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D I CA S D E
claudia regina
ilustras: sil takazaki
DICAS DE
FOTOGRAFIA
1ª edição
C LA U D I A R E G I N A e S I L TA KA Z A K I
Rio de Janeiro
Claudia Regina
2015
SUMÁRIO
prefácio ........................................................................................................5
capítulo 1
o equipamento digital ................................................................... 11
capítulo 2
a técnica ................................................................................................... 47
capítulo 3
como criar fotos incríveis ............................................................ 97
capítulo 4
luz ................................................................................................................193
capítulo 5
edição .......................................................................................................231
capítulo 6
fotografia como profissão .........................................................263
apêndices............................................................................... 301
Prefácio à primeira edição
Estava pertinho do meu aniversário, em março de 2013,
quando recebi uma ligação. Era um convite para escrever um
livro básico de fotografia. Me perguntei o que você talvez
tenha se perguntado também: “mais um livro de fotografia
básico?”
5
Foi um livro que deu trabalho. Para mim, que escrevi e
6
Claudia Regina
Rio de Janeiro, 1º de julho de 2015
Como ler este livro
7
O que é uma boa foto?
8
9
10
Muita gente fica indignada quando digo uma coisa dessas e afirma que a câmera
tem sim influência na qualidade de uma foto. Não posso discordar: uma câmera de
celular oferece menos controle e menor qualidade final do que um equipamento
especializado.
Porém, quando estamos começando, ainda não sabemos tudo que uma câmera faz.
Por um bom tempo é inevitável subutilizar todo o potencial da bichinha.
A pessoa que está começando a cozinhar pode até comprar um fogão incrível, mas
isso não vai ajudá-la em nada, já que estará aprendendo como cortar uma cebola. As
50 combinações de temperatura, umidade e ventilação do forno não farão diferença
alguma nessa fase inicial.
Se você está começando a fotografar não vai fazer diferença a câmera que está
usando. De início, o objetivo será aprender o básico: picar cebola! Ou, voltando pra
fotografia, medir a luz, focar e compor. E isso dá para fazer com qualquer câmera que
tenha controles manuais.
o equipamento digital
Por isso, para quem quer começar a entender os conceitos da fotografia, sempre
sugiro começar com qualquer câmera que permita controles manuais. A experiência
me mostrou que o melhor custo/benefício está em comprar modelos mais básicos e
já usados.
É claro que se você tem dinheiro sobrando dá pra comprar sim o fogão mais caro
logo de saída: o que não dá pra fazer é achar que ele vai ser de alguma serventia na
hora de picar cebola!
sensor (lá de
botão ntro)
dor visor
dispara
13
Cameraphones
14
De bolso
Essas câmeras normalmente contam com uma
qualidade melhor de imagem e de controle se
comparadas às cameraphones. Elas também são
portáteis, mas com uma qualidade um pouco superior e
mais opções de configurações do que cameraphones. O
flash dessas câmeras costuma ser potente o suficiente
para retratos e são uma ótima opção para encontros
pessoais. Um dos seus maiores defeitos é o intervalo
entre o clique e a foto: perdemos momentos exatos
pois ela não faz a foto na hora que apertamos o botão.
o equipamento digital
Qualidade: Média (não se comporta muito bem com
Dica
pouca luz e demora a fazer a foto.)
Prefira câmeras de bolso
Troca as lentes? Não.
com zoom óptico, pois o
zoom digital faz a imagem Controle das configurações? Não muito, mas é possível
perder muita qualidade. usar predefinições dependendo do tipo de foto.
Abuse também dos modos
Portabilidade: Super portátil.
que ela oferece, escolhendo
a opção adequada para
fotos de retratos, paisagens,
e noturnas, por exemplo.
Bridge
Também vendidas como superzoom, as bridge são
câmeras consideradas como um meio termo entre as de
bolso e as profissionais.
DSLR
As câmeras digital single lens reflex são câmeras que
permitem controle totalmente manual. Dentre elas,
existem desde opções de entrada (mais baratas e
menores) até opções full frame (que têm sensores
15
maiores e com mais qualidade.) Vou falar mais sobre
16
Dica
sensores e suas diferenças nos próximos tópicos.
As DSLR são câmeras
rápidas e de corpo robusto. São as câmeras mais usadas por profissionais, pelo
O atraso entre o clique e a menos até a popularização das mirrorless, por permitir
foto é quase imperceptível; total controle de configurações, boa usabilidade do
é possível tirar várias fotos
equipamento e várias opções de lentes intercambiáveis.
sequenciais; e aguentam
Sua principal desvantagem é o tamanho e o peso,
mais chuva e pancadas do
que câmeras mais leves principalmente quando temos um kit com várias lentes
– essencial para quem para carregar nas costas.
fotografa diariamente ou
Qualidade: Superior.
em situações de risco.
Troca as lentes? Sim.
Controle das configurações? Sim.
Portabilidade: A câmera e as lentes são pesadas e
volumosas.
Mirrorless
As mirrorless são câmeras do tamanho de compactas,
mas com qualidade superior. Ao contrário das câmeras
DSLR, elas não possuem um dispositivo ótico (com
espelho e prisma), por isso são tão pequenas.
ma
pris
sensor
DSLR
espelho
na hora
do clique o
espelho sobe...
DSLR
...e o sensor .
registra a foto
mirrorless
Médio formato
São câmeras que usam sensores muito grandes,
oferecendo qualidade superior de imagem. Seus preços
são a partir dos milhares de dólares. Se você está
começando na fotografia e pensando em qual câmera
comprar, provavelmente essa opção é muita areia pro
seu caminhãozinho.
17
Para começar a fotografar com mais controle
18
Dentre todas essas opções, sugiro que você comece com qualquer uma que permita
controle das configurações (bridge, DSLR ou mirrorless).
Se escolher uma câmera que permite a troca de lentes, procure começar usando
somente a lente que veio com a câmera. Depois de alguns meses fotografando, você
vai aprendendo o que mais gosta de fotografar, e saberá escolher melhor qual lente
usar em seguida. Acredita em mim: é inútil ter várias lentes. Uma ou duas dão conta.
Termos utilizados
Neste livro e em outros materiais sobre fotografia, você vai encontrar alguns termos
sendo utilizados o tempo todo. Para compreender as lições, vou contar quais utilizo e
seus significados:
Lente ou objetiva?
Objetiva é o termo mais preciso para designar o conjunto de lentes que fica
em frente ao corpo da câmera. Mas o nome lente é utilizado mais frequente e
coloquialmente entre nós, aqui no Brasil, e será o termo que vou usar neste livro.
Digital ou filme?
Ao contrário do método químico, a fotografia digital utiliza um sensor ao invés de
um filme. O método digital é atualmente o mais usado e, portanto, para não deixar
as frases muito compridas, não vou usar termos como filme ou revelação. Sempre
que eu falar em “expor o sensor” considere que isso vale também para “expor o filme”.
Idem para todos os termos exclusivamente digitais utilizados ao longo do livro.
Assim, dividimos a criação de uma fotografia em três etapas: pré produção, produção
e pós-produção.
o equipamento digital
A pré produção de um retrato pode envolver a escolha da locação e a organização
das luzes. A produção deste retrato envolve desde a medição da luz na hora do
clique até a direção da pessoa. A pós-produção é tudo que vem depois: seja baixar
no computador e enviar direto pra cliente ou passar dias manipulando a imagem em
programas de edição.
Assunto
Pode-se fotografar um objeto, uma pessoa, um animal, um prato de comida. Para
simplificar, chamo tudo que podemos fotografar de “assunto”. É só uma palavra mais
curta para “a coisa que está na frente da câmera”.
Marcas
Ao citar algumas configurações epecíficas, mostrarei exemplos usando as duas
marcas mais usadas de câmeras: Canon e Nikon. É claro que você pode usar qualquer
outra marca. É tudo bastante parecido, na prática, mas é bom ter o seu manual ao
lado para checar se houver dúvidas.
1 pixel.
19
A resolução é a quantidade de pixels existentes em
20
Dica
uma foto. Uma foto com baixa resolução é uma foto
Ao comprar uma câmera,
com poucos pixels e uma foto com alta resolução é
encontramos a quantidade
uma foto com mais pixels.
de megapixels (MP) nas
suas especificações. Esta é Imagens que são mostradas em uma tela têm uma
a quantidade de pontinhos
resolução menor do que imagens impressas no papel,
que uma foto tirada por
pois os pontinhos que formam cada pixel no monitor
esta câmera tem. Um MP é
formado por um milhão de ocupam mais espaço do que os pontinhos que formam
pixels, então uma câmera uma imagem impressa. Se você chegar bem pertinho
de 15MP cria imagens com do seu monitor conseguirá ver cada pontinho de luz,
15 milhões de pontinhos, mas se tentar fazer o mesmo em uma foto impressa,
um ao lado do outro! será impossível. Por isso, uma foto para a internet
não precisa de tanta resolução quanto uma foto para
impressão. O padrão é considerar que uma tela tem 72
pixels por polegada, enquanto o papel tem 300 pixels
por polegada.
Ou seja: se você coloca 72 pixels por polegada em uma impressão no papel, a foto
vai ficar com pouca qualidade, pois os pontinhos ficarão visíveis.
o equipamento digital
O mito dos megapixels Dica
Sempre que fotografo em algum local com muita gente, Acredite: muitas
alguém olha para minha câmera enorme e pergunta, profissionais nem lembram
com os olhinhos brilhando: “Uau, que câmera, hein? quantos megapixels suas
câmeras possuem, de
Quantos megapixels ela tem?
tão irrelevante que essa
Acho que quem pergunta isso espera que eu diga algo informação é na prática.
21
A verdade é que esse número não faz tanta diferença
22
Dica
assim. Os megapixels são, somente, o tamanho da foto.
Outros fatores que
contribuem para a O que realmente faz diferença na qualidade de
qualidade de uma foto são imagem de uma câmera é o sensor – aquela plaquinha
a lente utilizada e o uso da
eletrônica que substituiu o filme. Sensores maiores e
luz (falaremos sobre elas
melhores criam fotos que reproduzem a realidade com
mais tarde).
mais nitidez e qualidade.
Full frame é o nome dado aos sensores que têm um tamanho próximo ao do filme
35mm, ou seja, por volta de 35x24mm.
APS-C é o nome dado aos sensores que são um pouco menores, e embora o tamanho
exato mude de acordo com o fabricante, normalmente fica próximo de 23x15mm.
médio formato
APS-C
compactas
Depois de escolher a sua câmera, será a hora de escolher a sua lente. Ao fazer
uma pesquisa rápida você vai se deparar com nomes compridos e cheios de siglas.
Apavorante!
E aí, será que vou de EF-S 18-55mm f/3.5-5.6 IS STM ou a AF-S DX 16-85mm VR
f/3.5-5.6G IF-ED?
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Compatibilidade de lentes
24
Dica
Em relação ao tamanho do sensor, podemos dividir as As lentes feitas
lentes em dois tipos: aquelas que funcionam em todas especialmente para
sensores menores
as câmeras, e aquelas que só funcionam nas câmeras
(APS-C) possuem uma
APS-C1.
nomenclatura própria: para
Esse é outro ponto importante na hora de escolher Canon são as lentes EF-S,
e para Nikon são as lentes
o tamanho do seu sensor: lentes específicas para
DX.
sensores APS-C costumam ser mais baratas que lentes
tradicionais (apêndice 1: fator de corte).
1
A compatibilidade de lentes e câmeras pode também depender de outros fatores. Leia o manual da sua
câmera para saber exatamente quais lentes são compatíveis.
o equipamento digital
Veja no exemplo ao
lado cinco fotos em que
10mm
eu estava exatamente
na mesma posição,
mas usando lentes
com distâncias focais
diferentes.
normal, como a 50mm, para se adaptar ao novo equipamento. Depois, poderá investir
em outras lentes mais adequadas às suas novas necessidades.
Fixa vs zoom
Às vezes, você encontrará lentes com uma só distância focal, como a 50mm, e às
vezes encontrará lentes com duas, como a 18-55mm. A 50mm é uma lente fixa, e a
18-55mm é uma lente zoom.
Já as lentes fixas possuem somente uma distância focal. Se você quer dar zoom
usando uma 50mm, terá que dar um passinho pra frente!
18-55mm 18-55mm
18 22 35 55
anel de zo 18 24 35 55
om
ON ON
OFF OFF
Abertura: o valor f
Iremos falar mais sobre a abertura no capítulo 2, dedicado à técnica básica. Por
enquanto, é interessante você saber que o número que vem depois de f/ representa
o máximo de luz que a lente deixa entrar. Números menores (como 1.8) pertencem a
lentes que permitem mais entrada de luz. Números maiores (como 5.6) pertencem a
lentes que permitem menos entrada de luz.
o equipamento digital
Dica
Em lentes zoom, você pode encontrar dois valores para As lentes que permitem
f. Por exemplo: 18-55mm f/3.5-5.6. Isso quer dizer que mais entrada de luz são
a abertura muda de acordo com a distância focal. Em chamadas carinhosamente
18mm, a lente tem abertura máxima de 3.5. Em 55mm, de lentes claras, e seus
preços são os mais
ela tem abertura máxima de 5.6.
salgadinhos. Elas são bem
úteis em situações de
pouca luz.
Estabilizador: IS ou VR
Algumas lentes possuem um mecanismo que ajuda a estabilizar pequenos tremores
da câmera durante as fotos. Esse mecanismo é o estabilizador de imagem: uma das
partes óticas móveis da lente fica se movendo dentro dela, compensando assim os
pequenos movimentos que fazemos ao segurar câmera e lentes mais pesadas. O
estabilizador ajuda a evitar fotos borradas por causa do balanço das nossas mãos.
27
Outras siglas comuns
28
Lentes feitas para câmeras com sensores APS-C possuem siglas correspondentes (EF-
S para Canon, DX para Nikon.) Lentes da série luxo da Canon, de qualidade superior,
possuem a letra L. As características e tecnologias usadas nas lentes também
possuem siglas próprias (como USM para foco ultrasônico da Canon, ou AF-S para
as lentes com motor de foco embutido da Nikon.) Você também vai encontrar lentes
denominadas Macro ou Micro, que são aquelas que permitem fotos de objetos bem
próximos.
aberr
comun ações de co
menor s em lente res são
qualid s
ade. de
Muitas vezes, as melhores lentes são mais caras que nossas câmeras! Mas, sendo
bem cuidadas, podem durar a vida inteira.
o equipamento digital
Lentes adequadas para cada tipo de foto
É possível fotografar todo tipo de assunto com todo tipo de lente. Mas, para quem
está começando, é interessante conhecer as sugestões mais tradicionais:
Retratos
Lentes normais ou
teleobjetivas (entre
50mm e 100mm) são 10mm
consideradas as mais
adequadas para retratos
tradicionais, pois
garantem que não iremos
distorcer o rosto ou o
corpo de quem estamos
fotografando.
ulares
lentes grande-ang as da
distorcem as bo rd
o muito
imagem e não sã retratos
adequadas para 70mm
tradicionais.
29
30
1. aline
o dá
o fundo desfocad ra o que
pa
toda a atenção a pessoa!
interessa na foto:
o equipamento digital
Paisagens e ambientes internos
Fotos de arquitetura, paisagens e ambientes internos são algumas das situações que
pedem lentes grande-angulares. Essas lentes permitem incluir vários elementos na
cena.
2. lima, peru
3. manaus/AM
Dentro das grande-
angulares existe uma
subcategoria chamada
olho de peixe. Lentes
olho de peixe oferecem
um ângulo ainda maior
de visão, mas com uma
distorção bem grande.
Essa distorção deve ser
usada com cuidado para
que o efeito não vire
defeito ou lugar comum.
e
e o lh o de peix
t
a len a grande .
cria umão na imagem
d is t o r ç
31
Astronomia, esportes e animais selvagens
32
Lentes super teleobjetivas (acima de 200mm) são bastante indicadas para tudo
que está bem longe. Essas são aquelas lentes que parecem uma bazuca, usadas por
fotógrafas no campo de futebol. Para fotografar a lua, esportes, pássaros e leões, o
ideal é apostar em uma dessas.
lentes ma Eventos
permitem cro ou micro
de pertin fotos bem
ho. O tipo de lente usada para eventos depende do nosso
estilo. Tem gente que gosta da versatilidade das lentes
zoom, tem gente que gosta de trabalhar com grande-
angulares e outras que preferem ficar nas lentes
normais.
33
34
ja, a
e u m a igre bem
d é
dentrormalmente er uma
n o t
luz da. ajuda a captar
limita que consig
lente nte luz.
basta
6. casamento
Formatos de arquivo
Existem vários formatos de arquivo digital para nossas imagens. Você provavelmente
conhece o JPG, que é o padrão na maioria das câmeras e celulares. Porém, além
dele, você vai gostar de conhecer também um formato que permite mais qualidade
e controle sobre sua foto. Este formato é chamado de arquivo RAW. Ao usar uma
câmera mais avançada, você normalmente terá a opção de escolher entre os dois.
o equipamento digital
Para fazer uma foto, a
imagem registrada no
sensor é interpretada por
um pequeno computador
QUALIDADE
que fica dentro da
câmera. Depois de RAW
interpretar a imagem, esse
computadorzinho grava as JPG
informações no cartão de
memória.
A diferença entre o formato RAW e o formato JPG é que o formato RAW grava tudo
que a câmera viu, enquanto o JPG tem uma outra etapa: antes de gravar no cartão
de memória, a câmera interpreta as informações e comprime tudo em um arquivo
menor.
Usamos o formato RAW para manter todas as informações da imagem que foram
capturadas pela câmera. Assim conseguimos, por exemplo, editá-la no Photoshop ou
no Lightroom tendo mais controle sobre a qualidade e recuperando informações que,
no arquivo JPG, teriam sido jogadas fora para economizar espaço.
