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da c ontabilidade
A letra grega , usada
freqüentemente para
simbolizar o conceito
de princípio ou começo,
para representar o
grupo de disciplinas
em que se apresentam
os fundamentos
para a construção do
conhecimento nas
diversas áreas.
f undamentos
da c ontabilidade
Conselho editorial Ficha técnica Editora Ibpex
Editora Ibpex
Diretor-presidente
Ivo José Both, Dr. (presidente)
Wilson Picler
Elena Godoy, Dr. a
Análise de informação
Anderson Adami
Revisão de texto
Alexandre Olsemann
Capa
Bruno Palma e Silva
Projeto gráfico
Raphael Bernadelli
Diagramação
Rafaelle Moraes
Iconografia
Danielle Scholtz
( 1 ) A contabilidade, 11
1.1 Conceito de contabilidade, 14
1.4 Patrimônio, 18
( 3 ) Balanço Patrimonial, 49
3.1 O que é Balanço Patrimonial?, 52
( 5 ) Escrituração contábil, 95
5.1 Conceito de escrituração, 98
Referências, 167
Gabarito, 169
ix
Sumário
(1)
a contabilidade
Simone Loureiro Brum Imperatore é graduada em
Ciências Contábeis e especialista em Controladoria
pela Universidade Regional Integrada (URI-RS)
com a temática “Sistemas de informação com foco em
CRM” e mestra em Desenvolvimento Regional pela
Universidade Santa Cruz do Sul (Unisc-RS) com
aprofundamento do tema “Lei de Responsabilidade
Fiscal: estudo da execução orçamentária nos municí-
pios da região metropolitana de Porto Alegre no
período de 2000 a 2005”. Tem vasta experiência em
gestão pública e privada e – além de ser docente na
Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) nos cursos de
Ciências Contábeis e Administração de Empresas – é
diretora da Consultoria em Projetos e Gestão Públicos
e Privados (PGPP), instituição onde responde pelos
programas de Planejamento Estratégico, Políticas e
Estratégias Gerenciais e Desenvolvimento Regional.
Simone Loureiro Brum Imperatore
( )
▪▪ conceito de contabilidade;
▪▪ usuários;
▪▪ objeto, objetivos e finalidade da contabilidade;
▪▪ técnicas contábeis;
▪▪ patrimônio líquido;
▪▪ aspectos qualitativo e quantitativo do patrimônio;
▪▪ investimentos patrimoniais e fontes de recursos.
(1.1)
c onceito de contabilidade
A contabilidade é uma ciência social, um sistema de infor-
mação e avaliação destinado a prover seus usuários com
relatórios, demonstrações e análises de natureza econômi-
co-financeira da empresa em determinado momento, bem
como sua evolução em determinado período.
Há na literatura alguns conceitos de contabilidade.
Para Marion1, a “ciência contábil é o instrumento que for-
nece o máximo de informações úteis para a tomada de
decisões dentro e fora da empresa”. Já segundo Ribeiro2, a
“Contabilidade é uma ciência que permite, através de suas
14 técnicas, manter um controle permanente do patrimônio
da empresa”. De acordo com Franco3, contabilidade é “a
Fundamentos da contabilidade
agrícolas e industriais);
▪▪ entidades com fins socioeconômicos (associações de
classe, clubes sociais, ONGs, cooperativas etc.);
▪▪ entidades com fins sociais (União, estados e municí-
pios).
(1.3)
t écnicas utilizadas pela
contabilidade para atingir
a seus objetivos
Os meios utilizados pela contabilidade para atingir a seus
objetivos compreendem o conjunto de técnicas denomina-
das de técnicas contábeis, quais sejam:
Bens
Direitos
Ativo Passivo
Bens + Direitos Obrigações exigíveis
Ativo Passivo
Ativo Passivo
23
Ativo Passivo
A contabilidade
Ativo Passivo
Ativo Passivo
Ativo Passivo
Bens 0 Obrigações 40
Direitos 0 Situação líquida (40)
Total 0 Total 0
25
(1.6)
A contabilidade
a spectos qualitativo e
quantitativo do patrimônio
Todos os relatórios elaborados a partir da contabilidade e
de sua escrituração devem ressaltar dois aspectos:
a. Qualitativo: consiste em qualificar, dar nomes aos ele-
mentos componentes do respectivo relatório, permi-
tindo que se conheça a natureza de cada um (o quê).
b. Quantitativo: consiste em atribuir aos respectivos ele-
mentos seus valores em moeda (quanto).
(1.7)
i nvestimentos patrimoniais
e as origens de recursos
26
Balanço patrimonial
Aplicações
Origens (recursos de
terceiros e próprios)
$
Fonte: Adaptado de MARION, 2006, p. 56.
(.)
p onto final
Conhecer a base conceitual da contabilidade – conceito,
usuário, objeto, objetivo, finalidade, PL, aspectos qualita-
tivo e quantitativo do patrimônio, investimento patrimo-
nial e fontes de recurso – é muito importante para que o
estudante ou profissional da área de finanças possa ama-
durecer conceitos mais complexos que são exigidos no seu
dia-a-dia. Assim, tais fundamentos são essenciais. Com
isso, elaboramos uma série de exercícios para testar a sua
aprendizagem. Em caso de dúvida, retome o texto e leia
o glossário. Ao final, verifique suas repostas no gabarito.
Bons estudos!
Indicações culturais
Duplicatas a receber
Impostos a recolher
Clientes
Salários a pagar
Empréstimos a pagar
Fornecedores
Mercadorias em estoque
Veículo
Aluguéis a pagar
29
Para as questões 3 a 15, você deve marcar a alternativa correta.
A contabilidade
3. O objeto da contabilidade é:
a. o BP.
b. a escrituração.
c. o patrimônio.
d. os fatos administrativos.
4. São usuários da contabilidade:
a. administradores e sindicatos.
b. fornecedores e bancos.
c. governo e investidores.
d. Todas as alternativas estão corretas.
6. A finalidade da contabilidade é:
a. o patrimônio.
b. permitir o estudo e o controle do patrimônio.
c. registrar os fatos administrativos visando à elaboração
do BP.
d. verificar a autenticidade das operações.
o s relatórios contábeis
Simone Loureiro Brum Imperatore
( )
▪▪ processo decisório;
▪▪ tomadores de decisão externos à empresa;
▪▪ conceito de relatório contábil;
▪▪ principais demonstrações financeiras;
▪▪ complementação às demonstrações financeiras;
▪▪ requisitos para publicação das demonstrações finan-
ceiras;
▪▪ demonstrações contábeis não obrigatórias.
(2.1)
o processo decisório
A nossa vida é uma seqüência de decisões e escolhas. A
cada instante, para vivermos, temos que tomar decisões
em graus variados de importância. Algumas são essenciais
(papel social, religião, opção profissional), outras são opera-
cionais (o que vestir hoje, onde almoçar, por qual caminho
ir à aula). Nessa dinâmica, em muitos casos, temos respos-
tas prontas para as situações, mas, via de regra, a vida sem-
36
pre se apresenta com situações novas, para as quais temos
Fundamentos da contabilidade
(2.2)
c onceito de
relatório contábil
Marion1 conceitua relatório contábil como a exposição
resumida e ordenada de dados colhidos pela contabilidade.
Seu objetivo é relatar às pessoas que se utilizam da con-
tabilidade (os usuários) os principais fatos registrados em
determinado período.
Tais relatórios devem ser elaborados de acordo com as
necessidades dos usuários. Por exemplo: o relatório sobre
o resultado anual de uma floricultura apresentará muito
menos detalhes do que o de um banco, que normalmente
tem muitos acionistas, grande volume de negócios, entre
outros.
Dentre os inúmeros relatórios (ou informes) contábeis,
destacam-se aqueles que são obrigatórios de acordo com a
38
legislação brasileira. Estes são conhecidos como demonstra-
ções financeiras ou, ainda, demonstrações contábeis.
