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Efedrina: A efedrina é uma droga amina simpaticomimética similar aos derivados sintéticos da anfetamina,
muito utilizada em medicamentos para emagrecer, pois ela faz que o metabolismo acelere, queimando
mais gordura (através da termogênese - produção de calor).
Efedrina Beta:
São fármacos que bloqueiam ou reduzem os efeitos da estimulação do sistema nervoso simpático.
Beta bloqueadores são usados principalmente para redução de frequência e força cardíaca. Hoje são os
fármacos de primeira escolha para o tratamento da insuficiência cardíaca.
Existem 3 receptores beta, Beta 1, Beta 2 e Beta 3, o que irá diferenciar entre eles é o tecido no qual estão.
Presentes no coração, principalmente tipo beta-1, no músculo liso, principalmente brônquico e vasos
(musculatura esquelética) com receptores beta-2, nos olhos (beta-1 e beta-2), no fígado (principalmente beta-
2) e nos rins (beta-1).
Na prática dividimos em ASI + em que estão os fármacos com atividade de agonistas parciais e em ASI – que
sempre serão antagonistas pois não tem capacidade de atuar como agonista, que é a atividade simpatomimética
intrínseca.
BETA BLOQUEADORES
Serve pra praticamente qualquer condição cardiovascular (hipertensão, IC, arritmias, etc). Característico o
sufixo –lol. Eles são divididos em 3 gerações, e quando falamos em geração é o contrário do que pensamos, a
primeira geração não é a mais nova, a geração aqui significa idade, então a primeira geração é a mais antiga e
a terceira geração é a dos mais novos.
O timolol pode ser utilizado de forma sistêmica ou tópica (nos olhos para tratar glaucoma). O sotalol destoa
muito do grupo pois realiza atividade beta bloqueadora e também de bloquear canal de potássio, podendo
causar mais riscos que os outros fármacos, por isso é quase exclusivamente utilizado como antiarrítmico.
O pindolol é beta bloqueador de escolha na gestante como alternativa a uma alfa metildopa que não está
fazendo efeito, sendo seguro pois não ultrapassa barreira placentária. Se acaso atingir o feto causa alterações
benignas que não carregam riscos, já outros beta bloqueadores podem causar perda de peso fetal.
São seletivos, preferindo beta 1 em comparação com beta 2 e 3. Sempre quando falarmos de beta bloqueador
seletivo ele é seletivo para beta 1.
Esmolol tem tempo de meia vida mais curto de todos, sendo 7 min, e só pode ser usado em infusão contínua.
É útil quando queremos utilizar o beta bloqueador com tempo determinado, perdendo efeito com a parada da
infusão retornando à frequência cardíaca ao normal.
É também indicado para situações de medo de usar beta bloqueador em pacientes com coração fraco por
exemplo, em que temos medo de diminuir muito a força de contração é possível fazer um teste com esmolol
observando se a redução de frequência e força for muito grande é só retirar da infusão, enquanto com os outros
fármacos essa retirada não seria possível rapidamente, só esperando o tempo de meia vida.
Beta 1 – Coração
DC= Fc X Vs → os beta bloqueadores vão atuar diretamente na frequência cardíaca, com exceção do
carvedilol que também possui um efeito periférico.
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Nos rins há receptores beta 1, cujo estímulo por agonistas leva a maior liberação de renina e quando sob efeito
de beta bloqueadores levará a diminuição da renina, o que já é suficiente para exercer efeitos cardíacos devido
essa manutenção do sistema renina angiotensina.
Nos brônquios sob ação de um agonista a adrenalina atua em receptor beta 2 de músculo liso e promove
broncodilatação, em contrapartida um beta bloqueador possui o potencial de produzir broncoconstrição em
pacientes asmáticos ou com DPOC, em indivíduos normais não gera uma broncoconstrição forte.
Os efeitos metabólicos de beta bloqueadores envolvem lipídeos e glicose, sendo esses efeitos dependentes
de receptores beta 2 e beta 3, não há ação em seletivos beta 1, sendo essa uma das vantagens dos seletivos
beta 1. Quando falamos em lipídeos há duas partículas carregadoras de colesterol a HDL (bom) e a LDL
(ruim), sendo a LDL muito aumentada e o HDL diminuído em uso de beta bloqueador não seletivo, além de
aumentar concentração de triglicerídeos, piorando o perfil lipídico.
A glicose hepática é a mais atingida em paciente com beta bloqueador, sendo que no fígado há receptores
beta 2 que produzem glicogenólise cuja função é mandar glicose rapidamente para a circulação quando houver
necessidade. Porém em uso de beta bloqueador não seletivo essa glicogenólise motivada pela adrenalina não
ocorre devido bloqueio dos receptores beta 2.
Isso não gera consequências graves se o paciente estiver em condições normais e alimentado, mas em casos
de jejum prolongado ou em diabéticos com administração incorreta de insulina há a possibilidade grande de
entrar em hipoglicemia, que é piorada com o beta bloqueador. Isso não quer dizer que o beta bloqueador gere
a hipoglicemia, mas sim que piora o caso já existente, potencializando a hipoglicemia.
Na hipoglicemia com beta bloqueador não seletivo parte dos sintomas simpáticos são retirados, como
taquicardia e tremor de mãos, podendo o indivíduo não se dar conta que está passando mal e acabar indo
rapidamente para a segunda fase da hipoglicemia. Assim, os beta bloqueadores não seletivos além de piorar a
hipoglicemia mascaram os sintomas simpáticos, o que indica que não podem ser usados com segurança em
diabetes tipo 1, mas podem ser cogitados beta bloqueadores seletivos.
No diabetes Melito tipo 2 a ausência de efeito da insulina leva a resistência à insulina pelo tecido periférico,
pois este tem deficiência de captação de glicose ou por falta de receptor ou não funcionamento do receptor de
insulina, mas com fluxo sanguíneo adequado ao tecido a glicose ainda chega um pouco nele. Porém com um
beta bloqueador em receptor beta 2 cronicamente presente a captação de glicose pelo músculo esquelético
diminui, então durante o exercício físico não capta glicose a mais pois o fluxo sanguíneo não é adequado
levando a piora de resistência à insulina devido uso de beta bloqueador. Então no diabetes tipo 1 há a
possibilidade de piora da hipoglicemia e no diabetes tipo 2 há hiperglicemia piorada devido resistência à
insulina potencializada pela presença de beta bloqueadores não seletivos.
