Sie sind auf Seite 1von 20

O Sagrado Feminino é uma filosofia, um modo diferente de viver ou um estilo de vida que promove

ensinamentos sobre aspectos físicos, mentais e espirituais da figura feminina, conectando com as antigas
energias. O Sagrado feminino é a gente aprender, como mulher, a se amar como a gente é.

É a consciência dos ciclos femininos, como a menstruação, temperamentos, da capacidade de criação


e acolhimento, como a gestação, adoção, e da força da mulher. É a reconexão consiga mesma e
harmonização de tudo isso com a natureza.

Em cada mulher existe uma centelha divina, onde reside o Sagrado, muitas delas adormecem esse
dom e deixa-o esquecido, apagado ou adormecido, mas o importante é saber que ele existe e ainda está lá,
esperando para ser despertado e assim gera uma consciência divina, trazendo muitos benefícios para quem o
vivencia.

Todas as mulheres possuem uma memoria, mas não se recordam de quem são, de sua divindade,
superioridade, o poder feminino, energia pura e principalmente da energia feminina que está guardada.

O processo de resgate ou de reconexão com o Sagrado Feminino


passa por algumas etapas: o despertar da consciência, a apropriação do corpo
em sua totalidade, a libertação de padrões da sociedade, a conexão com a
natureza e a transformação da maneira como se vê e como age com as outras
pessoas.

Existem diversas maneiras de vivenciar o Sagrado Feminino, como


encontros denominados de “círculos de mulheres”, “circulo sagrado
feminino” ou encontros de mulheres, como através de vivências, músicas,
danças, estudos, meditação – sagrado feminino, entre outros, onde é
possível entrar na influência da natureza e sentir a sua transformação.

2
Sinta os seus sentimentos

A nossa conexão com nossos sentimentos são muitas vezes


retratada como fraca ou sem propósito. Para desbloquear as energias
femininas divinas, precisamos acessar, sentir plenamente e liberar os
nossos sentimentos sem julgamento. Ao guardar sentimentos, os
armazenamos em forma de dores e doenças em nosso corpo físico.

Espaços seguros são vitais para o processo de sentir


verdadeiramente seus sentimentos e liberar emoções profundas. Você
pode ter um espaço seguro com uma terapeuta, um círculo de apoio,
amigos próximos ou até com você mesma. À medida que você começa a
se permitir sentir completamente seus sentimentos sem julgamento, faça
com que eles sejam testemunhados com compaixão e não fuja deles, por
mais “feios” que pareçam. Tudo precisa ser liberado.

Ouça a sua intuição

A intuição é um dom da energia Feminina e é recebida


diretamente pelo coração. Essencialmente, a intuição é saber algo sem
saber como você sabe. Às vezes é chamado de “sexto sentido” porque
transcende os planos físicos ou mentais. Para realmente acessar o seu
senso intuitivo, você deve estar em forte conexão com seu corpo
emocional – isto é, o elemento do seu Eu que é baseado em emoções.

Um aspecto fundamental para conseguir ouvir a intuição é o


desenvolvimento da confiança. A confiança tem sua própria natureza
intuitiva e pode ter sido severamente reprimida durante o seu
crescimento, quando você foi criticada, humilhada ou desqualificada.

Todos nós recebemos impulsos intuitivos de diferentes maneiras.


Você pode ter uma visão intuitiva clara, na qual você “vê” imagens ou cores através de sua visão interna;
seu corpo pode lhe dar mensagens intuitivas através de suas respostas físicas e emocionais; você pode ter um
insight (discernimento) repentino… há muitas maneiras pelas quais você pode receber orientação do seu Eu
interior e do Universo. Porém, a intuição muitas vezes irá contradizer o que sua mente está lhe falando e sua
mente irá tentar retomar o controle, por isso fique bem atenta. Nossa mente não sabe das coisas, mas nosso
coração jamais erra. Os impulsos intuitivos são direcionamentos do coração, sempre são amorosos e para o
bem mais elevado de todos e às vezes podem levá-la para fora de sua zona de conforto e pedir que você seja
firme e corajosa.

Conecte-se com a sua sabedoria corporal

Seu corpo é o seu barômetro mais preciso para o Sagrado Feminino e a sabedoria intuitiva. Seu corpo
também lhe dá sinais quando algo está errado em sua vida e fora de alinhamento, portanto você terá que
prestar atenção às mensagens que ele envia. Nosso corpo faz parte da natureza, e assim como a natureza, ele
sabe como se curar. Entrar em contato com seu corpo e saber intuitivamente como se curar é um passo
crucial para despertar o poder da Deusa.

3
Muitas mulheres podem carregar em seu corpo
experiências de abuso físico, sexual e emocional. À
medida em que nos permitimos nos curar, o corpo irá
começar o processo de liberação dessas experiências
traumáticas. É o que acontece em terapias de cura
corporal, massagem holística, respiração consciente e
aulas de yoga, por exemplo.

Tenha momentos só para você

Criar momentos de quietude, calma, meditação e contemplação são componentes vitais para a
ativação da energia divina feminina. Todo ser tem uma voz inteira sábia que está conectada a uma fonte de
orientação do bem e do amor, e essa fonte irá lhe dizer como contribuir positivamente para você e para o
mundo. Isso significa, simplesmente, que você tem um papel espiritual para cumprir aqui na Terra e sua voz
interna pode lhe mostra como entrar nela. É difícil ouvir e sentir sua voz interior se você não criar espaços
de silêncio, por isso é imprescindível ter esses momentos só para você.

