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ontextualização teórica
Ao ascender através de fendas da crusta, o magma experimenta uma diminuição progressiva de pressões e
temperaturas, responsáveis pelo seu arrefecimento e, consequentemente pela sua solidificação.
As rochas que resultam da solidificação do magma designam-se rochas magmáticas e constituem cerca de
80% da massa da crusta terrestre.
As rochas magmáticas podem ser divididas em plutónicas ou intrusivas e vulcânicas ou extrusivas. As rochas
plutónicas ou intrusivas resultam da solidificação lenta do magma a grandes profundidades. Quando o magma
atinge o exterior, designa-se lava e dá origem a rochas vulcânicas ou extrusivas.
Tipos de magmas
não significa necessariamente que cada uma delas tenha evoluído a partir de um tipo de magma específico;
elas resultam da evolução de um ou dois tipos de magmas principais chamados magmas parentais: o magma
basáltico e o magma granítico.
O magma basáltico, pobre em sílica, é originado a grande profundidade, por fusão parcial do material do
manto. A maior parte dos magmas graníticos são enriquecidos em sílica e originados por fusão parcial de
rochas cristais durante as perturbações orogénicas.
são deriváveis, por diferenciação, de um magma basáltico primordial, mas os termos mais ácidos terão, em
geral, origem em magmas graníticos.
A evolução dos magmas parentais gera diferentes fracções que originam todas as rochas magmáticas.
Cristalização fraccionada
Os cristais formados no início do processo ( primocristais ), ficam em desequilíbrio com o sistema e tendem a
reagir com o líquido magmático residual, para formar novos minerais estáveis a temperaturas sucessivamente
mais baixas.
A tendência geral de cristalização de magmas até à sua completa diferenciação é mostrada pelas séries de
reacção de N. L. Bowen ( 1938 ) referidas a seguir.
O lado esquerdo do esquema representa a ordem de cristalização dos minerais ricos em Magnésio e Ferro (
constituintes máficos - escuros, e densos - d > 2,7 ) - Série descontínua.
Do lado direito do esquema, situam-se os minerais ricos em Silício e Alumínio ( constituintes félsicos - claros
e menos densos - d < 2,7 ) - Série contínua.
Durante o arrefecimento do magma, primeiramente formam-se as olivinas, cujo ponto de fusão é mais
elevado. Se estes minerais não se separam do banho magmático, reagem com ele, produzindo as piroxenas
que, por sua vez, reagindo com o magma envolvente formam as anfíbolas que seguidamente podem originar
a biotite. Estas sequência de minerais ferromagnesianos constitui a série descontínua de reacções, uma vez qu
minerais com estrutura cristalina diferente se vão substituindo uns pelos outros.
Simultaneamente, com a formação da olivina forma-se anortite. Á medida que a temperatura vai diminuindo,
na rede cristalina da anortite, o cálcio vai sendo progressivamente substituído. por sódio, em todas as
proporções, constituindo misturas isomorfas. Essa substituição faz-se de forma contínua dependendo da
composição do magma inicial. Esta sequência de formação de plagioclases com estrutura idêntica em todos o
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minerais designa-se série contínua de reacções.
A temperaturas mais baixas, o magma residual formará feldspato potássico, moscovite e finalmente quartzo.
De uma forma geral, pode dizer-se que a textura das rochas magmáticas depende, em grande parte, da
velocidade de arrefecimento do magma durante a cristalização.
A experimentação
Foi proposto aos alunos a realização de um protocolo experimental que visa, numa primeira fase, simular a
cristalização do magma a diferentes velocidades de arrefecimento. A segunda parte do protocolo, tem como
objectivo simular uma série de cristalização.
O protocolo experimental desenvolve duas metodologias diferentes; a primeira parte é mais inovadora e
abrange as seguintes etapas: previsão, observação e explicação dos resultados e reflexão. A segunda parte
segue as linhas de um protocolo mais "tradicional".
Com este trabalho pretende-se motivar os alunos, desenvolvendo o gosto pela geologia e pelas técnicas
experimentais. Espera-se também uma melhor compreensão dos fundamentos teóricos, bem como o
desenvolvimento das capacidades de raciocínio, do espírito de entreajuda e do respeito mútuo.
Introdução
O magma, ao ascender através de fendas da crusta vai experimentando diminuições de pressão e temperatura
responsáveis pelo seu arrefecimento e, consequentemente, pela sua solidificação.
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As rochas magmáticas podem ser divididas em rochas plutónicas (ou intrusivas) e vulcânicas (ou extrusivas).
As rochas plutónicas resultam da solidificação lenta do magma a grandes profundidades, enquanto que as
rochas vulcânicas resultam de um arrefecimento rápido da lava à superfície.
Em cima da sua mesa de trabalho está colocado um tabuleiro com duas amostras de rochas magmáticas. Se
reparar, a rocha nº 1 ( o granito ) possui cristais grandes e bem desenvolvidos, reconhecíveis à vista desarmad
; a amostra nº 2 (o basalto ) possui cristais muito pequenos e pouco desenvolvidos.
1- Como explica o facto de algumas rochas magmáticas possuírem cristais grandes e outras cristais mais
pequenos?
2- Proponha um procedimento experimental com o objectivo de testar a explicação dada à pergunta anterior.
Para investigar como se formam os cristais nas rochas magmáticas vamos realizar a seguinte actividad
experimental.
