Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
CARACTERIZAÇÃO ECOEPIDEMIOLÓGICA DA
LEPTOSPIROSE HUMANA NO DISTRITO FEDERAL.
BRASÍLIA/DF
DEZEMBRO/ 2016
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
CARACTERIZAÇÃO ECOEPIDEMIOLÓGICA DA
LEPTOSPIROSE HUMANA NO DISTRITO FEDERAL.
BRASÍLIA/DF
DEZEMBRO/ 2016
i
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
CARACTERIZAÇÃO ECOEPIDEMIOLÓGICA DA
LEPTOSPIROSE HUMANA NO DISTRITO FEDERAL.
PUBLICAÇÃO: 08/2016
BRASÍLIA/DF
DEZEMBRO/ 2016
ii
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
CARACTERIZAÇÃO ECOEPIDEMIOLÓGICA DA
LEPTOSPIROSE HUMANA NO DISTRITO FEDERAL.
iii
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA E CATALOGAÇÃO
FICHA CATALOGRÁFICA
iv
“Um foco natural de doenças existe quando há um clima,
Evgeny Pavlovsky
v
AGRADECIMENTOS
Meus sinceros agradecimentos aos meus pais, que, entre outras coisas, me
qualidade.
Veterinária.
Navegantes.
georreferenciamento.
Agradecimento em especial para Maria Isabel Rao Bofill e Divino Eterno dos
trabalho.
vi
SUMÁRIO
CAPÍTULO I
Leptospirose humana no Distrito Federal, Brasil, entre 2011 a 2015:
Caracterização eco-epidemiológica. 1
Abstract 1
Resumo 1
Introdução 2
Material e Métodos 4
Resultados 6
Discussão 8
Referências bibliográficas 14
CAPÍTULO II
Leptospirose humana no Distrito Federal, Brasil, entre 2011 a 2015:
Caracterização sócio-epidemiológica. 19
Abstract 19
Resumo 19
Introdução 20
Material e Métodos 22
Resultados 24
Discussão 26
Referências bibliográficas 31
CAPITULO III
Leptospirose humana no Distrito Federal, Brasil, entre 2011 a 2015:
Caracterização clínica-epidemiológica. 35
Abstract 35
Resumo 35
Introdução 36
Material e Métodos 38
Resultados 40
Discussão 41
Referências bibliográficas 46
Anexo 50
vii
LISTA DE ABREVIATURAS
viii
LISTA DE TABELAS
Página
ix
LISTA DE FIGURAS
Página
x
RESUMO
Federal.
xi
ABSTRACT
around the world. Countries with a tropical climate and social vulnerability top
the list where the disease is endemic. The real proportion of the impact of
political factors are relevant to the permanent human infection in certain areas.
The Federal District (DF), Brazil, is one of the smallest federal units and has
one of the highest human development indexes. The territory is far from what is
prioritized as high risk areas. However, the annual records of human cases of
leptospirosis and the high number of deaths due to the disease should alert
regions, as well as directing all efforts towards other less lethal diseases, is a
neglect of public health and, thus, a reflection of the rates and rates of human
xii
OBJETIVOS
GERAL:
eco-epidemiológico e clínico-patológico.
ESPECÍFICOS:
xiii
CAPÍTULO I
ABSTRACT. Santos I.O.C., Bofill M.I.R. Divino E.S., Castro M.B. [Human
leptospirosis in the Federal District, Brazil, from 2011 to 2015: Eco-
epidemiological characterization.] Leptospirose humana no Distrito Federal,
Brasil, entre 2011 a 2015: Caracterização eco-epidemiológica. Leptospirosis is
a bacterial infectious disease that affects more than 5,000 people per year in
Brazil. The Federal District presents worrying rates, especially when evaluating
the lethality. Considering the lack of epidemiological studies of leptospirosis in
the federative unit, 79 autochthonous human cases of leptospirosis between
2011 and 2015, with definition of probable infection place, served as a basis for
the collection and analysis of the environmental and epidemiological variables
involved. The prevalence of the disease in 21 of the 31 administrative regions
that compose the Federal District was from 0.68 to 13.39 per 100,000
inhabitants. The disease presented an urban profile, with access of the
population to the sewage network, treated water and garbage collection service.
It occurred more frequently in the rainy season and had a strong association
with synanthropic rodents. The eco-epidemiological characterization of the
disease is a tool in the elaboration of public policies of prevention, control and
surveillance.
