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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

Registro: 2019.0000958719

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº


0004555-79.2015.8.26.0634, da Comarca de Tremembé, em que é apelante/apelado
MINISTÉRIO PÚBLICO DO EST. DE SP, são apelados ARLINDO AUGUSTO
TOSTI e JOSÉ ANTONIO DE BARROS NETO, Apelados/Apelantes MEIRE
XAVIER SIMÃO, VALERIA MARIA GASCH RECABARREN, EDITORA
FLOR DO VALE JORN COMUNICAÇÕ E PROMOÇÃO LTDA, DANIEL
DOMINGUES RIBEIRO e DOLORES RUSSO.

ACORDAM, em 3ª Câmara de Direito Público do Tribunal de


Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Recurso de apelação do
Ministério Público de São Paulo parcialmente provido para aumentar a pena de
Arlindo Augusto Tosti, mantida a condenação de José Antônio de Barros Neto, os
quais não apresentaram recurso de apelação. V.U
Recurso de apelação de Meire Xavier Simão, Valéria Maria Gasch
Recabarren e Dolores Russo provido, não provido o recurso de Daniel Domingues
Ribeiro e da Editora Flor do Vale Jornalismo Comunicação e Promoção Ltda. ME.",
de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores


ENCINAS MANFRÉ (Presidente) e ANTONIO CARLOS MALHEIROS.

São Paulo, 12 de novembro de 2019.

CAMARGO PEREIRA
RELATOR
Assinatura Eletrônica

Apelação Cível 0004555-79.2015.8.0634 Voto 20095 acp/t


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Apelação Cível nº 0004555-79.2015.8.26.0634


Apelante/Apelado: Ministério Público do Est. de Sp
Apelados: Arlindo Augusto Tosti e José Antonio de Barros Neto
Apdos/Aptes: Meire Xavier Simão, VALERIA MARIA GASCH
RECABARREN, Editora Flor do Vale Jorn Comunicaçõ e Promoção Ltda,
Daniel Domingues Ribeiro e DOLORES RUSSO
Interessado: Prefeitura do Municipio da Estancia Turistica de Tremembe
Comarca: Tremembé
Voto nº 20095

AÇÃO CIVIL PÚBLICA - IM PROBIDADE


ADMINISTRATIVA - DIRECI ONAMENTO DO
CERTAM E LICI TATÓRI O -
SUPERFATURAMENTO DO PREÇO POR
INTERMÉDIO DE EXPEDI ENTE QUE TERIA
MANOBRADO O PROCESSO LICITATÓRIO
DE FORMA A NÃO PERMITIR
CONCORRÊNCIA ENTRE OUTROS
I NTERESSADOS PARA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO DE PUBLICAÇÃO DE ATOS
OFI CIAIS DO MUNICÍ PIO DA ESTÂNCIA
TURÍSTICA DE TREM EMBÉ.
Pr eli minar de nul idade da sentença afasta. Pode
o jui z dispens ar a produção de quai squer out ras
pr ovas, na medida em que ele ent enda j á t er
elementos suficientes para o desl inde da
ques tão.
Recur so de apelação do Minist éri o Públ ico de
São Paul o parcial mente provido para aumentar a
pena de Arli ndo Augus to Tos ti, manti da a
condenação de José Ant ôni o de Barr os Net o, os
quais não apres ent aram r ecurso de apelação.
Recur so de apelação de Mei re Xavier Si mão,
Valéria Maria Gasch Recabarr en e Dolores
Russo pr ovi do, não provido o recurs o de Dani el
Dom ingues Ri bei ro e da Edit ora Fl or do Val e
J ornali smo Comunicação e Promoção Ltda. ME.

Vistos.

1 A. O Ministério Público ajuizou ação civil


pública por improbidade administrativa em face de José Antônio

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de Barros Neto, Arlindo Augusto Tosti, Meire Xavier Simão,


Valéria Maria Gasch Recabarren, Editora Flor do Vale
Jornalismo, Comunicação e Promoção Ltda. ME, Daniel
Domingues Ribeiro e Dolores Russo, aduzindo, em síntese, que
no processo licitatório da carta convite nº 15/2012, mediante
ilícito direcionamento do certame à pessoa jurídica de direito
privado, ora demandada, com superfaturamento do preço, e por
intermédio de expediente que teria manobrado o processo
licitatório, à conta de não permitir concorrência entre outros
interessados para prestação de serviço de publicação de atos
oficiais do Município da Estância Turística de Tremembé, teriam
eles provocado prejuízo ao erário em razão da falta de
processo verdadeiramente concorrencial, mesmo porque a 'A
Gazeta de Tremembé', material jornalístico publicado pela
Editora Flor do Vale sequer possuiria efetiva e real circulação
diária dentro do Município, como também não possui um outro
periódico da demandada, qual seja, 'A Gazeta dos Municípios'.
Por tudo, diante da qualidade de protagonistas, cada qual na
sua condição, dos requeridos no processo licitatório
vergastado, requereu (a) a condenação deles pela prática das
condutas dos arts. 10, I/ II, V/VI, VIII/XI, 11, caput, I, todos da
Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa LIA); (b) a
condenação à restituição do inteiro valor pago pelo contrato
administrativo ante o reconhecimento de sua nulidade; (c) a
condenação à indenização por dano material ao valor da
totalidade de todo numerário repassado à vencedora da
licitação, ora demandada (R$ 100.000,00); e (d) a condenação
à indenização por danos morais difusos. No mais, postulou pela
indisponibilidade de bens deles todos liminarmente como
cautela ao montante do preço do objeto contratual,
solidariamente, e, a título de multa civil, consistente no valor

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duplicado daquele, isto é, de R$ 200.000,00 para cada um dos


processados.

A r. sentença de fls. 1619/1624 julgou


parcialmente procedente a pretensão, para anular a Carta-
Convite nº 15/12, e assim todos os atos que dela diretamente
decorreram, inclusivamente o contrato, e assim também os
aditamentos, bem como para condenar, nos termos do art. 12,
II, da LIA, José Antônio de Barros Neto por ato de improbidade
administrativa, às penas de (i) ressarcimento integral do dano,
correspondente a tudo o que a Municipalidade despendeu à
Editora Flor do Vale no pagamento da Carta Convite nº 15/12 e
de seus aditamentos, solidariamente com os outros
condenados; (ii) multa civil de duas vezes o valor do dano, qual
corresponderá a tudo o que a Municipalidade despendeu à
Editora Flor do Vale no pagamento da Carta-Convite nº 15/12 e
de seus aditamentos; e (iii) suspensão dos direitos políticos por
seis anos; Arlindo Augusto Tosti, Meire Xavier Simão e Valéria
Maria Gasch Recabarren por ato de improbidade administrativa,
às penas de (i) ressarcimento integral do dano, correspondente
a tudo o que a Municipalidade despendeu à Editora Flor do Vale
no pagamento da Carta-Convite nº 15/12 e de seus
aditamentos, solidariamente com os outros condenados; e (ii)
multa civil de duas vezes o valor do dano, cada um dos três,
qual corresponderá - o valor do dano - a tudo o que a
Municipalidade despendeu à Editora Flor do Vale no pagamento
da Carta Convite nº 15/12 e de seus aditamentos; e Editora Flor
do Vale Jornalismo, Comunicação e Promoção Ltda. Me, Daniel
Domingues Ribeiro e Dolores Russo às penas de (i)
ressarcimento integral do dano, correspondente a tudo o que a
Municipalidade despendeu à Editora Flor do Vale no pagamento

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da Carta-Convite nº 15/12 e de seus aditamentos,


solidariamente com os outros condenados; (ii) multa civil de
duas vezes o valor do dano, cada um dos dois, qual
corresponde a tudo o que a Municipalidade despendeu à Editora
Flor do Vale no pagamento da Carta-Convite nº 15/12 e de seus
aditamentos; e (iii) proibição de contratar com o Poder Público
ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta
ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos. Todos
os valores deverão ser corrigidos monetariamente pela Tabela
Prática Para Cálculo e Atualização Monetária IPCA-E do E.
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo desde o efetivo
desembolso pela Municipalidade, e por juros moratórios de 1%
a contar o trânsito em julgado, até, ambos, o efetivo pagamento
da condenação, extinguindo o processo com resolução de
mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
Consignou ainda que ficaria mantida a indisponibilidade dos
bens tal como já determinada nos autos. Em razão da
sucumbência, condenou os réus ao pagamento integral das
custas e das despesas processuais, mas não em honorários
advocatícios pelo princípio da simetria. Após o trânsito em
julgado da condenação, determinou que procedesse a z.
serventia, de acordo com a Resolução nº 44/2007 do C.
Conselho Nacional de Justiça. Consignou ainda, ad cautelam, e
independentemente do trânsito em julgado, que fosse oficiado
ao Município da Estância Turística de Tremembé para que,
dentro de 15 dias, trouxesse aos autos a identificação da
quantia de todos valores efetivamente pagos à Editora Flor do
Vale Jornalismo, Comunicação e Promoção Ltda. ME com
respeito à Carta Convite nº 15/12, incluindo-se aí todos os
aditamentos dela decorrentes.

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Apelou o Ministério Público (fls. 1634/1641),


visando a aplicação de todas as sanções previstas ao ato
ímprobo, ou seja, incluindo naquelas já estabelecidas: a) para
José Antônio de Barros Neto, perda da função pública e
proibição de contratar com o Poder Público ou receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; b) para
Arlindo Augusto Tosti, Meire Xavier Simão e Valéria Maria
Gasch Recabarren, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos de cinco a oito anos e proibição de contratar
com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio
de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
cinco anos; c) para Daniel Domingues Ribeiro e Dolores Russo,
suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos.

Opostos embargos declaratórios (fls.


1642/1648), foram rejeitados às fls. 1650/1651.

Também apelou a Editora Flor do Vale


Jornalismo Comunicação e Promoção Ltda. ME (fls. 1668/1679),
alegando, preliminarmente, cerceamento de defesa e, no
mérito, pela improcedência da ação. Pugna pela concessão de
gratuidade de Justiça.

As requeridas Meire Xavier Simão e Valéria


Maria Gasch Recabarren apelaram às fls. 1700/1721, aduzindo,
preliminarmente, cerceamento de defesa e, no mérito, a
improcedência do pedido e, subsidiariamente, o afastamento da

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multa civil ou modulação da sanção pecuniária. Pugnam ainda,


pela concessão dos benefícios da gratuidade de Justiça.

Os recursos foram respondidos às fls.


1841/1848. A Douta Procuradoria Geral de Justiça opinou pelo
provimento da apelação interposta pelo Ministério Público para
a aplicação de todas as sanções previstas no artigo 12, inciso
II, da LIA, de forma cumulativa, e pelo não provimento dos
recursos dos requeridos (fls. 1854/1865).

1.B. Consigne-se que houve equívoco


na certidão de fls. 1106 emitida pelo escrevente técnico
judiciário Sr. Gilberto Teixeira de que este corréu não
apresentou contestação à petição inicial, conforme certificou e
deu fé que "decorreu o prazo" (sic. fls.1106 certificado em 29
de março de 2016). Porém, conforme procurações de fls. 869 e
fls. 877, PATRONO do corréu JOSÉ ANTONIO BARROS NETO,
o ex-prefeito, também é PATRONO do Sr. ARLINDO AUGUSTO
TOSTI apresentou DEFESA PRELIMINAR (fls.866 à fls.868), e
também apresentou CONTESTAÇÃO (fls.1.102 à fls.1105,
protocolando-a em 22 de março de 2016). Assim, como tais
defesas destes corréus que estão bem apresentadas. Embora
ambos, não recorreram, ocorre que os demais patronos de
outros corréus apresentaram em suas RAZÕES RECURSAIS
PRELIMARES de ALTA INDAGAÇÃO de OFENSAS aos
princípios BASILARES dos PROCEDIMENTOS
ADMINISTRATIVOS, que DEVEM SER CUMPRIDOS em todas
as instâncias, e por serem de requerimentos
CONSTITUCIONAIS, se deferidos podem ter alcance de
extensão de benefícios a estes corréus. RECOMENDO que tal
escrevente não possa mais manusear estes autos, nem praticar

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atos oficiais de cumprimento; e nem dar vistas dos autos, por


carga, ou vista breve, no balcão. E, em nenhuns outros autos
em que seja parte o Sr. ARLINDO AUGUSTO TOSTI (quer seja
ela parte ou advogado), e nem do patrono dele, nestes autos.

2. O M.P. interpôs recurso de apelação


apresentando suas razões de apelo (fls.1.634 - fls.1641),
ambas em uma única peça. Os réus apelaram, com as exceções
de JOSÉ ANTONIO De BARROS NETO e o corréu ARLINDO
AUGUSTO TOSTI não apresentaram recursos de apelo.

3. Mas, aqui permanece assinalado, e


agora, seguirão em letras "Franklin Gothic Medium" para dar um
parâmetro e uma ótica mais refletida, que por vezes é afastada,
sem dar as relevâncias que têm e dada as extraordinárias
situações que eram simples, mas foram se tornando complexas
a inúmeros fatos deste caso concreto, e destas naturezas deve
se dar a devida atenção, para completar o julgamento.

4. A corré, Sra. MEIRE, é advogada


(n.190.831) retirou os autos, conforme certidão de fls.1.688 em
16.02.2017. E, seu patrono apresentou seu apelo de fls. 1.770,
fixou na petição a data de 16 de fevereiro 2017, protocolando-o
em data de 17.02.2017. Tal petição seria intempestiva, tal como
já destacou o M.P..

É o relatório.

Fundamento e voto.

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Inicialmente, a preliminar de cerceamento de


defesa deve ser afastada, porquanto sendo desnecessária a
produção de outras provas, quando os fatos já se mostram bem
demonstrados pelas provas documentais encartadas nos autos,
o magistrado, no uso de seu livre convencimento motivado,
pode dispensar a sua produção, julgando antecipadamente a
lide.

Ademais, a ação veio alicerçada em farta


prova documental, juntando-se ainda, cópias de peças da ação
penal n° 0004554-94.2015.8.26.0634 e de mídia contendo prova
oral produzida, sob o crivo do contraditório, em audiência de
instrução, servindo de prova emprestada no presente feito, de
modo a se evitara repetição da colheita da prova oral.

Ao juiz cabe apreciar a questão de acordo


com o que entender atinente à lide. Não está obrigado a julgá-la
conforme o pleiteado pelas partes, mas sim com seu livre
convencimento (CPC, art. 131), usando fatos, provas,
jurisprudência, aspectos atinentes ao tema e legislação que
entender aplicáveis ao caso.

Assim, não há falar em nulidade de sentença


porquanto apontou, claramente, a conduta de cada um dos
requeridos bem como a responsabilidade de cada corréu.

Outrossim, defiro às apelantes Meire Xavier


Simão e Valéria Maria Gasch Recabarren a gratuidade da
justiça requerida às fls. 1700/1721, pois os documentos
apresentados em Segundo Grau demonstram a alegada
hipossuficiência econômica (fls. 1722/1824).

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Vale lembrar que o art. 5º, LXXIV da


Constituição Federal prevê assistência jurídica integral e
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos não
revogou a assistência judiciária gratuita da Lei nº 1060/50, aos
necessitados, certo que, para a obtenção desta, basta a
declaração, feita pelo próprio interessado, de que a sua
situação econômica não permite vir a Juízo sem prejuízo de sua
manutenção ou de sua família.

Na esfera infraconstitucional, verifica-se que


a Lei nº 1.060/50, foi parcialmente revogada pela
superveniência do Novo Código de Processo Civil (artigo 1.072,
inciso III).

Desta forma, a legislação que passa a reger


a matéria é o Novo Código de Processo Civil, que em seu artigo
98 estabelece que “A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as
custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios
tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.”

O artigo 99, §3º do Novo Código de Processo


Civil, por sua vez, estabelece que “Presume-se verdadeira a
alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa
natural.”

Desta forma, infere-se que o novo compêndio


processual trouxe uma presunção que é relativa, de modo que
poderá ser desconstituída a qualquer momento do processo,
mediante a apresentação de prova em contrário pela parte

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adversa, ou pelo juiz, de ofício. Assim, a declaração de


pobreza, por si só, não autoriza o deferimento da gratuidade da
justiça, de modo que tal declaração deverá ser analisada em
conjunto com os demais elementos carreados aos autos.

E em razão disso que o § 2º, do já


mencionado artigo 99, estabelece que “O juiz somente poderá
indeferir o pedido se houver nos autos elementos que
evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à
parte a comprovação do preenchimento dos referidos
pressupostos.”

Por seu turno, a extensão do benefício a


outras pessoas jurídicas, que desenvolvam atividade econômica
e até mesmo com finalidade lucrativa, somente é admissível em
situações excepcionais com comprovação liminar de sua
situação financeira:

“ A pe s s o a j ur í dic a p ode s e r b ene fic iár ia da "ju s ti ç a gr a tui ta" ,


d es d e q ue as c on diç ões ex igi das le gal men te e n oto r ia men te
qua nto a s ua r e al s it uaç ão fin anc eir a” ( RE s p 243 .88 2/R S) .

Na hipótese dos autos, os apelantes de fls.


1668/1679 argumentam que não possuem disponibilidade de
recolhimento de custas judiciais, juntando tão-somente a
declaração de pobreza (fls. 1680/1681).

Contudo, forçoso convir que referida


declaração, desacompanhados de outros elementos não têm o
condão de induzir, de imediato, a alegada insuficiência

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econômica.

