRANSMISSÃO SIMÉTRICAS
Realizando o produto indicado, obtém-se
𝑉𝑎0 𝑍𝑝 + 2𝑍𝑚 0 0 𝐼𝑎0
𝑉𝑎1 = 0 𝑍𝑝 − 𝑍𝑚 0 𝐼𝑎1
𝑉𝑎2 0 0 𝑍𝑝 − 𝑍𝑚 𝐼𝑎2

Por fim, as impedâncias de sequência zero, positiva e negativa de


uma linha de transmissão são dadas por:
𝑍0 = 𝑍𝑝 + 2𝑍𝑚 = 𝑍𝑝𝑝 + 2𝑍𝑚𝑚 + 3𝑍𝑛𝑛 − 6𝑍𝑝𝑛

𝑍1 = 𝑍𝑝 − 𝑍𝑚 = 𝑍𝑝𝑝 − 𝑍𝑚𝑚

𝑍2 = 𝑍𝑝 − 𝑍𝑚 = 𝑍𝑝𝑝 − 𝑍𝑚𝑚
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DE LINHAS
DE TRANSMISSÃO SIMÉTRICAS
Das equações anteriores, verifica-se que a queda de tensão numa
linha trifásica simétrica, percorrida por correntes desequilibradas,
pode ser dada em termos de seus componentes simétricos, por três
circuitos simples, conforme se nota nas equações seguintes.
0 0
𝑉𝑎𝑎′ = 𝑍0 𝐼𝑎

1 1
𝑉𝑎𝑎′ = 𝑍1 𝐼𝑎

2 2
𝑉𝑎𝑎′ = 𝑍2 𝐼𝑎
Exemplo de Aplicação
Considere o trecho de linha mostrado na figura a seguir, cujos
parâmetros são:
Ia Zaa

Van Zan Zab Va’n’


Ib Zbb Zca 𝑧𝑝𝑝 = 𝑗60 Ω
𝑧𝑚𝑚 = 𝑗20 Ω
Vbn Zbn Zbc Vb’n’ 𝑧𝑛𝑛 = 𝑗80 Ω
Ic Zcc
𝑧𝑝𝑛 = 0 Ω
Vcn Zcn Vc’n’
In Znn
Exemplos de Aplicação
Tensões nos terminais da linha de transmissão:
𝑉𝑎𝑛 = 195,0∠21,04° kV 𝑉𝑎′𝑛′ = 157,0∠10,31° kV
𝑉𝑏𝑛 = 79,3∠ − 24,30° kV 𝑉𝑏′𝑛′ = 86,7∠ − 59,30° kV
𝑉𝑐𝑛 = 192,0∠152,50° kV 𝑉𝑐′𝑛′ = 203,6∠166,70° kV

Determine as correntes na linha utilizando a teoria dos


componentes simétricos.
Exemplo de Aplicação
Solução:
Determinando as impedâncias de sequência zero, positiva e
negativa:
𝑧0 = 𝑧𝑝𝑝 + 2𝑧𝑚𝑚 + 3𝑧𝑛𝑛 − 6𝑧𝑝𝑛 = 𝑗340 Ω

𝑧1 = 𝑧𝑝𝑝 − 𝑧𝑚𝑚 = 𝑗40 Ω

𝑧2 = 𝑧𝑝𝑝 − 𝑧𝑚𝑚 = 𝑗40 Ω

Tensão sobre o trecho da linha:

𝑉𝑎𝑎′ 𝑉𝑎𝑛 𝑉𝑎′ 𝑛′ 50,15∠56,70°


𝑉𝑏𝑏′ = 𝑉𝑏𝑛 − 𝑉𝑏′ 𝑛′ = 50,41∠56,25°
𝑉𝑐𝑐′ 𝑉𝑐𝑛 𝑉𝑐 ′ 𝑛′ 50,23∠56,35°
Exemplo de Aplicação
Solução:
Determinando as tensões de sequência zero, positiva e negativa:
(0)
𝑉𝑎𝑎′ 50,15∠56,70° 50,26∠56,43°
(1) 1 1 1 1
𝑉𝑎𝑎′ = 1 𝛼2 𝛼 50,41∠56,25° = 0,17∠157,44°
3
(2) 1 𝛼 𝛼2 50,23∠56,35° 0,11∠ − 159,94°
𝑉𝑎𝑎′
Determinando as correntes de sequência zero, positiva e negativa:
(0)
𝑉𝑎𝑎′ 50,26∠56,43°
𝐼𝑎0 = = = 0,1478∠ − 33,57° kA
𝑧0 𝑗340
(1)
𝑉𝑎𝑎′ 0,17∠157,44°
𝐼𝑎1 = = = 0,0043∠67,41° kA
𝑧1 𝑗40
(1)
𝑉𝑎𝑎′ 0,11∠ − 159,94°
𝐼𝑎1 = = = 0,0027∠110,06° kA
𝑧1 𝑗40
Exemplo de Aplicação
Solução:
Determinando as correntes desequilibradas:

𝐼𝑎 1 1 1 0,1478∠ − 33,57° 0,1450∠ − 31,29°


𝐼𝑏 = 1 𝛼 𝛼2 0,0043∠67,44° = 0,1516∠ − 35,10° kA
𝐼𝑐 1 𝛼2 𝛼 0,0027∠110,06° 0,1471∠ − 34,24°
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
MÁQUINAS SÍNCRONAS
Considere um gerador a vazio, aterrado por meio de uma
impedância.
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
MÁQUINAS SÍNCRONAS
Como as tensões internas do gerador são equilibradas, não há
tensões internas de sequência zero e negativa.
Os circuitos equivalentes de sequência zero e negativa, não
possuem forças eletromotrizes, mas possuem as impedâncias para
as correntes de sequência zero e negativa.

A impedância de sequência zero vale:

𝑍0 = 3𝑍𝑛 + 𝑍𝑔0
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
MÁQUINAS SÍNCRONAS

𝑉𝑎1 = 𝐸𝑎 − 𝐼𝑎1 𝑍1

Circuito equivalente – sequência positiva.


SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
MÁQUINAS SÍNCRONAS

𝑉𝑎2 = −𝐼𝑎2 𝑍2

Circuito equivalente – sequência negativa.


SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DAS
MÁQUINAS SÍNCRONAS

𝑉𝑎0 = −𝐼𝑎0 𝑍0

Circuito equivalente – sequência zero.


SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
Considere um transformador ligado em Y/Y e sejam:
𝑉𝑝𝑛 - Tensão nominal do primário.
𝑉𝑠𝑛 - Tensão nominal do secundário.
𝑆𝑁 - Potência nominal.
𝑧% - Impedância nominal.
𝑁𝑝 - Número de espiras no primário.
𝑁𝑠 - Número de espiras no secundário.
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
A impedância de curto circuito referida ao primário vale:
𝑉𝑝2
𝑧𝑝 = 𝑧%
𝑆𝑁
Sejam ainda 𝐸𝑝 , 𝐸𝑠 , 𝐼𝑝 e 𝐼𝑠 as tensões e correntes no primário e
secundário, respectivamente.

Considere o transformador representado por seu circuito


equivalente e sendo alimentado por tensões de sequência zero.
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
A tensão sobre o enrolamento secundário vale:
𝐸𝑠 = 3𝐼𝑠 𝑍𝑛′ (Eq. 1)
Da relação de transformação:
𝑁𝑝 𝑁𝑝
𝐸𝑝 = 𝐸𝑠 e 𝐼𝑠 = 𝐼𝑝 (Eq. 2)
𝑁𝑠 𝑁𝑠
Substituindo a Eq. 2 na Eq. 1, obtém-se:
𝑁𝑝 ′
𝐸𝑠 = 3𝐼𝑝 𝑍𝑛 (Eq. 3)
𝑁𝑠
Ou ainda:
2
𝑁𝑝
𝐸𝑝 = 3𝐼𝑝 𝑍𝑛′ (Eq. 4)
𝑁𝑠
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
No primário tem-se:
𝐸0 = 𝐸𝑝 + 𝐼𝑝 𝑍𝑝 + 3𝑍𝑛 (Eq. 5)
Ou
2
𝑁𝑝
𝐸0 = 𝐼𝑝 𝑍𝑝 + 3𝑍𝑛 + 3𝑍𝑛′ 2 (Eq. 6)
𝑁𝑠

