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CURSO DE FISIOTERAPIA
Rio de Janeiro
2003
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE FISIOTERAPIA
Monografia apresentada em
cumprimento as exigências para a
obtenção do grau no Curso de
Graduação em Fisioterapia na
Universidade Estácio de Sá
Rio de Janeiro
2003
RESUMO
definida como uma dor contínua em parte de uma extremidade, após trauma, que
toque, alteração climática, barulho ou emoção e com localização que não segue
fundamental importância para esses indivíduos, visto que o ciclo vicioso decorrente
fisioterapêutico.
ABSTRACT
that disables the individual of exercising their activities of daily life. RSD is defined as
a continuous pain partly of an extremity, after trauma, that can include fractures,
usually happens the attack of the distal extremity adjacent to the traumatized area.
The clinical picture is characterized by pain that can be persistent, constant, intense,
diffuse and that it worsens with activity, touch, climatic alteration, noise or emotion
functional recovery. The alterations that RSD provokes in the locomotion system are
in those individuals when the attacked member is the inferior, consequently, altering
in a significant way the activities of daily life. To turn that patient capable to
the main objective of the treatment. The intervention of the interdisciplinary team is
the fundamental importance for those individuals, because the vicious cycle due to
RSD includes other areas out of the physiotherapeutic field of performance. The
literature tells high indexes of psychic and behavioral alterations that affect those
important inside the approach methodology in RSD. The evaluation of the gate in the
physiotherapeutic treatment.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................8
2.6.4Variáveis Antropométricas..................................................................................40
2.6.4Variáveis Biomecânicas......................................................................................41
2.6.4Equipamentos.....................................................................................................42
3. CONCLUSÃO.........................................................................................................45
REFERÊNCIAS...........................................................................................................47
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1. INTRODUÇÃO
Associatiton for the Study of Pain (IASP) define a DSR como uma dor contínua em
parte de uma extremidade, após trauma, que pode incluir fraturas, porém, sem o
climática, barulho ou emoção e com localização que não segue distribuição por
neurovegetativo foi descrita pela primeira vez durante a Guerra Civil Americana, em
1864 Silvestre & Lima (2001); Benevenuto et al. (1993); Vissoky et al. (1997). Os
autores colocaram que segundo Mitchell et al. os soldados com lesão nervosa
a usar o termo causalgia para descrever a síndrome (termos gregos causus e algus,
ou seja, calor e algia). A partir desta data outras denominações foram empregadas
Vários nomes foram usados para dar ênfase a certos aspectos da síndrome.
reflexa. Causalgia denominaria dor após lesão traumática do nervo, associada com
autonômicas que ocorrem após lesão que não envolve nervo maior (SAKATA et al.,
1990).
mesma forma Vissoky et al. (1997), colocam que a DSR pode ocorrer em qualquer
idade, sendo mais freqüente nos indivíduos do sexo feminino (2:1) e pode estar
al. (1990) e Cailliet (2000) também colocam que a incidência maior ocorreu no sexo
dor regional (SCDR). Existem dois tipos de SCDR. A SCDR tipo 1 corresponde a
existe lesão nervosa. SCDR tipo 2 é definida como dor em queimor associada a
ramos principais, ou seja, existe a lesão nervosa (SILVESTRE & LIMA, 2001).
para a evolução favorável do paciente, uma vez que o quadro doloroso causa
atitudes de defesa involuntária que contribuem para agravar o quadro de atrofia pelo
2. REVISÃO DA LITERATURA
que desencadeiam não somente a dor, mas toda a gama de alterações que a
envolvem. Tais alterações são relatas pelos autores em diversos âmbitos, inclusive
desencadeado após uma lesão, fibras aferentes transmitem uma mensagem de dor
para o gânglio posterior, depois para o corno posterior e, em seguida, para o corno
dos nervos simpáticos. Uma mensagem eferente sai do corno anterior para a cadeia
simpática e daí para o gânglio simpático. Ocorre uma sinapse entre a fibra simpática
esse processo é muito longo e a vasoconstrição mantida acarreta dor isquêmica que
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por sua vez estimula novamente as fibras aferentes de dor, realimentado o ciclo que
nível, vários segmentos acima. Algumas das fibras para sensibilidade dolorosa e
simultâneas das células do corno lateral, o que provoca uma resposta simpática
córtex cerebral, pelo ciclo córtico-talâmico. Este ciclo de três neurônios não explica
causálgico. A teoria do “ciclo” que poderia causar a excitação das células laterais
entanto, há dilatação periférica. Esta teoria não explica devidamente o alívio da dor
pela simpatectomia a não ser que seja aceita a presença de fibras aferentes
atualmente é reconhecido.