Não se desconhece a Súmula 481, do


Colendo Superior Tribunal de Justiça: “Faz jus ao benefício da
justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que
demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos
processuais”, que indica a necessidade de comprovação da
impossibilidade financeira, no tocando ao recolhimento da taxa
judiciária.

Conquanto a norma inserta no artigo 4º da Lei


1.060/1950 determine que basta simples declaração para a
concessão da justiça gratuita, não se exigindo prova da
necessidade, é dever do julgador a análise concomitante das
circunstâncias em que o pedido ocorre, especialmente quando a
requerente do benefício é uma pessoa jurídica.

Contudo, os apelantes Editora Flor do Vale


Jornalismo Comunicação e Promoção Ltda. ME, Daniel
Domingues Ribeiro e Dolores Russo não convenceram da
necessidade dos benefícios da Lei nº 1.060/1950, apesar da
alegação de hipossuficiência, pelo que fica indeferida a
gratuidade de Justiça.

Não obstante, vale salientar que a Lei nº


7.347, de 1985, que disciplina a ação civil pública, assim
estabelece:

“ A r t. 18 . N as aç õ es de que tr ata es ta lei , n ão hav er á


ad ian tam ent o d e c us t as , em olu men tos , h ono r ár ios pe r ic iai s e
qu ais que r o utr as des pes as , ne m c ond ena ç ão da as s oc iaç ão
aut or a , s alv o c omp r ov ada má - fé , e m h ono r ár ios de ad v og ado ,

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c us t as e d es p es a s p r oc es s uai s .”

O Código de Defesa do Consumidor, por sua


vez, que também se aplica ao caso, por força do princípio da
interação das normas que versam sobre direitos difusos,
coletivos e individuais homogêneos (art. 90), em seu artigo 87
assim também estabelece:

“ A r t. 87 . N as aç õ es c ol eti v as de qu e t r at a e s te c ó dig o n ão
hav er á ad ian tam ent o de c us t as , em olu men tos , h ono r ár ios
pe r ic iai s e qu ais que r o utr as des pes as , ne m c ond ena ç ão da
as s oc iaç ão aut or a , s alv o c omp r ov ada má - fé , e m h ono r ár ios de
ad v og ado s , c us tas e des pes as pr o c es s ua is . ”

Vê-se, assim, que de acordo com a clareza


solar dos dispositivos supramencionados, o legitimado ativo da
ação civil pública não adiantará quaisquer despesas, nem será
condenado ao seu pagamento, salvo comprovada má-fé.

Isso para que o objeto das ações dessa


natureza, que visam a responsabilização por danos morais e
patrimoniais causados ao meio-ambiente, ao consumidor e a
qualquer outro interesse difuso ou coletivo, não ser esvaziado
por eventuais entraves burocráticos e financeiros.

Nesse sentido, confira-se precedente desta E.


Corte:

“ A ÇÃO CI VIL PÚ BLI CA. Sa nto An dr é . D es i s tê nc i a.


Hom olo gaç ão. Di lig ênc ias do of ic i al de jus tiç a. Con den aç ã o d o
m uni c íp io. 1. A ç ão c i v il pú bli c a. De s pe s as pr oc e s s u ais .
D ili gên c ia do s o fic iai s d e j us t iç a . I s en ç ão . N a a ç ão c i v il pú bli c a
não ha v er á a dia nta men to de c us tas , e mol ume nto s , hon or á r io s

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p er i c ia is e q uai s qu er out r as de s pe s as , n em c on den aç ã o d a


a s s o c ia ç ão au tor a, s al v o c om pr o v ad a m á- f é, em hon or á r io s d e
a dv o gad o, c us tas e des pes as pr o c es s ua is . In tel igê nc i a d o a r t.
18 da LF nº 7. 347 /85 . A s d ili gên c ia s d o o fic ial de ju s ti ç a
pos s ue m n atu r ez a d e d es p es a pr oc e s s u al e p or ela s o mu nic ípi o
n ão r es pon de. 2. D ili gên c ia do s o fic iai s de j us t iç a .
A dia nta men to. A Res olu ç ão CN J nº 1 53/ 12 es t abe lec e o
pr oc e dim ent o p ar a o pag ame nto an tec ipa do de des pes as de
dil igê nc i as dos of ic i ais de ju s ti ç a. O s tr ibu nai s d ev e m i nc l uir ,
n as r es pec tiv as pr o pos tas or ç am ent ár i as , v e r ba es pec ífi c a par a
c us t eio de de s pe s as pa r a o c ump r im ent o d as dil igê nc i as
r eq uer ida s p ela Fa z en da Púb lic a, Min is t ér i o P úbl ic o ou
be nef ic i ár i o d a a s s i s tê nc i a j udi c iá r ia gr atu ita ( a r t. 2º ) . No Es t ado
de Sã o P aul o, o c us t eio da s d ili gên c ia s d os ofi c ia is de jus tiç a
n as hip óte s es pr ev i s ta s na R es o luç ão CNJ nº 15 3/1 2 é
s u por tad o p ela ta x a jud ic i ár i a, na med ida em qu e 1 0% do tot al
ar r ec a dad o a es s e tít ulo s ã o d es t ina dos ju s ta men te par a e s s a
fi nal ida de ( LE nº 11 .60 8/0 3, ar t . 9 º) . D es i s tê nc i a h omo log ada .
C ond ena ç ão no r e s s a r c i men to das di lig ênc ias do s o fic iai s d e
j us t iç a . R ec u r s o do mu nic ípi o p r ov ido , c om obs er v aç ã o.”
( A pel aç ã o 1 014 839 - 78 .20 15. 8.2 6.0 554 ; R ela tor : T or r es de
Car v al ho; 1ª Câ mar a R es e r v a da ao Mei o A mbi ent e; J ul gam ent o:
07/ 02/ 201 9) .

E, se por um lado não há como exigir do autor


da Ação Civil Pública o adiantamento das custas, por outro, não
se pode compelir o réu a arcar com o adiantamento destes
mesmos valores.

Pois bem.

Para Wallace Paiva Martins Júnior, na obra


Probidade Administrativa, 2ª ed., p. 115, São Paulo, Saraiva,
2002, “A Constituição Federal de 1988 é o marco divisor de uma
nova mentalidade institucional da repressão à improbidade

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administrativa e da tutela da moralidade administrativa e do


patrimônio público. (...) As sanções delineadas à improbidade
administrativa no art. 37, § 4º, estabelecem punições que não
visam exclusivamente à recuperação dos valores patrimoniais,
senão à preservação dos valores morais, direcionadas, agora,
ao resgate do autêntico interesse social, com a previsão de
graves, severas e adequadas punições àqueles que são
moralmente inidôneos para o exercício de uma função pública,
o que, certamente, adquire maior eficácia social pela natureza
da censura jurídica aplicável. A improbidade administrativa (ou
imoralidade administrativa qualificada) exige sanções mais
compatíveis e coerentes com a tutela do bem jurídico violado e
que transcendem o cunho patrimonial da lesão, nem sempre
existente. E essa qualidade é devida ainda em outras
disciplinas jurídicas que, de uma forma ou de outra, tutelam a
probidade administrativa (direito penal, processual penal,
eleitoral, administrativo, financeiro, tributário, societário etc.).”

E ao se falar em licitação, a modalidade


convite é a forma mais simples dela. Esta é escolhida em razão
de contratações de pequeno vulto, pela rapidez de sua
implementação, pois comporta um menor formalismo. O ato
convocatório é representado pela chamada “carta-convite”, que
será publicada após o “convite” da Administração Pública.

Vale lembrar que “as condutas típicas que


configuram improbidade administrativa estão descritas nos arts.
9º, 10 e 11 da Lei 8.429/92, sendo que apenas para as do art.
10 a lei prevê a forma culposa. Considerando que, em atenção
ao princípio da culpabilidade e ao da responsabilidade
subjetiva, não se tolera responsabilização objetiva e nem, salvo
quando houver lei expressa, a penalização por condutas
Apelação Cível 0004555-79.2015.8.0634 Voto 20095 acp/t
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meramente culposas, conclui-se que o silêncio da Lei tem o


sentido eloqüente de desqualificar as condutas culposas nos
tipos previstos nos arts. 9.° e 11” (REsp 751.634/MG, Rel.
Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 26.06.2007).

Neste sentido, cabe trazer à baila o que


decidiu o E. Superior Tribunal de Justiça em fundamentado voto
do Ministro Luiz Fux, nos autos do REsp 480.387/SP, julgado
em 16.03.2004:

"É c e diç o q ue a m á- f é é pr emi s s a do at o i leg al e í mpr obo .


C ons ec t ar i ame nte , a il ega lid ade só ad qui r e o s tat us de
imp r ob ida de qua ndo a c on dut a a nti jur ídi c a fer e o s p r in c íp ios
c o ns t itu c io nai s d a A dmi nis tr a ç ão Pú bli c a c oa dju v ad os pel a m á-
f é d o a dmi nis tr a dor . A im pr o bid ade ad min is t r at iv a , m ais qu e u m
a to ile gal , d ev e tr adu z ir , n ec e s s a r ia men te, a fal ta de boa - fé , a
de s on es t ida de, o que nã o r es t ou c om pr o v ad o n os aut os pel as
inf or m aç õ es dis pon ív e is no ac ó r dã o r ec o r r i do. Po r i s s o qu e o s
a tos de im pr o bid ade de v em en s ej ar , v i a d e r egr a, nul ida des
ab s ol uta s e en r iq uec ime nto il íc i to. "

Assim, comete ato de improbidade


administrativa todo aquele que age de forma contrária à
disposição legal, causando prejuízo ao erário público, ferindo
os princípios da legalidade, moralidade e boa gestão de
recursos públicos, caracterizando-se, assim, o dolo, “o que bem
caracteriza o ato de improbidade administrativa, distinguindo-o
do engano escusável e da mera irregularidade” (Apel. Cível
628.606.5/3-00, rel. Des. José Habice).

No que tange a lesão ao erário público,


Apelação Cível 0004555-79.2015.8.0634 Voto 20095 acp/t
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MARÇAL JUSTEN FILHO, ensina:

"O r e s ul tad o d ano s o int egr a a ma ter ial ida de da inf r aç ão: Le mbr e-
s e d e q ue a i nfr aç ã o d o a r t. 10 en v ol v e ele men to mat er i al de
r es ult ado , s em o q ual nã o h á i lic itu de. Tr ata - s e da le s ão ao
er ár i o. Sem pr eju íz o , n ão há inf r aç ão do ar t . 1 0. As s im, s u pon ha
s e o e x em plo ma is fác il de s er in dic ado , q ue é o da c o ntr ata ç ão
di r et a. A m er a c o ns t ata ç ão de qu e h ouv e c ont r at aç ã o d ir e ta em
hip óte s e inc abí v el é ins ufi c ie nte pa r a c on fig ur a r , mes mo em
tes e, a e x is tên c ia da in fr a ç ão . É in dis pen s áv el dem ons tr a r q ue,
al ém da omi s s ã o i nde v id a d a l ic i taç ão, a c on tr a taç ão r es ult ou
em pr e juí z o par a os c ofr es púb lic os . ". ( Cu r s o de Di r ei to
Adm ini s tr ati v o, 10 ª e diç ão, Ed . R ev i s ta do s T r ib una is , pá gin a
1 .09 6) .

Nos ensinamentos do mestre


ALEXANDRE DE MORAES:

"O at o de i mpr obi dad e a dmi nis tr a tiv a e x ig e p ar a sua


c ons uma ç ão um de s v i o d e c ond uta do ag ent e p úbl ic o , q ue, no
ex er c íc i o i nde v id o d e s uas fu nç õ es , af as t e- s e d os pad r õe s
é tic os e m or a is da s oc ied ade , p r et end end o o bte r v ant age ns
mat er i ais in dev ida s o u g er a r p r ej uíz os ao pat r im ôni o p úbl ic o ,
m es m o q ue não ob ten ha s uc es s o e m s uas in ten ç õe s , c om o
o c or r e nas c o ndu tas ti pif ic a das no ar t. 11 da Lei n° 8. 429 /92 . A
Le i n ° 8 .42 9/9 2 c ons agr ou a r es p ons abi lid ade s u bje tiv a d o
s er v ido r p úbl ic o , e x ig ind o o do lo nas tr ês es p éc i es de ato s d e
i mpr obi dad e ( ar t s . 9°, 10 e 11) e per mit ind o, em uma ún ic a
es péc ie ar t . 1 0, tam bém a r es pon s ab ili dad e a tí tul o d e c ulp a.
Nes s e ex a to s en tid o, MAR IA SYL VIA ZA NEL LA DI PIE TRO
af ir m a q ue, “ o en qua dr a men to da lei de im pr o bid ade ex ige c u lpa
ou do lo por pa r te do s u jei to ati v o. Me s mo qu and o a lgu m a to
ile gal s e ja pr a tic ado , é pr ec i s o v er ifi c ar s e ho uv e c u lpa ou do lo,

Apelação Cível 0004555-79.2015.8.0634 Voto 20095 acp/t


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s e ho uv e um mí nim o d e m á- f é q ue r ev ele r e alm ent e a pr es e nç a


de um c o mpo r ta men to des one s to ” . Afa s to us e , p or t ant o, a
r es p ons abi lid ade ob jet iv a do s e r v i dor pú bli c o" . ( ALE XAN DRE DE
MO RAE S. Dir eit o C ons tit uc i ona l. 24ª ed iç ã o. Ed. At las . 2 009 .
S ão Pau lo. Pá g. 366 /37 4)

Aliás, confira-se entendimento do E. STJ:

"A DMI NIS TRA TIV O . SIM ULA ÇÃO DE LI CIT AÇÃ O . TIP IFI CAÇ ÃO
CO M O A TO DE IMP RO B IDA DE Q UE CA USA PR EJ U ÍZO AO
ER ÁRI O ( ART IG O 10 DA LE I 9 .42 9/9 2) . AU SÊN CIA DE PR O VA
DO DA NO . PR ECE DEN TES DO ST J . ATO DE IM PRO BID ADE
Q U E A TEN TA CO N TRA O S PR INC ÍPI O S DA ADM INI STR AÇÃ O
P ÚBL ICA . C ARA CTE RIZ AÇÃ O . SAN ÇÕ E S P REV IST AS NO
ART IG O 12 , I NCI SO III , DA L EI 8.4 29/ 92. AN ÁLI SE DA
G RA VID ADE DO FA TO . SÚ MUL A 7 /ST J . APL ICA ÇÃO . 1 . O
en qua dr a men to do ato de "f r us tr a r a li c it ude de pr oc e s s o
li c it ató r io ou di s pe ns á - lo in dev ida men te" na c a teg or i a de
i mpr obi dad e a dmi nis tr a tiv a e ns e jad or a de pr eju íz o ao er ár i o
( inc is o VI II do ar t igo 10 da Le i 8 .42 9/9 2) r ec lam a a c o mpr ov a ç ão
do ef eti v o dan o ao p atr imô nio pú bli c o, c u ja pr e s er v aç ão
c on fig ur a o obj eto da tu tel a n or m ati v a ( Pr ec e den tes do ST J ) .
( . ..) 3. Re c ur s o es p ec i al par c ia lme nte c o nhe c id o e , n es t a p ar t e,
des pr o v id o." ( R Es p 11 691 53/ SP, Re l. Min is t r o TEO RI ALB INO
ZA VAS CKI , P RIM EIR A T URM A, jul gad o e m 1 6/0 8/2 011 , D J e
24/ 08/ 201 1) .

5. Na hipótese dos autos, verifico que o


advogado do Sr. JOSE ANTÔNIO DE BARROS NETO, sendo
este ex-prefeito também advogado, conforme consta de sua
qualificação de fls. (5º Volume - a sua procuração judicial) não
recorreu.

6. Ainda, que a rigor, os APELOS do


advogado pelas corrés MEIRE XAVIER SIMÃO e VALÉRIA
Apelação Cível 0004555-79.2015.8.0634 Voto 20095 acp/t
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MARIA GASH RECABARRAM (fls.1700 - fls.1721) estariam fora


do prazo legal. Até se considerarmos o prazo o dobro, tal como
bem requereu o patrono destas funcionárias municipais, em
razão da pluralidade de corréus, mais 5 (cinco), e com
PATRONOS diversos, ao menos mais 2 (dois).

7. Ocorre que há alegação NULIDADE já


nos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO deste patrono pelas rés
servidoras públicas do município. Tais embargos foram
afastados. E, em suas razões recursais, o Douto Patrono
praticamente reitera os embargos, pois, ao ALEGAR SOBRE a:
“PRELIMINARES - NULIDADE DA SENTENÇA DO
CERCEAMENTO DE DEFESA" (sic. letras GRANDES da
petição), e ao mencionar textualmente que: -"A r. sentença não
dedicou uma palavra à questão da impugnação da prova
emprestada dos autos do Processo Crime mencionado, a qual
fora impugnada em sede de Embargos " ("ipsis literis" final de
fls.1.703.) E, tal impugnação e seus argumentos não faz jus ao
inteiro teor da r. sentença, posto que não só juntou-se aos
autos a sentença criminal, que absolveu os réus, como também
houve apreciação do JUÍZO de 1º grau sobre as naturezas
diversas da área criminal e administrativa. Posto que assim,
constou da respeitável sentença de fls. 1619 à 1624, bem como
a r. sentença que bem apreciou os Embargos de Declaração de
fls. 1650 , e seu Verso à 1651 de fls.1652.