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A desvantagem do arquivo RAW é que, além de ocupar bem mais espaço no nosso
36
computador (os arquivos podem ter 3x o tamanho de um arquivo JPG), ele precisa
ser processado. Como não é uma foto pronta, você precisará abrir o arquivo em um
aplicativo de pós-produção e, para imprimir ou postar na internet, será necessário
salvar uma cópia em um formato mais amigável (como o próprio JPG.)
Acessórios
Dica
Use um leitor de cartão Cartões de memória
de memória para baixar
Existem vários tipos de cartão de memória, e você deve
as fotos. Ligar a câmera
direto no seu computador checar com cuidado qual o tipo que sua câmera utiliza
com um cabo USB é um antes de comprar um novo. Hoje, a maioria das câmeras
péssimo método: se a modernas utiliza os cartões CF (Compact Flash) ou SD
bateria acabar no meio da (Secure Digital).
transferência, os arquivos
podem ser corrompidos.
o equipamento digital
Lembre-se que suas fotos ficarão guardadas neste
Dica
cartão. Por isso, compre cartões de qualidade. Esses
Para evitar perder fotos
cartões podem custar um pouco caro, mas valem o
importantes, muitas
investimento (a dica de comprar usados vale aqui
pessoas gostam de
também). Fazer lindas fotos e depois ter os dados do
ter vários cartões de
capacidade menor, ao invés cartão de memória corrompidos não é nada legal!
de ter um só cartão de
A capacidade do seu cartão é o que define a quantidade
muita capacidade. Assim,
você espalha fotos por
de fotos que cabem nele. Um cartão de 64GB, por
vários cartões ao invés de exemplo, pode armazenar mais de mil fotos RAW de
depender de somente um, uma câmera de 16MP.2
que você pode perder em
um acidente ou por azar Se você quer fazer várias fotos sequenciais ou gravar
mesmo. Ao invés de ter vídeo, é interessante checar a velocidade de gravação
um só cartão de 32Gb, é do seu cartão. A velocidade do cartão é identificada
possível espalhar as fotos em megabytes por segundo (como 50MB/s) ou em um
em 4 cartões de 8Gb. múltiplo de 150kB/s (como 300x, que seriam quase os
mesmos 50MB/s do exemplo anterior.) Ou seja: usando
um cartão de velocidade 50MB/s ou 300x sua foto
levará meio segundo para ser gravada e, mesmo que
sua câmera fotografe 5 fotos por segundo, o cartão não
conseguirá aguentar o tranco.
Baterias
Dependemos de uma fonte de energia para fotografar
digitalmente. Por isso:
2
A quantidade de fotos que cabem no seu cartão depende do formato escolhido (RAW ou JPG) e da
resolução da sua câmera. Faça o cálculo checando o tamanho médio dos seus arquivos e dividindo o
tamanho do cartão por este valor.
37
Use originais: Pague mais caro nas baterias originais da sua marca. As genéricas não
38
Acessórios de limpeza
Para evitar manchas nas suas fotos, é importante
manter seus equipamentos limpos. A limpeza pode
ser feita com acessórios especializados. Para limpar
lentes, use um pincel para tirar os resíduos (deixe a
lente de cabeça para baixo) e uma flanelinha para
tirar manchas de gordura, como quando colocamos
o dedão na lente. O sensor também precisa estar
limpo, e muitas impurezas podem grudar nele
quando você troca de lentes. Embora existam
acessórios para isso, é melhor levar em uma
assistência técnica caso não tenha experiência em
manuseá-lo.
Filtros
Filtros são acessórios óticos colocados em frente à lente para correção ou criação
de efeitos. Existem dois tipos de filtros: os circulares e os quadrados. Os circulares
funcionam rosqueando o filtro diretamente na lente. Os quadrados são encaixados
em um suporte rosqueado na lente.
ular
drado filtro circ
filtro qua
o equipamento digital
Hoje em dia, os filtros que criam efeitos (como colorir uma parte da foto) estão sendo
aposentados, pois muitas vezes é mais prático recriar este efeito na pós-produção
sem perder nenhuma qualidade.
Os filtros que ainda continuam sendo úteis são aqueles que fazem o que não dá pra
fazer depois, como lidar com a iluminação.
Três desses filtros são muito conhecidos: o filtro polarizador, o filtro de densidade
neutra e o filtro graduado de densidade neutra.
39
às vezes os de
40
precisam para
menos luza foto
fazer um a.
como ess
9. rio de janeiro/RJ
sidade
na foto sem o filtro graduado de den quando colocamos o filtro, o
céu
neutra, o céu fica muito clar o. volta a aparecer.
41
Seu laboratório
42
Dica
PC ou Mac? A marca e o
Hoje, para felicidade de pais, mães, e cônjuges, não
sistema operacional do seu
precisamos mais dedicar o banheiro da nossa casa para
computador são totalmente
irrelevantes. Como sempre, montar um laboratório fotográfico!
minha dica principal é:
Mas ainda é necessário pós-processar nossas fotos,
independente se você vai
assim como fazia-se antigamente. Mesmo que você
de PC ou Mac, compre um
computador usado e o não goste de manipular suas fotos até que fiquem
custo/benefício será muito irreconhecíveis, vai ser necessário prepará-las de forma
maior. adequada para publicar no seu blog ou para mandar
para a impressão.
Fotos digitais são muito fáceis de perder: é só acontecer uma pane no seu
computador e você não conseguirá recuperá-las. E uma pane no computador não
é uma possibilidade remota: todas essas tecnologias nas quais depositamos toda
nossa vida e confiança vão nos deixar na mão mais cedo ou mais tarde. É impossível
dizer se seu computador vai falhar hoje ou em dez anos, mas acredite em mim: um
dia, vai acontecer! E, além das panes tecnológicas, ainda podemos sofrer outros
tipos de intempéries como assaltos, incêndios ou crianças que colocam coisas no
microondas.
Faça cópias das suas imagens o quanto antes. Fotos não podem ser repetidas. Perder
fotos pessoais pode ser muito triste, mas perder as fotos daquele casamento que
você fotografou é uma maldade e falta de respeito por quem te contratou.
O ideal é você usar ao menos dois métodos de backup: um local e um remoto. Assim,
em caso de roubo ou incêndio, por exemplo, seus arquivos ainda estarão a salvo em
outro espaço físico.
43
44
Backups locais
HDs externos são ótimas opções para fazer cópias dos seus arquivos. Se você quiser
segurança reforçada, procure por sistemas RAID. Esses sistemas possuem mais de
um HD externo no mesmo conjunto, e guardam os arquivos de forma redundante (ou
seja, se um dos HDs do conjunto falhar, você ainda tem uma cópia em outro.)
Outras formas de backup local são mídias óticas (como CDs ou DVDs), pendrives e o
Time Capsule, da Apple.
Backups remotos
Você pode fazer backup das suas fotos e levar o HD para a casa da sua mãe, mas
isso talvez não seja tão prático. Uma boa opção para backups remotos é enviar
seus arquivos para a nuvem. Alguns serviços como o Backblaze e o Crashplan são
conhecidos por permitirem um backup online contínuo dos seus arquivos (inclusive
aqueles que estão em HDs externos) e por terem um bom custo/benefício.
O método infalível
Em cinquenta anos as únicas fotos que irão ter sobrado de hoje, provavelmente,
serão as que estão no bom e velho papel. Quer usar um método infalível de
backup? Imprima suas fotos e guarde com carinho. Esse é o único método que
comprovadamente funciona desde que a fotografia foi inventada.
o equipamento digital
está gostando do
livro?
então considere fazer uma
contribuição do valor que
estiver ao seu alcance :-)
Ao falar sobre luz, usarei bastante o termo foto bem exposta. Mas o que é isso?
10. paquetá/RJ
foto bem
exposta.
a técnica
foto
osta.
superexp
foto
ta.
subexpos
49
Uma foto escura pode estar bem exposta? Pode. O problema é se ela está escura
50
quando não deveria estar! Subexposta não quer dizer escura, e sim com menos luz
do que queríamos. Superexposta não quer dizer clara, e sim com mais luz do que
queríamos.
Tecnicamente, buscamos
11. sil
mas
s ta foto e stá escura, é
e objetivo. ela
esse era o a bem exposta.
considerad
12. fernanda
uma
esta foto tem média. ela é
d e
luminosida bem exposta.
considerada
Leia a @#$%& do manual
Este livro pretende ser um guia para quem está
Sugiro um começando a se aventurar na fotografia com câmeras
exercício: por que possuem mais funções e permitem mais controle.
padrão, sempre As configurações normalmente possuem os mesmos
que você tira uma nomes, mas a localização dos botões e dos menus
foto a câmera
a técnica
muda de modelo para modelo, de fabricante para
mostra o resultado fabricante, e de época para época. É essencial que
no LCD. Procure você entenda o seu próprio equipamento e saiba quais
no seu manual botões fazem o quê.
como desligar
essa visualização Para isso, é indispensável ler o manual. Inteirinho.
automática. Várias vezes. Leia sobre cada função e pratique uma a
uma. Só volte aqui depois de ler tudo!
Os modos da câmera
Neste livro, vamos fotografar usando o modo manual. Neste modo, todas as
configurações são definidas por nós. Ele é representado usando a letra M.
51
Porém, na vida real, nem sempre é o modo que utilizamos. Não acredite quando
52
alguém falar que fotógrafas de verdade só usam o modo manual. Isso é besteira.
Primeiro, quem decide quem é fotógrafa de verdade? É quem ganha dinheiro com
fotografia? É quem tem exposições em museus? É quem ganha mais curtidas e
compartilhamentos? Não existe fotógrafa de verdade, existe aquela que consegue
registrar uma foto do jeito que gostaria, usando as ferramentas disponíveis.
A sua câmera consegue fazer bastante coisa sozinha. E, muitas vezes, ela faz isso
mais rápido e de forma mais precisa que você. Usando o modo manual ou não, o
importante é ter controle sobre o resultado.
A luz e a fotografia
Nosso olho e nossa câmera trabalham de forma parecida: absorvendo a luz que
reflete nos objetos e transformando em imagens.
Vamos relembrar como funciona nosso olho? De forma bem simplificada podemos
dizer que os raios de luz refletidos nos objetos passam pela córnea e pelo cristalino,
que focaliza esses raios na retina. A córnea tem um formato convexo, fazendo com
que os raios de luz se concentrem na retina. A retina, por sua vez, é um conjunto de
células que são sensíveis à luz. Ela transforma essa luz em informação e envia uma
reprodução da imagem que está na nossa frente para o cérebro.
cristalino lentes
córnea
r
senso
retina
pupila diafragm
a
A fotografia usa este mesmo conceito: ao invés de uma pessoa, estamos falando de
uma câmera. Ao invés da córnea e do cristalino, temos lentes. Ao invés da retina,
temos um sensor. Ao invés do cérebro, temos um processador de dados e um cartão
de memória!
Nossas câmeras fotográficas se comportam assim como
nossos olhos. Quando usamos uma câmera totalmente
automática, como a câmera do celular, ela tenta formar
uma imagem nítida sozinha. Ao usar uma câmera
manual, temos controle sobre cada etapa, definindo
como a luz chegará no sensor.
a técnica
depois definimos as configurações ideais para usar na
câmera.
Se mesmo mexendo nessas três configurações você não conseguir uma foto bem
exposta, o jeito será alterar os fatores externos (o horário do dia, a posição da
modelo, o uso de iluminação artificial ou o tipo de lente utilizada.)
53
1. Abertura do diafragma
54
Dica
A primeira configuração que vamos conhecer para Cada modelo de lente
controlar a exposição é a abertura do diafragma. tem aberturas máximas
e mínimas diferentes. As
O diafragma fica dentro da sua lente e se parece com lentes com valores f mais
isso: baixos (como f/1.4 e f/2.8)
permitem maior entrada
de luz, sendo uma ótima
escolha em situações de
pouca iluminação. Estas
são as lentes claras. Já as
lentes que apresentam
valores f maiores (acima de
f/5.6) deixam passar menos
luz, e são chamadas de
A luz vai passar por este buraquinho na hora da foto. lentes escuras.
a técnica
f/1.4 f/2.8 f/5.6 f/16
retra
abert to usando
ura f
/1.4
55
56
2. Tempo de exposição
sensor
Dica
O visor da sua câmera normalmente vai mostrar somente o número de baixo da fração. Quando
ela mostra o número “200”, o tempo “1/200” está selecionado. Para tempos mais longos ela usa
aspas para representar segundos: quando ela mostra 2”, o tempo “2 segundos” está selecionado.
200: 1/200 segundos | 10: 1/10 segundos | 0”6: 0.6 segundos | 2”: 2 segundos
a técnica
Quanto mais tempo a cortina ficar aberta, mais luz vai entrar e chegar no sensor.
Menos tempo, menos luz. Além de definir quanta luz entra, é com o tempo de
exposição que criamos efeitos que mostram ou congelam os assuntos que se
movimentam, como no exemplo abaixo.
tempo exemplo d
exemplo de foto que tem um o e de exposiç e foto que tem um
de exposição de 1/250 segund o movimen ão de 1 segundo e tempo
congela o movimento. to. mostra
16. curitiba/PR
57
Ao fazer uma exposição bem rápida, é possível congelar o momento que está à nossa
58
frente. Ao fazer uma exposição mais longa, tudo que se move irá ficar embaçado.
Você pode usar isso ao seu favor para dar a sensação de movimento.
Usar um tempo de exposição lento aumenta as chances de você tremer a foto com
o próprio movimento das mãos! Nessas situações, o ideal é utilizar um tripé. Para
saber qual é o tempo de exposição mínimo necessário para fazer fotos sem tripé,
você pode usar como base a distância focal: em uma lente de 50mm, use ao menos
1/50 segundos. Em uma lente 200mm, ao menos 1/200 segundos. Este é um cálculo
aproximado e não é exato: faça testes para descobrir o tempo mínimo que consegue
usar sem tremer.
O balde de água
3. ISO
Dica
O sensor precisa de uma quantidade ideal de luz para ISO não é um acrônimo que
formar uma foto. Controlamos essa luz com a abertura representa sensibilidade.
do diafragma e com o tempo de exposição. Mas se Esta sigla remete à
organização que define
a configuração desses dois itens não for o suficiente
padrões diversos, desde
para conseguir a luz necessária, podemos forçar o
o famoso ISO 9001 para
sensor a trabalhar com menos luz do que ele gostaria,
empresas, até o padrão de
aumentando a sua sensibilidade. Essa sensibilidade é sensibilidade de filmes e
definida pelo valor ISO. sensores.
Quanto maior o ISO, mais sensível ficará o sensor. Quando temos uma situação de
bastante luz, deixamos o ISO mais baixo para que a foto não fique superexposta.
Quanto temos pouca luz, deixamos o ISO mais alto para que a foto não fique
subexposta.
a técnica
Aumentar a sensibilidade do sensor pode parecer
a solução milagrosa para a exposição de qualquer
foto, certo? Mas infelizmente aumentar o ISO tem
uma consequência: a qualidade e a nitidez da foto
diminuem. Quanto mais alto o valor ISO, mais ruído
(aberrações em forma de grão) teremos na foto final.
ando ISO
esta foto usi bastante
5000 possu l.
ruído digita
17. rio de janeiro/RJ
59
Usando essas três configurações (a abertura, o tempo de exposição e o ISO)
60
conseguimos fotometrar uma cena. E agora voltamos ao nosso amigo fotômetro, que
nos ajudará na tarefa.
Fotometria
Nossa câmera possui um fotômetro embutido. Ele está lá para nos dizer como está
a luz de cada cena. Definiremos a abertura, o tempo de exposição e o ISO de acordo
com o que o fotômetro nos diz.
Sempre que você aponta a câmera para uma cena e aperta o botão disparador até
a metade (sem bater a foto), o fotômetro vai medir a luz e te dizer o que acha. Você
vai ver este fotômetro olhando pelo visor (ver mapa da câmera na página 13). Ele se
parece com isso (mas pode ser um pouco diferente dependendo do modelo da sua
câmera):
.
fotometro nikon fotometro cano
n.
Se o fotômetro achar que a foto está muito escura, o indicador irá em direção ao
símbolo de menos, assim:
Nesse caso, para absorver mais luz, podemos aumentar a abertura, aumentar o tempo
de exposição, aumentar o ISO, ou fazer uma mistura dos três.
Se o fotômetro achar que a foto está muito clara, o indicador irá em direção ao
símbolo de mais, assim:
Nesse caso, para absorver menos luz, podemos diminuir a abertura, diminuir o tempo
de exposição, diminuir o ISO, ou fazer uma mistura dos três.
Se o fotômetro achar que a exposição está adequada, ele vai ficar centralizado:
a técnica
Normalmente, procuramos mexer nas configurações até o fotômetro ficar
centralizado. Chamamos isso de zerar o fotômetro. Quando ele está assim, é como se
nos dissesse: “Ok, a foto está bem exposta, pode clicar!”
-2
Sugestão de exercício:
Escolha um assunto com
iluminação neutra, como
dentro de casa, e faça três
fotos com o fotômetro na
posição -2, +2 e 0.
+2
61
Pontos de exposição
62
1/60
1/30
1/15
1/8
1/4
1/2
4
de luz de 1/60.
1 ponto
100
200
400
800
1600
3200
1 ponto
ra usa
abertura: a abertu ados. A
Abertura pequena Abertura grande
Menos luz Mais luz
valores padrões fix entrar o
abertura f/8 deixa ertura f/11,
dobro de luz da abero 8 não
f/22
f/16
f/11
f/8
f/5.6
f/4
f/2.8
f/2
f/1.4
f/1
Quando medimos uma cena e o fotômetro aponta “-1”, quer dizer que a cena está
subexposta em um ponto. Para zerar o fotômetro, precisaremos deixar entrar o dobro
de luz. Faremos isso usando o dobro da abertura, o dobro do tempo de exposição, ou
o dobro do ISO.