1
INTRODUÇÃO
acomete mais de 1 milhão de pessoas por ano (Allan et al. 2015, Costa et al.
propícias, permanecer viável no meio ambiente por meses (Allan et al. 2015,
Burriel 2010, Cippulo & Dias 2012, Fontes et al. 2015, Pelissari et al. 2011).
Guimarães et al. 2014, Jesus et al. 2012, Pelissari et al. 2014, Pereira et al.
2014)
2
momento, os aspectos e características regionais propícias ao seu surgimento
são escassos.
doença.
3
MATERIAL E MÉTODOS
leptospirose no DF, Brasil, entre os anos de 2011 a 2015, foi realizada através
geográfica (GPS).
4
100.000 habitantes da leptospirose humana em todo o DF em cada uma de
duas para analise de frequências pelo teste exato de Fisher e realizado o teste
5
RESULTADOS
e rios que perpassam seu território. Abriga a Capital Federal, Brasília, e, com
que está prestes a atingir 3 milhões de habitantes (Brasília 2015, Brasília 2016,
todo o território do DF, entre os anos de 2011 a 2015, foram registrados LPIs
incidência por 100.000 habitantes variando entre 0,68 a 13,39 (Figura 1).
6
que de animais silvestres (25,3%) e de animais de produção (22,8%), sendo
7
DISCUSSÃO
como Minas Gerais e Ceará (Brasil 2016). O cenário pode ser ainda pior. De
79 casos houve a definição de um LPI (base para este estudo) e nos demais
casos houve indefinição quanto ao local de infecção da doença (na maior parte
deles quando ocorreu óbito dos pacientes) ou por inconsistências nos bancos
atenção dada para dengue (Souza et al. 2013, Fontes et al. 2015,Dusi et al,
8
diversas áreas do território, anulando a ideia de bolsões de ocorrência da
doença (Cipullo & Dias 2012, Costa et al. 2015). A ausência de regiões com
2015).
sanitária, como periferias (Maciel et al. 2008, Jesus at al. 2012, Araujo et al.
9
detrimento dos critérios, até mesmo regionais, da definição (Araujo et al. 2013,
nas periferias e subúrbios, aos riscos de infecção por várias doenças (Araujo et
renda, que se mantêm por anos sem um dos aspectos apontados como de
acúmulo de águas (Pereira et al. 2014, Souza et al. 2013). Contudo, somente
10
É importante ressaltar que a leptospirose humana no DF também
estações do ano (Fontes et al. 2015, Pereira et al. 2014, Souza et al. 2013) são
Dias 2012, Araujo et al. 2013, Santos et al. 2015). Em Brasília, o não
11
a importância desses animais na epidemiologia da doença, porém, demais
ser consideradas como reservatórios (Cipullo & Dias 2012, Vasconcelos et al.
2012) .
reforçam a integração das áreas urbanas, com áreas rurais e com áreas de
áreas de LPIs no DF. Entretanto, não foi possível avaliar se ofereceram risco
situações e ambiente de risco (Maciel et al, 2008, Burriel 2010, Costa et al.
2015).
12
A presença de cobertura vegetal nos ambientes de LPI não foi um fator
13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Albuquerque Filho APL, Araújo JG, Souza IQ de, Martins LC, Oliveira MI, Silva
MJB, Montarroyos UR, Miranda Filho DB. Validation of a case definition
for leptospirosis diagnosis in patients with acute severe febrile disease
admitted in reference hospitals at the state of Pernambuco, Brazil.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 2011; 44(6):735-
739.
Allan KJ, Biggs HM, Halliday JEB, Kazwala RR, Maro VP, Cleaveland S,
Crump JA. Zoonosis and a Paradigm for „One Health‟ in Africa. PLoS
Negl Trop Dis 2015; 14(9): 1-25.
Araújo WN, Brooke F, Ribeiro GS, Reis RB, Felzemburgh RDM, Reis MG, Ko
AI, Costa F. Knowledge, Attitudes, and Practices Related to
Leptospirosis among Urban Slum Residents in Brazil. Journal Trop Med
Hyg 2013; 88(2): 359–363.
Braga GR; Remoaldo PC, Fiuza ALC. A methodology for definition of rural
spaces: an implementation in Brazil. Cienc Rural 2016; 46(2) 375-380.
