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30/10/2018

DOENÇA CELÍACA – ESPRU NÃO TROPICAL

Profa Cristiane Pereira


É uma doença inflamatória do intestino delgado que resulta da
resposta inapropriada, autoimune, mediada pelas células T, à
ingestão do glúten em indivíduos com predisposição genética.

É uma intolerância
Doença Celíaca permanente ao glúten
caracterizada por atrofia
total ou subtotal da
mucosa do intestino
delgado proximal com
consequente má absorção
de alimentos.

Profa Cristiane Pereira

DOENÇA CELÍACA DOENÇA CELÍACA


Geralmente começa na infância até os 5 anos (adolescência ou Glúten é a fração de peptídeos específicos encontrada no trigo, centeio,
idade adulta). cevada e aveia

Ocorre predominantemente em pessoas de raça branca. Fração proteíca do glúten solúvel em etanol ( fração tóxica) – PROLAMINA

Na Europa a prevalência oscila entre 1:500 a 1:3000.


Trigo
Gliadina
É rara ou inexiste em negros e asiáticos.
Centeio
Secalina

Cevada
Hordeína

Aveia
Aveína
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Todas as alterações
patológicas características da
DOENÇA CELÍACA DOENÇA CELÍACA
doença celíaca são mais
marcadas no duodeno e jejuno
proximal, pois estas são as
Moléculas de peptídeos áreas expostas a maior
HLA – DQ2 Atrofia dos vilos intestinais: concentração de glúten nos
do Glúten alimentos.
HLA - DQ 8
 Função secretora;
Atrofia das vilosidades, com aplanamento da superfície da mucosa. As vilosidades
 Função digestiva; ficam curtas e de base larga, podem fundir-se, ou desaparecer completamente.

Reação Inflamatória e  Função absortiva Encurtamento das criptas glandulares.


Auto imune
Má Absorção Infiltrado linfoplasmocitário na lâmina própria.

Desnutrição
As células epiteliais superficiais tornam-se cuboidais e os núcleos assumem
posições irregulares.
Produção de Anticorpos antigliadina, Doenças Malignas
transglutaminase e endomísio As microvilosidades estão encurtadas e distorcidas, contribuindo para a redução
da área de absorção

↓ dissacaridases e Peptidases

↓carreadores de transporte de nutrientes


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Formas Clínicas da Doença Celíaca Formas Clínicas da Doença Celíaca

•Inicia-se nos primeiros anos de vida;


•Diarréia crônica, vômitos, irritabilidade, falta de

Forma apetite;
•Déficit de crescimento, diminuição do tecido
• Manifestações digestivas estão ausentes ou
ocupam um segundo plano;
Clássica
subcutâneo;
• Apresentam-se mais tardiamente nas crianças;
Forma
•Distensão abdominal; Atrofia da musculatura
glútea. • Os pacientes podem apresentar manifestações
•Fezes fétidas, gordurosas e volumosas. isoladas como:
não- • Baixa estatura;
• Anemia ferropriva refratária á ferroterapia oral;
clássica • Artralgia ou artrite;
• Dermatite herpetiforme;
• Hipoplasia dos esmalte dentário;
• Osteoporose e esterilidades.

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Formas Clínicas da Doença Diagnóstico da Doença Celíaca


Celíaca
• Comprovadas entre familiares de
primeiro grau de pacientes  Avaliação da função digestiva-absortiva
celíacos através de marcadores Prova de absorção da D-Xilose
Forma sorológicos para doença celíaca:

assintomática: • Anticorpos antigliadina  Dosagem da gordura das fezes

• Auto anticorpos antiendomísio e


antireticulina  Avaliação sorológica
 Anticorpos antigliadina (antígeno gliadina)
 Auto anticorpos antiendomísio e antireticulina ( antígeno
camada muscular do intestino)

 Estudo histopatológico do intestino delgado


 Biopsia do intestino delgado (junção duodenojejunal)
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DIETOTERAPIA NA DOENÇA CELÍACA CONDUTAS NUTRICIONAIS NA DOENÇA CELÍACA