1 ponto
Usando a mão para fotometrar
O fotômetro sempre busca a luminosidade média que
ele considera perfeita. Isso pode ser um problema
quando estamos fotografando algo que é escuro ou que
é claro. Faça o teste: escolha um objeto preto (como
uma camiseta) e tente fazer uma foto bem próxima.
a técnica
Se você zerar o fotômetro, a foto vai sair muito clara.
O mesmo acontecerá se fizer isso com uma camiseta
branca: ao zerar o fotômetro, a foto ficará escura.
ica
n c a , a cima, faixo,
ra ab
iseta b preta,
a cam a camiseta !!
cinza. za também
fica cin
Vamos tentar fazer as fotos das camisetas de novo? Desta vez, primeiro você deve
colocar sua mão próxima da camiseta, chegar bem perto com a câmera, apertar o
botão disparador até a metade, zerar o fotômetro, tirar a mão, e bater a foto.
63
2. Chegamos bem perto com a câmera para preencher
64
o!
fotômetr agora
ignore o sim
Modos de medição
a técnica
a fotometria.
No modo matricial, a câmera considera o quadro inteiro para medir a luz: soma cada
um dos pixels e faz uma média que fique com uma exposição correta.
l:
modo mpaegtraictoiados os
a câmera a média.
pixels e faz um
65
66
Balanço de Branco
Lembra que no começo contei que a luz bate em tudo que está por aí e reflete nos
nossos olhos e na câmera? O balanço de branco existe porque existem vários tipos
de luz e, dependendo da luz que bate na nossa cena, as cores podem ficar diferentes.
Isso acontece porque cada tipo de luz tem uma temperatura diferente.
a técnica
cima está
a foto de lada, e a
muito azu stá muito
de baixo ea.
amarelad
de
o balanço rreto
branc o c o
foto
para esta eio.
está no m
67
Procure no seu manual a forma de mudar o balanço
68
firo
o d e s t a foto, pre nço
s
no ca do de um ba la
,
o resulta anco mais quente .
de b r incorre t o
le sendo
mesmo e
Sugestão de exercício:
Faça a mesma foto
usando vários balanços de
branco diferentes e veja a
diferença.
Foco
a técnica
a.
foto focad foto fora de fo
co.
Conseguir fotos nítidas é importante em vários momentos, mas mais importante que
isso é você ter controle sobre o que está acontecendo.
o
e m foco eo O primeiro passo é decidir onde será o foco. Quero uma
t a r f o c
vai es r em é pessoa focada e um fundo desfocado? Quero foco na
o que ão vai esta ta decisão
n s
que a foto? E ue está e s m primeira ou na segunda flor? Depois, é só decidir como
na su tante: o q a com mai
impor o que fic fazer isso. Será que faço o foco manualmente ou no
foco é que. automático? Quais são as melhores opções?
desta
Ou seja: para fazer uma foto bem focada decidimos primeiro onde, e depois como.
69
Onde?
70
O maior erro aqui é deixar a câmera decidir onde o foco vai ficar. Gosto de deixar
a câmera decidir algumas coisas, principalmente quando se trata de cálculos
matemáticos, mas ela é uma ferramenta fria e calculista! Ela não sabe o que é mais
importante na foto, por mais tecnológica que seja. Se você quer fazer o foco no
terceiro cílio do olho esquerdo da sua modelo, como sua câmera vai saber disso?
Existem muitas regras que dizem exatamente onde o foco deve estar em
determinados tipos de fotos. Em retratos, o foco deve sempre ficar nos olhos da
pessoa. Em fotografias de paisagens, costumamos deixar tudo em foco.
21. andy
No caso de paisagens podemos fazer a mesma avaliação: quando estamos no
mirante do Machu Picchu é a soma de toda a paisagem que tem o papel de nos
deslumbrar.
a técnica
tudo em fo
tentar reprco, para Lembre-se: o que define o quanto da cena está em
sensação d oduzir a
e estar lá. foco é a profundidade de campo, como explicado na
página 54.
71
Como?
72
Não existe método perfeito de focagem: cada pessoa deve usar a técnica que acha
mais prática e confortável.
Vamos conhecer alguns dos métodos? Depois de testá-los por algum tempo você
poderá escolher o seu preferido para cada situação.
AF MF
botão de
de foco. modo
a técnica
luminoso no visor (normalmente uma bolinha.)4
Contaremos para a câmera onde queremos o foco usando os pontos de foco. Eles são
aqueles pontinhos espalhados quando olhamos para o visor.
3
Você também pode usar outro botão para fazer o foco, veja como fazer isso no manual da sua câmera.
4
Essa bolinha e este bip são o sinalizador de foco adquirido. Ele também funciona se você aperta o botão
até a metade enquanto faz o foco no manual.
73
Os pontos de foco da sua câmera podem ser diferentes dos ilustrados aqui: existem
74
Mas eles sempre fazem a mesma coisa: nos ajudam a contar para a câmera
onde queremos o foco. Vamos selecionar um desses pontinhos e vamos deixá-lo
exatamente em cima do que queremos focar.
Cada modelo de câmera tem seus pontinhos e suas funcionalidades, é preciso ler
o manual e praticar para conhecer as opções que sua câmera oferece. Aqui vou
apresentar duas técnicas utilizadas por bastante gente, independente de seus
equipamentos.
Dica
É preciso tomar cuidado com a opção de selecionar todos
os pontinhos. Isso não quer dizer que a câmera irá focar em
tudo: só quer dizer que ela vai escolher um dos pontinhos
sozinha. E ela normalmente vai escolher o ponto mais fácil.
Lembre-se quando falei sobre ter controle sobre o que está
acontecendo: deixar todos os pontinhos selecionados é o
mesmo que deixar a câmera decidir por você onde o foco deve
ficar.
Para usar esta técnica é só fazer o seguinte: primeiro, defina onde será o foco.
Digamos que você quer focar no olho da modelo em um retrato. Com o ponto de
foco central selecionado você o coloca em cima do olho da modelo. Aí você aperta
o botão disparador somente até a metade e, mantendo-o pressionado, refaz a
composição. Ao chegar na composição desejada, aperte o botão até o final para fazer
a foto.
Esse método é bem conhecido e utilizado pois pode ser Dica
feito bem rapidamente. Porém, dependendo da situação, Para não perder o foco,
ele pode causar um erro na focagem, que se perde evite usar esta técnica
justamente entre o momento do foco e o momento de se estiver usando uma
recompor (apêndice 4: o plano de foco). abertura muito grande ou
se estiver muito próxima do
assunto fotografado,
a técnica
nto central
coloque o po quer focar e
no local ondebotão disparador
mantenha o até a metade. refaça a c
pressionado aperte o bomposição e
otão até o
final.
75
Método 2: Compor, escolher o pontinho
76
era
r e e m sua câm equivalente e focar
proc u da o
que mu
o botão foco. Outra forma bastante conhecida de focar é compor,
e
ponto d selecionar o pontinho mais próximo de onde você quer
o foco, apertar o botão até a metade até sua câmera
indicar sucesso, e clicar até o final.
a técnica
Nesses casos você deve procurar um ponto com mais
contraste ou passar para o modo manual.
23. samanta
aqui funcio
na
aqui não
funciona
Quando sua lente estiver com dificuldade em focar, procure apontar para áreas com
mais contraste.
77
Como segurar uma câmera grande?
78
Porém, ao usar uma câmera com lentes maiores é importante equilibrarmos o peso
de todo o conjunto. A mão que segura a câmera é a direita. Pois é, eu também sou
canhota mas infelizmente não fabricam câmeras às avessas para nós. Todas têm uma
empunhadura – um local especialmente feito para você agarrar bem firme. Logo ali
em cima da empunhadura é onde também fica o botão disparador.
Com a mão direita ocupada com nada mais nada menos do que segurar a câmera e
tirar as fotos, o que fazer com a esquerda? Segure a lente! Às vezes a lente pesa mais
do que a própria câmera, e segurá-la firme é essencial para manter a estabilidade.
Além disso, a mão esquerda também ficará responsável em controlar o anel de zoom
ou de foco (caso esteja usando uma lente zoom ou o foco manual.)
câmera gr
ande.
Olhar pelo visor, ao invés de usar o LCD, também garante mais estabilidade – afinal
seu rosto vira um terceiro ponto de apoio. Prender a respiração durante o clique e
apoiar a câmera no seu ombro esquerdo (embora exija um pouco de contorcionismo)
podem garantir fotos nítidas com tempos de exposição que você nunca imaginou.
Não estou conseguindo acertar o foco, o que pode
ser?
Se você está tendo dificuldade em fazer fotos bem focadas, provavelmente é por
algum ou vários desses motivos:
a técnica
Problema: você não está segurando a câmera firme o suficiente.
Problema: ao usar o foco automático, sua lente está sempre focando um pouco
à frente ou um pouco atrás de onde deveria. Este problema é conhecido como
backfocusing ou frontfocusing.
Solução: antes veja se o problema não é você (usar o método de focar e recompor é o
principal motivo para erros de foco deste tipo). Se o problema for na lente você pode
procurar no seu manual da câmera opções de micro focusing adjustments ou micro
ajustes de foco.
Solução: nem sempre o melhor método de focagem é bom para todas as situações. Se
você está tendo dificuldade somente em um tipo de foto teste novos métodos. Aberturas
e distâncias focais diferentes pedem métodos diferentes. Além disso, ninguém consegue
fotos perfeitamente focadas todo o tempo, é normal errarmos de vez em quando.
Problema: já tentei tudo e ainda assim minhas fotos saem fora de foco.
Solução: no caso de lentes mais baratas, a nitidez pode ser limitada e é possível que este
é o melhor que ela pode te oferecer. Se o problema acontece com uma boa lente leve seu
equipamento para uma assistência técnica para checar se o problema não é na própria
lente ou na câmera.
79
Os segredinhos para fotos ainda
80
mais nítidas
Estes segredos são perfeitos para serem usados
isoladamente ou em conjunto para conseguir fotos
supernítidas!
Tripé
Disparador remoto
Temporizador
a técnica
que podem diminuir a nitidez da imagem em algumas
situações. Ao usar teleobjetivas ou lentes macro entre
1/30 e 1/4, primeiro levante o espelho e depois faça a
foto. Será preciso clicar duas vezes (uma para subir o
espelho, e outra para bater a foto.) Veja se sua câmera
possui esta opção e como ativá-la lendo o manual.
Cada lente tem um ponto de abertura onde a foto tem máxima nitidez. Normalmente
é um ou dois pontos depois da abertura máxima (em uma lente de abertura máxima
f/2.8 a provável melhor abertura é f/5.6).
Mas cada lente tem sua personalidade, então o melhor é testar. Com lentes zoom é
possível que cada distância focal tenha uma abertura de melhor nitidez equivalente.
Teste suas lentes e descubra: coloque a câmera em um tripé, selecione um foco
manualmente e faça várias fotos exatamente iguais, mudando somente a abertura e
o tempo de exposição. Depois, compare-as no computador com ampliação máxima.
81
Mantenha tudo limpo
82
Pessoas caprichosas
mantém seus
equipamentos
impecavelmente limpos.
Pontos de gordura nas
lentes ou pó podem ser
retirados com panos
que não soltem fibras,
ou mesmo com alguns
produtos especializados.
Lentes de qualidade
Já para quem faz fotos com luz abundante, como em estúdio, o investimento pode
não fazer tanta diferença. A quantidade de luz dessas situações permite o uso de
tempos de exposição rápidos e que não tremem a foto.
a técnica
Técnica na prátca
1. Encontre o objeto de iluminação média que vai usar para fazer a medição (como
a palma da sua mão);
2. Aponte para ele, aperte o botão disparador até a metade, e mexa nas
configurações (abertura, tempo de exposição e ISO) até zerar o fotômetro;
5. Aperte o botão disparador até a metade para fazer o foco onde quiser e
mantenha-o pressionado até bater a foto;
6. Bata a foto.
Se, na hora de fazer a próxima foto, o ambiente tiver as mesmas condições de luz
da primeira, você pode pular os primeiros passos e ir direto para o 5, sem mexer nas
configurações de abertura, tempo de exposição ou ISO.
83
Como fotografar na contraluz
84
e fazer silhuetas
Ao fotografar uma pessoa na
contraluz a câmera pode achar
que está tudo muito claro e acabar
deixando a foto mais escura do que
deveria. Você pode usar a técnica
da mão para fazer uma fotometria
correta.
24. lisie
a técnica
Para conseguir esse efeito
podemos também usar a
técnica da mão, da mesma
forma que fizemos no
primeiro exemplo. Porém,
o contorno só será visível
se atrás da pessoa houver
um fundo que também
está projetando sombra
em si mesmo. Veja no
esquema:
25. adrielly
85
Como fazer fotos com o fundo desfocado
86
Distância focal
a técnica
Distância entre o assunto
e o fundo
87
Um tripé ou um ISO alto.
88
Dica
Fotos noturnas normalmente exigem estabilidade Câmeras compactas
para fazermos longas exposições. Falei sobre tripés possuem modos específicos
na página 80 e também dou uma dica de tripés mais para fotografar à noite.
Use-os para conseguir
compactos na página 168.
fotos nítidas e com boa
Se você não tiver um tripé, também dá para subir o ISO iluminação. Esses modos
sem medo! O ruído resultante pode ser suavizado na podem ser chamados de
noturno, noturno com
pós-produção ou pode ser incorporado na foto.
flash, retrato noturno,
paisagem noturna, ISO, alta
sensibilidade, entre outros.
Veja no seu manual.
27. rio de janeiro/RJ
o ruído
é um pr nem sempre
deixe de oblema, não
por cau fazer a foto
sa dele.
Use o (subsestimado) nivelador da sua câmera
a técnica
Choveu? Fique feliz!
89
Aberturas bem fechadinhas
90
o movime
interesse nto traz mais
para esta
foto.
tudo que
vira estre é ponto de luz
la.
Procure métodos alternativos de iluminação
a técnica
esse tomilho
foi iluminado
usando uma
vela
Sei que uma das grandes dificuldades da fotografia noturna é a parte mais técnica.
Embora cada situação seja única (pra variar!), algumas dicas são válidas:
Para focar: use o liveview (tela LCD) da câmera e dê zoom (na visualização) para focar
manualmente. Normalmente é mais fácil focar em pontos de luz do que em outras
áreas. Eu não costumo confiar no foco automático nesses casos.
Para a foto não ficar com muito ruído: aposte na longa exposição ao invés do ISO alto.
Mas, pessoalmente, não acho que o ruído é algo tão do mal assim.
Para a foto não ficar tremida: o tripé é seu amigo, mas se não tiver um disponível,
apoie a câmera em um banco, no chão, no muro, em qualquer lugar. Só não vale achar
que vai ser possível segurar a câmera na mão por 2 segundos sem tremer.
Para a foto não ficar escura: a fotometria de uma cena noturna é diferente da cena
diurna. Dificilmente seu fotômetro ficará zerado. Embora, repito, situações diferentes
peçam soluções diferentes, lembre-se que a tendência é que o fotômetro fique um
ou dois pontos no negativo. Na dúvida, teste e refaça.
91
Como fazer panning
92
O passo-a-passo:
2. Aponte para o seu assunto, que está se movendo, e mova a câmera junto com
ele;
3. Clique e comece a tirar a foto. Continue seguindo o seu assunto com a câmera;
a técnica
subexpor a foto um pouquinho.
93
Se você está usando o modo de medição pontual, pode apontar para uma parte
94
Dica
faça a fotometria
aqui Muitas câmeras compactas
oferecem a opção de
compensar a exposição
para cima ou para baixo.
Você encontra essa
configuração em um ícone
EV. Ao fazer fotos do pôr do
sol você pode compensar
a exposição em um valor
negativo e conseguirá
melhor profundidade de
cores e detalhes.
não faça a
fotometria aqui
(vai ficar muito
escuro) ícone EV
a técnica
está gostando do
livro?
então considere fazer uma
contribuição do valor que
estiver ao seu alcance :-)
Depois de responder essas perguntas, você terá um ponto de partida para iniciar a
composição. Analise:
Os elementos formais
São sete os principais elementos formais das artes
visuais. Eles nos auxiliam a entender a estrutura de
uma fotografia. Para que uma imagem seja formada,
pelo menos alguns desses elementos estarão sempre
presentes. Os elementos, em si, são como as letras do
alfabeto: não têm significado próprio. É a forma de usá-
los que nos ajuda a passar uma mensagem.
99
1. Linha
100
Uma foto mostra o mundo em duas dimensões. Nela, linhas que não existem na vida
real (como as linhas de uma escultura) passam a existir. Dá pra dizer que não existe
fotografia sem linha, pois é ela que delimita tudo que está no quadro.
Para entender melhor o que é a linha, imagine-se desenhando uma foto. Por onde
você começa? Normalmente, pelas linhas!
am os
linhas delimit agem.
objetos da im
Além de delimitações literais, as linhas podem ser
também somente sugeridas. No exemplo abaixo, as
linhas que formam as parreiras são complexas, mas
a organização delas no quadro sugere duas linhas
simples convergentes:
101
Linhas normalmente não existem de forma pura em
102
das)
linhas (sugeriazem a
retas que tr ordem.
sensação de
linhas
curvada(sugeridas)
trazem s que
orgânic a sensação
naturez a da
a.
como
a foto
em um objetivo é
essa, o iar a textura
evidenc velho.
do píer 39. giovanni
a pele
delicad do bebê é
luz sua a, e usando u
esta cave evidenciam ma
racterís os
tica.