8. Nessas razões, em suas preliminares, do


apelo põe foco em omissões processuais concretas, já nos
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO de fls.1704 - fls.1707, para só
depois alegar outro argumento "DA INSUFICIÊNCIA DE
PRESTADORES DE SERVIÇO NA REGIÃO " (sic. fls. 1705);

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"DA INEXISTÊNCIA DE ATO DE IMPROBIDADE", a partir de


fls.1.705 à fls.1.709); "DA COMPETÊNCIA DA COMISSÃO DE
LICITAÇÕES 1.709 À fls. 1.711); "DA INDIVIDUALIZAÇÃO DAS
CONDUTAS DAS APELANTES" (fls.1711 e 1.712); "DOS
EFEITOS DA AUSÊNCIA DO DOLO" (fls.1.713 à fls.1.715); "DA
INCONSTITUCONALIDADE DA PENA de MULTA" civil (fls.1.715
à fls.1.718), e DA DOSIMETRIA (fls.1.718 à fls.17.20) e da
IMPROCEDÊNCIA TOTAL da ação, por não haver dolo
(fls.1.721).
A.1 : - Porém, nestes argumentos o ilustre defensor das corrés
MEIRE e VALÉRIA traz à colação duas decisões de 2 (dois)
Ministros do S.T.J., que são os NOTÁVEIS MINISTRO GARCIA
VIEIRA e MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASKI e também por
amor a argumentação, mas muito mais pelas considerações de
bem apreciar tal JURISPRUDÊNCIA, e máxime, que se torna
obrigatória por vir do 3º grau. Resta saber se de fato se
coaduna como "uma luva" na questão prática destes autos, o
que veremos mais a frente, e dar o destaque devido, daí, ter
recebida o extenso ordenamento de "10.A.1:" . É que devido a
tal procedimento tão raro, como de detalhes tão delicados
temos que abrir esta exceção, orando para que no futuro, em
outros autos, não ocorram tantas e tamanhas peculiaridades.
A.2: Desta forma, a peculiar intensão de ser um norte no
horizonte, estas apreciações, extraordinárias, se fazem dadas
as certas características, de uma "APARENTE NULIDADE" não
PROVOCADA ARTIFICIALMENTE, mas bem arquiteta como se
fosse por especialista em ciências exatas, e não como poder-
se-ia sempre esperar por 1 especialistas em ciências humanas.
A.3: - Portanto, aqui não é mero respeito pelas
argumentações jurídicas que todos devemos ter, e temos,
quando fazemos as análises devidas, sem deixar arestas.

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A.4: - Ocorre que "IN" EMBARGOS DECLARATÓRIOS o


Douto Patrono requereu NULIDADE da R. SENTENÇA
argumentando os PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS da
ISONOMIA processual e afirmou, categoricamente, que
julgamento padece de "RESPEITAR E GARANTIR O
CONTRADITÓRIO" ( Vide letras maiúsculas do Digno PATRONO
- sic FLS.1646).
A.5. I - Aí, reside a QUESTÃO DA NULIDADE, a ser
aqui, melhor desenvolvida e apreciada para considerá-la ou
afastá-la.
A.5. II - Antes da Constituição promulgada em 05 de
outubro de 1988, tal princípio já existia como princípios
processuais cíveis, penais; mas não nos procedimentos
administrativos, e entendo, que esta ação civil pública tem
todas as semelhanças judiciais de natureza de administração
pública, é que toda Ação Civil Pública tem por objetivo
encontrar irregularidades, e saná-las, via ação modificativa e
corretiva, em geral, quando não há dolo, mas equívocos nas
ações públicas.
A.5. III - Porém, a Constituição que desde 5 de outubro
1988 vigora há mais cautelas no bem julgar as matérias de
natureza administrativa. Tanto é assim que os primeiros
doutrinadores RECONHECERAM OS NOVOS ARES
DEMOCRÁTICOS, pois os princípios BASILARES que sempre
foram cumpridos em processo penal e cível, que era praticado
desde a ROMA ANTIGA que é "TRIDIUM PERSONARUM",
passaram a existir em processos DISCIPLINARES
ADMINISTRATIVOS. Assim, antes da CONSTITUIÇÃO,
incontáveis eram as PUNIÇÕES ADMINISTRATIVAS, cujos
processos crimes que analisavam os fatos idênticos, resultavam
em absolvição ou prescrição, e poucas vezes, em condenações.

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Hoje os resultados de mérito são mais coincidentes,


já que as prescrições são mais raras, e ao se chegar ao mérito
há mais procedências, do que improcedências, ao final. Mas, se
considerarmos os julgamentos e celeridades dos processos
políticos e eleitorais, houve sensível melhora e rapidez nos
julgamentos, embora doutrinadores achassem no passado
recente que seria impossível acelerar os procedimentos e,
ainda, continuar sérios (sem atropelos).
A.6. -E, mais, ainda, desconheço se há uma estatística
sobre o número de procedimentos que foram anulados após a
Constituição Federal entrar em vigor, mas certamente, como a
forma inquisitiva e desmedida acabou quando o seu pleno
cumprimento passou a ser observado desde o 1º Grau até os
Tribunais Superiores. Tanto que já há inúmeros julgamentos
sobre o "process of law", que é um princípio mais antigo no
direito norte-americano. E, partir de 5 de outubro de 1988, o
devido processo legal também passou ser matéria tão
relevante, que em quaisquer esferas do Direito se obtém a
NULIDADE, quando há real motivo para sanear ou corrigir,
inclusive a necessária presença do advogado para forma o
correto contraditório.
A.7. - É certo que no começo, por estrutura processual
administrativa anterior a constituição, esta sistemática jurídica
processualista DISCLIPLINAR de DIREITO PÚBLICO estava
de acordo com os PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. Então,
quaisquer irregularidades, ainda, que saneáveis pela forma
eleita pelos legisladores processualistas, eram descartadas
para pronta nulidade; e por não haver uma sistemática clara e
segura de como deveriam ser tais procedimentos.
A.8: - Mas, tanto o processo civil, como o procedimento
penal tiveram reformas totais ou parciais e se adequaram à

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CONSTITUIÇÃO. Tanto, assim, que as nulidades declaradas


porque algo deixou de ser visto ou analisado em 1º Grau, eram
sempre unânimes. E, com as Reformas Processuais, onde o
fundo (ou sua finalidade) deve prevalecer sobre a forma (e seus
excessivos formalismos) passaram ser mais evidente, e o
legislador deixou mais evidente as formas que o 2º Grau pode
corrigi-las em diligências de Cartas de Ordem, mantendo a
autoridade incólume de 1º Grau, para depois de resolvidas as
questões e eventuais dúvidas, voltar ao 2ºGrau, às vezes
matérias fáticas que ficaram pendentes ou despercebidas
anteriormente.
A.9: Assim, a fase que não se podia pular, antigamente
tornava anulável, deixando os procedimentos lentos. Hoje,
podemos deixar para a fase de liquidação ou execução da
sentença para reabrirmos as questões que devem ser melhor
elucidadas.
a.10: - Daí, com essas reformas, deu-se a desejada
celeridade, sem comprometer a seriedade, apesar dos temores
de doutrinadores italianos de CHIOVENDA a CALAMANDREI de
que era impossível acelerar e ser sério. As dinâmicas
processualistas e a inteligente solução dos TRIBUNAIS
SUPERIORES, portanto a JURISPRUDÊNCIA e DOUTRINAS
críticas de alguns textos legislativos (parciais ou totais)
colaboraram com uma surpreendente evolução e reformas
sucessivas do CPC passaram a permitir que os Tribunais
saneassem de ofício, sem devolver as intepretações do 1º e até
do 2º grau, (quando os autos subirem ao 3º Grau), quer seja
matéria PRELIMINAR ou de MÉRITO.
a.11: - Eis aí o primeiro grande avanço, muito embora as
NULIDADES PROCESSUAIS, deste o CÓDIGO de PROCESSO
CIVIL que passou a vigorar em 1º de janeiro de 1.974 (O antigo

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C.P.C. - Lei Nº 5.869 é sancionada em 11.01.73); e que foi


apelidado no Estado de São Paulo, de ALFREDO BUZAID, em
homenagem a este MINISTRO da JUSTIÇA, QUANDO INSERIU
o PRINCÍPIO PROCESSUAL, com acerto determinado,
"INSTRUMENTALISTA", para afastar o formalismo reinante
dantes, em PREVALÊNCIA de PRESERVAR O CONTEÚDO,
ainda, que parte dele esteja contaminado não pela forma ou
formalidade mais aperfeiçoada.
A.12 De tal princípio se extrai a importante interpretação
que as provas em que tenham partes anuláveis, podem conter
algo que deve ser preservada, assim o conteúdo do que se
apurou fica salvo de ser contaminado. Tal não ocorre no direito
americano e anglo saxônico, pois adotaram A Máxima Bíblica
que : - "um fruto contaminado irá contaminar todos os demais!".
Esta verdade bíblica ocorre quando estamos de férias em casa
ou apartamento e esquecemos algo na fruteira (e até mesmo na
geladeira - folhas e verduras).
Pois, se demorarmos por volta por mais de um ano,
encontraremos naquele local todos os frutos e hortaliças
estragados.
A.13 Porém, quando temos frequências diárias, e
demoramos a observar que um fruto se estragou, exemplo, uma
laranja, quanto mais demoramos, mais pode contaminar aquelas
que estão ali diretamente em contato. Só se tardarmos muito é
que todas as demais serão afetadas, e só aí, todas deverão ser
jogadas fora.
A14 Daí, que o legislador estabeleceu o
INSTRUMENTALISMO que aproveita parte do que é válido e
anula a referida parte viciada, a qual deve ser refeita, para
tornar-se hígida. As razões recursais das corrés, em
apresentação do nobre causídico que PROTOCOLOU suas

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RAZÕES RECURSAIS em 17 de fevereiro de 2017.


A15. Passemos a ANALISAR a questão dos
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS afirmado pelo nobre causídico
do EX-PREFEITO, e do Sr. ARLINDO AUGUSTO TOSTI em suas
ALEGAÇÕES FINAIS e que foram REITERADAS nos
EMBARGOS de DECLARAÇÃO de fls. 1642/1648. E, que foi
corretamente, solucionado pela R. sentença, a qual afastou-os
ao apreciá-los fls. 1650/1652, e que no seu Verso de fls.1651
bem estabeleceu :
A.16. Verdadeiramente, o que se busca nestes embargos
é a reforma do quanto sentenciado... o fato de o dano ser
liquidável de informes da Municipalidade - e de já não haver o
prejuízo por líquido por ocasião sentencial; ao revés,
reconheceu a existência do dano, cujo valor será aquilatável tão
apenas na fase posterior ao trânsito em julgado. A liquidez,
atente-se, não é pressuposto para a concepção da existência
de dano" (sic. Verso de fls. 1.650 - grifos meus).
A.17. E, para melhor apreciar a questão de novas
diligencias determinadas na R. Sentença, "Ad cautelam" (vide
Verso de fls. 1623) e "independente do trânsito em julgado
oficie-se ao MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA TURÍSTICA de
TREMEMBÉ para que dentro de 15 dias, traga aos autos a
identificação de todos os valores efetivamente pagos à
EDITORA FLOR DO VALE JORNALISMO, COMUNICAÇÃO E
PROMOÇÃO LTDA. ME com respeito a Carta Convite 15/12,
incluindo-se aí todos os aditamentos dela decorrentes. (fls.1624
- meus grifos).
A.18. Daí temos que baseado em documentos
existentes nos autos, e que todos admitem como sendo
verdadeiros, baseou-se a r. sentença, e quanto a outras
detalhes mais precisos tornou certa de onde partir os cálculos,

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faltando só os cálculos de saber com exatidão quantos foram os


pagamentos, mas por documentos já juntados temos uma ideia
certa que existem e que são muitos, e tendo em vista que o
praticamente o 8º Volume só consta documentos
(incontestáveis) que indicam a extensão do REAL PREJUÍZO,
e sobre o qual todas as partes tiraram suas interpretações
conforme suas teses. E, portanto fica para a execução do
VALOR REAL do PREJUÍZO, assim, sua declaração total fica
para a fase final de homologação, que sempre é possível nos
casos que exigem cálculos mais elaborados e na fase definitiva.
Já que está é a fase de culpabilidade.
A.19. O Recurso de apelação das corrés Sra. Meire Xavier
Simões, procuradora do município, e a Sra. Valeria M. G.
Recarbarren, funcionária da Prefeitura, em suas laudas de
fls.1.700 à fls. 1721, na parte da defesa dos princípios
constitucionais, contém matérias de direitos que aproveita a
todos os corréus, devido a sua abrangência e complexidade,
pois requereu a "NULIDADE DA SENTENÇA", como
"PRELIMINARES" (sic. fls.1703 à 1704), tal como foram
apresentadas pela seu nobre causídico, Dr. Ademar dos Santos
Filho, onde diz que tal nulidade deve ser declarada porque:
a):
"A decisão proferida deixou de se manifestar, expressamente,
sobre pontos importantes levantados na contestação e sem
sede de especificação probatória.
b) E, que houve cerceamento, tanto porquê não houve lesão ao
"Erário" (vide final de fls. 1.704), como pela prova necessária
para "identificar as condutas e o nexo de causalidade" (vide
início de fls. 1.704).
20. Já, no MÉRITO, postulou "DA
INSUFICIÊNCIA DE PRESTADORES DE SERVIÇO NA REGIÃO

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" (sic. fls. 1705); "DA INEXISTÊNCIA DE ATO DE


IMPROBIDADE", a partir de fls.1.705 à fls.1.709); "DA
COMPETÊNCIA DA COMISSÃO DE LICITAÇÕES 1.709 à fls.
1.711); "DA INDIVIDUALIZAÇÃO DAS CONDUTAS DAS
APELANTES" (fls.1711 e 1.712); "DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA
DO DOLO" (fls.1.713 à fls.1.715); "DA
INCONSTITUCONALIDADE DA PENA de MULTA" civil (fls.1.715
à fls.1.718), e DA DOSIMETRIA (fls.1.718 à fls.1720) e da
IMPROCEDÊNCIA TOTAL da ação, por não haver dolo
(fls.1.721).

21. Estas questões guardam


IMPORTÂNCIA, pois nos memorias e nas RAZÕES de
APELAÇÃO foi questionado a QUESTÃO DO VALOR REAL do
prejuízo, e com argumentos constitucionais, semelhantes aos
demais patronos, tais como CERCEAMENTO DE DEFESA e DO
DEVIDO PROCESSO LEGAL e DA FALTA DE PERÍCIA para
APURAR O VALOR REAL. E, chega a afirmar que se prejuízo
houve de pequenos valores e até irrisórios prejuízos, ou seja,
seria de quase nenhum prejuízo. Praticamente, trouxe a matéria
tão conhecida no D. Penal, para o D. Administrativo, onde
também já é debatida e que trata dos ilícitos de "bagatela".

22. Diante destas afirmações do nobre


causídico, e para melhorar o entendimento, a melhor forma de
resumir estes 10 (dez) volumes de autos, é trazer as menções
do "Parquet" que textualmente afirmou: "Mesmo que o valor do
prejuízo não seja de grande monta, ele só não foi maior porque
constatado o sobrepreço e a ilegalidade no convite, levando a
Municipalidade a não quitar totalmente o débito."(sic. fls.
1.865).

Apelação Cível 0004555-79.2015.8.0634 Voto 20095 acp/t


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23. E, de fato o Procurador de Justiça,


em seu caprichado Parecer de fls.1854 à 1865, destacou o
REAL PREJUÍZO, e sobre o qual não há controvérsias, pois é
confirmado por documentos e testemunhas, então vamos
aquelas termos Deste Parecer as questões fáticas
incontroversas, quando bem RESUMIU à fls. 1.861 e 1862 :
- "A empresa demanda apresentou proposta no valor
de R$3,97 por cm. / por coluna (fls.155). Anos depois, quando
os preços deveriam ser maiores em razão da inflação, foram
realizados dois pregões, em que o preço contratado foi de
R$0,45 por cm/coluna (Pregão 03/14 e R$1,15 por cm/col
(Pregão 92/14), conforme informação do Pregoeiro constante do
ofício de fls. 45. A própria empresa demandada, no Pregão
92/14 apresentou proposta de valor unitário de R$0,87 e R$0,97
por cm/colunas, ou seja, quatro vezes menor do que o obtido no
convite objeto desta ação (fls. 48/49), grifos meus.
E, para termos a certeza da extensão real do
prejuízo e de seu possível desconto, temos a afirmação do
Douto Parecer já às fls. 1.862 onde conclui o preclaro
Procurador de Justiça:
-"É certo que do valor contratado (fls.167/169) e do
seu aditamento (fls.232) a empresa só recebeu o montante de
RS15.550,26 (fls.1.654). No entanto, isso não exclui a
ilegalidade, tendo o condão de apenas reduzir o valor da
reparação de dano e do valor da multa civil.

24. A. Este afirmação do Douto


Procurador está correta, em face da R. Sentença de 1º Grau, a
qual invalidou toda a concorrência pública na modalidade de
CONVITE dado sua total ilicitude.