Para as mulheres que optam a seguir por esse caminho de fortalecimento e movimento espirituais
únicos, cria-se nelas um elo e uma conexão com o “eu divino” de cada uma, as permitindo trilhar para o
autoconhecimento, autovalorização e reconhecimento da força existencial interna, que muitas vezes elas
nem sabem que possuíam.

Benefícios:

 Equilíbrio emocional;
 Autoconhecimento;
 Controle de ansiedade;
 Reconhecimento;
 Valorização;
 Corte de medo, dúvidas. fraquezas e
inseguranças e critérios;
 Revitalização da energia feminina;
 Conexão com a natureza;
 Força;
 Maior facilidade de lidar com desafios.

4
O nosso ciclo menstrual é um processo
dinâmico organizado, resultado de uma série de
fenômenos bioquímicos, hormonais e emocionais,
correspondendo ao período que se inicia no
primeiro dia de sangramento menstrual, o
primeiro dia do ciclo, e se estende até o dia
anterior à menstruação seguinte. Ele pode ser
dividido em 2 fases: folicular e lútea, de acordo
com o ciclo ovariano. Ou em 4 fases: menstrual,
pré-ovulatória / proliferativa / estrogênica,
ovulatória e pré – menstrual / secretora / progestacional, de acordo com o ciclo uterino, durando entre
26 e 32 dias, aproximadamente.

Em diferentes mitologias, as energias que a mulher experimenta durante o seu ciclo menstrual
estão descritas também em quatro fases principais, como um reflexo simbólico das fases da lua:
negra/nova, crescente, cheia e minguante. Assim, à medida que nos movimentamos ciclicamente, as
fases lunares podem acentuar ou suavizar aspectos das energias arquetípicas de nosso corpo.

Os quatro principais arquétipos femininos: Donzela/Jovem, Mãe/Imperatriz, Feiticeira/Xamã


e Anciã/Velha. Arquétipos, neste caso, são imagens e energias comuns a todas as mulheres
independentemente da cultura na qual se está inserida.

Donzela

O arquétipo da Donzela ou Jovem normalmente é


associado à fase crescente da lua, à primavera, à
infância/juventude e à fase pré-ovulatória do ciclo menstrual.
As energias da Donzela são dinâmicas, inspiradoras, de
iniciativa, independência e ação. Se você estiver em sua fase
pré-ovulatória no ciclo menstrual e ou a lua no céu estiver
crescente, é possível que perceba uma maior necessidade de
realizar projetos. Uma sugestão para bem aproveitar essas
energias é fazer uma lista com atividades que você precisa ou
gostaria que fossem feitas, projetos que gostaria que se
tornassem reais, e mãos à obra!

Mãe

A Mãe ou Imperatriz representa a fase cheia da lua, o verão, o


ciclo gravídico-puerperal/maternidade e a fase ovulatória. As energias
desse arquétipo são relacionadas à criação, sustentação,
fortalecimento e amorosidade. Se você estiver ovulando e ou a lua no
céu estiver cheia, é provável que perceba com mais facilidade tais
energias e as vivencie com maior intensidade. É um bom momento
para nutrir os projetos iniciados na fase anterior.

5
Feiticeira

Quanto ao arquétipo da Feiticeira ou Xamã, é possível associá-lo


à fase minguante da lua, ao outono, à menopausa e à fase pré-menstrual.
Suas energias são relacionadas à sexualidade, interiorização e magia.
Caso você esteja na fase pré-menstrual, na TPM e ou a lua estiver
minguando, provavelmente perceberá e vivenciará as energias da
Feiticeira. Para melhor aproveitá-las, uma ideia é voltar à atenção ainda
mais para os seus movimentos internos e sua intuição, preparando-se
para despedir-se daquilo que não te serve mais.

Anciã

Já a Anciã ou Velha pode representar as fases lunares negra e


nova, o inverno, a velhice/senectude e a menstruação. As energias da
Velha pedem descanso e meditação e, você estando menstruada ou a lua
no céu estando em sua fase negra ou nova, é possível que as sinta com
maior clareza e intensidade. Para conectar-se com essas energias e melhor
aproveitá-las, sugere-se descansar, recolher-se e preparar-se para o ciclo
seguinte.

É válido ressaltar que essas relações não são uma regra de


funcionamento, em que a fase do ciclo menstrual precisa coincidir com a
fase lunar a ele relacionada. São apenas formas de compreender as estruturas fundamentais e
energias que simbolizam cada etapa, entendendo melhor como seu corpo e psique funcionam na
dança cíclica da natureza feminina.

O mais importante é que cada uma perceba no seu ciclo, individualmente, como essas
energias estão presentes, como nos influenciam e o tempo que cada uma delas nos acompanha.
Quando dançamos a nossa ciclicidade, expressamos o nosso Ser no mundo e podemos nos sentir em
conexão conosco mesmas, compreendendo, acolhendo e curando cada manifestação em nosso corpo
e psiquê.

6
Conta-se que há milhares e milhares de anos a Terra era o próprio paraíso. Os humanos
viviam em paz e equilíbrio com todos os outros seres da criação, havendo respeito entre homens e
mulheres e entre os diferentes povos. Porém, mesmo vivendo em plena harmonia, surgiu, não se sabe
de onde, uma pequena semente de ganância que se plantou nas mentes e corações dos seres humanos.
Essa semente germinou à medida que os homens começaram a tirar o ouro do ventre da terra, pois
eles acreditavam que fosse a própria luz do Pai Sol materializada e que quem possuísse mais dessa
luz teria mais poder e reinaria sobre os outros.