Nos olhos há população variada de receptores, sendo que neles o receptor alfa altera abertura pupilar, enquanto
a acomodação do cristalino é dependente de beta. No entanto, o efeito de beta bloqueador nesses receptores
beta não altera cristalino, mas sim produção de humor aquoso. Assim, estimulação de receptor beta nos olhos
leva a aumento da produção de humor aquoso, enquanto no uso de beta bloqueadores há diminuição da
Tem efeito além de bloquear receptores beta, o que pode ser uma seletividade muito superior à dos outros
fármacos ou potencial de atingir outros locais e outros receptores. Enxergamos isso muito bem na parte
cardiovascular onde o efeito é principalmente cardíaco, existem alguns que tomam outros receptores e tem
efeitos fora do coração sendo utilizados de forma benéfica, sendo assim pertence à terceira geração por causa
desse “efeito a mais”.
• Fármacos não seletivos (além de serem beta bloqueadores são antagonistas alfa 1)
-Exemplos: Labetalol e Carvedilol. O carvedilol é muito usado em insuficiência cardíaca por ter
propriedade especial de antagonizar o alfa além de ser beta bloqueador, também é o único que pode
gerar vasodilatação periférica, e é um antioxidante reduzindo o aporte de LDL a nível do coração. O
alfa 1 quando ligado a noradrenalina ou adrenalina realiza vasoconstrição, então se o carvedilol
antagoniza esse efeito causa vasodilatação. Então o carvedilol é beta bloqueador (reduz força e
• Fármacos seletivos
-Exemplos: Betaxolol, Celiprolol, Nebivolol. O betaxolol é usado de forma tópica nos olhos, enquanto
o celiprolol é o fármaco mais seletivo de todos juntamente com o nebivolol. O nebivolol
especificamente libera óxido nítrico, que é vasodilatador, sendo um exemplo de beta bloqueador
vasodilatador.
Então beta bloqueadores de 3 geração: Podem ser vasodilatadores por terem propriedades de antagonistas alfa
1 ou liberadoras de óxido nítrico que por sua vez é vasodilatador. As vantagens dessa propriedade são bem
parecidas. Quando for um antagonista alfa 1 é um carvedilol, já liberador de óxido nítrico um nebivolol.
Carvedilol bloqueia beta 1, beta 2 e alfa 1 enquanto o nebivolol bloqueia só beta 1 e libera óxido nítrico. Por
isso alteram resistência vascular periférica modificando vasos, e são os fármacos que devemos ter em mente
quando falamos em beta bloqueador vasodilatador.
Devemos saber o que significa ser de primeira ou segunda geração (que na primeira é não seletivo e na segunda
seletivo) e na terceira geração lembrar que ou o fármaco é altamente seletivo (libera óxido nítrico) ou é
vasodilatador. O carvedilol pode ser colocado na prova como de terceira geração, mas devemos lembrar que
é antagonista alfa 1 também causando vasodilatação.
3° Geração
• Hipertensão arterial: atualmente beta bloqueadores não são primeira opção para o tratamento da
hipertensão, sendo preferíveis inibidores da ECA, bloqueadores de canal de cálcio ou antagonistas do
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receptor da angiotensina II. Beta bloqueadores entram quando falham as opções de escolha ou quando
precisamos tratar duas condições simultâneas como adjuvante.
PA= DC x RVP onde DC= FC x VS (retorno venoso e contratilidade (força)). O beta bloqueador irá atuar a
nível da contratilidade, mas não do retorno venoso.
• Angina – dor torácica causada por um desequilíbrio entre a oferta e o uso de oxigênio. O beta
bloqueador é utilizado para regular a frequência cárdica, são desse modo essenciais no tratamento da
angina, são também cardioprotetores.
o Angina estável- Em momentos de exercício físico o paciente irá realizar glicólise anaeróbica
que irá resultar na produção de ácido lático.
o Angina Instável – placa de ateroma está muito grossa, então mesmo em repouso o paciente
apresenta sintomas.
o ***Na angina vaso espástica não se pode usar B-bloqueador, nesse tipo de angina não há
presença de placa de ateroma, mas os vasos podem entrar em espasmo reduzindo o aporte de
oxigênio para o coração.
• Infarto do miocárdio – em um paciente infartado caso a frequência cardíaca aumente a área de
penumbra se torna uma área de infarto. Após o infarto existe uma compensação fisiológica que
aumenta a frequência e é danosa ao coração, e por esse motivo se usa um B-bloqueador para que isso
não aconteça. O paciente provavelmente irá utilizar o B-bloqueador para o resto da vida.
• Insuficiência cardíaca – pode ser causada por infarto ou por hipertrofia concêntrica ou excêntrica não
funcional. O coração não tem força suficiente, então preciso de um beta bloqueador para reduzir a
frequência e desse modo não gerar uma sobrecarga no coração.
• Arritmias cardíacas: geralmente originadas por aumento nos disparos do nodo sinoatrial.
Em anginas, infarto do miocárdio e insuficiência os beta bloqueadores são fármacos de escolha, pois são
condições em que não podemos ter aumento de frequência cardíaca.
• Glaucoma de ângulo aberto – uso de forma tópica para reduzir a pressão intraocular, na forma de
colírios.
• Tremor essencial – tanto seletivos quanto não seletivos podem ser usados sendo os não seletivos ainda
mais usados. Propranolol é um dos fármacos mais usados nessas circunstâncias. Os beta bloqueadores
desativam a parte central e a na periferia isso faz com que os tremores do indivíduo parem. São os
fármacos de eleição para o tratamento do tremor essencial.
• Ansiedade (sintomas autonômicos) – reduzem sintomas autonômicos simpáticos tratando ansiedade
“de palco” e auxilia também no transtorno de ansiedade generalizada como adjuvante com ansiolíticos.
• Profilaxia da enxaqueca – seletivos ou não podem ser usados, o que importa é que o fármaco
ultrapasse pela barreira hematoencefálica.
• Hipertireoidismo – um aumento no número de receptores beta por todo o corpo causa o
hipertireoidismo, podendo ser tratado com antagonistas beta regulando tremores e taquicardia. São a
primeira opção no tratamento do hipertireoidismo.
Quando o paciente tem hipertensão e uma das situações citadas acima simultaneamente (como enxaqueca,
ansiedade), exceto glaucoma que é tratado de forma tópica, os beta bloqueadores são fármacos de escolha pois
tratarão as duas complicações de uma vez.
Contra indicações
• Asmáticos e portadores de DPOC: possuem contra indicação absoluta. Antagonistas beta impedem
a reversão fácil do broncoespasmo, pois o fármaco que atua na broncodilatação é um agonista beta 2
o que significa que ao chegar no pulmão ele encontrará os receptores já ocupados e não consegue
exercer sua ação. ***Para pacientes com insuficiência cardíaca não existe um substituto, em virtude
disso a recomendação é que não se trate com B-bloqueadores, pois o risco de broncoconstrição é “mais”
problemático do que a ins. Cardíaca.
