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UN IVERSIDADE TECNOLÓGIC A FEDERAL DO PARANÁ – UTFPR

DEPARTAMENTO AC ADÊMICO D E EL ETROTÉCN ICA – DAELT


CURSO SUPERIOR D E TEC NOLOG IA EM ELETROTÉCN ICA
AUTOMAÇÃO IND USTRIAL

EDU ARDO C OMUNELLO ELEO TERO


JOSÉ ANTÔNIO FREITAS
PAULO VITOR AZEVEDO

EST UDO DE DESEMPENHO DO MOTOR DE I NDUÇ ÃO T RIFÁSICO,


CONT ROLADO POR UM GR AD ADOR DE T ENSÃO.

TRABALHO D E CON CL USÃO D E CUR SO

CURITIBA
2 014
EDUARDO COMUNELLO ELEOTERO
JOSÉ AN TÔN IO FR EITAS
PAULO VITOR AZEVEDO

EST UDO DE D ESEMPENHO DO MOTOR DE I ND UÇ ÃO T RIFÁSICO,


CONT ROLADO POR UM GR AD ADO R DE T ENSÃO.

Trabalho d e Conclusão de Curso de


graduação, apres entado à disciplina
de Trabalho de Dip lo maç ão, do Curso
Superior de Tecn ologia em
Auto mação Industrial do
Departa mento Acadê mic o de
Eletrotéc nica – DAELT – da
Univ ersidade Tecno lógica Federal do
Paran á – UTF PR, c o mo requisito
parcial para obtenção do títu lo de
Tecnó logo.
Orientador: Prof. Dr. Walter D. Cruz
Sanchez

CUR ITIBA
2014
EDUARDO COMUNELLO ELEOTERO
JOSÉ AN TÔN IO FR EITAS
PAULO VITOR AZE VEDO

EST UDO DE D ESEMPENHO DO MOTOR DE I ND UÇ ÃO T RIFÁSICO,


CONT ROLADO POR UM GR AD ADOR DE T ENSÃO

Este Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação foi julgado e aprovado como requisito parcial
para a obtenção do Título de Tecnólogo, do curso de Tecnologia em Automação Industrial do
Departamento Acadêmico de Eletrotécnica (DAELT) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR).

Curitiba, 21 de março de 2014.

____________________________________
Prof. José da Silva Maia, Me.
Coordenador de Curso
Tecnologia em Automação Industrial

____________________________________
Prof. Rafael Fontes Souto, Me.
Coordenador de Projeto Final de Graduação
Tecnologia em Automação Industrial

BANCA EXAMINADORA

______________________________________ _____________________________________
Prof. Walter Denis Cruz Sanchez, Dr. Prof. Daniel Balieiro Silva, Me.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Orientador

_____________________________________
Prof. Roberto Luiz Schwarz, Esp.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

_____________________________________
Prof. Rubem Petry Carbente, Me.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
AGR AD ECIMENTOS

A Deus, nossos pais e amigos, instituição UTFPR.


E ao Professor W. Sanchez, que nos ajudou no projeto.
RESUMO

ELEOTERO, Eduardo Comunello; FREITAS, José Antônio; AZEVEDO, Paulo Vítor.


Estudo de desempenho do motor de indução trifásico, controlado por um gradador
de tensão, 2013. Monografia (Graduação em Tecnologia em Automação Industrial),
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR. Curitiba, 2014.

Este trabalho apresenta a montagem e o estudo do desempenho de uma bancada


didática com o intuito de controlar a velocidade de um motor de indução trifásico
controlado por um gradador de tensão, tendo como carga uma central hidráulica.
Aborda também conceitos de semicondutores, motores e gradadores de tensão para
o controle de velocidade de motores de indução. É apresentado coleta de dados
para a montagem de gráficos com as principais variáveis levantadas, como: tensão
do MIT x ângulo de disparo, e corrente do MIT x ângulo de disparo. Discute algumas
vantagens e desvantagens em relação ao uso deste tipo de controlador de tensão
para a variação da velocidade de motores. E traz como resultado um estudo geral
sobre a iniciativa da fabricação e montagem da bancada didática para facilitar o
entendimento da área de inversores de frequência.

Palavras-chave: Gradador de Tensão. Motor de Indução Trifásico. Inversor de


Frequência. Controlador de Tensão.
AB STR ACT

ELEOTERO, Eduardo Comunello; FREITAS, José Antônio; AZEVEDO, Paulo Vítor.


Study of the performance of the three-phase induction motor controlled by a voltage
gradador., 2013. Monografia (Graduação em Tecnologia em Automação Industrial),
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR. Curitiba, 2014.

This work paper presents the installation and performance study of a didactic
workbench speed control of a three phase induction motor controlled by a voltage
gradador, having as a hydraulic load center. Also discusses concepts of
semiconductors, motors and gradadores voltage for speed control of induction
motors. Data collection is presented for the assembly of graphs with the main
variables studied, such as: voltage x MIT shooting angle, and current MIT x firing
angle. Discusses some advantages and disadvantages regarding the use of this type
of stress to speed change motor controller. And as a result brings a general study on
the initiative of the manufacturing and assembly of didactic workbench to facilitate
understanding of the area of frequency inverters.

Palavras-chave: Voltage Gradador. Three Phase Induction Motor. Frequency


Inverter. Tension Controller.
LISTA DE FIGUR AS

Figura 1 - Circuito trifásico.........................................................................................21


Figura 2 – Forma de Onda do Tiristor........................................................................ 22
Figura 3 – Estrutura do Tiristor .................................................................................. 24
Figura 4 – Tiristor SEMIKRON SKKT 27/16 E ...........................................................24
Figura 5 – Modelo de disparo de tiristor .................................................................... 25
Figura 6 – Modelo de disparo de tiristor .................................................................... 26
Figura 7 – Placa do Motor .........................................................................................33
Figura 8 – Placa de Controle .....................................................................................35
Figura 9 – Esquema geral do circuito ........................................................................ 37
Figura 10 – Fixação da balança ................................................................................ 40
Figura 11 – Fixação da balança ................................................................................ 40
Figura 12 – Motor suspenso ......................................................................................41
Figura 13 – Esquema Módulo de Potência................................................................42
Figura 14 – Módulo Circuito de Potência................................................................... 42
Figura 15 – Fusíveis de Proteção .............................................................................. 43
Figura 16 – Blocos de Tiristores ................................................................................ 43
Figura 17 – Identificações endereçadas .................................................................... 44
Figura 18 – Configuração de Tisristores .................................................................... 44
Figura 19 – Diagrama de conexões da placa com o módulo de potência ................. 45
Figura 20 – Identificação dos terminais de saída da placa ........................................ 46
Figura 21 – Fonte CC ................................................................................................46
Figura 22 – Parte frontal do Painel de Comando ......................................................47
Figura 23 – Parte interna do Painel de Comando .....................................................48
Figura 24 – Alimentação geral da bancada ...............................................................50
Figura 25 – Tensão do MIT por Ângulo de Disparo ...................................................55
Figura 26 – Corrente por Tensão de Disparo ............................................................55
Figura 27 – Rotação do MIT por Tensão de Disparo ................................................. 56
Figura 28 – Torque por Ângulo de Disparo ................................................................56
Figura 29 – Torque por Rotação do MIT .................................................................... 57
Figura 30 – Tensão do MIT por Ângulo de Disparo ...................................................60
Figura 31 – Corrente por Tensão de Disparo ............................................................60
Figura 32 – Rotação do MIT por Ângulo de Disparo ................................................. 61
Figura 33 – Torque por Ângulo de Disparo ................................................................61
Figura 34 – Torque por Rotação do MIT .................................................................... 62
Figura 35 – Tensão do MIT por Ângulo de Disparo ...................................................64
Figura 36 – Corrente do MIT por Ângulo de Disparo ................................................. 64
Figura 37 – Rotação do MIT por Ângulo de Disparo ................................................. 65
Figura 38 – Torque por Ângulo de Disparo ................................................................65
Figura 39 – Torque por Rotação do MIT .................................................................... 66
Figura 40 – Tensão do MIT por Ângulo de Disparo ...................................................68
Figura 41 – Corrente do MIT por Ângulo de Disparo ................................................. 68
Figura 42 – Rotação do MIT por Ângulo de Disparo ................................................. 69
Figura 43 – Torque por Ângulo de Disparo ................................................................69
Figura 44 – Torque por Rotação do MIT .................................................................... 70
Figura 45 – Tensão do MIT por Ângulo de Disparo ...................................................72
Figura 46 – Corrente do MIT por Ângulo de Disparo ................................................. 72
Figura 47 – Rotação do MIT por Ângulo de Disparo ................................................. 73
Figura 48 – Torque por Ângulo de Disparo ................................................................73
Figura 49 – Torque por Rotação do MIT .................................................................... 74
Figura 50 – Torque por Velocidade Linear do Pistão ................................................. 74
Figura 51 – Velocidade Linear do Pistão por Ângulo de Disparo ..............................75
Figura 52 – Tensão do MIT por Ângulo de Disparo ...................................................77
Figura 53 – Corrente do MIT por Ângulo de Disparo ................................................. 77
Figura 54 – Rotação do MIT por Ângulo de Disparo ................................................. 78
Figura 55 – Torque por Ângulo de Disparo ................................................................78
Figura 56 – Torque por Rotação do MIT .................................................................... 79
Figura 57 – Torque por Velocidade Linear do Pistão ................................................. 79
Figura 58 – Velocidade Linear do Pistão por Ângulo de Disparo ..............................80
Figura 59 – Torque por Velocidade Linear do Pistão ................................................. 82
Figura 60 – Mesa de apoio ........................................................................................87
Figura 61 - Tubo retangular de ferro .......................................................................... 88
Figura 62 - Apoio manual ..........................................................................................88
Figura 63 - Roda com trava .......................................................................................89
Figura 64 – Multimedidor MD 4040 ........................................................................... 90
Figura 65 – Taco-Gerador WEG ................................................................................ 92
Figura 66 – Placa de Identificação Taco-Gerador WEG ............................................ 92
Figura 67 – Balança digital de precisão..................................................................... 93
LISTA D E TABEL AS

Tabela 1 - Dados à vazio .........................................................................................54


Tabela 2 - Pressão de trabalho do conjunto hidráulico ....................................... 58
Tabela 3 - Dados em Regime Permanente a 5 bars .............................................. 59
Tabela 4 - Dados em Regime Permanente a 7,5 bars ........................................... 63
Tabela 5 - Dados em Regime Permanente a 10 bars ............................................ 67
Tabela 6 - Dados em modo automático – Avanço do Pistão................................71
Tabela 7 - Dados modo automático – Retorno Pistão .......................................... 76
LISTA D E SÍMBOLOS E AB REVIAT UR AS

N.m – Newton por metro


V – Tensão
I – Corrente
s – Segundo
m/s – Metro por Segundo
W – Potência Ativa
VA – Potência Aparente
VAR – Potência Reativa
LISTA D E ACR ÔNIMOS

