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Teoria Microeconômica IV

Parte 1. Seleção adversa, sinalização e triagem

Capitulo II. Sinalização


4◦ Trimestre 2012

Mestrado em Economia

Victor Filipe (FGV) Teoria Microeconômica IV 4o trimestre 2012 1 / 45


Spence (1973)

Em virtude do problema de seleção adversa, os indivı́duos mais


produtivos da economia ficam desempregados
É natural que busquem uma forma de comunicar ao mercado (ou
sinalizar) sua maior produtividade
A questão é se encontram uma tecnologia para fazê-lo que não seja
acessı́vel (ou que o seja somente a um custo que não compensa)
aos indivı́duos de produtividade baixa
Spence (1973), em seu clássico artigo, considerou o papel da
educação como instrumento de sinalização

Spence, A.M.
Job market signaling
Quarterly Journal of Economics (1973)

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Os indivı́duos

Os indivı́duos tem dois possı́veis nı́veis de produtividade

θH > θL > 0

A probabilidade de que um indivı́duo tenha produtividade θH é


λ ∈ (0, 1)
Duas interpretações possı́veis
I Temos um único indivı́duo e a “natureza” escolha a produtividade
de maneira aleatória
I Temos muitos indivı́duos e λ representa a proporção de indivı́duos
com alta produtividade

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Educação

Antes de entrar no mercado de trabalho, o indivı́duo pode adquirir


um nı́vel e > 0 de educação
O nı́vel da educação é observável (a produtividade não)
I Nı́vel corresponde à dificuldade do curso
A educação não afeta a produtividade
Existe um custo c(e, θ) para adquirir o nı́vel e que depende da
produtividade
I Esforço para entrar num curso e não ser jubilado, ou para conseguir
notas boas

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Custo

Supomos que a função c é C 2


c(0, θ) = 0
ce (e, θ) > 0: quanto mais elevado o nı́vel, mais difı́cil é o curso
cee (e, θ) > 0: convexidade
cθ (e, θ) < 0: é mais fácil adquirir educação para o trabalhador
mais produtivo
c(e, θH ) < c(e, θL )
ceθ (e, θ) < 0: o custo marginal também é menor para o
trabalhador mais produtivo

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Single-crossing

Single-crossing
A condição que vai permitir avançar muito na caracterização do
equilı́brio é a condição de single-crossing

ce (e, θH ) < ce (e, θL )

também conhecida como condição de Spence–Mirrlees

Araujo, A. and Moreira, H.


Adverse selection problems without the Spence Mirrlees condition
Journal of Economic Theory (2010)

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Payoff

A utilidade do trabalhador θ com nı́vel e de educação



 w − c(e, θ) se empregado
u(w, e|θ) =
r(θ) − c(e, θ) se desempregado

onde w é o salário ofertado pela empresa escolhida


Vamos supor (para simplificar) que r(θ) = 0

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Single crossing
Uma curva de indiferença de θH cruza uma curva de indiferença de θL
no máximo uma vez

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Sinalização

O único equilı́brio sem a possibilidade de sinalização é

E ? = {θL , θH } e w? = E[θ]

Todos são empregados e ganham o salário correspondente à


produtividade média
Educação (inútil) vai servir como sinalização da produtividade não
observável
Ao equilı́brio, o trabalhador mais produtivo tem interesse em
escolher um nı́vel suficientemente alto de educação para que o
trabalhador menos produtivo não tenha incentivos em fingir ser de
alta produtividade

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Etapas do jogo

1 A natureza determina a produtividade do trabalhador


I O trabalhador, e somente ele, observa sua produtividade
2 O trabalhador escolhe seu nı́vel educacional, e > 0, que é
observado por todos (é de conhecimento comum, na verdade)
3 Observando e, as firmas i ∈ {1, 2} simultaneamente, ofertam wi (e)
4 O trabalhador observa as ofertas e escolha se trabalha, e onde
trabalha, caso opte por trabalhar
Temos um sub-jogo de Bertrand entre as duas firmas que competem
pelo trabalhador de nı́vel educacional e

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Jogo dinâmico em forma extensa

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Equilı́brio Bayesiano perfeito

Definição
Um equilı́brio Bayesiano perfeito (PBE) deste jogo é
um perfil de estratégias (puras ou mistas)
uma função crença

e 7−→ µ(e) = Prob{θ = θH } ∈ [0, 1]

que descreve a crença associada à probabilidade que um indivı́duo


com educação e tenha produtividade alta
tais que [...]