Fundamentos da contabilidade
(2.3)
d emonstrações financeiras
obrigatórias
A Lei 6.404/762 (retificada pela Lei 11.638/20073) estabelece
que, ao final de cada exercício social, a empresa elabore,
com base nos registros contábeis, demonstrações financei-
ras que exprimam com clareza a situação do seu patrimô-
nio e as variações ocorridas.
O tratamento dessas demonstrações varia de acordo
com o tipo de constituição da sociedade empresarial. Há
dois tipos principais: as sociedades anônimas (S.A.) e
as sociedades por quota de responsabilidade limitada
(Ltda.). Vamos entender um pouco mais sobre elas antes
de prosseguirmos.
A sociedade anônima (ou companhia) se caracteriza
por ter seu capital dividido em partes iguais chamadas
ações (os proprietários, geralmente em grande número, são
denominados de acionistas) e tem a responsabilidade de
seus sócios ou acionistas limitada ao preço de emissão das
ações subscritas ou adquiridas. Segundo a Lei 6.404/76, as
39
sociedades anônimas devem publicar as demonstrações
financeiras no Diário Oficial e em outro jornal de grande
Os relatórios contábeis
▪▪ indicadores de produtividade;
▪▪ desenvolvimento tecnológico;
▪▪ contexto socioeconômico da empresa;
▪▪ políticas diversas: recursos humanos, exportação, ges-
tão ambiental etc.;
▪▪ expectativas em relação ao futuro;
▪▪ dados do orçamento de capital;
▪▪ projetos de expansão;
▪▪ desempenho em relação aos concorrentes etc.
Além do relatório da diretoria, há ainda as notas
explicativas ou notas de rodapé, que são complementos
às demonstrações (sem serem demonstrações), destacadas
após as referidas demonstrações. A publicação de notas
explicativas às demonstrações financeiras está prevista
no § 4º do art. 176 da Lei 6.404/19767, visando fornecer as
informações necessárias para esclarecimento da situação
patrimonial, ou seja, de determinada conta, saldo ou tran-
sação, ou de valores relativos aos resultados do exercício,
ou para menção de fatos que podem alterar futuramente
tal situação patrimonial, critérios de cálculos na obtenção
de itens que afetam o lucro, obrigações a longo prazo (cre-
dores, taxa de juros, garantias), ajustes de exercícios ante-
riores, entre outros.
O parecer da auditoria complementa as demonstrações
financeiras, sendo quesito obrigatório para as demonstra-
ções das sociedades anônimas, instituições financeiras e
de outros casos específicos. Trata-se de parecer de auditor
externo informando se as referidas demonstrações repre-
sentam adequadamente a situação patrimonial e financeira
da empresa, se foram levantadas de acordo com os princí-
pios fundamentais da contabilidadea e se há uniformidade
44 em relação ao exercício anterior
Fundamentos da contabilidade
(2.4)
d emonstrações contábeis
não obrigatórias
Além das demonstrações financeiras obrigatórias, há rela-
tórios contábeis não obrigatórios, mas igualmente impor-
tantes para a administração da empresa. O Balanço Social
é um demonstrativo publicado anualmente pela empresa,
que reúne um conjunto de informações sobre os projetos, os
benefícios e as ações sociais dirigidas aos empregados, inves-
tidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade. É 45
também um instrumento estratégico para avaliar e multi-
Os relatórios contábeis
Indicação cultural
atividades
1. Recorte as demonstrações de resultados de uma sociedade
anônima publicadas em algum jornal e siga as orientação
apresentadas a seguir:
a. Observe como estão dispostos os grupos de contas no
BP – Ativo (do lado direito) e Passivo (do lado esquerdo).
Veja ainda os subgrupos do Ativo: Ativo Circulante,
Realizável a Longo Prazo, Permanente (investimentos,
imobilizado e diferido) e do Passivo; Passivo Circulante,
Exigível a Longo Prazo, PL). Saliente estes subgrupos.
b. Ainda no Ativo, classifique os bens (b) e direitos (d).
c. No Passivo, identifique as obrigações exigíveis (recursos
de terceiros) e o PL (recursos próprios).
d. Olhe com atenção para a DRE e observe seu caráter
dedutivo. Há a receita bruta, os impostos incidentes
sobre vendas, a receita líquida (receita buta – impostos),
o custo da mercadoria vendida (ou serviço prestado),
as despesas operacionais (de vendas, administrativas
e financeiras), as receitas/despesas não operacionais, o
lucro bruto (antes dos impostos), as provisões de impos-
tos sobre o lucro, o lucro líquido e a distribuição dos
lucros. Caso o resultado seja negativo (prejuízo), você
observará o valor entre parênteses.
e. Observe a DLPA e/ou a DMPL. No caso da DLPA, evi-
dencia a destinação do lucro apurado na empresa.
Normalmente, uma parte do lucro é distribuída aos
donos da empresa (acionistas ou sócios) em dinheiro,
remunerando o capital investido. Essa remuneração é
conhecida como Dividendos. Outra parcela visa à rein- 47
vestimento na empresa com o objetivo de fortalecer o
Os relatórios contábeis
b alanço patrimonial
Simone Loureiro Brum Imperatore
( )
▪▪ BP – conceito;
▪▪ grupos de contas;
▪▪ quadro sintético do BP;
▪▪ principais deduções do ativo e patrimônio líquido;
▪▪ estrutura básica do PB, segundo a Lei 6.404/76;
▪▪ avaliação dos componentes patrimoniais.
(3.1)
o que é balanço patrimonial?
É uma demonstração contábil que demonstra, resumida-
mente, o patrimônio da empresa em um dado momento,
ou seja, a situação financeira e patrimonial de uma enti-
dade numa determinada data. O balanço apresenta os
Ativos (bens e direitos), os Passivos (exigibilidades e obri-
gações) e o PL, que é resultante da diferença entre o total
52
de ativos e passivos. O BP é uma das peças extraídas dos
Fundamentos da contabilidade
Ativo
a. Ativo Circulante;
b. Ativo Realizável a Longo Prazo;
c. Ativo Permanente (dividido em investimentos, imobi-
lizado, intangível e diferido).
Importante : Para ser Ativo, é preciso preencher a
quatro requisitos:
▪▪ ser classificado em bens e ou direitos;
▪▪ ser de propriedade da empresa;
▪▪ ser avaliável monetariamente (R$);
▪▪ representar benefícios presentes ou futuros.
Ativo Circulante
Ativo Permanente
Passivo
Patrimônio Líquido
62
Fundamentos da contabilidade
Balanço patrimonial
Ativo Passivo
Circulante Circulante
São contas que estão constante- São obrigações exigíveis que serão
mente em giro – movimento – liquidadas nos próximos 365 dias
sendo que a conversão em após o levantamento do BP.
dinheiro ocorrerá, no máximo, no
próprio exercício social.
Balanço patrimonial
permanente que serão utilizados
para a manutenção da atividade
básica da empresa.
Intangível: bens e direitos que
tenham por objeto bens incorpó-
reos destinados à manutenção da
empresa ou exercidos com essa
finalidade.
Diferido: são aplicações que bene-
ficiarão resultados de exercícios
futuros.