MIT – Motor de Indução Trifásico


UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
CA – Corrente Alternada
FP – Fator de Potência
RPM – Rotação por Minuto
ICA MIT – Corrente de entrada para o MIT
VCA MIT – Tensão de entrada para o MIT
CC – Corrente Contínua
CV – Cavalo Vapor
SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 .......................................................................................................... 13
1.1 TEMA ............................................................................................................ 13
1.2 PROBLEMAS E PREMISSAS ...................................................................... 15
1.3 OBJETIVOS.................................................................................................. 16
1.3.1 Objetivo Geral ...............................................................................................16
1.3.2 Objetivo Específico .......................................................................................16
1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................17
1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .....................................................18
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ..................................................................... 19
CAPÍTULO 2 .......................................................................................................... 20
2.1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................20
2.2 GRADADORES DE TENSÃO ....................................................................... 20
2.2.1 Introdução 20
2.2.2 Tipos de Gradadores de Tensão ................................................................... 21
2.2.2.1 Controle de Tensão por Ângulo de Disparo .............................................. 21
2.2.2.2 Controle de Disparos por Ciclos Inteiros .................................................. 22
2.3 SEMICONDUTORES....................................................................................23
2.3.1 Tiristores 23
2.4 CIRCUITOS DE DISPARO E CONTROLE ...................................................25
2.5 MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS ......................................................26
CAPÍTULO 3 .......................................................................................................... 29
3.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO ..................................................................... 29
3.2 DIMENSIONAMENTO DA CARGA ...............................................................29
3.2.1 Definição do Cilindro Hidráulico .................................................................... 29
3.2.2 Dimensionamento da Bomba Hidráulica.......................................................30
3.3 DIMENSIONAMENTO DO MOTOR ..............................................................31
3.4 DIMENSIONAMENTO DO CIRCUITO DE POTÊNCIA ................................34
3.5 SELEÇÃO DA PLACA DE DISPARO ............................................................34
CAPÍTULO 4 .......................................................................................................... 36
4.1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................36
4.2 ESQUEMA E CIRCUITO ELÉTRICO GERAL .............................................. 36
4.2.1 Esquema Geral do Circuito ........................................................................... 36
4.3 CENTRAL HIDRÁULICA (CARGA)...............................................................37
4.4 MOTOR SUSPENSO....................................................................................39
4.5 CIRCUITO DE POTÊNCIA ........................................................................... 41
4.6 CONEXÃO DA PLACA DE CONTROLE COM O CIRCUITO DE ................ 45
4.7 PAINEL DE COMANDO ................................................................................ 47
CAPÍTULO 5 .......................................................................................................... 49
5.1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................49
5.2 ROTEIRO DE TESTE DA BANCADA ...........................................................49
5.2.1 Alimentação do Sistema ............................................................................... 49
5.2.2 Procedimento para Coleta de Dados ............................................................49
5.2.3 Excitação da Placa de Controle .................................................................... 51
5.3 ACIONAMENTO DA CARGA........................................................................ 52
5.4 ANÁLISE E COLETA DE DADOS ................................................................. 52
5.4.1 Motor à Vazio ................................................................................................52
5.3.2 Motor em Regime Permanente a 5 bars .......................................................57
4.3.3 Motor em Regime Permanente a 7,5 bars ....................................................62
4.3.4 Motor em Regime Permanente a 10 bars .....................................................66
4.3.5 Motor em Modo Automático – Avanço do Pistão .......................................... 70
4.3.6 Motor em Modo Automático – Retorno do Pistão. ........................................ 75
CAPÍTULO 6 .......................................................................................................... 81
6.1 CONCLUSÕES .............................................................................................81
6.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 84
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 85
APÊNDICES .......................................................................................................... 87
ANEXOS 96
13

CAPÍTULO 1

1.1 TEMA

Os motores elétricos de indução, MIT’s 1, sã o de grande


importância no meio ind ustrial, on de s ão c omu men te us ados. Isso vem
do fa to de que os MIT’s possuem u m a mp lo c a mpo de ap licações , e m
diferentes s egmentos da indústria, c omércio e tran sporte, sendo
encontrados na forma de pequ enas combinações que exigem pouca
potência, até gigantescas máquinas o nde as potências requeridas são
maiores.
O controle do torque e v elocidad e nos mo to res de indução
trifá sicos é realizado atrav és da v ariação d a: tensão de alimen tação;
fre qüência de alimentação; tensão e freqüência; resis tência do rotor ou
corrente d o es tator. O método mais utilizado é o de controle de tensão
e freqüência , que é realizado a trav és de c onversores de freqüência,
onde a corrente altern ada CA é retificada, torn ando -se tensão contínua
CC, para que, na etapa d e inv ersão, o circu ito inv ersor controlado
atrav és de PWM 2 senoidal v olte a ser CA, poré m co m freqüência ,
a mplitud e e tensão variáv eis, realizando assi m o co ntrole de
velocidade.
O co ntrole da v elocidade através de tensão de alimentação é u ma
das alternativas para a variação da v elocidade, sendo utilizado u m
circuito baseado em Grad adores d e t ensã o para a pa rtida de motores.
Os Gradadores se carac te riza m por s er uma in terfac e direta entre a
fonte e a carga, isto é, o gradador per mite o c haveame nto direto da
tensão de for ma direta se m algu m outro process amento eletrônico
1

MIT é uma abreviação de motores de indução trifásico.


2
O circuito PWM é utilizado para controlar a velocidade dos motores de corrente contínua.
PWM é a abreviação de Pulse Width Modulation ou Modulação de Largura de Pulso.
14

inter mediário da tens ão de alimenta ç ão, q ue seria a re tificação da


tensão e inv ersão para que a tens ão volte a s er alternada, porém co m
fre qüência diferente para o controle de v elocidade. Um mode lo de
gradador que é comu mente utilizado é a chave So ft Starter 3, utilizad a
no circuito de potência com o us o d e Tiris tores pa ra partidas de
motores CA. Co m a v a riaç ão do ângulo de disparo d esses
semicondutores é c ontrolada a tensã o efic az d isponibilizada no mo tor;
assim obté m-se u ma curv a s uave de partida do motor, min imizand o
u ma ev entual sobreca rga na rede. Após a v elocidad e c hegar ao nív el
no mina l, é utilizado u m circuito by pass 4, para não so brea quecer os
comp onentes. Poré m, nes se caso, esse circ uito nã o permite o controle
pleno da v eloc idade do motor, devendo ser utiliza do u m g rada dor
pleno, de modo que é hav erá um circuito co m partida s uav e e variação
de v elocidade pratica mente linea r, o n de pode -se trabalhar c om u ma
a mpla faixa de ve locidade do mot or, v is to que a Soft Starter é
destinada à aceleração, desac eleração e proteção de MIT’s. Tais
funcionalidades podem ter su bdiv isões c omo: ra mpa d e tensã o, rampa
de corrente, controle de torq ue, e tc . Poré m, o gradador é mais s imp les,
podendo ter ou não essas fu nções, e a v eloc idade/torque é dependente
da solicitaç ão de po tê ncia pela carga, sendo essa neces sidade notada
pelo operador, que de acordo com a le itura e interpretaç ão de sensores
instalado s no c ircuito, para a med ição de tensão, corrente, v elocidade,
pode corrigir a velocidade do modo qu e melhor atender a necess idade.
O merc ado de equipa mentos, par a controle de máq uinas elétricas,
praticamen te excluiu e sse modelo de circu ito dos equipa mentos
industriais, devido ao gradador ser um forte gerador de harmônicas,
ficando assim o mercad o v oltado totalmente para os inv ersores e So ft
Starter ’s.

3
Os Soft-Starters (partida suave) são chaves de partida estática, projetadas para a
aceleração, desaceleração e proteção de motores elétricos de indução trifásicos, através do controle
da tensão aplicada ao motor.
4
O circuito by-pass é um desvio do caminho normal do circuito, onde a carga receberá um
nível nominal de tensão, isto é, a carga ficará diretamente conectada com a fonte.
15

Dev ido ao se u mo delo c onstrutivo, o gradador de tens ão pode rá


ser u m bo m exemp lo de es tu do para dis ciplinas que env olvam controle
de v elocid ade d e motore s, s endo que os Gradadores são mais s imples
e de melhor entendime nto c o mpa rados aos inv ersores e ciclo
converso res , uma v ez que seu circuito é mais simp les e o circ uito de
potência s e resume a u m arranjo de Tiristores.

1.2 PROBLEMAS E PREMISSAS

O c ontrole de v elocida de de motores e létricos ab range u ma a mp la


área de aplic ações. Neste trabalho será tratad o o controle de
velocidade d o MIT, atrav és da variaç ão da tensã o de alimentação com
Gradadores de tensão, pelas se guintes razões :
 Os div ersos equipa mentos (inv e rs ores , soft starter, se rv o -
motores, máq uinas elétricas , controle eletrônic o, etc.) que são
estudados nas diferentes d isciplinas do curso são a presentados
como "c aixas pretas", ou seja, não s ão explicados
detalhada mente. Entre tanto, eles pre cisam ser entendidos de
maneira ma is completa, isto é, en te nder o circuito de potência, o
circuito de c ontro le, as interfaces para mediçã o, o softwa re
assoc iado e não somente a sua operação e para metri zação;
 A dificulda de d o aprendizado, quando é estudado o controle
de v elocid ade de MIT co m inv ersores de freqüênc ia, normalmente
é minimiza da quan do se utiliza m os Grad adore s de tensão , uma
vez que es ses são construtiv amente mais simples;
 U ma ra zão de sua limitada aplicação é o fato d esse circuito
gerar h armônicas na rede elétric a;
 Identif ica r aplic ações onde poss am ser u tilizados os
Gradadores de tensão;
 Fome n tar pesquis as sobre se o gra dador poderia subs titu ir
a Soft Starte r e m ba ixas potências , onde seja necessária uma
16

maior v ariação de v eloc idade sem a precisão requerida pelo Soft


Starter;
 A v elocida de do MIT é d ependente da frequênc ia e número
de pólos do motor; poré m se a c arga nec essita de uma v ariação
da v eloc idade, o gradador não é uma opç ão?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Montag e m de u ma bancada didá tica, para o controle de


velocidade do motor de indu ção trifásic o que acion a u m cilin dro
hidráulico, onde é controlada a v eloc idade através de um circuito
gradador de tensão de alimentação.

1.3.2 Objetivo Específico

 Lev antamento teórico e prático de Gradad ores de tensão;


 Montage m da bancada de ope raç ão;
 Montage m do circuito de potência com Tiristores;
 Montage m de taco-gerador para a me dição de v elocidade;
 Utilização de u m Multimedidor para a medição da tensã o e d a
corrente;
 Utilização do dina mô metro para medir o to rque gerado pelo
motor;
 Utilização de p laca de circ uito dig ital pa r a o disparo dos
Tiristores;
 Teste de v alidação;
 Montage m de u m co njunto hidráulico que será utilizado como
carga, sendo composto por: bo mba hidráulica , cilindro e c omando
17

hidráulico;
 Caracterização do g rada dor quando é ac oplada u ma carga ao
motor, neste caso, o conjunto hidráulico;
 Análise do co mp orta mento da c arga co m o co ntrole de
velocidade realizado p elo gradador;
 Análise de resultados.

