Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
3 1
Abstract
The study analyze the nature fo the interactions between animals and plants and,
for consequence, its importance for the maintenance of the ecological relations.
Thus, in first place, is analyzed the processes of positive and negative interactions
between organisms livings creature (1). After is analyzed the influence of the
degradation of hábitats for the interactions between plants and animals (2).
Finally, is analyzed the fact of that the spalling of habitats and landscapes has
reduced the biodiversity of local species, and this reduces the interactions, but of
this appears the necessity of preservation of the interactions (3).
Resumo
www.cienciaeconhecimento.com
CIÊNCIA E CONHECIMENTO – REVISTA ELETRÔNICA DA ULBRA SÃO JERÔNIMO – VOL. 01, 2007, BIOLOGIA, A.3 2
www.cienciaeconhecimento.com
CIÊNCIA E CONHECIMENTO – REVISTA ELETRÔNICA DA ULBRA SÃO JERÔNIMO – VOL. 01, 2007, BIOLOGIA, A.3 3
www.cienciaeconhecimento.com
CIÊNCIA E CONHECIMENTO – REVISTA ELETRÔNICA DA ULBRA SÃO JERÔNIMO – VOL. 01, 2007, BIOLOGIA, A.3 4
atuar como atores coadjuvantes da primeira interação. Vamos analisar a situação criada
pela extinção de seu polinizador, o resultado imediato seria a redução no número de
flores potencialmente visitadas por este, e a conseqüência disso, a diminuição da
produção de frutos. Se acrescentarmos uma outra espécie a esta situação hipotética, que
seja dependente dos frutos oferecidos pela planta, teremos aqui a possibilidade de
analisar o problema a partir da perspectiva de um animal que vê a principal fonte de
seus recursos alimentares reduzida. Qual seria a conseqüência disso? Do ponto de vista
pessimista, a população de frugívoros encontra-se ameaçada, pois seus recursos
alimentares tornaram-se fatores limitantes e possivelmente não serão suficientes para
suportar o número de indivíduos que habita atualmente a região. Temos aqui,
novamente, a evolução pela seleção natural ditando as regras e os caminhos que cada
espécie deve seguir.
Muitas vezes o grau de complexidade de um ecossistema supera nossas análises.
Se o animal frugívoro é o principal dispersor das sementes da planta, e este tem sua
população reduzida pela diminuição da oferta de frutos pela planta, o lógico seria
esperarmos que houvesse também uma redução na potencial dispersão de sementes.
Aqui está a chave de toda a relação: as espécies frugívoras aumentam o fitness das
plantas (FLEMING et al., 1993; SCHUPP, 1993).
Um exemplo prático da participação de frugívoros na dispersão, e conseqüente
aumento do fitness das plantas, é a atuação dos primatas Alouatta palliata (GRAY,
1849), e Cebus capucinus (LINNAEUS, 1758). Estas duas espécies são consideradas
dispersoras de sementes (CHAPMAN, 1989; JULLIOT, 1996a), Cebus c. e Alouatta p.
constituem entre 25 e 40% da biomassa de frugívoros em florestas tropicais em que
ocorrem (EISENBERG, THORINGTON, 1973) e consomem e dispersam grandes
quantidades de frutos e sementes (WEHNCKE et al., 2004; CHAPMAN, 1995;
ROWELL, MITCHELL, 1991, p.; ESTRADA, COATES-ESTRADA, 1984). No
trabalho realizado por STRAUSS e IRWIN (2004), elas constataram que em 98% das
amostras coletadas de fezes de Cebus c. havia sementes de plantas e em 58% das
amostras de Alouatta p., e que a maioria das sementes estavam intactas e
potencialmente aptas para a germinação. Neste caso a fragmentação de hábitats é o
principal problema para a manutenção desta interação, pois a redução da cobertura de
floresta (GRIME, 1998) diminui a área utilizada pelos primatas, reduzindo as distâncias
entre os sítios de deposição das sementes. Outra conseqüência importante da
fragmentação é a diminuição da oferta de frutos que acaba diminuindo o número de
indivíduos na população e, consequentemente reduzindo a quantidade de possíveis
dispersores.