103
3. Cor vermelho
104
verm
elho lara elho
Todo mundo aprendeu vermoleta nja
vi
um pouquinho sobre
lara
eta
cores na pré-escola. Para
v i ol
nj a
a fotografia, no entanto,
precisamos saber um
amarelo
pouquinho mais do que
laranja
violeta
aprendemos com a tinta azul
guache. Começamos
observando o círculo
am
cromático:
zul
are
a
lo
de ve
ver ul am rde
are
az lo
verde
A cor é um dos elementos mais poderosos e versáteis que existem. Podemos dar
destaque a algum elemento usando somente uma cor. Podemos também criar
equilíbrio usando uma combinação de cores.
Vejamos a temperatura da cor: cores mais quentes (amarelo e laranja) trazem uma
sensação de aconchego e calor. Cores mais frias (azul e roxo) trazem uma sensação
fria e estéril.
core
s fr
ias
a ,
foto amarelad
trazendo
aconchego.
41. tromso, noruega
cores an
álogas.
105
Cores complementares
106
cores lementares.
comp
o verde são
o vermelho e e cores que
um exemplo d e.
criam contrast
4. Luz e Sombra
Uma f
As fotos em preto e branco dependem totalmente deste
escura oto
elemento, já que não possuem cor. ser mis pode
teriosa
.
107
108
5. Volume
46. inhotim/MG
uso de
perspectiv
para mos a
a profund trar
da cena. idade
Podemos evidenciar ou
diminuir o volume de um
objeto. Por exemplo: se
você fotografa uma bola
com uma luz totalmente
regular é possível que ela
de
mais pareça um círculo do
b o la il uminadae
que uma bola. uma regular pod
forma um círculo.
parecer
6. Forma
47. salvador/BA
os
ão vendo
mesmo n, é possível
detalhes er uma pessoa
reconhec forma.
por sua
109
A forma é muito importante, pois é ela que nos faz
110
7. Espaços
Dica
Na fotografia e no design
usamos este espaço
negativo para dar destaque
ao assunto principal. O
maior erro de quem está
começando é ter medo
de deixar espaços vazios.
Mas lembre-se que quanto
mais espaço vazio, mais
destaque você dá para o
assunto principal, e não o
contrário!
111
Como juntar os elementos no quadro
112
1. Equilíbrio
Ao olhar uma foto equilibrada nosso olhar viaja dentro da imagem. Ao olhar uma
foto desequilibrada nosso olhar procura o que está faltando. Para conseguir o
equilíbrio, distribuímos os elementos no quadro de forma que eles se complementem
ou façam sentido.
nesta fot
canto infeo, a pedra no
equilibra rior esquerdo se
grande nocom a montanha
direito. o canto superior
foto na d lago, cortando a
dois elem iagonal, divide os
entos.
51. kvaløya, noruega
a, feita
uma foto parecid o
de outro ângu lo , nã
como
inclui a pedra. vejaficar
o vazio faz a foto
desequilibrada.
52. mari
stumam
números ímpares comais
criar um eq uil íb rio
res. nesta
agradável do que pa úmero
(n
foto, três ciclistas m com uma
ímpar) se equilibra ima pessoa
(número ímpar) últ
no fim do quadro.
113
2. Contraste
114
O contraste é o uso de
iluminação ou cores para
definir o caminho do olhar
de quem observa. Para
garantir a separação de
assunto e fundo, usamos
cores complementares ou
luz e sombra.
a ir
lh a r costumpartes
o s
nosso iro para a de uma
i m e
pr iluminad plo, a s
mais neste exem lo ocupe
foto. ra a mode o quadro,
embo espaço n ência por
pouco ca em evid ais claro.
ela fi assunto m
ser o
54. carol
ostra que
a repetição mfoto é 3. Repetição
o assunto da estres”,
“desenhos rupmos, de
mas não nota desenho O uso de elementos parecidos em cor ou formato cria
partida, cada . um padrão que pode ser abstrato ou enfatizar um
individualmente
assunto sem dar atenção para cada elemento.
55. museu de arqueologia do xingó/AL
4. Ênfase
a modelo
É o destaque dado para o assunto principal da foto. pois é o e está em ênfase
Quase sempre existe algum assunto principal, e mais nitid lemento com
do quadroez e iluminação
procuramos dar toda a ênfase a ele. Podemos fazer isso .
usando luz/sombra, cores e desfoques.
56. shirlley
as bande
em primeiras tanto
quanto lá iro plano
criam pro no fundo
e fazem o fundidade
viajar pela olhar
foto.
115
6. Proporção
A proporção é o que
distribui os elementos
no quadro de acordo
com a sua importância e
tamanho.
rvore
m o n t a nha, a á recem
a soas pa u
e as pes antes pois o cé
ins ig n if ic ar t e d a
maior p
toma a .
imagem
7. Unidade
59. barra da guaratiba/RJ
tudo que
deve ter está na foto
na dúvida sua função.
elemento é melhor ter
que elemes de menos do
ntos dem
ais.
Regras de composição
nesta foto o b
e ele se encontarco é o ponto de destaque,
esquerda: o re ra na convergência inferior
negativo e dá costante da cena é espaço
ntexto.
117
61. monica
118
em retra
buscamostos
os olhos n manter
superior. o terço
a g e m existemsse:
re
nesta im o n t o s de inteoeira.
dois p da e a cach cada
a esca equilibram, uma
elas se calizada em da velha.
uma lo ção do jogo
interse
Acredite em mim.
anquilas
pessoas tr de barco pelo
passeando a foto torta
mar... não, l.
não é lega
Parece radical, mas o motivo é simples: entortar a foto é um ótimo método para fazê-
la remeter a movimento e caos, criando tensão. O problema é que a maioria das fotos
tortas que vejo por aí são de pessoas paradas, objetos inanimados, paisagens imóveis
ou momentos tranquilos!
119
120
O único bom motivo para fazer uma foto torta é para o horizon
foto só fute torto nesta
acompanhar e evidenciar movimento ou criar tensão. evidencia nciona pois
No cinema, esta técnica é chamada de dutch tilt. o caos. o movimento e
Caso nada dê certo e não exista outra opção, alinhe a imagem na pós-produção. O
chato dessa alternativa é que você acaba perdendo parte da sua foto.
Se quer encaixar mais coisas na foto, mude seu posicionamento. Se quer uma
foto mais criativa, use a composição e a luz. Mas, por favor, deixe seu horizonte na
horizontal!
Uso de molduras
Colocar um elemento neutro e discreto em volta do assunto principal pode ser uma
boa opção para conseguir evidenciar o que é importante.
66. niterói/RJ
uma moldura. Ela pode ser
óbvia, como uma janela.
Ela também pode ser
somente induzida, usando
elementos desfocados e
naturais.
a
to usa
esta fo como
cavernaa.
moldur
A moldura está lá
somente como figurante,
e o ideal é que ela não
chame muita atenção.
Podemos esconder seus
detalhes usando sombras
ou desfoques.
121
Além de apontar para
122
o assunto principal da
imagem, a moldura
também ajuda a dar um
contexto contando parte
da história.
68. luar
Simplicidade na composição: mostre só o que é
importante
Um dos segredos para conseguir fotos mais bonitas é mostrar somente elementos
que são importantes e relevantes. Uma foto poluída não é necessariamente uma foto
com muitos elementos, e sim com muitos elementos que não adicionam nenhuma
informação importante na imagem ou que aparecem na foto de forma desorganizada.
ente
a n d o f o c amos som
qu teressa a
no que in muito mais
foto fica nte.
interessa
123
Definir o seu
124
posicionamento é o
primeiro passo. Antes de
levantar a câmera, passeie
e veja a diferença de cada
ângulo na cena. Veja onde
a luz está batendo e o que
ela está evidenciando.
Escolhido o ângulo,
aponte a câmera e veja o
que ela está mostrando
no quadro.
Adoro usar o sol como fonte de luz: ele está lá disponível para todo mundo, é de
graça, e não é preciso trocar suas pilhas.
Uma das dicas de fotografia mais tradicionais quando usamos a luz natural é:
fotografe sempre na hora mágica. A hora mágica é aquele momento em torno do
nascer e do pôr do sol. Neste momento, a luz está suave e dourada e o céu está com
cores lindas. Seguindo esta linha de pensamento, também se diz por aí para nunca
fotografar ao meio dia, pois neste horário a luz está muito forte, criando sombras
feias e duras.
125
126
127
Se foi imprescindível
128
marcar um retrato
durante um horário em
que o sol está a pino,
você pode aproveitá-
lo para trabalhar fotos
mais contrastadas e
dramáticas. Só tome
cuidado com expressões
desconfortáveis: a
tendência é que a gente
aperte os olhos quando
o sol está na nossa cara.
Em retratos tradicionais,
onde a pessoa está
olhando diretamente
para a câmera, talvez seja
necessário procurar uma
sombra.
74. michele
ção
esta foto com ilumina mo
mesmo quand
dramática foi feita
co a pino é possí o o sol está
sol forte. ou criar uma vel buscar
sombra.
75. cristiane
O mais importante para se trabalhar com a luz natural é entender que é ela quem
manda. Se você planejou uma foto específica e o tempo virou, não dá pra insistir: seja
flexível e trabalhe com a luz que a natureza te deu.
A fotografia preto e branco
O primeiro motivo para que a foto em P&B não morresse foi a reação de
profissionais da época. Assim como ainda hoje é possível escutar gente negando
a validade da fotografia digital em relação ao filme, na década de 40 fotógrafas
negavam a novidade da fotografia colorida. Essa modinha estaria depreciando
a fotografia de verdade. É comum isso acontecer a cada mudança de estilo ou
tecnologia: até mesmo Monet era visto como alguém que estava depreciando a arte
de verdade pela crítica da época, que negava o impressionismo.
129
Mesmo com o choque inicial, a fotografia colorida desde
130
um dia nublad
já não tem co o
mesmo… res
Retratos
131
78. angelica e leandro
O que falar quando vamos fotografar uma pessoa? Como deixá-la à vontade e evitar
a trava que acontece quando apontamos uma câmera? De onde vem aquele sorriso
verdadeiro e aquele olhar de cumplicidade que nos encontra do outro lado da foto?
a direção afe
sensações quetiva busca
vão além da fo
to.
80. cassio e juliano
133
Durante todo o ano de 2014 levei uma oficina de
134
“O que eu faço?”
Aponte uma câmera para alguém e espere alguns
segundos. Logo, a pergunta virá. “O que eu faço?”
E ela vem porque toda vez que alguém aponta uma câmera pra gente, gostando ou
não, nós de repente sentimos uma autoconsciência em relação ao nosso corpo e
nossa presença. É como se estivéssemos vivendo a vida tranquilamente e, ao ter uma
câmera apontada para nós, lembrássemos que nosso corpo está ali. E é por isso que
nessa hora não sabemos muito bem o que fazer com ele. E perguntamos, com a boca
ou com o corpo, o que fazer.
O primeiro passo para uma direção, afetiva ou não, é responder a essa pergunta. A
cada dois segundos. Toda vez que você estiver apontando uma câmera para alguém.
(Depois disso, a pergunta “E agora?” virá. Responda essa também e repita o processo.)
135
Praticar a direção afetiva é parar de se preocupar tanto em como está ficando a foto
136
(Na verdade, o primeiro passo se resume em deixar de ser narcisista. Se você nasceu
no Ocidente depois da Segunda Guerra Mundial, boa sorte com esta tarefa!)
Por algum motivo existem algumas respostas que 82. rita e pedro
• Agora dá um sorriso!
A primeira é um dos pedidos mais danados que podemos fazer pra alguém para
quem estamos apontando uma câmera (muitas vezes enorme.) Agir naturalmente
nessas situações é travar e se sentir desconfortável.
Pedir para a pessoa fazer o que ela quiser é a mesma coisa que falar: “Sabe as
trocentas milhões e infinitas possibilidades de coisas que podem ser feitas no
mundo? Então, escolhe uma aí você, porque eu estou ocupada.” Fotógrafa: tome essa
responsabilidade de volta, pois ela te pertence!
Fazer fotos sem que a pessoa perceba é um jeito de conseguir fotos espontâneas,
mas não é sempre esse o caso. Não adianta pedir pra ela fingir que você não existe:
se ela já te viu, será impossível desver.
83. josi
137
84. andressa e marina
138
As poses
Quando conseguimos
evitar esses pedidos,
acabamos caindo na
opção gringa de direção:
responder à pergunta “O
que eu faço” pedindo uma
pose. Só que poses são
tudo que há de ruim da
fotografia de pessoas. Se
você já tentou posar para
uma série de fotos, com
certeza tem um motivo
para não gostar de poses.
Vou contar três dos meus.
Imagina a situação. Estou fotografando uma pessoa, e resolvo colocar ela numa
pose. Pode ser uma pose que eu inventei na hora ou uma que eu vi em um desses
horripilantes guias de poses que se encontram por aí. Começo a pedir:
– Então, senta ali. Isso. Agora, hmmmm, estica um pouco a perna. Não, a outra perna.
Agora, coloca a mão assim encostada no ombro. Agora vai virando a cabeça na minha
direção. Devagar! Não, volta um pouquinho. Isso! Perfeito! Agora dá aquele sorriso.
*CLICK*
Por que essa situação é tão incômoda para quem está
posando? É porque provavelmente não é uma posição
em que a pessoa costuma colocar seu corpo no dia
a dia e, principalmente, porque posar é baseada em
correções.
139
Um moço me contou, certa vez, que durante as fotos do seu casamento o fotógrafo
140
pediu que ele fizesse muitas poses. Uma delas era em um piano de cauda que existia
no espaço. Ele deveria fingir que estava tocando enquanto sua noiva deitava em
cima do piano de forma glamurosa. Diz ele que a foto ficou um espetáculo. Mas
ele e a esposa morriam de vergonha dela, pois não tinha nada a ver com eles. Eles
eram super casuais e despojados, e naquela foto quadrada eles foram somente
bonequinhos para o prazer do fotógrafo.
O mesmo vale para produções, maquiagens e outros acessórios, pois esses artifícios
foram feitos justamente para transformar aquela pessoa em outra.
As poses nos livros e nos guias são sempre limitadas na representação de pessoas.
Um guia de poses de mulheres sempre vai ter mulheres de um certo biotipo (aposto
que não preciso te explicar qual.) E aí, quando você for fotografar uma mulher como
eu, que não tem cabelo, aquela pose de mexer e esvoaçar as madeixas não vai ajudar
em nada. O mesmo vale para quando você for fotografar uma pessoa gorda (as
dos guias são sempre magras), o mesmo vale para quando você for fotografar uma
pessoa cadeirante (as dos guias nunca têm deficiência), o mesmo vale para quando
você for fotografar um casal homosexual (os casais dos guias são sempre homem e
mulher, magros, brancos, ele mais alto que ela.) E por aí vai.
86. cecília
Na melhor das hipóteses, tentar encaixar as pessoas em poses cria desconforto. Na
pior, constrangimento.
Um movimento de distração
Sabemos que apontar a câmera causa autoconsciência,
então uma das formas de evitar que essa
autoconsciência traga também desconforto é pedir para
a pessoa fazer algo com esse corpo e mente que foram
(re)descobertos.
141
Conseguimos fazer isso pedindo para que a pessoa use
142
88. andrea
O mesmo vale para movimentos da imaginação.
Dica
Posso pedir para uma pessoa fechar os olhos e
Cuidado para não acabar
sentir o sol batendo na sua pele, escutar o canto dos
corrigindo movimentos
passarinhos e imaginar que está flutuando em uma
assim como fazemos com
as poses. Se você acha que pequena nuvem no céu enquanto toma um picolé de
aquela dança entre o casal abacaxi que acabou de comprar na Rua XV.
vai ficar mais bonita se ela
Um movimento pode ser grande ou pequeno, pode
colocar o braço mais pra lá,
pedir pra ela fazer isso vai ser pedir pra pessoa subir numa árvore ou fazer
ter o mesmo resultado de carinho no próprio cotovelo, pode ser uma interação
corrigir uma pose. com o próprio corpo, com outra pessoa ou com o
ambiente, pode envolver o corpo, a imaginação, ou os
dois ao mesmo tempo. O essencial é pedir de forma
Dê um feedback constante
Não tem certeza se tudo que falei até agora faz
sentido? Está com o pé atrás e não sabe se vai querer
aplicar essas ideias malucas? Tudo bem. Mas eu
tenho uma dica final que deve servir até para você.
143
Resolver isso é muito simples. Diga que está tudo certo.
144
89. larissa
Um aconchego e um ouvido
A fotografia de pessoas tem uma peculiaridade: a relação entre quem está do lado de
cá e de lá da câmera faz a diferença.
Para facilitar isso, é legal que exista um aconchego nesta relação. Normalmente, uma
conexão acontece antes mesmo do primeiro encontro. Numa situação profissional,
por exemplo: uma cliente vê meu portfolio, lê o que e como escrevo e já leva suas
impressões e afinidades para o nosso encontro. É essencial deixar claro que você é
um ser humano antes de tudo. É mais importante ainda deixar claro qual ser humano
você é.
Conhecer e ouvir são a segunda parte dessa relação. Saber se esse é o tipo de
90. juliana
145
Quem trabalha ou quer trabalhar com fotografia pode tentar fazer isso formalmente.
146
“É tudo muito bonito o que você está falando mas… E quando não é o que a pessoa
quer? As pessoas querem parecer diferentes. As pessoas querem poses que as façam
mais glamurosas ou parecidas com modelos de margarina. As pessoas querem
esconder o que elas realmente são pois elas não se gostam! E aí?”
Sim, é verdade. Tem pessoas que querem exatamente isso mas… Você concorda?