Exclusão total dos alimentos que contenham glúten por toda a vida
OBJETIVOS
• Trigo,
Corrigir as alterações fisiopatológicas do intestino (contato c/glúten) • Centeio
• Cevada
Recuperar o estado nutricional
• Aveia
Favorecer a absorção

Moderar o trânsito intestinal


Dentro de 2 a 8 semanas de
início do dieta sem glúten, a
maioria dos pacientes relata
A instituição de uma dieta sem GLIADINA geralmente reverte o processo que os sintomas desaparecem.
e a mucosa intestinal reverte ao normal ( meses ou anos para
recuperação máxima ) Recuperação máxima pode
ocorrer em meses ou anos.

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CONDUTAS NUTRICIONAIS NA DOENÇA CELÍACA


CONDUTAS NUTRICIONAIS NA DOENÇA CELÍACA

• Grãos: Feijão, lentilha, soja, ervilhas, grão-de-


Inicialmente deve-se eliminar: Alimentos bico
permitidos: : • Legumes, Hortaliças, frutas, ovos, carnes
• Leite e derivados • Araruta, trigo sarraceno, amaranto
• Sacarose
• Gorduras • Milho : Farinha de milho, amido de milho e fubá;
O glúten pode ser • Arroz: farinha de arroz;
Introduzir coalhada ou queijo fresco substituído por: • Batata: fécula de batata;
• Mandioca: Farinha de mandioca, polvilho.

Redução da atividade da lactase e A evolução natural


sacarase da dietoterapia deve
(temporária → reintrodução gradual) levar á dieta normal,
desde que isenta de
glúten

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CONDUTAS NUTRICIONAIS NA DOENÇA CELÍACA


CONDUTAS NUTRICIONAIS NA DOENÇA CELÍACA

• Trigo branco e o trigo integral


• Todos os produtos derivados do pão, A cerveja e o malte fermentado devem ser retirados (CEVADA!)
Devem molhos e cremes engrossados com
ser farinha de trigo, macarrão,
espaguete, talharim, biscoitos, bolos
Suplementar cálcio, ferro, sódio, potássio
excluídos e confeitos feitos de farinha de trigo,
também: centeio, aveia ou cevada Suplementar as vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K), ácido fólico e vitamina B12
• Cuidados com a contaminação
acidental de alimentos com glúten Reposição de líquidos e eletrólitos

Administrar cálcio e vitamina D – Corrigir a osteoporose e osteomalácia

Suplemento múltiplos de vitaminas e minerais (DRIs) em casos de má absorção

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Fornecer TCM - ↑ calorias e nutrientes lipossolúveis

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DIABETES MELLITUS TIPO I

Profa Cristiane Pereira


DIABETES MELLITUS TIPO I
É o resultado do desequilíbrio entre a efetividade da produção
de insulina e as necessidades glicêmicas da célula , com o
objetivo de manter a homeostase.

É uma doença metabólica crônica caracterizada por


alterações no metabolismo dos CH, PTN e LIP, além de
complicações secundárias às lesões micro e macrovasculares.
• Oculares
• Vasculares
• Neurológicas
Profa Cristiane Pereira Ancona Lopez, Fabio. Nutrição e dietética em clinica pediátrica, 2003

DIABETES MELLITUS TIPO Autoanticorpos Diabetes tipo


I 1

No DM Tipo 1 a produção de insulina fica


progressivamente mais comprometida devido a: • Ac anti-células beta (ICA)
• Ac. Anti-insulina (IAA)
 Agressões do tipo auto imune à célula beta • Ac. Anti-descaboxilase da ácido glutâmico (GAD)
Genes
codificados
(presença de anticorpos dirigidos a ilhota de • Ac. Anti-Tirosina fosfatase (IA-2 e IA-2b)
HLA-DQ Langerhans )
 Idiopáticas (ausência de anticorpos)