www.cienciaeconhecimento.com
CIÊNCIA E CONHECIMENTO – REVISTA ELETRÔNICA DA ULBRA SÃO JERÔNIMO – VOL. 01, 2007, BIOLOGIA, A.3 5
biodiversidade é menor quando comparada aos trópicos. Este efeito reduz as interações
entre plantas e animais impedindo a manutenção das condições de coevolução e
dificultando o manejo das populações locais (LAWES et al., 2000; CHIARELLO,
1999). A extinção local ou regional de polinizadores, dispersores de sementes e outros
grupos de interações resulta no desequilíbrio do ecossistema pela resultante ineficiência
do sistema em manter as relações ecológicas. Por exemplo, em fragmentos florestais os
animais granívoros como pássaros, mamíferos e alguns insetos são afetados diretamente
pela fragmentação de florestas temperadas e tropicais (TURNER, 1996; DIDHAM et
al., 1996), a fragmentação provoca o aumento da abundância de roedores (SANTOS,
TELLERÍA, 1994) que diminuem substancialmente a disponibilidade de sementes para
germinação nos bancos de sementes, pelo aumento da granivoria nestes locais
(SANTOS, TELLERÍA, 1994). No entanto em alguns casos a abundância e a
diversidade de roedores também pode decair com a fragmentação da floresta
(TURNER, 1996). Dependendo das taxas de predação, impostas pelas espécies em
questão, e os mecanismos de manipulação das sementes e frutos podemos ter uma
diminuição da eficiência da dispersão pela redução dos roedores (BULLOCK, MOY,
2004; BENTLEY et al., 2000).
Os efeitos das interações podem ser observados sobre muitos grupos distintos, e a
natureza das interações resulta em diferentes formas de relações. Os padrões de
distribuição espacial aleatórios da vegetação determinam a distribuição e a abundância
de insetos herbívoros (MURIEL, GREZ, 2002), assim como os níveis dos constituintes
químicos das folhas – como os nutrientes e os compostos secundários – que selecionam
os grupos de insetos capazes de utilizar estes recursos e influenciam diretamente em
suas densidades locais (PEETERS, 2002).
De forma geral a manutenção das interações é conseguida através da preservação
dos hábitats, mesmo que estes já estejam fragmentados (ASHWORTH et al., 2004).
Bons estudos e o emprego de técnicas eficientes podem garantir a preservação das
espécies locais e suas relações ecológicas.
Referências Bibliográficas
www.cienciaeconhecimento.com
CIÊNCIA E CONHECIMENTO – REVISTA ELETRÔNICA DA ULBRA SÃO JERÔNIMO – VOL. 01, 2007, BIOLOGIA, A.3 6
www.cienciaeconhecimento.com
CIÊNCIA E CONHECIMENTO – REVISTA ELETRÔNICA DA ULBRA SÃO JERÔNIMO – VOL. 01, 2007, BIOLOGIA, A.3 7
Dias, A.T.C., Zaluar,H. L. T., Ganade, G., and Scarano, F. R. 2005. Canopy
composition influencing plant patch dynamics in a Brazilian sandy coastal plain.
Journal of Tropical Ecology. 21:343-347.
Didham, R.K., Ghazoul, J., Stork, N.E., and Davis, A.J., 1996. Insects in fragmented
forests: a functional approach. Trends in Ecology and Evolution. 11, 255–260.
Ehrlich P.R and P. H. Raven. 1964. Butterflies and plants: a study in coevolution.
Evolution 18:586-608.
Eisenberg, J. F. and Thorington, R. W. 1973. A preliminary analysis of a neotropical
mammal fauna. Biotropica. 5:150–161.
Estrada, A. and Coates-Estrada, R. 1984. Fruit eating and seed dispersal by howling
monkeys (Alouatta palliata) in the tropical rain forest of Los Tuxtlas, Veracruz,
Mexico. American Journal of Primatology. 6:77–91.
Figueiredo, R. A., and C. A. Longatti. 1997. Ecological aspects of the dispersal of a
Melastomataceae by marmosets and howler monkeys (Primates: Platyrrhini) in a
semideciduous forest of southeastern Brazil. Revue d'Ecologie (Terre Vie). 52:3-8.
Fisher, E. A., F. A. Gimenez, and M. Sazima. 1992. Polinização por morcegos em duas
espécies de Bombacaceae na estação ecológica de Juréia, São Paulo. Revista
Brasileira de Biologia. 15:67-72.
Fleming, T. H., Venable, D. L. & Herrera, L. G. 1993. Opportunism vs specialization–
the evolution of dispersal strategies in fleshy-fruited plants. Vegetatio.
107/108:107–120.
Floate, K. D., G. D. Martinsen, and T. G. Whitham. 1997. Cottonwood hybrid zones as
centres of abundance for gall aphids in western North America: importance
relative habitat size. Journal of Animal Ecology. 66:179-188.
Floate, K. D., G. W. Fernandes, and J. A. Nilson. 1996. Distinguishing intrapopulational
categories of plants by their insect faunas: galls on rabbitbrush. Oecologia.
105:221-229.
Galetti M., Keuroghlian A., Hanada L. & Morato M.I. 2001. Frugivory and seed
dispersal by the lowland tapir (Tapirus terrestris) in southeast Brazil. Biotropica.
33[4], 723-726.
Gribel, R. 1988. Visits of Caluromys lanatus (Didelphidae) to flowers of
Pseudobombax tomentosum (Bombacaceae): A probable case of pollination by
marsupials in central Brazil. Biotropica. 20:344-347.