Se concorda, vá em frente. Se não, faça de outro jeito. Você escolhe ser parte do
problema ou da solução.
Técnicas para retratos
Os olhos e o rosto
No capítulo sobre foco já contei que a regra mais importante de foco em retratos é:
foque sempre no olho!
91. priscila
147
92. fiona
148
tá
faça o foco no olho que es
mais próximo da câ me ra.
O ângulo do olhar pode
93. barbara
fazer muita diferença
na naturalidade de
um retrato. Evite fazer
a pessoa virar o olho
de forma que não seja
natural para ela. Para isso
o ideal é que a pessoa
esteja olhando mais ou
menos na mesma direção
para a qual o rosto está
virado.
ofereça e
direção p spaço na
rosto e o ara onde o
virados. olhar estiverem
149
Os olhos estão bem no centro da nossa cabeça. Abaixo
150
95. lilyan
151
97. taysa
152
esta é a foto
original.
ai
tamente
um corte exa queixo
decida se vai ou se v
mostrar um pouco de cortar te.
na borda do sição ficar pescoço... bastan
faz a compo
esquisita.
Retratos contextualizados
Nos retratos nada deve chamar mais atenção do que a pessoa. Fundos e roupas
neutras garantem que isso aconteça, mas usar somente elementos neutros pode
resultar em fotos banais e simplórias.
153
A luz da janela
154
Você pode usar esta luz lateralmente, dando volume e profundidade ao rosto. Você
pode usar esta luz de fundo, criando uma silhueta. Também dá pra usá-la de fundo
deixando a janela superexposta, criando um banho de luz.
100. fabíola
luz da
u s a ndo a ente.
foto lateralm
janela
101. fabíola
102. julia
155
103. erika
Quando o sol está
156
batendo na janela
diretamente é
possível criar efeitos
mais dramáticos,
principalmente se você
usar grades, persianas
e outros elementos que
criem texturas.
uma te
por jan xtura criada
pode d elas e persia
interes eixar a luz nas
sante
Vantagens do estúdio:
Clima (pode estar chovendo lá fora e dá para continuar fotografando);
Dá pra criar todos os efeitos de luz que você imaginar, pois a luz está sob seu
total controle;
Dá pra fazer lindas fotos com a luz do sol nas suas diversas formas, que além
de tudo é de graça e nasce para todas;
157
fotos da
158
interagindfamília
são as m o com a criança
ais espec
iais.
Dica
Para conseguir fotos
bonitas em que as crianças
olham para a câmera
naturalmente, você pode
usar um baffle. Um baffle
é um acessório que se
encaixa na lente e pode
ter formato de bichinhos
e personagens. Você
pode comprá-lo pronto
em algumas lojas e pode
também fazer em casa, de
EVA ou crochê.
105. raphael
Dicas técnicas
as dão mais
locações extern a criança e
liberdade para me cuidado
para você. só to quentes ou
com dias muito
muito frios.
107. bella
159
160
108. laura
161
109. havana, cuba
Se a pessoa com quem você costuma viajar não tem nenhuma paciência para
seus devaneios fotográficos, é melhor escolher outra companhia na próxima
oportunidade!
Viaje por mais tempo
Sei que viajar por bastante tempo não é fácil (e nem barato, dependendo como e pra
onde você vai). Mas se não for possível ficar um mês inteiro viajando, considere ficar
o tempo todo em um só lugar. Evite viagens do tipo “conheça 20 países da Europa
em 15 dias”. Fotos interessantes de viagem contam histórias e a gente só conhece
histórias com tempo. Fotos de paisagem precisam ser planejadas, o que também
demanda tempo. Ou seja: tempo é essencial. E não só suas fotos ficarão mais bonitas
assim, mas também suas experiências.
163
Crie um dia da fotografia
164
Durante suas férias, evite levar junto a pressão da fotografia perfeita. Você não
precisa voltar das suas viagens com as fotos mais lindas já feitas no universo. Se esta
não é a sua profissão, aproveite as férias para realmente limpar a mente e deixá-la
novinha em folha para novas ideias quando voltar pra casa.
113. congonhas/MG
165
A sua foto da Torre Eiffel é igual a todas as outras?
166
• Estou fazendo essa foto só para provar para os outros que estive em um lugar
bonito?
• Se eu fizer uma busca na internet vou encontrar centenas de fotos iguais à que
estou prestes a fazer?
gosto m
foto menais de uma
os óbvia.
167
Você pode fotografá-la com as vantagens que todas
168
O que levar?
Viajar pode ser cansativo: é comum bater mais perna do que faríamos em casa, para
aproveitar a viagem ao máximo. Para não ficar com um torcicolo no final do dia,
procure levar poucos equipamentos. A câmera, uma ou duas lentes e os cartões de
memória são o suficiente.
Tripés são grandes e
precisam ser despachados
em aeroportos. Se quiser
algo mais compacto
invista em um estilo
gorillapad: ele é um
pequeno tripé com pernas
flexíveis, que pode ser
usado tanto no chão
quanto agarrado em
objetos (como grades e
postes).
Em busca da luz ideal
Dica
Fotos interessantes contam
histórias. É assim que
decidimos o que vamos
fotografar: quais histórias
É preciso se planejar de acordo com o nascer e com o
você quer contar? É uma
pôr do sol para conseguir fotos deste estilo. E o mais
história de beleza, de
interessante de fotografar nos horários mais bonitos
cultura, de gente? Antes de
apontar e clicar, pense qual é que a maioria das pessoas que saem só para turistar
história você quer contar. estarão no hotel.
169
Quando fui para Paris não acreditei no que vi: durante o dia a frente do Louvre
170
estava sempre lotada. Uma multidão fazendo as fotos clássicas. Mas foi só chegar o
final do dia e todo mundo sumiu. O museu mais visitado do mundo estava deserto
enquanto o céu dava um espetáculo de cores.
171
120. veranópolis/RS
172
Às vezes, mesmo
deixando o ISO lá em
baixo e o diafragma bem
fechadinho, ainda tem luz demais. Aí o tempo de exposição não é longo o suficiente
para conseguir o efeito bonito que procuramos.
A solução ideal para situações assim é usar um filtro de densidade neutra (ND). Tudo
que este filtro faz é deixar passar menos luz para a câmera, permitindo que você use
exposições mais longas sem mudar outras características da foto.
Se você não tem um filtro ND ainda sobram duas opções: usar outros filtros que
também deixam passar menos luz (como o filtro polarizador) ou fotografar em RAW
superexpondo a foto para arrumar depois na pós-produção. É trapaça, mas o negativo
digital consegue manter muitas informações então pode ser uma alternativa pra
quando não temos outra escapatória.
121. skogafoss, islândia
173
E se eu não levar o tripé?
174
É quase impossível fazer longuíssimas exposições sem tripé, mas às vezes dá pra
dar um jeito. Tripé é assim: quando você fica com aquela preguicinha de carregar o
danado é exatamente quando vai aparecer a oportunidade para usá-lo!
Como não gosto de carregar muitos trambolhos isso acontece bastante comigo.
Nesse caso, costumo fazer o seguinte: primeiro apoio a câmera em um lugar sólido
e firme (na falta de algo assim na locação você pode sentar no chão e usar o joelho
como apoio.) Depois, na hora de clicar, prendo a respiração e aperto o disparador sem
soltá-lo até o fim da foto.
122. veranópolis/RS
to
no caso desta fo a em
coloquei a câ m er
s pedras.
cima de uma da tremida,
iu
a primeira sa egui uma
mas no fim consção de 1.6
foto com exposi m tripé,
segundos que, seimpossível.
é teoricamente
A foto sai tremida mesmo com tripé!
175
Ao usar esta lente lembre-se de incluir elementos
176
Usando a técnica do
cartão preto, no entanto,
consigo uma foto que
tem a exposição correta
tanto no céu quanto na
paisagem:
177
A técnica é muito simples: com a câmera em um tripé, você segura um objeto preto
178
1. Faça a medição da fotometria apontando para a parte clara e para a parte escura
da cena, mudando somente o tempo de exposição. No exemplo da foto acima,
usando ISO 100 e f/8, tive uma exposição de 30 segundos para a paisagem e de
3 segundos para o céu.
4. .Pronto. Sua foto foi feita usando duas exposições diferentes e ficou linda!
Essa técnica só funciona com exposições longas, pois
é humanamente impossível tirar o cartão no meio de
uma exposição de meio segundo!
Existem filtros que fazem algo muito parecido com esta técnica: são os filtros
graduados de densidade neutra (ou, simplesmente, ND-grad.) Eles também
compensam a exposição de uma metade do quadro. A vantagem do filtro é a
facilidade de uso. As desvantagens são limite de pontos (normalmente só até 3
pontos) e localização do gradiente (dá pra colocar o cartão mais pra cima e mais pra
baixo, ao contrário do filtro, caso ele seja circular.)
179
Depois de trocar a lente
180
ou bem
a foto fic dinária
menos or rianças!
com as c
Estava conseguindo os resultados que queria quando olhei para o lado e notei
algumas crianças correndo em direção à minha cena! Por um momento achei que
elas iriam estragar minha foto e falei uns palavrões dentro da cabeça. Mas logo notei
que uma foto com as crianças ficaria muito mais interessante. Como elas estavam
bem longe, nem perceberam que estariam na minha composição. Continuaram
brincando de fugir das ondas enquanto eu fazia as fotos que, realmente, ficaram
muito melhores do que a primeira.
Muitas vezes queremos uma foto impecável, só com aquela paisagem bonita e nada
mais. Mas figuras humanas trazem perspectiva e contexto para uma imagem, e elas
podem ser a diferença entre uma foto de paisagem bonita, mas sem graça, para uma
foto que chama a atenção.
181
Fotografia de flores
128
182
Quando a gente começa a levar a fotografia a sério nos empolgamos com vários
assuntos que depois percebemos serem bastante batidos. É o caso de fotos de
bichinhos de estimação, autorretratos no espelho segurando a câmera e… florzinhas.
Mas não deixe de fotografar flores por causa disso: elas nos permitem praticar muita
coisa importante de composição e iluminação, e tentar fazer uma foto de flor que
não pareça banal é um ótimo exercício. Aprendemos com elas que...
Para conseguir fotos bem próximas o ideal é usar uma lente macro. Mas se você
ainda não possui uma, pode conseguir resultados legais com filtros close-up, que
transformam lentes normais em lentes macro. A qualidade ótica não fica a mesma,
mas é uma opção mais barata para quem está começando ou só se aventurando.
183
132
184
Fotografia de comida
Sanduíches de fast-food são muito mais bonitos nas fotos do que na vida real.
Embora seja motivo para indignação, este é o princípio da fotografia de comida! Na
vida real você tem o cheiro, a textura e o sabor. Na foto, o único sentido que podemos
usar é a visão, e imagens bonitas compensam pelos outros sentidos.
direta ou de fundo.
a luz da jan
O resultado final da um resultadela garante
fotografia de comida qualidade, o de
preciso comsem que seja
depende muito mais dessa equipamentoprar novos
s.
produção do que do seu
equipamento.
Um tripé ajuda muito a ter controle enquanto você faz fotos de comida, e uma lente
clara vai garantir bastante desfoque. Uma lente 50mm f/1.8 é ótima para começar a
fazer fotos lindas. Para conseguir uma luz agradável você pode usar a luz natural, que
entra pela janela.
185
ando
136
186
É por isso também que usar uma câmera automática vai resultar em uma foto
horrível: a câmera vai ver
toda aquela escuridão e
só um pequeno pontinho
claro... e vai fotometrar
tentando achar o meio
termo. O resultado: o céu
continuará escuro e a lua
vai virar uma machinha
esta é a foto
a maioria da da lua que
automáticas s câmeras
faz.
Para conseguir uma foto em foco a melhor técnica é ligar o visor LCD, aproximar a
lua com o zoom, e fazer o foco manual. Se a sua câmera não faz isso, aposte no foco
automático.
Dizem que a lua fica maior quando está mais próxima do horizonte, mas isso é pura
ilusão de ótica (pois no horizonte conseguimos compará-la à paisagem, e mais tarde
ela está perdida em um céu amplo). Como nossas lentes não se iludem como nossos
olhos, o posicionamento da lua não faz diferença alguma para seu tamanho na
fotografia.
Use a lente de maior distância focal que você tiver. Profissionais usam lentes de
mais de 400mm, mas esse tipo de lente normalmente não existe no kit de quem está
começando! Você conseguirá fazer fotos da lua usando lentes de 200mm ou 300mm
(mas vai ser necessário cortar a foto na pós-produção).
187
Fotografia de interiores
137
188
Fotos de arquitetura, decoração ou institucionais podem ser legais de fazer. Como
os objetos não cansam ou piscam podemos preparar a foto com calma e fazer um
registro perfeito em um só clique!
138
O objetivo dessas fotos
é colocar a pessoa
observadora dentro da
foto, como se ela estivesse
ali. Antes de clicar, ande
pelo ambiente e veja
Coloque a câmera em
um tripé e ligue o LCD:
será possível ver tudo
que tem na foto, checar
se é melhor mudar algum
objeto de lugar (ou se
tem algum fio no meio do
caminho) e fazer o foco
manualmente.
189
Equipamentos indicados para fotos de interiores
190
Nesta área uma lente grande-angular é essencial. Com ela podemos mostrar todo
o ambiente de uma só vez e com amplitude. Para evitar distorções não incline a
câmera para baixo ou para cima: a mantenha sempre nivelada com o chão.
não lelo
para jeto. não endicular
ao ob perp ntro do
ao ce o.
objet
a
câmer
com a da
inclina fica
a foto cida.
distor
paralelo
ao objeto.
centro do
objeto.
Mas não acredite quando alguém falar que gosta de certa luz porque ela é mais
bonita. Pois não interessa de onde está vindo a sua luz: ela é sempre o mesmo
acontecimento físico. Toda luz se comporta igual, seja do sol ou da lanterna. Quando
aprendemos como a luz funciona, conseguimos usar qualquer uma com total
controle.
Tudo que aprendemos sobre luz nas aulas de física da escola é o suficiente para
conseguir fotografar melhor. Se, assim como eu, você não estava prestando tanta
atenção naquela época, vamos relembrar alguns pontos.
Essas bolinhas não tem massa e são super pequenininhas. Elas são chamadas de
fótons e são feitas de energia eletromagnética.
São muitos os fótons que viajam pelo espaço. Alguns são invisíveis, como o
infravermelho. Outros, são visíveis, como a luz que sai do nosso abajur.
infravermelho
Ondas curtas
ultravioleta
raio-gama
raio-x
radar
AM
FM
TV
luz visível
Na fotografia, trabalhamos com este espectro de luz visível. Repito: não interessa
de onde a luz vem. O que nos interessa é como os objetos se comportam ao serem
iluminados.
O que acontece com os fótons de luz quando eles encontram um objeto? O objeto
pode transmitir, absorver ou refletir os fótons que vieram ao seu encontro.
luz
este obje este objeto
transmiteto absorve a luz.
este objeto
a luz. reflete a luz.
O ar transmite toda a luz que passa por ele e, por isso, não conseguimos vê-lo.
Objetos transparentes (como água ou vidro) transmitem a luz também. O que impede
que esses objetos sejam invisíveis, então? É a refração. A luz que vem de algum
ângulo muda de direção ao encontrar um objeto como esses, criando um desvio e
nos dando a dica de que existe algo transparente ali.
195
196
Quando o raio de luz passa por um objeto, muda de posição, e sai no mesmo ângulo,
chamamos de transmissão direta.
a refração é facilmente
vista na água. sabemos
que existe água nesta
jarra porque aprendemos
a ver a refração desde
crianças! ao notar que os
lápis e canetas atrás da
jarra parecem distorcidos,
sabemos que ali dentro
tem água.
Objetos chamados de translúcidos (como um tecido fino branco ou uma folha sulfite
comum) são aqueles que transmitem a luz em ângulos aleatórios. Quando os raios
de luz são transmitidos por um objeto saindo em ângulos aleatórios chamamos de
transmissão difusa.
idos
translúc
objetos item a luz de
transm aleatória.
forma
Objetos opacos (como você e um livro) refletem e absorvem a luz. Quando a luz bate
em um objeto opaco, ela cria uma sombra do outro lado. A luz absorvida some e gera
calor. A luz refletida define a cor dos objetos. Um objeto que absorve todas as cores
é preto. Um objeto que reflete a luz vermelha e absorve as outras é vermelho. Um
objeto que reflete todas as cores é branco.
etos
objetos brancos, pr
e vermelhos.
Luz gera sombra, e muitas vezes, para entender melhor a luz, vamos analisar a
sombra que ela criou! É assim que definimos uma das características de iluminação
luz
mais importantes da fotografia: a luz dura e a luz difusa.
uma
aquelaluz difusa é
sombr que cria
defini a com po uma
dura éção. uma luuca
cria u aquela qu z
com b ma sombr e
definid ordas bema
as.
197
A diferença entre uma luz dura e uma luz difusa depende só de uma coisa: o
198
Quanto maior a fonte de luz, mais difusa vai ser a sombra, pois os raios de luz virão
de várias direções diferentes. Quanto menor a fonte de luz, mais dura vai ser a
sombra, pois os raios virão todos da mesma direção.