• Angina vasoespástica (beta 2 coronária): são utilizados para angina em geral exceto a vasoespástica.
Anginas em geral ocorrem por conta do descompasso entre a necessidade de energia do coração e a
quantidade do fluxo que está sendo levado ao órgão. Nesse caso, há uma redução no fluxo nas
coronárias reduzindo fluxo ao coração, porque a coronária de tempos em tempos entra em espasmo de
forma espontânea, levando a redução de fluxo que leva a dor cardíaca. O beta bloqueador na
vasoespástica pode piorar o vaso espasmo se bloquear beta 2 nas coronárias.
• Diabéticos (uso com cautela): aqui é uma contra indicação relativa, pois em geral diabéticos não usam
beta bloqueadores para hipertensão pois há outros fármacos, se for em outras condições que precisem
de beta bloqueador fazemos o uso com cautela. Entre um beta bloqueador seletivo (Beta 1) (que não
tem efeitos metabólicos) e os não seletivos (tem vários efeitos metabólicos) escolhemos os seletivos
para os diabéticos.
o DM1: piora da hipoglicemia, pois os sintomas estão mascarados.
o DM2: piora da resistência à insulina, pois eles irão aumentar a glicemia. Também podem
provocar dislipidemia, pois aumentam a concentração de LDL e reduzem o HDL.
Interrupção do tratamento
A interrupção do tratamento não deve ser feita bruscamente!!! Sempre lembrar que não podemos suspender o
tratamento com beta bloqueadores do nada pois eles são fármacos antagonistas, sendo assim após seu uso o
organismo se adaptou e aumentou o número de receptores, principalmente beta 1 no coração, na membrana
Efeitos farmacológicos
Cardiovasculares
Isso significa que a nível cardiovascular promoverão vasodilatação arterial e venosa acompanhadas de redução
a resistência vascular periférica.
Como atuam em alfa 1 teremos o músculo liso como alvo principal. Os receptores alfa 1 se localizam nos
vasos sanguíneos, em artérias e veias e promovem vasodilatação. Quando temos vasodilatação arterial o
fenômeno a ser observado é diminuição da resistência vascular periférica, já na vasodilatação venosa
observamos a redução do retorno venoso. A pressão arterial cai pela redução principalmente da RVP causada
pela vasodilatação arterial, sendo esse o efeito anti-hipertensivo. O retorno venoso por ser um determinante
do débito cardíaco também auxilia nessa redução de pressão quando há vasodilatação venosa, mas a principal
é a arterial. Quando há dois determinantes de pressão arterial caindo simultaneamente devido ao fármaco o
organismo tenta compensar de alguma forma.
Existem dois mecanismos de compensação, o mecanismo nervoso que exerce sua função por meio do sistema
simpático que irá aumentar a pressão arterial causando taquicardia reflexa.
Taquicardia reflexa: quando a pressão sanguínea cai o coração bate mais rápido tentando elevá-la.
Isso é chamado taquicardia reflexa, a qual pode acontecer em resposta à diminuição do volume
sanguíneo (através da desidratação ou sangramento) ou a uma alteração inesperada do fluxo sanguíneo.
Hipotensão ortostática: precisamos do débito cardíaco quando mudamos de posição, por isso quando
temos um fármaco que reduz RVP ao mesmo tempo que reduz retorno venoso de forma rápida sujeita
o paciente a um descontrole dessa posição, por isso antagonistas alfa 1 estão relacionados com
hipotensão ortostática, em que o paciente sente tontura ao levantar e pode até perder o equilíbrio e cair.
Outro mecanismo de compensação é o renal, ao reter uma maior quantidade de sódio e água aumentasse o
volume, e ao aumentar o volume plasmático se compensa a queda da pressão arterial, anulando parte do efeito
anti-hipertensivo com o passar do uso, por isso antagonistas alfa 1 não são de primeira escolha para
hipertensão pois seu efeito compensatório perde o efeito anti-hipertensivo em algumas semanas por
tolerância. Entretanto, quando se associa diurético com antagonista alfa 1 o efeito se mantém por mais tempo
no organismo, pois evita o mecanismo de compensação. Desse modo, quando for utilizado o antagonista alfa
1 devemos associa-lo com o diurético.
Usos
Hipertensão arterial
• Diminui resistência vascular periférica (além do retorno venoso), porém devido mecanismos de
compensação não são fármacos de escolha em hipertensão.
• Sem alterações em lipídeos plasmáticos (ao contrário dos beta bloqueadores) as vezes até melhora o
perfil lipídico, contrabalanceando o efeito adverso de um beta bloqueador.
- Diminuem LDL, aumentam HDL e reduzem triglicerídeos.
A associação entre os fármacos antagonistas alfa 1, beta bloqueadores e diuréticos é muito importante por
complementariedade de ação e reversão de efeitos, uma ver que:
ANTI-HISTAMINICOS
Considerações gerais
• Mastócitos, basófilos, epiderme, mucosa gástrica, neurônios (SNC) e células nos tecidos em
regeneração ou em crescimento rápido são locais de armazenamento de histamina. Sendo que na pele,
no pulmão, basófilos e eosinófilos são as células com maiores teores de histamina do corpo.
A histamina aparece precocemente quando temos um corte formando uma área de vermelhidão, e quando a
ferida estiver fechando ela aparece novamente para melhorar a cicatrização. Toda vez que aparece prurido a
histamina estará presente, pois é ela quem causa coceira. Ainda, a histamina também é encontrada de forma
natural em plantas, venenos e ferrões, bactérias e fungos (cogumelos) e seres humanos.
Existem alguns locais que possuem mais histamina no nosso corpo do que outros, são eles os grandes
armazenadores:
• Pulmões: a histamina armazenada nos pulmões poderá, por exemplo, iniciar um quadro de asma que
depois é mantida por basófilos.
• Pele
• Basófilos: possuem uma quantidade similar a de mastócitos.
• Mastócitos
• Eosinófilos
• Neutrófilos
A forma imunológica via produção de IgE sendo esse indivíduo hipersensível a substância que o estimulou
dessa forma. Há a forma farmacológica que é direta, estimulada por característica de fármaco. E também a
forma mecânica, em que alguma lesão invoca a histamina.
1) Forma imunológica: parte do princípio da sensibilização prévia associada ao segundo contato que irá
provocar a liberação da histamina. Desse modo, alguma substância estimula o sistema imunológico que passa
a produzir IgE contra o alérgeno, sendo que a IgE se liga na membrana de mastócitos e fica nele ancorada,
esse processo é o primeiro contato uma sensibilização prévia. Se houver um segundo contato com a mesma
substância a IgE entra em contato com o alérgeno e leva a liberação de histamina caracterizando o indivíduo
hipersensível, alérgico àquela substância. Aqui a reação alérgica acontece a partir do segundo contato. Pode
produzir choque anafilático.
