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Grandeza vectorial é aquela que não é definida somente pela sua magnitude ou módulo. Para que
a informação de uma grandeza vectorial esteja completa, é necessário saber, para além da sua
magnitude, sua direcção e sentido. Graficamente, uma grandeza vectorial representa-se por uma seta
(vector), ver fig. 1.1
2. VECTORES
Para efeito de grafia, um vector é representado por uma letra com uma seta sobre si: 𝑎⃗ ou 𝐴⃗, ou
ainda A (negrito ou bold), sendo o último mais usado em literaturas para simplificar a escrita
computadorizada. O seu módulo é representado por �𝐴⃗� ou simplesmente A.
Graficamente um vector representa-se por uma seta, que fornece-nos os dados do seu módulo,
direcção e sentido (fig. 1). O comprimento da seta representa o módulo do vector, a direcção é o
ângulo medido desde a linha de referência até a linha representativa do vector ou linha de acção do
vector, o sentido é indicado pela extremidade da seta. O vector da fig. 1, tem módulo de 3 unidades,
direcção de 30º, medidos no sentido anti-horário a partir do eixo horizontal e conforme mostra a
figura, o sentido do vector é de A para B, ou seja, é uma subida para a direita. O ponto A é chamado
de origem e o ponto B é a extremidade ou ponta.
Um vector representa a magnitude e direcção de uma força, porém não representa o ponto de
aplicação ou ponto de acção dessa força. Geralmente o ponto de acção é indicado por meio de uma
afirmação explícita ou de um diagrama. Se o ponto de aplicação de um vector não puder ser mudado
sem alterar o seu significado físico ou efeito físico, então trata-se de um vector fixo. Uma força que
Resolução:
|𝑎⃗| = √𝑋 2 + 𝑌 2 �𝑏�⃗� = √𝑋 2 + 𝑌 2 + 𝑍 2
Logo: o módulo do vector 𝑎⃗ é |𝑎⃗| = 6,32 𝑐𝑚, e o módulo do vector 𝑏�⃗ é �𝑏�⃗� = 10,05 𝑐𝑚.
2.4. Vector unitário
Vector unitário é aquele cujo módulo é igual a 1 (um) e representa-se por 𝑒⃗. É resultado da
𝑎�⃗
divisão das coordenadas do seu vector correspondente, pelo sou módulo, isto é, 𝑒𝑎
����⃗ = |𝑎�⃗| . Este é
geralmente usado para indicar a direcção e sentido do seu vector correspondente, por exemplo, o
vector unitário do eixo X é 𝑒𝑥 ����⃗ = 1𝑒𝑥 ����⃗ + 0𝑒𝑦
����⃗ + 0𝑒𝑧
����⃗, então o vector unitário do eixo Z será 𝑒𝑧
����⃗ =
����⃗ + 0𝑒𝑦
0𝑒𝑥 ����⃗ + 1𝑒𝑧
����⃗, sem necessidade de cálculo, podemos constatar que tanto o módulo do vector 𝑒𝑥 ����⃗
assim como o módulo do vector 𝑒𝑦 ����⃗ é igual a 1 (um).
Para evitar erros de arredondamento podemos terminar o cálculo neste passo. Mas não constitui
problema continuar a resolução, desde que o estudante saiba fazer os arredondamentos de forma
����⃗ = (−0.398 𝑒𝑥
correcta, continuando com o cálculo teremos: 𝑒𝑏 ����⃗ − 597 𝑒𝑦
����⃗ + 0.696 ����⃗)
𝑒𝑧
Dois ou mais vectores são iguais se tiverem o mesmo módulo direcção e sentido,
consequentemente as suas coordenadas também devem ser iguais. Por exemplo:
O vector 𝑎⃗ = (4 𝑒𝑥 ����⃗ + 2 𝑒𝑦 ����⃗) e o vector 𝑏�⃗ = (4 𝑒𝑥
����⃗ + 5 𝑒𝑧 ����⃗ + 2 𝑒𝑦
����⃗ + 5 𝑒𝑧
����⃗) são iguais, assim como
os vectores 𝑐⃗ = (10 𝑒𝑥
����⃗ + 6 𝑒𝑦����⃗) e 𝑑⃗ = (10 𝑒𝑥 ����⃗ + 6 𝑒𝑦
����⃗), também são iguais. Geometricamente:
Figura 2.3
Vector de referência 𝑎⃗ = (2𝑒𝑥 ����⃗), o seu vector inverso será 𝑏�⃗ = (−2𝑒𝑥
����⃗ + 3𝑒𝑦 ����⃗ − 3𝑒𝑦
����⃗), porém
|𝑎⃗| = √13 e �𝑏�⃗� = √13 . Geometricamente:
origem do seguinte na extremidade do anterior (fig. 2.10), e Figura 2.12: Ilustração da soma de
o vector resultante parte da origem do primeiro vector até a vectores
extremidade do último vector adicionado ou subtraído. A
representação gráfica deve ser feita em escala, pois para obtermos o resultado temos de medir o vector
resultante. Este é o método mais simples, pois permite-nos adicionar ou subtrair mais de dois vectores
(fig. 2.12). Para o processo de subtracção basta apenas representar o vector inverso (ver parte 2.5)
daquele que tiver o sinal de subtracção (fig. 2.11). No caso de vectores colineares, a sua resultante é
obtida pela soma algébrica ou escalar dos seus módulos.