Podemos nos colocar no lugar do assunto para descobrir o tamanho da luz. Se você
vai fotografar uma pessoa no parque é bem fácil: do ponto de vista de um humano
na terra, o sol parece bem pequeno. Se você vai fotografar uma pequena formiga,
imagine-se no lugar dela: a tela do celular parecerá enorme! Nestes exemplos, o sol
irá criar uma luz dura, e a tela do celular irá criar uma luz difusa.
luz
a fonte de
o sol é umena, pois não
bem pequ o tamanho real
interessa e luz e sim o
da fonte d parente. a tela de
tamanho a pode ser enorme
um celular os iluminando
se estiverm a.
uma formig
Modificadores de luz
É fácil achar uma fonte de luz maior do que uma
formiga, mas como encontrar uma fonte de luz tão
grande quanto uma pessoa?
luz
199
Outro jeito de criar uma fonte de luz grande é usando um rebatedor. O rebatedor
200
funciona de forma parecida com o difusor, mas ao invés de transmitir a luz, ele irá
refletí-la. Se você aponta uma pequena luz para uma parede branca, a parede inteira
irá virar a fonte de luz.
uma pare
branca é de
para rebaótima
raios de u ter os
de luz peq ma fonte
transform uena e
uma fonte á-la em
grande. de luz
Sombrinhas são acessórios que existem nos dois formatos: temos sombrinhas
difusoras e sombrinhas rebatedoras. Ambas nos ajudam a deixar a luz mais suave.
sombrinha re
batedora.
ra.
sombrinha difuso
Podemos querer também diminuir uma fonte de luz. Isso é possível usando
acessórios que absorvem toda a luz.
o snoot é
acopla na um tubo preto qu
luz para d frente da fonte d e se
dura. eixá-la m e
enor e ma
is
A direção da luz
O flash que vem embutido em cima das nossas câmeras ilumina nosso assunto
exatamente do ângulo que estamos fotografando. Iluminar um assunto de frente cria
uma imagem com poucas sombras e, consequentemente, com pouco volume.
to de
veja esta fotirada luz
um limão, h da
com o flas mo tudo
câmera. co ado, a
está ilumindencia
luz não evi a cena
o volume da feia e
e afoto fic
boba.
201
Uma pequena mudança na direção da luz pode fazer
202
muita diferença na sensação que a foto passa. Você pode limão ilumina
fazer um teste simples hoje mesmo: coloque a sua câmera diferentes dirdo de
veja só a dife eções.
em um tripé e use uma lanterna (mesmo a do celular
entre cada fo rença
serve) para iluminar um pequeno objeto de diferentes principalment to e,
direções. Faça isso de noite, com as luzes apagadas, para
diferença pa e, a
anterior, ilumra a foto
que a luz do ambiente não interfira no resultado. pelo flash eminada
butido.
Luz em retratos
A luz mais tradicional para retratos é difusa e lateral, criando um pequeno triângulo
de luz em uma das bochechas. Ela é conhecida como luz rembrandt. Coloque sua
fonte de luz (flash, janela, lanterna ou qualquer outra opção) a 45º da pessoa e
chegará neste resultado.
ilus
de e tração
des squem
ta lu a
z.
Rembrandt van Rijn (1606–1669), Amsterdam. Portrait of a man (1632). Oil
on wood. 75.6 x 52.1 cm. New York, The Metropolitam Museum of Art.
retrato d
rembrande
t.
e
plo d
exem com luz
foto brandt.
rem
140
luz
203
204
141. sil
141a. ale
A luz disponível
Toda luz que está no ambiente sem que a gente tenha
colocado é chamada de luz disponível. Essa pode ser a
luz do sol, a luz no teto da casa, a luz que vem de um
abajur ou uma mistura de várias fontes de luz.
luz
142. mari
205
O único perigo é quando
206
uma foto
de casa, feita dentro
luzes no t com várias
de luz nat eto e um pouco
com core ural, fica
descontros e sombras
ladas.
mudei o a
perto da ssunto para
somente janela, usando
luz, e a fouma fonte de
bonita.. to já ficou mais
foto com
flash.
luz
A luz artificial
Toda luz que criamos especialmente para fotografar é
uma luz artificial. Trabalhar com luzes artificiais é legal
pois conseguimos controlar seu posicionamento, definir
sua potência e usar modificadores.
207
As luzes artificiais são divididas em dois grandes grupos: luz contínua e flash.
208
Luz contínua
O nome dá a dica: estas luzes ficam ligadas o tempo todo, e iluminam seu assunto
mesmo quando a foto não está sendo tirada. São ótimas para conseguir ver a luz
antes de bater a foto.
Flashes
Também conhecidos como strobes, estes equipamentos
soltam um rápido disparo de luz na hora da exposição.
flashes e
permitemxternos
gire a fon que você
para resu te de luz
diferentes ltados
.
luz
1. Direto
oo
apontandra
a
flash p nto.
seu assu
209
2. Rebatendo no teto
210
teto o.
branc
endo
rebat h no
o flas
teto.
Dica
Alguns flashes contam com um pequeno cartão rebatedor embutido. Ele existe para ser usado
em situações em que você está rebatendo a luz no teto, e serve para devolver um pouco de
luz frontal para o assunto. Assim, pequenas sombras, como aquelas abaixo dos olhos, são
prevenidas. Observe que as sombras da foto abaixo são uma mistura das duas fotos anteriores.
teto o.
branc
edor
rebat tido
embu sh.
no fla
3. Rebatendo lateralmente
parede
branca.
rebatend
uma pareo o flash em
de latera
l.
Se você tiver uma parede branca ao lado do seu assunto, pode usá-la para simular
uma luz lateral. Essa luz irá evidenciar melhor o volume e pode ser mais interessante
do que a luz frontal.
Usar o flash rebatido ao ar livre pode ser legal, mas é preciso apontá-lo para algo
luz
que reflita luz. Vejo muita gente apontando o flash para o céu ou para o lado, sem
que a luz possa encontrar um caminho de volta!
O rebatedor embutido do flash serve para jogar alguns raios de luz de volta para
o assunto, de forma frontal. Se você está ao ar livre ou em um espaço sem um teto
branco, somente essa pequena luz frontal irá chegar no assunto: ou seja, seria mais
efetivo apontar o flash frontalmente de uma vez por todas.
Se você apontar a luz para uma parede vermelha, ela vai refletir luz vermelha. Nem
sempre este é o objetivo. Apontar o flash para superfícies muito escuras (como um
teto de madeira) é gastar pilha à toa: cores escuras absorvem muito mais luz do que
refletem.
211
Quando uso flash aparece uma mancha preta na foto
212
Se a mancha preta é uma faixa, é porque você está usando um tempo de exposição
muito rápido. Descubra no manual da sua câmera qual é a velocidade de sincronismo
do flash: normalmente é 1/250. Usar um tempo de exposição mais rápido que isso
(1/300, 1/400, etc) irá resultar na faixa preta (não deu tempo do flash iluminar
aquela parte.)
: use uma
uma faixae de sincronismo
velocidad para sua
adequadanormalmente
câmera (
1/250)!
uma man
arredond cha
use uma ada: dê zoom,
grande-a lente menos
flash extengular ou um
rno.
Flash TTL ou manual?
A potência da luz criada pelo flash pode ser definida usando dois modos: TTL ou
manual. A maioria dos flashes modernos oferece as duas opções.
TTL
TTL significa through the lens, ou através da lente. Ele é um modo automático: cada
vez que você bate uma foto, a câmera e o flash conversam. A câmera diz pro flash “ó,
amigo, preciso de mais dois pontinhos de exposição por aqui.” O flash, por sua vez, dá
a quantidade de luz que a câmera pediu.
Esse modo é chamado de através da lente pois essa medição acontece no momento
que você aperta o botão disparador. Sim, é bem rápido! Entre o momento que você
aperta o botão e o momento que a foto é tirada, o flash dispara um pré-flash e mede
quanta luz entrou na lente. Assim, define a potência necessária para iluminar sua
cena corretamente.
O flash, assim como a câmera, sempre procura uma iluminação neutra da cena. Se
você está fotografando objetos muito escuros ou muito claros, é possível que seja
necessário compensar a exposição do flash. Se, ao bater a foto, você achar que o flash
não jogou luz suficiente, você pode compensar a exposição para cima (+1, +2, etc.) Se,
ao bater a foto você achar que o flash jogou luz demais, pode compensar a exposição
para baixo (-1, -2, etc.) Leia no manual do seu flash quais botões apertar para fazer
luz
isso, pois cada modelo tem um passo-a-passo diferente.
Manual
No modo manual nós é que definimos a potência do
flash. Essa potência é definida em frações (1/1, 1/2, 1/4,
1/8, 1/16, 1/128, etc.)
213
Ao fazer isso, o visor do flash irá mostrar um valor em metros. Esta é a distância que
214
o flash precisa estar do objeto para que ele seja iluminado corretamente, usando a
potência selecionada. Se você não quiser ou puder se mover, pode mudar a potência
para conseguir definir a distância correta.
sapata
Um passo além... Usando o flash fora da do flash.
câmera
O flash em cima da câmera cria uma iluminação
frontal que possui poucos atrativos e não nos dá
muito controle. Mudar o posicionamento da luz e das
sombras é essencial para criarmos fotos com diferentes flash
encaixado
sensações. .
na câmera
Usar o flash fora da câmera não é difícil. Atualmente,
a maioria das câmeras consegue conversar com os
flashes da mesma marca mesmo que eles não estejam
acoplados nela. Chamamos esta técnica de flash remoto.
utido
flash emb
(já vem na
câmera).
A ligação entre câmera e flash
Infravermelho
O infravermelho é uma opção interessante e pode ser
usado de três formas: com dois flashes (um fica em flash
cima da câmera e controla o que está longe), com um externo.
transmissor infravermelho (um aparelhinho encaixado
na sapata), ou com a funcionalidade de transmissão
de infravermelho embutida da câmera (presente na
maioria das câmeras atuais). Vamos por partes:
• Se você já tem dois flashes, é possível usar um em cima da câmera para controlar
aquele que está longe. O flash que controla é chamado de master, e o flash que
é controlado é chamado de slave. Alguns modelos só podem ser usados como
slaves, preste atenção na hora de adquirir o seu.
Desvantagens do Infravermelho
Vantagens do Infravermelho
É preciso que o flash esteja
Você pode usar o TTL e
visível para a câmera, e quando
controlar o flash slave de
fotografamos ao ar livre e com
dentro do menu da sua
muita luz, o alcance do sistema
câmera.
é comprometido.
Rádio
Outra forma bastante conhecida de disparar um flash
remoto é usando um sistema de rádio. Esta ligação é
feita acoplando um transmissor na sapata do flash e
luz
um receptor no flash. receptor
.
Existem várias marcas de sistemas à rádio. A maior
diferença entre as opções é a capacidade de usar o TTL.
Opções de rádio mais baratas só nos permitem usar o
flash no manual. missor.
t rans
Desvantagens do rádio
Vantagens do rádio
As opções que transmitem
em TTL são bastante caras, e O alcance é muito maior
se você usar as opções mais e não é necessário que o
baratas, com o flash no manual, transmissor e o receptor se
será necessário ir até ele para vejam.
mudar configurações.
215
Como usar o flash remoto?
216
Ao usar um flash remoto podemos balancear a luz disponível com a luz do flash ou
podemos eliminar a luz disponível e usar somente o flash.
145. giulia
Dica
Como a temperatura de cor do pôr do sol e do flash são
diferentes, podemos usar um filtro corretor. Esse tipo de filtro,
chamado de gel de correção, é acoplado na frente do flash para gel deção.
mudar sua cor. Também podemos usar esses filtros para criar corre
efeitos.
147. sônia e oliver
sulta
um dia nublado re.
em um céu tr is te
luz
um anoitecer nublado um
pouco mais interessante.
É fácil: primeiro você
coloca o gel verde
no flash. Depois, você
ajusta sua câmera para
a temperatura de cor luz
fluorescente. Isso fará com
que a pessoa que você
está fotografando fique
com cores naturais, mas o
céu fique mais rosado.
rde no
usando um gel ve céu
flash, deixa m os o
mais colorido.
217
Eliminando a luz disponível
218
148. patricia
nesta fot
foi eliminao a luz ambiente
estar viro da e a sala de
u um estú
dio.
É fácil chegar neste resultado: tudo que precisamos fazer é medir a luz disponível e
fotometrar subexpondo a cena. Você pode testar a subexposição em -2 ou -3 pontos.
Lembre-se de manter o tempo de exposição dentro da janela de sincronismo (1/250).
Uma foto high key tem muitos tons claros e quase nada de sombras. Não podemos
confundir esse efeito com o erro de exposição, em que uma foto fica clara demais
sem essa intenção! A foto high key é clara porque a iluminação é bem distribuída,
não existem muitas sombras e os elementos da foto também são de tons claros.
149. fernanda
high key.
Evite sombras,
luz
principalmente sombras
muito duras;
219
Já a low key é uma imagem composta principalmente
220
150. samanta
low key.
Alguns objetos refletem a luz de forma diferente, o que faz iluminá-los um desafio
maior. Todas as superfícies que lembram espelhos (ou seja, onde você consegue ver
reflexos, mesmo que não perfeitamente) refletem a luz de forma direta: ao olhar uma
luz por um espelho, ela tem a mesma intensidade da luz original.
Conseguimos fotografar
esses objetos posicionando dá
g u l o onde eflexo.
a luz em um local em que ân ver o r
ela não seja refletida ou
para
usando o reflexo ao nosso
favor, usando uma luz grande
o suficiente para preencher
toda a área reflexiva do
objeto. Veja alguns exemplos
em seguida:
luz
luz fora
de refle da zona
xo.
221
222
usando um
rebatedor do
tamanho da zona
do reflexo.
Taças e garrafas de vidro são bons
exemplos de assuntos bem difíceis de
iluminar. Por serem circulares esses
objetos irão refletir tudo que está à
nossa volta.
aprontar a
normalmentecâmera e clicar
suficiente p não é o
interessanteara fazer uma foto
vidro, veja c de objetos de
omo fica feia
!
fundo
branco
com
reflexos
pretos
objeto luz
fotografad
o
papel dos
preto dos
dois la
flash ado
apont trás
para
parede
branca
223
224
fundo
preto
com
reflexos
brancos
objeto
fotografad
o
papel
preto
atrás
flash ado
apont trás
para
parede
branca
O ruído é uma característica da fotografia digital que deixa muita gente frustrada.
Vamos entendê-lo melhor?
Meu sensor sempre vai precisar de 10 bolinhas de luz. Se estou em uma situação
bem iluminada, conseguir essa quantidade será fácil. Se estou em uma situação
com pouca luz, no entanto, precisarei deixar meu diafragma mais aberto, e por mais
tempo, pois as bolinhas de luz vão entrar bem aos pouquinhos. De uma forma ou de
outra o importante é conseguir chegar nas 10 bolinhas.
Mas e se eu não posso deixar meu diafragma mais aberto? Ou se não posso deixar
ele aberto por mais tempo?
Meu sensor trabalha de forma ótima no ISO 1005. Usar este valor me garante a
melhor nitidez e qualidade da câmera. Mas quando chega uma situação crítica eu
posso aumentar o valor de ISO e obrigar a minha câmera a trabalhar com menos luz.
Porém, aumentar o valor de ISO não vai fazer a minha câmera precisar só de 5
bolinhas de luz, como se fosse mágica! Aumentar o valor de ISO só vai fazer com o
que o meu sensor tente dar um jeito de fazer a foto com 5 bolinhas de luz, sendo que
ele precisaria normalmente de 10.
O sensor é elétrico e está sempre sujeito à interferências no seu circuito ali dentro
da câmera. Quando usamos luz suficiente, essas interferências são insignificantes.
Mas quando o sensor tenta aproveitar ao máximo a luz insuficiente, ele também
aumenta a interferência. Quando o sensor estica as 5 bolinhas para fazem o papel de
10 bolinhas, ele estica também a interferência nos pixels, e essa interferência resulta
em pixels errados. E é aí que surge o ruído.
luz
usando o ISO mínimo,
precisamos dar o tanto de
ncia luz necessário. Cada “bolinha
interferê de luz” tem um pouco de
interferência.
5
Este é o valor para câmeras Canon. Em outras marcas o valor mínimo é outro.
225
O resultado dessa interferência é que os pixels deixam
226
m
O ruído aparece mais nas áreas de sombra (onde a luz foto co 00.
I S O 4 0
foi mais insuficiente.)
Quem tem medo do ISO alto?
Durante minha primeira aula prática de fotometria, pedi para alunos e alunas
fotometrarem uma cena de pouca luz. A maioria virou para mim e falou: “vish, mas o
tempo de exposição tá muito longo, vai ficar tremida! Vamos colocar flash!” Perguntei
qual era o ISO que estava sendo usado e, batata: estava todo mundo com medo de
subir o ISO. Na segunda aula, aconteceu o mesmo. Na terceira, e nas seguintes, a
história se repetiu.
“Eu não uso ISO alto porque quero melhor qualidade na minha foto”
Este é o maior equívoco sobre o ISO alto. Sim, todo livro de fotografia ensina que
aumentar o ISO faz a foto perder definição. Mas é muito importante saber a diferença
entre foto com definição e foto boa.
Às vezes deixamos de fazer uma foto incrível com ISO alto para fazer uma foto
medíocre com definição perfeita.
luz
“Eu não uso ISO alto porque não gosto de ruído”
Todo mundo tem direito de não gostar de ruído. Mas quem disse que toda foto
usando um ISO alto tem ruído? O ruído só aparece em áreas de sombra. Se sua foto
está bem iluminada o ruído será imperceptível. Faça uma foto com ISO alto de um
céu azul e verá que quase não há diferença do ISO ótimo da sua câmera, seja ela
qual for.
O ruído só vai aparecer demais se você estiver fotografando com pouquíssima luz.
“Eu não uso ISO alto porque minha câmera é ruim/de entrada”
Se você é o tipo de pessoa que diz isso, garanto que você pode usar pelo menos o
dobro do ISO máximo que está usando atualmente. Experimente!
227
“Eu só uso ISO alto quando a luz tá realmente ruim, para evitar de usar flash”
228
Quando a luz de uma cena está muito ruim a melhor opção é… melhorar a luz! Usar
o ISO alto em uma situação de luz muito precária é justamente o único momento em
que esta é a pior opção.
