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1. INTRODUÇÃO
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em síntese, com base na análise do corpus proposto por Costa Val (2006), podemos
afirmar que, enquanto a parte formal do processo de escrita de um texto dissertativo é
bastante abordada em sala de aula, o foco obsessivo nesta precariza a capacidade do aluno
de desenvolver o que Costa Val chama de plano lógico-semântico-cognitivo, que é a
habilidade do aluno de fornecer dados sobre o que se escreve e transmitir informatividade
em seu texto, evitando passar noções vagas e confusas sobre o tema. Sendo assim, os
estudantes de ensino médio acabam se encaminhando para as redações de processos
seletivos como vestibular e ENEM de forma parcialmente equivocada. Certamente é um
fator importante que o aluno saiba estruturar seu texto de acordo com o modelo formal
padrão, porém as escolas falham em não ressaltar a importância de um texto coerente, um
texto informativo, que vá além do senso comum de opiniões, método que é o primeiro
refúgio de um aluno pressionado e despreparado. Isso faz com que os textos destes alunos
tornem-se vazios e enfadonhos, nem bons nem ruins, mais do mesmo.
É necessária uma reeducação no ramo da produção textual, em que aluno e
professor busquem, juntos, desconstruir a ideia do texto certinho e arrumadinho porém sem
conteúdo e procurem englobar o estudo do texto em suas três dimensões básicas: a formal,
a conceitual e a pragmática.
Referências Bibliográficas
COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e Intertextualidade. In: Capítulos 5 e 6. 3ª ed. São
Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 105-120.