A força é uma grandeza vectorial pois tem direcção, sentido e módulo. Sendo uma grandeza
vectorial, podemos realizar operações com forças aplicando as propriedades dos vectores e assim
como os vectores, as forças também podem ser colineares, concorrentes, coplanares e não
complanares. Os problemas mais comuns na estática envolvem a determinação de forças resultantes a
partir das suas componentes, e a decomposição de uma força em duas componentes. Estes dois
problemas necessitam da aplicação de regra do paralelogramo. Se mais de duas forças são
adicionadas, devemos aplicar tantas vezes quantas necessárias a regra do paralelogramo, adicionando
as forças duas a duas, esse processo exige exaustivos cálculos geométricos e trigonométricos. Para
minimizar este esforço, problemas desse tipo são facilmente resolvidos através de aplicação do
método das componentes rectangulares, que será futuramente apresentado.
Pontos importantes
Regra do paralelogramo:
Trigonometria
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Exercício 2.1
Um anel de suporte está submetido as forças 𝑎⃗ ; 𝑏�⃗ e 𝑐⃗ (figura
E2.1a) com magnitudes 100N; 75N e 100N respectivamente.
a) Encontre a força 𝑑⃗ = 𝑎⃗ + 𝑐⃗
b) Encontre a força resultante 𝑟⃗ = 𝑎⃗ + 𝑏�⃗ + 𝑐⃗
Figura E2.1 a
Figura E2.1a
Solução:
a) Usamos a regra do paralelogramo para determinar o
vector 𝑑⃗(Fig. E2.1b)
Neste caso aplicamos a lei dos cossenos e teremos a
2
seguinte equação: �𝑑⃗� = |𝑎⃗|2 + |𝑐⃗|2 − 2 ∗ |𝑎⃗| ∗ |𝑐⃗| ∗ cos 450
Logo: �𝑑⃗� = √1002 + 1002 − 2 ∗ 100 ∗ 100 ∗ cos 450
ou: 𝑑 = √𝑎2 + 𝑏 2 − 2 ∗ 𝑎 ∗ 𝑏 ∗ cos 450
𝑑 = 76,5 𝑁 Figura E2.1b
𝑎 𝑐 100 76,5 0
sin 450 ∗ 100
= ⇒ = ⇔ sin 𝜑 ∗ 76,5 = sin 45 ∗ 100 ⇔ sin 𝜑 =
sin 𝜑 sin 450 sin 𝜑 sin 452 76,5
b) Para calcularmos a resultante 𝑟⃗ = 𝑎⃗ + 𝑏�⃗ + 𝑐⃗ pela lei dos cossenos, primeiro deve-se calcular a
resultante da soma de dois dos três vectores (ver parte 2.9) e posteriormente fazer a soma do
resultante de dois dos três vectores com o terceiro vector. Neste caso, como já calculamos o vector
𝑑⃗ = 𝑎⃗ + 𝑐⃗, vamos apenas efectuar 𝑟⃗ = 𝑑⃗ + 𝑏�⃗. Aplicando a lei dos cossenos temos:
Exercício 2.2
���⃗1 e ����⃗
Um parafuso em forma de gancho da fig. E2.2a está sujeito a duas forças 𝐹 𝐹2 . Determine o
módulo e a direcção da força resultante.
Solução:
Regra do paralelogramo: Pelo mesmo processo usado no exercício anterior, constrói-se o
����⃗
paralelogramo em que as incógnitas são a resultante 𝐹 𝑅 e o ângulo 𝜃 (Fig. E2.2b).
Trigonometria: A partir da fig. E2.2b pode ser construído um triângulo de vectores (Fig E2.2c)
em que ����⃗
𝐹𝑅 é determinada pela lei dos cossenos:
����⃗
𝐹 𝑅 = �100 + 150 − 2 ∗ 100 ∗ 150 ∗ cos 115
2 2 0
����⃗
𝐹𝑅 = �10.000 + 22.500 − [30.000 ∗ (−0,4226)]
����⃗
𝐹 𝑅 = 212,6 𝑁
O ângulo 𝜃 é calculado aplicando a lei dos senos utilizando o módulo do vector ����⃗
𝐹𝑅 calculado:
����⃗
podemos agora calcular a direcção 𝜑 do vector 𝐹 𝑅 , medida a partir da linha horizontal:
Exercício 2.3:
Decomponha a força de 200N actuante num elemento de
ligação metálico, fig. E2.3, em componentes actuantes ao longo
dos eixos a) x e y; b) x’ e y.
Solução:
Em ambos casos faz-se o uso da regra do paralelogramo
para decompor a força 𝐹⃗ em suas componentes. Em seguida é
construido o triângulo de vectores para obtermos os resultados numéricos por trigonometria.
