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Perdimento do valor da fiança como "outras condições"

Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo


Origem: STJ

É possível ao magistrado a fixação de outras condições para o sursis, além daquelas obrigatórias previstas
nos incisos do § 1º do art. 89 da Lei 9.099/95, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.
Essa liberdade de fixação de outras condições (art. 89, § 2º da lei 9.099/95) permite ao magistrado que
imponha o perdimento do valor da fiança como forma equivalente à prestação pecuniária. STJ. 6ª Turma.
RHC 53172/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 17/12/2015.

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Imposição de obrigações equivalentes a sanções penais como "outras condições" de que trata o art. 89, §
2º da Lei nº 9.099/95
Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ

Não há óbice a que se estabeleçam, no prudente uso da faculdade judicial disposta no art. 89, § 2º, da Lei nº
9.099/95, obrigações equivalentes, do ponto de vista prático, a sanções penais (tais como a prestação de
serviços comunitários ou a prestação pecuniária), mas que, para os fins do sursis processual, se apresentam
tão somente como condições para sua incidência. STJ. 3ª Seção. REsp 1498034-RS, Rel. Min. Rogerio Schietti
Cruz, julgado em 25/11/2015 (recurso repetitivo) (Info 574).

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Revogação da suspensão condicional do processo mesmo após o período de prova


Direito Processual Penal Outros temas Colaboração premiada
Origem: STJ

Se descumpridas as condições impostas durante o período de prova da suspensão condicional do processo,


o benefício poderá ser revogado, mesmo se já ultrapassado o prazo legal, desde que referente a fato
ocorrido durante sua vigência. Exemplo: Rafael foi denunciado pela prática do crime de descaminho. Como
a pena mínima deste delito é igual a 1 ano, o MP, na denúncia, ofereceu proposta de suspensão condicional
do processo, que foi aceita pelo acusado em 05/05/2005 pelo período de prova de 2 anos (ou seja, até
05/05/2007). Em 05/02/2007, Rafael praticou lesão corporal e foi denunciado, em 05/04/2007. Em
05/06/2007, ou seja, após o período de prova, o juiz no momento em que ia proferir a sentença extinguindo
a punibilidade do réu, soube que ele foi processado por outro delito. Tomando conhecimento do novo crime
praticado por Rafael, o juiz poderá revogar a suspensão concedida mesmo já tendo passado o período de
prova. STJ. 3ª Seção. REsp 1498034-RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 25/11/2015 (recurso
repetitivo) (Info 574).

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É possível impor ao acusado a obrigação de frequentar grupos de alcoólicos anônimos e curso de


reciclagem de motoristas
Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ
A prestação pecuniária ou de serviços à comunidade, ou a frequência a grupos como alcoólicos anônimos e
a realização de curso de reciclagem para motoristas, constituem legítimas condições do sursis processual,
nos termos do artigo 89, § 2º, da Lei 9.099/1995. STJ. 5ª Turma. RHC 47279/RS, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado
em 17/11/2015.

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Para ter direito à suspensão condicional do processo, o acusado deverá preencher requisitos objetivos e
subjetivos
Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ

De acordo com o artigo 89 da Lei dos Juizados Especiais, para a concessão da suspensão condicional do
processo é necessário, além do preenchimento dos requisitos objetivos, o atendimento às exigências de
ordem subjetiva, dispostas no artigo 77 do Código Penal, referentes à adequação da medida em face da
culpabilidade, antecedentes, conduta social e personalidade do agente, bem como dos motivos e
circunstâncias do delito. STJ. 5ª Turma. RHC 63767/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 17/11/2015.

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Recusa do MP deve ser fundamentada


Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ

O Ministério Público, ao não ofertar a suspensão condicional do processo, deve fundamentar


adequadamente a sua recusa. Se a recusa do MP foi concretamente motivada não haverá ilegalidade sob o
aspecto formal. STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 91265/RJ, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 27/02/2018.

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O acusado que responde a outro processo não tem direito ao benefício, sendo essa previsão constitucional
Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ

De acordo com o art. 89 da Lei nº 9.099/95, a suspensão condicional do processo é instituto de política
criminal, benéfico ao acusado, que visa a evitar a sua sujeição a um processo penal, cujos requisitos
encontram-se expressamente previstos na norma em questão. A existência de ações penais em curso contra
o denunciado impede a concessão do sursis processual por força do art. 89 da Lei nº 9.099/95. A
inconstitucionalidade deste dispositivo jamais foi declarada pelo STF, que tem considerado legítimos os
requisitos nele estabelecidos para a proposta de suspensão condicional do processo em diversos julgados.
STJ. 5ª Turma. RHC 58082/PA, Rel. Min. Leopoldo de Arruda Raposo (Des. Conv. do TJ/PE), julgado em
20/08/2015.

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Réu processado durante o período de prova perde direito ao benefício ainda que depois venha a ser
absolvido
Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ

A suspensão condicional do processo é automaticamente revogada se, no período de prova, o réu vem a ser
processado pela prática de novo crime, em obediência ao art. 89, § 3º, da Lei nº 9.099/95, ainda que
posteriormente venha a ser absolvido, de forma que deixa de ser merecedor do benefício, que é norma
excepcional, para ser normalmente processado com todas as garantias pertinentes. STJ. 5ª Turma. AgRg no
REsp 1470185/MG, Rel. Min. Leopoldo de Arruda Raposo (Des. Conv. do TJ/PE), julgado em 18/08/2015.