14
Cipullo RI, Dias RA. Associação de variáveis ambientais à ocorrência de
leptospirose canina e humana na cidade de São Paulo. Arquivo
Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia 2012, 64 (2): 363-370.
Contel FB. Concepts of region and regionalization: aspects of its evolution and
possible uses to health regionalization. Saude soc 2015; 24(2): 447-460.
Daher EF, Lima RSA, Silva Júnior GB, Silva EC, Karbage NNN, Kataoka RS,
Carvalho Júnior PC, Magalhães MM, Mota RMS, Libório AB. Clinical
presentation of leptospirosis: a retrospective study of 201 patients in a
metropolitan city of Brazil. Braz J Infect Dis 2010;14(1):3-10.
Dusi RM, Bredt A, Freitas DRC de, Bofill MIR, Silva JAM de, Oliveira SV de,
Tauil PL. Ten years of a hantavirus disease emergency in the Federal
District, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
2016; 49(1):34-40.
Jesus MS de, Silva LA, Lima KMS, Fernandes OCC. Cases distribution of
leptospirosis in City of Manaus, State of Amazonas, Brazil, 2000-2010.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 2012; 45(6):713-
716.
Fontes RM, Cavalcanti LPG, Oliveira ACA, Bezerra LFM, Gomes AMM, Colares
JKB, Lima DM. A new possibility for surveillance: do we identify all cases
of leptospirosis?. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
2015; 57(5): 443-6.
Guimarães RM, Cruz OG, Parreira VG, Mazoto ML, Vieira JD, Asmuset CIRF.
Temporal analysis of the relationship between leptospirosis and the
occurrence of flooding due to rainfall in the city of Rio de Janeiro, Brazil,
2007-2012. Ciência & Saúde Coletiva 2014; 19(9): 3683-3692.
Lima MHP. A delimitação legal dos espaços urbanos. Brasil : uma visão
geográfica e ambiental no início do século XXI. Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) 2016: 79-100. Disponível em:
http://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-atalogo?view=detalhes&id=297884
Maciel EAP, Carvalho ALF de, Nascimento SF, Matos RB de, Gouveia EL, Reis
MG, Ko AI. Household Transmission of Leptospira Infection in Urban
Slum Communities. PLoS Neglected Tropical Diseases 2008,
2(1).Disponívelem:http://www.plosntds.org/article/info%3Adoi%2F10.137
1%2Fjournal.pntd.0000154.
15
Pelissari DM, Maia-Elkhoury ANS, Arsky MLN, Nunes ML. Revisão sistemática
dos fatores associados à leptospirose no Brasil, 2000-2009.
Epidemiologia e Serviços de Saúde 2011; 20(4):565-574.
Pereira CAR, Barata MLL, Neto CC, Monteiro GTR. Leptospirosis‟s trend and
seasonality in Brazil: statistical analysis of notified cases between 2008
and 2012. Revista Saúde e Pesquisa 2014, 7 (3): 395-402.
Soares TSM, Latorre MRDO, Laporta GZ, Buzzar MR. Análise espacial e
sazonal da leptospirose no município de São Paulo, SP, 1998 a 2006.
Revista Saúde Pública 2010;44(2):283-91.
Souza AAT, Ferreira FC, Rezende HD, Arruda JF, Eça PMS. Variação sazonal
e aspectos clínico-epidemiológicos da leptospirose humana na cidade de
Itaperuna-RJ. Acta Biomedica Brasiliensia 2013; 4(1): 49-53.
Vasconcelos CH, Fonseca FR, Lise MLZ, Arsky MLNS. Fatores ambientais e
socioeconômicos relacionados à distribuição de casos de leptospirose
no Estado de Pernambuco, Brasil, 2001–2009. Caderno Saúde Coletiva
2012; 20 (1): 49-56.
16
Tabela 1. Incidência da leptospirose humana por 100. 000 habitantes no DF e nas
regiões administrativas, de acordo com a definição de LPI, 2011 - 2015.
17
Figura 2. Frequência das variáveis eco-epidemiológicas relacionadas aos casos de
leptospirose humana no DF entre 2011 e 2015.
18
CAPÍTULO II
Leptospirose humana no Distrito Federal, Brasil, entre 2011 a 2015:
Caracterização sócio-epidemiológica.
Ivanildo O.C. Santos1, Maria I.R. Bofill2, Divino E.S.2,Márcio B. Castro1.