3) Forma de liberação mecânica: proteínas de alto peso molecular, venenos ou estresse físico causam lise dos
mastócitos promovendo degranulação, liberação, de histamina. Estreses físicos também podem causar essa
reação, como calor, frio, cortes ou atritos mecanismos como quando corremos, por exemplo. A congestão
nasal, chamada de rinite vaso ativa, típica de quando o indivíduo sai no frio é causada por liberação de
histamina promovida pelo frio.
RECEPTORES HISTAMINICOS
• Musculo liso
Receptor H1 • Endotélio vascular
• Cérebro
• Atuam por Gq
• Mucosa gástrica
Receptor H2 • Músculo cardíaco
• Músculo liso vascular
• Cérebro, mastócitos
• Atuam por Gs
Receptores H3 • Cérebro (neurônios pré-sinápticos)
• Atuam por Gi
Receptores H4 • Eosinófilos
• Neutrófilos
• Atuam por Gi
Receptor H1- Gq e H2-Gs: podemos associar o efeito da histamina com o da acetilcolina, pois ambos causam
constrição em músculos lisos em geral, pois aumentar cálcio no músculo liso gera contração, exceto no
músculo liso protegido por endotélio, o músculo liso vascular onde promove liberação de oxido nítrico que
leva a vasodilatação. A acetilcolina é broncoconstritora, mas em músculo liso vascular causa vasodilatação, a
mesma coisa ocorre com a histamina. O processo de vasodilatação promovido por H1 e H2 são semelhantes,
mas a de H2 é muito mais duradoura.
Efeitos da Histamina
*Essa vasodilatação em geral atinge principalmente as arteríolas, quando há vasodilatação na parte venosa do
capilar ela acontecerá graças a presença do receptor H1.
-H1: vasodilatação dependente de NO, rápida e de curta duração. Fase inicial de vasodilatação.
-H2: está no músculo liso vascular, e nesse local produz AMPc de forma lenta e persistente, assim
vinculado ao H2 há uma vasodilatação mais lenta no início, mas persistente. É como se um receptor
desse início ao processo e o outro mantém o efeito da histamina.
-Sistema cardiovascular: principalmente H2, leva a aumento da força de contração e de frequência, se visualiza
quando se tem uma liberação maciça desse mediador. Esse aumento não é tão grande quanto com adrenalina
ou noradrenalina. Em caso de liberação sistêmica de histamina temos vasta vasodilatação levando a queda da
resistência vascular periférica que diminui a pressão arterial, em casos de choque anafilático por exemplo, em
que o paciente ao entrar em contato com substância a qual é hipersensível produz degranulação rápida de
mastócitos e basófilos liberando histamina em alta quantidade que acumula-se e reduz a pressão arterial, que
é o início da hipotensão causada no choque, depois há outros fatores que potencializam essa hipotensão, não
sendo o único mediador responsável nessa situação. Então lembrar: em caso de liberação sistêmica de
histamina há queda da resistência vascular periférica diminuindo a pressão arterial, em especial no choque
anafilático.
-Músculo liso não vascular: promove broncoconstrição quando age em H1 no pulmão. A histamina inicia uma
broncoconstrição, mas um dos efeitos associados é estimular a liberação de outras substâncias mediadoras
como leucotrienos e prostaglandina D2, que prolongam a constrição. Os leucotrienos tem um tempo de meia
vida muito maior que dá histamina. Por isso em uma broncoconstrição devemos prestar mais atenção nos
leucotrienos pois a histamina só inicia e vai embora.
-Trato gastrointestinal: secreção gástrica, vinculada exclusivamente ao H2. Exemplo: se um paciente comer
algo que contenha histamina ou em caso de alergias alimentares, essa histamina ingerida irá atuar no receptor
H1 que irá gerar contrações no musculo liso provocando diarreia acompanhada da reação alérgica.
-Nervos periféricos: estimulo de terminações nervosas pode causar– dor e prurido, sendo o prurido uma ação
somente da histamina. A histamina é capaz de estimular diretamente o nocioceptor, a ativação do nocioceptor
pode ser feita por duas formas, direta ou indiretamente. A bradicinina e a histamina estimulam diretamente
quando são elas quem tomam contato com o receptor, por isso produzem dor por si só, agem diretamente no
nociceptor sendo assim substâncias álgicas. Prostaglandinas não são substâncias álgicas por si só, não
estimulam diretamente o nociceptor, apenas diminuem o limiar de ativação pelas substâncias álgicas levando
a concentrações normais de histamina gerarem efeitos maiores, sendo esse o efeito hiperalgésico. A histamina
se liga com uma facilidade muito maior, devido essa ação indireta, que não estimula diretamente, mas aumenta
a ligação das substâncias que estimulam diretamente. Na sensação de prurido, obrigatoriamente a histamina
tem que estar presente, pois quem manda nessa reação é a histamina. Fármacos que bloqueiam a dor podem
liberar a histamina provocando uma sensação de prurido corporal espalhado.
-Sistema nervoso central: histamina controla apetite quando atua no hipotálamo, estimula SNC, receptores H1.
Funciona no sistema reticular ascendente colocando o indivíduo em estado de vigília. Não retira o apetite, mas
indica que a quantidade de alimento é suficiente, além de retirar a sensação sono. Por isso anti-histamínicos
causam sensação de fome, pois levam ao efeito contrário, assim como antialérgicos dão sensação de sono.
ANTI-HISTAMINICOS H1
Os receptores H1 e H2 são muito diferentes de maneira que o fármaco que atuar em H1 não poderá atuar em
H2. Entretanto, existe uma semelhante entre H1 e os receptores M1, M3 e Alfa 1. O que significa que ao atuar
em H1 pode ser que o fármaco atue também em M1 e M3 antagonizando o receptor.
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Mecanismo de ação
Possuem dois mecanismos de ação que são antagonistas ou agonistas inversos dos receptores H1, um ou outro,
tendo respostas finais iguais, pois o antagonista se liga no receptor e impede ação da histamina e o agonista
inverso promove a reação da histamina ao contrário, resultando na inativação do receptor.
Classes dessas substâncias
* Por isso são usados em preparações gripais, geralmente associados com descongestionantes alfa 1.