Parte a):
Figura E2.3
A soma dos vectores 𝐹 ���⃗𝑥 + 𝐹
���⃗ ⃗
𝑦 = 𝐹 é mostrada na figura
E2.3a. Observe que as conponentes estão respresentadas ao longo dos eixos x e y. As componentes
são representadas após a contrução de linhas que partem da extremidade de 𝐹⃗ e que são paralelas aos
eixos, de acordo com a regra do paralelogramo. Do triângulo de vectores, Fig. E2.3b, podemos
escrever:
���⃗
𝐹𝑦 = 200𝑁 ∗ 𝑠𝑒𝑛400 = 129𝑁
Parte b):
A soma dos vectores �����⃗ ���⃗
𝐹𝑥´ + 𝐹 ⃗
𝑦 = 𝐹 é mostrada na Fig. E2.3c. Obcerve cuidadosamente como o
paralelogramo é construído. Aplicando a lei dos senos e utilizando os dados colocados no triângulo de
vectores, Fig. E2.3d, temos:
�����⃗
𝐹 𝑥´ 200𝑁 𝑠𝑒𝑛500
= ⇒ �����⃗
𝐹 𝑥´ = 200𝑁 � � = 177𝑁
𝑠𝑒𝑛 500 𝑠𝑒𝑛 600 𝑠𝑒𝑛600
���⃗
𝐹𝑦 200𝑁 𝑠𝑒𝑛700
= ⇒ ���⃗
𝐹 𝑦 = 200𝑁 � � = 217𝑁
𝑠𝑒𝑛700 𝑠𝑒𝑛600 𝑠𝑒𝑛600
Figura E2.4
Solução:
Recorrendo a regra do paralelogramo, a soma vectorial das duas componentes fornecendo a resultante
é mostrada na figura E2.4a. Preste especial atenção a forma como a força resultante é decomposta nas
duas componentes 𝐅AB e 𝐅AC , que têm suas linhas de accção antecipadamente estabelecidas. O
correspondente triângulo deforças é mostrado na figura E2.4b.
O ângulo φ pode ser determinado pelo uso dalei dos senos:
400𝑁 500𝑁 400𝑁
= 0
⇒ 𝑠𝑒𝑛𝜑 = � � 𝑠𝑒𝑛600 = 0.6928 ⇒ 𝜑 = 43.90
𝑠𝑒𝑛𝜑 𝑠𝑒𝑛60 500𝑁
Assim,
𝜃 = 1800 − 600 − 43.90 = 76.10
Utilizando este valor para θ, aplique a lei dos cossenos e mostre que 𝐅AB Tem um módulo de
560N.
Observe que F também pode estar direccionada a um ângulo θ acima da horizontal (sentido anti-
horário),conforme mostrado na figura E2.4c,e ainda produzir acomponente 𝐅AC desejada. Mostre que
neste caso θ=16.1º e 𝐅AB=160N.
Exercício 2.5:
O gancho mostrado na figura E2.5 Estrá sujeito a duas
forças 𝐅1 e 𝐅2 . Se a força resultante tem um módulo de 1kN e é
direccionada verticalmente para baixo, determina a) os módulos
de 𝐅1 e 𝐅2 para 𝜃=30º e b) o módulo de 𝐅1 e 𝐅2 se 𝐅2 deve ter um
valor mínimo.
b): Se 𝜃 não é especificado, então pelo triângulo de vectores, Fig. E2.5c, 𝐅2 pode ser adicionada
a 𝐅1 de várias formas e fornacer a força resultante de 1000N. Em particular, o comprimento mínimo
ou o menor módulo de 𝐅2 ocorrerá quando sua linha de acção for perpendicular a 𝐅1 . Qualquer
outradirecção, como OA ou OB, fornecerá um valor maior para 𝐅2 . Assim, quando 𝜃=90°−20°=70°,
𝐅2 será mínima. Do triângulo mostrado na figura E2.5d, podemos verificar que:
PROBLEMAS
Problema 2.1
Escreva a magnitude e a direcção em relação ao eixo x de cada uma das forças coplanares A, B,
C e D (fig. P2.1).
Problema 2.3
Classifique os quatro sistemas de forças
mostrados na figura P2.3
Figura P2.5
Problema 2.6
Determine o módulo da força resultante e
sua direcção medida no sentido anti-horário a
partir do eixo x positivo.
Resolva o mesmo exercício por meio de
medição do desenho a escala.
Figura P2.3
Problema 2.4
As três forças que agem numa amarração
são mostradas na figura P2.4. Para cada força
escreva uma afirmação formas que descreva:
a) Sua linha de acção; b) Sua magnitude; c)
seu sentido.
Figura P2.6
Problema 2.7
Decomponha a força de 200 N em suas
componentes actuantes ao longo dos eixos x´ e
Figura P2.4
y´ e determine os módulos dessas
componentes.
Problema 2.12
Decomponha a força F 1 em componentes
actuantes ao longo dos eixos u e v, e determine
seus módulos.
Problema 2.13
Decomponha a força F 2 em componentes
actuantes ao longo dos eixos u e v, e determine
seus módulos.
Figura P2.7
Problema 2.8
Determine o módulo da força resultante
𝐅𝑅 = 𝐅1 + 𝐅2 e sua direcção medida no sentido
horário a partir d eixo u positivo.
Problema 2.9
Decomponha a força 𝐅1 em componentes
actuantes ao longo dos eixos u e v, e determine
seus módulos. Figura P2.11/12/13
Figura P2.8/9/10
Figura P2.14
Figura P2.17
Problema 2.18
A braçadeira rebitada da figura suporta
duas forças. Determine o ângulo 𝜃 de modo a
que a força resultante seja direccionada ao
longo do eixo x negativo. Determine também o
módulo dessa força resultante.