Genes
relacionados
à resistência
à doença

Profa Cristiane Pereira Ancona Lopez, Fabio. Nutrição e dietética em clinica pediátrica, 2003 Profa Cristiane Pereira

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Fisiopatologia da Diabetes tipo I


Genes de susceptibilidade ligados ao HLA ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO DO
(Autoimunidade primária) DIABETES TIPO I
Agente ambiental
Vírus, toxinas

Insulinite
Lesão células 
Ativação de auto-anticorpos anti-
Células  alteradas Células 

Lesão imunitária da células 


 Síntese de insulina
Mediada por AC e linfócitos

Diabetes mellitus

Com destruição de mais de 90% da células  Este processo de perda celular pode levar meses ou anos, mas só aparece
Profa Cristiane Pereira
Sem alteração das células a clinicamente quando cerca de 70 a 80% da massa de célula  já esta reduzida

Principais Alterações Metabólicas


TRATAMENTO DO DIABETES
MELLITUS TIPO I
Pilares básicos para abordagem terapêuticas:

 Secreção e/ou Atividade  Concentração de INSULINOTERAPIA


da Insulina Glucagon
ATIVIDADE FÍSICA

PLANEJAMENTO ALIMENTAR

Hiperglicemia  Lipólise Tecido  Proteólise


EDUCAÇÃO EM DIABETES
Extracelular Adiposo Muscular

Profa Cristiane Pereira Ancona Lopez, Fabio. Nutrição e dietética em clinica pediátrica, 2003 Profa Cristiane Pereira Ancona Lopez, Fabio. Nutrição e dietética em clinica pediátrica, 2003

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TRATAMENTO DO DIABETES TRATAMENTO DO DIABETES


MELLITUS TIPO I MELLITUS TIPO I

Insulinoterapia – Tipos de Insulina:


 ATIVIDADE FÍSICA
 NPH Melhora a sensibilidade a Insulina;
▪ Ação Intermediária
▪ Pico de ação 4 a 6 horas
Controle Glicêmico;
▪ 1 a 3 aplicações por dia Manutenção do Peso.
▪ Insulina Basal
 AÇÃO RÁPIDA (Regular)
Nos dois primeiros anos de evolução 
0,5 a 0,6 U/Kg/dia
 AÇÃO ULTRA RÁPIDA
▪ Menor Hipoglicemia Após dois anos de evolução  0,7 a 1,0
U/Kg/dia (1,5)
▪ Melhor controle Pós-Prandial
▪ Bomba de Insulina 2 a 3 vezes por dia antes das principais
refeições

Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira


Palma, Domingos. Guia de Nutrição clinica na Infância e na Adolescência, 2009 Palma, Domingos. Guia de Nutrição clinica na Infância e na Adolescência, 2009

DIABETES MELLITUS TIPO Passos para Prescrição


I METAS DA TERAPIA NUTRICIONAL
Dietoterápica
 Determinar o peso ideal
 Manter níveis glicêmicos, Lipídicos e PA dentro da normalidade ou
próximo  Prevenir complicações vasculares  Mediana de peso (P50)/Estatura atual - Até 10 anos

 Promover Crescimento e desenvolvimento adequado para a faixa etária e  Peso ideal segundo IMC – Adolescentes
para o estado puberal
 Determinar o nível de atividade do paciente
 Tratar a obesidade  Manutenção do peso ou perda gradual  Preserva
 Determinar o número de calorias necessárias para a manutenção
ganho estatural  Redução do IMC
do peso ideal e adicionar as calorias necessárias ao grau de
 Tratar os fatores agravantes da obesidade como a dislipidemia e HAS atividade
 Prevenir Doenças Cardiovasculares
 Distribuir o total calórico nas porcentagens ideais
 Evitar Hipoglicemia, Propiciar bem estar ao paciente
Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira Ancona Lopez, Fabio. Nutrição e dietética em clinica pediátrica, 2003
Palma, Domingos. Guia de Nutrição clinica na Infância e na Adolescência, 2009  Distribuir o total de carboidratos entre as refeições