PRIMEIRA GERAÇÃO:
• Boca seca
• Retenção urinária e constipação
• Redução de cinetose (enjoo de movimento)
• Redução de efeitos extrapiramidais: na via nigroestriatal há um neurônio dopaminérgico que parte da
substância negra que libera dopamina em direção ao estriado e inibe o interneurônio colinérgico, assim
não há liberação de acetilcolina não temos tremores involuntários. Em doenças como Parkinson o
neurônio dopaminérgico não funciona gerando tremores, mas estes também podem surgir por uso de
antagonistas dopaminérgicos como antipsicóticos, que ao retirar o neurônio quimicamente bloqueando
seu receptor liberamos o interneurônio colinérgico levando ao Parkinson farmacológico. O aloperidol
(antipsicótico), conhecido como Aldol, associado com prometazina (anti-histamínico) evitam os
tremores pois reduzem esses efeitos extrapiramidais.
Prometazina: pode ser utilizada para fazer intervenção sedativa e acalma o paciente.
Efeitos farmacológicos: Antiemético
Antieméticos são redutores de náuseas e vômitos, são fármacos de primeira geração, os de segunda não
realizam esse efeito pois não passam barreira hematoencefálica. Há 3 locais importantes, o NTS, o centro do
vômito e a zona quimiorreceptora do vômito. No NTS que carrega informação da periferia temos histamina,
no centro do vômito a acetilcolina e na zona quimiorreceptora a dopamina e a serotonina. Os anti-
histamínicos de primeira geração diminuem a ação de histamina no NTS e da acetilcolina (efeito
antimuscarínico) no centro do vômito, assim diminuímos náuseas e vômitos com os fármacos de primeira
geração.
- São anti-inflamatórios? → Não, pois só utilizam histamina, são antialérgicos, a partir do processo
inflamatório a histamina já foi liberada e em alguns minutos outros mediadores aparecem, e retirar a histamina
dali não faz bem algum. Só tem efeito anti-inflamatório em usos profiláticos, mas não são de escolha.
- Podem ser usados em choque anafilático, asma ou outras reações alérgicas graves? →Até podem ser
usados, mas precisam estar associados a outros fármacos, pois o que você precisa é de um fármaco que
revertam queda de pressão arterial e broncoconstrição, portanto, podem ser associados a adrenalina, por
exemplo.
Inflamação: É uma resposta essencial do hospedeiro para eliminação de tecidos danificados, necróticos e
invasores estranhos (microrganismos, partículas). A inflamação é necessária para a nossa sobrevivência.
Quando a inflamação deixa de ser benéfica e passa a dar prejuízo você tem que agir. Não é em qualquer
processo inflamatório que usamos o fármaco, usamos quando o processo inflamatório é mais deletério do que
benéfico.
Sinais cardinais: Rubor, tumor (edema), calor e dor - perda de função (de forma aguda ou crônica).
SINAIS CARDINAIS
− Calor – vasodilatação
− Rubor – vasodilatação
− Tumor (Edema) – aumento da permeabilidade vascular e aumento de tecido de granulação
− Dor – estimulação física e química de nocioceptores (histamina, bradicinina, estimulam diretamente
nocioceptores. Há outras, como prostaglandinas, que diminuem o limiar de ativação de
nocioceptores, não estimulam diretamente).
− Perda de função – dor (imobiliza), inibição de reflexos musculares, destruição tecidual, fibroblastia
e metaplasia.
HISTAMINA
Fonte principal: mastócitos que se degranulam, sendo um dos mediadores mais iniciais no processo
inflamatório. Se encontra pré-formada, armazenada em grânulos e é liberada após estimulo e degranulação da
célula mediante lesão física (trauma, frio e calor), reações imunes (ligação anticorpos-mastócitos), fragmentos
do complemento (anafilatoxinas- C3a e C5a) e neuropeptídios (substancia P).
Efeitos:
• Vasodilatação de arteríolas = calor e rubor
• Aumento da permeabilidade vascular de vênulas= edema
• Receptor envolvido: H1 (lembrar que a vasodilatação também vem de H2)
• Dor
• Aumenta a migração leucocitária
• Broncoconstrição
BRADICININA
Fonte: Está circulando na forma de um precursor inativo cininogênio que sofre a ação da enzima calicreína e
forma a bradicinina. Está logo no início, a histamina inicia o processo e a bradicinina continua e estimula
outros mediadores, pois tem uma ação mais prolongada que a histamina.
Efeitos:
• Vasodilatação
• Dor
• Aumento da permeabilidade vascular
• Liberação de mediadores
• Broncoconstrição
A bradicinina ao ser liberada no local irá ativar a PLA2 que irá começar a quebrar lipídeos de membrana,
sendo os dois principais o Liso -PAF e o Ácido araquidônico.
• Vasoconstrição, pois é mais fácil estancar o sangue quando o fluxo está diminuído propiciando a
formação rápida do tampão plaquetário.
• Aumento de permeabilidade vascular.
• Redução da filtração glomerular, é um dos principais mediadores relacionados a perda de células renais.
• Hiper-reatividade brônquica, pode causar broncoconstrição.
FARMACOLOGIA DO EICOSANÓIDES
São metabólitos do ácido araquidônico. O ácido araquidônico é um ácido graxo polinsaturado contendo 20
carbonos. É esterificado em fosfolipídeos de membranas.
Metabólitos do Ac. Araquidônico
→Eicosanoides
→Ciclooxigenase (COX) → gera Prostaglandinas e tromboxano
→ Lipoxigenase (LOX) → gera leucotrienos (são inflamatórias) e lipoxinas (são antinflamatórios produzidos
por lipoxigenase)
Fosfolipase A2
Ácido araquidônico
- Tromboxano
- Prostaciclina
COX: enzima de dupla função. Uma função de cicloxigenase associada a função de endoperoxidase. Catalisa
duas etapas dessa via. Prostaglandina endoperoxido G/H sintetase (PGHS ou COX). Ela faz um ciclo ao final
da estrutura formando um enol usando a função cicloxigenase. Depois ela forma com função de peroxidação
o PGH2. O importante é que o PGH2 é um intermediário comum, podendo formar (dependendo do tecido):
− Plaquetas: TXA2
− Mastócitos: PGD2
− Pulmão, macrófagos: PGE2
− Útero: PGF2 alfa
− Cel. endotelial: PGI2
Eicosanoides atuam no local onde são produzidos, mas quando administrados os eicosanoides agem todo o
sistema.
Ação sobre Plaquetas
• Inibição da agregação:
− PGD2
− PGI2: prostaciclina produzida pelo endotélio tem função de antiagregante. Produz um estado no
qual as plaquetas não conseguem se aderir ao endotélio. (endotélio; COX-2). A prostaciclina em
condições normais deve estar em equilíbrio com o tromboxano produzido pela plaqueta.