Figura P2.15
Problema 2.16
Determine o módulo e a direcção da força
resultante F R , expresse o resultado em termos
de F 1 e F 2 e o ângulo φ.
Figura P2.18
Problema 2.19
Determine o ângulo 𝜃 do elemento de
Figura P2.16 conexão B da placa para que a resultante da
soma F A + F B seja direccionada ao longo do
Problema 2.17 eixo x positivo. Determine também o módulo
Se a atracção no cabo mostrado na figura dessa força resultante.
é de 400 N, determine o módulo e a direcção
da força resultante actuantes sobre a polia. O
ângulo 𝜃 desta direcção é o mesmo da linha
AB sobre o bloco.
Figura P2.19
Figura P2.23
Problema 2.24
A viga da figura é suspensa por meio de
suas correntes. Se a força resultante é de 600
N, direccionada ao longo do eixo y positivo,
determine o módulo das forças F A e F B
Figura P2.20/21 actuantes em cada corrente e a direcção 𝜃 de
F B de modo que o módulo de F B seja mínimo.
Problema 2.22 F A actua a um ângulo de 30° com o eixo y,
Duas forças F 1 e F 2 actuam sobre um conforme mostrado.
parafuso com olhal. Se suas linhas de acção
estão separadas por um ângulo 𝜃 e o módulo
de cada força é F 1 =F 2 =F, determine o módulo
da força resultante F R e o ângulo entre F R e
F1.
Figura P2.24
Figura P2.22
Figura P2.26
Figura P2.25
Problema 2.26
Três cabos puxam um tubo de modo a
gerarem uma força resultante com módulo de
900 N. Se dois dos cabos estão sujeitos a
forças conhecidas, conforme mostrado na
figura, determine a direcção 𝜃 do terceiro cabo
de modo que o módulo da força F actuante
neste cabo seja mínimo. Todas as forças têm a
sua linha de acção sobre o plano x-y. Qual o
módulo da força F? Sugestão: encontre
inicialmente a resultante das duas forças
conhecidas.
Os dois métodos descritos anteriormente podem ser usados para determinar a resultante de um
sistema de forças coplanares. Para isto, cada força é inicialmente decomposta em suas componentes x
e y e, em seguida as correspondentes componentes são somadas utilizando álgebra escalar, pois são
colineares. A força resultante é, portanto, formada pela soma das resultantes das componentes nas
direcções x e y utilizando a regra do paralelogramo.
Por exemplo, considere as três forças mostradas na figura 2.19a, cujas componentes nas
direcções x e y são mostradas na figura 2.19b. Para resolver este tipo de problema utilizando a notação
vectorial cartesiana, cada força é inicialmente descrita
como uma vector cartesiano, isto é:
𝐅1 = 𝐹1𝑥 𝐢 + 𝐹1𝑦 𝐣
𝐅2 = −𝐹2𝑥 𝐢 + 𝐹2𝑦 𝐣
𝐅3 = 𝐹3𝑥 𝐢 − 𝐹3𝑦 𝐣
𝐹𝑅𝑦 = � 𝐹𝑦
Pontos importantes
Solução
Notação escalar. Pela regra do paralelogramo, F 1 é
decomposta nas componentes x e y, comforme ilustrado na
Fig. E 2.6b. O módulo de cada componente é determinado
pela trigonometria. Estando F 1x no sentido x negativo e F 1y
no sentido y positivo, temos:
𝐹2𝑥 12 12
= 𝐹2𝑥 = 260 N ∗ � � = 240 N
260 N 13 13
Analogamente,
5
𝐹2𝑦 = −260 N ∗ � � = −100 N
13
582.8N
𝜃 = tan−1 � � = 67.9°
263.8N
Solução II
Notação vectorial cartesiana. A partir da Fig. E2.7b, cada força expressa como um vector
cartesiano fica:
Logo:
𝐅𝑅 = 𝐅1 + 𝐅𝟐 = (600 ∗ cos 30° N − 400 ∗ sen 45° N)𝐢 + (600 ∗ sen 30° N + 400 ∗ cos 45° N)𝐣
𝐅R = {263.8𝐢 + 582.8𝐣} N
Comparando os dois processos de resolução, podemos verificar que a notação escalar é mais
eficiente, pois obtivemos as componentes escalares directamente sem precisar escrever cada força
como um vector cartesiano antes de somar as componentes. Posteriormente será mostrado que a
análise vectorial cartesiana é mais eficiente na resolução de problemas tridimensionais.
Solução
Cada força é decomposta em suas componentes nas direcções x e y, conforme mostrado na figura
E2.8b. Somando as componentes na direcção x temos:
4
𝐹𝑅𝑥 = −400 N + 250 ∗ sen 45° N − 200 � � N = −383.2 N
5
O sinal negativo indica que F Rx actua para a esquerda, isto é, no sentido negativo do eixo x. Somando
as componentes na direcção y temos:
3
𝐹𝑅𝑦 = 250 ∗ cos 45° N + 200 � � N = 296.8 N
5
Logo, o módulo da força resultante será:
Da soma de vectores mostrada na figura E2.8c, o ângulo 𝜃 pode ser obtido por:
296.8
𝜃 = tan−1 � � = 37.8°
383.2
É fácil perceber que a utilização deste método é mais eficiente, ao envez de aplicar por duas vezes a
régra do paralelogramo.