Logo, a impedância de sequência zero é:

𝑁 2
𝐸0 𝑝
𝑧0 = = 𝑍𝑝 + 3𝑍𝑛 + 3𝑍𝑛′ 2 (Eq. 7)
𝐼𝑝 𝑁𝑠
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
Com base na Eq. 7, chega-se ao seguinte circuito para a sequência
zero de um transformador Y/Y aterrado por impedância:
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
Considere agora um transformador ligado em ∆/ ∆.
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
Observe que o potencial na entrada dos transformadores com
relação ao neutro é o mesmo, ou seja:

𝑉𝐴𝑛 = 𝑉𝐵𝑛 = 𝑉𝐶𝑛 = 𝐸0

Logo, as tensões de linha são nulas, isto é:

𝑉𝐴𝐵 = 𝑉𝐵𝐶 = 𝑉𝐶𝐴 = 𝐸0 − 𝐸0 = 0


SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
Sendo assim, chega-se ao circuito de sequência zero para um
transformador ligado em ∆/ ∆.
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
Seja agora um transformador ligado em Y/∆.
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
Observa-se na figura anterior que o potencial dos três
transformadores é o mesmo. Logo, pode-se escrever:
𝐸𝑠 = 𝑍𝑠𝑠 𝐼𝑠
Da relação de transformação:
𝑁𝑝 𝑁𝑝
𝐸𝑃 = 𝐸𝑠 e 𝐼𝑠 = 𝐼𝑝
𝑁𝑠 𝑁𝑠
Daí vem:
𝑁𝑠 𝑁𝑝 𝑁𝑝2
𝐸𝑝 = 𝑍𝑠𝑠 𝐼 ou 𝐸𝑝 = 𝑍𝑠𝑠 2 𝐼𝑝
𝑁𝑝 𝑁𝑠 𝑝 𝑁𝑠
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
No primário é possível escrever:
𝐸0 = 𝐸𝑝 + 𝐼𝑝 𝑍𝑝𝑝 + 3𝑍𝑛

Ou ainda:
𝑁𝑝2
𝐸0 = 𝐼𝑝 𝑍𝑝𝑝 + 𝑍𝑠𝑠 2 + 3𝑍𝑛 = 𝐼𝑝 𝑍𝑝 + 3𝑍𝑛
𝑁𝑠

Logo, a impedância de sequência zero vista do primário vale:

𝐸0
𝑍0𝑝 = = 𝑍𝑝 + 3𝑍𝑛
𝐼𝑝
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
Se o secundário do transformador for alimentado com tensões de
sequência zero, as tensões de linha serão nulas e não haverá
circulação de corrente.
Sendo assim, o transformador ligado em Y/∆ apresenta o seguinte
circuito para a sequência zero:
SEQUÊNCIAS DE CIRCUITOS DOS
TRANSFORMADORES
Com relação à rotação de fase nos transformadores ligados em Y/∆,
deve-se observar o seguinte:
• Rotação de fase de -30° para a sequência direta;
• Rotação de fase de +30° para a sequência inversa.
Sendo assim, suponha os componentes simétricos das tensões
desequilibradas num transformador:
Primário Secundário

𝑽𝑎1 = 𝑉𝑎1 ∠𝜃𝑎1 𝑽𝑎1 = 𝑉𝑎1 ∠𝜃𝑎1 − 30°


𝑽𝑎2 = 𝑉𝑎2 ∠𝜃𝑎2 𝑽𝑎2 = 𝑉𝑎2 ∠𝜃𝑎2 + 30°
Exercício
Indique o circuito de sequência zero para cada um dos esquemas de
ligação dos transformadores a seguir:

a) Y/Y com ambos os lados com o neutro aterrado por impedância;


b) Y/Y com ambos os lados com o neutro isolado;
c) Y/Y com o neutro do primário aterrado por impedância e o
neutro do secundário isolado;
d) Y/Y com o neutro do primário isolado e o neutro do secundário
aterrado diretamente;
e) Y/∆ com o neutro do primário aterrado por impedância;
f) Y/∆ com o neutro do primário isolado;
g) ∆/∆.
Exercício
Solução:

a)

b)

c)
Exercício
Solução:

d)

e)

f)
Exercício
Solução:

g)

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