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24.B. Porém, considero VÁLIDO


tudo o que foi pago, cujos valores são quebrados, a até com
centavos, e sempre tem valores módicos, tais como as
realizações de trabalhos efetuados e cumpridos, e que em
razão das variantes de tamanhos em centímetros e por coluna
(a extensão real deste centímetros) dão quanto que houve o
serviço e foi renumerado diante de um contrato abusivo, mas
real.
24.C. Considero como VÁLIDO, o último
pregão VÁLIDO, houve a redução para o valor de R$0,45 por
centímetros e coluna, em março de 2014 (fls.700 ), o qual foi
estabelecido com a atual administração do SR. PREFEITO
MARCELO VAQUELI (fls. 757 e 758), em 18 de fevereiro de
2014, no DIÁRIO DE TAUBATÉ, tenho que todos os trabalhos
têm que ser reduzido para tal valor. Assim, se preservará todas
as PUBLICIDADES, pelos preços reais, e que foram atualizados
para preços de reais concorrências, e conforme o último
contrato, e se afastam os demais valores que são,
evidentemente, de criminoso superfaturamento.
24.D. O que foi pago a mais, que
consiste do CRIME de SUPERFATURAMENTO e que DEVE SER
DEVOLVIDO, em DOBRO, à PREFEITURA de TREMEMBÉ, e de
forma SOLIDÁRIA, pelos 4 (quatro) réus: 1º) JOSÉ ANTONIO
BARROS NETO - o ex-Prefeito ; 2º) ARLINDO AUGUSTO TOSTI
- o servidor municipal que é o presidente da comissão; 3º)
DANIEL DONINGUES RIBEIRO, o único sócio que teve
participação ativa, DESCLASSIFICANDO, RECORRENDO, e
recebendo "pró-labore" mensal, e 4º) A sua EMPRESA
favorecida por ele que é a EDITORA FLOR DO VALE
JORNALISMO, COMUNICAÇÃO PROMOÇÃO Ltda. ME, que
seria a proprietária do JORNAL "GAZETA DOS MUNICÍPIOS, e

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o Tabloide "GAZETA de TREMEMBÉ".


24.E. Porém, diante de tal condenação,
entendo que não é o valor apontado à fls.1654 (no Parecer do
nobilíssimo "PARQUET") que deve ser descontado, e porquê foi
pago, e o serviço foi prestado. Mas, deve ser de fato
DESCONSIDERADO o VALOR que a PREFEITURA do
MUNICÍPIO deixou de pagar, e que pelas alegações do nobre
causídico estão a indicar valor bem maior, pois o que não foi
PAGO não pode ser inserido em prejuízo, mas em correto
saneamento bem cumprido pela atual administração.
24.F. Para tal basta que um procurador
isento, que não foi parte, e não tenha sido patrono das partes
passivas e legítimas da inicial, com assinatura do Sr. Edil, o
atual ilustríssimo Prefeito da atual administração, SENHOR
MARCELO VAQUELI (fls.1.653) e será informado por ofício. As
partes só poderão impugnar com outro documento oficial que
tenha maior exatidão, a ser considerado pelo Juízo de 1º Grau.
24.G. Desde já, temos nos autos que a
alegação do nobre causídico do Sr. DANIEL e da EDITORA
FLOR DO VALE JORNALISMO COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO
LTDA., que afirmou que ambos deixaram de RECEBER a
quantia de "R$83.253,99' (vide fls. 1678 - a 11ª lauda do
RECURSO de APELAÇÃO do Dr. CHANDLER ROSSI de suas
12(doze) laudas, e documentos (fls.1.682 à fls. 1692), porém
entre tais documentos inexiste quaisquer provas sobre o que
deixou de receber.
24.H. Daí, que se abre a oportunidade
de ambas as partes fazerem seus esclarecimentos. Ao final,
este não PAGAMENTO também deverá ser homologado em 1º
Grau, e tal valor será DESCONTADO do REAL PREJUÍZO,
apesar do ato de ser SALUTAR e de atual ADMINISTRAÇÃO, e

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não deverão ser computados no REAL PREJUÍZO. Tal redução


vem à luz graças o excelente PARECER DO DOUTO
PROCURADOR de JUSTIÇA, em minha interpretação, do que
bem observou, ao dizer que o desconto "não exclui a
ilegalidade, tendo o condão de apenas reduzir o valor da
reparação de dano e do valor da multa civil" (sic. fls. 1654).
Tais providências, PRESERVAM o DEVIDO PROCESSO LEGAL
e A APURAÇÃO REAL dos FATOS, que também é princípio de
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA e estão em consonâncias, as
necessárias DILIGÊNCIAS já antecipadas pela R. Sentença de
1º Grau, conforme sua Parte Final e Dispositiva.

25. Ocorre que posteriormente a atual


administração retorna, tendo em vista a INTERVENÇÃO do
TRIBUNAL DE CONTAS afirmando que o DIÁRIO de TAUBATÉ
não possuía CNPJ, e seria considerado jornal "clandestino" a
GAZETA DE TREMEMBÉ ou GAZETA dos MUNICÍPIOS, ambos
de propriedade dos corréus DANIEL DOMINGUES RIBEIRO e
EDITORA VALE DO SOL - JORNALISMO, COMUNICAÇÃO E
PROMOÇÃO Ltda. ME, conforme "DEFESA PRELIMINAR" do
nobre causídico (fls.695 à fls. 705) e documentos de fls. 708 à
fls.779, além das regulares procurações dos corréus e
esclarecimentos na sua petição, sobre os valores oscilantes dos
pregões, importantíssimos documentos que são do JORNAL "A
GAZETA dos MUNICÍPIOS", de circulação regional (fls. 760 à
fls. 772), e do TABLOIDE "A GAZETA do TREMEMBÉ" (fls.773 à
fls. 779).

26. Além destas documentações


esclareceu na DEFESA PRELIMINAR que o 1º jornal por circular
em todo o VALE do PARAÍBA, REGIÃO SERRANA e Região do

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LITORAL NORTE, já o tabloide como o nome diz circula no


Município e COMARCA de TREMEMBÉ (fls. 775 à 779). E, que
o DIÁRIO de TAUBATÉ - fls. 757) que ganhou a carta convite
com o preço menor de todos os demais concorrentes, cujo
preço era de R$0,45 (quarenta e cinco centavos), acabou
encontrando impedimento pelo comunicado do Tribunal de
Contas (fls.745 à 749) e outros documentos importantes, pois
esta empresa de comunicação não tinha registro de CNPJ e
seria, nos termos da Lei de Registros Públicos, clandestina.

27. O pregoeiro e testemunha MARCO


AURÉLIO DUARTE DOS SANTOS (fls.1.177 à 1.193) teria dado
uma solução prática, que na falta de comparecimento de no
mínimo 3 jornais, o melhor é publicar (fls. 1.188). Parecia de
bom senso tal indicação, mas quanto custaria aos cofres
públicos dos municípios e Comarcas que tem tais RESOLVERIA
a publicidade com o D.O.E.. Ocorre que o patrono da EDITORA
FLOR do VALE em sua DEFESA PRELIMINAR tal
esclarecimento anexando a sua peça, o documento de fls. 732
onde se vê o preço é de R$92,19, nos dias úteis.

28. É certo que a atual administração


do Prefeito em Exercício encontrou uma fórmula de convocar
todos os jornais de circulação diária, via site e pregão
eletrônico. Creio que algum funcionário da Prefeitura lembrou
que pelo "SITE" poderiam fazer pregão, tal como constou do
DEPOIMENTO de MARCO AURÉLIO (fls.1.185), além do
CONVITE, não só para as 3 (três) concorrentes, que é a mínima
exigência legal. Mas, sim quantas estiverem previamente
cadastradas. Assim, se houver 10 (dez) cadastradas, mandam
CONVITE para estas 10 (dez) concorrentes. E, há documento

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que faz menção ao site do município que é


www.tremembe.sp.gov.br (documentos de fls. 741 à 744 ), daí,
o aviso de que haverá pregão chega mais rápido e a maior
número de concorrentes.

29. E, ainda, fixam o EDITAL do


CONVITE no MURAL (fls. 1.185) da PREFEITURA. Os cadastros
dos concorrentes estão bem atualizados, encontram mais
ressonância, e, ainda, que, os legalistas possam reclamar, da
validade ou não como "CONVITE" por carta de correio normal.
Ocorre que nos últimos PREGÕES "ON LINE" mais jornais têm
concorrido, até os de grande circulação e bem renomados desta
Capital concorrem, e é lógico que não é tão caro como o D.O.E.

30. Veja que o renomado jornal VALE


PARAIBANO tem 1 preço razoável de R$4.00 por linha (fls.727),
nos dias úteis. E, são em tais dias que devem ser efetuadas as
publicações municipais. Mas, ainda, o preço é por linha,
enquanto as publicações da Prefeitura são por coluna e
centímetros lineares.

31. Verifico que o advogado do Sr. JOSE


A.BARROS NETO e SR. ARLINDO AUGUSTO TOSTI, que é o
único causídico que não recorreu. Ocorre que estes senhores
também são advogados, e como tal, têm mais conhecimentos
que as pessoas comuns, e portanto, estão mais conscientes de
tais consequências, e de suas omissões. É bem possível que
diante das razões de apelação dos demais corréus DANIEL
DOMINGUES RODRIGUES, DOLORES RUSSO, que são os
sócios da Editora FLOR do VALE - JORNALISMO,
PROMULGAÇÃO Ltda. e do patrono das demais corrés, que

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envolvem questões de ALTA INDAGAÇÕES e de requerimentos


de nulidades com base em preceitos CONSTITUCIONAIS
deixarem de recorrer, para que fossem beneficiados por
anulações que seriam estendidas a eles.

32. Inclusive porque só o réu JOSÉ A.


BARROS NETO deve a PENA APLICADA de afastamento
eleitoral por 6 (seis) anos. Mas, sendo ele, advogado e político
experiente sabe bem quais consequências. As rés MEIRE e
VALERIA MAIRA que são funcionárias públicas, deveriam se
submeter as orientações superiores, tanto do Sr. Prefeito na
época JOSÉ ANTONIO BARROS NETOS, como ao menos um
responsável direto da COMISSÃO de LICITAÇÃO. E, há
importantes documentos oficiais e prova oral, no sentido de que
de fato que o corréu ARLINDO AUGUSTO TOSTI (fls.1.338) por
ser o "Presidente da Comissão" e em vários outros documentos
semelhantes dos autos como o de fls. 1296 à fls. 1299 e
fls.1312 à fls. 1.315, 1.335, 1337 e 1339, fato documental não
negado por seu patrono.

33. Temos mais 2 (duas) funcionárias


públicas que eram membros da COMISSÃO de LICITAÇÃO, as
Sras. Melissa R. Góes Gobo (esta é a Coordenadora da
Comissão, conforme fls. 1268 à fls. 1275 e fls.1.371 à 1.373) e
de fls.1396 e outros (Coordenadora Técnica de Licitações e
Contratos) e Débora Patrícia S. Barros (provavelmente parente
do ex-prefeito, pois tem igual sobrenome), o que aumenta a
RESPONSABILIDADE do corréu JOSÉ ANTONIO BARROS
NETO, que deveria saber mais do que os outros superiores, que
são servidores públicos, do que de fato ocorria na licitação. E,
há, ainda, outro superior hierárquico de ambas que é o Sr.

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Wilson do Amaral (fls. 1.376), que é o Procurador Técnico do


Contencioso Administrativo (fls. 1374), o qual convalidou de
R$59.300,00 (valor confirmado também pela Coordenadora
Melissa - fls.1371) firmados em 05.06.2009), daí, que em
29.09.2009 foram pagos dois valores que somam R$14.825.00.
Além destes, há a Chefe de Gabinete, Sra. Maria de Fatima
Leite Santos (fls.1256) que deve ser a mesma Fatima Leite
(fls.1.370), porém este cargo também se referem a atos
praticados em 2.009, época em que teve 3 (três) empresas
concorrentes e não constam irregularidades, e não é objeto da
inicial, já que as Cartas Convites suspeitas são a partir de
2012.

34. Nenhuma destas 4 (quatro) pessoas


são partes legítimas passiva nos autos, daí, não cabe estender
comentários, ainda, que houvesse prova documental e oral
indicando suas participações (direta ou indireta). Ademais, o
pregoeiro oficial esclareceu que elas já não são mais servidores
municipais.

35. Já no caso das corrés MEIRE


XAVIER SIMÃO e VALÉRIA MARIA GASCH RECABARREN que
contém pedidos NEGAÇÃO de COAUTORIA tal como
REQUEREU em MEMORAIS FINAIS e nos Embargos de
Declarações e nas razões recursais. Com relação a corré
MEIRE XAVIER SIMÃO há documento que demonstra sua
atuação (fls.1.386), esta se deu em prol da PREFEITURA, pois
pelo documento que assina como "Encarregada Administrativa
do Setor de Licitações" ela evitou que o preço previamente
compactuado tivesse o acréscimo previsto de 25% (sic. fls.
1.386). Assim, como atuou, nesta nova administração do atual

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prefeito com o fim de diminuir o valor pago à EDITORA FLOR


DO VALE - JORNALISMO, um valor módico que diminuiu de 3
(três) a 4 (quatro) vezes o valor que vinha sendo praticado. E,
tal foi reconhecido pelo M.P. em ambas as instâncias. Entendo
que a atitude não colaborou com a proposta superfaturada, pelo
contrário DESCLASSIFICOU por 2 (dois) motivos legais a
EMPRESA EDITORA FLOR DO VALE JORNALISMO
COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO LTDA. E, ainda, por seu
PATRONO comprovou pelos DOCUMENTOS que a EMPRESA
JORNALÍSTICA DE TAUBATÉ E REGIÃO Ltda. ME, tem CNPJ,
conforme cadastro fiscal simplificada (fls.1.066 à 1.079) e que
inclui a legalidade do JORNAL DIÁRIO DE TAUBATÉ (fls.1.075).

36. E, demonstra que se fazia ao que


não devia antes, era porque tinha que se submeter aos seus
superiores, daí, sua conduta é de inexigibilidade de conduta
diversa. Pois, nas Prefeituras do interior de S. Paulo, não são
poucos os chefes do executivo que ainda agem como os
“coronéis” da época do Governo de Getúlio Vargas. E, se ela,
Procuradora, devia se submeter a Prefeito JOSÉ ANTONIO DE
BARROS NETO e ao Presidente da Comissão ARLINDO
AUGUSTO TOSTI, também a funcionária VALERIA MARIA devia
se submeter a tais ingerências. Afinal, pelos pedidos incidentais
de seu patrono, inclusive pedindo justiça gratuita por elas, o
qual foi negado. Embora há nos autos documentos da Prefeitura
que comprovam que seus salários são módicos, e não
apresentam sinais exteriores de riqueza, havendo até pedido de
assistência judiciária gratuita, que foi indeferida em 1ª
Instância, e do qual não foi agravado. E, que estas me
pareceram mais realísticos que os demais pedidos dos réus
DANIEL e JOÃO ANTONIO, ex-Prefeito.

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37. Daí, que é possível que tenham agido sobre


coação na relação de trabalho provocada pelos seus
superiores, o ex-prefeito JOSÉ ANTONIO BARROS NETO e o
presidente da comissão, ARLINDO AUGUSTO TOSTI. É bem
provável que praticaram assédio trabalhista.

38. A questão da impugnação de ser o jornal de


circulação diária, temos documentos de fls. 711 à fls.714 de
pessoas comuns que recebem diariamente o jornal. Mas, o
pregoeiro oficial fez diligências nas bancas de jornal, obteve
respostas que os donos das bancas não o recebem diariamente,
assim como também bem diligencia a corré MEIRE, e obteve
informação que as bancas mencionadas não recebem o jornal,
ou recebem 1 (uma) vez por semana, o que torna duvidosa a
sua circulação diária, e também a sua real tiragem e seu
alcance de fato.

39. Mas, o próprio tabloide GAZETA de


TREMEMBÉ não afirma que faz entregas nas bancas, mas para
a distribuição dirigia cobra R$0,50 ou entrega por CORTESIA
aos publicantes (o que pelo Código do Consumidor é
OBRIGATÓRIO), e aí, depende do interesse ou busca da
própria banca na sede da editora, ou acordos de cavalheiros e
até amizade. Posto que o jornal menciona sua circulação diárias
nas Prefeituras, câmaras e cartórios extrajudiciais. Daí, que as
diligências dos pregoeiros são verdadeiras, mas não
desmentem a autoafirmação do jornal.
40. Na questão do MÉRITO, a R. Sentença
aplicou, CORRETAMENTE as penas previstas na lei, quanto ao
VALOR aquilatável, a R. Sentença de fls.1623 deixou claro que

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o réu "JOSÉ ANTONIO DE BARROS NETO por ato de


improbidade administrativa às penas de (I) ressarcimento
integral do dano, correspondente a tudo o que a
MUNICIPALIDADE despendeu à EDITORA FLOR DO VALE no
pagamento da Carta Convite 15/13 e de seus aditamentos,
solidariamente com os outros condenados; (II) multa civil de
duas vezes o valor do dano, qual corresponderá a tudo o que a
MUNICIPALIDADE despendeu à EDITORA e suspensão do
direito de contratar ou de prestar serviços aos municípios e
autarquias por seis anos (meu grifos)."

41. Tal pena também deve ser aplicada ao


PRESIDENTE da COMISSÃO, Sr. ARLINDO AUGUSTO TOSTI,
ou seja, deve ficar com seus direitos políticos suspensos por 6
(seis) anos.

42. - Verifico que sempre quem retira o "PRÓ-


LABORE" mensal na PREFEITURA é o corréu DANIEL
DOMINGUES DE RIBEIRO, conforme vários documentos
juntados aos autos, os quais são xerocópias, mas que estão
devidamente REGISTRADOS na JUNTA COMERCIAL.

43.- Assim, entendo que por não ter auferido


nenhuma vantagem deste superfaturamento, DOU
PROVIMENTO a APELAÇÃO em favor da Sra. DOLORES
RUSSO por não ter auferido qualquer vantagem econômica,
direta, embora seja sócia da empresa EDITORA FLOR DO
VALE. Mas, não atuou, diretamente, se não agiu, inexiste
tipicidade, pois conforme doutrinas respeitáveis, as penas das
improbidades administrativas, se aplicam aos agentes públicos
e privados que agem por CULPA (conforme argumento do

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magistrado HERALDO GARCIA VITTA, "apud" CELSO A.