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Equilı́brio Bayesiano perfeito

Definição (...)
1 A estratégia dos trabalhadores é ótima dada a estratégia das firmas
2 A função µ? é obtida a partir da estratégia dos trabalhadores
usando a regra de Bayes (sempre que possı́vel)
3 As ofertas salariais wi? (e) das firmas para cada nı́vel de educação,
e, são um equilı́brio de Nash do jogo simultâneo em que a
probabilidade de um trabalhador ser de produtividade alta é µ? (e)

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Equilı́brio Bayesiano perfeito

Ou seja, a solução do jogo é uma coleção de estratégias e crenças tais


que
dadas as crenças, o equilı́brio é perfeito em sub-jogos
dadas as estratégias, as crenças são auto-confirmadas

Último sub-jogo
Para cada par (w1 , w2 ) de ofertas salariais, o trabalhador
aceita trabalhar se w = max{w1 , w2 } > 0, se não recusa o trabalho
escolha a empresa oferecendo o maior salário, ou usa uma loteria
simétrica para decidir quando w1 = w2

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Equilı́brio dos sub-jogos
Suponha, então, que tenhamos definido a função

e 7−→ µ? (e) ∈ [0, 1]

Ao observar o nı́vel de educação e, as firmas crêem que a


produtividade esperada é dada por

µ? (e)θH + (1 − µ? (e))θL

Dadas essas crenças, o equilı́brio do sub-jogo de Bertrand das


firmas é caracterizado pelas ofertas salariais

w1? (e) = w2? (e) = w? (e) ≡ µ? (e)θH + (1 − µ? (e))θL

O equilı́brio do sub-jogo é simétrico e, em equilı́brio, as firmas têm


lucro zero

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Equilı́brio separador

Falta identificar as estratégias

e? (θ) ∈ argmax{w? (e) − c(e, θ) : e > 0}

de cada trabalhador θ para verificar se as crenças e 7→ µ? (e) são


auto-confirmadas
Definição
Um equilı́brio Bayesiano perfeito (e? , µ? , w? ) é dito separador quando
os nı́veis educacionais são distintos

e? (θH ) 6= e? (θL )

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Equilı́brio separador

Lemma
Em um equilı́brio Bayesiano perfeito separador temos

w? (e? (θ)) = θ

Cada trabalhador recebe o salário igual a produtividade dele

Lemma
Em um equilı́brio Bayesiano perfeito separador temos

e? (θL ) = 0

O trabalhador de baixa produtividade decide não adquirir educação

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Equilı́brio separador

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Equilı́brio separador

Ainda temos que definir


a estratégia e? (θH )
a crença µ? : e 7→ µ? (e) e deduzir

w? (e) = µ? (e)θH + (1 − µ? (e))θL

ou de maneira simétrica, a regra salarial w? (·) ∈ [θL , θH ] e deduzir


a crenças compatı́vel

w? (e) − θL
µ? (e) =
θH − θ L

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Regra salarial

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Equilı́brio separador

Para ser um equilı́brio separador, precisamos

e? (θH ) > 0

Para ser um equilı́brio perfeito, precisamos

µ? (e? (θH )) = 1 e µ? (e? (θL )) = 0

ou de forma equivalente

w? (e? (θH )) = θH e w? (e? (θL )) = 0

Fora do equilı́brio, i.e., para e 6∈ {e? (θH ), e? (θL )}, temos uma certa
liberdade para definir µ? (e) ∈ [0, 1] ou w? (e) ∈ [θL , θH ]

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Equilı́brio separador

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Equilı́brio separador

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Equilı́brio separador

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Equilı́brio separador
Seja ẽ tal que θL é indiferente entre (0, θL ) e (ẽ, θH ), i.e.,

θH − c(ẽ, θL ) = θL

Seja e1 tal que θH é indiferente entre (0, θL ) e (e1 , θH )

θH − c(e1 , θH ) = θL

Note que, pela condição de single-crossing, necessariamente1

ẽ < e1

Proposição
Existe um equilı́brio separador se e somente se

ẽ 6 e? (θH ) 6 e1
1
Temos c(e1 , θH ) − c(0, θH ) = c(ẽ, θL ) − c(0, θL )
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Equilı́brio separador

Necessidade.
Suponha que e? (θH ) = ê < ẽ
I Como o equilı́brio é separador, devemos ter w? (ê) = θH
I Nesse caso, a melhor resposta do trabalhador θL não é e? (θL )
Suponha que e? (θH ) = ê > e1
I Como o equilı́brio é separador, devemos ter w? (e1 ) = θH
I Nesse caso, a melhor resposta do trabalhador θH não é e? (θH )

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Equilı́brio separador

Suficiência.
Seja ê ∈ [ẽ, e1 ]
Define as estratégias
I e? (θL ) = 0, e? (θH ) = ê
I w? (0) = θL , w? (ê) = θH
Ainda devemos construir w? (e) para e 6∈ {0, ê}
Esses salários devem ser tais que:
I o trabalhador θL não tem incentivos a desviar
I o trabalhador θH não tem incentivos a desviar

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Equilı́brio separador
Suficiência.
Para isso, devemos escolher w? (e) tal que

θL = u(w? (0), 0|θL ) > u(w? (e), e|θL ) = w? (e) − c(e, θL )

θH −c(ê, θH ) = u(w? (ê), ê|θH ) > u(w? (e), e|θL H) = w? (e)−c(e, θH )