1.4 JUSTIFICATIVA

Em decorrência dos problemas citados, se encontra muita


dificulda de, p rinc ipalmen te no que sito de análise dos c ircuitos dos
equipa mentos que controlam os motore s, p ois testava -se su as funções,
mas não os c irc uitos intern os. Com isso, ficava comp ro metido o
entendimento dos circuitos a nalisados , u ma v ez qu e por s erem circuitos
de pro dutos comerciais, s ua análise é limitada e co mplexa, co mo
ta mbé m po rque as documen ta ções de tais equ ipa mentos s e referem, na
maioria das v ezes, sobre sua operaçã o e raramente sobre seu
funcionamento.
Então parte-se para o desenv olv imen to do c irc uito basea do em
gradador, v isto que tanto o circuito de potên ci a qua nto o controle do
gradador são mais simples do que o s circuitos PWM e inv ersores, o
que torna interessante o es tudo teórico e prático de seu fun cioname nto.
Outra questão qu e torna nec essário ess e estudo é: exceto o
circuito ser um gerador de harmônic a s , exis te outro mot iv o pelo qual
esse c irc uito foi pra ticamente des cartado do mercado em fav orecimen to
de outros c irc uitos e p rodutos come rciais? Se não existem motiv os,
existem outras a plicações que podem utilizar Grad adores de tensão? O
circuito não é uma opçã o para o co ntrole de v elocidade para motores
que necessita m d e v ariaç ão de v eloc idade para atender determinadas
cargas de baixas potências?
18

A inclusã o do c urs o de Tecnolog ia e m Auto mação no DAELT


obriga o departa mento a incorporar nov as disciplina s e infraestrutura
de la bora tó rios na área de controle de v elo cidade; assim, o p rotótip o
do gradad or contribuirá c om essas ativ idad es ac adêmica s de
laboratório send o utiliza do na área de automação, acio namentos
elétricos, con trole de velocidad e, e ntre outra s.

1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho foi iniciado dev ido à necessidade de apresentaçã o de


u m trabalho de conc lusão de curso nes ta Univ ers idade, e ta mbé m
dev ido a um intere sse no assunto, pelo qual se pretende iniciar um
estudo ma is aprofundado sobre o te ma, foc ando a pesquis a e m
eletrônica de potênc ia e máquina s e létric as. Co m isso have rá
e mbas a mento para estudar os semic ondutores a s erem utilizados . Já o
estudo d e máquinas elétricas terá foco n os motores elétricos CA de
indução trifásico – MIT.
O protótipo s e dará a partir de um projeto mecân ico de uma
estrutura adaptada , no qu al o motor não será fixado na base, mas a
partir do eixo, difere nte mente d a carga (conjunto hidráulico) que se rá
fixada na bas e da estrutura . Sendo assim, quando de seu
funcionamento, o motor tenderá a gi rar. Entretanto, para descobrir o
torque gerado, fixará u m d ina mô metro pres o ra dialmente ao motor a fi m
de impedir que ele gire, assim será po ssível lev antar a força que o
motor estará aplicando no din a mô metr o. Medind o o braço fix o no moto r
até o dina mô metro, junta mente co m a força gerada, hav erá então como
calcular o torque ex erc ido pelo motor.

Montag e m do protótipo:
 Criaç ão de um esb oço do trabalho;
 Realização de uma pes quisa em ca mpo referente aos
19

comp onentes e circuitos a serem utilizad os;


 Co mpra dos componentes;
 Montag e m do circuito;
 Prime iros testes;
 Tes te fin al co m lev a ntamento de dado s;
 Relatório final co m aná lise dos dados.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

Prev ê-se a seguinte estrutura para o trabalho:

 Capítulo 1 - Introdução e apresentação do tema, pro ble mas


objetiv os e metodologia de pesquisa;
 Capitulo 2 - Gradadores: conc eitos e tipos;
 Capitulo 3 - Motores de indução trifás icos: conc eitos;
 Capítulo 4 - Se micondutores;
 Capitulo 5 - Circuito de disparo e controle: conce itos e tipos;
 Capitulo 6 - Procedimentos Metodo lógicos; Descrição d o p roc esso
de pesquisa;
 Capitulo 7 - Cole ta e aná lise de dados ;
 Capitulo 8 - Considera ções finais ;
 Capitulo 9 - Referências .
20

CAPÍTULO 2

2.1 INTRODUÇÃO

Nesse capitulo se a bord a a funda mentação teórica


correspondente a bombas hid ráulicas de deslocamento positiv o
motores d e indução trifásicos e dos circuitos Gradadores de tensão.
Essa fundamentação é para u m e nte ndimento do func iona mento d o
projeto proposto.

2.2 GRADADORES DE TENSÃO

2.2.1 Introdução

Gradado res de tensão (BARBI I., 200 0), ta mbé m deno min ado de
Con trolad ores de Tensão (RASHID M.H., 1 999), são circuitos
eletrônicos que utiliza m dis positiv os se micondutores para a passage m
prov isória da tensã o para carga. Es sa passagem trabalha na fr equência
da re de de e nerg ia elétrica, poré m a t ens ão fica proporcional ao te mpo
de cond ução do compo nente semicondutor. Os dispositiv os mais
comu mente utilizados ne sses circu itos são os Tiristores. Em baixa
potência se faze m o uso de TRIACS, e e m potências mais elev adas é
utilizad o o SCR.
Gradado res são conv ers ores es táticos com a funç ão de variar a
tensão alternada efic az. A carga é colocad a d ireto c om a fonte, se m u m
tra ta mento inter mediário de en ergia (BARBI I., 2000).
Neste trabalho se utilizará o modelo d e Controlador Trifásico de
Onda Co mple ta , que é u m dispositiv o muito simp les dev ido a não
necessidade de circ uitos de comu tação adiciona is (RASHID M.H.,
1999). O mot iv o do fácil entendimento e da simplicidade do circuito do
Con trolad or de Tensão foi o principal o bjetiv o do trabalho.
21

2.2.2 Tipos de Gradadores de Tensão

2.2.2.1 Controle de Tensão por Ângulo de Disparo

O tipo de c ontrole p or fase é o co ntrole d a ten são pelo dispa ro do


comp onente de ac ord o com o cic lo da rede, o nde o co mponente irá
conduzir por um período menor ou igual ao tempo do se mi-c iclo da
tensão de rede. É o modelo utilizado para o c ontrole de v elocidade de
motores, e ta mbé m o tipo de circuito ma is d ifundido para as s ituações
que necessitem de c ontrole de tensão a base de Gradadores.
O circuito é composto por u m circuito de
disparo d os semicondutores de potênc ia, figura 1, podendo esse s er
analógic o ou d igital, o circuito de potência c om os Tiristores
específic os para cada aplicação, e os dev idos conectores e
comp onentes secu ndários.

Figura 1 - Circuito trifásico


Fonte: RASHID, M.H., 1999.

Há de se perceber que os Tiristores irão co nduzir tan to no ciclo


negativ o quanto no ciclo positiv o, garantindo assim u m ma ior controle
da tensão de s aída para a carga.
Na figura 2, é possív el perceb er as ondas do tiris tor e o quanto
22

ele está dis parando para a carga.

Figura 2 – Forma de Onda do Tiristor


Fonte: RASHID, M, 1999.

Seu funciona mento é: a rede elé trica CA opera em u ma


fre quência c onhecida, no Brasil com 6 0hz, co m pequenas v ariações
que não geram interferências em c irc uitos comuns. Es sa alternância da
tensão entre positiv a e negativ a, faz co m que a tensão cruze o 0v, essa
mudanç a de fase , limita o períod o de c ondução de energia pelo
semicondutor, sendo necess ário outro pulso fo rnec ido pela placa de
controle.

2.2.2.2 Controle de Disparos por Ciclos Inteiros

É utilizado qua ndo a constante de tempo te m u m períod o muito


superior à freqüê ncia disponibilizada na rede CA, onde simples me nte é
ligado e desligado o fornecimento da energia disponív el na carga com
um período alto, normalmente de alguns cic los da rede CA
disponibilizada. Esse tipo de circuito é u tilizado e m siste ma s de
aquecimento resistiv o.
Esse circuito tem o modelo elétrico similar ao circuito gradad or
23

por controle de fase, são normalmen te encontrados e m sis te mas de


aquecimento de grandes potênc ias.
Esse mod elo de c irc uito leva vantagem sobre o c ontro le p or fase,
u ma v ez qu e e sse circuito não distorce a rede da energia elétrica, pois
as harmônicas geradas s ão menores s e compa rada s ao circuito de
fase.

2.3 SEMICONDUTORES

Se micon dutore s, n o modo ele menta r, são materia is que se situa m


entre os elementos eletricamente condutores e os nã o con dutores, ou
seja, em de te rminadas circunstâncias po de m s er condutores elétricos
e m outra s circunstancias tornam-se isola ntes. Os ele mentos mais
comu mente utilizado s são o silíc io Si e g ermânio Ge.
Para que o s emicon dutor opere em u m c irc uito elé trico ele deve
ser um c ris tal puro, para en tã o s er dopa do (inserção de impure zas no
cristal) e se transformar e m u m condutor, a dopage m pode criar
basica mente do is tipos de nov os cristais, os tipos N, n egativ os e os
tipo P positiv os, quando juntos, na ju nção dos dois tipos é criado uma
cama da cha mada de ca mada de d epleção , esses dois tipos são
responsáv eis pela criação dos ele mentos de e stado sólid o, a partir
desse ponto fo ram dese nv olvido s div ers os e le mentos, entre eles,
diodos, transis tores e Tiristores.

2.3.1 Tiristores

Os Tiristores são um grupo d e comp onentes semic ondutores de


multica madas, compostos por uma e strutura co m no mínimo q uatro
cama das semic ondutoras, três termina is de ligação e três junções
semicondutoras, v ide figura 3. Tra balha m por meio de c hav eamen to ,
ou seja, q uando a tensão de anodo f or maio r que a tens ão de catodo
24

Va>Vk, e ac ontecer à con dição correta n o ter mina l de gatilho tensã o e


corrente (pulso), o s emicondu to r inic ia a condução. A partir desse
mo men to o gatilho pe rde a fun ção, e o tiristor irá condu zir até que a
tensão de ca to do fique maior que a de ano do, quando isso ocorre, o
tiristor deixa de cond uzir Va<Vk.

Figura 3 – Estrutura do Tiristor


Fonte: Eletrônica Didática (2013).

A seg uir u m ex emp lo de u m tiris tor da marca SEMIKRON modelo


SKKT 27/16 E, conforme figura 4.

Figura 4 – Tiristor SEMIKRON SKKT 27/16 E


Fonte: Próprio autor.
25

2.4 CIRCUITOS DE DISPARO E CONTROLE

São o s dis positiv os que atua m no co ntrole dos equipa men to s de


potência, controlam o te mpo de cond ução do tiris to r v ariando o ângulo
de dis paro dos Tiris tores . Uma v ez que necessitam de u m pulso no
gatilho de disparo. Poré m, os disparos dos c omponentes sã o um tanto
quanto complex os, u ma v ez que os mes mos dev e m se r acionados de
acordo c om a frequência natural d a r ede elé tric a dis ponív el, ou seja,
dev e haver um sin cro nismo entre o d isparo do c omponen te para co m o
semi-ciclo que será controlado, porém e m sistema s trifás icos have rá de
ter u m s incronismo dos 3 circuitos de dispa ro para que eles fique m
defasados entre s i com for ma de 12 0 g raus .
Neste trabalho será utilizada u ma placa de c ontro le da marca
Semikron, mode lo RT380T 230 /4 00, v ide figura 5.
U ma observ ação muito i mportante, q u e s erá també m d iscutida no
próximo ca pítu lo, é qu e as fases de entrada nos Tiris tores dev em
obrigatoria mente ser igua is as da entrada da placa para qu e exista o
sincronis mo entre as fases .

