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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
APELAÇÃO CÍVEL N. 0027028-69.2014.4.01.3400/DF

RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL JAMIL ROSA DE JESUS OLIVEIRA


APELANTE : UNIAO FEDERAL
PROCURADOR : MA00003699 - NIOMAR DE SOUSA NOGUEIRA
APELANTE : ASSOCIACAO NACIONAL DOS AUDITORES FISCAIS DA PREVIDENCIA SOCIAL -
ANFIP E OUTROS(AS)
ADVOGADO : DF00023794 - ALINE CRISTINA FRANCO DE OLIVEIRA E OUTRO(A)
APELADO : OS MESMOS

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM EMBARGOS


À EXECUÇÃO. EXECUÇÃO COLETIVA. ANFIP. PAGAMENTO DA GIFA. INVIABILIDADE DOS
EMBARGOS PARA REDISCUSSÃO DA CAUSA. LEGITIMIDADE DA ASSOCIAÇÃO EM
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO. DESNECESSIDADE DE AUTORIZAÇÕES DOS
SUBSTITUÍDOS. IMPOSSIBILIDADE DE PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO EM RELAÇÃO A
PARTE DOS EXEQUENTES POR HAVER CONTROVÉRSIA A SER RESOLVIDA.
NECESSIDADE DE TRÂNSITO EM JULGADO DOS EMBARGOS. CORREÇÃO MONETÁRIA.
JULGAMENTO DEFINITIVO. ADOÇÃO DO IPCA-E COMO ÍNDICE DE CORREÇÃO DOS
DÉBITOS JUDICIAIS DA FAZENDA PÚBLICA. RE 870.947. REPERCUSSÃO GERAL.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. RAZOABILIDADE. ART. 85, § 2º, CPC DE 2015. PERCENTUAL
MÍNIMO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DAS PARTES REJEITADOS.
1. Como regra geral, é imprescindível, para oposição de embargos de declaração, que a parte
demonstre a existência, na decisão embargada, de um ou mais dos pressupostos de seu
cabimento, a saber, omissão, obscuridade ou contradição, nos termos do art. 1.022, incisos I e II,
do CPC atual.
2. Cuida-se de embargos de declaração contra acórdão adotado em apelação em embargos à
execução promovida por ou em favor de pretensos credores, relativa a mandado de segurança
que determinou o pagamento da GIFA (Gratificação de Incremento da Fiscalização e Arrecadação)
em favor dos substituídos da associação exequente (ANFIP), quando esta, na sua finalidade
institucional, anterior à unificação das carreiras de Auditores Fiscais da Previdência Social e de
Auditores Fiscais da Receita Federal, representava (lato senso) apenas os Auditores Fiscais da
Previdência Social,
3. Os pontos questionados nos embargos declaratórios referem-se ao próprio mérito do que foi
decidido nos embargos à execução, os quais foram devidamente resolvidos no acórdão
embargado, tais como a limitação temporal do pagamento da GIFA e sua base de cálculo, a
limitação territorial, a sucessão dos beneficiários de substituídos falecidos e a legitimidade da
associação.
4. O mandado de segurança coletivo alcança todos os integrantes da categoria substituída, sem
que destes se exija autorização, versando a hipótese substituição e não representação
processual, pois os beneficiários poderiam ser identificados posteriormente, demonstrando-se que
se enquadram exatamente naquela situação que deu origem ao direito assegurado na sentença,
uma vez que nos termos do art. 22, caput, da Lei do Mandado de Segurança, a sentença fará
coisa julgada em favor dos substituídos pela atividade processual da entidade de classe.

Nº Lote: 2017134851 - 3_1 - APELAÇÃO CÍVEL N. 0027028-69.2014.4.01.3400/DF - TR300991


PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
APELAÇÃO CÍVEL N. 0027028-69.2014.4.01.3400/DF

5. Também não houve omissão quanto à constitucionalidade do art. 2º-A da Lei nº 9.494/97, pois,
sem restringir o âmbito de aplicação ao art. 2º-A da Lei 9.494/97, mas em consonância com o art.
109, § 2º, da Constituição, a demanda proposta no DF pode ter como parte ou beneficiário pessoa
domiciliada em outra unidade da Federação.
6. A questão relativa ao universo de beneficiários da sentença também foi objeto de análise no
julgado, devendo eventual necessidade de comprovação da condição de aposentado ser efetivada
quando da liquidação do julgado, se necessário, o que se aplica também para a definição da
quota-parte dos substituídos.
7. Deve, ainda, ser mantida a correção monetária na forma fixada no julgado, sobretudo em razão
de o STF ter decidido, definitivamente, o RE 870.947, em regime de repercussão geral, no sentido
de afastar a Taxa Referencial (TR) como índice de correção monetária dos débitos judiciais da
Fazenda Pública, mesmo no período da dívida anterior à expedição do precatório, devendo ser
adotado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E).
8. Honorários advocatícios mantidos no percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor que a
embargante pretendia excluir da execução, considerando-se sua razoabilidade e adequação aos
critérios previstos no § 2º do art. 85 do CPC de 2015, tratando-se, ademais, do percentual mínimo
estabelecido na novel legislação processual. A fixação dos percentuais dos honorários deve
respeitar as diretrizes do § 3º, do art. 85, do CPC de 2015, de acordo com os valores obtidos
pelos credores.
9. Por fim, mesmo na hipótese de embargos declaratórios para fins de prequestionamento da
questão legal ou constitucional, é pacífico o entendimento de que é incabível a interposição de tais
embargos de declaração se não estiverem presentes os pressupostos específicos dessa
modalidade de integração do julgado, conforme precedentes deste Tribunal declinados no voto.
10. Não havendo omissão a ser colmatada, nem contradição ou obscuridade no acórdão
embargado, rejeitam-se todos os embargos de declaração.

ACÓRDÃO

Decide a Turma, à unanimidade, rejeitar os embargos de declaração das partes


exequente e executada.
1ª Turma do TRF da 1ª Região – 29/11/2017.

Desembargador Federal JAMIL ROSA DE JESUS OLIVEIRA


Relator

Nº Lote: 2017134851 - 3_1 - APELAÇÃO CÍVEL N. 0027028-69.2014.4.01.3400/DF - TR300991

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