Figura E2.8c
Figura P2.27
Figura P2.29
Problema 2.28
Problema 2.30
O vento exerce uma força resultante de 600 N
Expresse cada uma das forças (figura
sobre o barco, actuante na direcção mostrada.
P2.30/31) como um vector cartesiano.
Expresse cada força como um vector
Problema 2.31
cartesiano e explique o significado de cada
Determine o módulo da força resultante e
componente.
sua direcção medida no sentido anti-horário a
partir do eixo x positivo.
Figura P2.32.33d
Problema 2.34
Três forças concorrentes actuam sobre
um anel. Se cada uma tem um módulo de 80
N, expresse cada força como um vector
cartesiano e determine a força resultante.
Figura P2.32/33a
Figura P2.34
Problema 2.35
Quatro forças concorrentes actuam sobre
Figura P2.32.33b
uma placa. Determine o módulo da força
resultante e sua direcção, medida no sentido
anti-horário a aprtir do eixo x positivo.
Figura P2.32.33c
Figura P2.35
Figura P2.36
Problema 2.37
As trés forças mostradas na figura são Figura P2.38/39
aplicadas a um suporte. Determine a faixa de
valores para o módulo da força P de modo que Problema 2.40
a resultante das três forças não exceda 2400 N. Determine o módulo da força F de modo
que a resultante das três forças seja tão
pequena quanto possível. Qual o módulo da
força resultante neste caso?
Figura P2.37
Figura P2.40
Problema 2.38
As três forças mostradas na figura actuam
sobre a estrutura de um suporte. Determine o
módulo de F 1 e sua direcção 𝜃 de modo que a
força resultante deja direccionada ao longo do
eixo x´ positivo e tenha um módulo de 800 N.
Problema 2.39
Se F 1 = 300 N e 𝜃 = 10°, determine o
módulo e a direcçãom, medida no sentido anti-
Existe uma vantagem particular em escrevermos os vectores deta forma. Observe que os
módulos, as direcções e os sentidos de cada componente vectorial estáo separados, e em consequência
haverá uma simplificação nas operações associadas à álgebra vectorial, particularmente em problemas
tridimensionais.
y, 𝐴 = �𝐴´2 + 𝐴2𝑧 , e do triângulo destacado no plano x-y, 𝐴 = �𝐴2𝑥 + 𝐴2𝑦 . Combinando estas duas
equações, temos:
𝐴𝑥 𝐴𝑦 𝐴𝑧
(2-1) cos 𝛼 = 𝐴
cos 𝛽 = 𝐴
cos 𝛾 = 𝐴
𝐴𝑥 𝐴𝑦 𝐴𝑧
(2-2) 𝐮𝐴 = 𝐢 + 𝐣+ 𝐤
𝐴 𝐴 𝐴
onde 𝐴 = �𝐴2𝑥 + 𝐴2𝑦 + 𝐴2𝑧 . Comparando com a equação (2-1), observamos que as componentes
i, j e k de u A representam os cossenos directores de A, isto é,
Como o módulo de um vector é igual a raiz quadrada da soma dos quadrados dos módulos de
suas componentes e u A tem módulo 1, então, da eq. (2-3), uma importante relação dentra os cossenos
directores pode ser assim formulada:
Estando o vector A posicionado num octante conhecido, esta relação pode ser utilizada para
determinar um dos ângulos directores coordendos se os outros dois forem conhecodos.
Finalmente, se o módulo e os ângulos dorectores cooedenados de A forem fornecidos, A pode
ser expresso na forma de um vector cartesiano como:
Sendo o vector diferença um caso particular da smoa de vectores, podemos obtê-lo pela simples
subtração escalar das respectovas componentes i, j e k dos vectores A e B. Por exemplo,
Figura 2.27
Pontos importantes
• A análise vectorial cartesiana é geralmente utilizada para resolver problemas tridimensionais.
• Os sentidos positivos dos eixos x, y e z são definidos polos vectores unitários cartesianos i, j e
k respectivamente.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Exercício 2.9
Expresse a força mostrada na figura E2.9 como
um vector cartesiano.
Solução
Uma vez que somente dois Ângulos directores
coordenados estão especificados, o terceiro ânulo 𝛼
deve ser determinado pela quação 2-4, isto é,
𝑐𝑜𝑠 2 𝛼 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝛽 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝛾 = 1
𝑐𝑜𝑠 2 𝛼 + 𝑐𝑜𝑠2 60° + 𝑐𝑜𝑠 2 45° = 1
cos 𝛼 = �1 − (0,5)2 − (0,707)2 = ∓ 0,5
Pelo exame da Fig. E2.9, verificamos que é necessário que 𝛼 = 60° , pois F, está na direcção
positiva do eixo x.
Utilizando a equação (2-5) com F = 200 N, temos
𝐅 = 𝐹 ∗ (cos 𝛼 𝐢 + cos β 𝐣 + cos γ 𝐤)
= 200 ∗ (cos 60° 𝐢 + cos 60° 𝐣 + cos 45° 𝐤) N
= {100 𝐢 + 100 𝐣 + 141,4 𝐤} N
Exercício 2.10
Determine o módulo e os ângulos directores coordenados da força resultante actuante no anel
mostrado na Fig. E2.10a
Solução
Uma vez que cada força é representada na forma vectorial cartesiana, a força resultante,
mostrada na Fig. E2.10b, será
𝐅𝑅 = � 𝐅 = 𝐅1 + 𝐅2
= {60 𝐣 + 80 𝐤} 𝐍 + {50 𝐢 − 100 𝐣 + 100 𝐤} N
= {50 𝐢 − 40 𝐣 + 180 𝐤} N
Estes ângulos são mostrados na figura E2.10b. Em particular, 𝛽 > 90° , pois a componente j de
𝐮𝐹𝑅 é negativa.