Figura 5 – Modelo de disparo de tiristor


Fonte: RASHID, M, 1999.
26

2.5 MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS

Desde seu inve nto n o fina l d o s éculo XIX, a utilização de motores


de indução trifásico s tem se difundido a mpla mente, dev ido a seu baixo
custo de aquisição, alta confiabilidade e s implicidade de
funcionamento, co m isso v em torna n do -s e o princ ipal motor do me io
industrial. Poré m ele sofr e de a lgu mas características qu e o
desvaloriza, como exe mplo: a alta corrente de partida (IP), con trole de
velocidade dispend iosa.
O motor de induç ão trifásico, de mon strado na figu ra 6, possui
várias vantagens comerc iais/técnic as sobre seus concorrentes, p oré m
possui ta mbé m a lgu mas desv antagens.

Figura 6 – Modelo de disparo de tiristor


Fonte: Gomes, S. 2012.

Vantagen s:

 Baixo cus to d e aquisiçã o;


 Alta confiabilidade;
 Baixa manu te nção;
27

 Funcionamento simp les;


 Tec nologia difundid a.

Desv antagens :

 Co ntrole d e v elocidad e necessita de circuito externo;


 Velocida de do motor de pende da frequência da rede/nú mero de
pólos;
 Alta corrente de partida (IP);
 Distorç ão de energia;
 Co ntrole s de v elocidade dispendiosos.

U m motor d e indução é co mpo sto basicamente por duas partes , o


rotor (parte girante) e o e stator (parte fixa). Este é compo sto p or finas
chapas de aço, em for mato de anel, c om ranhuras de modo qu e p ossam
ser dis postos os en rola mentos, esses, quando e m ope ra ç ão, dev erão
criar o campo magné tico do es tator n o campo desses motores, que
dev ido ao formato do enrola mento e c arac terís ticas da ali mentação
fornecida pela rede , tem u ma característica diferente. O c ampo oscila
de acordo com a a limentaç ão da s três fases , e dess a os cilação , surge
o camp o g iran te , girand o na seguinte velo cidade RPM = (12 0/P)x F (P =
nu mero de pólos do motor, F = Frequência da rede de a limentaçã o, no
Bras il 60H z) que te m funda menta l importânc ia no funciona mento d o
motor, sendo que o rotor pr ocura gira r na frequência de func iona mento
desse campo, poré m os dois c amp os não estão sincronizados, e a
essa falta d e sinc ro nia, é dado a nome de esco rregamento, que é a
diferença entre a v elocidade do camp o girante e a v eloc idade do ro to r,
sendo representada pela letra S, e calculad a pela formula S=(n1 -n)/n1
(onde n1=rotação do ca mpo, n =rotação do rotor).
O rotor por sua v ez, pode ser encontrado e m do is tipos de
circuitos, s endo denominados de:
28

 Rotor Bo binado: rotor composto de enrola mentos ao red o r


das c hapas do rotor, esse modelo de circ uito ta mbé m é
comu mente deno minado de indu zido, sendo esse modelo de
rotor u tilizado e m motores que precise m de u ma grande
inércia de partida, ou quan do é necess ário partida s uaves
nos motore s;
 Rotor Gaiola de Esquilo : ro to r é comp osto de b arras
metálicas q ue são distribuídas em v olta dos conjuntos das
chapas do rotor, tais barras são interligas en tre si, por meio
de anéis condutores. Ess e tip o de rotor é mais utilizado e m
cargas de baixa potência, se ndo tamb é m c on strutiv amente
mais baratos, sendo esse o modelo mais utilizad o e m
motores de in dução trifásicos .

Independ ente mente d os tipos de rotores, bobinado ou gaiola de


esquilo , os circuitos presentes ness es rotores são dispostos de modo
que no rotor crie-se u m ca mpo magné tico, s endo que esse campo fica
fixo, pore m o rotor procura g irar na veloc idade do camp o girante do
estator, com is so o rotor es tá e m mov imento, poré m, co mo a v elocidade
do rotor nesse tipo de mo to r, fic a d efasada em relaç ão ao camp o
girante há o esco rregamento.
29

CAPÍTULO 3

3.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO

Neste c apítulo, s erã o apres entadas as características levantadas


dos eq uipa mentos para a montage m e desenv olv imento d a bancada ,
incluin do os parâmetros utilizados no trabalho.

3.2 DIMENSIONAMENTO DA CARGA

U m circuito hidráulico é definido atrav és do trabalho que se


necessita executar em u m determinado te mpo, co m ess as informações
e p elo u so d e fór mula s ade quadas é p ossível calc ular a potência total
do sistema.
Na hidráulica s egue-se o princípio da conservação da ma té ria
(Lav oisie r A.), onde a potência é tirada da rede elétrica através de um
motor e posterior mente utilizada por u m atuador.
Na seq üência se explicará todos os passos para dimens ionar os
comp onentes de u m s istema h idráulic o.

3.2.1 Definição do Cilindro Hidráulico

Co m ba se na força nec essária escolh e -s e um cilind ro hidráulico


padrão comercia l que atenda a ess a força e que relativamen te ofereça
u m ba ixo cus to . Após iss o s e c alcula a pre ssão necess ária pa ra
resultar nessa força e o v olume d o cilindro para posterior mente
deter minar o ta manho da b o mba. Para fac ilitar o traba lho os fabricantes
já dispon ibiliza m ta belas como a do an exo A.
O cálculo base para força dá-se pela fórmula P= F/ A onde a á rea
é calculada em função d o diâ metro do cilind ro.
Co mo a intenção do projeto em questão era de apenas efetuar um
mov imento e alterar sua velocida de a partir d a v a riaç ão d a rotação do
30

motor elétrico, não era nec essária u ma fo rç a res ultante mu ito alta .
Utilizou-se então de u m cilindro de Ø 2” c om haste de Ø1 /2 ” e curso de
120 mm. Um dos principa is motiv os da escolha desse cilindro fora m o
seu baixo cus to e dimensional perfeit o para a banc ada, e uma p erfeita
percepção de a lteração de veloc idade no mes mo.

3.2.2 Dimensionamento da Bomba Hidráulica

O próximo pass o é verificar o taman ho da bomba, ou se ja, qual


será a v azão d a mes ma, po is será a vazão que inf luenciará direta men te
no te mpo de operação. Calcula-s e o volume do c ilindro e a partir d o
te mpo que ele dev e executar o trabalho esc olhe -se o tamanho de
bo mba u m u ma tabela de u m det er minad o fabricante, co mo por
exemplo, no anexo B.
Co mo se pode a nalisar na tabe la do anex o B, não é informada a
vazão e m l/ min, pois para isso é ne cessário sabe r a rotação em q ue irá
tra balhar a bo mba.
Na tab ela a informação é o cc/r ev que é o v olume e m c m³
deslocado pela bomba a cada rotação.
Então se calcu la a v azão pela fórmula Q= (n x d)/1000 , onde Q á
a v a zão da bo mba e m l/ min, n é a ro tação do motor e létric o , d é o
deslocamento da bo mba e m c m³/v er e 1000 é u ma c onstante para s e
obter o v alor final na unidad e de l/ min.
O ide al é utilizar as bombas dentro de um range de rotação
infor mada pelo fabricante, se ndo que cada mode lo apre senta suas
particularidades .
O mo delo de b o mba escolh ido fo i de u ma bo mba de engrenagens
de deslocamento positiv o, ou també m ch amada de bo mba hidrostática.
Nes se modelo de bo mba u ma v e dação mecânic a separa a entrada e
saída da bomba, e o v olu me de flu ido s uccionad o é transferido para o
lado de saída e fo rnec ido para o sistema. A suces são de pequenos
volumes de fluido transferidos dessa forma proporciona uma v azão be m
31

unifor me, independe nte do au mento de pressão no sistema , tendo


assim, u ma quant ida de de fluido positiv a que é transferida ao mes mo
sistema por unidade de revoluçã o ou curso. Como per mite m a
tra nsmiss ão de potência , e ssas bombas são ap licadas em circuitos
óleos-hidráulic os. Por apresen tar boas condições de traba lho e m
div ersas rotações (mínima de aproximada mente 600 RPM e máxima de
3600) e u m v olume consid erado bo m para v ariar nos tes tes foi
escolhido uma bo mb a do ta manho 3,1cm³/rev. Dentro de ssas con dições
é possível trab alhar com a v azão do s istema entre 1,8 l/ min até 11,1
l/ min, ou s eja é pos sível se obter uma boa v aria ção na ve locidade
resultante do cilindro hidráulico.

3.3 DIMENSIONAMENTO DO MOTOR

Tend o e m mãos os dad os já calcu lados anteriormente como v azão


e pressão, o próximo pa sso é a calcular o motor elétrico que se rá
utilizad o para atender as condiç ões solicitadas. Utilizando -se da
fórmula CV= (Q x P)/k , onde CV é a potência mínima ne ces sária do
motor elétrico e m cav alo-va por , Q é a v azão do sis te ma e m l/ min, P é
a pressão de trabalho em bar ou kgf/cm² e K é u ma c onstante que varia
em funçã o do rendimento da bo mba , infor mação e ssa obtida
direta mente dos catálogos dos fabricantes.
Partindo do principio que não existia a necessidade de realizar
u m deter minado tra balho co m excess iva forç a e ta mbé m por questões
de seguranç a, ficou determinado que a p res são má xima do sistema
fosse de 10 bars. Com base nessa infor mação, e nas demais já
calculadas, deverá utiliza r a fór mula CV= (QxP)/K on de c alcula -se
semp re com as infor mações a partir do trabalho nominal, ou seja, CV=
(11,1 x 10)/ 360, resultando em u ma potên cia mínima de 0,3 cv pa ra
atender as condições solicitadas. Como essa p otência não é um pad rão
come rcial de motores e o ide al é semp re trabalhar c om u ma folga a té
32

mes mo porque fo i testado o motor e m div e rsas condiçõ es criticas,


utilizou -se de u m motor d e 0,5 cv dois pólos d e tensão 220/38 0 V
trifá sico do tipo ga iola da ma rca WEG. A única alteração realizada
nesse co mponente foi à instalaç ão d e u m fla nge do tip o C -DIN que era
o ideal para atender as co ndições d e montage m.
Outros fatores que induzira m na utilização deste motor fora m
decorrentes de alguns re quisitos primo rdiais para o tra balh o, são eles :

 Custo reduzido do motor de ½ cv ;


 Dev ido à sua dimens ão, ao qual é compa tív el c om o
ta manh o da bancada;
 A maior v elocidade da rotação do mot or permite u ma ma ior
faixa de trabalho e v elocid ade do c onjunto bo mba e cilin dro
hidráulic o.
Assim a bancada foi dimensiona da com u m motor de indução
trifá sico da fabrica nte W EG, figura 7 . Esse motor p ossui as seguintes
características técnicas :

 Carc aça: 63;


 Potência: 0,5HP;
 Frequência: 60Hz;
 Rotação nominal: 3370 RPM;
 Escorregamen to : 6,39 %;
 Tens ão no minal: 220 /3 80v ;
 Corrente no minal: 1,86/1,08 A;
 Corrente de pa rtida: 10,4/6,01 A;
 Ip / In: 6,0;
 Corrente a v azio: 1,13/0,651A;
 Conjugado no mina l: 1,05Nm;
 Conjugado de partida: 270% ;
 Conjugado má ximo: 270%;
33

 Categoria N;
 Classe de is olação F;
 Elev ação d e te mperatura: 80K;
 Te mpo do rotor blo queado; 8c (quente);
 Fator de serviço: 1,15;
 Regime de serv iço: S1 ;
 Te mperatura a mb iente: -20 +40C;
 Altitude: 1000 m;
 Pro te ção: IP55;
 Mas sa aproxima da: 6 Kg;
 Mo mento de inércia: 0,00019 kg m²
 Nív el de ruído: 56 dB(A).