Disponibilidades Empréstimos
Caixa Fornecedores
Bancos conta corrente Obrigações fiscais e sociais
Aplicações de liquidez imediata Adiantamento de clientes
Utilidades e serviços a pagar
Créditos
Gratificações a empregados
Clientes
Gratificações a diretores e
(–) Provisão para devedores
administradores
duvidosos
Salários, férias e 13º Salário a
(–) Duplicatas descontadas
pagar
Títulos a receber
Títulos a pagar
Bancos conta vinculada
Conta corrente de pessoas e
Adiantamentos a terceiros
empresas ligadas
Adiantamentos a funcionários
Debêntures 65
Impostos a recuperar
Depósitos restituíveis e valores
vinculados
Balanço patrimonial
Investimentos temporários
Estoques
Mercadorias para revenda
Matérias-primas
Materiais de uso
Despesas antecipadas
Prêmios de seguros a apropriar
Encargos financeiros a
apropriar
Aluguéis a apropriar
(continua)
(conclusão)
Lucros acumulados
Intangível
(–) Prejuízos
Marcas, direitos e patentes
acumulados
industriais
Diferido
Gastos de implantação e pré-
operacionais
Pesquisa e desenvolvimento de
produtos
Gastos de reorganização
(–) Amortização acumulada
(.)
p onto final
68
Ativo Passivo
6. O total de bens é:
a. 360.000
b. 200.000
c. 300.000
d. 500.000
d emonstração do
r esultado do e xercício (dre)
Simone Loureiro Brum Imperatore
( )
▪▪ receitas;
▪▪ despesas;
▪▪ despesas e custos;
▪▪ regime de caixa e de competência;
▪▪ Demonstração do Resultado do Exercício;
▪▪ reservas de Lucros;
▪▪ DRE Inovada.
(4.1)
76
r eceitas e despesas
Fundamentos da contabilidade
▪▪ Vendas à vista
▪▪ Vendas à prazo
▪▪ Receitas de serviços
▪▪ Aluguéis ativos
▪▪ Juros ativos
▪▪ Descontos obtidos
Segundo Marion1, despesa é todo o sacrifício, todo o
esforço da empresa para obter receita. Em outras palavras,
é o consumo de bens ou serviços utilizados pela empresa
para a manutenção de suas atividades. As despesas devem
ser registradas por ocasião do consumo dos bens ou dos
serviços utilizados para eventuais manutenções, inde-
pendentemente de seu efetivo pagamento. As despesas
constituem saídas de recursos e se refletem no BP atra-
vés da redução do saldo de caixa (ou banco conta corrente)
quando é paga no ato (à vista), ou mediante o aumento de
uma obrigação, quando é contraída no presente para ser
paga no futuro (a prazo). Por exemplo: água e esgoto, mate-
rial de expediente, aluguéis passivos, juros passivos, café e
lanches, luz, descontos concedidos, salários, despesas ban-
cárias, encargos sociais, fretes, prêmios de seguros, impos-
tos, telefone.
Não esqueça:
77
Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE)
Despesa Diminui o Patrimônio Líquido
Balanço patrimonial:
Contas
bens, direitos, obrigações e
patrimoniais
patrimônio líquido.
Demonstração do resultado
Contas de
do exercício: receitas e
resultado
despesas.
(4.2)
d espesa e custo
Precisamos diferenciar despesa e custo. Quando a maté-
ria-prima é adquirida (comprada), constitui um gasto, ou
seja, um desembolso (saída de dinheiro, pagamento) para
a aquisição de um bem, sendo “estocada” no Ativo. No
instante em que essa matéria-prima entra em produção, a
reconhecemos como custo.
Portanto, todos os gastos no processo de industriali-
zação que contribuem para a transformação da matéria-
prima (fabricação) em produto são dados como custos:
mão-de-obra, energia elétrica, desgaste de máquinas uti-
lizadas para a produção (depreciação), embalagens, alu-
guel da fábrica etc. Já os gastos referentes ao escritório e
à administração são classificados como despesas. Pela Lei
79
das Sociedades Anônimas, identificamos três tipos de des-
Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE)
pesas: de vendas, administrativas e financeiras.
Para não esquecer:
Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE)
ainda, teve uma despesa de R$ 12.000,00 e só pagou
R$ 8.000,00. Veja como fica a apuração do resultado:
Regime de
DRE Regime de caixa
competência
(4.4)
d emonstração do
r esultado do e xercício (dre)
82
A DRE é um resumo ordenado das receitas e das despesas
da empresa em determinado período (12 meses). É apre-
Fundamentos da contabilidade
Receita
(–) Despesa
Lucro ou Prejuízo
Importante:
A DRE é elaborada a partir da conta lucros e perdas. 83
Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE)
a elaboração do BP (deve, inclusive, preceder o seu
levantamento). Normalmente o resultado do exercício
das empresas é apurado no final do ano civil. Sua
finalidade é melhor evidenciar o ganho, tendo em vista
as necessidades de informações do usuário externo, bem
como fornecer os dados essenciais à análise da formação
do resultado do exercício.
Receita
(–) Despesa
Lucro ou Prejuízo
Empresa Z
demonstração do resultado do exercício
Período de 01.01 a 31.12.x1
Receita bruta
(–) Tributos incidentes sobre vendas
(–) Devoluções e abatimentos
(–) Descontos incondicionais
84 = Receita líquida
(–) Custo das mercadorias vendidas (se comércio)
Fundamentos da contabilidade
= Resultado bruto
(+) Outras receitas operacionais
(–) Despesas operacionais
– Vendas
– Administrativas
– Financeiras líquidas (despesas – receitas financeiras)
= Resultado operacional
(+) ou (–) Resultado não operacional
= Resultado antes do IR
(–) Provisão para o IR
= Resultado depois do IR
(–) Provisão para participação de debenturistas
(–) Provisão para participação dos empregados
(–) Provisão para participação dos administradores
(–) Provisão para participação de partes beneficiárias
Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE)
deduzidos da receita bruta da empresa.
Receita líquida
(–) Custo das mercadorias vendidas
ou (–) Custo dos produtos vendidos
ou (–) Custo dos serviços prestados
= Resultado bruto
Resultado bruto
(+) Outras receitas operacionais
(–) Despesas operacionais
= Resultado operacional
Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE)
administrar a empresa e financiar as operações.
Portanto, são todas as despesas que contribuem para
a manutenção da atividade operacional da instituição.
Os principais grupos de despesas operacionais são:
▪▪ Despesas de vendas (ou comerciais): salários do pes-
soal de vendas, marketing e pesquisa de mercado,
distribuição, comissão sobre vendas, propaganda e
publicidade, despesas com garantia, promoções de
bonificações, fretes etc.
▪▪ Despesas administrativas: salários do pessoal admi-
nistrativo, encargos sociais, assistência médica,
aluguéis, energia elétrica, condomínio, seguros, des-
pesas de viagens, material de escritório, deprecia-
ção, impostos, remuneração da diretoria etc.
▪▪ Despesas financeiras: juros passivos, descontos con-
cedidos, despesas bancárias etc.
▪▪ Receitas financeiras: juros ativos, descontos obtidos.
88
Portanto, calcula-se o valor do IR a pagar e deduz-se do
Lucro Antes do Imposto de Renda.
Fundamentos da contabilidade
(4.5)
r eservas de lucros
89
Segundo Marion3, as reservas de lucros são acréscimos
Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE)
ao Patrimônio Líquido que, quase sempre, são utilizadas
para aumento de capital social. São reservas constituídas
pela apropriação de lucros da companhia (conforme a Lei
6.404/76), podendo assumir as seguintes características:
(4.6)
dre inovada
É comum observarmos atualmente relatórios contábeis
com a expressão Ebitda.
Ebtida em inglês é identificado como Earning Before
Interest, Taxes, Depreciation and Amortization. Em português
é chamado popularmente de Lajida – “lucro antes dos
juros”, “impostos”, “depreciação” e “amortização”.
De certa forma, Ebitda é o lucro operacional ajustado.
Observe a comparação de uma DRE tradicional e uma DRE
inovada com Ebitda de uma empresa comercial.
* Incluída a depreciação.
91
Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE)
nentes operacionais (despesa e receita financeira não são
operacionais) e os componentes com potencial de afetar o
caixa (depreciação não afeta o caixa), evidenciando a capa-
cidade da empresa em gerar recursos considerando seu
negócio.