A não ser que esta seja a única saída, considere melhorar a luz (seja escolhendo
outros horários, locações ou usando luz artificial) além de subir o ISO.
“Quando tem pouca luz, prefiro usar o flash com ISO baixo”
Temos a tendência de criar o time ISO alto e o time flash e colocá-los para brigar! A
verdade é que um não elimina o outro. O ISO alto pode e deve ser usado com todos
os métodos de iluminação que você souber usar (seja a luz da janela, do flash ou da
lanterna.)
O que eu acho mais interessante daqueles que têm um medo crônico do ruído é que
poucos fazem fotos onde é possível ver o ruído tanto assim.
Se você faz fotos para colocar na internet ou em álbuns diagramados com várias
fotos na mesma página, nem será possível ver o ruído! Só da pra ver o ruído em
ampliações bem grandes.
Existem algumas situações em que o ISO deve mesmo ser usado no mínimo. Capas
de revistas e catálogos de produtos precisam de fotos 100% lisinhas. Mas se você faz
o tipo de foto que precisa de ISO baixo, provavelmente já sabe disso. Normalmente,
quem me diz que evita subir o ISO não costuma fazer o tipo de foto que justifique
este medo.
está gostando do
luz
livro?
então considere fazer uma
contribuição do valor que
estiver ao seu alcance :-)
Na fotografia química é possível definir estilos e efeitos com a escolha do filme, dos
filtros na hora da foto ou de diferentes processos de revelação e ampliação.
as foto
com “trs de Stalin
removid aidores”
famosa os são
s.
lembrado.
Hoje, é mais comum editarmos nossas próprias fotos. Dentro do computador fazemos
todo o processo de revelação e ampliação, além de muitas coisas que antigamente
eram feitas na hora do clique – como a decisão de usar um filme preto e branco.
Muitas vezes o processo acaba aí, e nossas fotos são exibidas somente nas telas do
computador, do tablet ou do celular. Se decidirmos imprimir estas fotos, contamos
com profissionais que nos ajudam na tarefa de escolher o melhor método e papel.
233
Seja no processo químico ou digital, o momento do pós-processamento é
234
Podemos achar que alguns elementos podem ser cortados de uma foto pronta. O
único problema de fazer isso é que, se cortarmos muito, perdemos resolução (ver
página 19).
Che Guevara,
a foto icônica de Korda,
feita por Alberto dar total
foi cortada para lucionário.
destaque ao revo
235
Já falei na página 119 da importância de um horizonte alinhado. Se não foi possível
236
151. manaus/AM
exemplo
corte parde
alinhar o a
horizonte.
Fotos feitas com grande-angulares ou com inclinação da câmera podem ficar com a
perspectiva inadequada (ver página 190). Dá pra notar isso ao fazer uma foto de um
prédio de baixo para cima. A correção dessa perspectiva pode ser feita em alguns
aplicativos atuais de edição ou usando lentes especializadas, chamadas de tilt shift. A
correção posterior, assim como o alinhamento do horizonte, também sacrifica partes
da imagem.
152. belo horizonte/MG
edição
o de
correçã tiva de
perspec o de
uma fot feita em
prédio, o de
aplicativ
edição.
237
O corte serve, por fim, para adequar uma foto a uma certa proporção. A proporção
238
padrão da maioria das câmeras atuais é de 2x3, mas também podemos querer uma
foto 1x1 (quadrada) ou 16x9 (widescreen), entre outras inifinitas possibilidades.
1x1
1x1
2x3
16x9
2x3
153. manaus/AM
16 x 9
O histograma
Como assim, um
gráfico?
O histograma é um eixo y
gráfico cartesiano. No
eixo X (horizontal), ele
0 255
considera todos os tons de
luminosidade, do branco
eixo x
puro ao preto puro. Em
uma foto encontramos normalmente 256 níveis de luminosidade6, ou seja: o gráfico
vai do zero (preto puro) ao 255 (branco puro). No eixo Y, ele considera a quantidade
de pixels da foto que têm cada luminosidade.
edição
0 255
6
Considerando uma foto de 8 bits.
239
Lembre-se: o histograma não está nem aí para as cores7. Ele mede somente a
240
luminosidade (um pixel vermelho que possui luminosidade 19 vai estar na mesma
coluna do eixo X do que um verde que possui luminosidade 19.)
para o his
dois quad tograma, esses
mesma lu rados têm a
minosidad
e.
Para entender melhor, vamos analisar algumas fotos e seus respectivos histogramas.
ra e seu
foto escu o histograma.
respectiv
7
Embora exista também
um histograma dos canais
de cores vamos focar
aqui no histograma de
luminosidade.
Em uma foto
predominantemente clara
teremos muitos pixels
amontoadinhos no lado e seu
foto clarao histograma.
direito do histograma. respect iv
edição
241
242
ios
tons méd
foto com pectivo
e seu res a.
histogram
Quando temos áreas
muito subexpostas na
imagem, os pixels vão
formar uma linha no
lado esquerdo. Se a
sua imagem tem um
histograma assim, quer
dizer que as áreas mais
escuras da foto não
possuem detalhes ou
informações: são formadas
por preto puro.
em vermelho você vê de
as partes da foto on
o preto é puro, sem
detalhes.
Entender o histograma
garante controle sobre
a edição e aparência da
sua foto. Com um pouco
mais de experiência você
também pode acessar o
histograma na sua câmera
durante a realização das
edição
243
Alcance dinâmico
244
Digamos que você está na praia, vendo um lindo pôr do sol. Seus olhos usam uma
tecnologia muito avançada: é possível ver o céu, o mar, a areia e os barquinhos.
156. aracaju/SE
Nossas câmeras não são tão avançadas. Se tentarmos fazer uma foto deste mesmo
pôr do sol, a câmera só vai conseguir registrar os detalhes de uma parte da cena. Se
escolhermos uma exposição adequada para o céu, o restante ficará na sombra. Se
escolhermos uma exposição adequada para o que está na sombra, o céu ficará muito
claro.
Para evitar a perda de detalhes precisamos usar uma iluminação com menor variação
de intensidade ou utilizar técnicas como a edição HDR8.
Exposição
Embora a exposição
seja definida durante o
clique, é possível alterá-
la ou refiná-la durante o
processamento.
foto com
alterada exposição
na pós.
edição
8
Veja como fazer uma
foto HDR no link: http://
www.dicasdefotografia.com.
br/o-guia-definitivo-da-
fotografia-hdr
245
Uma foto que ficou
246
exageradamente
subexposta ou
superexposta não pode
ser milagrosamente
recuperada. Principalmente
se houverem pixels
empilhados em um dos
lados do histograma:
esses pixels são preto ou
branco puro e não guardam
detalhes.
não é pos
grandes e sível recuperar
pois deta rros de exposição
nas luzes lhes são perdidos
ou nas so
mbras.
Dica
Fotografar em RAW é um
bom jeito de conseguir
recuperar mais detalhes
nas sombras e nas
luzes. Arquivos JPG, para
economizar espaço, não
guardam esses detalhes.
Veja abaixo: a mesma foto,
se tirada em RAW, guarda
mais informações.
Contraste
Podemos controlar o contraste de uma foto no momento do clique com a iluminação.
Luzes mais duras, por exemplo, criam fotos mais contrastadas. É possível também
ajustar ou evidenciar este contraste no seu aplicativo de edição.
158. inhotim
Aumentar o contraste é
intensificar as áreas claras
e as áreas escuras da
imagem: o que é escuro
fica mais escuro e o que é
claro fica mais claro.
edição
247
248
neste famoso
James Dean, feretrato de
fotógrafo Denni ito pelo
vemos as marcas Stock,
laboratorista Pa ções do
em uma amplia blo Inirio
teste, mostran ção de
que serão clar do as partes
escurecidas pareadas ou
resultado final. a chegar no
edição
ei o Lightroom
nesta foto, us r o contraste,
para aumentaumas partes
escurecer alg elo em
e deixar a modvermelho,
evidência. Em as onde a
você vê as árediminuída.
exposição foi a área onde a
Em amarelo, aumentada.
exposição foi
249
160. alter do chão/PA
250
nesta foto, us
ferramenta g ei a
Lightroom pa radiente no
a exposição dra diminuir
vermelho você o céu. em
gradiente está vê onde o
.
Efeitos: processo cruzado, vinheta, grão
Processo cruzado
Ao revelar um filme, é preciso banhá-lo em uma série de químicos. Cada tipo de filme
precisa de um químico equivalente, e usar o químico errado pode ser uma técnica
criativa. Ao trabalhar digitalmente, não existem filmes ou químicos, mas é possível
imitar o resultado dessa técnica usando aplicativos atuais.
edição
251
Vinheta
252
A vinheta é um
escurecimento das bordas
da imagem causado
pela ótica da lente. Esse
defeito pode ser usado
como efeito, evidenciando
o centro do quadro e
levando nosso olhar para
162. joão pessoa/PB
o assunto principal. Tome
cuidado para não exagerar
ou a vinheta volta a ser
defeito!
vinheta exagerada.
vinheta disc
reta.
Grão
O grão é originalmente um defeito, assim como
a vinheta. O ISO causa ruído na foto digital e
grão na fotografia de filme. Nossa nostalgia faz
o grão parecer mais interessante que o ruído,
então podemos adicioná-lo na pós-produção,
criando a aparência de foto de filme.
e grão
exemplo d digitalmente.
adicionado
edição
253
Fotos em preto e branco
164
254
se simplesmente tirarmos
foto o resultado terá poucoa saturação desta
escurecermos somente a contraste. Se
uma foto muito mais interecor amarela, criamos
ssante.
Transformar uma foto em preto e
165. ilha grande/RJ
branco não é simplesmente transformar
tudo em cinza. Usamos as ferramentas
disponíveis em cada aplicativo para
equilibrar cinzas mais claros e mais
escuros de acordo com a cor original.
o mesmo
só tiramo acontece nesta p
os detalh s a saturação o c aisagem: se
escureceres e a foto fica se éu perde
adicionar um pouco o azul m graça.
mais lega contraste à imagedo céu e
l. m fica
edição
255
3 coisas para fugir na hora da edição
256
A edição serve para evidenciar nossos objetivos com a foto, mas tome cuidado para
não cometer alguns pecados tradicionais:
Seguir modas
Tome muito cuidado com modinhas: elas são
passageiras por definição. A gente nunca sabe quando
a coloração seletiva, os efeitos vintage ou as fotos HDR
vão ficar datados (para muita gente, já estão). Todo tipo
de efeito pode ser usado com moderação, ou você corre
hm… talv
esteja vin ez
o risco de fazer com que o efeito vire mais atrativo do demais? tage
que a foto em si.
Editar peles de barbie
Ninguém tem a pele da barbie. Não importa se você é
fera na manipulação, uma pele de plástico sempre parece
irreal. Para deixar modelos mais atraentes você pode usar a
iluminação, a profundidade de campo e diferentes ângulos:
todos geram resultados muito mais naturais. Você também s são
as pessoais lindas
pode abraçar todas as belezas que vão além da pele lisinha,
muito ma nte.
e registrar as pessoas como elas são de verdade. naturalme
166. claudia
edição
257
Exagerar em qualquer efeito
258
Organização de arquivos
Estrutura de pastas
Existem pessoas que não ano mês dia
gostam muito de organizar 2015
suas fotos por data, pois
20150121
acham que a data não diz
muito sobre o conteúdo da 20150203
pasta. Embora a escolha
final seja sua, saiba que a 20150624
organização cronológica é
a melhor opção para uma RAW
quantidade grande de
15 X 21
arquivos e mesmo que você
não tenha muitas fotos
Portfolio
agora, no futuro poderá ter.
Para que a organização cronológica fique na ordem correta, a ordem deve ser ano-
mês-dia. Depois desta data, você pode usar uma descrição que facilite lembrar o que
foi fotografado nesta data:
20130121 - Paris
Dentro da pasta cronológica você pode organizar suas fotos dentro de outras pastas
de acordo com o fim que você vai dar para elas: os arquivos originais, os arquivos de
impressão, de uso na web, etc.
sequencial, para que assim fique mais fácil encontrar as fotos usando o mecanismo
de busca do seu computador:
20150217 - Itália
20150217_001
20150217_002
20150217_003
259
A organização cronológica é perfeita para catalogação dos arquivos. Para a
260
visualização humana pode não ser tão perfeita assim. Se fiquei 7 dias em Paris,
minhas fotos ficarão todas espalhadas em 7 pastas diferentes! O que fazer?
Posso, por exemplo, adicionar todas as fotos da viagem à Paris nas coleções
“Viagens” e “Paris”. Ao clicar na coleção “Paris”, verei todas as fotos que fiz da cidade
independente das pastas onde elas se encontram.
Posso também usar a classificação por estrelas existente na maioria dos aplicativos.
Elas servem para classificar minhas fotos preferidas. Fotos com 5 estrelas são as que
mais gosto.
Desta forma, posso ver as fotos de Paris, posso ver as fotos preferidas de Paris, ou
posso ver as fotos preferidas de viagens. As combinações de visualização são infinitas
e super amigáveis!
Filtro:
Viagens
Paris
Retratos
Flores
está gostando do
livro?
então considere fazer uma
contribuição do valor que
edição
Decidiu que quer trabalhar com fotografia pois não aguenta mais ficar das 8h às 18h
na frente do computador? Talvez seja a hora de eu contar a verdade: é quase isso que
a maioria das profissionais fazem!
Quem escolheu criar sua marca e gerir o próprio negócio (ao invés de trabalhar para
os outros) percebe rapidamente que a fotografia como profissão não envolve só
fotografar.
fotografando
fazendo propaganda e
se autopromovendo
participando de eventos
e fazendo networking
gerenciando dinheiro
respondendo a clientes
e fazendo reuniões
O gráfico é ilustrativo, e foi livremente adaptado da pesquisa feita pela International Society of Professional Photograhers.
Quando fazemos o que gostamos as partes chatas podem valer a pena. O maior erro
é achar que fazer o que gostamos não tem partes chatas.
Trabalho ou passatempo?
É bem possível gostar do que se faz sendo dentista ou fotógrafa. Mas, normalmente,
dentistas têm uma vantagem: conseguem separar melhor o que é trabalho e o que é
diversão. Afinal, o trabalho dela não é passatempo de quase ninguém.
Quem inventou a frase “escolha um trabalho que goste e nunca mais trabalhará um
dia na sua vida” não podia estar falando uma besteira maior! Trabalho é trabalho.
Trabalhar com o que gostamos é bacana, mas quando não separamos as coisas
corremos o risco de deixar de gostar.
Sim, garanto que nosso trabalho pode ser prazeroso, mas ainda sim não é um
passatempo. Trabalho tem contrato, tem expectativas, tem dinheiro, tem horários e
prazos a cumprir. Uma fotógrafa de casamento pode amar muito seu trabalho, mas se
ela acordar no sábado com preguicinha não dá pra simplesmente deixar tudo pra lá
e ficar dormindo o dia inteiro. Se fosse passatempo, poderia. Essa é a diferença.
Não compreendo quem quer milhões de clientes e muito trabalho. Não compreendo
quem acha bonito dizer que está com a agenda cheia. Se a questão é financeira e
você precisa da agenda lotada para conseguir pagar as contas no fim do mês… então
é hora de rever seus preços ou rever a organização do seu negócio.
265
Tenho uma amiga que trabalha meio período e recebe
266
O design do seu site não é definido pelo seu gosto, e sim pelo gosto de quem
vai te contratar. O método de marketing que você vai usar não é definido pela
sua preferência, e sim pela preferência de quem vai te contratar. O seu preço (e
consequentemente sua estrutura) não é definido pelo quanto você quer ganhar, e sim
pelo quanto seu público está disposto a pagar.
E como decidir quem você quer atingir?
É só analisar qual público, na sua área, está carente de algum serviço. Este também é
o caminho para decidir quais serão os serviços oferecidos.
2. Criar o serviço que faz este público feliz e resolve suas necessidades;
Além da fotografia, eu trabalhei também com design. Há alguns anos, mantive uma
empresa que criava blogs personalizados. Ela só teve sucesso porque resolvia o
problema de um certo público.
2. Criei minha empresa para que fosse possível oferecer serviços profissionais
com preços mais acessíveis para pessoas físicas e seus blogs. A estrutura era
pequena, resultando em poucos custos, e o serviço era bem específico.
Para quem gosta de fotografar, pode parecer difícil encontrar um nicho. Olhando
rapidamente, a gente acha que todo mundo já oferece de tudo. Além disso você
fotografia como profissão
provavelmente vai querer fazer algo que gosta, não simplesmente algo que dá
dinheiro.
267
Neste caso, você pode fazer um caminho um pouco
268
diferente:
O mais importante é que seu serviço deve deixar algum público feliz e satisfeito.
• Gênero
• Idade
• Classe social (no caso da classe média, que divide o orçamento de acordo com
a preferência nos diferentes produtos e serviços, considere se seu público
busca custo baixo, custo/benefício ou se o custo é indiferente ao contratar
serviços de fotografia)
Note que até agora não falei em momento algum da qualidade do trabalho. É
essencial entender que fazer fotos bonitas não é nem garantia nem pré-requisito
para o sucesso do seu negócio.
Com o público alvo escolhido, você notará que a qualidade não só é subjetiva, mas
também é secundária. Um público de classe baixa procura a melhor oferta, mesmo
que o produto não tenha tanta qualidade, pois é o que pode consumir para não
atrapalhar suas finanças. Um público de classe alta muitas vezes procura status e
tradição, dando preferência para profissionais de renome, que já atenderam colegas
do golfe e que têm o preço mais alto. A qualidade nos dois casos é totalmente
irrelevante.