De acordo com Benevenuto et al. (1993), em 1872, Mitchell, propôs que a dor
pela extensão da dor além do território servido por esse nervo. Assim, a irritação
nutrição de partes da sua destruição e que estas mudanças poderiam ser sentidas
papel crítico, uma vez que a sua interrupção alivia a dor espontânea, a aludiria e a
mecanoreceptores mielinizados.
Livingston apud Yeng et al. (1999) destacou que as lesões das terminações
De acordo com Roberts et al. apud Rogano, Yeng & Teixeira (1996), após um
estímulos cutâneos, resultando desta forma a dor mantida pelo sistema nervoso
simpático.
por estímulos repetitivos, pela diminuição do limiar dos receptores pela produção de
nociceptivos, por exemplo, pela agressão dos nervos articulares do joelho, são
partes moles do joelho, tais como retrações tendíneas, patela baixa, patela alta,
isquemia e dor. Drucker et al. apud Yeng et al. (1999), sugeriram que a lesão de um
fechado.
circulação capilar, levando a uma êxtase capilar, com isquemia do tecido ósseo e
desaturação tecidual de oxigênio. A êxtase tecidual ocasiona, por sua vez, uma
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da pressão parcial de gás carbônico (PCO2), que tem um forte efeito vasodilatador
LIMA, 2001).
Blumberg & Janig apud Yeng et al. (1999), em 1983, admitiram que lesões
membro.
ruídos e luz intensa, que aumentam a atividade do SNC, agravam a dor causálgica,
das síndromes a ela relacionadas, pois nos neurônios do SNNVS haveria pelo
menos neurotransmissores.
Ochoa & Verdugo apud Yeng et al. (1999), em 1993, após longa revisão das
teorias, concluíram que a SCDR, a causalgia e a DMS não constituem uma única
1993).
número significante de caso de DSR foi relatado como desenvolvido após inserção
Nos últimos anos, tornou-se evidente que, embora o ferimento seja a causa
músculos esqueléticos podem também produzir a síndrome. Uma das mais comuns
miocárdio tem sido mencionados por vários autores. Relata-se também que a DSR
al., 1993).
glomo jugular, infecções da pele, das partes moles das extremidades e das
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nodosa, trombose, espasmo arterial traumático, lesões por frio, afecções músculo-
Os autores ainda abordam que nos últimos anos, uma das principais razões
Grau 1 – grave: neste grupo esta a DSR com traços clínicos similares à causalgia
clássica, cuja dor é severa, ardente, lancinante e não é aliviada pelo repouso,
Grau 2 – moderada: a DSR cursa com dor súbita, pulsante, lancinante e ardente
Grau 3 – leve: é a forma de DSR talvez mais comum representando a zona limite
Estágio I – é o estágio agudo: que inicia após a lesão, onde a dor é maior
deste estágio, aparece edema, hipo ou hipertermia com crescimento capilar e das
mas exames ósseos com tecnécio 99 fluorfosfato mostram maior absorção deste em
articulações menores.
e adere-se ao plano subjacente e à pele, que toma-se dura, rígida, quente, inelástica
amplitude articular e fadiga muscular, de modo que o movimento se torna ainda mais
que a dor pode ser menos intensa que nos estágio anteriores, por outro lado
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Benevenuto et al. (1993) colocam que a dor aumenta proximalmente ainda mais, é
pele torna-se lisa, fina, brilhante e repuxada e os dedos são magros e afilados. A
disfunção do sistema nervoso simpático, mas com base fisiológica diferente e com
passa pelas artérias principais, depois pelas arteríolas, terminando nos capilares,
extensão do tornozelo elimina a bomba distal. Como é bem conhecido, uma fratura
com deslocamento do joelho, com ou sem aplicação de gesso, pode dar início a
essa condição.
nessa entidade, podendo ser sentida apenas vários dias ou semanas depois de
dor, sendo por isso que, em muitos pacientes, raramente essa condição é
diagnosticada precocemente.
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Seja qual for a condição inicial, a síndrome PTP deixa seqüelas pois a bomba
do coração.
Existem muitos fatores que podem dar início a limitação dos movimentos:
o Pós-imobilização cirúrgica
Diagnóstico
seguintes:
poliomielite
sustentada
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A síndrome PTP da DSR começa pelo pé, onde ocorre um discreto edema no
dorso e nos artelhos. A pele fica brilhante, lisa e pálida. Inicialmente, é possível
deprimi-la, embora geralmente a depressão seja tão pequena que nem é percebida.
exige muita atenção, porque o grau de limitação é tão pequeno, que, para não
quente. Quando comparado com o pé normal, pode-se observar logo que começa a
músculos e dos ossos. Esse aumento do fluxo sanguíneo para os ossos pode ser
radiativos dos ossos. Esse aumento do fluxo sanguíneo profundo também pode
dos artelhos;
artelho;
Estágio 2 – Alteração mais significativa: edema mais duro, que não deprime com a
pressão.