BANDEIRA DE MELLO (rodapé de página 885 - 33 ª edição,
agosto de 2016), ou ao menos por voluntariedade (tal como nas
contravenções penais),- em Teses dos Doutrinadores Régis
Fernandes de Oliveira e Daniel Ferreira, e esta corré nunca
esteve presente nos pregões e nem nos CONVITES, e como
não é servidora pública, não pode ser atingida por omissão,
pois não tem nenhum dever público, e não consta que tenha
comparecido em tais concorrências públicas.

44. Já bem ao contrário, é a atuação DOLOSA do


Sr. DANIEL DOMINGUES RIBEIRO, o qual conforme documento
de fls. 64 foi quem requereu a DESCLASSIFACAÇÃO da
EMPRESA JORNALÍSTICA DE TAUBATÉ E REGIÃO que
apresentou os melhores PREÇOS (vide fls. 63) em que dariam
uma diferença de 4 (quatro) vezes menor para o período de
abril 2013 a março 2014 (no valor de R$0.90), e de 9 (nove)
vezes menor de abril 2014 a agosto de 2.014 (no valor de
R$0,45 por centímetro e coluna), enquanto o PREÇO do Sr.
DANIEL é de R$3,97. Já a partir de setembro de 2014, o valor
seria de R$1,15 (três vezes mais barato).

45. E, diante de tal impugnação a PROCURADORA


CHEFE MEIRE XAVIER SIMÃO aceitou a CLASSIFICAÇÃO do
PREGOEIRO em FAVOR da EMPRESA JORNALÍSTICA DE
TAUBATÉ E REGIÃO, daí, que esta corré não teve nenhuma
participação ativa em favor da EDITORA FLOR DO VALE
JORNALISMO... Ltda., pois em 16 de setembro de 2014 deu um
parecer contrário (fls.57 à 61) a este empresa, cuja
DESCLASSIFAÇÃO fora efetuada pelo corréu DANIEL, este
deveria ter acordo informais com o ex-prefeito e o presidente da

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comissão. Ademais, a procuradora diligenciou por telefone às


bancas que o próprio JORNAL GAZETA DOS MUNICÍPIOS cita
como seus parceiros, e uma disse que recebe tal jornal uma vez
por semana, e a outra banca nunca recebe. Daí, deduziu que o
jornal não tem real circulação diária. Suas menções a tais
bancas estão à fls. 59; e de fato no documento de fls. 52
constam a "Banca do Roberto, em Santa Branca e a Banca da
Praça, na Praça Epaminondas - em Taubaté" (documento em
xérox de fls.52), documento não impugnado por nenhuma das
partes envolvida. Ademais, o documento de fls. 1060 (xerocópia
de melhor qualidade) também deixa claro que tais bancas são
parceiras da corré EDITORA FLOR DO VALE JORNALISMO
COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO Ltda., e dos jornal "GAZETA
DOS MUNICÍPIOS" e do seu tabloide "GAZETA DO
TREMEMBÉ".

46. O Sr. DANIEL se ajustou aos pregões


seguintes aos preços mais módicos dos demais concorrentes ao
baixar para os seus valores para R$0,87 e R$0,97, os quais
resultariam em um total para 60 (sessenta) dias,
respectivamente, nos valores de R$146.160,00 e R$162.960,00,
em 27 de agosto de 2014 (fls. 49). Apesar destes menores
preços, o pregoeiro e mais 3 (três) servidores
DESCLASSIFICARAM a GAZETA DE TREMEMBÉ por não haver
circulação diária e não ser localizáveis nas 2 (duas) bancas de
jornais central da COMARCA de TREMEMBÉ, em 09 de
setembro de 2014 (documento de fls. 50/51). Porém, deve ter
ocorrido recurso, e a corré EDITORA FLOR DO VALE
JORNALISMO... Ltda. ME, deve pelo seu sócio, Sr. DANIEL
DOMINGUES RODRIGUES, deve ter recorrido, aos superiores
da Sra. MEIRE e lá através das influências do Sr. JOSÉ

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ANTONIO BARROS NETO (o ex-Prefeito) e o Sr. ARLINDO


AUGUSTO TOSTI devem ter dado ganho, novamente.

47. O que fez a empresa de DANIEL se tornar


vencedora, foi outra coincidência, é que o TRIBUNAL de
CONTAS, advertiu a PREFEITURA da Comarca de TREMEMBÉ
sobre a constatação de que o JORNAL seria clandestino e
mandou cópias de decisões de mandados de segurança que
negaram tal direito a outra PREFEITURA, conforme documentos
esclarecidos do seu nobre causídico (fls.708 à fls.779)
pugnando elas absolvições deste seu cliente e das corrés
DOLORES e EDITORA FLOR DO VALE JORNALISMO
COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO Ltda. ME. E, como veremos à
frente, nas próximas laudas, tem razão quanto à inexistência de
ação voluntária ou culposa da ré DOLORES RUSSO que tais
como as demais corrés não há indícios de que tenha atuado em
coautoria com os demais corréus, e a empresa privada
EDITORA FLOR DO VALE.

48. Então, declaro os corréus JOÃO ANTONIO


BARROS FILHO, ARLINDO AUGUSTO TOSTI, DANIEL
DOMINGUES RIVEIRO dos quais se mantem a r. Sentença,
devem a devolver a importância a ser apurada,
SOLIDARIAMENTE (em atenção ao pedido de fls.1.894 e fls.
1.895), no DOBRO do VALOR que for ao final APURADO em
posteriores cálculos de execução, sejam INTIMADOS,
pessoalmente, por MANDADO DE INTIMAÇÕES expedidos e a
serem cumpridos por OFICIAL de JUSTIÇA em face às
autoridades envolvidas, as partes e a população trabalhadora e
honesta da Comarca não podem ficar no aguardo de uma lide
simples, mas que devido aos seus 10 (dez) volumes (até aqui),

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consistem em um esforço maior.


49.A. Tão logo haja HOMOLOGAÇÃO do JUÍZO
de origem as partes deverão ser manifestar no prazo legal, sob
pena de PRECLUSÃO. Tornando líquido e certo o prejuízo a ser
indenizado.
49.B. No pedido inicial, o M.P. REQUEREU
ainda, e obteve o BLOQUEIO de R$1.500.000,00 para saldar a
dívida. No início não se sabia se todas as 6 (seis) pessoas
físicas, e 1 (uma) MICROEMPRESA proprietária de 2 (dois)
periódicos diários teriam sanções aplicadas contra si. Agora
temos 4 (quatro) os condenados, se considerarmos os 2 (dois)
periódicos como uma única pessoa jurídica, que devem suportar
o total de prejuízo, de forma solidária, então, bastariam os bens
bloqueados. Tal prejuízo pode ser acrescido, por correções
monetárias se eventuais recursos até o 3º grau, e o EFETIVO
TRÂNSITO E SEU CÁLCULO FINAL HOMOLOGADO, ainda,
continuar a ser questionado, mas os BENS BLOQUEADOS
assim ficarão. Até que valores monetários do valor homologado
for depositado para RESSARCIMLENTO IMEDIATO da
PREFEITURA, após 15 dias, sob pena de terem que pagar a
MULTA de 10%, conforme estabelece do CPC.
49.C. Desta forma o VALOR acobertado pelo
pedido inicial de BLOQUEIO de BENS de R$1.500.00,00 é o
LIMITE do valor MÁXIMO do prejuízo do VALOR da AÇÃO.
Ocorre porque de fato o VALOR pode ser maior que o
mencionado na PETIÇÃO INICIAL do M.P. Então o aparente
"plus" do que será calculado para se obter o valor dentro da
VERDADE REAL (princípio de direto administrativo) não
significa julgamento "EXTRA PETITA", conforme resumo de
ementas trazidas à colação por THEOTONIO NEGRÃO e JOSÉ
ROBERTO F. GOUVÊA, LUIS GUILHERME A. BONDILI e JOÃO

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FRANCISCO N. da FONSECA:
49.D. Em comentário ao Art. 492 do CPC.
(na página 518, da obra NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL,
2016, 47ª EDIÇÃO): "Todavia, quando o autor se limita a trazer
um valor mínimo para orientar o arbitramento requerido ao juiz,
fica autorizada a fixação em montante superior ao indicado na
petição inicial (STJ - 3ª Turma, R.Esp.767.307, Ministro
MENEZES DIREITO, julgado em 06.12.2006. Em iguais
entendimentos são os R.Esp.819.568, em julgamento de
18.6.2010 da Ministra NANCY ANDRIGHI e nos Embargos de
Declaração 883.625 do Ministro TEORI ZAVASKI, julgado em
11.05.2007, e outro DOUTO JULGAMENTO deste Ministro,
ainda, no S.T.J., em julgamento de 22.05.07 no R.Esp.887.881).
49.E. E, por analogia, ao dano em ação
de dano ambiental, temos que há a orientação, conforme página
1022, em comentário ao Artigo 19, especificamente "19.4 :- O
valor da causa em ação civil pública para ressarcimento de
dano causado... deve ser fixado por estimativa e pode ser até
maior que o da propriedade onde ocorreu o fato (JTJ 208/178).

Nestes termos:

A) Dou provimento os recursos das rés MEIRE


XAVIER SIMÃO, VALERIA MARIA GASH RECABARREN e
DOLORES RUSSO, esta embora seja sócia da empresa
EDITORA FLOR DO VALE, JORNALISMO COMUNICAÇÃO E
PROMOÇÃO Ltda., não teve nenhuma participação ativa, nem
culposa e nem voluntária, e não sendo funcionária pública não
pode ser alcançada por omissão. Apesar de que será atingida
na sua EMPRESA, pois seu sócio DANIEL DOMINGOS RIBEIRO
não teve igual procedência recursal, embora seja um só patrono

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de ambos e desta Pessoa Jurídica. Além da multa de 10% se


não pagarem em 15 (dias) a contar da intimação da
homologação judicial. Portanto até aqui além do
superfaturamento bem narrado pela acusação encontramos
valor superior.

B) NEGO PROVIMENTO ao recurso de Daniel


Domingues Ribeiro e deixo assentado que os corréus JOSÉ
ANTONIO BARROS NETO, ARLINDO AUGUSTO TOSTI e
DANIEL DOMINGUES RIBEIRO, arcarão com a multa civil do
dobro do prejuízo causado, de forma solidária, cujo VALOR real
será, ainda, apurado, em perícia no 1º grau.

C) DOU PARCIAL PROVIMENTO ao APELO


do Ministério Público para aumentar a pena de ARLINDO
AUGUSTO TOSTI que não poderá ser candidato a nenhum
cargo eletivo por 6 (seis) anos, bem como seja decretada a
perda de sua função pública e lhe seja vedado participar de
futuras Comissões de Licitação. Ficam canceladas as penas
aplicadas pela r. sentença com relação às corrés MEIRE,
VALERIA MARIA e DOLORES, por não terem participado de
nenhuma forma, nem voluntário e nem culposa, das fraudes
dolosas de superfaturamento praticados pelos corréus JOSÉ
ANTONIO BARROS NETO, ARLINDO AUGUSTO TOSTI E
DANIEL DOMINGUES RIBEIRO e sua empresa a EDITORA
FLOR do VALE - JORNALISMO, COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO
Ltda. ME.

A empresa EDITORA FLOR do VALE


JORNALISMO COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO Ltda. ME. não
poderá mais contratar nem DIRETAMENTE e nem pelos jornais

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de sua propriedade O JORNAL GAZETA DOS MUNICÍPIOS e o


TABLÓIDE GAZETA de TREMEMBÉ.

49.F) E, faço RECOMENDAÇÕES, nas ordens


cronológicas ao TRIBUNAL de CONTAS (F- H- e 4 primeiras
consultas); e ao Ilustríssimo Sr. Prefeito (fls.50 à 58) da atual
administração à Douta Juíza da 1ª Instância (itens 61 à 68,
com destaque a atenção da necessidade que Primeiro deve ser
intimado o atual Prefeito, antes de todas as partes: autoria e
réus, - para cumprir aqueles itens de 50 à 58 -; e aos
PERITOS, e seus eventuais assistentes, e aos patronos (se
quiserem que seus assistentes participem de todas as
diligências, estes não poderão sair antes do 1º encerramento da
data inicial, pois se houve a necessidade de retorno, só através
do perito judicial é que saberão da continuidade ou não, assim
indiquem quem terá o tempo integral para as diligências, e que
não tenham outros compromissos profissionais, familiares ou
pessoais, a indiferença com os términos do trabalho, precluirá
com a sua ausência pelo desinteresse nestas apurações), E,
portanto que tenham ciência do inteiro teor das DILIGÊNCIAS
aqui determinadas, com redobradas atenções aos itens 55 e
seus subitens; diligências de localizações dos documentos
relativos aos autos e itens 65 à 67, e seus desdobramentos
futuros, nos itens finais.
49.G) A 1ª É AO TRIBUNAL DE CONTAS e se divide
em ETAPAS:

ETAPAS denominadas "F, G: g1 à g4, e H: h1 à h.9"; e as


1As. às 4As. CONSULTAS, que seguem:

F.1.: DILIGÊNCIAS deste Respeitabilíssimo TRIBUNAL de

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CONTAS se há outros Pregões eletrônicos ou presenciais onde


a pessoa jurídica EDITORA FLOR DO VALE JORNALISMO
COMUNICAÇÃO PROMOÇÃO Ltda. ME, e seu sócio DANIEL
DOMINGOS RIBEIRO, pois nos autos há inúmeros documentos,
onde esta corré pelo seu sócio já mencionado tem afirmado que
seus periódicos têm circulações diárias. E, circulação diária,
não se comprovou, assim como não há certeza de distribuição
nem nas bancas que indica no jornal; e que são o jornal
"GAZETA DOS MUNICÍPIOS" e o tabloide "GAZETA DE
TREMEMBÉ". E, como tem obtido êxito em convites e pregões
de concorrências públicas junto de várias Prefeituras e
Câmaras, e que tais periódicos, com estes nomes, e todos que
forem de propriedade do Sr. DANIEL DOMINGUES RIBEIRO, e
esta microempresa, através destes periódicos não podem mais
RENOVAR nenhum contrato com as Prefeituras e suas Câmaras
aqui nestes autos cito, como exemplo:
F.2- A Comarca e Câmara de S. LUIZ DO PIRATINGA
F.3- O MUNICÍPIO de REDENÇÃO DA SERRA (provavelmente,
da Comarca de Taubaté)
F.4- O MUNICÍPIO de LAGOINHA (provavelmente, da Comarca
de S. LUIZ DO PIRATINGA).
F.5 O MUNICÍPIO de MONTEIRO LOBATO (provavelmente, da
COMARCA de S. JOSÉ dos CAMPOS).
F.6- Há, necessidade de outras DILIGÊNCIAS deste
Respeitabilíssimo TRINBUNAL de CONTAS, em face ao
PERIGO potencial de até haver mais outras CIDADES E
COMARCAS, PREFEITURAS e CÂMARAS, já que o jornal
"GAZETA DOS MUNICÍPIOS", auto declara-se, ter de circulação
diária, e que "cobre todo" o VALE do PARAÍBA, o LITORAL
NORTE e a REGIÃO SERRANA. E, diante disto pode HAVER
outros MUNICÍPIOS e COMARCAS que estariam dando ganho

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de pregão eletrônico, ou pregão presencial a estes jornais de


propriedade do SR. DANIEL DOMINGUES RIBEIRO ou a
empresa do qual é sócio a EDITORA FLOR DO VALE
JORNALISMO COMUNICAÇÃO EVENTOS Ltda. ME.
F.7: Oficie-se ao TRIBUNAL DE CONTAS para apurar os
contratos que por ventura existam com as PREFEITURAS
citadas no Itens 55 n."F.1 à F.7" e de outras (que não constam
dos autos), para suspender as renovações futuras, a partir da
ciência de seu comunicado, a todas as demais que já tiveram
RECONHECIMENTO de PARECERES deste Tribunal de que
seus "sites" cumprem a legislação do "PORTAL de
TRANSPARÊNCIAS", inclusive por ter atualização DIÁRIAS, em
todos os dias úteis, em similaridade com os DIÁRIOS OFICIAIS
do ESTADO ou da UNIÃO.
ETAPAS G) Uma indagação de certa relevância sobre as
publicidades mais práticas e baratas, e sem a duvidosa situação
de circulação diária.
g.1) Assim elaboro autêntica CONSULTAS, em favor de todas
as Prefeituras do interior e suas boas administrações, do
interior de S. Paulo.
g.3) À todas as demais que já tiveram RECONHECIMENTO de
PARECERES deste Tribunal de que seus "sites" cumprem a
legislação do "PORTAL de TRANSPARÊNCIAS", inclusive por
ter atualizações DIÁRIAS, em todos os dias úteis, em
similaridade com os DIÁRIOS OFICIAIS do ESTADO ou da
UNIÃO.
g.4) E, assim, tenham plena DISPENSAS de publicações em
jornais, que são MICROEMPRESAS (e considerados de
pequeno porte), e de quaisquer outros, DIMINUÍDO as suas
despesas, e evitando as fraudes, de auto declaração de
circulação diária, e de mera declaração de disponibilidade de

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circulação das bancas de jornais, quando podem