Grime, J. P. 1998. Benefits of plant diversity to ecosystems: immediate, filter and
founder effects. Journal of Ecology. 86:902-910.
Hokche, O., and N. Ramirez. 1990. Pollination ecology of seven species of Bauhinia sp.
(Leguminosae: Caesalpinioideae). Annals of the Missouri Botanical Garden.
77:559-572.
Holl K.D. 1998. Do bird perching structures elevate seed rain and seedling
establishment in abandoned tropical pasture? Restor. Ecol. 6: 253–261.
Janson, C. H., J. Terborgh, and L. H. Emmons. 1981. Non-flying mammals as
pollination agents in the Amazonian forest. Biotropica. 13:1-6.
www.cienciaeconhecimento.com
CIÊNCIA E CONHECIMENTO – REVISTA ELETRÔNICA DA ULBRA SÃO JERÔNIMO – VOL. 01, 2007, BIOLOGIA, A.3 8
Janzen, D. H. 1986. Mice, big mammals, and seeds: it matters who defecates what
where. Pages 251-271 in A. Estrada ed. Frugivores and seed dispersal. Dr. W.
Junk Publishers, Dordrecht.
Julliot, C. 1996a. Seed dispersal by red howling monkeys (Alouatta seniculus) in the
tropical rain forest of French Guiana. International Journal of Primatology.
17:239–258.
Krebs, J.R., Davies, N.B. Introdução à ecologia comportamental. São Paulo: Atheneu,
1996. 420p.
Lawes, M. J., P. E. Mealin, and S. E. Piper. 2000. Patch Occupancy and Potential
Metapopulation Dynamics of Three Forest Mammals in Fragmented Afromontane
Forest in South Africa. Conservation Biology. 14:1088-1098.
Muriel, S. B. and Grez, A. A., 2002. Effect of plant shape on the distribuition and
abundance of three lepidopteran species associated with Brassica oleracea.
Agricultural and Forest Entomology. 4:179-185.
Mustajärvi, K., Siikamäki, P., Rytkönen, S., and Lammi, A. 2001. Consequences of
plant population size and density for plant-pollinator interactions and plant
performance. Journal of Ecology. 89:80-87.
Peeters, P. J., 2002. Correlations between leaf constituent levels and the densities of
herbivorous insect guilds in an Australian forest. Austral Ecology. 27:658-671.
Pimentel D.S. and Tabarelli M. 2004. Seed dispersal of the palm Attalea oleifera in a
remnant of the Brazilian Atlantic forest. Biotropica. 36[1], 74-84.
Rowell, T. E. and Mitchell, B. J. 1991. Comparison of seed dispersal by guenons in
Kenya and capuchins in Panama. Journal of Tropical Ecology. 7:269–274.
Sanchez-Cordero, V., and R. Martinez-Gallardo. 1998. Postdispersal fruit and seed
removal by forest-dwelling rodents in a lowland rainforest in Mexico. Journal of
Tropical Ecology. 14:139-151.
Santos, T., and Tellería, J.L., 1994. Influence of forest fragmentation on seed
consumption and dispersal of Spanish juniper. Biological Conservation. 70, 129–
134.
Schupp, E. W. 1993. Quantity, quality and the effectiveness of seed dispersal by
animals. Vegetatio. 107/108:15-29.
Steiner, K. E. 1981. Nectarivory and potential pollination by a neotropical marsupial.
Annals of the Missouri Botanical Garden. 68:505-513.
Strauss, S. Y. and Irwin, R. E. 2004. Ecological and evolutionary consequences of
multispecies plant-animal interactions. Annu. Rev. Ecol. Evol. Syst. 35:435-466.
Tiffney, Bruce H. Vertebrate dispersal of seed plants through time. 2004. Annual
Review of Ecology, Evolution, and Systematics. 35.1: 1-29.
Turner, I.M., and Corlett, R.T., 1996. The conservation value of small, isolated
fragments of lowland tropical rainforest. Trends in Ecology and Evolution. 11,
330–333.
Vieira, M. F., R. M. Carvalho-Okano, and M. Sazima. 1991. The common opossum,
Didelphis marsupialis, as pollinator of Mabea fistulifera (Euphorbiaceae).
Ciência e Cultura. 43:390-393.
www.cienciaeconhecimento.com
CIÊNCIA E CONHECIMENTO – REVISTA ELETRÔNICA DA ULBRA SÃO JERÔNIMO – VOL. 01, 2007, BIOLOGIA, A.3 9
Wehncke, E. V., Valdez, C. N., and Dominguez, C. A., 2004. Seed dispersal and
defecation patterns of Cebus capucinus and Alouatta palliate: consequences for
seed dispersal effectiveness. Jornal of Tropical Ecology. 20:535-543.
www.cienciaeconhecimento.com