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Necessidades Nutricionais e Necessidades Nutricionais e


Composição da Dieta Composição da Dieta

▪ O consumo de alimentos dietéticos NÃO deve ser encorajado;


 Considerar aspectos individuais, preferências
culturais e étnicas;
 Não é indicado DIETAS RESTRITIVAS ▪ Para menores de 6 meses, recomenda-se aleitamento materno
e se não for possível, mamadeira a cada 3 a 4 horas;
 Fracionar a dieta em 6 refeições:
 3 refeições maiores e 2 a 3 lanches conforme
faixa etária
 Seguir pirâmide Alimentar

Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira Ancona Lopez, Fabio. Nutrição e dietética em clinica pediátrica, 2003
Palma, Domingos. Guia de Nutrição clinica na Infância e na Adolescência, 2009

Necessidades calóricas de acordo com


Necessidades Nutricionais e o grau de atividade física
Composição da Dieta
Grau de atividade Atividade Física Necessidades
Física Calóricas
 As necessidades da criança ou adolescente com DM
são iguais as de individuo que não tem DM – Faixa
Etária Atividade leve Escrever, caminhar, pescar 100 a 200
cal/hora

Atividade Andar de bicicleta, de patins, 200 a 350


Moderada jogar boliche cal/hora

Atividade Intensa Correr, jogar futebol, tênis, 400 a 900


aeróbica cal/hora

Profa Cristiane Pereira Ancona Lopez, Fabio. Nutrição e dietética em clinica pediátrica, 2003
Palma, Domingos. Guia de Nutrição clinica na Infância e na Adolescência, 2009

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Necessidades Nutricionais e
Composição da Dieta
Índice Glicêmico
 CARBOIDRATOS
 55-60% do VCT
 Não são permitidos dietas restritas em CH
( 130 g/dia)
 Menos de 10% de açucares simples
 Encorajar o consumo de fibras : 0,5g/kg/dia
ou 14g/1000Kcal
O índice glicêmico (IG) representa a qualidade de uma quantidade fixa de carboidrato
disponível de Dieta
 um com baixo
determinado ÍNDICE
alimento, GLICÊMICO
em relação a um alimento-controle, que
normalmente é o pão branco ou a glicose. A partir daí, são classificados baseados em
seu potencial em(controverso)
aumentar a glicose sangüínea. Através da analise da curva glicêmica
produzida por 50g de carboidrato (disponível) de um alimento teste em relação a curva
de 50g de carboidrato do alimento padrão (glicose ou pão branco).
Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira
Palma, Domingos. Guia de Nutrição clinica na Infância e na Adolescência, 2009

Contagem de Carboidratos Contagem de Carboidratos

Lista de substituições – São baseados nas porções da pirâmide dos alimentos e


seus grupos principais são:

• Pães e Massas
• Cereais
• Leguminosas
• Carnes e Ovos
• Leite e Derivados
• Frutas
• Hortaliças
• Gorduras

Contagem de Carboidratos – É uma extensão da lista de substituição, porém


centrada nos carboidratos:

• Pães e Massas
• Frutas
Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira
• Leite de Derivados

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Objetivos Glicêmicos e de Hemoglobina


Contagem de Carboidratos Glicada por Idade

Pré-prandial Pós-Prandial Hemoglobina


Idade (mg/dl) (mg/dl) Glicada

< 6 anos 100-180 110-200 < 8,5

6-12 anos 90-180 100-180 <8

13-19 anos 90-130 90-150 < 7-7,5


1 Unidade de Insulina - Metaboliza 15 gramas de Carboidratos

Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira Diretrizes da Sociedade Brasaileira de Diabetes, 2007

Necessidades Nutricionais e
Necessidades Nutricionais e Composição da Dieta
Composição da Dieta Gordura Monoiinsaturada Gordura Poliinsaturada

