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A África do Sul

A África do Sul possui sites arqueológicos com evidências da existência de colônias muito antigas, alguns dos quais lança uma
idéia sobre o surgimento dos primeiros seres humanos, que podiam pensar simbólica e artisticamente, utilizar a língua e refletir
sobre os mistérios da vida e da morte.

Durante os últimos 100 mil anos, a região foi ocupada por pequenos grupos de caçadores nômades, que aprenderam a se
adaptar ao ambiente agreste. Eles expressaram suas crenças e rituais, perspectivas e atividades nas ricas e abundantes artes em
pedra e foram, gradualmente, substituídos por pastores, cuja presença é notada há mais de 2 mil anos. Se for correto descrever
os anteriores como San e mais tarde como Khoikhoi — termos agora determinados como Bushmen e Hottentots —, dois
grupos culturais distintos têm sido considerados.

Não exista distinção fisiológica acentuada entre os caçadores e os fazendeiros, que eram, às vezes, conduzidos pela
necessidade ou inspirados pela oportunidade de invadir o estilo de vida do outro, apesar da aquisição de terras e das
habilidades na criação de animais envolverem uma mudança de pensamento a qual tinha que encontrar alguma expressão na
diferenciação cultural.

As áreas secas do interior serviam para as fazendas pastorais, onde foram criados primeiramente carneiros e depois gado, sem a
necessidade da caça para a sobrevivência. Aproximadamente 1,5 mil anos atrás, o grupo de imigrantes Bantu começou a
trabalhar o solo, principalmente nos vales próximos aos rios do Sudeste da África, onde predomina a pluviosidade no verão.
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As primeiras técnicas aprendidas no Norte foram aplicadas para o cultivo de produtos comestíveis, tais como painço e cabaça.
A criação de gado — há aproximadamente mil anos —, abriu novas possibilidades de desenvolvimento social, além dos
talentos da sociedade Khoisan.

Os sistemas políticos surgiram não na mesma escala que os reinados do século 14 entre Limpopo e Zambezi, mas como
comunidades poligâmicas, dominadas por um chefe e cujo tamanho era determinado pela amplitude do poder de controle que
os chefes podiam exercer sobre a população feminina, como produtoras, e sobre os jovens, como trabalhadores e soldados.

A abundância do gado possibilitou o patrocínio, também utilizado como "lobola" — termo que pode ser descrito como o dote
da noiva em um casamento — que determina a entrega de alguns presentes, mercadorias ou gado por parte da família do noivo
ao pai ou guardião da noiva. Isto é feito para garantir o direito do noivo em qualquer questão do casamento.

A conquista do controle sobre as habilidades metalúrgicas deram ao chefe um valor adicional de comércio e um maior
potencial militar.

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Colonização pela Europa a partir de 1600

A chegada dos europeus no Sudeste da África foi a mais traumática experiência que as comunidades residentes já tiveram.

O Oeste da Europa — de todos os maiores centros de potência do mundo — foi, provavelmente, o que menos teve sucesso em
qualquer grandiosa tentativa de conquista territorial.

No entanto, houve três questões que provaram, juntas, que eles eram os agitadores do mundo; uma perspectiva religiosa,
partidária e obrigatória; uma capacidade de assimilar as invenções de terceiros, tais como a elaboração de mapas, a navegação,
a utilização de pólvora; e um desejo de obter riqueza e sustento, partindo da falta destas coisas.

Isso levou os governantes a racionalizar suas necessidades estabelecendo empresas de marinha mercante sob carta patente.
Primeiro os portugueses — cujas experiências anteriores no Sudeste da África foram desanimadoramente violentas — e, mais
tarde, os holandeses, os ingleses e os franceses, todos os que viram o valor del Regão do Cabo como uma fronteira estratégica
na rota para os impérios no Leste. Apenas os holandeses estabeleceram uma base em terra firme para a sua Companhia do
Leste da Índia (VOC), (Instituição Holandesa de suprimentos) em 1652, visando proporcionar a passagem de navios com
comida, água e medicamentos para os navegadores doentes.

Provavelmente, eles ficariam satisfeitos com isso, se uma única base fosse suficiente.
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No entanto, o Khoikhoi percebeu que — devido à construção de um castelo de pedra e ao estabelecimento de fazendeiros na
terra —, os holandeses pretendiam ficar e começaram a resistir e a combater as tentativas das expedições da VOC de tomar à
força seu gado.
Os holandeses tampouco foram repelidos pelos hábitos sociais de Khoikhoi, ou admirados como "nobres selvagens" e,
gradualmente, se sobrepuseram a eles, tomando posse de seus rios, terras e gado e incorporando-os como peões nas terras ou
em seus exércitos. A estrutura política dos clãs de Khoikhoi não foi forte o suficiente para resistir.

Para a VOC, a necessidade por mão-de-obra era tão urgente que eles também trouxeram escravos dos seus impérios do Leste e
de regiões nos dois lados da África, dentro da primeira década de estabelecimento. Essa decisão controvertida lançou uma
sombra longa. Um escravo não possuía direitos legais e, ao contrário dos escravos da América, quase não tinham chance de
libertação através da conversão ao Cristianismo.

Em Cape, a obrigação de libertação dos convertidos funcionou como uma barreira para a conversão — um fato que tornou
atrativa a conversão para o Islamismo, por razões políticas, assim como religiosas.

Os escravos de propriedade das companhias ou residentes na cidade tiveram oportunidade de praticar o comércio. Outros,
especialmente aqueles de propriedade dos fazendeiros, eram controlados severamente. Para as escravas, o casamento não era
uma opção, porém era freqüente o concubinato com homens brancos.

A Região do Cabo tornou-se uma sociedade composta por grupos desiguais e distintos, e os negros livres nunca foram
numerosos ou fortes o suficiente para quebrar as barreiras. Os membros da VOC e os proprietários brancos das terras —
mesmo brigando uns com os outros — estabeleceram um domínio garantido por lei e estimularam a imigração livre em
pequena escala.

Os brancos mantiveram esse status por três séculos e meio, apesar das várias tentativas de emancipação dos oprimidos durante
vários anos.

Uma tentativa parcialmente bem-sucedida de libertá-los, foi feita durante os anos de 1807 a 1838. Os ingleses tomaram posse
da Região do Cabo, durante as guerras revolucionárias da França e tornaram-na uma colônia em 1795, salvo um breve retorno
da lei holandesa de 1803 a 1806.

O dominio holandês era inicialmente, tão autoritário quanto a VOC. No entanto, os novos dominadores, chegados
principalmente em 1820 — com uma experiência do conflito político no Reino da Inglaterra — lutaram para ganhar liberdade
política. Primeiramente, com uma bem-sucedida campanha para liberdade de imprensa nos anos de 1820 e, mais tarde, através
do estabelecimento, em 1853, de um governo de baixa representatividade.

Um diferente tipo de campanha — conduzido por grupos de pressão na Inglaterra com apoio missionário local — foi
estabelecido a fim de libertar os servos e os escravos. Embora, racionalmente, tenha sido uma tentativa de balancear a
liberdade com a necessidade de manter a emancipação no trabalho remunerado, não recebeu muito apoio dos empregadores
locais.

Por esse motivo, apesar de Khoikhoi ter obtido uma 'carta de liberdade' em 1828, e os escravos terem sido libertados depois de
quatro anos de 'aprendizado' em 1838, a pressão dos empregadores das cortes reprimiu a efetividade destas duas medidas em
uma dimensão considerável.

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Conflito nas Fronteiras da Expansão Colonial

A partir dos primeiros dias de colônia, os escravos tentaram escapar das áreas de controle da VOC, geralmente sem sucesso.

Os europeus se mudaram para caçar, trocar, furtar e — protegidos por negligentes leis sobre terras — fixarem-se com suas
criações. Eles fizeram isso porque as oportunidades da colônia eram limitadas ou porque, como os escravos, também queriam
escapar do controle da VOC.

Por isso, instalaram-se em uma zona fronteiriça já povoada pelos caçadores San, e, no Norte e no Leste, por pastores Bantu.
Com cavalos e mosquetes, os europeus podiam atirar na caça da qual os Sans dependiam e por volta de 1880, as colônias de
San moveram-se para o Norte através do Rio Gariep (Laranja), depois de um século de conflito.

Houve uma outra fronteira de conflito nos anos de 1770, cerca de mil quilômetros a leste da Cidade do Cabo, na área entre os
rios Sundays e Kei. Ali, nas margens onde a pluviosidade era maior, os colonos de Khoikhoi e Bantu encontraram os intrusos
europeus que, como eles, valorizavam a terra como um bem e utilizavam-na para plantio e pastagem do gado.

O comércio entre estes grupos de oposição — o primeiro oferecendo peles e marfim, o segundo mercadorias da Europa —,
contribuiu muito para moderar as relações, assim como a ação dos missionários, que podiam agir como mediadores das
disputas. Mas, isso não podia evitar uma luta pelo gado nos dois lados da fronteira, que, eventualmente, travavam uma série de
batalhas. Nestas, ganharam os europeus, devido ao armamento superior. Eles se organizaram, no final dos anos de 1800, para
declarar o controle sobre todo o território nas fronteiras da colônia britânica de Natal.
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De 1836 a 1838, as tensões na fronteira levaram a uma segunda emigração, mais deliberada da Região do Cabo, conhecida
como "Great Trek". As partes organizadas dos Voortrekkers (Pioneiros), com seus partidários Khoikhoi, moveram-se para o
Norte em protesto contra a política de fronteira e os aspectos liberais das leis britânicas, para estabelecer suas próprias
repúblicas no que se dizia serem terras desabitadas.

Mas as terras não eram desabitadas e, em qualquer circunstância, os Voortrekkers precisavam de terras, mesmo que já
habitadas, onde houvesse água e uma fonte potencial de trabalho.

Em 1800, a o Sul da África era uma região sem qualquer rota fácil para o tráfego rodoviário, com quase nenhuma cidade digna
de nome, um número reduzido de bancos e um comércio pouco organizado, exceto para a exportação de produtos da animais,
especialmente lã. Grandes rebanhos de caça andavam livremente pelas terras do interior, as quais não podiam sustentar
colônias humanas de qualquer porte.

Em 1900, no entanto, muito disso mudou. A principal razão foi a descoberta de diamantes perto da confluência dos rios Orange
e Vaal, em 1867, e de ouro — primeiro na região de Tati, no mesmo ano, depois como pepitas aluviais no leste de Transvaal
nos anos de 1870, e mais de dez anos depois, como pó cravado nas pedras em Witwatersrand (1886).

Os garimpeiros chegaram principalmente da Inglaterra, mas também de vários outros lugares. Eles se estabeleceram como
trabalhadores negros emigrantes nas regiões de colônia da África: Sotho do Norte e Sul de Vaal, Tswana de Marico, Zulu e
Swazi do Sudeste.
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Em seguida, vieram os bancos imperiais e as estradas de ferro. Favelas foram estabelecidas. Os cavadores discutiam uns com
os outros e tentavam excluir os garimpeiros africanos (subseqüentemente introduzindo o uso de recintos cercados como
dispositivo para seu controle). Roubavam ou contrabandeavam mercadorias preciosas, apresentando uma séria ameaça à ordem
pública.

A soberania nos campos de extração de diamantes eram contestadas. As fortes reclamações legais, baseadas na ocupação, eram
aquelas de Griqua e de Rolong, e em termos de acordos internacionais do Estado Livre de Orange (OFS). Um mediador
britânico concedeu o território a Griqua.

A Inglaterra então aceitou o controle de Griqua em 1871, como a colônia Coroa de Griqualand Oeste, ignorando as
reclamações das repúblicas de Rolong e de Boer, e declarou a necessidade de imposição de leis. Ela também compreendeu o
valor estratégico da 'estrada para o Norte' passando pelo lado Leste do deserto Kalahari, o qual os governantes republicanos de
Boer poderiam bloquear facilmente.

O OFS foi recompensado em dinheiro em 1876, mas os problemas nas relações interestaduais não acabaram por muitas razões.
As descobertas induziram a procura de laços econômicos mais próximos entre os estados separados e as colônias do que a
disposição política deles podia sustentar.

Os trabalhadores correram para os campos de mineração, através do território republicano e retornaram com armas de fogo.
Isso pode ser relacionado à eclosão de uma seqüência de conflitos com as forças armadas coloniais e republicanas entre 1876 e
1881, estendendo — se ao longo das fronteiras do Leste de Cape a Lesotho, Zululand e Leste de Transvaal e em volta de
Griqualand Oeste.

Esta foi a era mais selvagem de lutas na história da África do Sul, na qual os comandantes negros combateram um número de
heróicas retaguardas na defesa de suas terras — sobretudo aquelas de Phuting contra as forças do Cabo e de Pedi contra os
Boers e os ingleses na Provincia Transvaal.

Contudo, os africanos também lutavam entre eles pelo resíduo de seus territórios diminuídos — sobretudo o conflito: o de
Ngqika-Mfengu em trans-Kei em 1874, e aquele entre os comandantes de Rolong e Tlhaping nas margens do Kalahari, no qual
voluntários brancos tomaram parte nos dois lados. Como conseqüência, todos os comandantes africanos do Sul de Limpopo
tiveram que submeter-se às regras brancas antes de 1900.

Neste meio tempo — enquanto a cobiça pelo acesso à África crescia entre as potências européias — o governo britânico
estabelecia sua supremacia mantendo o passo. Resolveu unir os territórios separados em um esquema federal de sua própria
autoria, do qual fez parte a anexação de Transvaal, por meio de um golpe em 1877.

Este esquema federal foi efetivamente anulado através de uma vitória de Boer sobre a Inglaterra em Majuba em 1881. Mas a
consolidação das minas de ouro de Transvaal ameaçou tanto até descontrolar a balança econômica da região com prejuízo para
as colônias costeiras, fazendo a Inglaterra ainda temer por sua supremacia, estabelecida pelo enfraquecimento daquela
república, que estava sob a liderança de Paul Kruger.
O confronto começou entre Kruger, um líder de grande poder carismático, e Cecil Rhodes, um magnata primeiro ministro de
Cape, cujo poder estava ligado aos diamantes de De Beers, a Companhia Licenciada no Norte de Limpopo, e em Consolidated
Goldfields.

Quando Rhodes foi desacreditado — por seu plano de um segundo golpe contra a república de Jameson Raid em 1895 —, o
manto da política britânica caiu sobre os ombros de Sir Alfred Milner. E foi sua pressão, apoiada por Joseph Chamberlain, o
secretário da colônia britânica, que induziu Paul Kruger a antecipar-se uma declaração de guerra à Inglaterra em outubro de
1899.

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A Guerra Anglo-Boer de 1899 a 1902

Militarmente, o conflito entre as forças britânicas e de Boer pode ser dividido em duas fases.

Primeiro, um período de sucessos do comando de Boer, rapidamente revertido, após a chegada da força principal britânica em
janeiro de 1900, que tomou os capitais republicanos entre março e junho.

Depois, veio a fase de guerrilha, quando as forças de Boer reagruparam-se depois da queda de Pretoria, e continuaram o
conflito por dois anos, antes de aceitarem, relutantemente, os termos de paz da Inglaterra em maio de 1902, no Tratado de
Vereeniging.

Embora freqüentemente chamada de 'guerra do homem branco', este conflito envolveu toda a população da África do Sul de
uma maneira ou de outra. As mulheres e crianças de Boer — que foram expulsas das fazendas ou vilarejos incendiados pela
Inglaterra — eram enviadas para campos de concentração, onde muitas morreram por doenças, ou iam suportar a exposição da
vida de comando no campo. Os trabalhadores de fazendas ou minas também eram concentrados em campos e submetidos a
tarefas pesadas pelo exército britânico. Os Boers atacaram as reservas africanas para alimentação.

Os africanos reassumiram o controle sobre a terra e o gado previamente tomados pelos Boers e, em raras ocasiões, atacaram os
comandos de Boer. A Lei Marcial foi proclamada por toda a região e os movimentos de pessoas foram drasticamente
restringidos.

Para as escoltas africanas no lado britânico ou para os Boers capturados com uniformes britânicos, as punições eram rápidas e
mortais. Quanto aos 10 mil rebeldes de Afrikaners do Cabo condenados por traição, uma pequena quantidade dos condenados à
morte pelas cortes militares eram mortos a tiro.
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Mesmo perdendo a guerra, os Boers ganharam a paz. Os britânicos a favor dos Boers minaram a complacência moral dos
vitoriosos, que decidiram conceder generosas penas aos Boers, a fim de garantir uma influência permanente na África do Sul.
Isso foi uma grande perda para os africanos (que foram excluídos do poder político e forçados a devolver parte das terras
tomadas dos Boers durante os anos de guerra).

A Inglaterra implementou esta decisão entre 1906 e 1907, concedendo constituições que deram controle político a ambas ex-
repúblicas — com, talvez, mais generosidade do que a pretendida. Mas eles não fizeram objeção em 1909, quando a
Convenção Nacional Sul-Africana optou por uma constituição que garantia a retenção do poder político em mãos brancas
(predominantemente afrikaner).

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A União da África do Sul 1910 - 1960: Um Estado Branco

O ânimo dominante dos Afrikaners, após o retorno do autogoverno, foi resultante das conciliações; primeiro entre Boers e
King (cujos assuntos eles concordaram em realizar); depois entre Cape e os Afrikaners republicanos; e finalmente entre
"hensoppers" (aqueles que se dão por vencidos) e "bittereinders" (os intransigentes) nas condições sociais de Boer. Isso trouxe
Louis Botha e Jan Smuts ao comando de um governo de coligação em tudo, exceto no nome, e a parte da União Inglesa
desapareceu da política em poucos anos.

As feridas impostas pela guerra penetraram fundo no Afrikanerdom. As escritas angustiadas de Eugene Marais e outros
refletiram um nacionalismo muito mais intenso do que o já sentido pelos Afrikaners. O general JC Smut — justificando sua
decisão em render-se em 1902 — argumentou que isso era para garantir a sobrevivência do povo Afrikaner.

A conciliação não deu certo. Tentativas anteriores de consolidar movimentos culturais e políticos de Afrikanerdom, nos anos de
1870 e 1880, foram revividas e encontraram uma reação contra a conexão imperial e em oposição à guerra contra os alemães
em 1914, que trouxeram de volta vários líderes do ex-comando chefiando a rebelião.
Um novo republicanismo Afrikaner, com o general JBM Hertzog como seu representante, foi apoiado pelos elitistas, oculto em
Broederbond e um grande número de sociedades culturais, de bem-estar e saúde, criadas para cuidar do povo Afrikaner, em
particular daqueles muito pobres, vítimas da guerra.

A união imperial ainda possuía um problema para alguns de seus seguidores, que Hertzog foi capaz de resolver aceitando uma
fórmula de salvação em 1926, quando ele era primeiro-ministro. Isso possibilitou à África do Sul manter-se como membro da
Comunidade Britânica em paridade legal sob a Coroa.
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No entanto, nem todos os seus seguidores podiam aceitar isto e o ‘Império’ ainda era uma parte da estrutura de contenção,
quando houve a Segunda Guerra Mundial em 1939, mesmo para o próprio Hertzog, que tentou e não conseguiu manter a
África do Sul neutra.

O Dr. DF Malan e seus "refinados" nacionalistas — que romperam com Hertzog em 1934 — obtiveram sucesso em sua
iniciativa e formaram uma forte oposição durante os anos de guerra, ainda conduzida para manter a disciplina do governo
parlamentar. Com isso, eles manobraram melhor aqueles que eram favoráveis à rebelião, tais como Ossewa Brandwag e
Oswald Pirow, do grupo nacional socialista da Nova Ordem.

A chance de Malan veio em 1948, quando seu Partido Nacional ganhou a maioria das cadeiras no parlamento com uma minoria
de votos. Sob uma sucessão de líderes, principalmente Hendrik Verwoerd, BJ Vorster e PW Botha, o partido manteve o poder
até 1994, através de uma demonstração notável e bem-sucedida de controle político, a despeito do que poderia ser utilizado
contra ele.

Para obter votos dos negros, o partido passou por cima da Constituição. Em 1961, trabalhou à sua maneira fora da comunidade
britânica, sem se incomodar com a indignação dos eleitores ingleses com a quebra de seus direitos. Sujeitou o país a uma
cirurgia social massiva, a qual trouxe grande aflição para todas as comunidades negras, mas "segurança" e grande conforto
para a maioria branca.

O partido trabalhou para introduzir os mecanismos judiciais de um estado político, de forma ilícita, fazendo uma oposição
extraparlamentar ilegal, mas sem ter que abolir a oposição parlamentar ou a liberdade total da mídia. Sobreviveu, por duas
décadas, a indignidade de fazer parte da lista de párias internacionais nas Nações Unidas.

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O Estado do Apartheid

O sucesso político do Partido Nacional pode ser explicado, parcialmente, pelo fato de que muitas das suas atividades políticas
não representaram um rompimento maior com o passado.

Isso também era verdade no tratamento das relações intergrupos. Não inventou segregação — que era uma marca oficial da era
de Reconstrução sob o comando de Lord Milner — e já tinha encontrado expressões na legislação residencial, rural e urbana,
de 1910 a 1924 e (para os Indios de Natal) de 1943 a 1946.

Não inventou a barreira racial, datada antes da União e regularizada por Hertzog em 1926. Não inventou as leis de salvo
conduto, embora tenha se apoiado nelas na revolta de Sharpeville em 1960. E não precisou prender mais de 600 mil pessoas
por ano, no final da década de 60, para impedir sua livre circulação.

Mesmo depois de 1948, o Partido Nacional comprometeu-se com a ideologia do apartheid, que foi refinada nos conclaves de
Broederbond. Isto mergulhou a política da África do Sul em uma fase escura, aumentando a convicção de poucos líderes
proeminentes — alguns deles ideologistas e outros pragmatistas (os quais nunca encaravam) amorais — de que eles tinham
encontrado uma fórmula que podia garantir o futuro da minoria branca no próximo século.

O ideia era formar uma maior política branca permanente, expurgando o papel de todos os eleitores negros e criando 'terras
natais' para os africanos (e talvez pessoas Indianas), onde a política alternativa pudesse ser feita para que eles liderassem o
autogoverno e uma forma de independência.

Isso incluia a imposição de segregação total (sujeita à necessidade econômica, de acordo com os pragmatistas, mas não com os
ideologistas), para que cada cidade fosse dividida em 'áreas de grupos', separando as pessoas por categoria racial como
registrado em sua livros Carteira do identidade e inserido em um registro nacional.
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O objetivo era eliminar categorias irregulares através da proibição total de casamentos 'mistos' (isto é, inter-racial).

O Apartheid também incluiu a retenção do poder econômico em mãos brancas, apertando a barreira racial de trabalho e
direcionando os negros capacitados para suas próprias áreas.
Por um tempo, isso foi relacionado a uma política de descentralização industrial, para que os centros fabris pudessem ser
estabelecidos nas fronteiras, para as quais os empregados negros e brancos podiam viajar, a partir dos lados opostos — sem
infringir as delimitações das áreas de grupos —, ou sem precisar de uma migração de longa distância para os negros. Este era o
sonho.

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O Fim do Apartheid

A história da África do Sul tem mostrado o quanto, efetivamente, uma distribuição de poder distorcida, mas legalizada, pode
resultar num sistema social deformado, quando apoiado por forças de segurança enérgicas; mas também como a autoridade
moral de uma determinada oposição — mesmo fora das estruturas legalizadas — pode desafiar aquele poder, se operar a partir
de uma base segura e receber apoio externo.

As políticas extraparlamentares na África do Sul não são novas. Elas começaram a surgir nas colônias e nas repúblicas bem
antes do final dos anos de 1800. Elas ofereciam condições para as estratégias políticas baseadas na "força da alma",
desenvolvida pelo líder indiano Mahatma Gandhi, durante sua breve carreira em Natal. Ecos que deveriam ser ouvidos em atos
posteriores de desafio contra as leis ultrapassadas, sobretudo em 1952 e 1960.

A instituição que surgiu em 1912, como Congresso Nacional dos Nativos da África do Sul, posteriormente Congresso Nacional
Africano (ANC), voltou os olhos para suas origens, para um grupo de congressistas nativos e uma Convenção de Nativos da
África do Sul, cujos protestos contra as decisões da Convenção Nacional branca em 1909 passaram despercebidos.

Outras formas de resistência — que se desenvolveram sob a sombra da supremacia branca — podem ser vistas em apelos e
soluções desesperadas e suicidas, como entre o Xhosas em 1857; no movimento separatista das igrejas negras, especialmente a
partir de 1880; na imprensa africana de 1884; em atos periódicos de rebelião (principalmente em Natal em 1906) e em revoltas
rurais de pequena escala; na formação de várias uniões políticas entre os trabalhadores rurais e urbanos (principalmente a
União Industrial e Comercial de 1919 e a União do Partido Comunista da África do Sul (SACP) com os sindicatos nos anos de
1930 e 1940).

Sem direito de voto — salvo durante um curto período na Região do Cabo —, impedidos por lei de tomar ações industriais
efetivas e incapazes de ouvir, adequadamente, as autoridades sul-africanas e britânicas nos primeiros anos de formação, os
movimentos políticos negros tiveram pouca chance de sucesso.
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Primeiro, eles tentaram a colaboração dos brancos liberais; mas como estes últimos foram incapazes de formar uma base de
poder, os negros foram atraídos ao SACP, cuja postura era mais radical ou voltava-se para ações diretas através de ostensivas
manifestações de descontentamento, ações de greve em protesto à lei e vários boicotes da comunidade.

A resistência cresceu, sensivelmente, durante a Segunda Guerra Mundial e atingiu o auge com uma greve dos garimpeiros e a
renúncia de Hertzog na fracassada representação do Conselho de Representantes Nativos, em 1946.

Seguiu-se uma década de confrontos diretos durante os anos de 1950, quando o corpo principal da legislação do Apartheid foi
decretado e os movimentos negros lançaram tudo o que tinham na oposição.

Então, após sete importantes manifestações desde 1900, veio Sharpeville. A polícia matou 69 e feriu 180 manifestantes
africanos na província de Transvaal. Ao mesmo tempo em que Harold Macmillan's comemorava o discurso de "ventos de
mudança", a campanha do Dr. Verwoerd para estabelecer uma república branca estava posicionando a África do Sul em
direções opostas.

O Estado continuou contra os movimentos políticos negros com uma nova legislação que intimidava, conduzindo prisões em
massa, privando os prisioneiros políticos dos direitos e permitindo que os oficiais de polícia utilizassem métodos de terceiro
grau contra eles impunimente.

O ANC foi elabborou secretamente com uma estratégia de violência controlada, mas acelerada. Um dissidente Congresso Pan
Africano (PAC) foi menos acomodado e seu fundador Poqo iniciou uma campanha de terror. Com bases no exílio, tanto o ANC
quanto o PAC lutaram por mais de uma década, sem ter conseguido penetrar na segurança do estado de apartheid — mesmo
com o crescente apoio internacional. Nos anos 70, no entanto, o equilíbrio começou a mudar.
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A alta do preço do petróleo, em 1973, provocou uma inflação mundial e pressionou de tal forma o custo de vida que os
trabalhadores negros sul-africanos, incluindo os garimpeiros, passaram por cima da proibição de atividades de greve e
conseguiram aumento salarial.
Em 1976, uma rebelião de estudantes em Soweto contra um sistema educacional ofensivo, se espalhou como fogo pelo país,
seguindo um novo movimento de Consciência Negra, liderado por Steve Biko para encorajar os africanos. A prisão e a morte
de Biko quem estava sob custodia da policia gerou uma nova explosão da ira pública.

O governo começou a desviar-se de sua legislação industrial para apaziguar a pressão dos trabalhores em uma retirada passo-a-
passo contra as demandas dos sindicatos comerciais. Depois de reconhecer a distinção entre apartheid ‘grandioso’ e
‘insignificante', a fim de reforçar o primeiro, trouxe outros aspectos do Apartheid, incluindo educação e a completa estratégia
de desenvolvimento econômico — com baseado na pátria — em revisão.

Sabe-se que desde o censo de 1970, as estatísticas, nas quais foi baseada a política de Verwoerd, não fizeram sentido.

O moral do governo foi quebrado por pressões irresistíveis.

Estados de emergência, primeiramente decretados em Sharpeville e repetidos em 1976 e 1985, mostraram-se cada vez menos
efetivos. A liberação da África atingiu as fronteiras da África do Sul com o fim da guerra da Rhodesia (hoje conhecido como
Zimbabwe) e a falência da Colônia de Moçambique.

O comércio internacional e os boicotes de armamentos aumentaram com o envolvimento das tropas sul-africanas na guerra na
fronteira de Angola — no início um preâmbulo da crise no Sud-este Africano (Namíbia), mas um importante desafio
econômico e militar, quando os bancos mundiais iniciaram uma pressão financeira e os MIGS Cubanos e as tropas terrestres
vieram auxiliar o governo de Angolano.
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Extraordinário trabalho combinado com boa sorte, eventualmente, possibilitaram ao governo elaborar uma saída para sua crise.

O equilíbrio do conflito na África foi por água abaixo com o colapso da União Soviética, tornando a política americana de
empenho construtivo — como anunciada por Dr. Chester Crocker — repentinamente realista.

O ANC adquiriue uma posição de força e resistência no mundo muito maior do que a da república. No entanto, uniu-se ao
Movimento Democrático de Massa, uma resposta interna à tentativa do Presidente PW Botha de estabelecer um novo sistema
parlamentar em 1983, o qual incluiu a Câmara dos Deputados para as pessoas mistisas e para os indianos, mas não para os
africanos negros.

O papel principal do ANC em qualquer ação de incentivo foi claramente demonstrado na decisão dos líderes brancos em
engajar seus líderes exilados em conversações de sondagem entre 1988 e 1989.

O resultado final foi uma decisão do presidente FW de Klerk de liberar o líder aprisionado do ANC, Nelson Mandela,
incondicionalmente, em fevereiro de 1990, depois de ter passado 27 anos na prisão.

Nessa ocasião, a adesão consistente do ANC ao princípio de democracia não-racial pagou dividendos. Criou uma base de
confiança que possibilitou que todos os partidos políticos, negros e brancos, se reunissem no World Trade Centre, próximo a
Johannesburgo, de 1991 a 1993 e se esforçassem para criar uma constituição de trasição.

Isso conduziu a um Governo de Unidade Nacional mais amplo e mais explícito do que as tentativas de corrigir as aberturas
políticas feitas por Louis Botha em 1910 e Barry Hertzog em 1933.

Houve murmúrios, como quando brancos da direita dirigiram-se em um carro blindado ao World Trade Centre para dar sua
opinião. No entanto, a conciliação venceu — tanto as negociações constitucionais quanto a primeira eleição democrática,
ocorrida em abril de 1994 — ignorando as tentativas de miná-las.

Os primeiros 18 meses na vida da "nação arco-íris", como se esperava, foram repletos tanto positivo quanto negativo. Do lado
positivo; um avanço da moralidade nas realizações da Naçõe Unida em vários campos do esporte internacional. Do lado
negativo, violência política disseminada, especialmente, mas não somente, na Provincia : KwaZulu-Natal, a criminalidade
crescente na forma de assaltos pessoais, depredação de táxis, seqüestros e corrupção de colarinho branco.

Muitos dias de trabalho foram perdidos durante os conflitos nos locais de trabalho enquanto os líderes industriais e de negócios
falavam sobre crescimento econômico e privatização, os trabalhadores exigam mais e melhores empregos, mesmo que
surguisse inflação, durante o momento crítico do progresso, sendo : o início lento na construção de novas casas, integração do
sistema educacional, e progresso na força policial e a elaboracão de uma nova constituição.

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Um Estado Democrático
Uma nova Constituição — adotada pelo Parlamento em maio de 1996 — entrou em vigor em fevereiro de 1997, após a
certificação feita pela Corte Constitucional. (Consulte o Link: Governo.)

Logo depois, o Partido Nacional abandonou o Governo de Unidade Nacional (GNU), deixando somente o IFP (Partido Livre
de Inkatha) — que não participou do processo de elaboração da Constituição —, como parceiro do Congresso Nacional
Africano (ANC) no Governo.

Ocorreram alguns desvios nas alianças políticas desde 1994. Um novo Movimento Democrático Unido foi formado em 1997
— comandado por Bantu Holomisa (ex-ANC) e Roelf Meyer (ex-NP) — que tiveram de deixar o Parlamento depois de
pedirem asilo político nos termos da Constituição.

O PAC escolheu o Bispo Stanley Mogoba como seu líder em dezembro de 1996, tentando atrair os nacionalistas moderados
negros.

Em março de 1997, o governo se comprometeu com uma política de Crescimento, Emprego e Redistribuição (GEAR =
Growth, Employment and Redistribution). Objetivo: expandir a economia para sustentar a criação de empregos e o bem-estar,
promovendo a privatização de algumas empresas estatais e atraindo o capital estrangeiro.

O rand desvalorizou em relação a outras moedas, mas se estabilizou no final de 1997. Mas, ao contrário da experiência de 1932
— quando a liberação da moeda foi amortecida pela estabilização do ouro —, o valor do ouro caiu no mercado internacional,
juntamente com a queda do rand, necessitando de maiores reduções no trabalho nas minas, justo quando era urgente aumentar
o emprego no setor industrial.

Ao mesmo tempo, as boas perspectivas para o comércio de exportação na África do Sul — proporcionadas por um rand barato
— foram enfraquecidas pelo repentino colapso dos mercados do Extremo Oriente, nos quais a África do Sul procurava por
expansão.
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O desemprego industrial no primeiro ano do GEAR, colaborou para uma campanha — comandada pelo Congresso dos
Sindicatos da África do Sul — para abandonar o GEAR em favor do ousado orçamento deficitário, visando criar mais
empregos e aumentar o bem-estar social, com a esperança de que um ‘novo acordo’ estimulasse o mercado doméstico.

No entanto, enquanto a ação era promovida, o GEAR permaneceu ativo não apenas na provisão de treinamento, mas também
na distribuição de empregos nos setores público e privado.

O governo também começou a resolver as dificuldades no desbalanceamento da provisão de fundos públicos e nas mordomias,
na saúde e bem-estar, através da rápida expansão de bons serviços e estendendo os direitos de bem-estar a muito mais crianças.
Na educação, onde desequilíbrios e rígidos padrões caracterizavam o sistema de educação do governo do Partido Nacional, o
governo estabeleceu número igual de professor/aluno em todo o país, necessitando de expansão dos cargos de professor em
algumas províncias e reduções drásticas em outras.

Em outros campos — tais como a retificação dos direitos de terra (a despeito de alguma controvérsia sobre os direitos dos
inquilinos trabalhadores) e a ampliação do acesso aos recursos de água —, o desempenho do governo foi impressionante. O
controle da criminalidade, contudo, permanece como um dos maiores desafios.

A Constituição deu ao ANC a supervisão centralizada sobre a administração regional, mas a eleição dos governos provinciais
através do processo democrático, levou a liderança do partido a umacompetição com seus parceiros de aliança assim como os
‘favoritos’ locais. Isso levou a grandes disputas no Estado Livre, KwaZulu-Natal, Província do Nordeste e Gauteng, pelos
postos de liderança, os quais o Executivo Nacional tinha dificuldade de controle.

A Comissão de Reconciliação e Verdade, estabelecida em 1995, recebeu três tarefas: ouvir todos que pretenciosamente
cometeram uma grande violação dos direitos humanos, tanto nas mãos do governo anterior como nas mãos dos libertadores;
receber requerimentos daqueles que cometeram violações, na expectativa de anistia para as confissões; e oferecer recuperação
adequada às vítimas.

Decretada nova constituição o que permite novas eleições em 1999


Artes e Cultura
De acordo com o Programa de Reconstrução e
Desenvolvimento (RDP), entende-se por arte e cultura os
fatores que englobam costumes, tradições, crenças, religiões,
língua, habilidades e todas as formas de manifestação, tais
como, música, dança, artes visuais, filmes, teatro e literatura
escrita e oral.

Além disso, o programa também classifica arte e cultura


como a difusão de todos os aspectos de vida — social,
econômica, negócios e industrial —, sendo um componente
Nesta Pagina: crucial para o desenvolvimento dos recursos humanos da
Artes e Cultura África do Sul.
Festival de Artes Nacionais
Música
Teatro
Dança
Artes Visuais Artes e Cultura
Literatura
Filmes A natureza heterogênea da população da África do Sul explica
Arquitetura o crescimento da mistura de culturas, aspecto naturalmente
Museus manifestado nas línguas, artes e religiões.

Em todo o mundo, a língua é reconhecida como um dos


direitos básicos de um indivíduo. Para atender a este
requisito fundamental, a Constituição de 1993 da África do
Sul apresenta 11 línguas, agora oficiais em nível nacional.
São elas: Africano, Inglês, isiNdebele, Sesotho sa Leboa
(Norte de Sotho), Sesotho (Sul de Sotho), siSwati, Xitsonga,
Setswana, Tshivenda, isXhosa e isiZulu.

Em 1994, o ministro de Artes e Cultura criou o Departamento


de Artes, Cultura, Ciência e Tecnologia, colocando em prática
as funções — previamente determinadas pelo Departamento
de Funções Nacionais — no que se refere à ciência e
tecnologia.

Em agosto daquele mesmo ano, o ministro formou um Grupo


de Trabalho de Artes e Cultura (ACTAG), com o objetivo
principal de tornar as artes acessíveis para todos os sul-
africanos.

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Festival de Artes Nacionais

Para os amantes da arte na África do Sul, o mês de julho


tornou-se sinônimo de Festival de Artes Nacionais.

Anualmente, o festival é realizado durante alguns dias, no


meio do inverno, em Grahamstown, no Eastern Cape. O
evento cresceu através dos quadros político, social e cultural,
tornando-se uma a importante influência de estilo nas artes e
na cultura da África do Sul.

 Klein Karoo Kunstefees


 Festival Hermanus Whale
 Festival de Artes Nacionais do Banco de Grahamstown
 Festival de Artes ao Vivo

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GEOGRAFIA

LOCALIZAÇAO: área de 1 227 200 km2 (472 359 milhas). Fronteiras com: Namíbia, Bostwana, Zimbabwe,
Moçambique e Swaziland. O reino de Lesotho situa-se a sudeste do país em território sul africano.

ORLA MARÍTIMA: a costa é fechada e possui apenas algumas


baías apropriadas para portos. A Baía Saldanha, a sudoeste,
constitui o único porto natural, ao longo de aproximadamente
3000 km da linha costeira. A foz da maioria dos rios é
inadequada para ser utilizada como porto.

SOL: o país está lozalizado na faixa sub-tropical de alta pressão,


tornando-o quente e seco. A África do Sul é famosa pelo seu sol,
menos freqüente nas estações chuvosas. Abril e maio são mais
agradáveis, quando já não há chuvas. No verão a temperatura
pode ser superior a 32ºC.

CHUVA: chuva média anual: 464 mm; média mundial 857 mm.
Anualmente 65% da área do país com média inferior a 500 mm.
A África do Sul é também periodicamente castigada por secas
que muitas vezes terminam em grandes cheias.

AS NOVE PROVÍNCIAS: Nos termos da Constituição de 1993 (Lei 200, de 1993) a República da África do Sul ficou
dividida em nove províncias, cada uma com sua legislatura, primeiro-ministro e ministros próprios.
Link: SA Map

AS CAPITAIS: A África do Sul possui 3 capitais: Executiva (Pretória), Legislativa (Cidade do Cabo) e Judiciária
(Bloemfontein).

POVO DA ÁFRICA DO SUL

POVO: A África do Sul é conhecida como a "nação arco-íris, pela diversidade de raças.

Brancos (comunidade européia, principalmente holandêses e inglêses) 5.4m (12%)


Coloridos (mestiços) 3.8m (8,5%)
Asiáticos (chineses, indianos) 1.2m (2,5%)
Negros (tribos: Zulu, Sotho, Tswana, Xhosa, Tsonga, Swazi, Venda, Ndebele) 34.3m (77%)
GOVERNO e POLITICO

A Constituição Censo de 96
Governo da Unidade Nacional O Serviço Público
Elaboração de Leis Nova Estrutura de Regulamentação
Governo Cooperativo Ação Afirmativa
Eleições Comissão de Revisão Presidencial
A Comissão de Inquérito nas
O RDP
Irregularidades do Serviço Público
Masakhane Comissão de Heath
Gerenciamento de Desastres Partidos Políticos

A Constituição

Aprovada pela Corte Constitucional em dezembro de 1996, a Constituição da República da


África do Sul (Ato 108 de 1996), entrou em vigor em 4 de fevereiro de 1997. Certas
Cláusulas na Constitucição de 1993 relacionadas ao Executivo Nacional e ao Parlamento —
corrigidas no Quadro 6 da Constituição de 1996 — permanecerão até 1999.

A Constituição foi redigida pela Assembléia Constitucional e reafirma a África do Sul como
um Estado constitucional e republicano. A Constituição é a mais elevada e mais importante
lei da nação. Nenhuma outra ação governamental substitui as Cláusulas da Constituição.

O Preâmbulo

O Preâmbulo para a Constituição estabelece como seus objetivos:

 corrigir as divisões do passado e estabelecer uma sociedade baseada em valores


democráticos, justiça social e direitos humanos fundamentais
 estabelecer os fundamentos para uma sociedade democrática aberta, na qual o
governo é baseado no desejo das pessoas e todos os cidadãos são igualmente
protegidos pela lei
 melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos e liberar o potencial de cada
pessoa
 construir uma África do Sul unida e democrática, capaz de se colocar em seu local
legítimo como um Estado soberano na família das nações.

Direitos Fundamentais

Os direitos fundamentais estão descritos no Capítulo 2, protegendo os direitos e a liberdade


dos indivíduos. A Constituição preserva estes direitos e determina se as ações do Estado
estão ou não de acordo com as cláusulas constitucionais.

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Governo da Unidade Nacional

Um Governo de Unidade Nacional (GNU), com um Gabinete multipartidário, foi nomeado por
cinco anos, como estabelecido na Constituição de 1993 e no Quadro 6 da Constituição de
1996. O governo é estruturado nos níveis nacional, provincial e local. Os poderes de
legisladores (autoridades do legislativo), governantes (autoridades do executivo) e as cortes
(autoridades do judiciário) são separados uns dos outros. Em maio de 1996, o Partido
Nacional (NP) abandonou o GNU e assumiu o papel de um partido de oposição, enquanto o
Partido de Liberdade de Inkatha (IFP) e o Congresso Nacional Africano (ANC)
permaneceram como partidos do governo.

Parlamento

O Parlamento é a autoridade legislativa da África do Sul e tem o poder de instituir leis para
o país de acordo com a Constituição. É composto por uma Assembléia Nacional e pelo
Conselho Nacional de Províncias. Suas instalações são abertas ao público.

A Assembléia Nacional

A Assembléia Nacional é formada por 400 membros eleitos por um sistema de


representação proporcional. Cada partido possui um número de cadeiras, baseado na
divisão dos votos obtidos na eleição de 1994. Dos 400 membros, 200 foram eleitos em uma
escolha nacional e 200 em escolhas nas províncias. A Assembléia Nacional é presidida por
um presidente eleito, apoiado pelo vice-presidente.

O Conselho Nacional das Províncias

O Conselho Nacional das Províncias (NCOP) — que se reuniu pela primeira vez em 6 de
fevereiro de 1997 — substituiu o Senado de acordo com a Constituição de 1996. Consiste
em 54 membros permanentes e 36 representantes especiais, tendo como objetivo
representar os interesses das províncias na legislação nacional. Ao contrário de seu
antecessor, o NCOP deve obter uma ordem específica das províncias, antes de tomar certas
decisões. De acordo com a Constituição, o NCOP é responsável por representar os
interesses das províncias no processo legislativo nacional. Não pode, no entanto, iniciar um
projeto de lei monetário, o qual é a prerrogativa do ministro das Finanças. O Sr. Patrick
Lekota é o dirigente do Conselho Nacional das Províncias.

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Elaboração de Leis

Qualquer projeto de lei pode ser introduzido na Assembléia Nacional. Um projeto de lei
passa pela Assembléia Nacional se for encaminhado pelo Conselho Nacional das Províncias.
Por sua vez, um projeto de lei que passa por ele deve ser encaminhado à Assembléia. Já a
adoção de um projeto de lei monetário é de responsabilidade da Assembléia Nacional.
Existem condições especiais para a aprovação de leis relacionadas às províncias.

O Presidente

O presidente é o Chefe do Estado e lidera o Gabinete. Ele ou ela é eleito pela Assembléia
Nacional e lidera o país no interesse da unidade nacional, de acordo com a Constituição e
com a lei.

O presidente da África do Sul é o Sr. Nelson Mandela.

O Presidente Executivo da Assembléia Legislativa

Cada partido, com pelo menos 20% das cadeiras na Assembléia Nacional, pode indicar um
presidente, entre os seus membros na Assembléia Nacional. Se apenas um partido tiver
20% ou mais das cadeiras, o segundo maior partido poderá indicar um presidente do
Executivo. O Sr. Thabo Mbeki é, atualmente, o único presidente executivo na Assembléia
Legislativa da África do Sul, depois da renúncia do Sr. FW de Klerk como segundo
presidente executivo, quando o Partido Nacional saiu do Governo da Unidade Nacional.

O Gabinete

O Gabinete é constituído pelo presidente, pelo presidente executivo da Assembléia


Legislativa por não mais de 27 ministros indicados pelo presidente. Um partido com pelo
menos 5% das cadeiras na Assembléia Nacional que decida fazer parte do Gabinete pode
ter um ou mais postos, com base no número de cadeiras que possui. O presidente indica
ministros para postos específicos consultando o presidente do Executivo e os líderes dos
partidos participantes. O Gabinete se esforça para o consenso no processo de tomada de
decisões, enquanto tem em mente a necessidade de um governo efetivo. O Ato de Emenda
à Constituição da República da África do Sul de 1994 (Ato 14 de 1994) permite que uma
pessoa — que não seja membro do Parlamento — seja indicada como Ministro de Gabinete.
De acordo com a seção 91(3)(c) da Constituição de 1996, o presidente não pode selecionar
mais de dois ministros de fora da Assembléia.

Vice-ministros

Depois de consulta, o presidente pode indicar vice-ministros, caso seja necessário.

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Liderança Tradicional

Segundo o Capítulo 12 da Constituição, a instituição, o status e o papel da liderança


tradicional, de acordo com a lei de costumes e direitos consuetudinários são reconhecidos,
conforme dispositivo na Constituição.

Casas de Líderes Tradicionais

Por meio das legislações provinciais ou nacionais, a Constituição obriga o estabelecimento


de Casas de Líderes Tradicionais. Em todas as seis províncias, nas quais eles se encontram
— Eastern Cape, KwaZulu-Natal, Free State, Mpumalanga, Northern Province e North-West
—, foram estabelecidas Casas de Líderes Tradicionais.

Conselho de Líderes Tradicionais

O Conselho de Líderes Tradicionais foi criado em 18 de abril de 1997, de acordo com a


legislação aprovada pelo Parlamento. Cada Casa Provincial de Líderes Tradicionais nomeou
três membros para representá-la no Conselho, que, por sua vez, elegeu seus próprios
representantes. O Conselho apóia o governo nacional no papel de líderes tradicionais e na
lei de costumes e direitos consuetudinários. Pode também conduzir suas próprias
investigações e aconselhar o presidente do país, se requisitado. Kgosi Victor Suping foi
eleito presidente do Conselho.

Remuneração dos Líderes Tradicionais

A Comissão de Remuneração dos Representantes apresentou três relatórios referentes à


remuneração dos líderes tradicionais. Neles constam as seguintes propostas:

 uma estrutura de classificação para a liderança tradicional e suas instituições, ou


seja, as Casas e os Conselhos de Líderes Tradicionais
 os membros dessas instituições serão remunerados e reembolsados por dia de
participação
 no momento, nenhuma pensão e nenhum auxílio médico serão incorporados em
qualquer pacote de remuneração para os líderes tradicionais; o relatório recomendou
que uma decisão sobre este assunto deveria ser tomada pelo próprio governo.
Depois de consultar todos os participantes-chaves, o presidente irá determinar a
remuneração dos líderes tradicionais. Devido ao fato de a liderança tradicional ser uma
competência provincial e nacional, o governo central comprometeu-se a pagar os salários
dos líderes tradicionais em uma base de comissão em favor das províncias que solicitam
este serviço.

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O Conselho Volkstaat

O Conselho Volkstaat é um órgão estatutário, comandado pelo Prof. Pikkie Robbertze. O Ato
do Conselho Volkstaat, de 1994 (Ato 30 de 1994), formalizou o órgão estabelecido pela
Constituição de 1993 para investigar o conceito de Nação-Estado para os africanos. Nos
termos dos entendimentos de transição — indicados no item 20(5)(a) do Quadro 6 da
Constituição de 1996 —, o Conselho Volkstaat continua a funcionar nos termos da legislação
aplicável. O Conselho é um mecanismo constitucional, que permite aos proponentes de
idéias de um volkstaat prosseguir com o estabelecimento de um volkstaat. As funções do
Conselho são:

 reunir, processar e disponibilizar as informações sobre possíveis fronteiras, poderes,


funções e estruturas do legislativo, executivo e outras de um volkstaat
 comprometer-se com a colocação em prática e com outros estudos relevantes em
relação aos problemas citados anteriormente
 desempenhar outras funções, como pode ser ordenado por um Ato do Parlamento

Em 1997, o Conselho foi reestruturado, como resultado da adoção da nova Constituição. Os


membros do conselho trabalham meio-período. Atualmente, o Conselho está dando enfoque
à quatro áreas de auto-determinações territoriais selecionadas e à auto-determinação local
e cultural.

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Governo Provincial

As nove províncias, criadas nos termos da Constituição, trouxeram um novo sistema de


governo de bancada de apoio. A posição do governo provincial e do governo local — que é
reconhecida como um nível separado do governo — está firmada na Constituição. Estes são
os presidentes das províncias: Rev Arnold Stofile (ANC) em Eastern Cape; Prof. Mathole
Motshekga(ANC), que substituiu Mr. Tokyo Sexwale (ANC) em Gauteng; Mr. Manne Dipico
(ANC) em Northern Cape; Mr. Mathews Phosa (ANC) em Mpumalanga; Dr Ivy Matsepe-
Casaburri (ANC) em Free State; Mr. Popo Molefe (ANC) em North West; Mr. Ngoako
Ramatholdi (ANC) em Northern Province; Mr. Gerald Morkel (NP) que substituiu Mr. Hernus
Kriel em Western Cape, e Dr. Ben Ngubane (IFP) em KwaZulu-Natal.

De acordo com a Constituição, cada uma das nove províncias possui sua própria legislação,
consistindo de 30 a 80 membros, dependendo da população. Eles são eleitos por
representação proporcional.

O Conselho Executivo de uma província consiste de um presidente e um número de


membros. O presidente é eleito pela Legislação Provincial. Um partido deve ter, no mínimo,
10% das cadeiras na Legislação Provincial, para poder ser representado por um membro no
Conselho Executivo. As decisões são tomadas por consenso, como acontece no Gabinete
Nacional. Além de ser capaz de fazer leis provinciais, uma legislatura provincial pode adotar
uma Constituição para sua província, se dois terços dos seus membros concordarem. No
entanto, uma Constituição Provincial deve corresponder à Constituição Nacional, como
confirmado pelo CC. Em novembro de 1997, a Constituição de Western Cape tornou-se a
primeira Constituição Provincial do país a ser homologada pelo Parlamento.
As províncias têm poderes legislativos sobre:

 agricultura  cassinos, corridas, jogos e apostas


 relações culturais  educação em todos os níveis, exceto
 universidade e educação técnica  meio ambiente
 serviços de saúde  habitação
 política de idioma  governo local
 conservação da natureza  serviços policiais
 mídia pública da província  transporte público
 planejamento e desenvolvimento regional  regulamentações de trânsito
 estradas  turismo
 comércio e promoção industrial  autoridades tradicionais
 desenvolvimento urbano e rural  serviços de bem-estar

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Governo Local

A África do Sul tem tido uma rara e histórica oportunidade para transformar o governo local,
visando atender às necessidades do país para o próximo século. Embora o governo local,
até 1999, deva permanecer sujeito aos preceitos do processo de transição — como
regulamentado pelo Ato de Transição do Governo Local de 1993 (Ato 209 de 1993) — a
Constituição de 1996 considera uma transformação completa do sistema de governo local.

Nos termos da Constituição, o governo local é uma esfera do governo em seu próprio direito
e não mais uma função do governo nacional ou provincial. O governo local também tem
dado um status e um papel distintos na construção da democracia e na promoção do
desenvolvimento sócio-econômico. A Constituição estabelece três categorias de
municipalidades. A legislação nacional deve definir os diferentes tipos de municipalidades
que podem ser estabelecidos dentro de cada categoria. E inserida em cada categoria, a
legislação provincial deve determinar os diferentes tipos de municipalidades a serem
estabelecidos na província. Uma municipalidade tem o direito de governar, por iniciativa
própria, as relações de governo local de sua comunidade, sujeita às legislações nacional e
provincial, como indicado na Constituição. O governo nacional ou um governo provincial não
podem se comprometer ou impedir uma habilidade ou direito da municipalidade de exercer
seus poderes para desempenhar suas funções.

O governo local possui um certo número de poderes e funções. No entanto, eles estão
sujeitos à legislação nacional ou provincial. Alguns deles incluem regulamentações de
construção; serviços de saúde municipal; serviços de combate a incêndios; transporte
público municipal; serviços de água e esgoto, remoção de lixo e regulamentações de
trânsito.

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Governo Cooperativo

Depois da eleição em abril de 1994, ficou claro que o estabelecimento de três níveis de
governo trouxe grandes mudanças para o processo governamental, confrontando o governo
com os novos desafios, no que se refere à coordenação política, à eficiente e efetiva entrega
de serviços e à utilização dos recursos disponíveis. A importância do governo cooperativo e
das relações intergovernamentais na África do Sul culminou no Capítulo 3 da Constituição,
sobre Governo Cooperativo, que determina um número de princípios. A Seção 41(2) da
Constituição determina especificamente que um Ato do Parlamento deve estabelecer ou
providenciar para que estruturas e instituições promovam e facilitem as relações
intergovernamentais. Também devem ser proporcionados mecanismos apropriados e
procedimentos para facilitar o estabelecimento de disputas intergovernamentais. Naquela
ocasião, um número de estruturas intergovernamentais foi instituído para promover e
facilitar o governo cooperativo e as relações entre as respectivas esferas do governo.
O governo cooperativo inclui o seguinte:

Um Fórum Intergovernamental (IGF) — abrangendo os ministros e vice-ministros do


Governo Nacional, os presidentes e os membros dos Conselhos das nove províncias e o
representante da Associação do Governo Local da África do Sul (SALGA), bem como
outros membros de alto nível do governo — reúne-se trimestralmente, sendo geralmente
presidido pelo vice-presidente.

Fóruns ministeriais entre ministros responsáveis por linhas de recepção, em nível nacional e
suas respectivas contrapartes no nível de governo provincial, também se reunem
trimestralmente. Estes fóruns são apoiados por comitês para oferecer-lhes suporte técnico,
conselhos e experiência. Em resumo: um número de fóruns intergovernamentais que facilita
a administração cooperativa e as relações entre os governos locais e provinciais.

O Departamento de Desenvolvimento Constitucional iniciou vários empreendimentos para


promover ainda mais o governo cooperativo e o desenvolvimento de um sistema de
relações intergovernamentais durante 1997/98.

Estas iniciativas incluem, entre outras coisas, um processo político através do esboço de
uma Carta Verde para o governo cooperativo e para as relações intergovernamentais.

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Eleições

O Ato de Comissão Eleitoral (Ato 51 de 1996) entrou em vigor em outubro de 1996,


colocando todas as eleições e referendos do país nas três camadas do governo (nacional,
provincial e local) sob o controle de uma comissão eleitoral evidentemente independente e
imparcial, que foi indicada em julho de 1997. A Comissão Eleitoral Independente (IEC) é
constituída pelo presidente, Sr. Justice Johann Kriegler; pela vice-presidente, Sra. Brigalia
Bam; Sra. NF Mpulwana, Sr. Fanie van der Merwe e Prof. Herbert Vilakazi. O Sr. Mandla
Mchunu foi indicado como o primeiro oficial eleitoral da IEC. A segunda eleição democrática
da África do Sul ocorrerá em maio de 1999. O Ato Eleitoral prevê que as eleições sejam
adiadas por 90 dias, se as circunstâncias obrigarem. O registro dos eleitores deve ser feito
em outubro de 1998, com o eleitorado registrando-se no local de residência.

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O RDP

O Programa de Desenvolvimento e Reconstrução do Governo (RDP) é uma estrutura política


sócio-econômica coerente e integrada, que pretende mobilizar todas as pessoas e os
recursos do país para a erradicação final do apartheid e para a formação de um futuro
democrático, não-racial e não-sexual. Existem muitas propostas, estratégias e programas
políticos no RDP. Os cinco principais programas políticos — que estão relacionados uns com
os outros — são:

 Atendimento às necessidades básicas


 Desenvolvimento dos recursos humanos no país
 Formação da economia
 Democratização do Estado e da sociedade
 Implementação do RDP
Os princípios básicos do RDP são um programa integrado, baseado nas pessoas, que
proporciona paz e segurança para todos e constrói a nação, une a construção e o
desenvolvimento e aprofunda a democracia.

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Masakhane

A campanha de Masakhane faz parte da ampla estratégia nacional para criar condições
necessárias para o sucesso do RDP. Tem como objetivo mobilizar todos os setores da
sociedade para estarem ativamente envolvidos em retificar desigualdades do passado e com
a criação de uma sociedade, caracterizada por novos valores e normas, uma nova
consciência e senso de responsabilidade entre todos os cidadãos para transformar o
governo e construir uma nação unida. Em julho de 1997, um workshop nacional,
coordenado pelo Conselho de Trabalho e Desenvolvimento Econômico Nacional (Nedlac), foi
realizado para dar novo ímpeto à campanha.

O workshop abrangeu um série de eventos provinciais e setorais e enfatizou temas


relacionados à mobilização da comunidade, aceleração da conclusão dos serviços, o papel
do governo, parcerias sociais e a estratégia de comunicação da campanha. A primeira
semana de setembro de 1997 foi declarada a Semana Nacional de Masakhane, durante a
qual vários projetos foram lançados. Um telefone de chamada gratuita ao projeto
Masakhane também foi criado para aumentar o acesso ao governo. O objetivo principal do
serviço é disponibilizar informações diretas ao público com relação a todos os serviços
oferecidos pelo Departamento de Desenvolvimento Constitucional. O enfoque está centrado
nos assuntos do governo local, tais como conclusão eficiente dos serviços, responsabilidade
dos membros para com as pessoas, os níveis de remuneração nas comunidades.

Os Prefeitos para o Projeto Masakhane

Os prefeitos para o Projeto Masakhane foram indicados em dezembro de 1995. O objetivo


do projeto é envolver ativamente prefeitos, chefes dos conselhos distritais e conselheiros
por todo o país na particularização da campanha.

Os objetivos do projeto são:

 facilitar o estabelecimento de um sistema efetivo de divisão


 garantir um entendimento comum dos objetivos da campanha entre todas as esferas
do governo
 obter um comprometimento dos prefeitos e conselheiros com os objetivos da
campanha
 identificar as abordagens que precisam ser discutidas em nível local por província
 Os prefeitos foram convidados a iniciar o processo e assinaram um documento,
comprometendo-se com os objetivos de Masakhane.

Prêmio Anual de Masakhane

Os objetivos deste prêmio são: facilitar um processo intensivo almejando a particularização


da campanha e garantir que as autoridades locais mobilizem o apoio e a participação dos
chefes. O prêmio é utilizado para reconhecer e recompensar os esforços locais para
promover os objetivos de Masakhane.

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Gerenciamento de Desastres

Como muitos países no mundo, a África do Sul está arriscada a uma grande variedade de
perigos naturais, tecnológicos e ambientais, que podem levar a desastres como seca,
enchentes, incêndios, tornados, vazamentos de óleo e até mesmo terremotos. No passado,
a África do Sul possuía várias estratégias para conter os efeitos destes desastres. No
entanto, não se reconhecia que estas estratégias eram inadequadas. Existe a necessidade
de uma política clara sobre redução de riscos e gerenciamento de desastres que seja pró-
ativa e não reativa. O gerenciamento de desastres deve ser colocado no contexto dos
desafios de desenvolvimento que o país enfrenta como um todo e como estabelecido no
RDP. Depois das enchentes de junho de 1994 em Cape Flats, o Gabinete resolveu utilizar a
habilidade da África do Sul em lidar com a redução de riscos e com o gerenciamento de
desastres. Isso resultou na revisão das estruturas e métodos do governo para
gerenciamento de desastres. Em 1995, o Gabinete também recomendou que uma estrutura
para gerenciamento de desastres fosse estabelecida. Resolveu ainda que o Departamento
de Desenvolvimento Constitucional, que administra o Ato de Proteção Civil de 1997 (Ato 67
de 1977), serviria como centro para o gerenciamento de desastres e que um Comitê
Nacional de Gerenciamento de Desastres seria formado em nível nacional. Para reforçar o
comprometimento do Governo em desenvolver uma estratégia e uma política nacionais para
o gerenciamento de desastres, o Gabinete aprovou a formação de um Comitê
Interministerial para o Gerenciamento de Desastres (IMC) na metade de 1997.

O IMC está sendo reunido e presidido pelo ministro das Relações Provinciais e de
Desenvolvimento Constitucional. Com o objetivo de dar continuidade ao processo político, o
IMC formou uma equipe de trabalho em agosto de 1997.

Em fevereiro de 1998, a Carta Verde para o Gerenciamento de Desastres foi lançada em


Cape Town. Isso preparou o caminho para a Carta Branca durante 1998 e para a
subsequente legislação de 1999.

Para lidar com assuntos imediatos de desastres — tal como os possíveis efeitos do El Nino
— o IMC estabeleceu um Centro Interino de Gerenciamento de Desastres (IDMC), que
engloba dez departamentos do governo nacional. O IDMC atende às suas funções principais
em uma base regular, visando nesse estágio coordenar e disseminar informações e
desenvolver estratégias para enfrentar estes desastres. Um centro permanente será
estabelecido no futuro.

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Censo de 96

O primeiro censo oficial depois do apartheid na África do Sul foi visto como um exercício, do
qual dependia a implementação de vários programas governamentais. Em outubro de 1996,
86 mil pesquisadores visitaram cerca de 10 milhões de casas para realizar o censo nacional
da África do Sul. Os pesquisadores foram gerenciados por mais de 16 mil chefes do censo,
reportando-se a 80 escritórios por todo o país, através de uma rede de computadores. Em
julho de 1997, o Serviço Central de Estatísticas publicou os resultados preliminares,
mostrando uma população de 37,9 milhões, quase 5 milhões a menos do que o esperado.
Do total, 18,2 milhões (48%) eram homens e 19,7 milhões (52%) eram mulheres. Os
resultados preliminares também mostraram que a população sul-africana era mais
urbanizada e mais jovem do que se pensava. KwaZulu possuía a maior população (20,3%)
e Northern Cape a menor (2,0%). Vários estudos e relatórios independentes confirmaram os
resultados preliminares.

O resultado final foi publicado.


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O Serviço Público

No final de dezembro de 1997, o Serviço Público estava empregando 1.138.549 pessoas em


tempo integral nas 30 administrações nacionais e nas 9 administrações provinciais. Entre 20
de setembro de 1996 e 31 de dezembro de 1997, o número de pessoas empregadas no
Serviço Público diminuiu em 3,23%. Até 1º de setembro de 1997, 65.848 inscrições foram
recebidas para o serviço voluntário, das quais 48.054 foram aprovadas e 11.081 negadas. O
restante ainda estava sob avaliação. Estas excluiam inscrições para educadores CS. Durante
a segunda fase da implementação das condições de serviço, as negociações com os
departamentos e com as administrações resultaram na abolição de 6.998 vagas
remuneradas. O Serviço Público está incluso no Ato de Relações de Trabalho de 1995 (Ato
66 de 1995) com o resultado de seus funcionários gozarem dos mesmos direitos e
privilégios que os do setor privado. Durante o mês de outubro de 1997, foi estabelecida
uma nova estrutura de acordo para o Serviço Público, foi estabelecido o Conselho de
Acordos de Coordenação para o Serviço Público (PSCBC).

A principal função do PSCBC é lidar com todas as questões que são regulamentadas por leis,
normas e padrões uniformes que se aplicam a dois ou mais setores. Além do PSCBC, quatro
setores foram demarcados no Serviço Público: Educação, Polícia, Saúde e Serviço Público
Geral. Os conselhos de acordo nestes setores irão tratar, especificamente, dos assuntos
pertencentes a cada um deles. O Serviço Público precisa manter a integridade e a
responsabilidade de realizar suas obrigações o tempo todo e deve executar com lealdade as
políticas de avanço de conclusão dos serviços. Também deve ser responsável pelos assuntos
e contribuições da sociedade civil no planejamento e realização dos serviços. Depois de um
amplo processo de consultoria, um Código de Conduta, estabelecendo padrões éticos para
os servidores públicos, foi publicado em junho de 1997. Um de seus maiores objetivos é
reprimir a corrupção. Os oficiais deverão, durante suas obrigações, comunicar às
autoridades apropriadas fraudes, corrupção, nepotismo, má administração e qualquer outro
ato que seja prejudicial ao interesse público. Os servidores públicos deverão servir o público
imparcialmente e não poderão discriminar qualquer membro da sociedade, no que diz
respeito à raça, origem social ou étnica, cor, orientação sexual, idade, incapacidade,
religião, persuasão política, consciência, crença, cultura ou língua. O Código é formado por
várias seções: relação do funcionário com a Legislação; o Executivo; o público; o
relacionamento entre os funcionários; desempenho da obrigação e conduta pessoal e
interesses privados. A infração ao Código será considerada como má conduta.

Em outubro de 1997, foi publicada a Carta Branca para Transformação do Serviço Público,
com o objetivo de oferecer uma estrutura política e uma estratégia de implementação
prática para transformar o serviço público.

Também chamado de Carta Branca de Batho Pele (Batho Pele significa "primeiro as
pessoas"), o documento apresenta oito princípios de transformação.

Os princípios são:

 consulta - os cidadãos devem ser consultados em relação aos níveis e qualidade dos
serviços públicos que eles receberam, e toda vez que possível, deve ser dada uma
opção para os serviços oferecidos
 padrões de serviços - os cidadãos devem ser informados sobre os níveis e a
qualidade dos serviços públicos que eles irão receber, para que eles saibam o que
esperar
 acesso - todos os cidadãos devem ter igualdade de acesso aos serviços que precisam
 cortesia - todos os cidadãos devem ser tratados com cortesia e consideração
 informação - os cidadãos devem possuir informações precisas e completas sobre os
serviços públicos que eles podem receber
 abertura e transparência - os cidadãos devem ser informados sobre como os
departamentos nacionais e provinciais estão trabalhando, quanto eles gastam e
quem está no comando
 compensação - se o padrão do serviço prometido não for entregue, deve-se
desculpar-se e oferecer aos cidadãos uma explicação e uma alternativa rápida e
efetiva; e quando as reclamações são feitas, os cidadãos devem receber uma
resposta positiva e solidária
 valor para o dinheiro - os serviços públicos devem ser providos econômica e
eficientemente de modo a oferecer aos cidadãos o melhor valor para o dinheiro

Os departamentos governamentais foram solicitados a iniciar imediatamente a


implementação da Carta Branca, com o objetivo de publicar seus primeiros Relatórios de
Comprometimento com o Serviço Público durante 1998.

Em 1997, o ministro do Serviço Público e Administração, Dr. Zola Skweyiya, anunciou que o
governo planejava avaliar todos os servidores públicos regularmente, como parte de uma
nova política de gerenciamento de desempenho. As normas e padrões de avaliação seriam
desenvolvidas. O Ato de Emenda das Leis do Serviço Público de 1997 (Ato 47 de 1997) —
que foi recentemente promulgado — transformou a estrutura legal para o gerenciamento de
desempenho no Serviço Público. Alinhado com o Ato, o novo Regulamento do Serviço
Público prescreve parâmetros dentro dos quais o gerenciamento de desempenho deve ser
operado. Além disso, a partir de 1º de Abril de 1998, as administrações departamentais e
provinciais tiveram liberdade para estabelecer seus próprios instrumentos de gerenciamento
de desempenho. O guia de boas práticas de gerenciamento mostrará exemplos e modelos
de instrumentos de avaliação que os administradores departamentais ou provinciais podem
ou não utilizar. Ele terá a forma de módulo de treinamento que será utilizada para
treinamento e para capacitação nos departamentos e províncias. O gerenciamento de
desempenho é visto como um processo contínuo de treinamento para garantir que todas as
pessoas sejam beneficiadas pelo sistema. Em 31 de dezembro de 1997, foi publicada pelo
Departamento de Serviço Público e Administração a Carta Branca para Gerenciamento de
Recursos Humanos no Serviço Público. A Carta Branca tem como objetivo oferecer uma
estrutura política para permitir que o Serviço Público desenvolva práticas de gerenciamento
de recursos humanos, que apoiem o desenvolvimento profissional dos servidores públicos,
capacitados e comprometidos com as metas democráticas, econômicas e de transformação
social da África do Sul. A Carta Branca foi desenvolvida com base nas respostas à Carta
Verde do Departamento, publicada em maio de 1997. As políticas estabelecidas na Carta
Branca propagam a substituição do sistema atual excessivamente centralizado de
gerenciamento de recursos humanos no Serviço Público, com uma abordagem que utiliza
autonomia máxima e responsabilidade gerencial, com autoridades de execução das
administrações departamentais e provinciais. A política também promove uma mudança de
administração da função de recursos humanos para o gerenciamento de pessoas em um
ambiente que valoriza e acomoda suas diversas culturas.

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Nova Estrutura de Regulamentação

O Ato de Comissão do Serviço Público de 1997, (Ato 46 de 1997) e o Ato de Emenda das
Leis do Serviço Público de 1997, (Ato 47 de 1997) foram aprovados em 1997. O Ato de
Emenda das Leis do Serviço Público foi elborado, entre outras coisas, para fazer outras
provisões para o gerenciamento, administração e funções do Instituto de Desenvolvimento
e Gerenciamento da África do Sul (SAMDI); para regularizar a ineficiência e a má conduta;
para fazer apontamentos, promoções e transferências e regularizar a remuneração não
autorizada. Baseado na Constituição, o Ato de Comissão do Serviço Público de 1997
providencia o estabelecimento de uma nova Comissão do Serviço Público, para substituir a
atual Comissão do Serviço Público nacional e as nove Comissões do Serviço Provincial. A
nova Comissão de 14 membros será constituída por cinco membros aprovados pela
Legislação Nacional e nove membros nomeados pelos presidentes provinciais e aprovados
pelos legisladores provinciais. Todos os 14 membros serão indicados pelo presidente, que
deverá assumir na primeira metade de 1998.

Em termos de Constituição, a Comissão do Serviço Público tem o poder de investigar,


monitorar e avaliar a organização, a administração e as práticas pessoais do Serviço
Público, e de propor medidas para garantir o desempenho eficiente dos departamentos
nacionais e provinciais. Também precisa relatar todas as suas atividades e funções ao
Parlamento. Além disso, a comissão tem o poder de conduzir investigações nos
departamentos individuais, juntamente com o conselho de cada departamento afetado e
com outros chefes. As investigações-piloto foram realizadas nos seguintes departamentos:
Bem-Estar, Relações Internas, Minerais e Energia. Os relatórios sobre eles serão
apresentados aos chefes em 1998. A pedido do ministro do Bem-Estar e Desenvolvimento
da População, a comissão também conduziu uma avaliação especialmente detalhada do
Sistema de Segurança Social. Um relatório apontando os achados e as propostas foi
apresentado ao ministro e ao Comitê de Bem-Estar.

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Ação Afirmativa

No final de agosto de 1997, o governo anunciou detalhes de uma política de ação afirmativa
para o Serviço Público. A nova política — implementada a partir de abril de 1998 —enfatiza
o "gerenciamento de diversidades", com base na cultura do serviço público, na composição,
no gerenciamento de recursos humanos e nas práticas de provisão do serviço. Em
dezembro de 1997, a representação do povo negro — na estrutura de gerenciamento do
Serviço Público — aumentou de 6% em 1994, (as estimativas para 1994 excluem os
componentes dos estados TBVC e os territórios de auto-governo) para 33% nos
departamentos nacionais, para 54% nas províncias e 12% nos departamentos nacionais. A
Carta Verde sobre uma Estrutura Conceitual de Diversidade no Serviço Público foi publicada
em maio de 1997. Argumenta que a ação afirmativa deveria ser integrada nos negócios dos
departamentos nacional e provincial e, em particular, em suas políticas e práticas de
gerenciamento de recursos humanos e desenvolvimento de recursos. De acordo com o
documento, os programas de ação afirmativa devem dar enfoque a três áreas principais:
conclusão de representação, compensação de desvantagens e desenvolvimento de uma
cultura de gerenciamento mais diversa. O governo estabeleceu três amplos alvos de
representação para os departamentos nacional e provincial. Até 1999, o gerenciamento
negro deveria apresentar uma aumento de 33% para 50% e o número de mulheres nas
gerências média e sênior deveriam ser aumentadas para 30%.

Até 2005, o número de servidores públicos com deficiências deve aumentar de 0,2% para
2%. Além disso, o documento propõe etapas práticas que os departamentos devem seguir
ao implementar as metas da ação afirmativa, estabelecidas em outros documentos políticos
e estatutos. A carta também propõe que os objetivos nacionais sejam revisados a cada três
anos. A Carta Branca da Ação Afirmativa no Serviço Público foi publicada em abril de 1998.

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Treinamento

Estima-se que 600 mil oficiais no Serviço Público precisam de treinamento. Desde seu
estabelecimento em 1995, o SAMDI tem sido responsável pelo encaminhamento dos
servidores públicos para treinamento. O SAMDI possui as seguintes áreas de desempenho:
Recursos Humanos e Gerenciamento de Treinamento; Programas Especiais; Gerenciamento
de Produtividade e Qualidade; Comunicação e Serviços para Clientes; Análise Política e
Planejamento de Projetos; Capacitação para Treinadores; Gerenciamento de Provisões e
Treinamento Administrativo. Em julho de 1997, foi lançada a Carta Branca para a Educação
e Treinamento no Serviço Público. De acordo com o documento, a nova política de educação
e treinamento para o setor público será conduzida pela seguinte visão:

"O desenvolvimento de um Serviço Público dedicado, produtivo e centralizado nas pessoas,


composto por servidores públicos, cujo desempenho é maximizado e cujo potencial é
totalmente desenvolvido, através do fornecimento abrangente de treinamento e educação
apropriados e adequados em todos os níveis."

Os valores e princípios da nova política incluem:

 igualdade de acesso para todo o pessoal em todos os níveis para oportunidades de


treinamentos
 significativos
 autoridade aos grupos anteriormente em desvantagem e marginalizados
 políticas, práticas e valores democráticos, não-racistas e não sexuais
 aprendizado contínuo, particularmente através da Estrutura Nacional de
Qualificações (NQF)
 planos efetivos de carreira para todos os servidores públicos
 ampla participação e envolvimento de todos os superiores
 compreensão e respeito mútuos, e tolerância a diversidades
 qualidade e custo efetivo na utilização de recursos humanos
 eficiência, capacidade e uma ética profissional de serviço

O documento propõe o estabelecimento de uma Organização de Treinamento e Educação


para o Serviço Público, para assumir o papel de liderança no ajuste padrão, confiança e
garantia de qualidade, e da Associação de Fornecedores de Treinamento e Educação, para
garantir planejamento e coordenação efetivos do trabalho de fornecedores internos e
externos. As formas construtivas de contato e cooperação serão promovidas entre o
Departamento de Serviço Público e Administração e os departamentos de Trabalho e
Educação, para garantir que os arranjos institucionais de educação e o treinamento para o
serviço público sejam efetivamente outorgados na estrutura NQF e no Departamento de
Estratégias e Desenvolvimento de Novas Habilidades de Trabalho.

O papel e as funções do SAMDI serão revisados, com uma visão para:


posicioná-lo em uma situação mais competitiva e com recuperação de custos;
garantir o suporte às iniciativas de política estratégica do governo, por exemplo, formação
de capacidade para as províncias e para os departamentos com relação à descentralização e
à delegação de poderes administrativos.

Em outubro de 1997, foi lançado um programa patrocinado pelo estado, com o objetivo de
atualizar as habilidades dos funcionários do setor público, mantendo as posições de
gerência. A meta do Projeto 2000 é desenvolver mais de dois mil gerentes nos próximos
quatro anos. O programa irá prosseguir com a cooperação da Universidade Britânica de
Warwick. Em novembro de 1997, o Programa de Gerenciamento do Serviço Público foi
lançado, com o objetivo de treinar 65 mil servidores públicos nos três anos seguintes. A
União Européia (UE) investiu mais de R95 milhões para financiar o programa que será
apresentado pelo SAMDI e pela Junta da Universidade de Educação de Gerenciamento
Público (JUIPMET). O Instituto irá atender 61 mil pessoas, enquanto a Junta irá treinar, no
mínimo, 2.060 gerentes do serviço público e disponibilizar programas para os requisitos de
habilidades especializadas.

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Comissão de Revisão Presidencial


Em abril de 1996, uma Comissão de Revisão Presidencial — composta por 12 membros —
foi criada para realizar uma revisão compreensiva do Serviço público. O relatório da
comissão foi publicado em março de 1998 e entregue ao presidente Mandela. O relatório
recomendava, entre outras coisas, que certos departamentos provinciais na Província do
Nordeste e no Leste de Cape fossem postos sob o controle financeiro do governo central.

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A Comissão de Inquérito nas Irregularidades do Serviço Público

A Comissão de Inquérito nas Irregularidades do Serviço Público foi estabelecida nos termos
da seção 236 (6) da Constituição de 1993 e iniciou sua tarefa em fevereiro de 1995. Foi
feita uma revisão de apontamentos, contratos, promoções e prêmios de um termo ou
condição de serviço nos estados componentes do TBVC e nos territórios de auto-governo,
bem como os componentes do Serviço Público da África do Sul, entre 27 de abril de 1993 e
30 setembro de 1994. Em setembro de 1997, a comissão encontrou 5.700 promoções
irregulares, principalmente nos componentes da pátria. A comissão esperava concluir seu
trabalho até a metade de 1998.

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Comissão de Heath

Em março de 1997, o presidente Mandela estabeleceu uma investigação especial e um


tribunal especial para investigar a corrupção nos departamentos governamentais do país. A
unidade especial de investigação é comandada pelo ministro da Justiça Willem Heath e o
tribunal especial pelo Ministro da Justiça DPC Kotze.

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