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Não é possível aplicar a suspensão condicional do processo nos crimes praticados com violência doméstica
e familiar contra a mulher
Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ

Súmula 536-STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de
delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 10/06/2015, Dje 15/06/2015.

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É inadmissível o pleito da suspensão condicional do processo após a prolação da sentença, ressalvadas as


hipóteses de desclassificação ou procedência parcial da pretensão punitiva estatal
Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ

O fato de o Ministério Público não ter proposto a suspensão do processo constitui nulidade relativa, que,
sob pena de preclusão, deve ser suscitada até a prolação da sentença. Com a prolação da sentença
condenatória fica comprometido o fim próprio para o qual o sursis processual foi cometido, qual seja o de
evitar a imposição de pena privativa de liberdade. STJ. 5ª Turma. HC 175572/SP, Rel. Min. Newton Trisotto
(Des. Conv. do TJ/SC), julgado em 03/03/2015.

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Aplicação analógica dos arts. 61 e 62 da Lei de Drogas para crimes regidos pelo CPP
Direito Processual Penal Outros temas Incidentes e medidas cautelares
Origem: STJ

Os arts. 61 e 62 da Lei 11.343/2006 permitem que, após autorização judicial, veículos, embarcações,
aeronaves e quaisquer outros meios de transporte sejam utilizados pela autoridade de polícia judiciária,
comprovado o interesse público. O juiz poderá autorizar que a aeronave seja utilizada pelo órgão mesmo o
réu não estando respondendo por tráfico de drogas? SIM. É possível a aplicação analógica dos arts. 61 e 62
da Lei 11.343/2006 para admitir a utilização pelos órgãos públicos de aeronave apreendida no curso da
persecução penal de crime não previsto na Lei de Drogas, sobretudo se presente o interesse público de evitar
a deterioração do bem. O art. 3º do CPP afirma que a lei processual penal admitirá interpretação extensiva
e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. Assim, é possível a aplicação
da Lei de Drogas para crimes regidos pelo CPP com base no uso da analogia. STJ. 6ª Turma. REsp 1420960-
MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 24/2/2015 (Info 556).

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Não cabe a concessão do benefício da suspensão condicional do processo se o acusado, no momento do


oferecimento da denúncia, responde a outro processo criminal, mesmo que este venha a ser
posteriormente suspenso ou que ocorra a superveniente absolvição do
Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ

No momento do oferecimento da denúncia é que são verificados os requisitos do art. 89 da Lei nº 9.099/95,
para eventual suspensão condicional do processo. Logo, não tem direito ao benefício o acusado que, nessa
oportunidade, responde a outro processo criminal, mesmo que este venha a ser posteriormente suspenso.
STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1154263/SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 16/05/2013.

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A extinção da punibilidade do agente pelo cumprimento das condições do sursis processual, operada em
processo anterior, não pode ser sopesada em seu desfavor como maus antecedentes, personalidade do
agente e conduta social
Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ

O fato de o réu ter recebido suspensão condicional do processo em uma ação penal anterior não pode ser
levado à consideração para a elevação da pena-base. Isso violaria o princípio da presunção de não-
culpabilidade. STJ. 5ª Turma. HC 156569/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 08/02/2011.

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O descumprimento das condições impostas na suspensão condicional do processo, conquanto não se


preste a fundamentar o aumento da pena-base no tocante à personalidade do agente, pode justificar
validamente a exasperação com base na conduta social, ensejand
Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ

O descumprimento das condições impostas na suspensão condicional do processo não pode servir para
aumentar a pena-base no tocante à personalidade do agente. No entanto, pode justificar o aumento da pena
com base na conduta social. STJ. 5ª Turma. HC 107774/SC, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 18/11/2010.

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Cabimento do SURSIS processual no caso de desclassificação ou de procedência parcial da imputação
Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ

Súmula 337-STJ: É cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência


parcial da pretensão punitiva.

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Pena mínima e concursos material, formal e crime continuado


Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ

Súmula 243-STJ: O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais
cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima
cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano.

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Júri

É possível a execução da condenação pelo tribunal do júri independentemente do julgamento da


apelação?
Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STF e STJ

• SIM. É possível a execução da condenação pelo Juiz Presidente do Tribunal do Júri, independentemente do
julgamento da apelação ou de qualquer outro recurso, em face do princípio da soberania dos veredictos.
*STF. 1ª Turma. HC 118770 ED, Redator do acórdão Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, julgado em
04/06/2018. • NÃO. É impossível antecipar a execução da pena após sentença proferida pelo juiz presidente
do tribunal do júri, antes de submeter a decisão condenatória à apreciação da segunda instância em sede de
apelação, sob pena de macular o princípio constitucional da inocência.STF. 2ª Turma. HC 136223, Rel. Min.
Dias Toffoli, Segunda Turma, julgado em 25/04/2017; STJ. 5ª Turma. HC 438.088, Rel. Min. Reynaldo Soares
da Fonseca, julgado em 24/05/2018; STJ. Presidente Min. Laurita Vaz, em decisão monocrática no HC
458.249, julgado em 12/07/2018.

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Validade das alegações finais feitas nos debates orais e ausência de inovação dos fatos no plenário
Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STF

A defesa sustentava a nulidade absoluta do processo, em razão da ausência das alegações finais por
abandono da causa pelo advogado. Sustentava, também, a violação ao devido processo legal, diante da
modificação da tese acusatória em plenário, sem que tivesse sido oportunizado o exercício do contraditório.
O STF entendeu não ter ocorrido nulidade processual, tendo em vista que, na audiência de instrução, a
defesa técnica postulou a impronúncia. Além disso, afirmou haver correlação entre o que foi arguido pelo
Estado-acusador em plenário e a pronúncia. Em outras palavras, o MP pediu a condenação do réu
justamente pelos fatos que constavam na pronúncia. STF. 1ª Turma. HC 129.263/RS, Rel. Min. Marco Aurélio,
julgado em 15/5/2018 (Info 902).