▪ PROTEÍNAS
▪ 15 – 20% do VCT
▪ Dietas Hiperproteícas não estão recomendadas

▪ GORDURAS
▪ Até 30% (MÁX)
▪ Gordura Saturada < 7% VCT
▪ Colesterol < 200 mg
▪ Gordura Monoinsaturada 15% VCT Gordura Saturada
▪ Ingestão de peixes – 2 a 3 x /semana (W3)

Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira


Palma, Domingos. Guia de Nutrição clinica na Infância e na Adolescência, 2009 Palma, Domingos. Guia de Nutrição clinica na Infância e na Adolescência, 2009

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Necessidades Nutricionais e
Composição da Dieta

 Micronutrientes
▪ Consumir quantidades adequadas
▪ Suplementar se necessário

 Álcool
▪ Desestimular o consumo

Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira


Palma, Domingos. Guia de Nutrição clinica na Infância e na Adolescência, 2009

OBESIDADE INFANTIL
Profa Cristiane Pereira

OBESIDADE Conceito:

INFANTIL
É definida como distúrbio do metabolismo energético, doença crônica
complexa, de etiologia multifatorial.

Acarreta excessivo acúmulo de gordura corporal  Repercussões Orgânicas e


Psicossociais

Segundo a OMS (1990), a ocorrência da


obesidade nos indivíduos reflete
a interação entre
fatores dietéticos
e ambientais
com uma predisposição genética.

Profa Cristiane Pereira Ancona Lopez, Fabio. Nutrição e dietética em clinica pediátrica, 2003

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ETIOLOGIA DA OBESIDADE
ETIOLOGIA DA OBESIDADE
FATORES
ENDÓCRINO-
METABÓLICO Gasto Energético
Hábitos
Alimentares Perda de massa magra
Inadequados
OBESIDADE FATORES Manutenção a longo prazo
FATORES
AMBIENTAIS do peso corporal
GENÉTICOS INFANTIL

FATORES
PSICOLÓGICOS Atividade Física

Acúmulo excessivo de energia sob a forma


FATORES AMBIENTAIS
de gordura no organismo
Profa Cristiane Pereira Ancona Lopez, Fabio. Nutrição e dietética em clinica pediátrica, 2003 Profa Cristiane Pereira Vitolo, 2003

COMPORTAMENTO ALIMENTAR
OBESIDADE INFANTIL

FATORES INTERNOS
FATORES EXTERNOS
•Necessidades e CLASSIFICAÇÃO
•Unidade familiar
características
•Atitudes de pais e
psicológicas  Obesidade exógena ou simples ou Primária (95 -98%) – Origina-se do
amigos desequilíbrio entre ingestão e gasto calórico. Interação de Fatores
•Imagem Corporal
•Valores Sociais e Genéticos e Ambientais.
•Valores e experiências
Culturais COMPORTAMENTO Pessoais
•Mídia ALIMENTAR Obesidade endógena ou genética (2-5%) – Causadas por síndromes
•Auto-estima 
•Alimentos Rápidos genéticas (Prader-Willi, Bardet-Biedl), tumores de cranio, faringeoma ou
•Preferências
•Conhecimento de distúrbios endócrinos (hipotireoidismo, síndrome de Cushing); cirurgias,
alimentares
Nutrição radioterapia, uso de corticoides.
•Saúde e
•Manias Alimentares
desenvolvimento
psicológico

Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira Ancona Lopez, Fabio. Nutrição e dietética em clinica pediátrica, 2003

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Fisiopatologia da Fisiopatologia da
Obesidade Obesidade
 Ainda não está bem elucidado