• Aumento da agregação:
o TXA2 (plaquetas; COX-1) (plaqueta não faz síntese de proteínas, então ela só tem COX-1)
Tromboxano tem o efeito anulado pela prostaciclina produzida pelo endotélio. Quando há lesão
no endotélio, por exemplo, há produção de tromboxano. Em condições normais temos que ter
prostaciclina e tromboxano em equilíbrio. Também temos a Cox-1 no endotélio, mas quem
mais colabora é a Cox- 2. Em pacientes com estresse de cisalhamento, presença de placa de
ateroma, diabetes, teremos um aumento da produção de COX-2, ficando muito superior a
qualquer COX-1 que tenha ali.
o PGE2 (baixas concentrações)
Ação sobre o Útero
• Contração
o PGF2 alfa (causa cólica. Se estiver ausente a mulher não entra em trabalho de parto)
o TXA2
o PGE2: baixas concentrações (hiperalgésica, contribui com aumento da dor)
Em útero gravídico há distribuição diferente de receptores. Varia a densidade de receptores no útero durante
a gestação e ciclo menstrual.
COX 1 E COX 2
COX – 2 (induzida) → sua produção é induzida pelo processo inflamatório. Entretanto, a Cox 2 é constitutiva
em alguns tecidos, como endotélio, nos rins e no sistema nervoso central. Nesses três tecidos não é necessário
a indução por inflamação, ela irá realizar funções fisiológicas normais.
Muito usados em todo mundo, em geral são mal utilizados e relacionados a problemas bastante graves. Salix
Alba (Salgueiro): de onde são extraídos os Salicilatos (no tronco do Salgueiro) - protótipos da classe (são
analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios).
Salicilatos
• São corrosivos, quebram queratina da pele e produzem irritação gástrica intensa.
• Ácido acetilsalicílico: menos corrosivo.
CICLOXIGENASES
• COX-1: sítio ativo mais difícil de ser acessado quando comparado a Cox 2 que possui um sitio ativo
mais aberto, mais fácil de acessar.
• COX-2: possui um sitio ativo que acomoda mais facilmente moléculas grandes.
TIPOS DE INIBIÇÃO
Inibidor irreversível:
• AAS
• Acetilação – toda cicloxigenase que sofrer acetilação estará inibida permanentemente, para que a
enzima volte a funcionar ela tem que ser produzida novamente.
Inibidor Reversível:
• Outros AINES
• Competição com AA
Classificação Química
Ácidos Carboxílicos
Ácidos Carboxílicos
Ácidos enólicos
AAA
A - analgésicos
A – antipiréticos (antitérmico)
A – antinflamatórios
QUADRO COMPARATIVO
Ibuprofeno Diclofenaco Paracetamol
- Antitérmico: 200 mg (inibi Cox - Analgésico - Analgésico 500 – 750 mg
no hipotálamo) - Antitérmico > 50 mg - Antitérmico
- Analgésico: 200 – 400 mg (inibi - Antinflamatório ** Não possui efeito anti-
Cox que está na periferia) inflamatório por ser um fármaco
- Antinflamatório: > 600 mg básico.
Efeito sobre o Sistema cardiovascular
Aumento da pressão arterial, por aumentar o volume sanguíneo relacionado a uma maior concentração de
sódio, com uso prolongado (não tem tempo limitado). O primeiro efeito que iremos enxergar é o aumento da
resistência vascular periférica.
• Redução da formação de vasodilatadores (PGE2 e PGI2)
• Redução da excreção real de sódio e água (PGI2 e PGE2)
Paciente hipertensivo que usa anti-inflamatório, você fica tentando tratar a pressão do paciente e ele fica
usando antiinflamatórios que reduzem ou até anulam a eficácia dos anti-hipertensivos. Associados à falência
renal pois reduz a excreção renal de sódio e água, então está contraindo a arteríola aferente, podendo levar a
longo prazo a insuficiência renal por conta disso.
Efeito sobre Plaquetas
Redução da agregação (Cox 1)
• TXA2 (plaquetas) é o alvo do fármaco. O tromboxano é um agregante plaquetário, quando inibido a
agregação plaquetária é reduzida.
Aumento da agregação (Cox 1 e Cox 2)
• PGI2 (endotélio) é o alvo do fármaco. A prostaciclina é um antiagregante plaquetário, quando inibida
sua ação sobre o endotélio deixa de ser efetuada facilitando a agregação plaquetária.
O aumento ou redução da agregação depende do tipo de anti-inflamatório e do próprio paciente.
Inibidor de Cox 1: o alvo será o tromboxano plaquetário, e o efeito é antiagregação. Então quem inibir Cox 1
será um antiagregante plaquetário. (Aspirina)
Inibidor de Cox 2: o alvo será a prostaciclina, e o efeito será de agregação plaquetária. Se o individuo é jovem
e não tem nada concomitante, sem risco cardiovascular, não apresenta alterações ou riscos. Agora se o
indivíduo tiver um processo inflamatório, diabetes, tabagismo, hipertensão de longo tempo, que causam uma
disfunção endotelial que pode levar, por exemplo, a formação de uma placa de ateroma teremos a formação
de tampões ao inibir a prostaciclina que pode ter como consequência um AVE ou infarto.
Se o fármaco for inibidor não seletivo ele se comportará como inibidor da Cox 1, ou seja, o efeito prevalece
como antiagregante plaquetário por atuar no tromboxano.
Por que o indivíduo com asma pode ter broncoespasmo usando AINES? Mesmo em altas doses, ele nunca
inibe lipoxigenase. Cicloxigenase inibida, lipoxigenase funcionando. Sobra ácido araquidônico para
lipoxigenase, aumenta formação de leucotrienos.
Inibindo a formação dela, há prolongamento do trabalho de parto, não podendo usar AINES em gestante ao
final da gestação. Mas olhando por outro angulo, a gestante que entrar em trabalho de parto prematuro,
poderíamos usar AINES pensando no útero, mas pensando no feto NUNCA podemos dar um anti-inflamatório.
Então não dar AINES no terceiro trimestre da gestação. AINES não podem ser usados em gestantes, no
primeiro por não saber se é Teratogênico no terceiro por fechar ducto arterioso e não usar no segundo trimestre
por questões de segurança.
Após o nascimento se o ducto arterioso for persistente e ficar aberto ao nascer podemos usar AINES com a
finalidade de fechar o ducto arterioso, pois é desejado agora, que ele feche.
→ Inibidores da COX2: são menos irritantes para o estômago. Não podem ser usados por pessoas com
risco cardiovascular.
→ Inibidores da COX1: são os que podem ser prescritos para pessoas com risco cardiovascular.
Usados em circunstâncias de analgesia. Fármacos seguros em algumas doses. Ex.: Paracetamol carrega
hepatotoxicidade quando usado como anti-inflamatório.