Exemplo 2.11
Expresse a força F 1 mostrada na figura E2.11a como um vector cartesiano.
Solução
Os ângulos de 60° e 45° definindo a posição de F 1 não são ângulos directores coordenados. É
necessário aplicar a regra do paralelogramo duas vezes para decompor a força F 1 em suas
componentes nas direcções x, y e z. Essas aplicações sucessivas da regra do paralelogramo são
mostradas na figura E2.11b. Por trigonometria, os módulos das componentes são
𝐹1𝑧 = 100 ∗ 𝑠𝑒𝑛60° N = 86,6 N
𝐹´ = 100 ∗ cos 60 ° N = 50 N
𝐹1𝑥 = 50 ∗ cos 45° N = 35,4 N
𝐹1𝑦 = 50 ∗ 𝑠𝑒𝑛45° N = 35,4 N
2 2 2
𝐹1 = �𝐹1𝑥 + 𝐹1𝑦 + 𝐹1𝑧
logo,
Exemplo 2.12
Duas forças actuam sobre o gancho mostrado na figura E2.12a. Especifique os ângulos directores
coordenados de F 2 de forma que a força resultante F R actue ao longo do eixo y positivo e tenha um
módulo de 800 N.
Solução
Uma vez que a força resultante F R tem um módulo de 800 N e actua no sentido +j, temos
Se a força resultante F R provém da soma 𝐅1 + 𝐅2 , e deve ser F R = {800 𝐣} N, que é o mesmo que
𝐅𝑅 = {0 𝐢 + 800 𝐣 + 0 𝐤} N, isso significa que
• ao somarmos as componentes i de F 1 e F 2 o reultado deve ser igual a 0 (zero);
• ao somarmos as componentes j de F 1 e F 2 o resultado deve ser igual a 800 N;
• ao somarmos as componentes k de F 1 e F 2 o resultado deve ser igual a 0 (zero).
Isto porque a componente i de F R é igual a 0 (zero), a componente j de F R é igual a 800 N e
finalmente a componente k de F R é igual a 0 (zero).
Logo
𝐅𝑅 = 𝐅1 + 𝐅2
800 𝐣 = {212,1 𝐢 + 150 𝐣 − 150 𝐤} + �𝐹2𝑥 𝐢 + F2y 𝐣 + F2z 𝐤�
800 𝐣 = (212,1 + 𝐹2x )𝐢 + �150 + 𝐹2y �𝐣 + (−150 + 𝐹2z )𝐤
assim
0 = 212,1 + 𝐹2x 𝐹2x = −212,1 N
800 = 150 + 𝐹2y 𝐹2y = 650 N
0 = −150 + 𝐹2z 𝐹2z = 150 N
então
𝐅2 = {−212,1 𝐢 + 650 𝐣 + 150 𝐤} N
e o seu módulo é
𝐹2 = �(−212,1)2 + (650)2 + (150)2 = 700 N
Uma vez que o módulo de F 2 e suas componentes são conhecidos, podemos determinar 𝛼, 𝛽 e 𝛾.
−212,1
−212,1 = 700 ∗ cos 𝛼2 ; 𝛼2 = cos −1 � � = 108°
700
650
650 = 700 ∗ cos 𝛽2 ; 𝛽2 = cos−1 � � = 21,8°
700
150
150 = 700 ∗ cos 𝛾2 ; 𝛾2 = cos−1 � � = 77,6°
700
Esses resultados são mostrados na figura E2.12b
Problema 2.42
Expresse cada uma das forças das figuras
P2.42a, P2.42b e P2.42 c, na forma de vectores Figura P2.42c
cartesianos.
Problema 2.43
A junta da figura está sujeita às três
forças mostradas. Expresse cada uma das
forças na forma vectorial cartesiana e
determine o módulo e os ângulos directores da
força resultante.
Figura P2.42a
Figura P2.43
Problema 2.44
A engrenagem da figura está sujeita às
Figura P2.42b duas forças causadas pelo contacto com outra
engrenagem. Expresse cada força como um
vector cartesiano.
Problema 2.45
A engrenagem da figura esrá sujeita às
duas forças causadas pelo contacto com outra
engrenagem. Determine a resultantedas duas
forças e expresse o resultado como um vector
cartesiano.
Figura P2.44/45
Figura P2.48
Problema 2.46
O olhal da figura está sujeito às duas Probleama P2.49
forças mostradas. Expresse cada uma das A força F tem um módulo de 80 N e
forças na forma de um vector cartesiano e, em actua no octante mostrado. Determine os
seguida, determine a força resultante. Encontre mósulos das componentes de F nas direcções
o módulo e os ângulos directores coordenados x, y e z.
desta força resultante.
Problema 2.47
Determine os ângulos directores
coordenados da força F 1 .