Regulador do Apetite
Leptina
Armazenamento de Gordura Corporal

Neuropeptideos Estimulador da Ingestão Alimentar


Orexígenos

CKK Redução da Ingestão Alimentar

Grelina Estimulador da Ingestão Alimentar

Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira

Diagnóstico da Obesidade
Diagnóstico da Obesidade
 Anamnese

Idade de Inicio Desenvolvimento Limitações para


Neuropsicomotor atividade fisica  Exame Físico
Fatores Antecedentes Morbidos Tempo gasto com  Peso, Altura e IMC
desencadeantes atividade sedentária
 Pregas Cutâneas
Evolução da Doença Uso de Medicamentos Horas de sono e
qualidade do sono  Circunferência abdominal
Tratamento Prévio Histórico Alimentar Dores articulares,  Outros: BIA e DEXA
alterações menstruais
Dados da Gestação, Atividade Fisica Histórico familiar
parto e nascimento

Profa Cristiane Pereira

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Complicações da Obesidade

Profa Cristiane Pereira


Complicações da
Obesidade

Profa Cristiane Pereira

Algumas características da obesidade:

Crescimento das mamas em um adolescente do sexo masculino

Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira

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Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira

Resistência insulínica
Complicações da Obesidade

 Alterações do Metabolismo Glicídicos


 Resistência insulínica
 Hiperinsulinemia
 Intolerância a Glicose
Diagnóstico de Intolerância a Glicose e Diabetes
Glicemia jejum (8 a 12 h) Glicemia 100 -126 mg/dl

1 - A insulina liga-se ao receptor na membrana


TTOG de 2h Glicemia <140 mg/dl – Normal
Glicemia <140 - 200mg/dl – Intolerância 2 - Ativando a cascata molecular para sinalização da abertura da
proteína de transporte de glicose (glut4)
Diabete Melito Glicemia ao acaso  200 mg/dl
3 - Abertura da proteína glut4, possibilita a entrada da glicose na
Glicemia de jejum 8 h  126 mg/dl
célula
Glicemia após 2 h TTOG  200 mg/dl
4 - Ocorre o armazenamento da glicose na forma de glicogênio no
músculo esquelético e Fígado.

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Resistência insulínica x Obesidade Complicações da Obesidade


 DISLIPIDEMIA

Colesterol Total Desejável < 150 mg/dl


Limítrofe 150-169 mg/dl
Aumento
TG Aumentado  170 mg/dl
LDL- C Desejável < 100 mg/dl

Aumento Limítrofe 100-129 mg/dl


LDL Aumentado  130 mg/dl
TG Desejável < 100 mg/dl
Redução Limítrofe 100-129 mg/dl
HDL Aumentado  130 mg/dl
HDL - C  45 mg/dl

TRATAMENTO DAS MORBIDADES ASSOCIADAS A


Complicações da OBESIDADE
Obesidade
OBESIDADE

SINDROME METABÓLICA

 Doença Gordurosa do Fígado Não Alcoólica (NASH) Avaliação Clínica e


Laboratorial

 Síndrome do Ovário Policístico


 Síndrome Metabólica Tratar causas OBESIDADE
ENDÓGENA
OBESIDADE
EXÓGENA
Tratar
Comorbidades
Específicas

Reeducação Alimentar + Atividade Física + Mudanças de Comportamento

Refeições Fracionadas  Pratica de Atividade Evitar comer da frente


 Consumo de Física Formal e Informal da TV
Gorduras Limitar uso de TV A 2
 Consumo de Fibras horas/dia
Evitar Guloseimas Não usar comida como
Descrever tamanho recompensa
de porções
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Tratamento da Obesidade Tratamento da Obesidade


EXAMES COMPLEMENTARES

 Abordagem Interdisciplinar
 Exames complementares – Repercussões metabólicas
Grau de
da obesidade Colesterol Total
Glicemia e
Resistencia a
Triglicerídeos Insulina de
e Frações insulina
 Avaliação da Composição Corporal jejum
(HOMA-IR)
 Acompanhamento Nutricional
Teste de
Incremento do atividade Física Atividade das
 tolerancia a
USG Abdominal enzimas (TGO,
glicose de 2
TGP E GGT)
horas

Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira

OBJETIVOS DA ORIENTAÇÃO ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO


DIETÉTICA
IMC entre IMC
 Determinar perda ponderal controlada ou a manutenção do mesmo
P85 e P95 ≥ P95
 Crescimento e desenvolvimento normais

 Ingestão de macro e micronutrientes em quantidades adequadas


para idade e sexo Sem Com Sem Com
complicação complicação complicação complicação
 Redução do apetite ou da voracidade

 Manutenção da massa muscular 2 a 7 anos: Perda de peso


manutenção do peso corporal
 Ausência de consequências psicológicas negativas corporal 2 a 5 anos -500
Manutenção do g/mês
> 7 anos: perda de
 Manutenção dos hábitos alimentares corretos e modificações dos peso corporal
peso gradual > 5 anos – 1
inadequados kg/mês
Profa Cristiane Pereira Vitolo, 2008

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ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO Características da Dieta


1° PASSO
(Mudanças Conceitual • Correção de conceitos errôneos sobre os
e ou alimentos (Introduzir conceitos de calorias)
 Normocalórica
Comportamental )
 Carboidratos – 50 -55% com preferências aos CH complexos
2° PASSO Objetivo: Adequar peso/Altura ou Redução Lenta e  Proteína – 15 a 20% VCT – normo a hiperproteíca
(Restrição gradual do peso (0,5 kg/semana)  Normolipidica – 30% VCT – Saturado 10%
Quantitativa ou
Energética ) • Prescrever a redução gradual dos alimentos de  Colesterol < 300 mg/dia
forma objetiva e não drástica  Fibras – 10 a 20g/dia
• Mantém-se os hábitos alimentares qualitativos
ATENÇÃO
AS DIETA RIGIDAS SÃO CONTRA INDICADAS
3° PASSO Crianças menores devem manter o peso ou ganhar pouco peso,
(Mudanças • Reeducação Alimentar para que não comprometam seu desenvolvimento
Qualitativas) • Incremento da atividade física
Profa Cristiane Pereira

Cálculo do valor energético estimado


(EER) segundo o Institute of Medicine (IOM)
2002/2005

Sexo Idade Cálculo


Meninos com 3 a 18 anos 420 – 33,5 x Idade (anos) + 418 x Altura (m)
sobrepeso e obesos + 16,7 x Peso (Kg)
Meninas com 3 a 18 anos 516 – 26,8 x Idade (anos) + 347 x Altura (m)
sobrepeso e obesos + 12,4 x Peso (Kg)
Meninos com 3 a 18 anos 114 -50,9 x Idade (anos) + CAF x (19,5 x
sobrepeso e obesos Peso (Kg) + 1161,4 x Altura (m))
PARA MANUTENÇÃO
DO PESO

Meninas com 3 a 18 anos 389 - 41,2 x Idade (anos) + CAF x (15 x


sobrepeso e obesos Peso (Kg) + 701,6 x Altura (m))
PARA MANUTENÇÃO
DO PESO

Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira

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Tratamento das morbidades Tratamento das morbidades


associadas à obesidade associadas à obesidade
DISLIPIDEMIA Dieta Tipo I DISLIPIDEMIA Dieta Tipo II
(LDL entre 100 e 129 mg/dl) (LDL acima 130 mg/dl)
Perfil Lipídico deve ser repetido 3 Perfil Lipídico deve ser repetido 3
meses após o inicio das Gordura meses após o inicio das Gordura
30% Lipídeos saturada < 10% 20% Lipídeos saturada < 7%
modificações dietéticas VCT modificações dietéticas VCT

Tratamento Dietético é indicado Tratamento Dietético é indicado


para as crianças com mais de 2 Gordura Trans < Colesterol < 300 para as crianças com mais de 2 Gordura Trans < Colesterol < 200
anos 1% VCT mg/dia anos 1% VCT mg/dia