ASPIRINA E SALICILATOS
• AAS
• Analgésico e antitérmico: 500 mg (4/4h)
• Antiagregante plaquetário: 80 -325 mg
o A dose é tão baixa pela explicação na forma como inibe a enzima, inibe de forma irreversível,
então com dose baixa inibirmos tromboxano durante todo o tempo de vida da plaqueta.
o Uma dose de aspirina é capaz de exercer um efeito de antiagregante plaquetário entre 3 a 7 dias,
dado a inibição da ação das plaquetas, e por isso é o de eleição como antiagregante plaquetário.
o Em caso de suspeita de dengue não podem ser utilizados, pois há uma redução de numero de
plaquetas dado ao mecanismo da doença e caso se use o fármaco isso poderá gerar sangramento.
• Anti-inflamatório: > 4 g/dia (6-8 g)
o Tem efeito anti-inflamatório, mas há consequências muito indesejáveis, pois, é muitíssimo
ulcerogênica nessa dose, limitando seu uso como anti-inflamatório. Úlcera associada a efeito
inflamatório antiagregante-plaquetário. Limita-se o uso como anti-inflamatório.
Síndrome de Reye
• Rara, mas grave
• Entre 4-12 anos (na verdade a partir de 6 meses em diante)
• Encefalopatia
Por um motivo desconhecido a associação da aspirina com algum vírus, comuns em crianças, gera
encefalopatia e hepatopatia.
Não usar aspirina infantil para crianças na faixa de nascimento até 15 anos. A aspirina não é mais usada nessa
faixa etária, mas ela permanece à venda para uso como antiagregante plaquetário.
PARACETAMOL OU ACETAMINOFENO
• Não atua como anti-inflamatório, pois é inativado na presença de peroxidades que existem no ambiente
inflamatório que é mais ácido.
• Não impede a agregação plaquetária.
• Não causa irritação gástrica e é muito raro que provoque alergenicidade. Por ter essas características
será o antiinflamatório que a gestante e o bebe podem usar.
• Se liga fracamente as oxigenases e em virtude disso não é um bom analgésico.
Cuidado!! Por não ser tão analgésico o paciente aumenta a dosagem podendo provocar hepatotoxicidade.
Ao ser ingerido o paracetamol sofre metabolização hepática parcial, só uma pequena parcela passa por fase 1
(5-10%) da dose ingerida. É um fármaco que sofre segunda fase de eliminação. Quando ingerimos, quase 90%
é conjugado na fase 2 se tornando parte sulfato de paracetamol, e outra parte em glicuronideo de paracetamol.
O sulfato ou glicuronideo são hidrossolúveis e permitem a eliminação. Caso a fase 2 esteja inativa será
formado intermediário do paracetamol que possui alta afinidade a célula hepática se unindo a elas e
provocando lesão.
Para evitar que isso aconteça existe um sistema de proteção do fígado. A glutationa pega o intermediário e o
inativa ao se unir ao intermediário tóxico promovendo sua excreção. Isso ocorre em condições normais,
todavia depende da presença da glutationa em concentrações adequadas o que pode não ocorrer em indivíduos
com problemas no fígado. Isso significa que ao ingerir o fármaco o sistema glutationa não será capaz de
promover a conjugação e excreção. Em caso de sobredose podemos esgotar o glucoronideo e sulfato, e apenas
a glutationa não dá conta do metabolito formado.
→Se o paciente se intoxicar com paracetamol o antídoto é aumentar a glutationa administrando n-acetilcisteína,
que é precursor de glutationa.
DIPIRONA (METAMIZOL)
• Efeito analgésico importante.
• Mecanismo de ação desconhecido.
• Ninguém sabe a qual isoforma da Cox ela inibe.
→ Aparentemente a dipirona interfere menos no processo de agregação plaquetária do que os outros fármacos
dessa classe, então por observação clinica se diz que ela não provoca sangramento.
→Considera-se que a dipirona causa menos efeitos gástricos do que os outros fármacos dessa classe.
Dosagem:
• Dose em adultos e > de 15 anos: 500 mg- 1g, 6/6 h.
• Crianças < 15 anos: 1 gota/kg de peso, 6/6 h (max, 40 gotas)
Dosagem:
• Deve ser administrado em doses corretas que não pode ser superior a 40 mg diários (10 mg 4 vezes ao
dia).
• Pode ser utilizado por no máximo 5 dias!!
EFEITOS ADVERSOS DOS AINES E CUIDADOS
Efeitos Gastrointestinais
• Gastrite
• Hemorragia de mucosa
• Ulceras pépticas assintomáticas
• Ulceras sintomáticas complicadas
Quem produz problemas gástricos são os antiinflamatórios que inibem a Cox 1, de maneira que temos um
efeito muito menor sobre o sistema gastrointestinal dos inibidores seletivos da Cox 2. Todos aqueles que não
forem seletivos de Cox 2 podem provocar efeitos adversos, que podem variar em intensidade de acordo com
o fármaco.
Aumento de sangramento
Podem provocar sangramento por seu efeito de antiagregante plaquetário relacionado a inibição da Cox 1.
Toxicidade Renal
• Retenção de sódio
• Edema periférico
• Insuficiência renal aguda, que pode ser piorada em certas situações como:
o Disfunção renal e hepática previa
o Idosos e crianças
o Diabetes, hipertensão, IC
o Desidratação aguda
Hipersensibilidade
• Rinite vasomotora
• Angioedema (edema de mucosas e fechamento de glote)
• Urticária (são placas vermelhas e pequenas que coçam muito pela liberação de IgE)
• Asma
• Choque
!! É uma reação mais frequente em indivíduos asmáticos 10 – 25%. Acontecem apenas em 1% dos indivíduos
sadios.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
• Anticoagulantes: warfarina e heparinas. Anticoagulantes são diferentes de antiagregantes plaquetários.
Agregação plaquetária é necessária no processo de coagulação. Alguns fármacos atuam na agregação
plaquetária e outros atuam nos fatores de coagulação. Então o uso concomitante aumenta muito a
chance do paciente sangrar. Em caso de úlcera, por exemplo, ela irá sangrar pela junção de
antiagregante com anticoagulante.
• ISRS (inibidores seletivos da recaptação da serotonina): são ansiolíticos que aumentam a
disponibilização da serotonina a nível central e periférico. Todavia, a serotonina tem efeito de
antiagregante plaquetário, ou seja, se forem associados haverá um efeito antiagregante plaquetário
potencializado.
• Anti-hipertensivos: o antiinflamatório provoca efeito hipertensivo, diminuindo o efeito dos anti-
hipertensivos. Os inibidores da Eca e os diuréticos são os que mais sofrem com o efeito dos
antiinflamatórios.
• Álcool: o álcool é um agente agressor para a mucosa. Provoca mal-estar porque causa redução na
proteção da mucosa e associado ao AINES haverá uma diminuição ainda maior da proteção da mucosa.