Buscar fotos bonitas é uma das características que pode ou não existir no seu
público. E, mesmo se existir, o conceito de fotos bonitas do seu público deve coincidir
com o seu.
Quanto mais específico o seu público, mais fácil vai ser conseguir convencê-lo a te
contratar. Mas, em algumas situações, não é possível definir o público de forma tão
detalhada: quem mora em cidades pequenas sabe muito bem que é preciso fazer
um pouco de tudo. Não ter um público muito específico só é um problema em uma
amostra muito grande de potenciais clientes e mercados.
269
O portfolio você consegue fotografando gratuitamente.
270
Dica
Sua família e seu círculo de amizades estão aí pra isso!
Lembre-se que para
O meio de divulgação depende (adivinha!) do seu fazer qualquer coisa
público alvo. Hoje é importante ter ao menos um site profissionalmente é preciso
onde você possa colocar o seu portfolio e através do consistência! Se você não
consegue criar um trabalho
qual potenciais clientes possam entrar em contato.
com a mesma qualidade
Se o seu público é de gestantes que compram em repetidamente, é porque
ainda não está pronta para
lojas físicas, dá para deixar um folheto de divulgação
trabalhar com isso. Fazer
nessas lojas. Se são gestantes que compram tudo pela
um bom trabalho quando
internet, o ideal é comprar um anúncio nos sites que
tudo está a seu favor é
elas visitam. fácil: a diferença entre
profissionais e iniciantes
é fazer um bom trabalho
quando tudo dá errado.
icas
é o lo g otipo do d i
este ssu
afia, e po
de fotogr lo e um texto.
um símbo
Um logotipo é um conjunto Sua identidade visual, assim como seu trabalho, deve
gráfico que representa ter consistência em todos os seus materiais. Assim
sua marca. Pode conter sua marca é facilmente lembrada e reconhecida.
somente um símbolo, um Uma lata de refrigerante vermelha só nos lembra
texto, ou uma soma dos uma certa marca pois essa marca utilizou essa cor
dois.
consistentemente durante toda sua existência.
Contrate profissionais
Como decidir quais cores usar no seu site? Como decidir qual fonte é melhor para o
seu logotipo?
Esse tipo de decisão faz parte do trabalho de designers profissionais. Se você não
entende de design e não sabe lidar com tipografia e semântica é melhor contratar
alguém experiente para criar sua identidade visual.
Seu site
O objetivo do seu site (ou blog) é mostrar suas fotos. Suas fotos devem ser sempre
o centro das atenções. Aposte na simplicidade e não use firulas. A dica anterior vale
aqui também: se não sabe fazer por conta própria contrate alguém que saiba. As
tecnologias para criação de sites mudam todos os dias e é muito importante ter
pessoas experientes lidando com isso.
Por fim, selecione bem as fotos que vão te representar. Coloque no seu portfolio
somente o melhor do seu trabalho. Só conseguimos ver centenas de fotos em
museus e livros: no seu site é o suficiente publicar a menor quantidade de fotos
possível.
Quanto cobrar?
Já sabemos que o preço a cobrar depende do seu público alvo. Este preço será uma
soma dos seus custos e do seu lucro. Para chegar em um valor inicial, portanto, você
precisa calcular esses custos.
fotografia como profissão
O maior erro de quem está começando em qualquer área que envolve serviços é
achar que tudo que ganhamos é lucro. Isso é normal, pois serviços não são palpáveis.
Os custos de um serviço não são tão óbvios quanto os custos de um produto.
271
Quem cobra mil reais para ir fotografar um casamento
272
Dica
pode ter a impressão de estar tendo mil reais de lucro,
No meu blog, disponibilizo
mas isso não poderia estar mais longe da verdade. Por
uma tabela gratuitamente
causa dos custos invisíveis, podemos estar até pagando
para calcular seus custos
e descobrir quanto deve para trabalhar.
ganhar por mês para não
Seus custos de vida (moradia, transporte, alimentação),
pagar para trabalhar.
de trabalho (impostos, cursos, 13º) e depreciação de
Acesse:
equipamentos (câmeras, computadores e tudo que
http://www.
precise ser trocado regularmente) devem ser somados
dicasdefotografia.com.br/
para saber o mínimo a se ganhar para conseguir
fotografia-quanto-cobrar
sobreviver.
Ninguém vai sair perdendo: clientes e colegas saberão que você está começando e,
por isso, não poderão colocar nenhuma expectativa no seu trabalho, mas terão fotos
ou mão de obra gratuitos. Você poderá usar as fotos para o seu portfolio e, de quebra,
terá experiência para atender melhor suas próprias clientes!
Mas trabalhar de graça pode ser uma oportunidade para inventar coisas novas e
botar em prática ideias mais mirabolantes, sem a pressão de entregar exatamente
aquilo que está proposto. A ideia é justamente ter liberdade para criar algo que ainda
não existe.
Em situações assim, todo mundo sai ganhando: modelos ganham fotos legais e quem
fotografa ganha uma oportunidade para fotografar sem a expectativa de um trabalho
pago.
Nesse caso, nem você nem a cliente têm como o objetivo o lucro, e você colabora
fazendo o que mais sabe fazer.
Se tiver tempo (ou melhor, se puder reservar um tempo) para projetos pró-bono, vai
perceber que os benefícios são muito maiores do que portfolio ou dinheiro.
fotografia como profissão
273
O problema é com você
274
lista. Mas ninguém lia. Depois de receber um orçamento de fotos em locação externa,
em que a pergunta “e se chover no dia?” estava devidamente respondida, as pessoas
enviavam emails perguntando... “e se chover no dia?”
Pois é, as pessoas não lêem perguntas frequentes. Este título, em especial, não ajuda
muito: nos achamos muito especiais para estar fazendo uma pergunta que outras já
fizeram. Na nossa cabeça, nossa dúvida é sempre única.
Este é um caso bastante específico, e provavelmente você não vai lidar com
uma situação igual à minha. Mas esta história ilustra muito bem a característica
mais importante que devemos cultivar para sermos bom profissionais: nos
responsabilizarmos.
Eu poderia ficar por anos reclamando cada vez que alguém repetisse uma pergunta.
Eu poderia me indignar pra sempre e xingar, na minha cabeça, todo mundo que
não lê a porra das perguntas frequentes. Mas isso não ia fazer diferença. As pessoas
continuariam sem ler.
Contratos de serviços
fotográficos
Não trabalhe sem contrato. O contrato serve para proteger profissional e cliente,
e trabalhar sem ele pode gerar muita dor de cabeça e desentendimentos. O seu
contrato não precisa ser rebuscado ou estar escrito em advoguês: você pode escrever
seu próprio contrato e colocar tudo que for necessário para proteger as duas partes.
Modelo de contrato
Cada área da fotografia tem suas particularidades, assim como cada profissional.
Não é possível encontrar, prontinho, um contrato que satisfaça todas as suas
necessidades. Use essas informações como base para montar o seu:
fotografia como profissão
275
276
cumentos,
bas as partes (nome, do
Dados pessoais de am
endereço)
cobertura de
pe cifi cação de ser viços e produtos (ensaio,
Es datas e
to, álb un s, fot os em alta resolução, etc) com
ev en
horários
o
s fotos (uso pessoal, us
Especificação de uso da
comercial, etc)
comercial, tipos de uso
mento
Valor e formas de paga
tempo de
ra entregas de fotos e
Prazos (seus prazos pa
fotos)
, prazos para seleção de
backup e, para clientes
ato (de
sobre rescisão do contr
Multas e informações
partes)
acordo com ambas as
Licença de uso
No caso de fotos para uso comercial você deve especificar ao máximo este uso.
Por exemplo: para uma foto a ser usada em uma propaganda de revista devem ser
especificados o nome e edição da revista, a tiragem e o tamanho da foto. Se sua foto
vai ser usada em um site, devem ser especificados o endereço do site e o tempo
limite de uso.
Nos casos em que você verá a cliente somente no dia das fotos, não deixe de mandar
o contrato e ter um aceite por email.
não ter escolhido uma das outras. Você não quer que sua cliente fique frustrada
tantas vezes, não é?
277
Dar mais opções não deixa clientes mais felizes. Dar
278
Dica
muitas opções não facilita a sua vida. Na realidade,
Por exemplo: ao invés
oferecer muitas opções de serviços ou produtos deixa
de oferecer 12 tamanhos
clientes frustradas e dificulta a sua organização e a sua
diferentes de álbum,
escolha poucas opções que logística.
têm bom custo/benefício
Um mundo como o nosso, que dá mais opções do que
para o seu público e que
jamais nossas avós imaginariam existir, só faz criar mais
melhor representam seu
estilo. insatisfação pelo que já temos. Simplifique.
Dica
Separe serviços e produtos
Por exemplo: ao invés Digamos que sou uma fotógrafa de casamentos. Nesta
de ter no orçamento um área, ofereço serviços e produtos.
pacote com ensaio de
fotos e álbum, apresente Os serviços incluem fazer uma reunião com o casal,
cada um desses itens passar o dia fotografando e editar as fotos que
separadamente. foram feitas. Os produtos incluem álbuns, pôsteres e
impressões avulsas.
Faça um follow up
Digamos que várias pessoas entraram em contato com
você, interessadas no seu trabalho. Depois de enviar o
fotografia como profissão
279
Você pode entrar em contato depois de alguns dias
280
Pós-venda
Depois que você fez as fotos, chegou a hora de entregá-
las. Esse momento é essencial para criar clientes felizes
e fiéis. Se a escolha das fotos é difícil, prazos não são
seguidos ou o produto tem pouca qualidade, as chances
são grandes da pessoa esquecer tudo de bom que
aconteceu antes.
Comunicação
Sempre que contratamos um serviço ficamos ansiosas. Um pouco antes da data
combinada para as fotos, envie um aviso dizendo que está tudo confirmado. Depois
de realizar as fotos, envie uma delas antes do prazo combinado para que a cliente
não tenha que esperar muito para matar a curiosidade. Quando estiver lidando com
produtos, como álbuns, lembre-se de avisar sempre que sua produção mudar de
etapa: quando iniciou a diagramação, quando foi enviado para a gráfica, quando foi
postado nos correios.
Uma comunicação clara, marcando todas as etapas, garante que tudo está sob
fotografia como profissão
281
O direito autoral e de uso
282
Isso quer dizer que uma foto tirada por você é protegida por essa lei, simplesmente
por ser uma fotografia. Qualquer fotografia, feita a qualquer tempo, em negativo ou
cartão de memória, em celular ou DSLR… todas elas são, a princípio, protegidas por
essa lei.
Ou seja: direitos morais não podem ser vendidos ou repassados! Esses são os direitos
seus e de mais ninguém, nem que você não queira.
283
284
Lembre-se: qualquer tipo de uso tem que ser previamente permitido pelo autor,
com tudo acertado em contrato. Abaixo alguns exemplos de usos que devem ter a
aprovação prévia do fotógrafo, no Art. 29:
Como pode ver, quaisquer outras modalidades de uso que existem ou que venham a
ser inventadas estão nesta lista. Ou seja: todo uso deve ter a autorização do autor da
obra.
E mais: esse uso deve ser muito bem especificado no
seu contrato, contendo o meio (onde vai ser usada
sua foto? Internet? Revista? Outdoor?) e o tempo (por
quanto tempo a foto poderá ser usada? 1 ano? 10 anos?
20 anos?)
Se você quer colocar a foto de uma cliente no seu site, é preciso que ela assine o
contrato de direito de imagem permitindo este uso.
Se você fez fotos para uma marca de roupas, a modelo precisa assinar um contrato
de direito de imagem permitindo este uso (sempre especificando onde a foto vai ser
usada e por quanto tempo.)
285
Mas existe um porém: se as fotos ferirem a integridade ou honra desta pessoa, você
286
poderá ser responsável por danos morais e pode sofrer um processo judicial.
estou em belém. esta manhã, depois de ir ao banco, vejo uma senhora vendendo
tapioquinha. hum, adoro! quero uma. ela disse: “senta ali na sombra, moça, que tá sol!”
sentei. da sombra, observei a tapioquinha tomando forma.
3 reais por uma deliciosa tapioquinha feita por uma senhora com um leve toc e muito
carinho.
289
1. Não somos neutros com uma câmera na mão
290
291
3. A fotografia nos toma experiências
292
293
No futuro, é bem possível que lembremos de coisas
294
É que eu acho que essas informações são bobas e inúteis! A última coisa que me
interessa em como foi feita uma fotografia é o ISO utilizado. A história daquela foto,
a motivação de quem fotografou para clicar e quem é a pessoa retratada são muito
mais interessantes.
Mas sei que nossa curiosidade às vezes é grande! Então você pode encontrar as
configurações exatas das fotos do livro abaixo:
297
298
299
300
130 183 (flor com fundo azul) ISO 100, 50mm, f/1.8, 1/200.
131 183 (flor na contra luz) ISO 100, 50mm, f/1.8, 1/1600.
132 184 (comida) ISO 400, 50mm, f/1.8, 1/800.
133 185 (prod. por letícia massula) ISO 100, 35mm, f/1.4, 1/100.
134 185 (ovo solitário) ISO 100, 35mm, f/1.4, 1/320.
135 185 (produção por adriana pita) ISO 100, 35mm, f/1.4, 1/30.
136 186 (lua) ISO 800, 200mm, f/2.8, 1/50.
137 188 (interiores) ISO 640, 35mm, f/1.4, 1/320.
138 189 ISO 1000, 10mm, f/3.5, 1/60.
139 189 ISO 200, 10mm, f/11, 2”.
140 203 (luz rembrandt) ISO 100, 35mm, f/7.1, 1/10.
141 204 sil ISO 100, 35mm, f/1.4, 1/500.
141a 204 ale ISO 100, 22mm, f/4.5, 1/200.
142 205 mari ISO 6400, 10mm, f/3.5, 1/40.
143 207 juliana ISO 100, 27mm, f/10, 1/80.
144 216 giulia ISO 800, 10mm, f/10, 1/15.
145 216 giulia ISO 2500, 10mm, f/3.5, 1/20.
146 216 giulia ISO 800, 10mm, f/10, 1/40.
147 217 sônia e oliver ISO 500, 10mm, f/8, 1/6.
(a única diferença das duas fotos é o filtro.)
A expressão fator de corte tem a ver com a diferença entre o sensor full frame e o
sensor APS-C.
Seja lá com qual câmera você estiver fotografando a objetiva sempre vai reproduzir
o mundo do mesmo jeito. Ou seja, ela vai enviar para o sensor uma imagem circular
refletida nas lentes.
A diferença é que um sensor full frame vai captar boa parte desta imagem, enquanto
um sensor APS-C vai captar um pedaço, adivinha, menor!
Abaixo um exemplo ilustrado. Vamos considerar duas câmeras imaginárias que são
completamente iguais, tendo somente tamanhos diferentes de sensor. Digamos que
as duas câmeras gravam imagens de 21 megapixels (5616 x 3744) e estão usando
uma lente 50mm.
24).
ll frame (36x sensor a
sensor fu ps-c (22
x15).
301
Como pode ver o tamanho do sensor não interfere em
302
2. Um pouco mais sobre
fotometria
303
preta, por exemplo, o fotômetro vai dar uma medição
304
3. Tipos de monitor
Tipos de painel
A tecnologia usada no painel do seu monitor é o que
vai determinar boa parte da qualidade de reprodução
de imagens nele. Temos dois tipos principais*:
305
Qual é o melhor monitor para editar fotos?
306
307
308
A profundidade de campo existe de acordo com este plano focal, não de acordo
com a distância entre a lente e os elementos da cena. Por isso é sempre importante
lembrar-se deste plano quando estamos fotografando: o ângulo usado pode colocar
mais ou menos elementos dentro da área de foco, de acordo com o seu objetivo.
É por isso também que usar o método de focar e recompor em algumas situações
pode trazer problemas de nitidez: ao mudar o ângulo da lente você muda a
localização do plano focal, e aí é bem possível que aconteça frontfocusing ou
backfocusing.
Praticamente todos os botões das câmeras DSLR podem ter suas atribuições
alteradas. Aqui sempre digo que para travar o foco é preciso clicar com o botão
disparador até a metade, pois esse é o padrão de fábrica, mas você pode usar outro
botão para essa função. Leia o manual da sua câmera para descobrir as alterações
que pode fazer nas atribuições de botões da sua câmera.
Na verdade mesmo no foco manual este sinalizador de foco pode aparecer. Para
ouvir o bip e/ou ver a bolinha luminosa ao usar o foco manual é preciso apertar o
botão disparador até a metade enquanto gira o anel de foco. Os pontos selecionados
vão se comportar exatamente como se estivessem no modo automático. Isso
acontece porque, para a câmera, não interessa como você está chegando neste foco
(se a lente está fazendo isso sozinha ou se é você que está girando o anel.) Ou seja:
com o botão de trava de foco acionado, a câmera sempre vai te avisar se aquilo que
está atrás do ponto de foco seleiconado está devidamente focado, independente se
você está usando o modo manual ou automático da lente.
Sobre as autoras
309
Aviso legal
310
Você pode distribuir o link de download ou mesmo este PDF para todo mundo
que você quiser, você pode imprimir e usar para estudar, você pode distribuir no
seu próprio site, você pode indicar para suas alunas e seus alunos caso dê aula de
fotografia e ache que o livro pode ser útil.
Mas peço, por favor, que não venda este livro. Peço, por favor, que não retire as fotos
de pessoas que estão presentes nesse livro e use em qualquer outro contexto. Vamos
dar continuidade ao conteúdo livre sem desrespeito.
Dicas de fotografia
Rio de Janeiro, 2015
primeira edição (v1.2 revisão 6/08/15)
ISBN 978-85-919397-0-1
www.dicasdefotografia.com.br