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Pronúncia e devido processo legal


Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STF

A defesa sustentava a nulidade absoluta do processo, em razão da ausência das alegações finais por
abandono da causa pelo advogado. Sustentava, também, a violação ao devido processo legal, diante da
modificação da tese acusatória em plenário, sem que tivesse sido oportunizado o exercício do contraditório.
O STF entendeu não ter ocorrido nulidade processual, tendo em vista que, na audiência de instrução, a
defesa técnica postulou a impronúncia. Além disso, afirmou haver correlação entre o que foi arguido pelo
Estado-acusador em plenário e a pronúncia. STF. 1ª Turma. HC 129.263/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado
em 15/5/2018 (Info 902).

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Sustentação oral em tempo reduzido


Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STJ

Diante das peculiaridades do Tribunal do Júri, o fato de ter havido sustentação oral em plenário por tempo
reduzido não caracteriza, necessariamente, a deficiência de defesa técnica. STJ. 6ª Turma. HC 365008-PB,
Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 17/04/2018 (Info 627). Obs:
existe decisão reconhecendo a ocorrência de nulidade pelo simples fato de a sustentação oral ter sido feita
em poucos minutos: STJ. 6ª Turma. HC 234.758-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 19/6/2012.No
entanto, entendo que a posição majoritária é no sentido que isso não conduz, obrigatoriamente, à nulidade,
conforme decidido no HC 365.008-PB.

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Na sentença de pronúncia, as qualificadoras somente podem ser excluídas quando se revelarem


manifestamente improcedentes
Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STJ

A exclusão de qualificadora constante na denúncia somente pode ocorrer quando manifestamente


improcedente, sob pena de usurpação da competência do Tribunal do Júri, juiz natural para julgar os crimes
dolosos contra a vida. Por vigorar nesta fase o princípio in dubio pro societate, somente é autorizado ao
julgador afastar as qualificadoras contidas na denúncia caso não haja dúvidas de que elas não estão
configuradas no caso concreto. Não havendo certeza disso, o juiz deverá deixar para o Conselho de Sentença
decidir sobre a incidência ou não da qualificadora. STJ. 5ª Turma. HC 406.869/RS, Rel. Min. Felix Fischer,
julgado em 19/09/2017. STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp 830.308/RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em
20/06/2017.

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Documento ou objeto somente pode ser lido ou exibido no júri se a parte adversa tiver sido cientificada
de sua juntada com até 3 dias úteis de antecedência
Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STJ

Segundo o art. 479 do CPP: “Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição
de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se
ciência à outra parte.” O prazo de 3 dias úteis a que se refere o art. 479 do CPP deve ser respeitado não
apenas para a juntada de documento ou objeto, mas também para a ciência da parte contrária a respeito de
sua utilização no Tribunal do Júri. Em outras palavras, não só a juntada, mas também a ciência da parte
interessada deve ocorrer até 3 dias úteis antes do início do júri. STJ. 6ª Turma. REsp 1637288-SP, Rel. Min.
Rogerio Schietti Cruz, Rel. para acórdão Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 8/8/2017 (Info 610).

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O testemunho por ouvir dizer, produzido somente na fase inquisitorial, não serve como fundamento para
pronúncia
Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STJ

O testemunho por ouvir dizer (hearsayrule), produzido somente na fase inquisitorial, não serve como
fundamento exclusivo da decisão de pronúncia, que submete o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri. STJ.
6ª Turma. REsp 1373356-BA, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/4/2017 (Info 603).

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Possibilidade de extensão de decisão de desclassificação adotada por júri em favor de corréu


Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STJ

Ocorrido o desmembramento da ação penal que imputava aos coacusados a prática de homicídio doloso
tentado decorrente da prática de "racha", a desclassificação em decisão do Tribunal do Júri do crime de
homicídio doloso tentado para o delito de lesões corporais graves ocorrida em benefício do corréu (causador
direto da colisão da que decorreram os ferimentos suportados pela vítima) é extensível, independentemente
de recurso ou nova decisão do Tribunal Popular, a outro corréu (condutor do outro veículo) investido de
igual consciência e vontade de participar da mesma conduta e não responsável direto pelas citadas lesões.
STJ. 6ª Turma. RHC 67383-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. para acórdão Min. Sebastião Reis
Júnior, julgado em 5/5/2016 (Info 583).

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STJ também admite a execução provisória da pena
Direito Processual Penal Tribunal do júri Recursos
Origem: STJ

É possível a execução provisória da pena mesmo que ainda esteja pendente o trânsito em julgado do acórdão
condenatório por causa da interposição de recurso de natureza extraordinária. Ex: STJ, em processo de sua
competência originária, condena o réu a pena privativa de liberdade; o condenado ainda poderá interpor
recurso extraordinário, mas como este não goza de efeito suspensivo, será possível o início do cumprimento
da pena. STJ. Corte Especial. QO na APn 675-GO, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 6/4/2016 (Info 582).