O desejo de poder e de dominação apoderou-se dos humanos. Não mais havia harmonia entre
as raças. Atos de violência começaram a proliferar, uns contra os outros e contra os animais.
Queimavam-se florestas inteiras e envenenavam-se as águas, até que a Terra foi completamente
destruída, consumida pelo fogo. Mas essa destruição trouxe também purificação e, para que uma
nova humanidade pudesse renascer e recuperar o equilíbrio perdido, a Mãe Terra concedeu o amor, o
perdão e a compaixão, resguardados nos corações das mulheres.

Assim, durante o ciclo de um ano, 13 aspectos da totalidade da sabedoria da Mãe Terra foram
trazidos para o mundo visível com a ajuda da Avó Lua. A cada lua cheia, a luz prateada da Avó Lua
tecia seus fios e materializava uma mulher, uma Mãe do Clã. Cada uma delas detinha um
conhecimento particular, um ensinamento especial para ser transmitido aos filhos e filhas da Terra.
Elas criaram uma irmandade que trabalhou com a mais pura dedicação para devolver às mulheres a
força do amor e o bálsamo da compaixão. A Casa da Tartaruga, como foi chamado o conselho das
Mães dos Clãs, compartilhava sua sabedoria para a cura da Terra, da alma das mulheres e para o
restabelecimento do equilíbrio entre todos os seres.

O treze é o número da transformação e das lunações ao longo de um giro da Mãe Terra ao


redor do Vovô Sol. Depois de cumprirem sua missão, elas voltaram para o ventre da Mãe Terra.
Deixaram registrada toda sua sabedoria em 13 crânios de cristal de quartzo que foram guardados em
locais sagrados de diversos pontos do mundo.

"Por meio dos laços de sangue dos ciclos lunares, as Matriarcas criaram uma Irmandade que
une todas as mulheres e visa a cura da Terra, começando com a cura das pessoas. (...) Somente
curando a si mesmas é que as mulheres poderão curar os outros e educar melhor as futuras gerações.
Apenas honrando seus corpos, suas mentes e suas necessidades emocionais, a mulheres terão
condições de realizar seus sonhos" (FAUR, 2015, p. 512).

1ª lunação:
 Mãe da Natureza. Aquela que ensina a verdade e fala com todos os seres.

7
 Guardiã das necessidades da Terra. Ela nos mostra o parentesco entre todos os seres da criação, nos ensina
a respeitar o ritmo e o espaço sagrado de cada manifestação de vida e a ter cuidado conosco e com a Mãe
Terra. Ela é a conexão entre todas as formas de vida.
 Cor laranja, que representa eterna chama do amor existente em toda a criação.
 Palavra-chave: pertencimento.

2ª lunação:
 Mãe da Sabedoria. Aquela que honra a verdade e guarda os conhecimentos
antigos.
 Guardiã da Sabedoria. É protetora de todas as Tradições Sagradas e da
Memória. Ela tem uma grande conexão como Povo das Pedras, pois esses
têm registrado todas as experiências já vividas pela Mãe Terra. Ela nos
ensina a honrar a Verdade em todos os Sagrados Pontos de Vista. Em sua
sabedoria, compreende que existe verdade em todas as formas de vida.
 Cor cinza, que representa imparcialidade, amizade e a aceitação da
presença e verdade alheia, sem querer impor nossos próprios pontos de
vista, valores e conceitos.
 Palavra chave: tolerância.

3ª lunação:
 Mãe da Verdade. Aquela que avalia a verdade e ensina as leis divinas.
 Guardiã da Justiça. Ensina os princípios da Lei Divina, o equilíbrio, a lei de ação e reação, a aceitação da
verdade e o reconhecimento da nossa força e fraqueza, focalizando as qualidades e possibilidades para
expandir a nossa essência.
 Cor marrom, que representa o solo fértil da Mãe Terra e a conexão da Terra com as leis divinas.
 Palavra chave: compaixão.

4ª lunação:
 Mãe das Visões. Aquela que vê a verdade em tudo e enxerga longe.
 Guardiã das Profecias. É a que guia os espíritos durante os sonhos e as viagens astrais e ensina como
compreender os símbolos das visões e os sinais que a vida apresenta.
Ajuda o buscador a desenvolver a visão interna e avaliar as
oportunidades e opções através da intuição. Embarcar na viagem
interior, superar o medo pela confiança.
 Cores pastéis, que representam a projeção da verdade em todos os
matizes.
 Palavra chave: confiança na intuição.

5ª lunação:
 Mãe da Quietude. Aquela que ouve a verdade e escuta as mensagens.
 Guardiã do Silêncio. Ensina como silenciar para ouvir as mensagens da
8
natureza, dos espíritos, dos Mestres, dos homens, dos nossos corações. Precisamos ouvir os pontos de vista
de todos para aprender e progredir, discernindo a verdade das mentiras criadas como defesas.
 Cor preta, que representa a busca de respostas e o silêncio necessário para encontrá-las.
 Palavra-chave: silêncio.

6ª lunação:
 Mãe da Fala. Aquela que fala a verdade e conta histórias que curam.
 Contadora de Histórias. Ensina a falar sempre com o coração, dizer a verdade, mas com amor e sem incluir
nossas projeções pessoais e os julgamentos a priori. Usar o humor para afastar os medos, equilibrar o
sagrado com o profano, preservar a sabedoria dos ancestrais e a tradição oral.
 Cor vermelha, a cor do sangue, que contém no DNA a sabedoria do legado ancestral.
 Palavra-chave: poder da palavra.