3 – Os artelhos se enrijecem;
Estágio 3:
quebradiços;
diagnóstica, devem sempre incluir o outro pé, para comparar, porque as alterações
grau de osteoporose, mas são mais acadêmicos, pois deve-se dizer que não se
dos artelhos.
distensão;
causálgica. A dor causálgica deve, evidentemente, ser tratada com energia até
causálgica. De nada adianta para o paciente reduzir a dor, se ainda houver uma
1 – Identificação precoce;
de um membro da família;
palidez);
prolongado;
dispositivos vasoconstritores;
não esteróides reduz o fenômeno inflamatório que ocorre nos tecidos acometidos
doentes com SCDR devem ser controlados com o uso de tranquilizantes porém, por
DSR, porém o mecanismo pelo qual isso ocorre ainda permanece obscuro, exceto
cronificação da SCDR.
afetada porém exercícios passivos devem ser usados com cautela , pelo risco de
ambiente.
quadro, entretanto, no final do estágio II ou início do estágio III podem ser usados
2001).
relaxamento muscular. Dor, edema e rigidez articular devem ser controladas para
LIMA, 2001).
tempo, alguns indivíduos não toleram bem este recurso ou apresentam aumento do
volemia local com melhora significativa dos sintomas (SILVESTRE & LIMA, 2001).
apud Silvestre & Lima (2001) ainda sugere banhos de contraste com temperaturas
proporcionar analgesia porém, deve estar reservada aos casos onde o calor não é
corpo humano que envolvem o andar podem ser resumidas em sete itens: 1 –
segmentos, buscado uma forma que reconheça um andar funcional; 7 – geração das
forma, o ciclo da marcha é dividido em duas fases: apoio e balanço, e dois períodos
com o solo. A fase de balanço que constitui 40% do ciclo da marcha é aquela porção
do ciclo em que o membro de referência não contacta com o solo. Como a fase de
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balanço é mais curta que a fase de apoio, há um período de tempo em que ambos
2001).
contacta o solo.
4. Contato terminal: porção da fase de apoio desde o apoio médio do membro até
contralateral.
membro.
3. Balanço terminal: porção da fase de balanço desde uma posição vertical da tíbia
inicial.
seguintes procedimentos:
antropométricas e biomecânica.
uma plataforma).
gravidade da cabeça.
OMBRO Localiza-se 4,9 cm distal do canto superior do acrômio, para
medial do úmero.
PUNHO Localiza-se a fenda da articulação rádio cárpica.
SACRO Localiza-se S1.
EIAS Localiza-se as espinhas ilíacas anteriores superiores.
QUADRIL Localiza-se a proeminência lateral do grande trocânter.
JOELHO Localiza-se a linha articular do joelho (articulação fêmur-tibial).
TORNOZELO Localiza-se o ponto mais proeminente do maléolo medial.
METATARSO II Localiza-se a região superior da cabeça do metatarso II.
CALCANHAR Localiza-se a região mais proeminente do calcanhar.
HASTE DA COXA Localiza-se no ponto médio entre as marcas do trocânter
- Perímetro da Parte Média da Coxa1: medida com uma fita perpendicular ao eixo
femurais.
medial
2.6.4 Equipamentos
Variáveis Antropométricas:
Medição Direta (MMD), que consiste na medição das variáveis diretamente sobre os
variáveis classificadas como alturas, e, a fita métrica será usada para medir as
Variáveis Biomecânicas:
Módulo Cinético: Utilizado para avaliação das forças de reação do solo que atuam
durante o caminhar. Este sistema, é composto por duas plataformas de forças AMTI
(Figura 2).
f
o
r
ç
a
m
á
x
.
v
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3. CONCLUSÃO
conhecimento de que a dor exerce papel relevante nesse aspecto, ainda não se
pode afirmar de que maneira isso ocorre, visto que a fisiopatologia da DSR ainda
o ciclo vicioso decorrente da DSR abrange outras áreas fora do campo de atuação
específica a DSR.
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REFERÊNCIAS
1993.
CAILLIET, R.; Doença dos Tecidos Moles. 3ª edição, Porto Alegre: Artmed, 2000.
CAILLIET, R.; Síndromes Dolorosas – Ombro. Ed. Manole, São Paulo, 1989.
IMAMURA, M.; IGNÁCIO, L.A.; SALOMÃO, O.; CHUNG, T. M., TEIXEIRA, M. J.&
clínico. Revista Brasileira de Medicina 47 (9) págs. 419-21, São Paulo, 1990
VAUGHAN, L.C.; DAVIS, B.L.; O’CONNOR, J.C. Dynamics of human gait. Human
literatura e relato de um caso. Revista AMRIGS, 41 (1), p. 52-55, Porto Alegre, 1997
pela Acupuntura. Folha Médica, 108 (4), p. 119-123, São Paulo, 1994.