Figura 7 – Placa do Motor


Fonte: Próprio autor
34

3.4 DIMENSIONAMENTO DO CIRCUITO DE POTÊNCIA

Conforme dados do motor, n o tópic o an te rior, seriam nec essários


Tiristores que s uportassem a corrente nominal de 1,86 A e Ip/ in
(corrente de p ico) de 11,16A, porém, co mo n o laboratório e stav am
disponív eis Tiristore s de 32 A, fora m u tilizados os Tiristores SKKT 27
da fabricante Semik ron.
Foram dimens ionados três conjuntos de no total seis Tiris tores . A
seguir segue o d imens iona mento dos c o mponentes :

 Corrente no minal: 27 A
 Corrente Gatilho: 150 mA;
 Nu mero de pinos: 7;
 Corrente RMS e m condu ção: 50ª;
 Te mperatura máxima de ope raç ão: 125°C;
 Te mperatura mín ima de operação: -40°C.

Co m base nos dados do motor e dos Tiristores, pode se percebe r


que o sis tema de potênc ia tiristorizado su porta com facilidade a
potência exigida pela carga (conju nto hidráulic o). Sendo que o motor
solicita apenas 1,86 A e o tiristor consegue fornecer até 27 A.

3.5 SELEÇÃO DA PLACA DE DISPARO

Para a escolha da placa a ser u tilizado, o principal req uisito a


observar é que a placa deve cons eguir fornecer a c orrente mín ima d e
manutenç ão de funcio namento do t irsitor, sendo essa corrente mínima
do tiristor em questão de 150mA. Assim foi esc olhida a pl aca de
controle da marca Semikro n, mode lo RT380T 230/400, v ide figura 8. De
acordo com o fabricante a placa escolhida fornec e até 600mA para
disparo, e ssa placa també m es tava dis ponív el n o laboratório da
35

Univ ersidade.
Outro fator importante para a p laca é que de acordo com o
fabricante ela ac iona to da a gama de compon entes Tiris tores da
Semikron.
Esta pla ca poss ui alimen tação tanto rede trifásica 220V quanto
380V, no cas o utiliza-se entrada trifásica 22 0V.

Figura 8 – Placa de Controle


Fonte: Próprio autor
36

CAPÍTULO 4

4.1 INTRODUÇÃO

A s eguir, será mos trado o desenv olv imen to da bancada,


constan do o passo a passo da montage m, co m o descritivo dos
equipa mentos utiliza dos.

4.2 ESQUEMA E CIRCUITO ELÉTRICO GERAL

Para ex emp lific ar o sistema, s erá mo stra do u m e sque ma e m


diagra ma de blocos para fac ilitar a compree nsão d o assunto. Ao
av ança r os tópic os do tra balho, serão desme mbrados os mód ulos do
sistema, cujo cons tituem:

 Alimentaçã o;
 Circu ito de Potên cia;
 Módulo d e Controle;
 Painel de Co mando;
 Cen tral Hidráulica (Carga).

4.2.1 Esquema Geral do Circuito

Conforme figura 9, é p ossív el ter uma noç ão geral do sistema


de mons trado por u m d iag ra ma de blo cos . Pode se nota r o c irc uito de
potência c onectado com o motor, a plac a de con trole, a rede de energia
elétrica, e també m o conjunto hidráulico conecta do no motor de
indução.
37

Figura 9 – Esquema geral do circuito


Fonte: Próprio autor

4.3 CENTRAL HIDRÁULICA (CARGA)

O sis tema ou circuito hidráulic o assim c hamado pode ser definid o


como u m con junto d e co mponentes que utiliza m u m flu ido, n esse caso
o óleo hidráulico mine ral, co mo me io de transmissão de potênc ia a fim
de se executar um trabalho.
Todo e qu alquer sistema hidráulico pode s er div idido e m trê s
partes principais:

 Siste ma de geração: é constituído pelo reservatório, filtros,


bo mbas , motores, acumuladores, intens ificadores de pre ssão e
outros acessórios;
 Siste ma de distribuiç ão e c ontro le: cons tituído por v á lvulas
controladoras de v azão, press ão e d irec ionais;
 Siste ma de ap licaç ão de energia: aqui enco ntra -se os atuadores,
que pode m s er c ilindros, motores hidráu licos, e osc iladores.

Basicamente o circuito desenv olv ido para se realizar os devidos


testes nesse projeto é comp osto pelos se guintes itens ab aixo:
38

 Res ervatório: responsável pelo armazen a mento do ó le o, pela


precipitaçã o de impu re zas e pela tr oca térmica efetuada entre
óleo com a pa rede do res erv atório, e posteriormente, da parede
do reservatório com a atmosfera;
 Filtro de sucção: comp onentes u tiliza dos para impedir a sucção
de partículas sólid as pela bo mba o que poderia danif ic ar os
comp onentes do sis te ma;
 Bo mba de en grena gens: res ponsáv el pela geração de vazão
dentro de um sis te ma hidráulico , s endo, portanto ta mbé m
responsáv el pelo acion amento do s atuad ores basicamente
convertem a energ ia mecânic a em ene rgia hidráulic a;
 Acopla men to : respo nsável pela un ião e trans miss ão entre o motor
elétrico e a bomba, sua funç ão ta mbé m é a de corrigir o
desalin hamento entre os eix os;
 Motor elétric o: é a fonte d e acionamento do sistema, é que m
recebe a energia proveniente da rede e transforma a mes ma e m
energia mecân ica atrav és de rota ção e torque. É de le que se tira
à potência pa ra o circ uito hidráulico;
 Bloco Man ifo ld : é utiliza do para oferecer uma maio r co mpactação
ao co njunto, pois dispe nsa uma série de man gueiras e tubos e
grande parte dos c omponentes s ão montados direta men te no
bloco;
 Válv ula de alívio: responsável pe lo co ntrole da p res são máxima
do sistema e pela proteção dos componentes ins talados uma v ez
que a tingida a pressão nela reg ulada a v álvu la abre e desv ia o
exces so de óleo diretamente para o ta nque;
 Válv ula direciona l elétric a: c omo o próprio nome diz é que m
direciona o fluido do s istema para o cilindro e do cilindro para o
tanque, o no me elétrico d á-s e devido ao c omando da mes ma s er
realizado po r sin al elétrico env iado as suas bob inas;
39

 Con ectores elétricos: componentes que apen as facilita m a


instalaç ão do coma ndo da v álv ula d irecional elétrica;
 Manô me tro: in stru mento utilizado par a a leitura da pressão do
sistema;
 Mangueiras hidráulicas: res ponsáve l pela co ndução do fluído até
o ponto solic itado e ajudam ta mbé m n a dis sipação d o calor;
 Cilindro Hidráulico : nesse caso é o atuador do sistema ,
responsáv el pela conv ersã o d a e nergia hidráulica e m ene rgia
mecân ica, realiza u m mo v imento d e av anço e retorno linear. A
força resultante de um cilind ro dá -se basicamente e m funç ão da
pressão do sistema e da área d o c ilindro, s eguindo a fo rmula F=
P x A;
 Con exões: responsáveis pela uniã o e re duç ão e ntre co mponentes
e tubulação.

4.4 MOTOR SUSPENSO

Visando med ir o torque, foi mon tado u m suporte para mo to r co m


fixação pelo eix o on de o motor ficaria apoiado no eix o, de mo do qu e a
carcaça do mo to r pudesse girar para ev itar que o motor gire. Para is so
foi acoplad a u ma balanç a, conforme figura 10, para impedir que o
motor gire e assim med ir a força exe rcida, para p osteriormente calcular
o torque.
40

Figura 10 – Fixação da balança


Fonte: Próprio autor

Para c onstruir o motor sus penso, foi utilizado u m mo to r de ½ CV,


cujo eixo foi prolongado de modo que fosse possível coloc ar um
rola mento e m c ada pon ta para sustentar o motor, a fim de d iminu ir o
atrito conforme figura 11.

Figura 11 – Fixação da balança


Fonte: Próprio autor

Após a monta ge m do projeto, a figura 12 de mons tra a situação


final do motor sus penso.
41

Figura 12 – Motor suspenso


Fonte: Próprio autor

4.5 CIRCUITO DE POTÊNCIA

Co mo já v isto no Capítulo 2, o circu ito de potênc ia é o


responsáv el por c ontro lar a tensã o de saída para o motor, u ma v ez que
o mes mo é conectado d ireta mente, sem es tágios intermed iá rios .
O c ircuito de potência es tá exemplificado na figura 13.
42

Figura 13 – Esquema Módulo de Potência


Fonte: Próprio autor

Para a bancada didátic a em ques tão, foi utilizad o u m mód ulo de


potência, que po ssui:

 Módulo c o mpleto do circ uito de potência, figura 14;

Figura 14 – Módulo Circuito de Potência


Fonte: Próprio autor

 Proteç ão, a partir de três fusív eis de entra da e três fusíveis de


43

saída, figura 15;

Figura 15 – Fusíveis de Proteção


Fonte: Próprio autor

 Seis Tiristores (três blocos contendo do is Tiristores cada) modelo


SKKT 27/16 E, do fabricante SEMIKRON, conforme figura 16;

Figura 16 – Blocos de Tiristores


Fonte: Próprio autor

 12 conex ões endereç adas para placa de controle dev idamente


44

identificad as, figura 17;

Figura 17 – Identificações endereçadas


Fonte: Próprio autor

A c onfiguração dos Tiristores foi imple mentada no modo de


controle da tensão p or âng ulo de disparo, v id e figura 1 8.

Figura 18 – Configuração de Tisristores


Fonte: BARBI, I, 2000.
45

4.6 CONEXÃO DA PLACA DE CONTROLE COM O CIRCUITO DE POTÊNCIA

U m impo rtante deta lhe para o funciona mento to tal da placa de


controle é a s equência de fas es da concessionária. Foi necessária a
identificaç ão das fases no mó dulo de potência, pois ela dev e s er
mantida tanto na pla ca de controle, quanto na sa íd a para a c arg a. Caso
contrário o sistema não entrará e m funcionamento e a placa de con trole
poderá ser danificada. Na figura 19 os três módulos de Tiristores estão
dev idamente ident ificad os para a conexã o com a plac a de controle.

Figura 19 – Diagrama de conexões da placa com o módulo de potência


Fonte: Próprio autor.

A pla ca utilizada po ssui três conjuntos de quatro saídas para o


controle, totalizando 12 (doze) conexõ es para os Tiristores
dev idamente identif icados , tanto na própria placa, figura 20 , quanto no
manual u tilizado.
46

Figura 20 – Identificação dos terminais de saída da placa


Fonte: Fabricante Semikron

As conexões e iden tificações sã o primordiais para o


funcionamento da p laca, não podendo hav er nenhuma dis crepância em
relação aos Tiris tore s juntamente c o m as saídas.
Para o controle de disparo dos Tiristores é necessário uma
excitaç ão CC d ireta mente inse rida n a plac a utilizad a, por u ma fonte
externa, modelo HY3003 D do fabricante Po literm, conforme figura 21 .
Esta te nsão CC te m co mo obje tiv o alterar o ângulo de disparo do Gate
do Tiristor. Ou seja, v ariando a fonte de tens ão dentro de um v alor
deter minado, no c aso d e 5,5 Vcc à 7,5 Vcc , o ângulo d e dis paro dos
Tiristores são alterados, e assim a v elocidade do mo to r pode au men tar
ou diminuir. No próximo capítulo será analis ada a altera ção de
velocidade a partir d a fo nte CC externa.