ABSTRACT. Santos I.O.C., Bofill M.I.R. Divino E.S., Castro M.B. [Human
leptospirosis in the Federal District, Brazil, from 2011 to 2015: Socio-
epidemiological characterization.] Leptospirose humana no Distrito Federal,
Brasil, entre 2011 a 2015: Caracterização sócio-epidemiológica. Data and
estimates regarding leptospirosis, especially in tropical countries, are alarming.
In the Federal District, Brazil, the disease is endemic and requires studies to
characterize the socio-epidemiological profile of the vulnerable population. 79
autochthonous human cases of the disease between 2011 and 2015, with
definition of probable infection place, were analyzed. The male population
represented 86.08% of the cases, the age group between 31 and 45 years old
was more representative and the largest part of the infected individuals belongs
to the social class D / E. The work´s place and home were the main infection
sites. The occupational profile of human leptospirosis prevailed among
merchants, drivers, caretakers, civil construction employees and general
services. Human leptospirosis, in the federative unit, is a neglected disease The
absence of public policies of prevention is an aspect that corroborates the
number of cases and annual deaths due to the disease. The tool for the
elaboration of these preventive measures should be the study of the disease at
the place of occurrence and with the infected population.
INDEX TERMS: Leptospirosis, infectious disease, epidemiology.
.
RESUMO. Dados e estimativas em relação à leptospirose, principalmente em
países tropicais, são alarmantes. No Distrito Federal, Brasil, a doença é
endêmica e exige estudos para caracterização sócio-epidemiológica da
população vulnerável. 79 casos humanos autóctones da doença, entre 2011 a
2015, com definição de local provável de infecção, tiveram os dados
analisados. A população masculina representou 86,08% dos casos, a faixa
etária entre 31 a 45 anos apresentou maior representatividade e a maior
parcela dos indivíduos infectados pertence à classe social D/E. O local de
trabalho e domicílio foram os principais sítios de infecção. O perfil ocupacional
da leptospirose humana prevaleceu entre comerciantes, motoristas, vigilantes,
empregados da construção civil e serviços gerais. A leptospirose humana, na
unidade federativa, é uma doença negligenciada A ausência de políticas
públicas de prevenção é um aspecto que corrobora o número de casos e óbitos
anuais em decorrência da doença. A ferramenta para a elaboração dessas
medidas preventivas deve ser o estudo da doença no local de ocorrência e com
a população infectada.
TERMOS DE INDEXAÇÃO: Leptospirose, doença infecciosa, epidemiologia.
1
Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília (UNB).
2
Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.
19
INTRODUÇÃO
(Brasil 2016).
20
leptospirose no DF, com objetivo de fornecer ferramentas para a promoção de
21
MATERIAL E MÉTODOS
de leptospirose no Distrito Federal (DF), Brasil, entre 2011 a 2015, foi realizada
(IBGE 2011).
ocupação ou profissão.
22
As informações das variáveis colhidas foram submetidas duas a duas
23
RESULTADOS
As faixas etárias (Figura 1A) com maior número de casos foram entre 31
das faixas de idade analisadas (>0,05), exceto para doentes entre 0 e 10 anos
(<0,0001).
24
construção civil e serviços gerais que corresponderam a 46% de todos os
casos estudados.
25
DISCUSSÃO
milhão de pessoas por ano no mundo (Allan et at. 2015, Costa et al 2015). O
humanos que merece atenção (Brasil 2016). Os dados apontam uma carência
população atingida (Araújo et al. 2013, Mesquita et al. 2016, Rodrigues 2015).
América Latina e África (Allan et al. 2015, Bello et al. 2013, Samir et al. 2015).
ambientais (Araujo et al. 2012, Belchior & Azevedo 2012, Pereira 2013), a
população masculina está mais vulnerável por ter mais exposição, além de ser
menos atenta aos cuidados preventivos (Bello et al. 2013). A saúde pública no
2013).
26
Quanto à faixa etária dos doentes no DF, o grupo de indivíduos entre 18
(Pereira 2013).
semelhante (Dusi et al. 2016). Não se pode afirmar que são estratos da
domicílio, representou a maioria dos casos. A análise dessa variável não foge
27
A maior parcela dos casos do DF indicou infecção no exercício de suas
risco negligenciadas, seja por parte dos próprios indivíduos ou por parte dos
2012, Lima et al. 2012, Costa et al. 2015, Vasconcelos et al. 2012). Nos casos
2015).