(.)
p onto final
A DRE pode ser considerada a mais importante demons-
tração da dinâmica patrimonial, pois é capaz de mostrar a
receita bruta da entidade (vendas ou serviços prestados), o
custo dessas receitas e demais despesas operacionais, evi-
denciando o lucro bruto e o lucro operacional. Demonstra,
ainda, outras receitas e despesas não operacionais, para
evidenciar o lucro obtido em determinado período de
tempo, normalmente um exercício social, em função da
exploração das atividades da empresa. Sua finalidade bá-
sica, portanto, é descrever a formação do resultado gerado
no exercício, mediante especificação de receitas, custos e
despesas por natureza dos elementos componentes, até o
resultado líquido final – lucro ou prejuízo. Sentiu a rele-
92
vância desse capítulo?
Fundamentos da contabilidade
atividades
1. Responda às questões a seguir:
a. Qual a finalidade da DRE?
b. O que você entende por despesas? Dê três exemplos.
c. Diferencie despesas e custos.
d. O que você entende por receitas? Dê três exemplos. 93
e. Como podemos saber quando as contas referentes a alu-
Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE)
guel, juros e descontos representam receitas ou despesas?
f. Diferencie regime de caixa e regime de competência.
g. O que são reservas? Dê exemplos.
2. Complete as lacunas:
a. As contas patrimoniais são aquelas que representam
o da empresa num dado momento,
através do BP e se dividem em ,
, e .
b. As contas de resultado são aquelas que permitem apu-
rar o do exercício e se dividem em
e .
3. Elabore a DRE da empresa Imperatore & Brum Ltda.,
dezembro/2007, cujos dados estão transcritos a seguir
(valores em reais):
▪▪ Vendas: 2.500.000; ICMS sobre vendas: 450.000;
▪▪ PIS sobre faturamento: 16.000; Cofins sobre fatura-
mento: 75.000;
▪▪ Devoluções: 24.000; Custo das mercadorias vendidas:
1.350.000;
▪▪ Fretes: 30.000; Comissões: 12.000; Propaganda e publi-
cidade: 20.000;
▪▪ Juros passivos: 5.000; Juros ativos: 1.100;
▪▪ Aluguéis passivos: 12.000; Salários: 36.000; Encargos
sociais: 14.400;
▪▪ Material de expediente: 4.100; depreciação: 6.000;
▪▪ Provisão para a Contribuição Social (9%): 40.194;
▪▪ Provisão para o Imposto de Renda (15%): 66.990;
▪▪ Provisão para participação dos empregados: 20.000;
94
▪▪ Provisão para participação dos administradores: 20.000.
Fundamentos da contabilidade
(5)
e scrituração contábil
Simone Loureiro Brum Imperatore
( )
▪▪ conceito de escrituração;
▪▪ atos e fatos administrativos;
▪▪ livros utilizados na escrituração;
▪▪ contas;
▪▪ plano de contas;
▪▪ método de escrituração;
▪▪ lançamentos;
▪▪ erros de escrituração.
(5.1)
98
c onceito de escrituração
Fundamentos da contabilidade
Escrituração contábil
portanto, envolvem contas de resultado – receitas e des-
pesas). Por exemplo: recebimento de aluguéis (Ativos),
pagamento de seguro, pagamento de condomínio etc.
c. Fatos mistos: envolvem, ao mesmo tempo, fatos per-
mutativos e modificativos (contas patrimoniais e de
resultado). Por exemplo: pagamento de duplicatas com
juros, recebimento de duplicatas com desconto, paga-
mento de empréstimo com juros etc.
(5.2)
l ivros de escrituração
São muitos os livros de escrituração utilizados pelas enti-
dades. A quantidade e a espécie variam em função do porte,
da forma jurídica e do ramo de atividade exercido por elas.
Por exemplo: Livro Diário, Razão, Contas Correntes, Livro
Caixa, Livro Registro de Duplicatas, Livro de Apuração do
Lucro Real (Lalur), Registro de Entradas, Registro de Saí-
das, Registro de Inventário, Registro de Apuração do ICMS,
Registro de Apuração de ISS, Atas do Conselho de Admi-
nistração, Pareceres do Conselho Fiscal, Atas das Assem-
bléias Gerais etc.
Como já mencionamos, vamos estudar os dois princi-
pais livros, utilizados para o registro de todos os eventos
do dia-a-dia das entidades, os Livros Diário e Razão.
Livro Diário
Livro Razão
Escrituração contábil
banco em que a empresa tiver conta), debitando-se ou cre-
ditando-se esta conta e, a qualquer momento, verificando
seu saldo. A mesma coisa para cada um dos elementos
patrimoniais: caixa, mercadorias, duplicatas a receber etc.
Observe um exemplo de Livro Razão:
(5.3)
c ontas
102
Plano de contas
(5.4)
método de escrituração
O método utilizado para o registro dos fatos contábeis
103
chama-se método das partidas dobradas. Ele foi desenvolvido
pelo Frei Luca Pacioli, na Itália, no século XV e até hoje é
Escrituração contábil
universalmente aceito. Sua adoção permite o controle de
todos os componentes patrimoniais bem como das varia-
ções do patrimônio líquido, que podem resultar em lucro
ou prejuízo.
O método consiste no fato de que, para qualquer ope-
ração (registro), débito(s) e crédito(s) têm igual valor. Em
outras palavras, não há débitos sem créditos corresponden-
tes, ou seja, aplicações e origens. Por meio desse método, as
operações são registradas inicialmente no Livro Diário e,
posteriormente, no Livro Razão.
Lançamento
Débito e crédito
o crédito;
b. Em relação às contas de resultados, despesas (e custos)
são apresentadas no lado esquerdo (portanto, do débito)
e, receitas, no lado direito (portanto, do crédito).
A representação gráfica do balanço fica assim:
Débito Crédito
Regras gerais:
▪▪ todo aumento de Ativo e despesas: debita-se;
▪▪ todo aumento de Passivo, patrimônio líquido e
receitas: credita-se;
▪▪ toda diminuição de Ativo: credita-se;
▪▪ toda diminuição de Passivo e patrimônio líquido:
debita-se;
▪▪ despesas são creditadas apenas para correção de erros
de lançamentoc e/ou quando da apuração do resultado
do exercício;
▪▪ receitas são debitadas apenas para correção de erros de
lançamento e/ou quando da apuração do resultado do 105
exercício.
Escrituração contábil
Como elaborar um lançamento
Financiamentos a pagar –
2.1.1.1 1.600,00
Banco do Brasil S.A.
Valor ref. compra de um compu-
tador, marca Dell, nº de série
ISR122344, de Byte e On Ltda.,
conforme NF 3458, financiado
pelo Banco do Brasil S.A. –
Proger Urbano em 10 parcelas
mensais e sucessivas
Fórmulas de lançamentos
1ª fórmula
Financiamentos a pagar –
Banco do Brasil S.A. 2.1.1.1 16.200,00
Valor ref. compra de um veículo
Fiat, modelo Uno 1.0, conforme
NF 2346, de Automóveis Ltda.,
entrada de R$ 1.800,00 e o res-
tante financiado pelo Banco do
Brasil S.A. em 12 parcelas men-
sais e sucessivas
3ª fórmula
(5.5)
e rros de escrituração
A escrituração deve ser completa, realizada em moeda
corrente e idioma nacionais, com individualização e clareza,
em ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em
branco, nem entrelinhas, borraduras, rasuras e emendas.
Erros cometidos são corrigidos por meio de lançamento de
estorno, que retifica sem apresentar rasuras no Diário.
Os erros mais comuns são os de valores lançados a
maior ou a menor, troca de uma conta por outra, inversão de
contas, omissão de lançamentos e lançamentos duplicados.
Os modos de correção são: estorno do lançamentod, lança-
mento complementar e lançamento retificativo. Nos itens a
seguir, veremos cada um desses modos de correção.
Lançamento errado
Caixa 600,00
Pagamento duplicata nº 8765
de Irmãos Andres Ltda.
Caixa 600,00
Pagamento duplicata 8765 de
Irmãos Andres Ltda.
Estorno do lançamento efetu-
ado a menor em 07/01/2008,
referente ao pagamento de
duplicata nº 8765, de Irmãos
Andres Ltda.
Caixa 600,00
Registro correto paga-
mento duplicata 8765 de
Irmãos Andres Ltda. paga em
07/01/2008
Caixa 100,00
Complemento do lança-
mento efetuado a menor em
07/01/2008 referente ao paga-
mento duplicata 8765 de Irmãos
Andres Ltda.
Lançamento errado
Caixa 785,00
Pagamento PIS
Lançamento incorreto
Caixa 15.000,00
Compra de um veículo Fiat
Uno, ano 2005, NF 6543 de
Seminovos Ltda
Estorno parcial
(.)
p onto final
115
Muitos detalhes? Não se assuste, encare a escrituração
como um “jogo”; memorize as regras, siga os passos com
Escrituração contábil
atenção, use o plano de contas (sexto capítulo) e vença mais
esse desafio! Lembre-se de que a escrituração contábil é
obrigatória para todas as empresas, independentemente
de segmento ou porte, além de ser a base da formatação
dos relatórios contábeis que utilizarás no dia-a-dia da
empresa, daí a necessidade de conheceres sua mecânica.
Bons estudos.
Indicação cultural
a. Salários: R$ 1.400,00
b. INSS: R$ 420,00
c. Aluguel de imóveis: R$ 1.000,00
7. Depósito no Banco do Brasil S.A., conforme recibo nº 23456,
R$ 3.000,00.
8. Compra de móveis para uso, a prazo, de Comercial de
Móveis Ltda., Nota Fiscal nº 230, no valor de R$ 3.000,00.
Entrada de R$ 1.000,00 com cheque nº 353.014, do Banco do
Brasil S.A.
9. Compra à vista de mercadorias, de Atacadista Bom
Princípio, no valor de R$ 1.000,00, Nota Fiscal nº 125678,
cheque nº 123126.
10. Compra de mercadorias a prazo, no valor de R$ 2.500,00,
Nota Fiscal Fatura nº 19876, de Atacadista Varejão Ltda.
11. Venda de mercadorias à vista (clientes diversos conforme
cupons fiscais) no valor de R$ 1.800,00. Preço de custo das
mercadorias vendidas: R$ 880,00.
12. Venda de mercadorias a prazo a Lins Ltda. no valor de R$
2.100,00. Houve aceite, no ato, de três duplicatas no valor
de R$ 700,00 cada, nº 765, 766 e 767, com vencimento para
30, 60 e 90 dias, respectivamente. Preço de custo das mer-
cadorias vendidas: R$ 900,00.
13. Recebimento em dinheiro de duplicata nº 654, de Martins
Viana, no valor de R$ 540,00, com desconto de R$ 23,00
pelo pagamento antecipado.
14. Pagamento de duplicata 897, de Tarrago Nunes Ltda., no
valor de R$ 1.000,00, com desconto de R$ 18,00 pelo paga-
mento antecipado. A referida duplicata foi paga com che-
que do Banco do Brasil S.A., nº 353.020.
15. Compra de mercadorias à vista de Mercedes e Cia. Ltda., no
Escrituração contábil
Bom Passo Ltda., no valor de R$ 700,00.
(6)
plano de contas
Simone Loureiro Brum Imperatore
( )
(6.1)
122 modelo de plano de contas
Fundamentos da contabilidade
Plano de contas
trarem mais convenientes.
1 ATIVO
1.1.1 Disponível
1.1.1.01 Caixa
1.1.1.01.001 Caixa geral
1.1.1.01.003 ...
1.1.1.02 Bancos conta movimento
1.1.1.02.001 Banco do Brasil S.A.
1.1.1.03 Aplicações financeiras de liquidez imediata
1.1.2 Clientes
1.1.2.01 Duplicatas a receber
1.1.2.01.001 Nome do cliente
1.1.2.02 (–) Duplicatas descontadas
(continua)
1.1.3.03 Cheques em cobrança
1.1.3.06 Adiantamentos a fornecedores
1.1.3.07 Adiantamentos a empregados
1.1.3.08 Empréstimos a empregados
1.1.3.09 Tributos a recuperar/compensar
1.1.3.09.001 IPI a recuperar
1.1.3.09.002 ICMS a recuperar
1.1.3.09.003 Imposto de Renda retido na fonte
1.1.3.09.004 Imposto de Renda pago por estimativa
1.1.3.09.005 Contribuição Social sobre o Lucro paga por estimativa
1.1.3.09.006 Tributos pagos a maior ou indevidamente
1.1.5 Estoques
1.1.5.01 Mercadorias produtos e insumos
1.1.5.01.001 Mercadorias para revenda
1.1.5.01.002 Matérias-primas
1.1.5.01.003 Material de embalagem
1.1.5.01.004 Outros materiais de consumo industrial
1.1.5.01.005 Produtos acabados
1.1.5.01.006 Produtos em elaboração
1.1.5.02 Material de expediente
1.2.1 Clientes
1.2.1.01 Duplicatas a receber
1.2.1.02 (–) Duplicatas descontadas
1.2.1.03 (–) Créditos vencidos e não liquidados
(continua)
1.2.2 Outros créditos
1.2.2.01 Títulos a receber
1.2.2.02 Bancos conta vinculada
1.2.2.03 Controladora, controladas e coligadas
1.2.2.05 Aplicações financeiras
1.2.2.06 Depósitos judiciais
1.2.2.07 Tributos a recuperar
1.2.2.09 Despesas pagas antecipadamente
1.2.2.10 Depósitos por incentivos fiscais
1.3.1 Investimentos
1.3.1.01 Controladas e coligadas – equivalência patrimonial
1.3.1.03 Outras participações societárias 125
1.3.1.04 Participações por incentivos fiscais
Plano de contas
1.3.1.05 Imóveis não destinados ao uso
1.3.1.06 Outros investimentos permanentes
1.3.1.06.001 Objetos de arte
1.3.1.07 Provisão para perdas permanentes
1.3.2 Imobilizado
1.3.2.01 Imóveis
1.3.2.01.001 Terrenos
1.3.2.01.002 Edifícios
1.3.2.01.003 Construções
1.3.2.02 Móveis e utensílios
1.3.2.03 Máquinas, equipamentos e ferramentas
1.3.2.04 Veículos
1.3.2.05 Recursos naturais
1.3.2.06 Marcas, direitos e patentes
1.3.2.07 Benfeitorias em propriedades de terceiros
1.3.2.08 (–) Depreciações, amortizações e exaustões acumuladas
(continua)
2 PASSIVO
(continua)
2.1.6.04 Contas correntes
2.1.6.05 Seguros
2.1.6.06 Outras obrigações
Plano de contas
2.2.3 Outras obrigações
2.2.3.01 Contas a pagar
2.4.2 Reservas
2.4.2.01 Reservas de capital
2.4.2.02 Reservas de reavaliação
2.4.2.03 Reservas de lucros
2.4.2.03.001 Reserva legal
2.4.2.03.002 Reserva estatutária
2.4.2.03.003 Reserva para contigências
2.4.2.03.004 Reserva de lucros a realizar
2.4.2.03.005 Reserva especial
(continua)
2.4.2.03.006 (–) Ações/quotas em tesouraria
3.1.1.02.002 Pró-labore
3.1.1.02.003 Prêmios e gratificações
3.1.1.02.004 13º salário
3.1.1.02.005 Férias
3.1.1.02.006 INSS
3.1.1.02.007 FGTS
3.1.1.02.008 Indenizações e aviso prévio
3.1.1.02.009 Assistência médica e social
3.1.1.03 Gastos gerais
3.1.1.03.001 Combustíveis e lubrificantes
3.1.1.03.002 Energia elétrica
3.1.1.03.003 Serviços de terceiros
(continua)
3.1.3.01.002 Pró-labore
3.1.3.01.003 Prêmios e gratificações
3.1.3.01.004 13º salário
3.1.3.01.005 Férias
3.1.3.01.006 INSS
3.1.3.01.007 FGTS
3.1.3.01.008 Indenizações e aviso prévio
3.1.3.01.009 Assistência médica e social
3.1.3.02 Gastos gerais
3.1.3.02.001 Combustíveis e lubrificantes
3.1.3.02.002 Energia elétrica
3.1.3.02.003 Serviços de terceiros
Plano de contas
3.1.4.03 Materiais de manutenção e reparo
3.1.4.04 Utilidades e serviços
3.1.4.05 Aluguéis e arrendamentos
3.1.4.06 Depreciações, amortizações e exaustões
3.1.4.07 Combustíveis e energia elétrica
(continua)
3.2.1.04.001 Fretes e carretos
3.2.1.04.002 Manutenção de veículos
3.2.1.05 Despesas com viagens e representações
3.2.1.05.001 Viagens terrestres
3.2.1.05.002 Viagens aéreas
3.2.1.05.003 Hospedagem
3.2.1.05.004 Refeições
3.2.1.06 Despesas gerais
3.2.1.06.001 Aluguéis
3.2.1.06.002 Manutenção e reparos
3.2.1.06.003 Telefone
3.2.1.06.004 Despesas postais e telegráficas
3.2.1.06.005 Depreciações e amortizações
(continua)
3.2.2.04 Despesas gerais
3.2.2.04.001 Energia elétrica
3.2.2.04.002 Água e esgoto
3.2.2.04.003 Telefone
3.2.2.04.004 Despesas postais e telegráficas
3.2.2.04.005 Seguros
3.2.2.04.006 Material de escritório
3.2.2.04.007 Material de higiene e limpeza
3.2.2.04.008 Assistência contábil
3.2.2.04.009 Serviços prestados por terceiros
3.2.2.04.010 Depreciações e amortizações
3.2.2.04.011 Reproduções
3.2.2.04.012 Despesas legais e judiciais
3.2.2.04.013 Livros, jornais e revistas 131
3.2.2.05 Despesas financeiras
Plano de contas
3.2.2.05.001 Juros passivos
3.2.2.05.002 Variações monetárias passivas
3.2.2.05.003 Variações cambiais passivas
3.2.2.05.004 Descontos concedidos
3.2.2.05.005 Juros sobre o capital próprio
3.2.2.06 Outras despesas operacionais
3.2.2.06.001 Provisão para perdas e ajustes de ativos
3.2.2.06.002 Equivalência patrimonial
3.2.2.06.003 Amortização de ágio
(continua)
4.1.1.01 Receita bruta de vendas de produtos e mercadorias
4.1.1.01.001 Vendas de produtos no mercado interno
4.1.1.01.002 Vendas de produtos no mercado externo
4.1.1.01.003 Vendas de mercadorias no Mercado interno
4.1.1.01.004 Vendas de mercadorias no Mercado externo
4.1.1.02 Receita da prestação de serviços
4.1.1.02.001 Serviços prestados no mercado interno
4.1.1.02.002 Serviços prestados no mercado externo
(continua)
4.1.5.01.002 Vendas acessórias
4.1.5.01.003 Receita de equivalência patrimonial
4.1.5.01.004 Dividendos e lucros recebidos
4.1.5.01.005 Amortização de deságio
5 CONTAS DE APURAÇÃO
133
5.1 Custo dos produtos e dos serviços vendidos
Plano de contas
5.1.1 Custo dos produtos vendidos
5.1.1.01 Custo dos produtos vendidos
5.1.1.01.001 Custo dos produtos vendidos
5.1.2 Custo dos serviços prestados
5.1.2.01 Custo dos serviços prestados
5.1.2.01.001 Custo dos serviços prestados
6 CONTAS DE COMPENSAÇÃO*
(continua)
(conclusão)
* Nota da autora: As contas de compensação, de acordo com a NBCT.2.5, aprovada pela Resolução CFC
nº 612/85, constituem sistema próprio e devem conter o registro de atos relevantes, cujos efeitos possam
traduzir-se em modificações no patrimônio da entidade. Registram-se operações não modificadoras do
patrimônio, razão pela qual são denominadas “contas extra-patrimoniais”. Daí o seu posicionamento
em separado, no Balanço Patrimonial, logo após o Ativo e o Passivo totalizados. O significado de nome
“contas de compensação” provém do fato de registrarem, por idênticos valores, no débito e no crédito,
os direitos e as respectivas obrigações advindas de atos e contratos.
Seguem algumas dicas para a elaboração do plano de
contas:
Plano de contas
e.
(.)
p onto final
Neste capítulo, estudamos o plano de contas, instrumento
importantíssimo na gestão da informação contábil. Consi-
dere-o um “guia” a orientar o registro dos fatos contábeis e
a sintetização destes em relatórios contábeis (obrigatórios
e não obrigatórios). Dada a sua importância, salientamos
a necessidade de você, administrador, participar na elabo-
ração e/ou reestruturação do plano de contas, do manual
de contas e dos modelos de relatórios contábeis. Assim, a
informação será registrada medida certa, de acordo com a
sua necessidade, atendendo aos preceitos básicos de:
a. integralidade: deve compreender todos os elemen-
tos relevantes e significativos sobre o que se pretende
revelar ou divulgar, como transações, previsões, análi-
ses, demonstrações, opiniões ou outros elementos;
b. confiabilidade: para serem confiáveis, as informações
devem ser baseadas em normas e princípios contábeis;
c. comparabilidade: as informações contábeis devem ser
estruturadas de forma a possibilitar comparações, daí
a importância de delimitarmos a essência e funciona-
mento de cada conta (o quê se registra, como);
d. compreensibilidade: a informação deve ser exposta da
136 forma mais compreensível possível, para que o usuário
possa, efetivamente, entendê-la e utilizá-la de forma
Fundamentos da contabilidade
Indicação cultural
137
Plano de contas
(7)
c iclo contábil
Simone Loureiro Brum Imperatore
( )
▪▪ balancete;
▪▪ DRE e BPI;
▪▪ apuração do resultado do exercício;
▪▪ inventário;
▪▪ critérios de avaliação de estoques.
(7.1)
b alancete
Ao estudarmos a escrituração contábil, verificamos que
os fatos contábeis são registrados no Livro Diário e, pos-
teriormente no Livro Razão, utilizando-se o método das
partidas dobradas. Assim, o dia-a-dia (a história) das
empresas fica registrado através de lançamentos contábeis. 143
Periodicamente (diariamente, semanalmente, quinzenal-
Ciclo contábil
mente, mensalmente), os responsáveis pela contabilidade
devem verificar se esses lançamentos estão corretos. O
balancete de verificação é o instrumento (ou técnica) uti-
lizado para atingir esse objetivo, sendo, ainda, um impor-
tante instrumento contábil para a tomada de decisões.
Marion1 define balancete de verificação como um
resumo ordenado de todas as contas utilizadas pela conta-
bilidade. Em outras palavras, esse balancete consiste numa
relação das contas extraídas do Livro Razão, com seus sal-
dos devedores e credores (lembrando que a soma dos sal-
dos devedores deve ser igual à soma dos saldos credores).
Veja a seguir o modelo simplificado.
Balancete de verificação
Cia. Exemplo 31/01/2008
Saldos
Contas
Devedor Credor
Ativo
Caixa 1.500
Subtotal 1 14.500
Passivo e PL
Receitas
Despesas (e custos)*
Comissões 1.200
Aluguel 3.400
Salários 1.300
* Podem ser detalhadas despesas com vendas, administrativas e financeiras. Fica a critério do usuário o
“desenho” mais adequado do balancete de verificação.