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É possível o início da execução da pena condenatória após a prolação de acórdão condenatório em 2º grau
Direito Processual Penal Tribunal do júri Recursos
Origem: STF

A execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau de apelação, ainda que sujeito a
recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção de inocência.
Em outras palavras, é possível o início da execução da pena condenatória após a prolação de acórdão
condenatório em 2º grau e isso não ofende o princípio constitucional da presunção da inocência. STF.
Plenário. HC 126292/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 17/2/2016 (Info 814).

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Julgamento por órgão colegiado formado por maioria de juízes convocados não viola o princípio do juiz
natural
Direito Processual Penal Tribunal do júri Recursos
Origem: STF

Não viola o princípio do juiz natural o julgamento de apelação por órgão colegiado presidido por
desembargador, sendo os demais integrantes juízes convocados. STF. 1ª Turma. HC 101473/SP, rel. orig.
Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 16/2/2016 (Info 814).

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Como fica a ordem dos quesitos se o réu alegou legítima defesa e desclassificação
Direito Processual Penal Tribunal do júri Votação no Tribunal do Júri
Origem: STJ

A tese absolutória de legítima defesa, quando constituir a tese principal defensiva, deve ser quesitada ao
Conselho de Sentença antes da tese subsidiária de desclassificação em razão da ausência de animus necandi.
Assim, nos casos em que a tese principal for absolutória (ex: legítima defesa), o quesito de absolvição deve
ser formulado antes que o de desclassificação (tese subsidiária). Isso se justifica com o objetivo de garantir
a plenitude da defesa, já que a absolvição é mais vantajosa do que a mera desclassificação para outro crime
menos grave. STJ. 6ª Turma. REsp 1509504-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em
27/10/2015 (Info 573).

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Desclassificação de crime pelo conselho de sentença


Direito Processual Penal Tribunal do júri Votação no Tribunal do Júri
Origem: STJ

A desclassificação do crime doloso contra a vida para outro de competência do juiz singular promovida pelo
Conselho de Sentença em plenário do Tribunal do Júri, mediante o reconhecimento da denominada
cooperação dolosamente distinta (art. 29, § 2º, do CP), não pressupõe a elaboração de quesito acerca de
qual infração menos grave o acusado quis participar. Assim, não há falar em ocorrência de nulidade absoluta
no julgamento pelo Tribunal do Júri, por ausência de quesito obrigatório, na hipótese em que houve a efetiva
quesitação acerca da tese da desclassificação, ainda que sem indicação expressa de qual crime menos grave
o acusado quis participar. Afastada pelos jurados a intenção do réu em participar do delito doloso contra a
vida em razão da desclassificação promovida em plenário, o juiz natural da causa não é mais o Tribunal do
Júri, não competindo ao Conselho de Sentença o julgamento do delito, e sim ao juiz presidente do Tribunal
do Júri, nos termos do que preceitua o art. 492, § 1º, primeira parte, do CPP. STJ. 6ª Turma. REsp 1501270-
PR, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 1º/10/2015 (Info 571).

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Recusas imotivadas e pluralidade de réus


Direito Processual Penal Tribunal do júri Plenário do Júri
Origem: STJ

O direito de a defesa recusar imotivadamente até 3 jurados é garantido em relação a cada um dos réus,
ainda que as recusas tenham sido realizadas por um só defensor (art. 469 do CPP). De acordo com o art. 468,
caput, do CPP, o direito a até 3 recusas imotivadas é da parte. Como cada réu é parte no processo, se houver
mais de um réu, cada um deles terá direito à referida recusa. Dessa forma, o direito às três recusas
imotivadas é garantido ao acusado, e não à defesa, ou seja, cada um dos réus terá direito às suas três recusas
imotivadas ainda que possuam o mesmo advogado, sob pena de violação da plenitude de defesa. STJ. 6ª
Turma. REsp 1540151-MT, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 8/9/2015 (Info 570).

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Reexame necessário de absolvição sumária após a entrada em vigor da Lei 11.689/2008


Direito Processual Penal Tribunal do júri Recursos
Origem: STJ

Após a entrada em vigor da Lei nº 11.689/2008, em 8 de agosto de 2008, o reexame necessário de decisão
absolutória sumária proferida em procedimento do Tribunal do Júri que estiver pendente de apreciação não
deve ser examinado pelo Tribunal ad quem, mesmo que o encaminhamento da decisão absolutória à
instância superior tenha ocorrido antes da entrada em vigor da referida Lei. Ex: João matou Pedro, tendo
sido denunciado por homicídio doloso. Em 05/05/2008, depois de ouvir as testemunhas, o juiz se convenceu
que João agiu em legítima defesa, razão pela qual proferiu sentença de absolvição sumária. Na época, havia
previsão no CPP no sentido de que, após absolver o acusado, o magistrado, mesmo sem recurso do MP,
deveria mandar os autos para o Tribunal para que este examinasse se a decisão foi correta. A remessa
necessária ficou parada no TJ aguardando ser julgada. Em 08/08/2008 entrou em vigor a Lei nº 11.689/2008
acabando com a previsão da remessa necessária nestes casos. Isso significa que o Tribunal não mais terá que
julgá-la. STJ. 5ª Turma. HC 278124-PI, Rel. Min. Leopoldo de Arruda Raposo (Desembargador convocado do
TJ/PE), Rel. para acórdão Min. Felix Fischer, julgado em 9/6/2015 (Info 574).