7ª lunação:
 Mãe do Amor. Aquela que ama a verdade em todas as manifestações da vida.
 Guardiã do Amor Incondicional. Ensina a compaixão e o amor em todas as
manifestações da vida (nosso corpo, nossos prazeres, respirar, comer, andar,
brincar, trabalhar, amar, dançar).
 Cor amarela (Avô Sol), que ama todos os filhos igualmente, sem julgar seus
comportamentos e permitindo que eles passem pelas lições da vida arcando com
as consequências dos seus erros ou escolhas prejudiciais.
 Palavra-chave: desapego.

8ª lunação:
 Mãe da Intuição. Aquela que serve à verdade e cura os filhos da Terra.
 Protetora dos Mistérios da Vida e da Morte. Ensina as artes de curar e conhecimento sobre os ciclos da
natureza, cura as feridas do corpo e da alma. Rege os momentos de passagem do nascimento à morte.
 Cor azul, que representa intuição, verdade, harmonia, água e emoções.
 Palavra-chave: autocura.

9ª lunação:
 Mãe da Vontade. Aquela que ensina como viver a verdade.
 Guardiã das Gerações Futuras e dos Sonhos. Rege a direção Oeste, lugar
do princípio feminino. Ela ensina como olhar para dentro de si e
encontrar a verdade pessoal, a encarar o futuro sem medo e manifestar os
sonhos na Terra.
 Cor verde, que representa a verdade.
 Palavra-chave: futuro.

10ª lunação:
 Mãe da Criatividade. Aquela que ensina como trabalhar com a verdade.
9
 Guardiã da Força Criativa. Ela ensina como expressar nossa criatividade, desenvolver nossas habilidades e
materializar nossos sonhos e idéias, destruindo as limitações e saindo da estagnação. Para materializar
nossos sonhos devemos ter o desejo de criar, decidir fazê-lo e tomar as medidas necessárias para usar a
força vital.
 Cor de rosa.
 Palavra-chave: autoexpressão.

11ª lunação:
 Mãe da Beleza. Aquela que caminha com verdade, altivez e firmeza.
 Guardiã da Liderança. Ensina a termos orgulho das nossas realizações,
afirmar nossa autoestima, criar nossa reputação pela nossa integridade e
conhecimento. Traz novas ideias aos caminhos e verdades dos ancestrais.
É a criadora da tradição da Tenda da Lua.
 Cor branca, do uso adequado da vontade e autoridade e o lema é
'pratique aquilo que fala'.
 Palavra-chave: autoestima.

12ª lunação:
 Mãe da Coragem. Aquela que louva a verdade e ensina a gratidão.
 Guardiã da Abundância. Ela ensina a agradecer por tudo que recebemos da vida, abrindo espaço para a
futura abundância. Através de testes e lições progredimos na nossa senda, não importa quais os desafios e
as dificuldades, devemos agradecer por estas oportunidades que nos permitem desenvolver a nossa força
interior. Ela nos mostra o valor do dar e receber e a celebrar a vida e louvar as bênçãos.
 Cor púrpura.
 Palavra-chave: gratidão.

13ª lunação:
 Mãe da Transformação. Aquela que se torna a visão e ensina a mudança.
 Guardiã dos Ciclos de Transformação. Ela é a síntese das qualidades das outras 12 Mães, mais do que a
soma de todas elas, é aquela que realiza sua Orenda (missão espiritual) e cria um Sistema de Saber. Ela
ensina como passar através das lições e mudanças para evoluir espiritualmente, sem nos deixar desviar
pelas ilusões, buscando sempre a realização da essência do Ser.
 Cor cristalina e luminosa, como os raios lunares e o brilho dos crânios de
cristal.
 Palavra-chave: realização.

Em meditação, para entrar em contato com a Matriarca de qualquer


lunação, sente-se confortavelmente, sozinha ou em grupo, e transporte-se
mentalmente para uma planície longínqua. Ande devagar por entre os arbustos

10
e diferente tipos de cactos, nascendo do chão pedregoso. O ar está calmo, o silêncio quebrado apenas pelo
canto de alguns pássaros. Veja o Sol se pondo, colorindo o céu nos mais variados tons de dourado e púrpura.
No meio dos arbustos, você enxerga uma construção rudimentar de adobe, meio enterrada no chão,
lembrando o casco de uma tartaruga. Ao redor, há um círculo de treze índias, algumas idosas, outras jovens,
vestidas com roupas e xales coloridos e enfeitadas com colares e pulseiras de prata, turquesa e coral. A mais
idosa bate um tambor, as outras cantarolam uma canção que lhe parece familiar. Uma delas lhe faz sinal para
que você se aproxime e você a segue respeitosamente.

Sabendo que chegou à Casa do Conselho, onde receberá apoio e orientação, você entra na estranha
construção de teto, por uma abertura, descendo por uma escada rústica de madeira. Ao descer a escada, você
se percebe dentro de uma Kiva, a câmara sagrada de iniciação dos povos nativos. As paredes estão
decoradas com treze escudos, cada um ornado de maneira diferente, com penas, símbolos, conchas e fitas
coloridas. O chão de terra batida está coberto de ervas cheirosas e algumas esteiras de palha trançada. No
fundo da Kiva, você vê duas pequenas fogueiras, cuja fumaça sai por duas aberturas no teto. Esses fogos
cerimoniais representam os dois mundos - o material e o espiritual - e as aberturas representam os canais ou
"antenas " que permitem a percepção dos planos sutis. A fumaça representa o caminho pelo qual os pedidos
de auxílio e as preces são encaminhados para o Grande Espírito.