 Consumo de  Consumo de  Consumo de  Consumo de


É dividido em duas etapas: fibras solúveis e alimentos É dividido em duas etapas: fibras solúveis e alimentos
vitaminas calóricos e de vitaminas calóricos e de
antioxidante açucares simples antioxidante açucares simples

Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira

Tratamento das morbidades Classificação da pressão arterial


associadas à obesidade em crianças e adolescentes
Todas as
HIPERTENSÃO ARTERIAL (HA) crianças
acima de 3 Normotensão PAS ou PAD abaixo do P90 para sexo, idade
anos. e Percentil da estatura
(1 vez ao
O aumento da ano)
Pré-hipertensão PAS ou PAD entre P90 e P95 para sexo,
prevalência da idade e Percentil da estatura
HA na infância
Hipertensão = Média da PA sistólica (PAS) e/ou Hipertensão PAS ou PAD ≥ P95 e < que 5 mmHg acima
esta relacionado
PA diastólica (PAD) ≥P95 para sexo, idade e
com o aumento estatura em 3 ou mais ocasiões diferentes Estágio1 do P99 para sexo, idade e Percentil da
da obesidade estatura
infantil. “Pré-hipertensão”= PAS e/ou PAD ≥ P90 e <P95.
(Comprovado) Adolescentes PA ≥ 120/80 mmHg, mas abaixo Hipertensão PAS ou PAD > que 5 mmHg acima do P99
do P95
Estágio 2 para sexo, idade e Percentil da estatura
Profa Cristiane Pereira I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência, 2005.

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DIAGNÓSTICO E
ACOMPANHAMENTO
Tratamento das morbidades
associadas à obesidade
PRÉ-HIPERTENSÃO
PA NORMAL (<P90)
(entre P90 e P95)
Reavaliar na próxima visita,
dieta saudável e atividade
física
Reavaliar em 6 meses.
Monitorar o peso, manejo Redução Estimular o
dietético e atividade física.
de sal na consumo
ESTÁGIO 2 DE HAS
dieta de
6g/dia potássio,
ESTÁGIO 1 DE HAS
Avaliar ou encaminhar
Reavaliar em 1-2 semanas.
dentro de 1 semana.
Monitorar o peso, manejo
dietético, atividade física e
Monitorar o peso, manejo
dietético, atividade física e
(2,4g/dia cálcio e
Iniciar tratamento
medicamentoso
Iniciar tratamento
medicamentoso SÓDIO) magnésio
Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira

As recomendações da Academia As recomendações da Academia


Americana de Pediatria (2003) para o Americana de Pediatria (2003) para
tratamento da Obesidade Infantil o tratamento da Obesidade Infantil

Identificar pacientes de risco através de história Utilizar alterações no IMC para identificar taxa excessiva de
familiar, peso ao nascer ou fatores ganho de peso relativo ao crescimento linear;
socioeconômicos, étnicos, culturais ou
comportamentais;

Encorajar o aleitamento materno;


Calcular e registrar o IMC uma vez ao ano em todas
as crianças e adolescentes; • Contem menor teor energético e proteíco em relação ás
fórmulas lácteas
• Presença de Leptina no leite materno (Regula o apetite)

Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira

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As recomendações da Academia As recomendações da Academia


Americana de Pediatria (2003) para Americana de Pediatria (2003) para
o tratamento da Obesidade Infantil o tratamento da Obesidade Infantil
Promover rotineiramente atividades físicas, incluindo
jogos não-estruturado em casa, na escola e na
Orientar os pais e educadores a promover comunidade;
padrões alimentares saudáveis, oferecendo
lanches nutritivos; Determinar limites de tempo de assistir televisão e
vídeo para um máximo de 2 horas por dia;
Encorajar a autonomia das crianças no controle
da sua ingestão alimentar, estabelecendo Reconhecer e monitorar alterações nos fatores de
limites apropriados nas escolhas; risco associados à obesidade para adultos com
doença crônica

Profa Cristiane Pereira Profa Cristiane Pereira

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