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Anulação da pronúncia por excesso de linguagem


Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STF e STJ

A sentença de pronúncia deve ser fundamentada. No entanto, é necessário que o juiz utilize as palavras com
moderação, ou seja, valendo-se de termos sóbrios e comedidos, a fim de se evitar que fique demonstrado
na decisão que ele acredita firmemente que o réu é culpado pelo crime. Se o magistrado exagera nas
palavras utilizadas na sentença de pronúncia, dizemos que houve um “excesso de linguagem”, também
chamado de “eloquência acusatória”. O excesso de linguagem é proibido porque o CPP afirma que os jurados
irão receber uma cópia da sentença de pronúncia e das decisões posteriores que julgaram admissível a
acusação e do relatório do processo (art. 472, parágrafo único). Assim, se o juiz se excede nos argumentos
empregados na sentença de pronúncia, o jurado irá ler essa decisão e certamente será influenciado pela
opinião do magistrado. Havendo excesso de linguagem, o que o Tribunal deve fazer? Deverá ANULAR a
sentença de pronúncia e os consecutivos atos processuais, determinando-se que outra seja prolatada. Em
vez de anular, o Tribunal pode apenas determinar que a sentença seja desentranhada (retirada do processo)
ou seja envelopada (isolada)? Isso já não seria suficiente, com base no princípio da economia processual?
NÃO. Não basta o desentranhamento e envelopamento. É necessário anular a sentença e determinar que
outra seja prolatada. Isso porque, como já dito acima, a lei determina que a sentença de pronúncia seja
distribuída aos jurados. Logo, não há como desentranhar a decisão, já que uma cópia dela deverá ser
entregue aos jurados. Se essa cópia não for entregue, estará sendo descumprido o art. 472, parágrafo único,
do CPP. STF. 1ª Turma. RHC 127522/BA, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 18/8/2015 (Info 795). STJ. 6ª
Turma. AgRg no REsp 1442002-AL, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/4/2015 (Info 561).

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Anulação da decisão absolutória do júri em razão da contrariedade com as provas dos autos
Direito Processual Penal Tribunal do júri Recursos
Origem: STJ

Ainda que a defesa alegue que a absolvição se deu por clemência do Júri, admite-se, mas desde que por uma
única vez, o provimento de apelação fundamentada na alegação de que a decisão dos jurados contrariou
manifestamente à prova dos autos (art. 593, III, "d", do CPP). STJ. 6ª Turma. REsp 1451720-SP, Rel. originário
Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. para acórdão Min. Nefi Cordeiro, julgado em 28/4/2015 (Info 564).

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Referência ou leitura de sentença prolatada em desfavor do corréu


Direito Processual Penal Tribunal do júri Plenário do Júri
Origem: STF

Imagine que duas pessoas tenham praticado, em conjunto, homicídio. Uma delas foi julgada primeiro, tendo
sido condenada. No julgamento do segundo réu, durante os debates no Plenário do Júri, o Promotor de
Justiça leu a sentença que condenou o primeiro réu. Houve nulidade por violação do art. 478, I, do CPP?
NÃO. A leitura, pelo Ministério Público, da sentença condenatória de corréu proferida em julgamento
anterior não gera nulidade de sessão de julgamento pelo conselho de sentença. Segundo decidiu o STF, o
art. 478, I, não proíbe que se leia a sentença condenatória de corréu no mesmo processo. Logo, não é
possível falar que houve descumprimento da regra prevista nesse dispositivo. STF. 1ª Turma. RHC
118006/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 10/2/2015 (Info 774).

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Ligeira alteração na redação prevista no CPP para o quesito não gera nulidade
Direito Processual Penal Tribunal do júri Votação no Tribunal do Júri
Origem: STF

Na votação do Tribunal do Júri, um dos quesitos formulados aos jurados é o seguinte: “O jurado absolve o
acusado?” O § 2º do art. 483 do CPP prevê que é essa a redação que deve ser dada ao quesito. Em um
determinado caso concreto, o juiz presidente do Júri redigiu esse quesito da seguinte forma: “Pelo que ouviu
em Plenário, o jurado absolve o acusado?”. A defesa alegou que houve nulidade, mas o STF não concordou.
Embora não tenha sido empregada a redação prevista no § 2º do art. 483 do CPP, o STF concluiu que não
houve nulidade, pois a redação foi formulada com conteúdo similar ao mencionado no texto legal. Logo, não
houve prejuízo. STF. 2ª Turma. HC 123307/AL, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 9/9/2014 (Info 758).

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Não mais existe quesito sobre excesso doloso


Direito Processual Penal Tribunal do júri Votação no Tribunal do Júri
Origem: STJ

Em determinado Júri, o advogado do réu alegou que este agiu em legítima defesa (art. 23, III, do CP). A
acusação, por sua vez, sustentou que o acusado atuou com excesso doloso (art. 23, parágrafo único, do CP),
devendo ser condenado. Nos dois primeiros quesitos, os jurados afirmaram que “SIM” para as perguntas
sobre materialidade e autoria. No terceiro quesito, foi perguntado: “O jurado absolve o acusado?”. Os
jurados também responderam que “SIM”. Diante disso, o juiz deveria ter encerrado a votação e proferido
sentença absolutória. Ocorre que o magistrado formulou mais uma pergunta aos jurados: “O acusado
excedeu dolosamente os limites da legítima defesa?” Não agiu corretamente o juiz. Se os jurados
responderem “SIM” para a tese defensiva, o juiz não pode mais elaborar quesito sobre excesso doloso da
legítima defesa. Se essa tese for suscitada pelo MP em Plenário e os jurados quiserem concordar com a
acusação, basta que eles respondam “NÃO” para o quesito defensivo (“O jurado absolve o acusado?”). Se
responderam “SIM”, é porque não concordaram com os argumentos do MP, sendo ilegal formular um
quesito específico para a tese de acusação. STJ. 5ª Turma. HC 190264-PB, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em
26/8/2014 (Info 545).