Cafeína: parece potencializar o efeito analgésico de algumas substancias, mas ainda é discutível pois pode
provocar um efeito rebote, em especial na enxaqueca. Então não pode ser usada para qualquer tipo de dor de
cabeça.
Além disso por ser estimulantes pode causar: tonturas, irritabilidade, úlcera e gastrite, cefaleia rebote,
cronificação da cefaleia aguda!
Isometepteno: fármaco vasoconstritor (simpatomimético), pode atua em cefaleia com componente vascular,
mas tem redução do efeito com uso contínuo.
Relaxantes musculares
Objetivos: são projetados para que atuem o máximo possível sobre glicocorticoides e reduzam a ação de
mineralocorticoides.
Funções Funções
Redução da captação de glicose (exceto SNC e Efeitos sobre o equilíbrio hidroeletrolítico:
coração) → Aumento de gliconeogênese → - Aumento da reabsorção de Na+ nos túbulos distais
Hiperglicemia e ductos coletores.
- Quando houver cortisol na circulação, ou um - Aumento de excreção de K+ e H+.
composto similar a ele, o fígado estará sendo
estimulado a produzir glicose.
FARMACOCINÉTICA:
• São fármacos bem absorvidos a partir dos locais de administrados (pois são esteroides sendo bem
absorvíveis inclusive pela pele.)
o Exceções: novos fármacos (Ex: fluticasona, projetado para uso tópico, mucosa nasal, pulmão
por ex. Inalados por dispositivo próprio. Atua sobre o alvéolo pulmonar, brônquio. Formam
complexos com proteínas locais, restringindo sua ação ao local onde foram adm).
• Administração tópica prolongada pode causar supressão do eixo HPA (Os de curta duração suprimem
curtamente porque a potência para isso é menor; dexa e beta em pequenas quantidades na circulação
são potentes para suprimir o eixo. São reservadas para tratamentos curtos).
• São transportados no sangue por albumina e proteína ligante de esteroides (prolongam o tempo de
meia vida plasmática).
• Metabolismo hepático (quando presentes de forma sistêmica).
• Pró-fármacos:
o Cortisona (pro - fármaco da hidrocortisona, que é o cortisol)
o Prednisona (pro - fármaco da prednisolona, que é o fármaco ativo)
EFEITOS FARMACOLÓGICOS DOS CORTICOSTEROIDES
A anexina – 1 que foi gerada pela ativação de GRE irá atuar a nível da fosfolipase A2 promovendo inibição
da formação de Cox (prostaciclinas, prostaglandinas e tromboxanos) e Lox (leucotrienos). Desse modo, são
mais eficientes. RESSALTA-SE que quem inibe a fosfolipase A2 não é o corticoide, mas sim a proteína
(anexina 1) produzida por ele.
→Em doses muito elevadas podem gerar necrose da cabeça do fêmur. Mulheres são mais suscetíveis.
Efeito sobre o crescimento e desenvolvimento
• Pode provocar reações a doses relativamente baixas de corticosteroides.
• Causam redução da síntese de colágeno (deixa a célula produtora de colágeno, o fibroblasto, com
menor ação, resultando em menor produção de colágeno. Criança: deficiência de crescimento com uso
de corticosteroides sistêmicos. Antigamente era visível que crianças com asma que faziam tratamento
com corticosteroides eram menores).
o Para que esse efeito seja controlado e o crescimento retomado faz-se uso do hormônio do
crescimento (somatotrofina).
Efeitos no Sistema nervoso central
• Elevação do humor (até hoje não se sabe se o efeito é produzido por via direta ou por melhorar o estado
geral do paciente).
• Euforia (produz muita euforia em crianças devido a estimulação motora).
• Insônia (aparece em doses agudas devido ao efeito estimulante).
A SC exógena ou iatrogênica é considerada a causa mais comum devido à vasta utilização de glicocorticoides
(GC) sintéticos. Glicocorticoides sintéticos e naturais podem ser utilizados em diversas doenças endócrinas
ou não endócrinas, entretanto, GC utilizados de maneira inapropriada sem que a eficácia clínica ou o
mecanismo de ação sejam rigorosamente estabelecidos podem gerar em uso crônico sintomas semelhantes aos
produzidos pela síndrome de Cushing.
** Antes de retirar o corticosteroide, após o tratamento, temos que lembrar que há a possibilidade da supressão
do eixo Hipotálamo hipófise adrenal.
Retirada de corticoide
• Período inferior a 2 semanas: retirada abrupta, pode causar alteração do sono e alterações do
comportamento.
• Período maior de 2 semanas: a retirada é bem mais gradual, a dose que ele utilizou deverá ser
escalonada até a completa retirada.
USOS CLÍNICOS DOS CORTICOESTEROIDES
• Em casos de insuficiência da suprarrenal, o fármaco utilizado será o mais similar ao cortisol possível,
ou seja, o fármaco hidrocortisol.
• Reposição de hormônios (pacientes que não tem cortisol, necessitando de terapia de reposição, para
repor fisiologicamente o que não possui. A dose de reposição deve ser similar ao que seria
fisiologicamente produzido, desse modo, os efeitos que apareceriam em uso prolongado não irão
aparecer.).
• Doença de Addison (produzida por destruição da glândula suprarrenal).
• Edemas cerebrais (uso agudo. Dexa e betametasona, bastante potentes com curto período de utilização.
Edema cerebral causado por tumor, única indicação da dexametasona cronicamente).
• Doenças autoimunes (Lúpus, artrite, miastenia graves. Uso crônico. Hidrocortisona ou prednisona que
é a preferida, pois é intermediária e o tempo de ação dela permite que se faça uma única aplicação).
• Asma, bronquite crônica (via de regra uso crônico) - mas fármacos que sejam intermediários
prednisona ou algo semelhante. Nunca dexa e betametasona).
• Enxertos e transplantes (uso como imunossupressor e de forma crônica para evitar rejeição. Usar
prednisona).
• Dermatologia (depende do que for tratar e do tempo. Dexa e beta têm maiores chances de supressão
do eixo HPA. Podem ser usados se o tratamento for de curto período, mas se for um pouco mais
prolongado, usar prednisona).
• Parto prematuro: em casos de chance de parto prematuro deve-se dar injeção de beta e dexa para induzir
o amadurecimento do pulmão do feto. Bastante usado nessa circunstância. Uma única dose é suficiente
para que o efeito seja alcançado. De 24-48 horas o feto já tem surfactante o suficiente para evitar o
colapso pulmonar.
• Alergias: usados para impedir nova crise ou no momento da crise. Normalmente são usados aqueles
de forma tópica com curta a intermediária duração.
EFEITOS ADVERSOS: