Sie sind auf Seite 1von 2

Oh, Mulher, abandone a culpa e seja feliz!

Em seu íntimo, há quem se culpe calado, o tempo todo, por tudo, como se o erro fosse
o compasso de sua vida. E a consequência é uma tristeza constante, um amargor. Por fim
consola-se, sempre foi assim, sempre será, essa vida é mesmo um sofrimento, pensa.
Desde o início dos tempos em nosso mundo a culpa ronda a vida dos homens e
principalmente das mulheres. As tradições culturais das civilizações do passado criaram mitos
e dogmas que construíram uma imagem deturpada, preconceituosa e opressora sobre as
mulheres e a massa trabalhadora em geral. Apenas recentemente está se denunciando os
milênios de abuso. No entanto, a tradição da opressiva submissão das mulheres ainda persiste
em diversas culturas. E também o preconceito.
Por outro lado, há aquelas que não precisam sofrer violência social para se sentir
culpada. A doutrina da culpa já está reinando no inconsciente. Criada pelo dogma judaico-
cristão, passa décadas se sentindo acusada pelo que faz e pelo que não faz. As que trabalham
fora e têm filhos se culpam de não ter tempo suficiente para se dedicar a eles. Outra que fica
em casa, muitas vezes se responsabiliza por não buscar realização e independência. Há quem
se culpe por não ter filhos, ou por não aguentar quieta a pressão familiar. Há culpa de toda cor
e tamanho.
Na leitura ingênua da bíblia, Adão não teve culpa ao pecar, pois agiu sob influencia da
Eva, por sua vez induzida pela lábia da cobra. Por séculos, o clero que emudeceu as mulheres
vestidas de hábito, acusam as mulheres pela dor, sofrimento e pecado do mundo!
Há milhares de anos a coisa ainda era pior. Na Grécia antiga, as mulheres dos cidadãos
ficavam trancadas em casa, em aposentos separados, mesmo que uma festa estivesse
ocorrendo. Os filósofos, que ensinavam a reencarnação, apontavam que o maior castigo para
os erros do passado estaria em renascer mulher! E a vida mais próxima da libertação da alma
seria a dos filósofos, homens, é claro.
Entre os muçulmanos elas ainda usam burca e são excluídas da atividade social.
As mulheres da palestina, nos tempos de Jesus, não podiam testemunhar contra a
palavra de um homem. Ficavam em lugar separado nos estudos das escrituras, não liam nem
debatiam em público. No entanto, o mestre deu uma grande lição quando foi crucificado. A
grande mensagem, a verdadeira boa nova, estava no fato de que Jesus venceu a morte,
demonstrando a imortalidade do espírito e que o reino dos céus era realmente um refúgio do
bem. No entanto, depois de sua morte, os indecisos e amedrontados discípulos e apóstolos se
reuniram para decidir o futuro do grupo, diante da perseguição e grandes sofrimentos que já
despontavam para os cristãos. Em duvida entre dispersar e tomar à frente a divulgação dos
ensinamentos do mestre, em certo momento toma à frente Madalena, a grandiosa discípula.
Narra, então, o encontro que tivera com Jesus espírito, ele voltou e demonstrou que a vida é
eterna. E pediu que ela testemunhasse a boa nova para todos os cristãos, dando início a esse
movimento pela liberdade. Alguns apóstolos ficaram em dúvida, considerando a tradição de
negar o depoimento das mulheres. Mas Pedro tomou à frente, e afirmou: – Se Jesus decidiu
dar a boa nova pelo depoimento de Madalena, quem seremos nós a contestá-lo? Resta-nos
aceitar esse ensinamento, levantar a fronte e levar ao mundo os ensinamentos do mestre!
Como explicamos na obra Revolução Espírita – a teoria esquecida de Allan Kardec, o
Espiritismo, que nada mais é que a doutrina de Jesus explicada pelos espíritos superiores à
partir da cultura moderna, é a grande afirmação pela liberdade, igualdade, e libertação das
mulheres superando o julgo das falsas profecias.
A heteronomia das antigas tradições e também do materialismo que impõe o egoísmo
do mais forte, evocava a culpa, o medo, a dor, o sofrimento e o castigo como naturais ou
determinados por Deus como punição. Mas a autonomia moral, proposta pelo Espiritismo,
demonstra que o espírito constrói o seu caminho pelas suas escolhas livres, e que a lei divina
está em nossa consciência. Já o sofrimento é consequência da imperfeição e não uma punição!
Aquele que sente a culpa em seu interior, precisa perceber que Deus não castiga. Essa culpa,
que não serve para nada, deve ser substituída pela vontade firme em construir os valores e
superar os enganos do egoísmo e do orgulho, quando eles estão presentes na personalidade.
Essa decisão é individual e voluntária.
Mas quem tem a consciência limpa, não deve sentir culpa de nada. Não há problema
em errar quando se está aprendendo. Faz parte da pedagogia da liberdade aprender com erros
e acertos. Há sempre tempo para mudar, tentar diferente. As dificuldades que enfrentamos na
vida não são castigos, mas sim desafios que nós mesmos escolhemos antes de nascer, ensinam
os espíritos. A vida serve como um palco para que na peça da vida possamos construir aos
poucos um personagem corajoso, libertador, que enfrente os seus defeitos e lute para
aprender e ser útil.
O Espiritismo é uma doutrina liberal, afirmou Kardec, e luta por todas as formas de
libertação, como a afirmação positiva das mulheres na sociedade, a igualdade entre as diversas
etnias, a superação das grandes desigualdades, a oportunidade para todos.
Por isso, ao compreender a doutrina espírita como realmente ela foi proposta, há um
só caminho: abandone a culpa, assuma as diretrizes de sua vida e seja feliz!

Das könnte Ihnen auch gefallen