Figura 21 – Fonte CC
Fonte: Próprio autor
47

4.7 PAINEL DE COMANDO

O painel de co mando te m o ob jetiv o de c ontro lar os mo v imentos


do cilindro hidráulico e permitir a auto mação do sistema atrav és do
ciclo automá tico. Este sistema foi desenvolv ido, e posteri ormente
montado, v ide figuras 22. No apênd ice C, D e E é mos trado : o circuito
de co mando, o circuito de força e os materiais utilizados ,
respectiv a mente.
Interna mente o painel é co mpo sto por u m d isjuntor geral que
alimen ta todos os componentes, três con tat ores que são respons áveis
pelo cic lo automátic o e bornes de ligação onde s ão conec tados os
comp onentes do circuito .

Figura 22 – Parte frontal do Painel de Comando


Fonte: Próprio autor

Na parte externa do paine l, fig ura 23, p o de-s e escolh er en tre


realizar os mov ime ntos d e forma manua l ou auto má tica. No ciclo
manual ex istem duas botoeiras, uma de av a nço e uma de retorno onde
cada qual manda energia direta me nte a sua resp ectiva bobina. J á no
ciclo automático por questões de s egur ança, o mesmo só se inicia se o
48

cilindro es tiv er acionan do um dos fins de cu rs o, e cada v ez que o


mov imento d o cilindro acio na o respectiv o fim de curso acontece uma
rev ersão no mov imento. Esse cic lo torna -se c ontínuo até que seja
interro mpido atrav és da bo to eira d e desliga ou de emergência.

Figura 23 – Parte interna do Painel de Comando


Fonte: Próprio autor
49

CAPÍTULO 5

5.1 INTRODUÇÃO

Neste capítulo será demon strad o o funciona mento e o


comp orta mento da bancada, co mo: curvas características com as
variáveis mais importa ntes obtidas a partir de testes e c oleta de dados.
Visando v erificar o des empenho da ba ncada, d a parte elétrica e
mecân ica, fora m realizados os teste a seguir demonstrado.

5.2 ROTEIRO DE TESTE DA BANCADA

5.2.1 Alimentação do Sistema

Para inic iar o fun ciona men to da bancada, conforme fig ura 24, é
necessário rea lizar os seguintes procedimentos de alime ntação:

 Alimenta r co m re de 220V trifásico a placa de potência;


 Alimenta r o pa in el de controle hidráulico c om 220 V;
 Alimenta r a fonte C C co m 127V;
 Alimenta r a placa eletrô nica de co ntrole dos Tiristores co m
tensão v ariável de 0 a 7,5 Vcc.

5.2.2 Procedimento para Coleta de Dados

Para u ma me lhor v isualização dos dados realiza dos e m forma d e


gráfico, foi div idida a tens ão de alimentação e m sete pontos : 5,5V;
5,8V; 6,1V; 6,4V; 6,7 V; 7 V; 7,3V e 7 ,5 V.
Para cada te nsão de alime ntação fora m coletados os s eguintes
dados:
 Rotação do MIT;
 Velocid ade do cilindro no av anço;
 Velocid ade do cilindro no retorno;
50

 Torque do motor;
 Corrente;
 Tens ão de saída AB;
 Tens ão de saída BC;
 Tens ão de saída CA;
 Fator de Po tê ncia;
 Potência Ativ a (W);
 Potência Reativ a (VAR);
 Potência Aparente (VA);
 Harmônicas de ten são;
 Harmônicas de c orrente.

Figura 24 – Alimentação geral da bancada


Fonte: Próprio autor
51

5.2.3 Excitação da Placa de Controle

Para iniciar a partida do sistema é necess ário excitar a plac a de


controle, e está ativar os Tiris to res d e potência. Para q ue o motor entre
e m mov imento a placa de c ontro le de ve ser ali mentada co m tensã o de
5 a 7,5v, dev endo o operador não deixar a tensão ser inferior ou
superior a esses limites d e tensões . Cas o a tensão fique inferior, o
motor s erá alimen tado co m baixa ten são e nã o será capaz de girar, o
que p ode oc asionar a queima do me smo. A v elocidad e do motor se rá
proporcional a tensão da plac a, o u seja, mais próximo de 5v mais lento
o motor, mais p róx imo de 7,5v ma ior a v elocidade .
O tiristor funcio na com u m pulso no g atilho e a c ada pa ssage m
pelo 0V, na ondulaçã o s enoidal da tensão , ele s e desliga, necessitando
assim de u m nov o pulso no gatilho para co nduzir n ov amente. Co mo o
semi-ciclo senoidal v ai do 0° a 180°, quanto mais próximo do 0° maio r
será o temp o de conduç ão do compo nente e con sequenteme nte ma ior
tensão será fornecida pelos Tiristores. E qua nto mais próximo do s 180°
menor o te mpo de condução do componen te , ocas ionando assim u ma
menor tensão fornecida pelos Tiristores.
Sendo assim, a p laca de controle era alime n tada co m tensão de 0
a 7,5V s endo o 0V igual aos 180° fa soriais, e o 7,5v igual ao 0° da
senoide, assim se conclui que cada um gra u equiv ale à
aproxima da mente 0 ,0 4167V na placa de alimentação, e como foi
mencionado acima , a alimentação da placa in dicada para o sistema era
de 5,5 a 7,5v, assim:

 5,5V equiv alem a 48°;


 5,8V equiv alem a 40,8°;
 6,4V equiv alem a 26,4°;
 6,7V equiv alem a 19,2°;
 7V equiv alem a 12°;
 7,3V equiv alem a 4,8°;
52

 7,5V equiv alem a 0°.


Ou seja, a pla ca de controle controla os Tiristores de 0° à 48° ,
acima des ses valores de ângulos não foi testado porque a tensão que
ficav a disp onív el não era capaz de tirar o motor da inércia quando ele
estav a c om carga.

5.3 ACIONAMENTO DA CARGA

Ao iniciar o mov imento de rotação do mo to r elétrico, o torque e a


rotação sã o transmitidos à bo mb a p or me io d o ac opla mento, a qual
inicia a s ucção do óle o do reservatório env iando o mes mo para o
sistema e distribuindo por tod os os componentes. Lo go, inicia -se o
tra balho da v álv ula de alív io e da válv ula direcional, os qu ais são
responsáv eis pelo direcion amento d o flu ído, seja para avança r, ou
retorna r o cilindro hid ráulico, ou s implesmente para desv iar o fluído
para o tanque.
Na sequência serão demons trado s três tipos de acio namentos
usados n o projeto:
 Aciona mento e m Regime Per manente;
 Aciona mento à Va zio;
 Aciona mento e m Modo Auto mático.

5.4 ANÁLISE E COLETA DE DADOS

A seguir serão d emonstrados os dados lev antados da bancad a, a


partir d e ta belas e gráficos.

5.4.1 Motor à Vazio

No ac ionamento a v azio o sis te ma hidráulico opera somente


realizando a s ucção do óle o do tanque e circulan do o mesmo por
dentro d a v á lv ula direcional, e posterior mente, dev olv endo para o
tanque. Todo ess e proc esso é rea lizado se m qu e ex ista nenhuma
53

pressão no sistema, u ma v ez que o óleo c ircule livremente se m


encontrar resistência ao fluxo.
A potênc ia desenvolv ida/solic itada pelo s istema é a penas pela
carga gerada para manter o giro do motor, e para girar a bo mb a
hidráulica.
54

Tabela 1 - Dados à vazio

Fonte: Próprio autor


55

Figura 25 – Tensão do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico d a figura 25, nota-se que a tensã o de s aída para o


motor, fic a co m c o mporta mento inv erso ao da corrente, à med ida que
se aumenta a te nsão d e dis paro, ou seja, a tensã o começa e m
aproxima da mente 12 0 V, e so fre u m au mento ace ntuado até cerca de
210V, e a partir daí tende a estabilida de da tensão nominal.

Figura 26 – Corrente por Tensão de Disparo


Fonte: Próprio autor

No grá fico da figura 26, se nota qu e à medid a que a tensão


au menta (diminu ição do ângulo de disparo) a corre nte diminu i,
tendendo o motor cheg ar a corrente no minal de fun ciona men to .
Basicamente quando a tensão d e alimentação é menor que a no minal, o
motor solicita u ma corrente maior a fim de procurar manter a potência
56

no mina l do mo to r, poré m ess e a ument o da corrente p ode ocasiona r um


au mento c onsiderável da temperatura d o motor.

Figura 27 – Rotação do MIT por Tensão de Disparo


Fonte: Próprio autor

Obs ervando o gráfico da fig ura 27 , nota-s e que a rotação do


motor sofre u ma ace lera ção acentuada até a te nsão de dispa ro de 6,5V.
A part ir desse ponto, o motor ten de a au mentar lev e mente a rotaç ão à
cerca de 100 RPM para cada 1V na placa d e disparo.

Figura 28 – Torque por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

Nota-s e no gráfico d a figura 2 8, que o mo to r sofre u m au men to


acentuado do torque até a tens ão de alimen tação de 5 ,9 V. A partir
desse pon to , até o máx imo de tensão de alimen tação, tem-se u m
comp orta mento line ar do motor no quesito torque por tens ão de
alimen ta ção.
57

Figura 29 – Torque por Rotação do MIT


Fonte: Próprio autor

Na análise do grá fico da figura 29, nota -se que o torque fica
aproxima da mente linear e m gran de pa rte do horizonte de análise,
poré m se percebe també m algu mas oscilaç ões, com tendência de pico
próximo a rotaçã o no mina l.Motor em Regime Permanente a 5 bars

O ac ionamento e m regime permanente acontec e quando se atinge


a press ão regulada na válvula de alív io. Para que isso aconteça se
dev e mov ime n tar o cilind ro até o f in al d o curso, se ja av anç ando ou
recuando. Nesse mo me nto o óleo não tem para onde ir e acaba
desv iando para o tanqu e atrav és da v álv ula, abrindo no mo mento e m
que se atinge a p res são regulada na mola.
Alterando-se a pressão cons equentemente altera-se a carga, uma
vez que com pressões maio res a potência solic itada ta mbé m é maior.
Utilizando-se da fór mu la de potência h id ráulica HP = (Q.P)/ K, onde K é
u ma cons tante e a vazão da bo mba (Q ) de e ngren agem é fixa para u ma
rotação constante. Ca da v e z qu e se au me nta a pressão de trabalho a
potência do c onjunto ta mbé m se elev a.
Nesse experime nto fora m utilizad os tes tes as pres sões 5kgf/cm²,
7kgf/c m², 10 kgf/c m², confor me tabe la 2.
Vale le mbrar ta mbé m que toda v ez que se altera a rotação do
motor elétrico a potência do conjunto ta mbé m s e alte ra já que a v azão

do sistema v aria ju nto c om a rota ção do. Observand o a fórmula


58

(l/min), onde ‘n ’ é a rotação do motor elé trico e ‘d’ é o deslocamento da


bo mba, percebe -se qu e a rotaç ão influencia diretamente na v azão,
conseq uentemente na potên cia do conjun to .

Tabela 2 - Pressão de trabalho do conjunto hidráulico


Pressão de Traba lho 5 kg f/c m² 7 kgf/c m² 10 kgf/c m²
Fo rç a do Cilin dro 101,35 kgf 141,89 kg f 202,7 kgf
Fonte: Próprio autor
59

Tabela 3 - Dados em Regime Permanente a 5 bars

Fonte: Próprio autor


60

Figura 30 – Tensão do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico da figura 30, verifica -se que a ten são d e alimentação


do motor sofre um au mento rápido at é a tensão de 6,5V na pla ca de
controle, a partir des se ponto, a tensão do motor tende a tensã o
no mina l de a limentaçã o.

Figura 31 – Corrente por Tensão de Disparo


Fonte: Próprio autor

Na aná lise do gráfic o da figura 31, n ota -se que o motor trabalha
com a corrente próx ima a no mina l do motor, poré m sofre u ma pequena
queda até a tensão de d isparo de 6V. A partir desse ponto a c orrente
tende a estabilidade.
61

Figura 32 – Rotação do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico da figura 32, nota-s e que a rotaç ão do MIT sofre u m


au mento acentuado até a tensão de 6,1V, após esse ponto a rotação
varia pouco c om o au me nto da tensão de alimen tação.

Figura 33 – Torque por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico da fig ura 33, se percebe que o torque ma nté m u m


crescimento pratica mente lin ear co m o au mento da tensão de
alimen ta ção.
62

Figura 34 – Torque por Rotação do MIT


Fonte: Próprio autor

Obs ervando o gráfico da figura 34 , nota -se qu e o motor e m


grande parte do horizonte de aná lise man tê m u m c rescimento suav e à
medida que a rotaçã o au menta , poré m próximo à rotação no mina l o
motor tende a u m pic o de torq ue.Motor em Regime Permanente a 7,5 bars

A seguir foi repe tido o proce diment o e m regime per manen te ,


poré m co m p res são regulada em 7,5 b ars .
63

Tabela 4 - Dados em Regime Permanente a 7,5 bars

Fonte: Próprio autor


64

Figura 35 – Tensão do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico da figura 35, verifica-se que a ten são d e alimentação


do motor s ofre um au mento rápid o at é a tensão de disparo de 6,5V na
placa d e controle. A partir desse ponto, a tensão do motor tende a
tensão nominal de a lime ntação.

Figura 36 – Corrente do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico da figura 3 6, nota-se u ma q ueda ace ntuada na


corrente do motor à medida que se au men ta a tensão de placa de
controle. Essa que da va i até a tens ão de disparo da placa com 6V, a
partir d esse ponto, a corrente tende a no minal.
65

Figura 37 – Rotação do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico da figura 37, n ota-s e q ue a rotação sofre um au men to


acentuado a té a tensão de 6,1V, a pós esse ponto, a rotação v aria
pouco co m o au mento da tens ão de alimen tação.

Figura 38 – Torque por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

Na aná lise grá fica d a figura 38, verifica -se que o c omporta ment o
do torque oscila a medida qu e se au menta a tensão de plac a, co m
pontos de crescimento acentuado e estabilidade, e nov amente
crescimento.
66

Figura 39 – Torque por Rotação do MIT


Fonte: Próprio autor

Obs ervando o gráfico da figura 3 9, nota -se qu e o motor e m


grande parte do gráfico se mantê m com u m cresc imento suav e à
medida que a ro ta ção au menta, poré m pró ximo à ro tação no minal, o
motor tende a u m p ico a centuado de t orque. Motor em Regime Permanente a
10 bars

A seguir foi repe tido o proce diment o e m r egime per manen te ,


poré m co m p res são regulada em 10 ba rs .
Neste ensaio foi d esprezada a tensão de disparo de 5 ,5 V, pois a
carga de 10 bars solicitav a um torq ue s uperior ao que o motor fornecia
com ess a te nsão de alime n tação, portanto o motor não c onseguiu
entrar func ionamento.
67

Tabela 5 - Dados em Regime Permanente a 10 bars

Fonte: Próprio autor


68

Figura 40 – Tensão do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico da figura 40, verifica-se que a ten são d e alimentação


do mo to r s ofre um au mento rápido a té a tensão de 7V na p laca de
controle, a partir des se ponto, a tensão do motor tende a tensão
no mina l de a limentaçã o.

Figura 41 – Corrente do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico da figura 4 1, nota-se u ma q ueda ace ntuada na


corrente do motor à medida que se au men ta a tensão de placa de
controle, essa que da vai até a tensão de placa com 6,5V a partir desse
ponto, a corrente tende a nomin al.
69

Figura 42 – Rotação do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

Para o gráfic o da figura 42, nota-se que a rotação sofre um


au mento acentuad o até a tens ão de 6,5V, após esse ponto, a rotação
varia pouco c om o au me nto da tensão de alimen tação.

Figura 43 – Torque por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfic o da figura 4 3, o torque sofre u m ac entuado au men to até


a tensão de placa de 6,3V, a partir de ss e po nto a v ariaç ão te nde a se r
linear.
70

Figura 44 – Torque por Rotação do MIT


Fonte: Próprio autor

O gráfico da figura 44, no ta-s e que o mo tor e m grande parte do


gráfico se manté m co m u m cresc imen to linear à medida que a rotação
au menta, poré m próx imo a rotação no minal, o motor tende a u m pico
suave de torque.Motor em Modo Automático – Avanço do Pistão

No ciclo automático o cilindro hidráulico fica execu ta ndo o serviço


de av anço e retorno continua mente, co man dado atrav és de um painel e
de fins de curso .
Nesse tipo de ac ionamento a pressão existente no s istema é
some nte o necessá rio para realizar o trab alho, onde ness e caso é
some nte o mov ime nto do cilindro.
Vale observ ar que as p ressões solic itadas para avançar e recu ar
são diferentes uma v ez que as á reas ta mbé m são d iferen te s, ou seja,
no av anço onde a á rea é maior necess ita -s e uma p res são menor para
vencer o a trito e realizar o mov iment o, já no cas o do retorno que tem
u ma área menor dev ido à existência da haste n ecessita -s e de uma
pressão maior para fa zer a mes ma for ça.
71

Tabela 6 - Dados em modo automático – Avanço do Pistão

Fonte: Próprio autor


72

Figura 45 – Tensão do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico da figura 45, verifica-se que a ten são d e alimentação


do motor cresce linearmente até a ten são nominal de a limentação.

Figura 46 – Corrente do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico da figura 46, no ta-s e que na configuração avanç o de


pistão, a corren te teve um co mporta mento linear c om a v ariação da
tensão de placa, caindo à medida que a tensão au mentav a.
73

Figura 47 – Rotação do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

O gráfico da figura 47, nota-se que a rotaç ão cresce linearmente


até os 7 V, após essa tensão o sistema se manté m estáv el, pois
praticamen te n ão há au mento da rotação do motor.

Figura 48 – Torque por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico da figu ra 4 8, percebe-se que o torq ue cresce


acentuadamente a té a tensão de 6,7V, a partir dessa tensão o torque
cresce c om menor intens idade tendendo a es tabilidade.
74

Figura 49 – Torque por Rotação do MIT


Fonte: Próprio autor

No gráfico da figura 49, nota -se que o torque cresce linearmente


com o au mento da rotação.

Figura 50 – Torque por Velocidade Linear do Pistão


Fonte: Próprio autor

Na análise do gráfico da f igura 50, no ta-s e que o torque e a


velocidade de deslo camento do c ilindro hidráulico cre scem
proporcionalmente.
75

Figura 51 – Velocidade Linear do Pistão por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico da fig ura 51, nota-se que a velocida de do


deslocamento linear do pistão aume nta de forma acentua da a té a
tensão d e placa de 7V, a pós esse va lor a v eloc idade linear tende a
estabilidade.

 Motor em Modo Automático – Retorno do Pistão.

A seguir, s erá demons trado o modo Auto m ático, poré m para o


retorno d o pistão.
76

Tabela 7 - Dados modo automático – Retorno Pistão

Fonte: Próprio autor


77

Figura 52 – Tensão do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfico da figura 52, verifica -se que a ten são d e alimentação


do motor cresce linearmente até a ten são nominal de a limentação.

Figura 53 – Corrente do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

Analisand o o grá fico da f igura 53, nota-se que a co rrente se


mantev e es tável até a tensão de plac a d e 6 V, ap ós esse valor a
corrente caiu brusca mente até a corrente no mina l do motor.
78

Figura 54 – Rotação do MIT por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

Analisando o gráfico da figura 54, nota -se que a ro tação aumen ta


praticamen te linear até a tensão de alimen ta ção d e 7V, a partir desse
ponto se nota que a rotaç ão tende a estabilidade.

Figura 55 – Torque por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfic o da figu ra 55, nota-se que o torque aumenta


bruscamente até a tensão de dis paro 6,7V, a partir desse ponto o
torque a u menta de forma ma is sutil, tendendo a estabilidad e qua ndo a
tensão de placa fica perto de seu máximo.
79

Figura 56 – Torque por Rotação do MIT


Fonte: Próprio autor

No gráfico da figura 56, n ota-s e que o torque se mantev e com


comp orta mento linear enquanto se alte rav a a rotaç ão.

Figura 57 – Torque por Velocidade Linear do Pistão


Fonte: Próprio autor

No gráfic o da figura 57, verifica-se que o torque e a v elocidade de


deslocamento do cilindro hidráulico cresc em proporcionalmente.
80

Figura 58 – Velocidade Linear do Pistão por Ângulo de Disparo


Fonte: Próprio autor

No gráfic o da figura 58 no ta-se que a veloc idade do deslocamento


linear do pistão aumenta de for ma instáv el a té a tensão de placa de 7V,
após esse v alor, a veloc idade linear tende a es tabilidade.
81

CAPÍTULO 6

6.1 CONCLUSÕES

Co m os testes da bancada é p ossível analis ar o co mporta mento


de um motor controlado com u m sistema de g rada dor, pod endo conclu ir
alguns pon tos importantes e m relação ao experimento.
Mes mo c om u ma pequ ena v a riaç ão do âng ulo de disparo d e um
sistema tiris torizado, (de 0 a 48 graus) houv e um co nsiderável controle
do comporta mento do motor onde, um motor co m apenas essa
diferença em graus, pod e reduzir a rotação de forma e ficiente e m cerca
de 40%, e co m isso alterar a v elocida de do pistão e, cons equentemente
o torque do motor.
O compo rta mento da corrente com a diminu ição da tensão,
quando esta está abaix o da nomina l, au menta de forma significativ a, a
fim de manter a potência méd ia do mo tor. Poré m, ess e aumento brusco
da corrente (cerca de 90% em re la ção a nominal) torna o s istema
sujeito à falha s dev ido ao aqu ecimento excessivo do motor.
Nota-s e que o motor quando traba lhou a v azio, e m regime
per manente a 10 bars, e m av a nço e em retorno, se exigiu u ma c orrente
superior em u m v alor de disparo de tensão da placa do que quando
ficou e m carga de 5 bars ou e m 7,5 bars, v ide figura 59. Isso
de mons tra que o motor dev e ser dimensiona do para a aplicação
destinada onde se a carga for superior à capacida de, c onsumirá mais ,
e se a carga for inferior també m c onsumirá mais.
82