Figura P2.49
Problema 2.50
Determine o mósulo e os ângulos
directores coordenados de F 3 de modo que a
resultante das três forças actue ao longo do
Figura P2.46/47 eixo y positivo e tenha um módulo de 600 N.
Figura P2.52
Problema 2.53
Determine o módulo e os ângulos
directores coordenados de F 2 de modo que a
resultante das duas forças actue ao longo do Figura P2.55
eixo x positivo e tenha um módulo de 500 N. Problema 2.56
O pino da figura está sujeito às três forças
Problema 2.54
mostradas. Determine os ângulos directores
Determine o módulo e os ângulos
coordenados 𝛼1 , 𝛽1 e γ1 de F 1 de modo que a
directores coordenados de F 2 de modo que a
força resultante actuante sobre o pino seja
resultante das duas forças seja nula.
𝐅𝑅 = {350 𝐢} 𝐍.
Problema 2.57
Figura P2.56/57
Figura P2.58
Problema 2.59
Especifique o módulo o os ângulos directores coordenados 𝛼1 , 𝛽1 e γ1 de F 1 de modo que a
resultante das têns forças actuantes no suporte da figura seja 𝐅𝑅 = {−350 𝐤} N. Note que F 3 apóia-se
no plano x-y.
Figura P2.59
Coordenadas x, y e z.
O sistema de coordenadas x, y e z será usado para referencia a localização de pontos no espaço.
Neste manual será adoptada a convenção seguida por vários livros técnicos de representar o sentido
positivo do eixo z de referência para cima, sendo esta portanto a direcção para altitude de um ponto.
Com esta convenção os eixos x e y estarão num plano horizontal, figura 2.28. Os pontos no espaço
serão localizados em relação à origem de coordemadas, o ponto O, através de medidas sucessivas ao
longo dos eixos x, y e z. Por exemplo na figura 2.28, as coordenadas do ponto A são obtidas a partir de
O, medindo , 𝑥𝐴 = +4 m ao longo do eixo x, 𝑦𝐴 = +2 m ao longo do eixo y, e 𝑧𝐴 = −6 m ao longo
do eixo z. Assim o ponto A fica definido por A(4; 2; -6). O mesmo acontece para o ponto B, isto é, as
medidas ao longo dos eixos x, y e z de O até B, fornecem as coordenadas do ponto B(0; 2; 0), e as
medidas ao longo dos eixos x, y e z de O para C, fornecen as coordenadas do ponto C(6; -1; 4).
Figura 2.28
Vector posição
O vector posição r (𝑟⃗) é definido como um vector fixo que localiza um ponto no espaço em
relação a um outro ponto. Isto que dizer que podemos localizar, por exemplo, o ponto C em relação a
um outro ponto qualquer , podendo este outro ponto ser O, A ou B, assim como podemos localizar o
ponto A em relação a orígem O, note que a orígem também é um ponto de coordenadas O(0; 0; 0).
Por exemplo, se r tem a sua orígem na origem das coordenadas, O, e extremidade no ponto P(x;
y; z), figura 2.29a, então o vector r pode ser expresso na forma de um vector cartesiano como
𝐫 = 𝑥𝐢 + 𝑦𝐣 + 𝑧𝐤
Na figura 2.29b, podemos observar como é que da soma dos vectores que representam as
componentes resulta o vector r. A partir de origem O, “caminhamos” a diatância x no sentido +i, em
seguida y no sentido +j e finalmente z no sentido +k, chegando assim ao ponto P(x, y, z).
No caso mais geral, o vector pode ser direccionado do ponto A para o ponto B no espaço, figura
2.30. Este vector trambém será designado pelo símbolo r. Por uma questão de convenção, entretanto,
em algumas situações será conveniente nos referirmos a este vector usando dois subscritos para
indicar seua pontos de orígem e extremidade. Assim r poderá ser designado como r AB . Observe
também que r A e r B , na Fig. 2.30, são referenciados com apenas um subscrito, pois têm orígem na
Pela figura 2.30, podemos observar que a soma dessas três componentes fornece o vector r AB ,
isto é, “caminhando” se A até B, percorremos inicialmente uma distância (𝑥B − 𝑥A ) no sentido +i, em
seguida (𝑦B − 𝑦A ) no sentido +j e, finalmente, (𝑧B − 𝑧A ) no sentido +k.
Figura 2.30
Figura 2.31
Pontos importantes
• Um vector posição localiza um ponto no espaço em relação a um outro ponto;
• O procedimento mais simples para determinarmos as componentes de um vector posição é
determinarmos a distância que um ponto deve “percorrer” nas direcções x, y e z,
“caminhando” da origem até a extremidade do vector;
• Uma força F actuante na direcção e sentido de um vector posição r pode ser representada na
forma cartesiana se o vector unitário u referido ao vector posição for determinado e este
multiplicado pelo módulo da força, isto é, 𝐅 = 𝐹 ∗ 𝐮 = 𝐹 ∗ (𝐫⁄𝑟).
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Exemplo 2.13
Uma fita elástica é fixada aos pontos A e B conforme mostrado na Fig. E2.13a. Determine o seu
comprimento e o seu sentido medidos de A para B.