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O assistente de acusação tem direito à réplica mesmo que o MP não a exerça
Direito Processual Penal Tribunal do júri Plenário do Júri
Origem: STJ

O assistente da acusação tem direito à réplica, ainda que o MP tenha anuído à tese de legítima defesa do
réu e declinado do direito de replicar. STJ. 5ª Turma. REsp 1343402-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em
21/8/2014 (Info 546).

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Suposta contradição entre as respostas fornecidas pelo Conselho de Sentença


Direito Processual Penal Tribunal do júri Votação no Tribunal do Júri
Origem: STJ

Em um júri, a única tese defensiva do advogado foi a negativa de autoria. No momento da votação, os jurados
responderam SIM ao quesito da autoria, ou seja, reconheceram que o réu era o autor do crime, no entanto,
responderam SIM para o quesito defensivo obrigatório “o jurado absolve o acusado”. O juiz entendeu que
houve contradição e, por conta disso, repetiu a votação do quesito defensivo. O STJ não concordou com o
procedimento do juiz porque não houve contradição nas respostas fornecidas. Isso porque os jurados podem
responder SIM ao quesito defensivo e absolver o acusado por outros motivos diferentes daqueles alegados
pelo defensor no Plenário. Logo, mesmo tendo reconhecido a autoria, os jurados poderiam absolver o
acusado. Vale ressaltar, no entanto, que, se houvesse realmente contradição, o juiz deveria ter repetido os
dois quesitos conflitantes e não apenas o último deles. STJ. 5ª Turma. REsp 1320713-SP, Rel. Min. Laurita
Vaz, julgado em 27/5/2014 (Info 542).

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Intimação do réu por edital para a sessão de julgamento do júri


Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STJ

No procedimento relativo aos processos de competência do Tribunal do Júri, o acusado solto que, antes da
Lei 11.689/2008, tenha sido intimado pessoalmente da decisão de pronúncia pode, após a vigência da
referida Lei, ser intimado para a sessão plenária por meio de edital caso não seja encontrado e, se não
comparecer, poderá ser julgado à revelia. STJ. 6ª Turma. HC 210524-RJ, Rel. Min. Maria Thereza De Assis
Moura, julgado em 11/3/2014 (Info 537).

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Decisão de pronúncia e intimação do réu por edital


Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STJ

O art. 420, parágrafo único, do CPP, com a redação dada pela Lei 11.689/2008, estabeleceu a possibilidade
de a intimação da decisão de pronúncia ser feita por edital ao acusado que não for encontrado. De acordo
com o STJ, aludido dispositivo, por ter índole processual, deve ser aplicado imediatamente, mesmo aos
crimes ocorridos antes de sua vigência. No entanto, tal norma processual penal não pode ser aplicada aos
fatos anteriores à Lei 9.271/1996, em que foi decretada a revelia do réu, uma vez que tal compreensão
implicaria a sua submissão a julgamento pelo Tribunal do Júri sem que sequer se tenha certeza da sua ciência
acerca da acusação que pesa contra si. Assim, não é admitido que a intimação da decisão de pronúncia seja
realizada por edital quando o processo houver transcorrido desde o início à revelia do réu que também fora
citado por edital. STJ. 6ª Turma. HC 226285-MT, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 20/2/2014 (Info
537).

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Leitura de documento no júri e juntada com antecedência mínima de 3 dias


Direito Processual Penal Tribunal do júri Plenário do Júri
Origem: STJ

É nulo o julgamento no Tribunal do Júri que tenha ensejado condenação quando a acusação tiver
apresentado, durante os debates na sessão plenária, documento estranho aos autos que indicaria que uma
testemunha havia sido ameaçada pelo réu, e a defesa tiver se insurgido contra essa atitude fazendo
consignar o fato em ata. STJ. 5ª Turma. HC 225478-AP, Rel. Min. Laurita Vaz e Rel. para acórdão Min. Jorge
Mussi, julgado em 20/2/2014 (Info 537).

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Testemunhas ouvidas no plenário do júri


Direito Processual Penal Tribunal do júri Plenário do Júri
Origem: STJ

A sessão de julgamento do Tribunal do Júri só pode ser adiada caso a testemunha faltante tenha sido
intimada com a cláusula de imprescindibilidade. No caso concreto julgado pelo STJ, entretanto, o mandado
de intimação da testemunha foi expedido para endereço diverso do indicado pela defesa, motivo pelo qual
o oficial de justiça não a encontrou e, consequentemente, ela não compareceu ao Tribunal do Júri, o que fez
com que o causídico responsável pela defesa do paciente requeresse o adiamento da sessão de julgamento,
sendo este pedido, no entanto, indeferido pelo Juiz Presidente. Diante disso, o STJ anulou o julgamento. Para
a Corte, ainda que a testemunha não tenha sido indicada como imprescindível, não se pode admitir que a
defesa seja prejudicada por um equívoco do Estado, que expediu mandado de intimação para endereço
distinto daquele indicado pelos advogados do acusado, obrando em evidente cerceamento de defesa. STJ.
5ª Turma. HC 243591-PB, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 18/2/2014 (Info 538).