POTENCIALMENTE não ser REAL. E, que o PREÇO MENOR
oculta irregularidades nem sempre apuráveis, devido à
complexidade de se diligenciar, pelas comissões processantes.
Já que as publicidades diárias, e sua correta DISTRIBUIÇÃO
custam e oneram, e assim DIMINUEM seus PREÇOS,
REALMENTE, mas descumprem tais obrigações.
H: E, CONSULTO À PRESIDÊNCIA e ao menos mais 2 (dois)
CONSELHEIROS sorteados, SALVO se houver ORIENTAÇÃO
QUE DEVIDO as questões simples e outras não tão simples,
devam ter mais CONSELHEIROS, conforme resoluções e
portarias (grifei) deste Respeitabilíssimo TRIBUNAL DE
CONTAS para FORMAREM PARECER sobre a TESE JURÍDICA
que EXTRAI, em face às interpretações que concluí, pelas Bem
Elaboradas lições do JUIZ FEDERAL da 17ª Juiz Federal DR.
MARCELO GUERRA MARTINS, o qual além Mestre pela USP foi
Juiz Auxiliar e Instrutor do Gabinete do Ministro Ricardo
Lewandowski, em sua Excelente Monografia : "Portais da
Transparência e o Controle Social das Finanças Públicas" -
Páginas 55 à 68, que foi publicado no CADERNOS JURÍDICOS
da ESCOLA PAULISTA da MAGISTRATURA - DIREITO
TRIBUTÁRIO e FINANCEIRO e em sua conclusão ao final deixa
claro que :
h.1) A obrigação de divulgar as contas no formato eletrônico,
pioneiramente determinado pela Lei 9.755/98, foi considerada
constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da
ADIN 2.198 (grifei). Essa obrigação passou a constar também
de dispositivo de lei complementar, no caso o Art. 48 da Lei de
Responsabilidade Fiscal (L.C. 101/2000), com a redação dada
pela LC.131/2009, sendo por fim igualmente objeto da LEI
12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação no

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âmbito da Administração Pública.


h.2) Assim, diante destas leis positivas em pleno vigor, do
posicionamento do S.T.F., e destas leis recentes, as últimas
são de 2009 e 2011 (grifei) passo A CONSULTAR o
PRESIDENTE e seus CONSELHEIROS se não seria possível
NOS CASOS de haver PUBLICIDADE nos sítios ou "SITES"
ELETRÔNICOS, EXCLUSIVAMENTE, de todas as
PREFEITURAS do interior de S. Paulo, e em seus ATRIOS e
MURAIS. Porém, sem publicações nos jornais de pequenos
portes, tanto que são micro empresas cujas reais circulações
diárias são suspeitas, e não são dignas nem de certeza, e muito
menos de fé, sobretudo por serem empresas privadas, seus
objetivos não é ser tão verdadeira, mas sim de obter lucros, o
que não se COADUNA com os PRINCÍPIOS DE DIREITO
ADMINISTRATIVOS que todas AS BOAS ADMINISTRAÇÕES
MUNICIPAIS são dignas de fé, ao contrário das publicadoras
privadas, além do que tais MICROEMPRESAS dão um VALOR
DE MERCADO menor, porém abaixam-no, em face à dificuldade
de manter a publicações diárias, e sua ampliação nas
distribuições de bancas de jornais. Tanto é assim que a Pessoa
Jurídica, EDITORA FLOR do VALE JORNALIMO Ltda ME.,
afirma em seus jornais que sua circulação é feita nas
Prefeituras e Câmaras Municipais, porém nas bancas em que
afirma que o faz, em diligências da Sra. MEIRE não encontrou
verdade. Pois, uma não recebia, e a outra só recebia
mensalmente. Este seria a "distribuição diária" do jornal
"GAZETA DOS MUNICÍPIOS" e do tabloide "GAZETA d
TREMEMBÉ".
h.3) E, assim passem a PERMITIR, ao menos, que as formas de
concorrências públicas que cito abaixo, sejam plenamente
dispensáveis de publicações em jornais, pela modernidade em

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que estamos envolvidos, e suas legislações, já que os temas


mais importantes que SÃO AS CONTAS PÚBLICAS e SUAS
RESPONSABILIDADES FISCAIS as legislações PERMITEM O
acesso AOS PORTAIS de INFORMAÇÃO, o que só falta é dar
estas publicações a CERTEZA de que sejam ATUALIZADAS
DIARIAMENTE e que cumpram TODOS OS PRAZOS LEGAIS. E,
tendo em vista que até grandes jornais europeus, americanos e
brasileiros, como por exemplo, o excelente JORNAL do BRASIL
do RIO de JANEIRO permanece existindo apenas por endereço
eletrônico, e não mais impresso.
h.4) Creio que com isto estaríamos, sobretudo, concentrados
em menor despesas a todas administrações municipais e
atualizando e cumprida as leis mais recentes sobre a questão
de dar PLENA PUBLICIDADE, em um mundo em constante
transformação.
h.5) E, como PRINCÍPIO de PUBLICIDADE SEGURA E SÉRIA
cito o exemplo de todos os DIÁRIOS OFICIAIS do ESTADO, do
EXECUTIVO, DOS JUDICIÁRIOS (ESTADUAIS E FEDERAIS),
do STJ e do STF (RESOLUÇÃO 341 de 16.04.2007 - que criou
o DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO) e RES. 350 de 29.11.2007 o
recebimento da Petição Eletrônica, e RESOLUÇÃO N.8, de
20.09.2007 do S.T.J. que institui o DIÁRIO OFICIAL de
JUSTIÇA.
h.6) Talvez as PREFEITURAS tenham que instituir os seus
DIÁRIOS OFICIAIS para seguir estes bons exemplos, por
simples DECRETOS dos Senhores PREFEITOS.
h.7) Então, CONSULTO, se ao menos, quanto às TEMÁTICAS
abaixo PODERIAM ser efetuadas, com EXCLUSIVIDADE, sem
jornais de pequeno, médio e grande porte.
h.8) Não sei se poderiam avançar quanto à todas as
LICITAÇÕES, pois nossos TRIBUNAIS de S. PAULO, do S.T.J.

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e do S.T.F. não aprovam pregões eletrônicos para questões


complexas que exijam ENGENHARIAS, e obras que exigem
variações de profissionais e de empresas, como restaurações
das vidas dos rios, tais como os rios TIETÊ e PINHEIROS,
apesar dos esforços do governo estadual, em sentido contrário.
h.9) Daí, que ouso CONSULTÁ-LOS apenas nas questões
abaixo, para serem dispensadas todas as Prefeituras, e não
somente a da COMARCA de TREMEMBÉ de não ser necessário
valer de publicação em jornais que são microempresas, cujo
valor nos pregões satisfazem o preço módico, mas não há a
certeza de sua circulação diária, e nem geral e do número
elevado de tiras, e inexiste REAL FISCALIZAÇÃO destas
tiragens altas, e meramente alegadas, sem provas. Então que
passem a serem ACEITAS AS PUBLICAÇÕES EM SEUS
PORTAIS DE TRANPARÊNCIA, para somente os caso que
passo a expor, e EFETUAR TAIS CONSULTAS de i-1ª à i.4ª:
i-1º) CONVITES;
i-2º) PREGÕES comuns e PREGÕES eletrônicos;
i-3º) REGISTROS CADASTRAIS (Artigos 30, 31 e 36, 34 e
Parágrafos, 37 e Art.51 e 52 da Lei 8.666/93) cominado com o
Art. 5º Inciso LV da Constituição Federal; e, em suas
renovações anuais (Art.34 e seus Parágrafos);
i-4º) O REGISTROS de PREÇOS para concorrências públicas
de bens e serviços por PREGÕES eletrônicos, ou não, de
ACORDO com a Lei 8.666 e seu Artigo 15 e seus Parágrafos
cominado com a Lei n.10.520, de 17.02.2002 seu Decreto
Regulamentar 7.982 de 23.01,2013 e seus artigos 9º e Incisos,
Art. 22 e Parágrafos, e em ANALOGIAS e pelos PRINCÍPIOS
HIERÁRQUICOS das Leis Federais, em FAVOR da COMARCA
de TREMEMBÉ, e que poderá se estender aos demais
MUNICÍPIOS do Interior do Estado de S. Paulo. E,

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principalmente, a SALUTAR previsão do Art.10 e seus


Parágrafos onde os concorrentes passam a REDUZIR ao
MENOR PREÇO (grifos e destaques meus), mas tais excelentes
ideias, são do consagrado autor CELSO ANTONIO BANDEIRA
DE MELLO no seu CURSO de DIREITO ADMINISTRATIVO - 33ª
Edição (grifei), páginas 584 à 593. Aqui interpretadas como
FUNDAMENTOS nestas CONSULTAS, se ao final VINGAREM
como AUTORIZAÇÃO, por este EGRÉGIO TRIBUNAL de
JUSTIÇA.

50. E, para que não haja mais dúvida, então,


as partes poderão formular quesitos e indicar peritos, sendo
que DECLARO que aqui além dos corréus, condenados em 1º e
2º graus, também o M.P., como autor da ação de 1º grau pode
indicar PERITO, assim como a PREFEITURA MUNICIPAL de
TREMEMBÉ (3º interessado), a qual receberá as indicações dos
prejuízos, em seu valor real, e no dobro em razão da sanção
pecuniária e cominada na lei pertinente), podendo até indicarem
um "expert" de comum acordo (O M.P. e a PREFEITURA da
COMARCA de TREMEMBÉ), Mas, cada um deve apresentar
seus quesitos.

51. E ASSIM nomeio o funcionário DINARDI


do PRADO SOUZA, o qual fez a somatória do eventual prejuízo
da PREFEITURA de TREMEMBÉ, porém não incluído a íntegra
dos gastos reais, e tal medida é para que ele REPARE seu ato
anterior (vide fls. 1.654 - chefe da contabilidade).

52. RECOMENDO ao Sr. PREFEITO a


indicar 3 (três) funcionários, e de sua inteira confiança à ficar
disponíveis aos Srs. PERITOS, se preferir e exigir as

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diligências, mais servidores, com atenção total exclusiva para


AUXILIAREM O PERITO JUDICIAL nomeado pela Douta Juíza
para achar todas as documentações necessárias serão eles
que irão separar os documentos mencionados nos itens que
seguirão 61.A.2 e 61.B até 61.D. OUSO SUGERIR o nome dos
Sra. Coordenadora Melissa (aqui mencionada à fls.1371, em
doc. de 05.06.2009), e se, ainda, for servidora municipal a ex-
chefe de Gabinete, Sra. Maria de Fatima Leite Santos (fls.1256,
pois em suas épocas o valor pago em 2 (dois) documentos
foram, em 29.09.2009, pagos dois valores que somam a
quantia de R$14.825.00, isto nos chama pelo valor
MODERADO, o que demonstram que tais SERVIDORAS eram
bem honestas. Porém, se tiverem inimizades ou amizades com
os corréus, o que deverão declara por escrito, que não as tem,
e desde que continuem sendo funcionários do MUNICÍPIO de
TREMEMBÉ devem COLABORAR nas diligências de localizar os
documentos que estaremos DILIGENCIANDO, e todos em
colaboração com o PERITO JUDICIAL nomeado pela JUÍZA DE
1ª INSTÃNCIA, e com a VIGILÂNCIA de 2 (dois) OFICIAIS DE
JUSTIÇA. Todos podem confabular em BUSCA dos
DOCUMENTOS, E, ainda, que haja dúvida da importância de
vários documentos TODOS DEVEM ser apresentados ao
PERITO, em caso de dúvidas deve se REPORTAR A DOUTA
JUÍZA. Como o juiz pode nomear até 2 (dois) peritos, dada
complexidade EMOCIONAL e ÉTICA e porquê tais diligências
pode REVELAR outra pessoa servidora, eu NOMEIO o PERITO
desta 2ª Instância o SERVIDOR MUNICIPAL da COMISSÃO, O
SR. MARCO ANTONIO, a única testemunha ouvida nos autos, e
o faço CONVOCANDO-O, ainda que se tenha aposentado. A
DOUTA JUÍZA poderá CONVOCAR SERVIDORES MJNICIPAIS
que estão comissionados no CARTÓRIO ELEITORA, tanto os da

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Prefeitura (desde que não tenha amizade ou inimizade com os


réus condenados), como os do ESTADO.

53. O SENHOR PREFEITO indicará uma


sala silenciosa, que não tenha movimentação dentro dela, e
nem seja de passagem para outras dependências. Deverá ser
uma sala bem iluminada e arejada, e com acomodações de
mesas e cadeiras e calculadoras adequadas aos cálculos.

54. PERMITO que, se houver


condições, que ocorra filmagens das diligências periciais, desde
a separação dos documentos necessários, e que o local possa
ser trancado, sem que funcionários e o público tenham acesso
nenhum. E, que sempre que for aberto, para inclusão com mais
documentos, que estejam no mínimo 3 (três) funcionários de
confiança do Sr. Prefeito da atual administração, que é o
Ilustríssimo Sr. Marcelo Vaqueli (doc. fls.770, desde de 13 de
novembro de 2.014 e atualmente 21 de novembro de 2016,
conforme seu ofício de fls.1653).

55. Desde já esclareço que são


colaboradores os 3 (três) funcionários municipais, que forem
indicados pelo PREFEITO, podendo até ser do setor de
concorrências, desde que não tenham parentescos com as
partes e NOMEIO oficial "ad-hoc", o SR. DINARZADE do
PRADO SOUZA o qual fará a 1a. SOMA CONTÁBIL, um esboço
de cálculo, que junto com os 3 (três) funcionários de maior
confiança do SR. PREFEITO, o Ilustríssimo MARCELO
VAQUELI, para a localização integral dos documentos relativos
aos pagamentos da PREFEITURA de TREMEMBÉ, qual deverão
separar integralmente, não podendo haver omissões, sendo que

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até os últimos:
55.A.2) Todas NOTAS FISCAIS pagas A EDITORA FLOR DO
VALOR JORNALISMO, COMUNICAÇÃO, PROMOÇÃO Ltda. ME,
porém se incluirá outras NOTAS, ainda, que estejam com tal
nome abreviado, e, se houver alguma confusão, será
solucionada pelo Perito, com relação a nomes e valores;
55.B) Deve-se inserir todos os PRÓ-LABORES pagos ao Sr.
DANIEL DOMINGUES RIBEIRO;
55.C) Todos os pagamentos os EFETIVOS PAGAMENTOS,
sejam estes pró-labore ou notas fiscais AOS JORNAL GAZETA
DOS MUNICÍPIOS;
55.D) E ao TABLOIDE (JORNAL) "GAZETA DE TREMEMBÉ", e
todos os valores redondo, a partir R$1.000,00 e todos os
demais acima deste.
55.E) Para melhor elucidar as partes e ao PERITO
JUDICIAL, entendo que além do superfaturamento ocorreu uma
verdadeira extorsão aos cofres públicos, pois quando de fato o
serviço é executado os valores são baixos e bem quebrados,
onde até os centavos são detalhados, sem arredondamento.
55. F) Porém, os valores arredondados são altos, não tiveram
os serviços prestados, por inexiste declaração dos detalhes de
centímetros e colunas. Assim, todos estes altos valores,
arredondados. É bem possível que este "superfaturamento", se
de fato não têm NOTAS FISCAIS E FICHAS coerentes, e nem
indicação de datas, e centímetros com os determinados
espaços fixos de colunas, então é porque o SR. EX-PREFEITO,
JOSÉ ANTONIO BARROS NETO e o PRESIDENTE da
COMISÃO Sr. ARLINDO AUGUSTO (que, ainda deve ser o
Presidente da Comissão) pagaram por SERVIÇOS NÃO
PRESTADO, e podemos deduzir que este valor foi repartido,
DOLOSAMENTE, entre eles e com o Sr. DANIEL, em seus

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favores pessoais.
55.G) Tal conclusão é possível se lermos atentamente os
vários documentos destes autos de 10 (dez) volumes e diante
disto exponho os desdobramentos que concluo que:
55.G1.- O REAL PREJUÍZO: não é só a soma efetuada pela
contabilidade da Prefeitura (fls. 1.654) efetuado pelo servidor
municipal DINAZARDE do PRADO SOUZA que tentou induzidos
as partes em erro, pois só totalizou o valor de R$15.55,26,
porém ele ou outro servidor mais atento encaminhou mais
documentos, aqueles de fls. 1.655 à 1660. Na contabilidade que
este funcionário chamou de memorando constam ser elaborado
em 18 de novembro 2016, além da assinatura do Sr. Dinarzade,
que é Chefe do Setor de Contabilidade, e que estaria
remetendo "A : Secretaria de Assuntos Jurídicos. Na verdade,
aparentemente, não houve erro de cálculo neste documento dos
doze valores, só o segundo que é valor arredondado que cujo
valor é de R$1.000,00, o qual se refere a "NF nº1590, todos os
demais itens têm valores quebrados e menores, porém os dois
últimos números e o 9º tem valores superiores a estes mil reais,
e são o 9º, referente a "NFnº1675 - no valor de R$2.739,30, o
11º, refere-se a NF - Nº1620 - no valor de R$4.950,80 e o
último, que é o 12º o valor é de R$3.406,26 - referente a NF
nº1629.
55.G2.- Ocorre que os documentos encartados, e que não
aparecem na soma do memória do Chefe da Contabilidade, são
valores altos e redondos que são G.2.A= R$6.000,OO (fls.
1.655); G.2.B=R$4.000,0 (fls.1.656); G.2.C= R$60.000,OO
(fls.1657); G.2.D= R$1.000,00 este igual valor do memorando,
não deve ser o mesmo, pois eis que este se refere à FICHA
nº780, enquanto o do memorando se refere à NF nº1590,
conforme já constou, conforme grifei no item anterior. E, nas