Figura 59 – Torque por Velocidade Linear do Pistão


Fonte: Próprio autor

O comporta men to linear torque x rotaç ão, é um fenô meno


interessante a se utilizar e m projetos que se nec essite de tor ques co m
valores es pecíficos, bas tando apenas d imension ar o motor/rotação para
o torque desejado.
Outro fator importante e m re laç ão aos tes tes foi à geração de
har mônica s onde nota-se as harmôn icas de corrente e tensão quando o
ângulo de disparo era mais a lto, s endo que as harmônic as diminuía m à
medida q ue o ângulo de disparo d imin uía.
È constatado ta mbé m que nas medições realizadas fora m
percebidas tendê ncias de estabilidade do conjunto quando a tensão de
alimen ta ção ocorria c om tensões de plac a s uperiore s a 6,7V, que
equiv alem ao ângulo de 19,2° d a s enoide, ou seja, a partir desse ponto
o conjunto tende a res postas line ares .
Nas c oletas de dados levantad as, em toda s as medições, o fator
de potência era alto quando o ân gulo de disparo era maior. E o fator de
potência diminuía à med ida que o ângulo de d isparo da placa e ra
menor. Ou seja, o conjunto e m u ma maior ro tação, possui um fator de
potência menor, pois a potên cia ativ a (W) procura se manter constante
e m qualquer nív el de ângulo de disparo, po r outro l ad o à potência
83

aparente aumen ta à me dida que se diminu i o âng ulo de disparo. Assim,


diminu indo o fator de p otência do conjunto.
O conju nto des envolv ido po de se r de grande v alor pa ra o ensino
da área de c ontro le de máquin a eletr ônicas e elétricas, onde o al uno
poderá realiza r os testes na bancada e alterar as config uraç ões de
carga: modo de ligar o motor, outros ângulos de tes tes, substituir os
ele men to s de potênc ia, su bstituição da placa de controle entre outros.
Co m a v antagem do circuito e o conjun to s ere m acoplados por meio de
conexõ es que facilite m as liga ções de mais co mponente, caso
necessário.
Ta mbé m no ta-se as se guintes vantag ens em se utilizar o g rada dor
para o controle de partida de mo to res :
 Redução da co rrente de partida, u ma v ez que não foi
percebido o p ico de corrente;
 Controle de v elocidade do motor den tro das limitaç ões de
ângulos ;
 Facilid ade de utilizar o aparelho, se ndo indicado para o
ensin o de grad uação;
 Versatilidade de modif ica r as características do conjunto,
como, por ex e mplo: tr oca de Tiristores; troca da pla ca de
controle; mo do de ligação es trela/triângu lo;
 O gradador po de s ubstituir o soft starter em sis te mas com
baixa potência para projetos qu e env olvam s istemas
hidráulic os.
Desv antagens de se utilizar o gradad o r:
 Distorção harmônic a de corrente e tensão;
 Aquecimento ex cessivo do mo to r quando estav a em
funcion amento co m ângulos sup erio res a 48°.
84

6.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

U ma boa parte dos proble ma s encontrados da banc ada foi e m


relação ao conjunto mecânic o, onde o curso de Tec nologia em
Auto mação In dustrial não p ossui foc o em modos de construção
mecân icas, e isso exigiu um es fo rço dos integra ntes da equipe pa ra
desenv olv er o projeto.
Outro ponto de dificuldade foi em re lação ao conjunto hidráulico,
pois n o curso é focado ma is so bre conjuntos pneumá ticos e poucos
sobre os sis temas hidráulic os, bombas , c ilindros, mangue iras e ntre
outros.
85

REFERÊNCIAS

BAR BI, Iv o . “Eletrônica de Potência”, 6ª edição , UFSC, 2000.

RASHID, Muha mmad H. “Eletrônica de Potência ”, Editora: Ma kron


Boo ks, 1999.

ACIONAMENTOS DE MÁQUINAS ELÉTRICAS. ANDRADE, Darizon. Disponível em


<www.fee lt.ufu.br/pastas/Controle_de_motores /Cicloconversores.pd f >
Acesso em 08 jan. 2014.

MATOS, Ewaldo Luiz. Disponív el em


<www.e letrica.ufpr.br/ mehl/te067/grad ador /gradador.pdf>. Acesso em
08 jan. 2014.

SEM ICONDUTOR INTRÍNSICO E EXTRÍNC ICO. Dis ponív el em


<http://www.ls i.usp.br/~eletroni/ milton/ matpn.ht m>. Acesso em 10 out.
2013.

PAIXÃO, Jaq ueline Pinho. “Controle de Velo cidade de Mo to res


Elétricos”, monografia apresentad a no curso de especializa ção e m
Auto mação Indu stria l, UTFPR, 2009.

TACOGERADORES. Disponív el e m
<http://catalogo. weg.com.br/files/wegn et/W EG-tacogerador-manu al-
portugues -br.pdf>. Acesso e m 10 jan. 2014.

CONVERSO RES CA/CA E GRADADOR ES D E TEN SÃO. BATSCHAUER,


Alessandro. Disponív el e m
<http://www.jo inv ille.udesc.br/porta l/professores/batsc hauer/materiais/G
radadores_final.pdf>. Acesso em 26 no v. 2013.

UM ESTUDO DE USO D E GR AD ADOR DE TEN SÃO EM MOTORES DE


INDUÇÃO MONOFÁSICOS. PAUL ETTI, L uiz. Disponív el em
<http://www.lu me.ufrgs.br/b itstream/ha ndle/101 83/17566/0007203 89.pdf
?sequence=1>. Acesso e m 26 nov. 2013.

PROJETO E CO NTRUÇ ÃO DE U M GR ADADOR SENOIDAL. MATTO S,


Ewaldo . D isponív el em
<http://www.eletric a.ufpr.br/ mehl/te067/gradador/gradador.pdf >. Acess o
e m 26 nov. 2013.

MÁQU INAS ASSÍNCRON AS. D isponív el e m


<http://www.fac uldadedav ilamat ilde.c om.br/publicaco es/maquin as_assin
cronas.pdf>. Acesso em 10 jan . 20 14.
86

MOTORES DE INDUÇÃO TR IFÁSICOS. Disponív el em


<http://www.ifba .edu.br/p rofes sores/castro/MIT.pdf>. Ac esso em 15 jan.
2014.

INTRODUÇ ÃO AOS SEMICO NDUTORES. FRU ETT, Fabiano. Disponív el


e m <http:// www.dsif.fee.unica mp.br/~fab iano/EE53 0/PDF/ Texto%20-
%20F%EDs ica%20dos%20Se micon dutore s.pdf >. Acesso em 15 jan.
2014.

INTRODUÇ ÃO AOS SEMICO NDUTORES. Dis ponív el em


<http://aquarius.ime.eb.br/~aec c/F undEngEle/ Se micondutores.pdf>.
Acesso em 15 jan. 2014.

TIRISTOR SCR. CO RRAD I, Junior. Disponív el e m


<http://www.c orradi.ju nior.no m.br/Apos tila_Tiristor_SCR.pdf >. Acess o
e m 20 jan. 201 4.

FUNDAMENTOS DE EL ETRÔNIC A. D isponív el em


<https://dspac e.ist.utl.pt/bitstream/229 5/106 1538/1/CAP5_ Tiristores.pdf
>. Acesso em 20 jan. 2014.

FUNDAMENTOS DE EL ETRÔ NIC A. D isponív el em


<https://dspac e.ist.utl.pt/bitstream/229 5/106 1538/1/CAP5_ Tiristores.pdf
>. Acesso em 20 jan. 2014.

CONVERSO RES CA-CA: VARIADORES DE TENSÃO E


CICLOCON VERSOR ES. Disponív el em
<http:// www.ds ce.fee.unicamp.br/~ante nor/pdffiles/eltpot/cap1 0.pdf>
Acesso em 25 jan. 2014.
87

APÊNDICES

APÊNDIC E A – Montage m me cânica da ban cada

Para o apoio dos componentes us ados neste projeto, foi


necessário um projeto de u ma me sa, a pres entada n a figura 60,
dimens ionada para comp ortar o peso e o ta manho dos equipa mentos
utilizad os.

Figura 60 – Mesa de apoio


Fonte: Próprio autor

A mesa é c omposta do s seguintes mat eriais:

 Tubo retangula r de fe rro 30x 40mm, como a esp inha dorsal da


mesa, figura 61. Ela foi dimensionada para asseg urar o peso dos
comp onentes a ela apo iados . As s uas medidas são: 88x130x78c m
(LxCx A);
88

Figura 61 - Tubo retangular de ferro


Fonte: Próprio autor

 Apoio manual para manob ra da mes a, feita de ferro re dondo 5/8”,


figura 62.

Figura 62 - Apoio manual


Fonte: Próprio autor
89

 Para a loco moção da mes a foi utili zado u m conjun to de rodas,


duas fixas e duas com rod ízio que pod e m ser freadas , fig ura 63 .

Figura 63 - Roda com trava


Fonte: Próprio autor
90

APÊNDIC E B – Med idore s

Medidor de Te nsão e Corrente – Mu lti medidor:

Multimedidores são equipa men to s para se obt er leituras e


parâ metros de ac ordo com o des ejado. Nor malmente são utilizados
TP’s (trans fo rmadores de potência) e TC ’s (transformadores de
corrente) pa ra medir a ten são e corrente, res pectiv amente. Poré m,
dependend o da aplica ção do medidor, nã o se faz nec essário o us o de
TC e TP.
Na figura 64 há u ma de mo nstração do display do mu ltimedidor,
neste cas o da marca Embrasul modelo MD4040.
.

Figura 64 – Multimedidor MD 4040


Fonte: Próprio autor.
91

Para este med idor é pos sível obter valores de:

 Ten são,
 Corrente;
 FP (Fator de Potência);
 Potência ativ a (W);
 Potência apa rente (VA);
 Potência Reativ a (VAR);
 Harmônicas de ten são e corrente.

Co mo o mo tor utili zado é de 1 /2 CV, o u seja, u ma carga baixa, os


cabos foram conec tados diretamente no multimedidor, s em a u tilização
de TC.

Medido r de Veloc idade – Tac o Gerador:

São dispos itivos elétricos CC, utilizados para medição de


velocidade. São instalados em configu raç ão de gerador, s endo o eixo
do rotor c onectado ao motor qu e se des eja medir v elocidade .
Qua ndo o motor a entra e m funcion a mento, o taco -gerador, fig ura
65, (que está acopla do no eixo ) acompanha o mov imento exercido . Já
que o taco está em u ma configu raç ão de g erado r, gera u ma tensão CC
que é proporcional a v eloc idade do motor, ou seja, no cas o da bancada
utiliza-se u ma prop orç ão de 2 0vcc gerados pa ra 1000RPM, confor me
placa de id entificação na fig ura 66.
92

Figura 65 – Taco-Gerador WEG


Fonte: Próprio autor.

Figura 66 – Placa de Identificação Taco-Gerador WEG


Fonte: Próprio autor.

A tens ão gerada é conh ecida c om re ferência tensão/v elocidade,


portanto é proporcio nal a v e locidade obtida, basta ndo c onv erter a
tensão obtida em v elocid ade do motor.

Medido r de Peso – Balanç a Digita l:

A balanç a digital da marc a AZPR, figura 67, se utilizará para


medir c o m precis ão a força exercida pelo motor q uando es tiv er com
carga. Foi fix ada na sua parte su perior com u m ganc ho, a na parte
inferior por u ma tira de ferro q ue está acoplada e fixada no eixo no
motor. Dessa man e ira s erá possível s e medir o torque.
.
93

Figura 67 – Balança digital de precisão


Fonte: Próprio autor.
94

APÊNDIC E C – Circ uito de coman do hidráulico

APÊNDIC E D – Circ uito de forç a da carga


95

APÊNDIC E E – Lista d e componen te s da carga


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ANEXOS

ANEXO A – Tabe la de opções de cilindros comerc iais disponibilizados


por fabricantes.

Fonte: SPX- STONE


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ANEXO B – Modelos de bo mba s de e ngre nagens dispo nív eis pela


fabricante ame ric ana SPX-STONE

Fonte:SPX- STONE

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