28
Unidos, são recorrentes na epidemiologia da leptospirose (Costa et al. 2015).
de lazer não é significativa (Bello et al. 2013, Díaz et al. 2015, Samir et al,
78% dos casos. No DF, a população vulnerável se distancia dos mais ricos, o
Peru e Egito (Bello et al. 2013, Díaz et al. 2015, Samir et al, 2015, Souza et al.
29
(Araujo et al. 2013, Belchior & Azevedo 2012, Jesus et al. 2012, Pelissari et al.
construção civil. As atividades que mantêm contato direto com água, solo
cientes quanto aos riscos e medidas preventivas (Clazer et al. 2015, Silva et al.
30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Albuquerque Filho APL, Araújo JG, Souza IQ de, Martins LC, Oliveira MI, Silva
MJB, Montarroyos UR, Miranda Filho DB. Validation of a case definition
for leptospirosis diagnosis in patients with acute severe febrile disease
admitted in reference hospitals at the state of Pernambuco, Brazil.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 2011; 44(6):735-
739.
Allan KJ, Biggs HM, Halliday JEB, Kazwala RR, Maro VP, Cleaveland S,
Crump JA. Zoonosis and a Paradigm for „One Health‟ in Africa. PLoS
Negl Trop Dis 2015; 14(9): 1-25.
Araújo WN, Brooke F, Ribeiro GS, Reis RB, Felzemburgh RDM, Reis MG, Ko
AI, Costa F. Knowledge, Attitudes, and Practices Related to
Leptospirosis among Urban Slum Residents in Brazil. Journal Trop Med
Hyg 2013; 88(2): 359–363.
Clazer M, Rodrigues GV, Araújo L, Lopes KFC, Zaniolo MM, Gerbasi ARV,
Gonçalves DD. Leptospirose e seu aspecto ocupacional: revisão de
literatura. Arq Ciênc Vet Zool 2015; 18(3): 191-198.
Dusi RM, Bredt A, Freitas DRC de, Bofill MIR, Silva JAM de, Oliveira SV de,
Tauil PL. Ten years of a hantavirus disease emergency in the Federal
31
District, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
2016; 49(1):34-40.
Jesus MS de, Silva LA, Lima KMS, Fernandes OCC. Cases distribution of
leptospirosis in City of Manaus, State of Amazonas, Brazil, 2000-2010.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 2012; 45(6):713-
716.
Lima RJS, Abreu EMN de, Ramos FLP, Santos RD, Santos DD dos, Santos
FAA dos, Matos LM, Saraiva JMB, Costa ARF. Análise da distribuição
espaço-temporal da leptospirose humana em Belém, Estado do Pará,
Brasil. Rev Pan-Amaz Saude 2012; 3(2):33-40.
Mesquita MO, Trevilato GC, Saraiva LH, Schons MS, Garcia MIF. Material de
educação ambiental como estratégia de prevenção da leptospirose para
uma comunidade urbana reassentada. Cad Saúde Colet 2016; 24 (1):
77-83.
Pelissari DM, Maia-Elkhoury ANS, Arsky MLN, Nunes ML. Revisão sistemática
dos fatores associados à leptospirose no Brasil, 2000-2009.
Epidemiologia e Serviços de Saúde 2011; 20(4):565-574.
Pozzati R, Beuter M, Rocha LS, Santos NO, Budó MLD, Girardon NMO. Health
care in men: reality and perspectives/O cuidado na saude dos homens:
realidade e perspectivas/El cuidado en la salud de los hombres: realidad
y perspectivas. Enfermagem Uerj 2013; 21(4): 540.
Silva GM, Oliveira JMB, Silva Neto AL, Assis NA, Mathias LA, Brandespim DF,
Pinheiro Junior JW. Pesquisa de anticorpos anti-Leptospira spp. em
32
grupos ocupacionais no Estado de Pernambuco. Rev Inst Adolfo Lutz.
2014; 73(3):252-9.
Souza AAT, Ferreira FC, Rezende HD, Arruda JFL, Eça PMF. Variação sazonal
e aspectos clínico-epidemiológicos da leptospirose humana na cidade de
Itaperuna-RJ. Acta Biomedica Brasiliensia 2013; 4(1): 49-53.
Souza VMM, Brant JL, Arsky MLS, Araújo WN. Avaliação do Sistema Nacional
de Vigilância Epidemiológica da Leptospirose – Brasil, 2007. Caderno de
saúde coletiva 2010; 18 (1): 95 – 105.