No centro, perto de um caldeirão, está sentada a Matriarca que você veio procurar. Ajoelhe-se e
exponha-lhe seu problema. Ouça, então, sua orientação sábia ecoando em sua mente. Peça, em seguida, que
ela toque seu peito, acendendo assim o terceiro fogo, a chama amorosa de seu próprio coração. Sinta o calor
de sua benção curando antigas feridas e dissolvendo todas as dores, enquanto a chama lhe devolve a
coragem, a força, a fé e a esperança. Agradeça à Matriarca pela dádiva que lhe devolveu seu dom inato e
comprometa-se a restabelecer os vínculos com a Irmandade das mulheres, lembrando e revivendo a
sabedoria ancestral. Despeça-se e volte pelo mesmo caminho, tendo adquirido uma nova consciência e a
certeza de que jamais estará só, pois a Matriarca da Lunação de seu nascimento a apoiará e guiará sempre.

A Mandala Lunar é um diário, agenda e livro criado por e para


mulheres, com o propósito de facilitar uma maior conexão com nosso
corpo e também com a terra e os ciclos naturais, resgatando e unindo
conhecimentos tradicionais e contemporâneos, arte e autoconhecimento
em uma ferramenta curadora e transformadora para mulheres. A
Mandala se organiza a partir da união do calendário solar e lunar
trazendo maior conexão e percepção dos ciclos que se manifestam na
natureza dentro e fora de nós.

O livro traz ferramentas para o registro diário das sensações


físicas, emocionais e energéticas que circulam em nós, nos tornando
mais atentas e conscientes de nós mesmas. Ao observar a natureza e
seus ciclos somos capazes então de assumir nossos próprios ciclos como sagrados, divinos e completamente
naturais.

11
O propósito da Mandala Lunar é semear conhecimentos direcionados
às mulheres, e a partir de uma visão espiritual e de valores de cuidado com a
vida e com a Terra, proporcionar autoconhecimento, cura e contribuir para
uma cultura de colaboração e de amor como princípio.

A Mandala é um espaço de escuta, cuidado e atenção de você para


você mesma. Um quarto quentinho para praticar o auto-amor, se ouvir, se dar
atenção e se conhecer. A escrita diária proporciona um momento de
introspecção e atenção. Nas páginas do diário você pode trazer suas
percepções e se expressar escrevendo, desenhando, registrando seus sonhos
noturnos, visões e inspirações. A escrita regular aumenta nossa autopercepção,
nossa presença e lucidez em relação aos eventos vividos dia a dia.

Diagrama

A Mandala Lunar se guia ao ritmo da Lua e é dividida em


lunações. A cada Lua Nova você encontra um diagrama lunar. No
diagrama propomos o estudo do ciclo menstrual e sua relação com a Lua
e os ciclos da natureza. Como toda a vida é cíclica, o diagrama e todo o
livro também pode ser utilizado por mulheres que não menstruam,
mulheres que usam anticoncepcionais, mulheres sem útero, gestantes,
mulheres na menopausa, pessoas trans e homens. Todas podem se auto-
observar, perceber sua energia cíclica e ver a influência de cada fase
lunar nas suas emoções e comportamentos.

O diagrama é um espaço para registro diário das suas sensações


através do uso de cores e símbolos. Ela foi criada com o propósito de
facilitar o registro de diferentes sensações, permitindo uma interpretação visual delas. O preenchimento
regular da mandala forma um infográfico colorido que lhe permitirá descobrir seus ritmos e encontrar os
padrões únicos que só você mesma tem, sendo assim um material para o estudo de sua natureza cíclica.

Mandala Lunar

A cada lua nova você vai encontrar um diagrama, que chamamos de


mandala lunar. Este círculo contém todos os dias da lunação que se inicia, com
suas respectivas fases lunares. Cada fatia do diagrama corresponde a um dia.
Este é um espaço de acolhimento das suas sensações, criado para que você
preencha diariamente (sempre que possível), registrando com cores e símbolos
aquilo que você sente necessidade de observar e registrar a frequência e o
período lunar que ocorrem.

O preenchimento frequente das sensações e sentimentos forma um


infográfico colorido que revela os nossos padrões e nos permite entendê-los
percebendo a influência da Lua no céu e da nossa lua interna (menstruação). A
mandala nos permite ver sincronias e ajuda a estarmos mais atentas e presentes
em nossas vidas e em nossos corpos. Usando-a, podemos visualizar em qual
período da lunação e do nosso ciclo menstrual estamos, situando-nos no
tempo. A contagem do ciclo possibilita comparar a duração dos ciclos, fazer
uma recapitulação de tudo o que vivemos, afinar a nossa memória e atenção e
12
ganhar mais consciência do momento que estamos vivendo. Para além disso, observar os diagramas já
preenchidos nos faz ver nossa vida com distanciamento, enxergar o todo.

As sensações, sentimentos e temáticas a serem analisadas na mandala devem ser


escolhidas por você, considerando o que é importante em sua vida nesse momento. Esse
registro diário proporciona uma visão geral de como você tem se sentido e o que tem
priorizado em sua vida. Criamos um exemplo a partir da percepção das nossas energias
cíclicas, mas você mesma pode criar seus próprios códigos de registro.

É importante você ter o acordo consigo mesma de que escrever no diário e


preencher a mandala não é uma obrigação ou um dever. A mandala lunar é uma
ferramenta para ser usada quando você sentir necessidade, mas sem apego. Se o momento
da sua vida não está pedindo por ela, tudo bem! Disciplina é liberdade, não rigidez.