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longas relações de fls.1.661 e 1662, o único valor de


R$1.000,00 (mil reais) que aparece é o da NF 1590, daí poder-
se-ia dizer que o Nº da ficha não precisa ser coincidente com a
nota fiscal, isto explicaria, mas torna a situação ao menos mais
confusa, e que é assim para embolar e confundir eventual
apuração detalhada.
55.G3- Porém os altos valores REDONDOS que são aqueles
supra mencionados, ou sejam: R$6.000,00; R$4.000,00 e
R$60.000,00 (fls.1655 à 1657) não aparecem nas relações
1.661 e 1662, assim como os VALORES, que, ainda, não
mencionei que, ainda, há 2 (dois) outros valores altos que são
R$9.000,00 (fls.1.659) e R$20.000,00 (fls.1660) são valores que
também não aparecem nas 4 (quatro) relações com totais
somatórios de fls. 1.661 e 1662.
55.G4- É bem revelador que o valor maior de todos nestes
documentos que é o de R$60.000,00 seja "classificado" a
"CHEFIA DE GABINETE DO PREFEITO" (letras maiúsculas do
documento de fls.1.657). E, se só somarmos os valores
arredondados e altos que descrevi no item anterior (55.G.3,
logo acima) temos que até aqui houve um real prejuízo de
R$99.000,00.
55.G5- E, há, ainda, outros valores arredondas e alto que
são na ordem das folhas numeradas fls.1558, no valor de
R$22.000,00, fls. 1569 no valor de R$5.000,00 (fl.s1.569), valor
de R$8.500,00 (fls.1576), valor de R$9.000,00 (fls. 1586), e
seguem 2 valores menos que são R$2.750,00 (fls.1.590), e
R$1.500,OO (fls.1595), e voltam a crescer sendo R$6.000,00
(fls. 1609) que foi para ATOS OFICIAIS DO MUNICIPIO PARA A
CONTABILIDADE (conforme letras maiúsculas do documento) e
o valor de R$13.000,00 (fls.1.610), o que dá 1 prejuízo de
R$67.750,00, que somados ao valor de R$99,000,00 temos um

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primeiro subtotal de R$ 166.750,00. E, se considerarmos o


dobro a ressarcir, teríamos mais R$333.500,00, e que somados
daria R$500.250,00. Mas, tal cálculo é meramente
exemplificativo, pois acredito que pelas confusões provocados
por outros pessoas (invisíveis nos autos) e pelas inexatidões
propositais dos corréus para esconder qual é o valor real do
prejuízo, este valor deve ser bem superior, e aqui só delineei o
que está nos autos. E, quando chegarem o valor total, e com os
documentos originais - dos quais autorizo escaneamento, porém
todos com qualidade, com as datas em evidência, além dos
valores, e todas as anotações manuscritas frente, se houver
quaisquer anotações nos versos - ainda que seja à lápis. E, só
aí teremos um VALOR próximo do REAL, e tal poderá ser maior,
destas e fora a correção monetária e juros, pela Tabela Prática
deste Egrégio Tribunal de Justiça, conforme jurisprudência
desta matéria.
55.H.1. Temos, que, aparentemente, a petição inicial que
deu início a esta AÇÃO CIVIL PÚBLICA pediu R$100.000,00 de
prejuízo, para ressarcimento do dano, mais R$200.000,00 que é
o dobro, como sanção prevista e cominada na lei. Este total
daria só R$300.000,00. Porém o seu pedido cautelar foi de
R$1.500,000,00, o qual foi DEFERIDO de BLOQUEAMENTO
DOS BENS e que estão mantidos. As tentativas de liberar
veículos encontrou obstáculos em decisões judiciais de 1º grau.
E, até aqui está mantindo o bloqueio deste valor maior. Porém,
creio que se mantermos o valor de R$1.000.000,00, pois se as
partes quiserem subir até o 3º Grau terão tal direito e as
correções monetárias, irão subir até esta estratosfera.
55.H.2. E, dividindo esta valor por 4 (quatro), pois são 3
(três) pessoas físicas, e 1 (uma) pessoa jurídica de Direito
Privado teremos que cada um vai arcar com no mínimo

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R$250.000,00. Porém, como a PERÍCIA pode nos surpreende


com valores maiores, creio oportuno que seja garantindo para
que as partes não fujam de suas obrigações de ressarcimento,
então, que garantam cada uma com o bloqueio de seus imóveis
e veículos em até R$500.000,00 cada um, que multiplicado por
4 (quatro), soma-se R$2.000.000,00 (dois milhões), e só após a
correção monetária do VALOR REAL do PREJUÍZO a ser
APURADO, é que teremos, o valor TOTAL e uma vez que
devido ao tempo possível recursal (do 3º grau), esta correção
pode ser maior.
Mas, O VALOR sem correção, não poderá ultrapassar o valor
individuais dos BLOQUEIOS de R$1.500.000,00. Ocorre que o
valor do prejuízo, encontrados nos autos, até aqui, mais a
sanção do "DOBRO do PREJUÍZO", resultariam R$500.250,00.
Em face de não termos nos autos o valor dos veículos usados e
seus reais estados de conservação, e nem de quanto valeriam
os imóveis (e se estão ou não bem conservados), enquanto não
soubermos que o valor de cada bem BLOQUEADO, é impossível
liberar algum bem.
55.H.2. Porém, há um detalhe técnico do alcance da
SOLIDARIEDADE, este alcance, todos os réus que tiverem
BENS suficientes para suportá-los, mas que por economia
processuais excluiu aquelas pessoas que não têm bens, pelo
princípio das execuções solidárias que a FAZENDA ou o
CREDOR podem escolher apenas um, que é quem tem maiores
bens. E, este executado, se descobrir que outro ou outros
também o podem em ação de regresso buscar a parte que
pagou pelos demais. Porém, não é assim para a pena cominada
ou prevista na lei positiva para a MULTA em DOBRO, onde
todos aquelas PESSOAS que tiveram a PROCEDÊNCIA destas
sanções pecuniárias devem pagá-las, pois suas aplicações são

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individuais e a obrigação de um não exclui a igual obrigação


dos demais. Pelo que tais MULTAS em DOBRO, não têm o
benefício da SOLIDARIEDADE a nenhum dos envolvidos, pelo o
que seus patrimônios devem ficar BLOQUEADOS, até final
PAGAMENTO.
55.L. E, ainda, assim está dentro do PEDIDO
CAUTELAR DE BLOQUEIO do M.P. e deferido em 1ª e 2ª
Instância que é de R$1.500.000,00 para cada corréu. Diante da
PROCEDÊNCIA RECURSAL de 3 (três) corrés foram absolvidas,
então, só os seus bens estariam garantido 4 (quatro) milhões e
meio, tudo hipoteticamente, pois pode até ser que nem todas
tenham tal patrimônio.
55.M. Portanto JULGAMENTO está dentro do PODER
CAUTELAR dos BLOQUEIOS de BENS com os corréus
condenados, e liberado os bens das corrés que tiveram seus
RECURSOS recebidos, e que restam mantidos. Porém há 3
(três) corréus que são pessoa físicas, e 2 (dois) periódicos: um
jornal e um tabloide que pertencem a pessoa jurídica EDITORA
FLOR DO VALE JORNALISMO COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO
Ltda. ME. diante do valor dos BENS BLOQUEADOS, deveriam
estar garantindo APARENTEMENTE, o valor de 4 (quatro) X 1
(um) milhão e meio, totalizando 6 (seis) milhões. Este
"aparentemente", se deve porque não se achou importância de
dinheiro relevante na conta bancária de nenhum envolvido, e os
bens imóveis podem (individualmente) chegar até o valor de
R$1.5000,00, e bastaria que um deles tivessem tal patrimônio,
mas como o DEVER É SOLIDÁRIO, todos devem suportar
igualmente. Ocorre que nenhum dos imóveis apreendidos foi
avaliado, de forma que é precário dispensar imóveis e veículos.
Até que os próprios interessados comprovem seu REAL VALOR.
55.N. E, tal afirmação é baseada em documentos que

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todos tiveram acesso, e fizeram suas conclusões. Mas, o valor


exato pode ser corrigido pelas provas dos autos acessíveis, e
tal correção se faz pelo princípio do direito romano "jura novit
curia", que foi adotado pelas normas processuais do direito
brasileiro, e não implica em julgamento "extra petita", tal como
é lição jurisprudencial do Ministro Teori Zavaski, em dois
julgados Recursos Especiais da 1ª Turma do S.T.J. nº883.625,
tal qual "Afinal, o Tribunal não está adstrito aos fundamentos
estampados pelas partes ou por juízo "a quo", mas sim pelos
fatos apresentados".

61. Em igual sentido é o


julgamento da Ministra Nancy Andrighi, em julgamento de
18.6.2010, cujo resumo da ementa é: "O fundamento jurídico do
pedido constitui somente uma proposta de enquadramento do
fato ou ato à norma, não vinculando o juiz. Com consequência,
não há de se falar em sentença "extra petita" (grifei) pela
condenação objetiva, ainda, que a demanda tenha sido
proposta com base na responsabilidade aquiliana (STJ. 3ª
Turma, R. Especial, julgado em 20.05.2010, DJ 18.5,2010,
conforme colação de THEOTONIO NEGRÃO e demais autores
do NOVO CÓDIGO DE PROCESO CIVIL (página 518)

62. Tais diligências serão


acompanhadas por 2 (dois) oficiais de justiça (que não tenha
parentescos, nem amizades, nem inimizades com os corréus
apenados, o ex-prefeito JOSÉ ANTONIO BARROS NETO, o
presidente da comissão ARLINDO AUGUSTO TOSTI, E O Sr.
DANIEL DOMINGUES RIBEIRO), os quais serão nomeados pela
juíza, se um ou ambos, for técnico em contabilidade, ou
bacharel em contabilidade terão prioridade, na livre escolha do

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JUÍZO de 1º GRAU.

63. Primeiro deve ser INTIMADO o SR.


PREFEITO para que se ANTECIPE A CIÊNCIA de tal
funcionário, e indique 3 (três) servidores concursados, e se
necessário outras para ACOMPANHAR as DILIGÊNCIAS A
LOCALIZAR todas AS FATURAS escritas de PAGAMENTOS da
PREFEITURA (vítima da trama e que portanto, deve ser
corretamente RESSARCIDA) e de todos os PAGAMENTOS que
foram efetuados à EDITORA FLOR DO VALE - JORNALISMO e
PROMOÇÃO, somando todo o GRUPO A - QUE SERÁ TODOS
OS VALORES ARREDONDADOS que passem de R$1.000,00
(mil reais), e o GRUPO todos os VALORES do GRUPO B, que
são valores pequenos, e que tem números quebrados, até em
centavos (estes até podem estar zerados).
63.B. RECOMENDO ao SR. PREFEITO que
após indicar seus 3 (três) funcionários de confiança estes
trabalhem conjuntamente, e nunca nenhum deles trabalhe
sozinho. Se a DATA da PERÍCIA for demorar mais de 1 (um) dia
após a separação dos documentos pertinentes que a SALA
seja LACRADA e só se dê a DESLACRAÇÃO com a PRESENÇA
DO PERITO e destes funcionários, e o acima indicado. Se, este
não for de INTEIRA CONFIANÇA do PREFEITO poderá ser
DISPENSADO por ele, ou a pedido de quaisquer dos 3
indicados pelo PREFEITO.
63.B. O PERITO JUDICIAL
nomeado em 1º Grau DECIDIRÁ com ao menos 1 (um)
assistente (se as partes passivas legitimas indicarem
assistentes hoje sendo 2 (dois) patronos serão até mais 2 (dois)
assistentes, e sem contar o do M.P. e do Prefeitura, porém se
os réus que tiveram penas da improbidade administrativa

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aplicada contra si, resolveram contratar outros, por colidência


de defesas, poderemos ter até 4 (quatro) peritos, e 4 (quatro)
assistentes; e portanto e ao menos 1 (um) assistente
concordante RESOLVERÃO as questões não previstas aqui.

64. RECOMENDO que ao RETORNAR


em 1ª Instância, os autos passem a TRAMITAR na forma
DIGITAL, facilitando o manuseamento, ou seja, iniciaram-se os
autos em papel, prosseguirão na forma digital, aumentando a
velocidade das comunicações. As partes podem indicar
DOCUMENTOS importantes para servir de subsídios a consulta
de todos que ficaram como se autos SUPLEMENTARES fossem.
Se tais providências não ser mostrar úteis, por despacho de
mero expediente, não se efetivará, e dela não caberá recurso.
Podendo, com a PUBLICAÇÃO desta o M.P. de 1º e 2º graus se
comunicarem e iniciarem as URGENTES DILIGÊNCIAS,
antecipatórias do ITENS IV e 79 à 89.

65. E, tão logo haja HOMOLOGAÇÃO


do JUÍZO de origem as partes deverão se manifestar no prazo
legal, sob pena de PRECLUSÃO. Tornando líquida e certa o
prejuízo a ser indenização. A multa de 10%, e seus 15 (quinze)
dias começaram a ser contados desta intimação e da R.
Sentença Homologatória da 1ª e Douta Instância.

66. Então, declaro que após tal homologação


que as partes, por seus patronos serão intimados para
pagamento em 15 (quinze) dia para depositar o seu 1/4 do
prejuízo, pois são 3 (três) réus sancionados que são pessoas
físicas, e o 4º é a Microempresa a EDITORA FLOR DO VALE
JORNALISMO COMUNICAÇÃO E PROMOÇAO Ltda. ME, e mais

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o seu DOBRO, quanto a esta sanção pecuniária não há


SOLIDARIEDADE, e todos estes 4 (quatro) devem fazer o
DEPÓSITO INTREGRAL, em 15 (quinze) dias, a partir da
INTIMAÇÃO DA HOMOLOGAÇÃO DA DOUTA JUÍZA DE 1ª
INSTÂNCIA, e para incidir a multa de 10%, não podem optar
pelo direito de MERO DEPÓSITO JUDICIAL. E, se quiserem
liberar INTEGRAMENTE o BLOQUEIO de seus BENS, devem
fazer o DEPÓSITO corrigido pela TABELA PRÁTICA deste
Egrégio Tribunal de Justiça e que for HOMOGADO, em 1º Grau.

67. Neste sentido: "A atitude do


devedor que, promove o mero depósito judicial do "quantum"
exequendo com finalidade de permitir a oposição de
impugnação ao cumprimento de sentença, NÃO PERFAZ
ADIMPLEMENTO (o sublinhado e as letras em maiúsculas são
meus, mas o destaque em negrito é da editora) voluntário da
obrigação, autorizando o cômputo da sanção de 10% sobre o
saldo devedor. A satisfação da obrigação creditícia somente
ocorre quando o valor a ela correspondente ingressa no campo
da disponibilidade do exequente; permanecendo o valor em
conta judicial, ou mesmo indisponível ao credor, por opção do
devedor, por evidente, mantém-se o inadimplemento da
prestação (sublinhei os textos) de pagar quantia certa (STJ -2ª
Turma R. Especial 1.175.763, Ministro Marco Buzzi, julgando
em 11.06.2012, RJ/LEX 19/169 e RP 219/439). No mesmo
sentido: STJ - 2ª Turma ,R. Especial 1.386.797- Agravo
Regimental, Ministro Hermam Benjamim." (sic), página 557 - da
obra NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, de THEOTÔNIO
NEGRÃO e outros.

68. Tal procedimento processual é

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legítimo, mas não desonera tal multa PREVISTA pelo Art.523, e


seu Parágrafo 1º do C.P.C. que é constitucional, o que declaro,
pois um dos defensores chegou a alegar sua
inconstitucionalidade, ou sua redução para 5%, o que não é
possível, pois o legislador não deu margem de ajustagem ao
JULGADOR. sentença, por não ter ocorrido manifestação do
PATRONO declaro os sentenciados a devolver a importância a
ser apurada em posterior cálculos de execução, sejam
INTIMADOS, pessoalmente, por MANDADO DE INTIMAÇÕES
expedido e a ser cumprido por OFICIAL de JUSTIÇA. Em face
da ação ser de 2015, as autoridades envolvidas, as partes e a
população trabalhadora e honesta da Comarca não podem ficar
no aguardo.
IV. Consequências das últimas análises
documentais desses autos: Observo que não houve aditamento
do M.P. sobre outras suspeitas, posto que bem disfarçadas de
"aparentemente" menores PREÇOS, porém, os contratos
anteriores que foram pagos eram referentes a duas
PUBLICAÇÕES pelos curtos períodos de 60 (sessenta) dias
cada um, que são referentes a: "R$146.160,00 (ao preço de
R$0,87) e R$162.060,00 (ao preço de R$0,97 (vide documento
de fls.49 - emitido em 27 de agosto de 2014), documento de
exclusiva autoria do concorrente o réu DANIEL, que visava
atender o OBJETO do PREGÃO ou CONVITE de duas
concorrências públicas"
69.A. Assim, para melhor DILIGENCIAR OS
DESDOBRAMENTOS deste contratos no valores de Em sigilo
judicial de caráter RESERVADO determino que a Douta Juíza
da 1ª Instância DETERMINE que o SR. ESCRIVÃO ou seu
Oficial Maior, ou ainda, 1 (um) servidor contador do cartório do
CONTADOR, a variação da escolha deve recair não só na

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capacidade técnica, mas de não ter parentesco com as partes


dos autos, e 2 (dois) oficiais de JUSTIÇA para apreendam o
documento original de fls.49, 50 e 51, e documentos
explicativos, diários dos servidores deste período, inclusive
mesa e documentos oficiais e até agendas individuais do SR.
PRADO de SOUZA, que é o Chefe da Contabilidade da
Prefeitura de TREMEMBÉ.
69.B. E, ainda que todos os DOCUMENTOS
ORIGINAIS (QUE SERÃO ESCANEADOS PARA OS AUTOS
DIGITAIS, E MANTIDOS EM LUGAR SECRETO no FÓRUM,
onde só O SERVIDOR de MÁXIMA CONFIANÇA DA DOUTA
JUÍZA SAIBA ONDE ESTÁ, inclusive pode OPTAR por cofre de
segurança máxima de um banco de sua escolha ou nomeação.
Todos e quaisquer documentos esclarecedores e referências a
estes pregões de 60 (sessenta) dias cujo pequeno valor de
R$0,87 (em um data determinada) pelo Edital, e em outra data,
próxima, e também por 60 (sessenta) dias o valor de R$0,97, e
cuja serviços são, neste curtíssimo prazo muitas vezes
superior. E, aparentemente, a Sra. MEIRE é inocente quanto a
tais valores, pois reclamou que havendo 2 (dois) valores baixos
ficou em dúvida qual aceitar. E, aparentemente, aceitou o
maior, pois, ainda, este era o menor PREÇO, diante dos demais
concorrentes e, então, acolheu este. Porém, deve ter ocorrido
uma revisão, e um recurso administrativo. Pois, em diligências o
jornal "GAZETA dos MUNICÍPIOS" não comprovou que fazia a
distribuição nas bancas em que seu periódico poder-se-ia se
encontrar (vide fls.50/51).