Souza VMM, Arsky MLS, Castrol APB, Araújo WN. Anos potenciais de vida
perdidos e custos hospitalares da leptospirose no Brasil. Rev Saúde
Pública 2011; 45(6):1001-8.
Vasconcelos CH, Fonseca FR, Lise MLZ, Arsky MLNS. Fatores ambientais e
socioeconômicos relacionados à distribuição de casos de leptospirose
no Estado de Pernambuco, Brasil, 2001–2009. Caderno Saúde Coletiva
2012; 20 (1): 49-56.
33
Fig.1. A- Distribuição, por faixa etária, dos casos humanos autóctones de leptospirose no DF entre 2011 a 2015. B- Representação dos locais prováveis
de infecção dos casos humanos autóctones de leptospirose no DF entre 2011 a 2015. C- Distribuição, por classe social, dos casos humanos autóctones de
leptospirose no DF entre 2011 a 2015. D- Profissões ou ocupações dos casos humanos autóctones de leptospirose no DF entre 2011 a 2015.
34
CAPÍTULO III
ABSTRACT. Santos I.O.C., Bofill M.I.R. Divino E.S., Castro M.B. [Human
leptospirosis in the Federal District, Brazil, from 2011 to 2015: Clinical-
epidemiological characterization of cases.] Leptospirose humana no Distrito
Federal, Brasil, entre 2011 a 2015: Caracterização clínica-epidemiológica dos
casos. Human leptospirosis in the Federal District, Brazil, is endemic, with high
death rates. The clinical-epidemiological characterization of the cases between
2011 and 2015 is an instrument for the recognition of the disease profile in the
federative unit and the promotion of public health policies for the prevention,
treatment, surveillance and control of the disease. The disease in the Federal
District has a prevalence of 3.33% for 100,000 and lethality rate of 21.6%. It
affects mainly male and middle age. Fever, myalgia, headache, prostration,
jaundice and calf pain were the most common clinical signs in the 97
autochthonous human cases. The evolution of the disease leads to hepatic,
renal and respiratory compromise. Despite few records, hemorrhages are
present in most lethal cases. Neurological compromises require further study.
The recognition of the clinical-epidemiological aspects is important, together
with the environmental aspects, to change the lethal scenario of human
leptospirosis in the Federal District.
INDEX TERMS: Leptospirosis, infectious disease, Clinical-pathological
characterization.
35
INTRODUÇÃO
ano (Brasil 2016). O cenário da leptospirose humana no País pode ser ainda
pior, tendo em vista que as notificações oficiais representam apenas uma parte
2015) . Por ser causada por uma bactéria com mais de 260 sorovares
Souza et al 2007) .
36
No Distrito Federal (DF), uma das menores unidades federativas e com
37
MATERIAL E MÉTODOS
Brasil, entre 2011 a 2015, foi realizada com base nos registros do Sistema
casos).
38
correlação de Pearson e para elaboração de figura, utilizando-se o software
39
RESULTADOS
40
DISCUSSÃO
acima da média nacional que é de 1,9 para 100.000 habitantes (Pelissari et al.
ainda mais elevada, atingindo mais que o dobro da média brasileira (Brasil
Sul e do Caribe (Lahera et al. 2011, Seijo et al. 2011) pacientes do sexo
DF, assim como em outras áreas do Brasil, acredita-se que indivíduos de meia
África, América do Sul e Central (Dahel et al 2010, Lahera et al. 2011, Seijo et
41
al, 2011). Esse conjunto de sinais clínicos e sintomas podem ser comuns a
2015, Damasco et al. 2011, Dusi et al. 2016, Souza et al. 2007).