Como usar o diagrama ou Mandala Lunar

Cores (como legenda de suas sensações)

O modo mais imediato de visualizar as oscilações no diagrama são através das cores,
pois permitem enxergar a intensidade das sensações e aspectos que você decidiu estudar sobre
si mesma. Defina uma cor para representar cada uma delas. Crie sua legenda no marcador em
branco da ultima página de instruções pintando o espaço correspondente e escrevendo ao lado o
seu significado. Para poder comparar seu ciclo mais facilmente, é importante que você use
sempre as mesmas cores durante o ano, seguindo a mesma ordem no diagrama.

Símbolos (para assinalar coisas pontuais)

Os símbolos existem para você visualizar o ritmo que se repetem coisas pontuais ao
longo do ciclo. Você pode criá-los para registrar suas percepções físicas, psíquicas, emocionais,
suas ações e atividades. Faz mais sentido se são coisas que você realiza com alguma frequência. Sua
biblioteca de símbolos vai sendo construída ao longo do ano.

Sensações físicas

O anel externo da mandala é reservado para você colocar os símbolos de percepções físicas
relacionadas ao seu ciclo menstrual. Você pode usar os exemplos para criar e desenhar os símbolos das
manifestações e acontecimentos mais comuns de seu ciclo (como cólicas, espinhas, inchaço, etc).

Contagem do ciclo menstrual

Logo acima do anel central há o espaço dedicado à numeração dos dias de seu ciclo menstrual. Você
começa a contagem a partir do primeiro dia de sangramento (sangue vivo é o dia 1) e segue enumerando até
o início da próxima menstruação quando você reinicia a contagem. Para observar com mais facilidade,
desenhe uma linha vermelha entre dois ciclos.

Menstruação e muco cervical

13
Nesta proposta escolhemos observar 9 energias cíclicas inspiradas nos chakras que chamamos de
poderes:

 Presença: Estar presente no aqui e agora.


 Intuição: Perceber e confiar nos próprios instintos e sensações.
 Extroversão: Dirigir sua energia psíquica para o exterior.
 Amorosidade: Dar e receber amor.
 Autoconfiança: Reconhecer nosso valor pessoal e amar quem somos.

14
 Energia sexual: Desejo sexual ou libido.
 Força de ação: Exercer o poder da realização através da ação.
 Energia vital: Sentir a energia de vida pulsante.
O objetivo desta proposta é analisar seu ciclo e perceber em que
período esses poderes são mais intensos, sutis ou inexistentes. Para isso
você deverá colorir cada um de acordo com a intensidade em que se
manifestam, colocando maior ou menor pressão no lápis.

Ao lado, podemos analisar a mandala preenchida a partir de dois


aspectos: em relação ao ciclo menstrual e seus arquétipos e em relação a
Lua no céu. Percebe-se que o período
menstrual coincide com os dias de maior
intuição e sonhos. A energia vital e a força de
ação aumentam no dia após o término da
menstruação, marcando o início da fase
Donzela. Já na fase Anciã (menstrual) se
manifestaram outros poderes como intuição e
a presença.

Em relação a lua externa (no céu)


pode-se perceber que a extroversão e a libido
foram mais fortes perto da lua cheia, sendo
praticamente inexistentes na minguante. É
possível assim identificar que o período da
minguante é de introversão, e se isso se repetir
em mais ciclos pode-se reconhecer esse dado
como um padrão pessoal, para assim poder se
programar e viver de forma plena esse
período, (estando em casa, lendo, criando).
Assim não nos obrigamos a socializar em
períodos que sistematicamente a vontade é de
não sair de casa.

É possível olhar a mandala também a


partir da ausência de poderes, percebemos que
em alguns momentos sentimos introversão,
desatenção, insegurança, cansaço,
procrastinação, apatia ou raiva, desinteresse
ou até aversão a qualquer estímulo sexual, ao
observar os espaços sem cor que se apresentam na mandala.

Em cada período de nosso ciclo, apresentamos poderes diferentes em


intensidades diferentes. Conhecendo nossos padrões podemos nos planejar
para aproveitar as potencialidades de cada fase, e ao identificar a falta deles em
outras, podemos não nos submeter a situações em que já sabemos que não são
propícias para o momento de nosso ciclo.

15
Faça como você quiser Escolha o que é importante pra você

A Mandala é um espaço em branco customizável para as suas necessidades.


Para usá-la é importante em primeiro lugar, definir o que é prioridade pra você avaliar
neste período de sua vida e relacionar ao seu ciclo menstrual. Além de sentimentos,
emoções e percepções gerais, você pode observar: seu humor; questões físicas
específicas (metabolismo, pele, cabelo ou doenças); aspectos da sua rotina (terapias,
atividades físicas ou estudos); a frequência que você está usando determinada
substância aditiva (como o café, álcool ou tabaco); objetivos ou algo que você gostaria
de fazer mais (meditar, cozinhar ou certas atitudes mentais); o quanto você tem se
dedicado a um projeto pessoal.

Nesse exemplo foram escolhidas 11 cores como legenda para as sensações e


sentimentos, colorindo cada espaço diário na mandala de forma livre, sem guiar-se
pelas linhas dos anéis. O critério de indicação de intensidade é o espaço que cada cor
ocupa. Como um recipiente, a fatia vai recebendo os sentimentos, com prioridade de
espaço para o que esteve mais forte no dia, sem olhar para os aspectos que não se
apresentaram. Nesse exemplo podemos perceber a relação entre o consumo de café e a
insônia, e também entre o reiki e o entusiasmo.

Assim como a lua e as estações, nós somos cíclicas. E um dos ciclos mais presentes ao longo da
nossa vida é o ciclo menstrual, mas poucas mulheres sabem como ele realmente funciona. De forma bem
resumida, um ciclo menstrual natural (sem uso de hormônios sintéticos, por exemplo) e saudável têm início
com o primeiro dia da menstruação e dura até o dia anterior à menstruação seguinte. Esse período pode
durar, em média, um ciclo lunar (28 dias), podendo variar 7 dias para menos ou para mais em ciclos
saudáveis, a depender da singularidade de cada mulher, cada corpo, condições emocionais, alimentação etc.
Essa duração também pode variar saudavelmente de um ciclo para o outro na mesma mulher (desde que
durando de 21 a 35 dias), e se manifestar de formas diferentes em situações como o pós-parto, na
adolescência e nos primeiros meses após parar de usar contraceptivos hormonais.

Entendido isso, podemos dividir o nosso ciclo menstrual em duas


grandes fases (folicular e lútea) ou, ainda, em quatro fases (menstrual, pré-
ovulatória, ovulatória e pré-menstrual), que ocorrem natural de forma circular,
cíclica. Essa ciclicidade só é possível, é claro, graças aos nossos hormônios,
que dançam de forma harmoniosa para que tudo saia dentro dos conformes
nessa grande festa que é nosso corpo.

Os principais hormônios envolvidos são o FSH (hormônio


foliculoestimulante), o LH (hormônio luteinizante), a progesterona e o
estrogênio. A dança hormonal tem início em uma pequena glândula chamada
hipófise, localizada na face inferior de nosso cérebro. É a hipófise quem
produzirá o FSH e o LH, enquanto os ovários produzirão estrogênio e
progesterona.

16
Dias, contagem, duração

O tempo de duração do ciclo menstrual varia de mulher pra mulher e mesmo de ciclo para ciclo, e
conhecer tais padrões nos ajuda a entender o nosso próprio corpo. É importante observar as manifestações
cíclicas no nosso corpo a partir de uma mirada interna e não a partir de calendários e aplicativos que te
apontam de fora o que está acontecendo internamente. É somente com a observação, presença e registro que
conseguimos perceber nosso corpo, seus ciclos e padrões.

Fase folicular: A fase folicular começa com o primeiro dia de sangramento e dura cerca de 14 dias,
mas não tem uma duração fixa: como mencionamos antes, varia de mulher para mulher e também de ciclo
para ciclo, terminando quando ocorre a ovulação. A ovulação é um evento que dura alguns instantes, mas o
óvulo fica disponível por cerca de 24 horas no organismo para ser fecundado. Após a ovulação começa a
fase lútea.

Fase lútea: O período entre a ovulação e a menstruação leva de 12 a 16 dias. Diferente da fase
folicular, esse intervalo é praticamente fixo de ciclo para ciclo e em diferentes épocas da vida de uma
mesma mulher. Temos um reloginho próprio que cronometra esse período. Uma vez que aprendermos a
perceber quando ovulamos, podemos observar alguns ciclos seguidos para saber quantos dias tem a fase
lútea para nós, assim podendo prever com mais certeza a data de nossa menstruação.

Endométrio

O endométrio é um tecido que reveste o útero preparando-o para uma possível gestação. Ao longo do
ciclo, ele aumenta sua espessura e, quando a fecundação não ocorre, ele é expelido pelo útero, no que
chamamos de menstruação. A imagem mostra o endométrio no primeiro dia da menstruação onde é
17
totalmente expelido. Aos poucos vai novamente se formando e aumentando de espessura até que um novo
ciclo se inicie.

Fase Folicular: Contrações uterinas expulsam o endométrio do útero, gerando a menstruação. Após,
o endométrio está fino e recomeçando a sua formação.

Fase Lútea: O endométrio continuar a engrossar cada vez mais, à espera de um óvulo fecundado.

Todos os processos do nosso ciclo são regidos por hormônios gerados pela glândula hipófise (no
cérebro) e pelos ovários. São estes hormônios que prepararam em nós a terra fértil para receber uma nova
vida e expulsam essa terra-sangue quando escolhemos não gerar um filho.

Hormônios da hipófise (FSH e LH)

Localizada no cérebro, a hipófise é uma glândula que


produz os hormônios FSH (hormônio folículo-estimulante) e o
LH (hormônio luteinizante). Esses hormônios atuam no
processo de amadurecimento do folículo e liberação do óvulo
no organismo. O folículo consiste num óvulo revestido.
Podemos imaginar esse revestimento como um casaco. Só é
necessário esse abrigo quentinho durante o período em que o
pequeno óvulo está em desenvolvimento. Depois que o óvulo
amadurece, a ovulação acontece, em um pico de ação desses
hormônios. No momento da ovulação, algumas mulheres
podem sentir uma breve cólica à esquerda ou à direita do
ventre, indicando em qual dos ovários ela está ovulando.

Fase Folicular: O hormônio FSH é liberado lentamente pela hipófise, que estimula que vários
folículos amadureçam em ambos os nossos ovários. Na iminência da ovulação, cria um pico de FSH e
também do hormônio LH. Ambos estimulam a rápida liberação do óvulo que estiver mais maduro nos
folículos.

Fase Lútea: Após a ovulação, ambos os picos de FSH e LH baixam rapidamente. Todos os outros
folículos que não liberaram óvulos são reabsorvidos.

Hormônios dos ovários (estrogênio e progesterona)

Nosso sistema reprodutor tem dois ovários que são responsáveis por produzir alguns hormônios
relacionados ao ciclo menstrual. Muitos acontecimentos se dão nestas pequenas ‘amendoazinhas’, e ao
longo do ciclo tudo o que acontece nelas reverbera em nosso corpo e nossas emoções.