70. Os valores que deveriam ser pagos, por


estes 60 (sessenta) dias eram, de data diferentes, em
sequência, daí os 2 (dois) valores indicados pelo Sr. DANIEL

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DOMINGUES RIBEIRO, daí ter sido correto a oferta dos dois


valores. Estes 2 (dois) contratos por tão pouco tempo, quando o
normal é por 1 (um) ano, registrou uma quantidade exagerada,
se compararmos contratos de publicidades jornalísticas dos
anos anteriores, com os números de centímetros e colunas.
Tanto que o patrono do Sr. DANIEL, em defesa de seu cliente e
da EDITORA FLOR DO VALE JORNALISMO COMUNICAÇÃO E
PARTICIPAÇÃO Ltda. ME disse que tamanha quantidades
contratadas não é necessária e afirmou até que tal objeto do
edital é um "exagero". E, esta alegação esta com razão fática
posto que devido aos muitos centímetros e colunas contratadas
resultam no valor de R$146.160,00 (ao preço de R$0,87) e
R$162.060,00 (ao preço de R$0,97 - vide documento de fls. 49
emitido em 27 de agosto de 2014), documento de exclusiva
autoria do concorrente, o réu DANIEL, mas que visava atender
o OBJETO do PREGÃO ou CONVITE de duas concorrências
públicas. Desta forma o que se superfaturou não foi o preço,
mas uma quantia absurda, e até desnecessária, ainda, que se
faça uma porcentagem de erro a mais, por projeção. Mas, estes
valores totais estão muito acima de contrato recente e pago,
pela PUBLICIDADE de 1 (um) ano, em torno de R$59.500,00.

71. É CERTO que o nobre causídico do réu


DANIEL e de sua Microempresa jornalística afirmou não ter
recebido a quantia de R$83.253,99 (fls. 1678 - em sua 11ª
lauda). Assim, pode haver documentos da PREFEITURA que
este valor de fato não FOI PAGO, e pode haver outras
informações OFICIAIS, em igual sentido. Quanto a ser este o
valor correto, e haver, documento oficial, e outras mais.

72. De fato o quê não foi pago, é a

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comprovação da lisura dos servidores públicos municipais e da


atual gestão do Sr. Prefeito. Assim, pedimos a gentil
colaboração do Sr. Prefeito, o Ilustríssimo Marcelo Vaqueli,
posto que neste época, do aparente desconto, ele já era o
prefeito (fls.770), neste documento de 13 de novembro de
2.014 e, ainda, é, conforme documento de 21 de novembro de
2016. Em seu ofício de fls.1653, ele permanece neste honroso
cargo dignificando os bons administradores municipais, que,
ainda são maioria.

73. E, esse valor, e de quaisquer


documentos oficiais daquelas datas além da honestidade de
todos, também serão valores que deixarão de ser computados,
como valor de prejuízo, posto que não foram pagos, e evitou-se
a concretização do superfaturamento. Creio que algum
funcionário da Prefeitura lembrou que pelo "SITE" poderia fazer
pregão, tal como constou do DEPOIMENTO de MARCO
AURÉLIO (fls.1.185), além do CONVITE, não só para as 3 (três)
concorrentes, que é a exigência legal mínima. Mas, sim quantas
estiverem previamente cadastradas. Assim, se houver 10 (dez)
cadastradas mandam CONVITE para estas 10 (dez)
concorrentes. E, há documento que faz menção ao site do
município, www.tremembe.sp.gov.br (documentos de fls. 741 à
744). Daí, o aviso de que haverá pregão chega mais rápido e a
maior número de concorrentes.

74. Porém, todo valor pago deste


documento de fls.49 que SOMADOS resultam em R$309.129,00
e para 60 (sessenta) dias mais 60 (sessenta) dias, temos que
para PUBLICIDADES diárias em 120 (cento e vinte) dias, ou
seja, para um curto tempo de 4 (quatro) meses, daí, que ainda,

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que descontemos o valor alegado pelo nobre causídico que é de


R$83.253,99 (fls. 1678 - em sua 11ª lauda), ainda, restariam o
VALOR de R$226.867,01, a serem pagos. E, portanto é um
valor superfaturado, considerando o último pagamento por 1
(um) no valor de R$59.500,00.

75. Máxime, considerando as inflações dos


últimos anos que não chegaram a dois dígitos, ou seja, não
chegaram a casa da dezena.

76. Portanto R$59.500,00 é um valor anual,


e se consideramos, para obtermos um preço mediano, por mês,
e os exatos 12 (doze) meses, embora alguns contatos sejam de
11 (onze) meses. E, se fossem 12 (doze) meses, temos que o
valor de exatos R$4.950,00 por mês. Então, em 4 (quatro)
meses ou 120 (cento e vinte) dias, teríamos o VALOR de
R$19.800,00. Desta forma, se tirarmos este valor daquele
TOTAL de R$226.867,99, encontraremos o total que calculado,
temos o SUPERFATURAMENTO em 4 (quatro) meses deu-se no
VALOR de R$208.067,99. Resta saber quem pagou, se pagou
tudo ou não. Daí, que as provas de não pagamento não são
computados como prejuízos aos cofres públicos, cujo
superfaturamento é maior do que 3 vezes, e quase chega a 3,5
vezes SUPERIOR.

78. Mas, mesmo SE JÁ DESCONTADO o


valor reclamado pelo causídico do que não foi pago, seria o
valor de R$83.253,99 (fls. 1678 - em sua 11ª lauda). E, se foi
pago o restante que o total acima calculado estes duzentos mil
e sessenta e sete cruzeiros e noventa e nove centavos, de uma
PUBLICIDADE que em tão curto período e TANTOS

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EXAGERADOS TEXTOS, só POSSÍVEL pelo Diário Oficial


Estadual naquele tamanho de suas páginas, que inclui tudo o
que o ESTADO de S. PAULO publica, ao EXECUTIVO, o que
inclui todas suas secretarias e o Ministério Público, a
Assembléia Legislativa, o Poder Judiciário Estadual, os
Municípios e as Câmaras do Estado.

79. Então, mesmo naquela nova


administração deve se VER QUEM era o PRESIDENTE da
COMISSÃO. Ademais, a equipe deveria ser renovada a cada
ano, mas em pequenas Prefeituras isto é impossível, e quem
induziu o Sr. Prefeito em erro, tal como foi induzida em erro a
Sra. MEIRE, salvo provas evidentes em contrário. Devido à
complexidade das diligências, e dos sentimentos e contradições
éticas de vários servidores, entre eles indico a DOUTA JUÍZA
de 1ª INSTÁNCIA o PERITO de Segundo Grau, Sr. MARCO
AURÉLIO, que foi a única testemunha ouvida.

80. Assim, diante dos documentos que forem


encontrados, tais devem ser levados diretamente ao M.P. com
estes detalhamentos (por cópias dos itens n. IV e seus
posteriores 69 à 79. Após atenta análise do que foi encontrado,
e querendo o M.P., com seu Oficial de Promotoria e os demais,
se possível forem os mesmos, serventuários da Douta Juíza de
1ª Instância - poderá repetir as diligências, e chegar em sua
livre consciência se houve mais irregularidades, tais como aqui
supõe diante da evidente prova dos autos para a plena
elucidação.

81. Para a plena elucidação, deve ser


considerada a delação premiada, e as isenções dos

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denunciadores, sobretudo se foram na época dos fatos quando


seriam subalternos que não tiveram vantagens em dinheiro,
como se coagido fossem ou instigados pelos superiores, e
seriam na VERDADE vítimas de ASSÉDIO MORAL. Assim, caso
o chefe de contabilidade SR. DINARDI do PRADO SOUZA
decidir colaborar com as informações dos seus superiores, deve
ele ser ouvido em 1º lugar e explicar a sua soma de fls.1.654, e
a desconsideração dos valores arredondados de R$60.000,00;
R$22.000,00 e R$13.000,00, e a razão pelas quais não foram
levadas na sua somatória (conforme documentos seguintes que
ele encaminhou ao Departamento Jurídico. E, que este ficou
isento, pois encaminhou tudo ao Juízo, sem emitir juízo de
valor, no que consistiu em não se envolver naquele tão grande
absurdo. E, ainda, dar todos os esclarecimentos dos contratos
de 2014, e seus altos valores, dos objetos do edital e
concorrências públicas de prazos iguais de 60 (sessenta) dias.

82. RECOMENDO ao PROCURADOR DE


JUSTIÇA que bem tem proferido Seus Doutos Pareceres, e que
atua com a mesma boa desenvoltura dos seus antecessores, tal
qual Dr. Cesar Dario, em seu excelente parecer nos autos,
assim SOLICITO O empenho do Dr. Dimitrus Eugenio Bueri para
o fim sobre as diligências com MUNICÍPIOS e COMARCAS do
VALE do PARAÍBA, LITORAL NORTE e REGIÃO SERRANA
solicito que o PROCURADOR GERAL de JUSTIÇA, levando em
mãos nossas preocupações, com cópia integral deste
julgamento, em face aos possíveis superfaturamentos,
principalmente, em pequenas CIDADES, que não são
COMARCAS, onde a EDITORA FLOR DO VALE JORNALISMO
COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO Ltda. ME ganhou concorrências
públicas nos MUNICÍPIOS de LAGOINHA, REDENÇÃO DA

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SERRA, MONTEIRO LOBATO e junto à CÂMARA e ao


MUNICÍPIO da COMARCA de SÃO LUIZ do PARAITINGA; e há o
PERIGO EXPONENCIAL que outros pequenos jornais a fim de
dar O PREÇO MÍNIMO estão superfaturando, com o seguinte
ardil:

83. Obtém-se os preços e mais baixos, com


deficiência na distribuição de seus periódicos diárias, e nem
chegam nas bancas que dizem receber seus jornais e tabloides,
e quando afirmam ter distribuição dirigida, não são assinantes,
mas só os Poderes Públicos, Prefeituras, Câmaras e Cartório
Extrajudiciais, e Judiciais. E, há o PERIGO de que até FÓRUM
do interior, em indicação das partes, estejam utilizando de BOA-
FÉ, EDITAIS JUDICIAIS, cujos JORNAIS VENHAM A SER
DECLARADOS CLANDESTINOS, pelo T. CONTAS, com
NULIDADES de autos ou Processos Civis, de Acidente do
Trabalho, de Defesa do Consumidor, em especial das
Prefeituras, e Leis Municipais podem estar contaminadas por
uma PUBLICIDADE imperfeita e viciadas em descumprir
PRECEITOS básicos do DIREITO ADMINISTRATIVO E
PÚBLICO, e até execuções fiscais municipais, podem estar atos
processuais prejudicados e anuláveis. É que inúmeros
periódicos se dizem diários, mas não são, afirmam falsamente
que chegam em determinadas bancas. DIMINUEM os custos de
suas operações para DAR O PREÇO MÍNIMO e, ainda usam de
outros ARTIFÍCIOS, pois ao DAR O MENOR valor, nos
centímetros por colunas, previamente padronizadas, mas
aumentando PUBLICAÇÕES exageradas (nas quantidades
totais) e por curtos prazos (em meses e dias), ao invés das
tradicionais mudanças anuais.

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84. E, até este julgamento não tinham sido


observado por nenhuma autoridade, apesar de apreciações
coerentes sobre os demais documentos, gerando diligências e
desdobramentos, na 1ª Instância (itens 59 à 69) e no Tribunal
de Contas (itens ou ETAPAS denominadas "F, G e H" e
questões relevantes sobre a substituição do PORTAL DA
TRANPARÊNCIAS, e a OBRIGAÇÃO das cidades de DIVULGAR
SUAS CONTAS EM FORMATO ELETRÔNICO (a pioneira Lei
9.755/98), e que sobre tal legislação o S.T.F. pronunciou-se
favorável a CONSTITUCIONALIDADE desta novel, através da
ADIN 2.198. E, ainda, que se a lei de ACESSO à INFORMAÇÃO
no ÂMBITO da ADMINISTRTAÇÃO PÚBLICA e que nos termos
da Lei n.12.527/2011 tenha atualizações diárias como se
fossem Diário(s) Oficial(ais) do(s) MUNICÍPIO(S), e assim fiz
CONSULTA ao Respeitadíssimo Tribunal de Contas (letra G e
subitens da Parte Dispositiva deste julgamento). E, com a
retirada de ser necessário da divulgação em periódicos, muitas
microempresas, que vem sangrando o “tesourinho” dos
pequenos municípios, com seus artifícios de se obter o menor
preço.
Nestes termos e por Votação Unânime, VOTAMOS,
nesta 3ª Turma da Câmara de Direito Público.

85. OS OFÍCIOS ao Respeitadíssimo


TRIBUNAL DE CONTAS e ao PROCURADOR GERAL da
JUSTIÇA devem ser cumpridos pela nossa ATENTA
SERVENTIA do nosso 2º grau, em 24 horas, do julgamento, ou
ao menos na data de sua PUBLICAÇÃO, se tais providências
tornarem mais simples o seu cumprimento, podendo ser por e-
mail. Porém, solicitem que o PROCURADOR da JUSTIÇA, Dr.
DIMNITRIUS EUGENIO BUERI, encaminhe uma cópia extra em

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mãos àquela DOUTÍSSIMA PROCURADORIA, reiterando as


nossas preocupações e as URGÊNCIAS das DILIGÊNCIAS
DETERMINADAS e RECOMENDADAS.

Em suma:

A) Dou provimento os recursos das rés MEIRE


XAVIER SIMÃO, VALERIA MARIA GASH RECABARREN e
DOLORES RUSSO, esta embora seja sócia da empresa
EDITORA FLOR DO VALE, JORNALISMO COMUNICAÇÃO E
PROMOÇÃO Ltda., não teve nenhuma participação ativa, nem
culposa e nem voluntária, e não sendo funcionária pública não
pode ser alcançada por omissão. Apesar de que será atingida
na sua EMPRESA, pois seu sócio DANIEL DOMINGOS RIBEIRO
não teve igual procedência recursal, embora seja um só patrono
de ambos e desta Pessoa Jurídica. Além da multa de 10% se
não pagarem em 15 (dias) a contar da intimação da
homologação judicial. Portanto até aqui além do
superfaturamento bem narrado pela acusação encontramos
valor superior.

B) NEGO PROVIMENTO ao recurso de Daniel


Domingues Ribeiro e deixo assentado que os corréus JOSÉ
ANTONIO BARROS NETO, ARLINDO AUGUSTO TOSTI e
DANIEL DOMINGUES RIBEIRO, arcarão com a multa civil do
dobro do prejuízo causado, de forma solidária, cujo VALOR real
será, ainda, apurado, em perícia no 1º grau.

C) DOU PARCIAL PROVIMENTO ao APELO


do Ministério Público para aumentar a pena de ARLINDO
AUGUSTO TOSTI que não poderá ser candidato a nenhum

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cargo eletivo por 6 (seis) anos, bem como seja decretada a


perda de sua função pública e lhe seja vedado participar de
futuras Comissões de Licitação. Ficam canceladas as penas
aplicadas pela r. sentença com relação às corrés MEIRE,
VALERIA MARIA e DOLORES, por não terem participado de
nenhuma forma, nem voluntário e nem culposa, das fraudes
dolosas de superfaturamento praticados pelos corréus JOSÉ
ANTONIO BARROS NETO, ARLINDO AUGUSTO TOSTI E
DANIEL DOMINGUES RIBEIRO e sua empresa a EDITORA
FLOR do VALE - JORNALISMO, COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO
Ltda. ME.

Nestes termos, dou parcial provimento ao


recurso do Ministério Público de São Paulo, dou provimento aos
recursos de Meire Xavier Simão, Valéria Maria Gasch
Recabarren e Dolores Russo provido e nego provimento ao
recurso de Daniel Domingues Ribeiro e da Editora Flor do Vale
Jornalismo Comunicação e Promoção Ltda. ME.

CAMARG O P E RE I RA
Relator

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