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Corpo de Bombeiros Militar do Pará

Diretoria de Serviços Técnicos


Centro de Atividades Técnicas

,
Turma TCI Nº 01, Belém DE 16 Setembro DE 2019

Brasil-Pará
2019
Corpo de Bombeiros Militar do Pará - Curso de Combate a Incêndio - 2° batalhão de infantaria de selva (1º CCI 2°BIS-2019)
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SUMÁRIO

1. Introdução

2. Teoria do fogo

3. Propagação do fogo

4. Classes de incêndio e agentes extintores

5. Prevenção contra incêndio

AGRADECIMENTOS:

Agradecemos ao Excl. Sr. Tenente-Coronel Luis Antonio Campos Mota SENDO o mesmo 48°
Comandante do Batalhão(2°BIS), vindo do Comando Logístico do Exército. O 2° BIS é a Unidade Operacional
do Comando Militar do Norte, considerado o Guardião da Amazônia Oriental. Que vem através da
Iniciativa e aprimoramento do atendimento à família militar, Autorizar o 1º Curso de Combate a
Incêndio para o TCI(turma de combate a incêndio) do 2° BIS em 2019 que consolidará a IG-10-
15 e fortalecerá os laços na Luta da Segurança Contra Incêndio e Emergências das
Edificações e Áreas de Risco na esfera de competência do CBMPa, frente a sociedade paraense
e com a prevista criação do PPCI do 2° BIS.

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1. INTRODUÇÃO:

O Curso de Combate a Incêndio para 2° BATALHÃO DE INFANTARIA DE SELVA, foi


CRIADO PARA SEGUIR AS DIRETRIZES DA IG -10-15 DO MINISTÉRIO DO EXÉRCITO e
a LEI 13.425.
O CBMPA criou o CCI 2°BIS com a finalidade de CUMPRIR A UMA
INSTRUÇÃO GERAL DO EXÉRCITO E INSTRUÇÃO TÉCNICA 08/2019 DO CBMPA e assim
fomentar a cultura da prevenção contra incêndio na OM(organização militar). O público alvo serão
os MILITARES FIXOS 2° BIS - aqueles que ficam NOS SERVIÇOS DIÁRIOS DA OM, para
conhecerem melhor os riscos que possuem a edificação em que trabalham o que devem fazer em
caso de incêndio. Serão apresentados conceitos básicos de fogo e incêndio, formas de combater o
princípio de incêndio, como prevenir um incêndio, como abandonar de forma segura uma edificação
incendiada e outros assuntos relacionados.
Assim o CBMPA fomentará a realidade da segurança contra incêndio para dentro do
ambiente da OM, onde os militares treinados zelarão pela sua segurança, e caso a prevenção venha
a falhar, saberão como agir até a chegada do Corpo de Bombeiros através de um Plano de Prevenção
e Combate a Incêndio (PPCI).
O curso terá uma formatação teórica e prática com fogo, extintores e simulação de edificação
incendiada. E ainda, ao término do curso será fornecido pelo CBMPA um certificado de conclusão.

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2. TEORIA DO FOGO: energia à mistura; e o combustível,


constituindo-se assim o triângulo do fogo.
Incêndio é o fogo que foge ao controle do
homem, queimando tudo aquilo que a ele não é • Combustível - alguma coisa que irá queimar.
destinado queimar; capaz de produzir danos ao • Calor - suficiente para fazer o combustível
patrimônio e à vida por ação das chamas, do queimar.
calor e da fumaça.
• Ar - mais especificamente o oxigênio, o qual
irá se combinar quimicamente com o
combustível, decompondo-o em outros
elementos.

Nos últimos anos, um quarto componente - a


reação em cadeia - tem sido adicionado para
explicar corretamente o fogo. Estudos
científicos mostraram que existe uma reação
química contínua entre o combustível e o
comburente, a qual libera mais calor para a
reação e mantém a combustão em um processo
sustentável, que é a reação em cadeia.

Com a inclusão desse quarto elemento, passou-


se a admitir o tetraedro do fogo como a forma
mais precisa para o estudo do processo de
combustão.

A combustão (fogo) é uma reação química As faces da pirâmide representam o oxigênio, o


que se processa entre uma substância combustível e o calor. O triângulo da base
combustível (como um pedaço de madeira, representa a reação em cadeia, sendo a
papel, tecido, borracha, etc.), ao sofrer um interface entre os outros três elementos.
aquecimento, e o ar, produzindo luz e calor em
uma forma de reação sustentável.

A luz que é produzida pela combustão é


conhecida como chama, que consiste na parte
visível do fogo.

2.1.1 O calor:

Antigamente conhecido como agente ígneo,


é o componente energético do tetraedro do fogo
e será o elemento responsável pelo início da
combustão.
2.1 Tetraedro do fogo:
Uma fonte de calor pode ser qualquer elemento
Durante muito tempo acreditou-se que, para que faça com que o combustível sólido ou
haver fogo, eram necessários somente três líquido desprenda gases combustíveis e venha a
elementos: o oxigênio, também chamado de se inflamar.
comburente; o calor, responsável por fornecer

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O oxigênio intensifica a combustão, se a


concentração de oxigênio na reação diminuir,
as chamas sofrerão diminuição ou total
extinção.

Exemplo prático:

Na prática, pode ser uma chama, uma fagulha


(faísca ou centelha) ou ainda uma superfície
aquecida.

A superfície aquecida, a qual pode ser obtida


Na medida em que a combustão se processa, a
por meio de um forno de fogão que acabou de
quantidade do comburente em um ambiente é
ser utilizado, de equipamento eletrônico com
determinante para a propagação ou para a
defeito ou, ainda, de maquinário industrial que
extinção do fogo.
dissipe grande quantidade de calor.
Na concentração de 15% de oxigênio no
A existência de superfícies aquecidas em um
ambiente, ocorre a extinção das chamas.
ambiente com vazamento de gás pode deflagrar
Entretanto, o ambiente continua bastante
uma explosão no ambiente, mesmo sem a
aquecido, bastando apenas a inserção de ar para
presença de chamas.
que se inflamem.
A Tabela a seguir apresenta as temperaturas
O oxigênio intensifica a combustão
estimadas das principais fontes de calor
novamente.
iniciadoras de incêndio.
2.1.3 O combustível:

É o elemento do tetraedro definido como o


campo de propagação do fogo. É todo material
capaz de queimar quando aquecido e mantém a
combustão.

Os combustíveis podem ser classificados


conforme o seu estado físico em sólido, líquido
ou gasoso. São exemplos:

• sólido: madeira, papel, tecido, borracha, etc;


• líquido: diesel, gasolina, álcool, querosene,
etc; e
• gasoso: G.L.P. (gás liquefeito de petróleo),
2.1.2 O comburente: acetileno, gás
natural, etc.
É a substância do tetraedro do fogo que reage
com os gases combustíveis liberados na 2.1.4 A reação em cadeia:
pirólise, também conhecida como agente
oxidante. Na maioria das vezes, o comburente Parte integrante do tetraedro do fogo é o
será o oxigênio, elemento presente na atmosfera processo que envolve os três outros elementos:
terrestre.
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combustível, comburente e fonte de calor. É a outra é essencial para saber como controlar um
reação química ocorrida na combustão que se incêndio.
processa pela combinação do oxigênio com os
átomos e moléculas, resultantes da quebra O controle é o primeiro passo para extingui-lo.
molecular do material combustível pela ação do
calor. Cada material combustível possui uma
estrutura molecular própria, o que faz com que
sua combinação com o oxigênio seja também
variável e resulte em diferentes produtos.

Na maioria das vezes, as reações químicas da


combustão resultarão em átomos e moléculas
capazes de continuar reagindo com o oxigênio,
gerando assim um processo sustentável de
queima, por isso o nome reação em cadeia.

ATENÇÃO:

Se qualquer um dos elementos do tetraedro do


fogo for retirado, o fogo será extinto. Saber
controlar esse processo é muito importante para
o trabalho de prevenção e no combate aos
incêndios. A transferência de calor de um corpo para outro
ou entre áreas diferentes de um mesmo corpo
3. PROPAGAÇÃO DO FOGO será influenciada:

Pelo equilíbrio térmico, a transferência de calor 1. Pelo tipo de material combustível que está
de uma região mais quente para uma região sendo aquecido;
mais fria ocorrerá até que ambas estejam com a 2. Pela capacidade do material combustível de
mesma temperatura. reter calor; e
3. Pela distância da fonte de calor até o material
combustível.

Existem três formas básicas de transferência de


calor: condução, convecção e radiação.

O fluxo de calor do corpo mais quente para o


mais frio, com a unidade representada em
kilowatts. Da mesma forma, em um incêndio, o
material aquecido inicialmente (foco do
incêndio) irá transferir calor para o ambiente e
outros materiais próximos. Apesar de, em um incêndio, ocorrerem muito
frequentemente as três formas, geralmente, uma
Formas de transferência de calor Como o calor delas predomina sobre as outras em um
é a energia que pode causar, propagar e determinado estágio ou região do incêndio.
intensificar incêndios, conhecer como é
transmitido de um corpo ou de uma área para 3.1. Condução:
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Na convecção, as moléculas aquecidas se


É a transferência de calor por meio do contato chocam umas com as outras, tornando o fluido
direto entre as moléculas do material, em menos denso (portanto, mais leve) e sobem,
corpos sólidos. distribuindo o calor pelo ambiente. Esse é o
movimento natural da fumaça, normalmente
presente nos incêndios.

3.2 Convecção:

Em um fluido em movimento, a transferência


de seu calor até uma superfície sólida ou para
outro fluido é chamada de convecção. Um Por isso o ar aquecido sobe, enquanto o ar frio
fluido é qualquer material que possa escoar. desce. A tendência natural da fumaça de um
Trata-se sempre de um líquido ou de um gás (ar, incêndio é subir!
fumaça, gás combustível, etc.).
O movimento ascendente do fluido aquecido
(nos processos de convecção natural ou
forçada) torna-se particularmente perigoso em
incêndios em edificações que possuam mais de
um pavimento, com a presença de corredores
verticais contínuos (fossos de elevadores ou
tubulações). Perigo semelhante ocorre com as
escadas, por permitirem que a fumaça suba de
um pavimento para o outro.

Uma forma simples de lembrar-se do perigo das


escadas para a convecção é: se uma pessoa
consegue acessar o pavimento superior por uma
escada, a fumaça também pode e, certamente, o
fará. Esse processo pode ocasionar a
propagação de incêndio em pavimentos
descontínuos, aparentemente sem relação com
o foco de incêndio original, pela movimentação
da fumaça dentro do ambiente.

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3.3 Radiação térmica: a) Retirada de material:

É a transferência de calor por meio de ondas A retirada ou controle de material é o processo


eletromagnéticas, que se deslocam em todas as conhecido como isolamento das chamas ou
direções, em linha reta e à velocidade da luz, a como proteção dos bens (também conhecido
partir da chama. Essas ondas podem ser como salvatagem).
refletidas ou absorvidas por uma superfície,
abrangendo desde os raios ultravioletas até os O método consiste em promover ações de
infravermelhos. retirada ou de controle do material combustível
ainda não atingido pela combustão.

 Remover a mobília ainda não atingida


do ambiente em chamas;
 Afastar a mobília da parede aquecida
para que não venha a ignir os materiais
próximos — isso é válido, principalmente, em
edificações geminadas (que compartilham uma
mesma parede);
A radiação é a única forma de transferência de  Fazer um aceiro (área de segurança feita
calor que não depende de meio material para se para evitar a propagação de um incêndio) em
propagar e pode aquecer até mesmo os objetos redor da área atingida pelas chamas; e
mais distantes em um ambiente. Um exemplo  Retirar o botijão de GLP de dentro do
clássico é o sol, que aquece a terra apesar da ambiente sinistrado.
distância entre os dois.
Exemplos de controle de material:
A radiação é a forma de transferência de calor
por meio de ondas eletromagnéticas.  Fechar portas de cômodos ainda não
atingidos pelas chamas;
4. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE  Deixar fechadas as janelas do
INCÊNDIOS pavimento superior ao incêndio.

Processos de extinção do fogo Como já visto Isso impedirá ou dificultará o contato entre o
anteriormente, a combustão se processa por material combustível destes pavimentos com a
meio do tetraedro do fogo. Consequentemente, fonte de calor proveniente da fumaça; e
os métodos ou processos de extinção de
incêndio são baseados na retirada de um ou  Fechar o registro da central de GLP da
mais elementos que o compõe. edificação.

Se um dos lados do tetraedro for quebrado, a Com o processo de retirada de material, o


combustão será interrompida e o incêndio incêndio será controlado pela falta de
poderá ser extinto a retirada ou controle de combustível disponível para a queima.
material;
b) Resfriamento:
• o resfriamento;
• o abafamento; e Consiste no combate ao incêndio por meio da
• a quebra da reação em cadeia. retirada do calor envolvido no processo de
combustão. É o método mais utilizado pelos
bombeiros, que usam agentes extintores para
reduzir a temperatura do incêndio a limites

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abaixo do ponto de ignição dos materiais propriedades físicas ou químicas, visando


combustíveis existentes. sempre a retirada de um dos elementos do
tetraedro do fogo.
O resfriamento quebra o tetraedro do fogo ao
retirar calor do ambiente sinistrado, Os agentes extintores são produtos que, para
interrompendo a combustão. serem comercializados no Brasil, precisam de
aprovação do Sistema Brasileiro de
c) Abafamento: Certificação, cujo órgão principal é o Instituto
Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial
É o método que atua na diminuição do oxigênio (INMETRO).
na reação até uma concentração que não
permita mais combustão. Esse processo Os requisitos técnicos mínimos exigidos para
também inclui ações que isolam o combustível os agentes extintores, bem como para os
do comburente, evitando que o oxigênio aparelhos extintores, encontram-se nas Normas
presente no ar reaja com os gases produzidos Brasileiras (NBR) aprovadas pela Associação
pelo material combustível. Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Exemplo de ações de abafamento: a) Água:

 Tampar uma panela em chamas; A água, na sua forma líquida, é o agente


 Lançar cobertor sobre um material extintor mais utilizado nos combates a
incendiado; incêndios e, durante muito tempo, foi o único
 Cobrir com espuma determinado recurso utilizado na extinção dos incêndios. Sua
líquido em chamas, formando uma espécie de grande utilização se deve à sua disponibilidade
manta; na natureza e às suas propriedades físicas e
 “Bater” nas chamas com um abafador. químicas.

O abafamento quebra o tetraedro do fogo ao A grande eficiência da água no combate ao fogo


diminuir ou isolar o oxigênio na reação. é decorrente basicamente de duas propriedades:

d) Quebra da reação em cadeia: • a mudança de estado físico de líquido para


vapor a 100 °C — a passagem da água para
É o processo que se vale da introdução de estado de vapor reduz a concentração do
substâncias inibidoras da capacidade reativa do comburente (oxigênio) no fogo; e
comburente com o combustível, impedindo a
formação de novos íons (radicais livres A passagem da água para o estado de vapor
produzidos pela combustão). reduz a concentração de oxigênio no ambiente
e remove o calor da combustão, atuando
Nesse método, substâncias químicas (como o eficientemente por abafamento e resfriamento.
Halon), especialmente projetadas para tal, irão
reagir com os íons liberados pela reação em b) Pó para extinção de incêndio:
cadeia, impedindo-os de continuar a quebra das
moléculas do combustível. Durante muito tempo, o pó utilizado no
combate a incêndio era conhecido como pó
5. PRINCIPAIS AGENTES EXTINTORES químico seco, porém, desde o início da década
de 90, passou a ser chamado de pó para extinção
Os agentes extintores são substâncias de incêndio.
encontradas na natureza ou criadas pelo De acordo com a NFPA, esse material é
homem, com a finalidade de extinguir um definido como um pó composto de partículas
incêndio conforme o aproveitamento de muito pequenas, normalmente de bicarbonato
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de sódio ou potássio, para aparelhos extintores retirada ou a diluição do oxigênio presente na


destinados a combater incêndios em combustão e por resfriamento.
combustíveis sólidos e líquidos (ou gases)
inflamáveis, e de fosfatomonoamônico para É um gás sem cheiro, sem cor e não conduz
extintores ditos polivalentes, ou seja, para eletricidade, sendo recomendado na extinção de
incêndios em sólidos, líquidos (ou gases) e incêndios em líquidos ou gases inflamáveis e
equipamentos elétricos energizados. equipamentos elétricos energizados. Apesar de
agir eficientemente por abafamento, não é
O pó, quando aplicado diretamente sobre a recomendado para incêndios em combustíveis
chama, promove a extinção quase de uma só sólidos, por causa da dificuldade de penetração
vez pelas seguintes propriedades extintoras: no combustível e pelo baixo poder de
resfriamento, comparando-se com o da água.
 abafamento - a decomposição térmica
do pó no fogo promove a liberação do dióxido Por outro lado, a partir de uma concentração de
de carbono e de vapor d’água, que isolam o 9% por volume, o gás carbônico causa
comburente da reação; inconsciência e até a morte por asfixia, o que
 resfriamento - o pó absorve calor restringe o seu uso em ambientes fechados ou
liberado durante a combustão; com a presença humana.
 proteção contra a radiação das chamas -
o pó produz uma nuvem sobre as chamas, 5.1 CLASSES DE INCÊNDIO:
protegendo o combustível do calor irradiado;
 quebra da reação em cadeia — estudos Apesar de ocorrerem as mesmas reações
sugerem que a quebra da reação em cadeia na químicas (inclusive a reação em cadeia) na
chama é a principal propriedade extintora do combustão dos diferentes materiais, os
pó, o qual interfere, por meio de suas partículas, incêndios são classificados conforme o tipo de
na concentração de radicais livres (íons material combustível neles predominante.
provenientes da reação em cadeia) presentes na
combustão, diminuindo seu poder de reação Conhecer as classes de incêndio auxilia na
com o comburente e, consequentemente, primeira resposta por parte da população,
extinguindo as chamas. quanto ao uso dos aparelhos extintores nos
princípios de incêndio.
c) Espuma:
Os materiais combustíveis são classificados
A espuma surgiu da necessidade de encontrar como:
um agente extintor que suprisse as
desvantagens encontradas quando da utilização • sólidos comuns;
da água na extinção dos incêndios, • líquidos ou gases inflamáveis;
principalmente naqueles envolvendo líquidos • equipamentos elétricos energizados; e
derivados de petróleo. A solução encontrada foi • metais combustíveis.
o emprego de agentes tenso-ativos na água, a
fim de melhorar sua propriedade extintora. Saber o quê está queimando sempre será
essencial para a escolha da melhor técnica e do
d) Gás carbônico: agente extintor mais adequado ao combate ao
incêndio.
O dióxido de carbono (CO2), também
conhecido como anidrido carbônico ou gás
carbônico, é um gás inerte, sendo um agente
extintor de grande utilização que atua
principalmente por abafamento por promover a CLASSE A:

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extintos com a retirada (ou controle) do


material combustível - como, por exemplo,
fechar o registro do botijão ou da canalização
de GLP.

Isso porque a combustão dos gases se dá de


forma muito rápida, não havendo tempo hábil
Esta classe de incêndio representa a combustão para a atuação do agente extintor sobre o
de todos os combustíveis sólidos comuns, como combustível.
madeira, papel, tecido, borracha, pneu, plástico,
etc. CLASSE C
A queima desse tipo de combustível deixa
resíduos de cinzas e carvão e se dá
volumetricamente (em largura, comprimento e
profundidade).

O método de extinção mais eficiente para essa


classe é o resfriamento, com a utilização de
água, apesar de alguns pós para extinção de
incêndio de alta capacidade extintora e espumas
Representa a queima de equipamentos que se
também conseguirem o mesmo efeito.
encontram energizados, constituindo os
materiais elétricos energizados, oferecendo
CLASSE B
especial risco ao bombeiro pela condutividade
elétrica.

Nesse tipo de incêndio, a sua principal


característica - presença de energia elétrica -
será, na maioria das vezes, a grande responsável
por iniciar ou propagar o incêndio para outros
materiais, geralmente combustíveis sólidos,
Esta classe de incêndio representa a queima de líquidos ou gases inflamáveis.
líquidos ou gases inflamáveis:
A ação de cortar a energia elétrica fará com que
• combustíveis líquidos: gasolina, álcool, o incêndio passe a ser classificado como A ou
diesel, querosene; B. Com isso, o incêndio poderá ser extinto
• tintas e solventes; utilizando as técnicas e os agentes extintores
• óleos e gorduras de cozinha, utilizadas para mais adequados a essas classes. Não sendo
confecção de alimentos; e possível cortar a energia elétrica para o combate
• resinas e óleos vegetais (provenientes do ao incêndio, os cuidados devem ser voltados
armazenamento de algodão, por exemplo). para que o agente extintor não seja condutor
elétrico preferencialmente. Se isso também não
Sua queima não deixa resíduo e se dá for possível, deve-se calcular as distâncias, os
superficialmente (em largura e comprimento). cuidados e os riscos do combate e escolher um
Os métodos mais utilizados para extinguir agente extintor com baixa condutividade
incêndios em líquidos inflamáveis são o elétrica.
abafamento (pelo uso de espumas) e a quebra
da reação em cadeia (com o uso de pós para Apesar de a água não ser adequada para o
extinção de incêndio). Incêndios envolvendo a combate a incêndios da Classe C, pode ser que
queima de gases inflamáveis geralmente são seja o único agente extintor disponível na cena,
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a primeira ação em um incêndio desta classe e) As escadas, corredores, rampas, que


deve ser cortar o fornecimento da energia podem vir a compor o trajeto a ser
elétrica. percorrido pelos ocupantes da edificação até
o seu exterior, devem ser protegidos em
6. PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO ambos os lados por paredes ou por guarda
corpos;
6.1 - SAÍDA DE EMERGÊNCIA
f) Os guarda-corpos devem ter altura mínima
de 1,05 m e suas aberturas (se houver) não
devem permitir a passagem de uma esfera com
diâmetro maior que 15 cm;

A saída de emergência visa garantir às


pessoas o abandono seguro da edificação em
tempo hábil. Para isso, algumas exigências
devem ser atendidas:

a) A distância máxima que um ocupante


deve percorrer de qualquer ponto dentro da
edificação até a porta que dá acesso ao g) O lado interno das escadas poderá ter
logradouro (via pública) deve ser de 30 metros. guarda corpo com altura de 0,92 m, podendo
Esta distância pode ser aumentada de acordo ser utilizado como corrimão, desde que
com o número de saídas e/ou sistema de possua as dimensões adequadas;
combate a incêndio instalado, nos casos em
que passar desta distância permitida, solicitar h) As portas instaladas no trajeto a ser
informações ao Serviço de Segurança Contra percorrido em situação de fuga devem abrir no
Incêndio e Pânico do CBMPA; sentido de trânsito de saída;

b) A largura dos corredores e das escadas (se i) O corrimão deve permitir o contínuo
houver) deverá ser de no mínimo 1,20 m; deslizamento da mão ao longo de sua extensão;

c) Para escadas que dão acesso a mezaninos, j) Os corrimãos devem ser instalados a uma
ambientes com acesso restrito aos funcionários altura entre 0,80 e 0,92 m
do estabelecimento, a escada poderá ter largura
mínima de 0,80 m (neste caso a quantidade de
pessoas no mezanino não pode exceder a 20
pessoas);

d) A largura das portas (vão livre) que dão


acesso ao logradouro (saída ao exterior da 6.2 - EXTINTORES DE INCÊNDIO
edificação) deve ser de no mínimo 1,20 m;

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a) Devem ser instalados extintores para as três


classes de incêndio;

b) Havendo riscos especiais na edificação,


devem ser instalados extintores específicos
para cada risco;

c) Para fins desta cartilha, consideram-se


equipamentos energizados aqueles i) O extintor quando for fixado na parede deve
alimentados pela rede de energia elétrica (como estar a uma altura máxima de 1,60 m do piso
microcomputadores, eletrodomésticos, etc); (medida a partir da alça de manuseio) e, quando
estiver sobre o piso acabado, deverá ser apoiado
d) A distância máxima a ser percorrida para se em suporte (tripé) afixado ao solo;
alcançar o extintor deve ser de 20 metros;
j) Deve ser instalado em local de fácil acesso
e) Deve ser instalado, pelo menos, um extintor e visualização, permanecer desobstruído e
de incêndio a não mais de 5 m da entrada protegido contra intempéries, devendo ainda
principal da edificação e das escadas nos possuir placa de sinalização para sua fácil
demais pavimentos; localização;

f) Nas áreas residenciais unifamiliares não será k) Os extintores não devem ser instalados nos
obrigatório a instalação de extintores; lanços das escadas ou de forma a reduzir a
largura da rota de fuga;
g) Havendo uso de equipamentos energizados
deve ser empregado no mínimo um extintor com 6.3 - SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
capacidade extintora 20 B:C (para pó químico
seco ou ABC), A sinalização de emergência tem como
finalidade garantir que sejam adotadas as ações
h) Se for utilizado na edificação líquido ou gás adequadas à situação de risco, facilitando a
inflamável, o interessado poderá solicitar na localização dos equipamentos e das rotas de
Unidade do CBMPA mais próxima, saída para abandono seguro da edificação em
informações sobre a proteção a ser adotada caso caso de incêndio.
haja dúvida através do Formulário de
atendimento técnico; a) A sinalização de extintores é obrigatória
independente das características da edificação;

b) A sinalização de portas de saída de


emergência deve ser localizada
imediatamente acima das portas, no máximo a
0,10 m da verga, caso não possua verga,
poderá ser diretamente na folha da porta,
centralizada a uma altura de 1,80 m medida do
piso acabado à base da sinalização;
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recomendada acima, a distância máxima de


c) A sinalização de orientação das rotas de abrangência por uma luminária será de 10 m;
saída deve ser localizada de modo que à
distância de percurso de qualquer ponto da
rota de saída até a sinalização seja de, no
máximo, 15 m;

d) A sinalização deve ser instalada de modo que


a sua base esteja a 1,80 m do piso
acabado;

7. DISPOSIÇÕES FINAIS:

Havendo dúvidas quanto às orientações


detalhadas nesta cartilha, o responsável pela
edificação poderá recorrer ao SAT ou CAT do
CBMPA mais próximo para saná-las.

6.4 - ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

A iluminação visa evitar acidentes e garantir a


evacuação das pessoas da edificação em
eventual situação de incêndio.

a) Recomenda-se a utilização de blocos


autônomos como luminárias para garantir a
iluminação de emergência da edificação,
sobretudo na rota de fuga a ser percorrida pelos
ocupantes em situação de incêndio;

b) A autonomia mínima de funcionamento das


luminárias de emergência deve ser de 01
hora. A fixação dos pontos de luz e da
sinalização deve ser rígida, de forma a impedir
queda acidental ou remoção desautorizada;

c) Recomenda-se a instalação das luminárias a


uma altura de 2,5 m; Sendo que as mesmas
“PREVENÇÃO PARA RESGUARDAR
sempre devem estar ligadas na tomada para
VIDAS E PATRIMÔNIOS!”
manter sua carga de energia caso seja
necessário sua utilização em caso de emergência;

d) Com base na altura de instalação


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