Existem várias soluções, uma delas é a seguinte:



? θL se e < ê
w (e) =
θH se e > ê

Essa construção é possı́vel pela propriedade de single-crossing

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Multiplicidade de equilı́brios

Dado uma escolha ê ∈ [ẽ, e1 ] do nı́vel de educação do


trabalhador θH , existe uma infinidade de regras de preços
compatı́veis ao equilı́brio, mas todas elas levam ao mesmo
bem-estar
Existe outra multiplicidade mais relevante: existe um BPE para
cada nı́vel de educação ê ∈ [ẽ, e1 ]
Esses equilı́brios são hierarquizáveis no sentido de Pareto
Quanto menor o esforço ê, melhor

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Multiplicidade de equilı́brios

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Multiplicidade de equilı́brios e problema de coordenação

O equilı́brio com ê > ẽ é Pareto dominado pelo equilı́brio onde


e? (θH ) = ẽ
Como essa situação é sustentada?
Problema de coordenação de crenças:
I Considera um equilı́brio com ê > ẽ
I O trabalhador θH não quer diminuir o esforço de educação porque
ele tema que as firmas paguem menos ou até paguem o mı́nimo
I As crenças das firmas (acreditando que só o esforço educacional ê é
uma sinalização de alta produtividade) são consistentes ao equilı́brio

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Eficiência do equilı́brio separador

Podemos comparar os equilı́brios separadores com a situação em


que a sinalização não é possı́vel
Neste caso, como supusemos r(θ) = 0, ambos os tipos de
trabalhadores estariam empregados no equilı́brio competitivo sem
sinalização e receberiam o salário E[θ]
Quando a sinalização é introduzida, o indivı́duo menos produtivo
perde o subsı́dio cruzado E[θ] − θL e reduz seu bem estar
E o indivı́duo mais produtivo?

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Eficiência do equilı́brio separador

O bem estar do indivı́duo mais produtivo piora se

λθH + (1 − λ)θL = E[θ] > θH − c(ẽ, θH )

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Equilı́brio agregador

Definição
Um equilı́brio Bayesiano perfeito (e? , µ? , w? ) é dito agregador quando
os nı́veis educacionais são idênticos

e? (θH ) = e? (θL ) = e?

Como as crenças das firmas têm que ser corretas ao equilı́brio, devemos
ter
µ? (e? ) = λ
Implicando que no caminho de equilı́brio, temos

w? (e? ) = E[θ]

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Equilı́brio agregador
Seja e0 o nı́vel de educação verificando

E[θ] − c(e0 , θL ) = u(E[θ], e0 |θL ) = u(θL , 0|θL ) = θL

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Equilı́brio agregador

Proposição
Se e? é o nı́vel de educação num equilı́brio agregador, então temos
e? ∈ [0, e0 ]
Reciprocamente, qualquer nı́vel de educação e? no intervalo [0, e0 ] é
sustentável como equilı́brio agregador

Os equilı́brios agregadors são múltiplos e hierarquizáveis: quanto


menor e? maior o bem estar

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Equilı́brio agregador

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Multiplicidade e refinamentos

A multiplicidade de equilı́brios pode ser visto como uma fraqueza


deste modelo
O que pode ser previsto?
I agregador ou separador
I que nı́vel de educação ao equilı́brio?
Essa multiplicidade vem da indeterminação das crenças µ(e) para
todo nı́vel de educação e fora do caminho de equilı́brio
{e? (θL ), e? (θH )}
A literatura recente procura refinar o conceito de PBE para
eliminar crenças não “razoáveis”

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Exemplo de refinamento

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Exemplo de refinamento

Para sustentar e1 como nı́vel de educação ao equilı́brio, as firmas


têm que crer que podem existir trabalhadores θL que possam
escolher um nı́vel de educação abaixo de e1
Essa crença não é consistente com os incentivos dos trabalhadores
θL
Um trabalhador θL prefere não fazer esforço do que adquirir um
nı́vel de educação ê > ẽ e receber um salário abaixo de θH
Se as firmas entendem esses incentivos ao formar as crenças, elas
irão escolher
∀e ∈ (ẽ, e1 ], µ? (e) = 1
Com essas crenças, o único nı́vel de educação ao equilı́brio é ẽ, o
nı́vel eficiente

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Equilı́brio separador

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Second best Pareto improvement
Quando temos
E[θ] > u(θH , ẽ|θH )
o melhor equilı́brio separador é Pareto dominado se um planejador
intervém e propõe o salário E[θ] para os trabalhadores independente do
esforço

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Second best Pareto improvement
Mesmo quando temos
E[θ] < u(θH , ẽ|θH )
o planejador pode implementar um equilı́brio que Pareto domina o
melhor equilı́brio separador

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Second best Pareto improvement
Sejam ŵL , ŵH e êH definidos abaixo

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Second best Pareto improvement

Considera o seguinte mecanismo: o planejador oferece


o salário ŵH para quem tem educação e > êH
o salário ŵL para os outros

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