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Absolvição sumária do acusado inimputável


Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STJ

No procedimento do Tribunal do Júri, o juiz pode, na fase do art. 415 do CPP, efetivar a absolvição imprópria
do acusado inimputável, na hipótese em que, além da tese de inimputabilidade, a defesa apenas sustente
por meio de alegações genéricas que não há nos autos comprovação da culpabilidade e do dolo do réu, sem
qualquer exposição dos fundamentos que sustentariam esta tese. STJ. 5ª Turma. REsp 39920-RJ, Rel. Min.
Jorge Mussi, julgado em 6/2/2014 (Info 535).

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Leitura da decisão de pronúncia durante os debates no júri e argumento de autoridade
Direito Processual Penal Tribunal do júri Plenário do Júri
Origem: STF e STJ

O art. 478, I, do CPP afirma que, durante os debates, as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer
referências à decisão de pronúncia ou às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação como
argumento de autoridade para beneficiar ou prejudicar o acusado. Isso não significa, contudo, que qualquer
referência ou leitura da decisão acarretará, obrigatoriamente, a nulidade do julgamento. Na verdade,
somente haverá nulidade se a leitura ou as referências forem feitas como argumento de autoridade para
beneficiar ou prejudicar o acusado. Assim, por exemplo, não haverá nulidade se o MP simplesmente ler, no
Plenário, trecho da decisão do Tribunal que manteve a sentença de pronúncia contra o réu, sem fazer a
utilização do artifício do “argumento de autoridade”. STF.2ª Turma.RHC 120598/MT, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 24/3/2015 (Info 779). STJ. 5ª Turma. HC 248617-MT, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em
5/9/2013 (Info 531). STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1235899-MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura,
julgado em 5/11/2013 (Info 531).

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Protesto por novo júri


Direito Processual Penal Tribunal do júri Recursos
Origem: STF e STJ

As pessoas condenadas pelo Tribunal do Júri após a entrada em vigor da Lei nº 11.689/2008 (09/08/2008)
não têm direito ao recurso “protesto por novo júri”, ainda que o crime tenha sido cometido antes da referida
lei revogadora. STF. 2ª Turma. RE 752988 AgR/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 10/12/2013
(Info 732). STJ. 5ª Turma. AgRg no Ag 1381227/RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 22/10/2013.

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Trancamento de ação penal por meio de HC e Tribunal do Júri


Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STF

O controle judicial prévio de admissibilidade de qualquer acusação penal, mesmo em âmbito de habeas
corpus, é legítimo e não ofende os princípios constitucionais do juiz natural e do monopólio da titularidade
do Ministério Público em ação penal de iniciativa pública, quando a pretensão estatal estiver destituída de
base empírica idônea. STF. Plenário. RE 593443/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min.
Ricardo Lewandowski, 6/6/2013 (Info 709).

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Nulidade do júri pelo pouco tempo que o defensor teve para estudar o caso
Direito Processual Penal Tribunal do júri Plenário do Júri
Origem: STF

O CPP determina que, se o advogado do acusado não comparecer à sessão designada para o Júri, sem
apresentar escusa (justificativa) legítima, e se outro advogado não for constituído pelo réu, o juiz deverá
designar nova data para o julgamento, intimando a Defensoria Pública para que participe do novo
julgamento e faça a defesa do acusado caso este não apresente novamente defensor constituído. O novo
julgamento deverá ser marcado com uma antecedência mínima de 10 dias, a fim de que o defensor do
acusado possa conhecer o processo. Tal previsão está contida no art. 456 do CPP. No caso concreto, o
advogado constituído do réu não apareceu na sessão de julgamento, tendo sido designado novo júri com
antecedência de 12 dias e intimação da Defensoria Pública. No dia do júri, a defesa em Plenário foi feita pelo
Defensor Público, tendo ele alegado não ter tido tempo suficiente para conhecer os autos. O réu foi
condenado, tendo sido impetrados sucessivos habeas corpus até que a questão chegasse ao STF. A 2ª Turma
do STF decidiu que, apesar da decisão do juiz de adiar o júri ter sido praticada em conformidade com a lei,
no caso concreto, o prazo concedido para o Defensor Público estudar o processo (12 dias) foi muito exíguo
considerando que se tratava de uma causa complexa e com vários volumes de autos. Dessa forma, o
julgamento foi considerado nulo por conta da violação aos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade
e, ainda, do devido processo legal substantivo (e não o meramente formal). STF. 2ª Turma. HC 108527/PA,
rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/5/2013 (Info 706).

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Determinação do juiz para que os autos não saiam do cartório nos cinco dias antes do júri
Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STJ

Não configura ilegalidade a determinação do Juiz-Presidente do Tribunal do Júri que estabeleça a proibição
de retirada dos autos por qualquer das partes, inclusive no caso de réu assistido pela Defensoria Pública, nos
cinco dias que antecedam a realização da sessão de julgamento. STJ. 2ª Turma. RMS 41624-RJ, Rel. Min.
Humberto Martins, julgado em 7/5/2013 (Info 524).

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Júri anulado e rol de testemunhas do novo julgamento


Direito Processual Penal Tribunal do júri Recursos
Origem: STJ

O réu foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri. Houve recurso para o Tribunal de Justiça e o júri foi
anulado sob o argumento de que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos. Foi,
então, designada uma nova sessão do Júri. O STJ decidiu que, para esse novo julgamento, não é possível que
se conceda às partes o direito de inovar no conjunto probatório mediante a apresentação de novo rol de
testemunhas a serem ouvidas em plenário. STJ. 5ª Turma. HC 243452-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em
26/2/2013 (Info 516).