(Souza et al. 2007). A invasão das células musculares pela bactéria com o
42
envolvimento dos tecidos musculares na leptospirose devem ser consideradas
com cautela, pois podem ser confundidas com outras afecções do sistema
locomotor e com a mialgia presente na dengue (Dahel et al. 2010, Lahera et al.
insuficiência renal aguda (IRA). No final do século XX, a IRA era a principal
Fontes et al. 2010, Gomes et al. 2012). A nefrite intersticial, necrose tubular,
muitas vezes a morte do paciente (Marinho 2008). No DF, não foi possível
da América do Sul e América Central (Daher et al. 2010, Fontes et al. 2010,
Gomes et al. 2012, Vieira & Brauner 2002). A mudança do perfil de causa-óbito
43
São baixos os registros de hemorragias em casos humanos de
(Daher et al. 2010, Gomes et al. 2012). Apesar da hemorragia estar associada
44
Muitos indivíduos manifestam a doença em sua forma subclínica, ou muitos
precoce, além da negligencia para com o sorovar bacteriano que pode interferir
45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Albuquerque Filho APL, Araújo JG, Souza IQ de, Martins LC, Oliveira MI, Silva
MJB, Montarroyos UR, Miranda Filho DB. Validation of a case definition
for leptospirosis diagnosis in patients with acute severe febrile disease
admitted in reference hospitals at the state of Pernambuco, Brazil.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 2011; 44(6):735-
739.
Allan KJ, Biggs HM, Halliday JEB, Kazwala RR, Maro VP, Cleaveland S,
Crump JA. Zoonosis and a Paradigm for „One Health‟ in Africa. PLoS
Negl Trop Dis 2015; 14(9): 1-25.
Badell LED, García MA, Álvarez AV, Taquechel EB, Pérez NFM, Valladares
TB. Aspectos clínicos y epidemiológicos de pacientes com leptospirosis
en Cienfuegos - 2001 – 2010. Medisur 2014; 12(4): 601-608.
Corcho DV, Soler KP, Mejía AND, Pérez AV. Estratificación del riesgo de
enfermar y morir por leptospirosis humana. Revista Cubana de Medicina
Tropical 2013; 65(2): 191-201.
Daher EF, Lima RSA, Silva Júnior GB, Silva EC, Karbage NNN, Kataoka RS,
Carvalho Júnior PC, Magalhães MM, Mota RMS, Libório AB. Clinical
presentation of leptospirosis: a retrospective study of 201 patients in a
metropolitan city of Brazil. Braz J Infect Dis 2010;14(1):3-10.
Damasco PV, Ávila CAL, Barbosa AT, Ribeiro-Carvalho MM, Pereira GMB,
Lemos ERS de, Bóia MN, Pereira MM. Atypical lymphocytosis in
leptospirosis: a cohort of hospitalized cases between 1996 and 2009 in
State of Rio de Janeiro, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical 2011;44(5):611-615.
Dusi RM, Bredt A, Freitas DRC de, Bofill MIR, Silva JAM de, Oliveira SV de,
Tauil PL. Ten years of a hantavirus disease emergency in the Federal
District, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
2016; 49(1):34-40.
46
Fontes APA, Ribeiro DP, Jesus LSB de, Almeida MLD, Silva AMS. Aspectos
funcionais respiratórios na leptospirose humana. Revista da Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical 2010; 43(2):161-165.
Lahera LRM, Sandoval VR, Poveda ER, Martínez GIZ, Del Rey SI.
Características clinicoepidemiológicas y microbiológicas de pacientes
com leptospirosis. Medisan 2011;15(1):43.
Pelissari DM, Maia-Elkhoury ANS, Arsky MLN, Nunes ML. Revisão sistemática
dos fatores associados à leptospirose no Brasil, 2000-2009.
Epidemiologia e Serviços de Saúde 2011; 20(4):565-574.
Romero EC, Blanco RM, Yasuda PH. Aseptic meningitis caused by Leptospira
spp diagnosed by polymerase chain reaction. Mem Inst Oswaldo Cruz
2010; 105(8): 988-992.
Souza AAT, Ferreira FC, Rezende HD, Arruda JFL, Eça PMF. Variação sazonal
e aspectos clínico-epidemiológicos da leptospirose humana na cidade de
Itaperuna-RJ. Acta Biomedica Brasiliensia 2013; 4(1): 49-53.
47
Souza VMM, Arsky MLS, Castrol APB, Araújo WN. Anos potenciais de vida
perdidos e custos hospitalares da leptospirose no Brasil. Rev Saúde
Pública 2011; 45(6):1001-8.
Soares TSM, Latorre MRDO, Laporta GZ, Buzzar MR. Análise espacial e
sazonal da leptospirose no município de São Paulo, SP, 1998 a 2006.
Revista Saúde Pública 2010;44(2):283-91.
48
Figura 1. Frequência dos sinais clínicos e sintomas em indivíduos com leptospirose humana autóctone do DF
(n= número de observações), entre 2011 e 2015.
49
ANEXO
50