Material:
Procedimento Experimental:
2- Acenda a lamparina;
3- Segure o cadinho com a pinça e aquece-o até fundir o enxofre ou o sulfato de cobre;
4- Derrame uma porção do conteúdo do cadinho em cada um dos recipientes 1, 2 e 3, seguindo as instruções
da figura seguinte.
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1 2 3
Placa à Placa acabada Placa acabada
5- Espere o tempo suficiente para que todos os conteúdos das placas tenham arrefecido e solidificado;
6- Observe à lupa binocular cada um dos recipientes e faça um desenho esquemático do que acabou de
observar.
1 2 3
Observação feita à lupa binocular ( Ampliação: ......X )
1- Que relação existe entre a velocidade de arrefecimento do sulfato de cobre e o tamanho dos cristais que se
formaram?
2- A conclusão que tirou está ou não de acordo com a explicação dada antes de realizar o procedimento
experimental?
Parte: II
Repare de novo na amostra n.º 1(o granito) do tabuleiro. Como vê, existem nessa amostra diferentes minerais,
com colorações diferentes e formas diferentes.
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Para compreender a formação de diferentes minerais na mesma rocha realize a seguinte actividade
experimental:
Material:
Procedimento Experimental:
2- Coloque uma porção de sulfato de cobre dentro do cadinho, mais uma porção de cloreto de sódio;
3- Acenda a lamparina;
4- Segure o cadinho com a pinça e agite lentamente até se dissolverem os compostos adicionados ao ácido.
5- Apague a lamparina;
6- Verta o conteúdo do cadinho numa placa de Petri e coloque-a num local ventilado até ao dia seguinte;
7- No dia seguinte:
Observe a placa de Petri à lupa binocular e faça um desenho esquemático do que acabou de observar.
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8- Volte a colocar a placa de Petri num local ventilado até ao dia seguinte;
9- No dia seguinte:
Observe de novo a placa de Petri à lupa binocular e faça um desenho esquemático do que observa.
Metodologia adoptada
1ª Parte
Depois de ter sido feita a introdução ao trabalho prático, procede-se à divisão da turma em quatro grupos.
De seguida, coloca-se em cima da mesa de trabalho de cada grupo um tabuleiro com duas amostras de rochas
magmáticas. A amostra n.º 1 ( granito ) possui cristais grandes e bem desenvolvidos; a amostra n.º 2 ( basalto
possui cristais muito pequenos e pouco desenvolvidos.
Após observação das amostras, pede-se uma explicação aos alunos para o facto de algumas rochas possuírem
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cristais grandes e outras cristais mais pequenos.
A maioria dos alunos devem relacionar esse facto com as diferentes velocidades de arrefecimento do magma,
dizendo que o arrefecimento lento levaria à formação de cristais bem desenvolvidos e o arrefecimento rápido
formação de cristais pequenos e pouco desenvolvidos.
Na tentativa de testar a explicação dada, pede-se aos alunos uma proposta de protocolo experimental com os
respectivos materiais e passos a seguir.
A maioria dos alunos deverá sugerir a utilização de uma substância que depois de fundida se derramaria em
recipientes simuladores de condições diferentes. Um dos recipientes poderia estar à temperatura ambiente e o
arrefecimento seria rápido; o outro teria que estar a uma temperatura elevada e devidamente isolado, para que
o arrefecimento fosse assim mais lento.
A fase seguinte, é a da experimentação propriamente dita. A actividade experimental proposta pelos alunos é
discutida e adaptada ao protocolo sugerido que será posteriormente executado.
Os resultados obtidos deverão ser esclarecedores e apoiarem a explicação dada pelos alunos inicialmente.
Conclui-se assim que a velocidade de arrefecimento do magma durante a cristalização influencia o tamanho
dos cristais existentes nas rochas magmáticas.
2ª Parte
- A Segunda parte da actividade experimental é iniciada com a observação atenta da amostra n.º. 1 do
tabuleiro ( granito ).
De seguida, pede-se aos alunos que tentem explicar a existência de minerais diferentes na mesma rocha.
A maioria dos alunos deve referir o facto de o magma possuir constituintes diferentes que posteriormente
originam minerais diferentes.
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No dia seguinte, é feita a observação da placa à lupa binocular e os resultados
obtidos os seguintes: no meio do líquido formam-se cristais cúbicos, bem desenvolvidos e com formas
perfeitas.
24 horas depois é feita nova observação da placa. Para além dos cristais cúbicos, outros cristais se devem
ter desenvolvido; cristais aciculares que crescem a partir de um núcleo comum, não tão perfeitos como os
primeiros e preenchem os espaços livres deixados por eles.
Tais resultados devem confirmar a explicação proposta inicialmente pelos alunos. O magma é assim uma
mistura de compostos químicos diferentes e, por isso, com diferentes pontos de fusão e de cristalização.
À medida que a temperatura do magma vai baixando, vão-se atingindo sucessivamente as temperatura
de cristalização dos diversos materiais. Os cristais formados primeiramente desenvolvem a sua
geometria própria e dizem-se cristais automórficos. Os outros, que ocupam os vazios deixados pelos
primeiros, moldam-se aos espaços disponíveis e não têm a possibilidade de adquirir a sua geometria
própria: dizem-se cristais xenomórficos.