Fase Folicular: No início da fase folicular, quando estamos ainda no período menstrual, temos
pouco estrogênio e progesterona no corpo e podemos sentir cansaço e fadiga. Nos ovários, os folículos em
desenvolvimento vão aumentando os níveis de estrogênio e com isso começamos a sentir mais energia e
força de ação. Os seios ficam mais firmes, a pele mais lisa e passamos a ter uma resposta sensorial mais
rápida e atenta.

Fase Lútea: Os folículos que não amadureceram cessam seu desenvolvimento e diminuem
abruptamente os níveis de estrogênio. Após liberar o óvulo, o folículo vazio, ainda no ovário, se torna o
corpo lúteo. Este corpo é responsável por produzir progesterona, dando nome à este segundo momento do
ciclo, a fase lútea. Com as alterações hormonais repentinas, podemos sentir as emoções com mais
18
intensidade, cansaço, inchaço, aumento de apetite, dor no seios, acne e diminuição da libido causadas pela
ação da progesterona. O corpo lúteo no ovário vai involuindo, e diminui também a produção de
progesterona.

Colo do útero / Cérvix

O colo do útero ou cérvix é a parte inferior do útero, que faz sua ligação
com o canal vaginal. Devido à ação do estrogênio, o colo muda sua altura e textura
ao longo do ciclo, ficando mais alto ou baixo, macio ou firme.

Para perceber as mudanças no seu colo do útero, você deve introduzir o seu
dedo médio no canal vaginal até perceber a presença de um furinho com a textura
parecida com a ponta do nariz. Esse é o seu colo do útero! Se quiser, você também
pode observá-lo com um espéculo e um espelho em casa ou pedir para sua
ginecologista para te mostrar.

Fase Folicular: Durante o período menstrual, o colo do útero fica mais


baixo e é possível alcançá-lo facilmente com a ponta do dedo. Sua consistência é
firme, como a ponta do nariz. Aos poucos com a ação do estrogênio, o cérvix começa a subir e ficar mais
macio. Perto da ovulação nosso
colo está bem alto, aberto, e macio
como os lábios da boca.

Fase Lútea: O colo volta a


baixar, ficando fácil de alcançar
com o dedo.

Muco cervical e sangue

O muco cervical é um
fluido natural e saudável
produzido pelas células
mucossecretoras do colo do útero.
Ao longo do ciclo o muco muda
sua textura, cor e quantidade.
Quanto mais abundante e líquido,
mais próximo à ovulação a mulher
está. O muco escorre pela vagina
até a vulva e pode ser percebido se
usamos os dedos ou quando nos
limpamos com um papel.

Fase Folicular: Ocorre a


menstruação. Conforme decorrem
os dias, o estrogênio aumenta a
produção de muco cervical.
Inicialmente o muco tem um
aspecto mais branco, seco,
grudento. A medida que vão

19
subindo os níveis de estrogênio, o muco vai ficando mais transparente,
elástico com consistência de clara de ovo e aguado. Seu gosto fica mais
adocicado. Quanto mais próximo a ovulação, mais abundante, líquido e fértil
é o muco. Algumas mulheres podem ter um breve e pequeno sangramento
“de escape” durante a ovulação.

A vagina é um ambiente naturalmente ácido e nossos fluídos férteis


criam o ambiente alcalino ideal para os espermatozóides se movimentarem e
sobreviverem no corpo da mulher por até 5 dias, aguardando por nossa
ovulação.

Fase Lútea: Após a ovulação a produção de muco diminui, e fica


com aparência branca, cremosa e pegajosa, ou cessa.

Temperatura Basal

Temperatura basal é a temperatura do corpo em estado de repouso. Devemos medir nossa


temperatura ao acordar ainda antes de levantar, diariamente usando um termômetro basal (com 2 casas
decimais após a vírgula). As temperaturas colocadas em um gráfico desenham um padrão semelhante a uma
escada: as mais baixas estão no andar inferior indicando a fase folicular e as temperaturas mais altas no
andar superior, indicando a fase lútea. O aumento de temperatura (por 3 dias seguidos) é o único indicativo
de que a ovulação ocorreu (já que não temos como prever antes dela ocorrer). O método sintotermal
(Fertility Awereness Method, em inglês) usa a temperatura como o indicativo principal para a consciência de
nossa fertilidade, sendo eficaz para quem quer evitar ou atingir uma gravidez.

Fase Folicular: Na fase folicular a temperatura de uma mulher varia entre 36,10° a 36,38° celsius.

Fase Lútea: Na fase lútea a temperatura aumenta de 36,39° a 37° celsius.

Percepção de fertilidade e contracepção natural

Existem diversos métodos contraceptivos baseados na


percepção dos sinais de fertilidade (como o método sintotermal,
método billings, justisse etc.). Aqui não tratamos de contracepção, mas
trouxemos a informação sobre nosso ciclo e sobre os sinais externos
que são perceptíveis e indicam nosso período fértil. Essas informações
servem como os primeiros passos para tomada de consciência dos
nossos corpos e ciclos. Se você tiver interesse em utilizar a percepção
de fertilidade como método contraceptivo, sugerimos o estudo
profundo de algum desses métodos, combinado ao estudo profundo do
seu próprio ciclo. Os métodos de percepção de fertilidade requerem
bastante compromisso, disciplina e autoestudo, mas como recompensa,
temos o conhecimento dos nossos corpos e com isso conquistamos
autonomia em relação à nossa fertilidade (para promover ou evitar uma gravidez) e nossa saúde como
mulheres.

20

Das könnte Ihnen auch gefallen