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Lista de jurados
Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STJ

De acordo com o § 4º do art. 426 do CPP, não pode ser incluída na lista geral de jurados a pessoa que tenha
integrado Conselho de Sentença nos doze meses que antecederem à publicação da lista. Assim, deve ser
reconhecida a nulidade ABSOLUTA na hipótese em que um dos jurados do Conselho de Sentença tenha
integrado o júri de outro processo nos 12 meses que antecederam à publicação da lista geral de jurados,
considerando que o placar da votação tenha sido o de quatro a três em favor da condenação do réu, ainda
que a defesa tenha deixado de consignar a insurgência na ata de julgamento da sessão. STJ. 6ª Turma. HC
177358-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 5/2/2013 (Info 513).
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Apelação: não é possível a anulação da sentença do júri apenas no que tange às qualificadoras
Direito Processual Penal Tribunal do júri Recursos
Origem: STJ

Não é possível a anulação parcial de sentença proferida pelo júri a fim de determinar submissão do réu a
novo julgamento somente em relação às qualificadoras, ainda que a decisão dos jurados seja
manifestamente contrária à prova dos autos apenas nesse particular. STJ. 5ª Turma. HC 246223-BA, Marco
Aurélio Bellizze, julgado em 6/11/2012.

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Tribunal do júri e revisão criminal


Direito Processual Penal Tribunal do júri Recursos
Origem: STJ

A condenação penal definitiva imposta pelo Júri também pode ser desconstituída mediante revisão criminal,
não lhe sendo oponível a cláusula constitucional da soberania do veredicto do Conselho de Sentença. Se o
Tribunal de Justiça, ao julgar uma revisão criminal, entender que a condenação do réu foi proferida de forma
contrária à evidência dos autos, ele poderá absolver diretamente o condenado, não sendo necessário que
outro júri seja realizado. Havendo empate de votos no julgamento da revisão criminal, se o presidente do
Tribunal, Câmara ou Turma, não tiver votado ainda, deverá proferir o voto de desempate. Caso já tenha
votado, prevalecerá a decisão mais favorável ao réu. STJ. 5ª Turma. HC 137504-BA, Rel. Min. Laurita Vaz,
julgado em 28/8/2012.

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Sustentação oral no Tribunal do Júri em poucos minutos e nulidade


Direito Processual Penal Tribunal do júri Plenário do Júri
Origem: STJ

Na sessão plenária do Tribunal do Júri, o advogado do réu fez a sua defesa em apenas 4 minutos. Submetido
à votação dos jurados, o réu foi condenado. O STJ entendeu que houve flagrante ilegalidade, considerando
que a atuação do defensor não caracterizou apenas insuficiência, mas sim ausência de defesa. É certo que a
lei processual penal não estipula um tempo mínimo que deve ser utilizado pela defesa quando do julgamento
do júri. Contudo, não se consegue ver razoabilidade no prazo utilizado no caso concreto, por mais sintética
que tenha sido a linha de raciocínio utilizada. Após a sustentação proferida pelo advogado em prazo tão
curto, o juiz que presidia o Tribunal do Júri deveria ter declarado o réu indefeso, dissolvendo o conselho de
sentença e preservando, assim, o princípio do devido processo legal. STJ. 5ª Turma. HC 234758-SP, Rel. Min.
Sebastião Reis Júnior, julgado em 19/6/2012.

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Vedação à reformatio in pejus indireta


Direito Processual Penal Tribunal do júri Recursos
Origem: STJ
Réu é condenado pelo Tribunal do Júri. Recorre ao Tribunal alegando que a decisão é manifestamente
contrária à prova dos autos. O Tribunal cassa a decisão e determina novo Júri. Neste segundo julgamento, o
Júri condena novamente o réu e reconhece uma nova circunstância (ex: uma nova qualificadora). O juiz-
presidente do Júri não poderá fixar uma pena superior à que foi estabelecida na primeira sentença mesmo
a condenação tendo mudado de homicídio simples para qualificado. STJ.6ª Turma. HC 205616-SP, Rel. Min.
Og Fernandes, julgado em 12/6/2012.

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Desaforamento
Direito Processual Penal Tribunal do júri Noções gerais
Origem: STJ

No caso de desaforamento do julgamento para outra comarca, deve-se preferir as mais próximas. No
entanto, em caso de desaforamento fundado na dúvida de imparcialidade do corpo de jurados, o foro
competente para a realização do júri deve ser aquele em que esse risco não exista. Assim, o deslocamento
da competência nesses casos não é geograficamente limitado às comarcas mais próximas. STJ. 5ª Turma. HC
219739-RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 6/3/2012.

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Reconhecida tentativa de homicídio, quesito sobre desistência voluntária fica prejudicado


Direito Processual Penal Tribunal do júri Votação no Tribunal do Júri
Origem: STF e STJ
Imagine que a tese da acusação é tentativa de homicídio e a tese defensiva é a de desistência voluntária. Se
os jurados respondem que houve tentativa de homicídio, ou seja, que o agente só não consumou o delito
por circunstâncias alheias à sua vontade, não há lógica em se questionar se houve desistência voluntária,
que somente se configura quando o agente ‘voluntariamente desiste de prosseguir na execução’. Assim, a
resposta afirmativa dos jurados à indagação sobre a ocorrência de tentativa afasta automaticamente a
hipótese de desistência voluntária. STF.2ª Turma. HC 112197/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, 5/6/2012. STJ. 5ª
Turma. HC 218814/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 04/10/2011.

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