Observe que o balancete de verificação se assemelha
ao BP (digamos que é um “balanço simplificado”), sem o
rigor da classificação em grupos patrimoniais, contendo
todas as contas movimentadas no período que possuem
saldo no final de um período qualquer (contas patrimo-
niais e contas de resultado). A apresentação do balancete
deve destacar as contas patrimoniais e as contas de resul-
tado (receitas e despesas) e seus respectivos subtotais, de
forma a contribuir para o processo decisório da empresa.
Dependendo da necessidade da instituição, o balancete
pode ter duas, quatro, seis e até oito colunas. Quanto maior
o número de colunas, maior a quantidade de dados forne-
cida ao usuário do balancete. Veja, a seguir, o exemplo de
seis colunas (salientamos que esta não é uma “demonstra-
ção oficial”, podendo ser formatada de acordo com a neces-
sidade do gestor):
Balancete de verificação
Cia. Exemplo 31/01/2008
Caixa
Balancete de verificação
Empresa: cia. Exemplo 31/12/2007
Ativo
Caixa 3.100
Clientes 2.990
(continua)
Estoque de mercadoria para revenda 5.400
Veículo 6.400
Subtotal 1 40.070
Passivo e PL 147
Fornecedores 7.100
Ciclo contábil
Empréstimos a pagar 3.200
Receitas
Despesas e custos
CMV 15.050
(continua)
(conclusão)
Depreciação 2.525
Salários 3.000
Saldo
Data Histórico Débito Crédito
D/C Valores
Transf.
31/12/2007 39.091 C 3.510
despesas
Balanço patrimonial
Permanente
Imobilizado
Móveis e utensílios 6.700
Veículos 6.400
Computadores e 2.300
periféricos
151
(7.3)
Ciclo contábil
i nventário
Ainda sob o enfoque do ciclo contábil, cabe-nos estudar o
inventário, função administrativa e contábil que consiste
no levantamento dos elementos patrimoniais, sua classi-
ficação e valores. O inventário é a determinação e a con-
tagem, amostral ou total, dos elementos que integram o
patrimônio de uma entidade (física ou jurídica)a.
Considerando-se a importância que o inventário repre-
senta na vida econômica, financeira e patrimonial de uma
instituição, é necessário observar e seguir alguns critérios
quanto à sua classificação:
a. Segundo os fins:
▪▪ inventário de exercício ou de gestão: avaliação dos
b. Segundo a extensão:
▪▪ completo, total ou geral: inclusão de todos os ele-
mentos;
▪▪ parcial ou especial: abrangência de apenas parte do
patrimônio da entidade – determinado grupo de
elementos patrimoniais e/ou uma amostra de todos
os grupos.
c. Quanto à forma:
▪▪ analítico ou descritivo: descrição de todas as carac-
terísticas do elemento patrimonial;
▪▪ sintético ou genérico: reunião em grupo, conforme a
natureza do item.
d. Quanto à periodicidade:
▪▪ ordinário: realização em datas prefixadas;
▪▪ extraordinário: ocorrência de casos especiais – audi-
toria, por exemplo.
e. Quanto ao aspecto legal:
▪▪ obrigatório ou legal: levantamento do estoque de
mercadorias por ocasião do BP;
▪▪ estatutário ou contratual: levantamento do estoque
previsto nos documentos de constituição da em-
presa;
▪▪ facultativo: levantamento realizado de acordo com a
vontade da empresa.
Ciclo contábil
registros de origem contábil;
▪▪ de fato: levantamento com base na contagem física;
▪▪ misto: levantamento com base em ambos os critérios –
contábil e de fato.
Fases do inventário
Registro de inventário
Ciclo contábil
rios, materiais de embalagem, produtos manufatura-
dos e produtos em fabricação, de terceiros, em poder
do estabelecimento.
156
▪▪ “Parcial”: refere-se ao valor correspondente ao
resultado da multiplicação da quantidade pelo valor
Fundamentos da contabilidade
unitário;
▪▪ “Total”: refere-se ao valor correspondente ao soma-
tório dos valores parciais constantes no mesmo
código referido no item “a”.
f. nas “Observações”, informações diversas.
Ciclo contábil
antigos. Não é utilizado pela dificuldade de aplicação e
pela sua não-conformidade à legislação do IR.
d. Custo médio ponderado: segundo este critério, as mer-
cadorias são avaliadas pela média dos custos de aqui-
sição, atualizados a cada compra efetuada.
(.)
p onto final
O estudo do ciclo contábil possibilita a você, futuro admi-
nistrador, o entendimento de como funciona a contabi-
lidade, desde o registro (escrituração) à elaboração das
demonstrações contábeis. Esse enfoque é muito impor-
tante para que você acompanhe cada etapa e “tire” da con-
tabilidade as informações de que necessita para tomar a
melhor decisão. Saliente-se, ainda, que, no caso do balan-
cete, você pode “desenhá-lo” de acordo com a sua necessi-
dade. Além disso, cabe a você, em conjunto com o contador
da empresa, decidir o método de avaliação de estoques e
planejar o inventário patrimonial. Como contador e admi-
nistrador trabalham juntos, deve haver uma sintonia muito
158
grande entre esses dois profissionais, para que os relató-
rios contábeis sejam, realmente, instrumentos para auxi-
Fundamentos da contabilidade
Indicação cultural
c. o custo específico.
Ciclo contábil
d. o Ueps.
Caixa 9.500
Clientes 35.000
Instalações 9.000
Imóveis 27.200
Fornecedores 56.400
Capital 60.000
(continua)
(conclusão)
Ciclo contábil
Veículos 13.000
Glossário
componente patrimonial, sua classifica- Regime de caixa: Norma contábil pela qual
ção e seus valores. os ingressos (receitas, entradas de
Lançamento: Ato ou efeito de lançar ou recursos) são atribuídos ao exercício
registrar um fato contábil; registro de (período) em que são recebidos e os
um fato contábil. gastos (despesas, custos, desembolsos)
Liquidez: Capacidade de solvência ou de ao exercício em que são pagos.
pagamento de dívidas; valor circulante, Regime de competência: Princípio contábil
capaz de ressarcir as dívidas; valor pelo qual os ingressos e os gastos são
líquido disponível para investimentos; atribuídos ao exercício a que pertencem
valor transformável em dinheiro. É (quando ocorrem), independentemente
um aspecto preponderante no sistema de quando são recebidos e/ou pagos.
financeiro de uma empresa. Reservas: Parcela de capital próprio;
Obrigações: Título de conta que registra as valores de lucros não distribuídos aos
dívidas da empresa; dívidas exigíveis, componentes da sociedade (ou firma
isto é, compromissos que serão recla- individual).
mados, exigidos (pagamento na data Situação líquida: Diferença entre o Ativo
do vencimento): duplicatas a pagar (ou e as obrigações exigíveis (Passivo); o
fornecedores), títulos a pagar, impostos mesmo que capital próprio da empresa
a pagar, financiamentos a pagar etc. ou entidade.
Orçamento: Previsão de fatos patrimo- Sociedade anônima (ou companhia): Tipo
niais; predeterminação de despesas e societário que se caracteriza por ter seu
receitas de uma empresa e/ou entidade; capital dividido em partes iguais cha-
previsão de gastos; quadro técnico da madas ações e tem a responsabilidade
contabilidade, contendo previsões ou de seus sócios ou acionistas limitada ao
estimativas de negócios, de movimento preço de emissão das ações subscritas
financeiro ou econômico. ou adquiridas (já seus administradores
Passivo: Parte do balanço que representa as têm responsabilidade ilimitada). Podem
fontes dos valores aplicados no Ativo; ser: Sociedades Anônimas de Capital
obrigações exigíveis da empresa, ou Aberto (ações negociadas na Bolsa de
Valores) ou Sociedades Anônimas de de contrato social, sendo seu capital
Capital Fechado (sem ações negociadas social representado por quotas. A res-
na Bolsa de Valores). ponsabilidade dos sócios quotistas no
Sociedade coligada: Empresa na qual foram investimento é limitada ao montante
investidas ações ou quotas em percen- (valor total) do capital social investido,
tual igual ou superior a 10% do capital
razão pela qual é a forma mais comum
social da investida, sem se exercer o
de constituição jurídica de empresas
controle.
que encontramos.
Sociedade controlada: Sociedade na qual
foram investidas ações ou quotas em Usuários da contabilidade: Pessoas ou
percentual sobre o capital que permita entidades interessadas em conhecer a
seu controle. situação da empresa para a tomada de
Sociedade por quotas de responsabilidade decisões: administradores, gerentes,
Ltda.: São aquelas constituídas através governo, bancos, fornecedores etc.
166
Fundamentos da contabilidade
r eferências por capítulo
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170
Fundamentos da contabilidade
g abarito
Capítulo 1
1. Opinião pessoal.
2.
(continua)
(conclusão)
Resposta b:
(valores em mil)
Gabarito
Créditos
Empréstimos a Pagar 4.900
Clientes 30.000
Dividendos a Pagar 2.763
Títulos a Receber 6.000
Exigível a longo prazo
Estoques
Títulos a Pagar 5.000
Mercadoria 23.000
Patrimônio líquido
Despesas Antecipadas
Capital Social 50.000
Aluguel 1.000
Lucros Acumulados 7.682
Permanente
Imobilizado
Equipamentos 14.500
Total ativo 86.500 Total passivo 86.500
9. Capítulo 4
a. Cia Futura: Ativo Circulante = R$ 11.700;
1.
Passivo Circulante = R$ 12.500; Situação
a. A finalidade da DRE é melhor eviden-
Financeira Desfavorável. Possibilidades:
ciar o ganho, tendo em vista as neces-
reavaliar prazo de pagamento e recebi-
sidades de informações do usuário
mento de mercadorias para diminuir a
externo, bem como fornecer os dados
necessidade de capital de giro; propor
essenciais à análise da formação do
desconto na liquidação antecipada dos
resultado do exercício.
Títulos a Receber (longo prazo); renego-
b. Despesas são sacrifícios da empresa
ciar prazo com fornecedores; vender a
para obter receitas, constituem saídas
participação em outras empresas.
de recursos (R$) da empresa. Exemplo:
Cia Eficiência: Ativo Circulante = R$
salários, juros passivos, aluguéis passi-
72.000; Passivo Circulante = R$ 23.818;
vos, fretes, propaganda e publicidade
Situação Financeira Favorável.
etc.
b. Em relação ao endividamento de longo
c. Despesas são gastos relacionados à
prazo:
administração, vendas e finanças.
- Cia Futura: endividamento de longo
Custos estão relacionados à produção
prazo R$ 10.320
(industrialização). No caso de uma
- Cia Eficiência: endividamento de
empresa comercial, considera-se o
longo prazo R$ 5.000
custo da mercadoria vendida; no caso
A opção por parte da empresa de
de uma empresa prestadora de serviços,
contrair dívidas de longo prazo é a
considera-se custo o valor da mão-de-
mais confortável, uma vez que terá (a
obra acrescido do material utilizado.
empresa) mais tempo para gerar os
d. Receitas são valores que a empresa gera
recursos financeiros necessários ao
como fonte de recursos financeiros,
pagamento da obrigação. No entanto,
para atender a seus gastos e manter as
nem sempre é fácil obter, no sistema
suas atividades. Constituem entradas
financeiro, empréstimos de longo prazo,
de recursos correspondendo, em geral,
principalmente para capital de giro. É
a vendas de mercadorias ou prestação
tradicional obter-se empréstimos de
de serviços. Ex.: vendas a vista, vendas
longo prazo para aquisição de bens
a prazo, juros ativos, descontos obtidos
do ativo permanente. A lógica é que a
etc.
aplicação no Permanente gera retornos
e. Devemos verificar as expressões que os
174 mais lentamente do que o Circulante
seguem. Se for ativo ou obtido refere-se
(compra de estoque por exemplo) e que
a ganhos, então, são receitas. Se for pas-
os montantes para aquisição de bens do
sivo ou concedido, refere-se a perdas,
Fundamentos da contabilidade
Capítulo 5
Gabarito
Nota Fiscal 213, de Byte On Ltda.
2008 02 Caixa 500,00
Mês:
Banco conta movimento – Banco do Brasil S.A. 500,00
Dia:
Saque para reforço de caixa
2008 03 Caixa 336,00
Fornecedores 330,00
Cia da Luz Ltda, duplicata 8769
Juros passivos1 6,00
Pelo atraso duplicata 8769
2008 04 Caixa 673,00
Clientes 650,00
Recebimento duplicata 653 de Diniz Alfredo
Juros ativos2 23,00
Ref duplicata 653
2008 05 Financiamento a pagar 1.300,00
Banco conta movimento – Banco do Brasil S.A. 1.300,00
Pagamento parcela financiamento
(continua)
2008 06 Caixa 2.820,00
Salários 1.400,00
Pagamento folha de pagamento mês ______
INSS 420,00
Pagamento INSS sobre folha de pagamento
Aluguéis passivos 1.000,00
Pagamento aluguel sala comercial
2008 07 Banco conta movimento – Banco do Brasil S.A. 3.000,00
Caixa 3.000,00
Depósito conforme recibo 23456
2008 08 Móveis e utensílios 3.000,00
Banco conta movimento – Banco do Brasil S.A. 1.000,00
Ref cheque 353.014
Fornecedores 2.000,00
Compra de móveis para uso de comercial de
Móveis Ltda, nota fiscal 230.
2008 09 Banco Conta movimento 1.000,00
Estoque de mercadorias para revenda 880,00
Compra de mercadorias de atacadista Bom
Princípio, conforme nota fiscal 125.678, pago
cheque 123.126
ICMS a recuperar3 120,00
ICMS destacado na nota fiscal de 12%
2008 10 Fornecedores 2.500,00
Atacadista varejão
Estoque de mercadorias para revenda 2.200,00
176 Compra de mercadorias, nota fiscal fatura 19876
ICMS a recuperar 300,00
Fundamentos da contabilidade
Gabarito
4. Neste primeiro lançamento, registra- Capítulo 7
mos a receita gerada pelas vendas e seu 1. c
ingresso no caixa da empresa (venda à 2. c
vista). Na seqüência, daremos baixa no 3. b.
estoque de mercadorias (que está con-
4. Dicas para a realização do exercício:
tabilizado pelo preço que a mercadoria
a. Valor do fechamento do Balancete R$
foi adquirida). Os impostos incidentes
487.750,00;
sobre as vendas (ICMS, PIS e COFINS)
b. Transfira o saldo das contas de
são calculados ao final do mês sobre o
despesas e receitas para Apuração do
total das vendas, não faremos esta con-
tabilização. Resultado do Exercício (conta transitó-
5. Preste atenção: o valor que “entra” no ria). Valor da Apuração do Resultado do
caixa é o valor da duplicata menos o Exercício: R$ 66.950,00 (lucro);
desconto concedido (dado). A duplicata c. Faça o lançamento conforme a Cia
deve ser baixada pelo valor nominal (de Exemplo;
registro). d. Siga o modelo de DRE do capítulo 4.
6 Aqui a empresa ganhou um desconto Lembre-se, é uma demonstração dedu-
(lembre-se ao fazer um lançamento, co- tiva (vai diminuindo);
loque-se sempre no lugar da empresa). e. Classifique os grupos patrimoniais
Assim, o valor efetivamente pago (que de acordo com o modelo de Balanço
saiu do Banco) é menor do que o valor do Capítulo 3. Fechamento do Balanço
nominal da duplicata paga, a diferença Patrimonial: R$ 244.400,00.
Esta obra foi impressa pela Reproset