Solução
Estas componentes de r AB podem ser também ser determinadas directamente por observação da
Fig. E2.13b, pois elas representam a direcção, o sentido e a distência a ser “percorrida” na direcção de
cada eixo para, a partir de A, chegarmos em B, isto é, ao longo do eixo x {-3i} m, ao longo do eixo y
{2j} m e finalmente ao longo do eixo z {6k} m.
O módulo de r AB representa o comprimento da fita elática.
1
Refere-se a origem do vector posição, uma vez que este parte de A e “vai” até B.
2
Refere-se a extremidade do vector posição.
𝐫𝐴𝐵 −3 2 6
𝐮𝐴𝐵 = = 𝐢+ 𝐣+ 𝐤
𝑟𝐴𝐵 7 7 7
A partir das componentes dete vector unitário obtemos os ângulos directores coordenados.
−3
𝛼 = cos−1 � � = 155°
7
2
𝛽 = cos−1 � � = 73,4°
7
6
𝛾 = cos−1 � � = 31,0°
7
Estes ângulos são medidos a partir dos eixos positivos do sistema de coordenadas colocado na
origem de r AB , ponto A, conforme mostrado na Fig. E2.13c.
Exemplo 2.14
O homem mostrado na figura E2.14a puxa uma corda com uma força de 70 N. Represente esta
força, actuante no suporte A, como um vector cartesiano e determine sua direcção.
Solução
Este resultado pode também ser determinado dorectamente pela observação da Fig. E2.14a, onde
“caminharíamos” a partir de A, seguindo a trajectória dos vectores {- 24k} m, sem seguida {- 8j} m e
finalmente {12i}, chegando por fim em B.
O módulo de r AB , que representa o comprimento da corda AB, é
Solução
Conforme mostrado na figura E2.15b, F tem a mesma direcção e sentido do vector posição r AB .
As coordenadas dos pontos das extremidades do cabo são A(0; 0; 2 m) e B(1,707 m; 0,707 m; 0),
conforme indicado na figura. Assim,
Observe como podiamos calcular directamente estas componentes partindo do ponto A, {- 2k}
ao longo do eixo z, em seguida {1,707i} ao longo do eixo x e, finalmente, {0,707j} ao longo do eixo
y, chegando ao ponto B.
O módulo de r AB é
𝑟𝐴𝐵 = �(1,707)2 + (0,707)2 + (−2)2 = 2,723 m
assim,
𝐫𝐴𝐵 1,707 0,707 2
𝐮𝐴𝐵 = = 𝐢+ 𝐣− 𝐤
𝑟𝐴𝐵 2,723 2,723 2,723
= 0,6269𝐢 + 0,2597𝐣 − 0,7345𝐤
Utilizando estas componentes podemos verificar que realmente o módulo de F é 500 N, isto é,
Solução
A força resultante é mostrada graficamente na figura E2.16b. Podemos expressar esta força como
um vector cartesiano definindo inicialmente F AB e F AC como vectores cartesianos e, em seguida,
somando suas componentes correspondentes. As direcções de F AB e F AC são especificadas a partir dos
vectores unitários u AB e u AC direccionados ao longo dos cabos. Estes vectores unitários são obtidos
pelos vectores posição r AB e r AC . Em relação à figura E2.16b, temos, para F AB
Problema 2.61
Represente o vector posição agindo do
ponto A(3 m; 5 m; 6 m) para o ponto B(5 m; -
2 m; 1 m) como um vector cartesiano.
Determine seus ângulos directores e encontre a
distância entre os pontos A e B.
Problema 2.62
Um vector posição de estende da origem
do sistema de coordenadas até ao ponto (2 m; Figura P2.64
3 m; 6 m). Determine os ângulos 𝛼, 𝛽 𝑒 𝛾 que
Problema 2.65
a linha de acção do vector faz com os eixos x,
Determine a distância entre as
y e z, respectivamente.
extremidades A e B de um cabo, calculando
Problema 2.63 inicialmente um vector posição de A até B e
Expresse o vector posição r na forma de em seguida avaliando o seu módulo.
um vector cartesiano e em seguida determine
seu módulo e seus ângulos directores
coordenados (figuras P2.63; P2.63b
Figura P2.65
Figura P2.63b
Figura P2.66
Problema 2.67
Determine os comprimentos das cordas
Figura P2.69a
ACB e CO. O nó em C está localizado no
ponto médio entre A e B.
Figura P2.69b
Problema 2.70
Figura P2.67 Expresse cada uma das forças na forma
de vectores cartesianos e determine o módulo
Problema 2.68 e os ângulos directores coordenados da força
Determine o módulo e os ângulos resultante.
directores coordenados da força resultante.
Figura P2.73
Figura P2.74
Problema 2.75
Figura P2.72
A força actuante sobre o homem pelo
Problema 2.73 efeito da ancoragem do seu barco através de
O motor de um aeroplano é supotado por uma corda é 𝐅 = {40𝐢 + 20𝐣 − 50𝐤} N. Se o
barras conectadas a uma estrutura especial que comprimento da corda é de 25 m, determine as
compõe a estrutura do aeroplano. As cargas
Figura P2.77
Problema 2.78
Figura P2.75 O cabo OA exerce uma força no ponto O
Probelma 2.76 expressa por 𝐅 = {40𝐢 + 60𝐣 + 70𝐤} N. Se o
O cabo AO exerce uma força sobre o comprimento do cabo é de 3 m, quais as
topo do poste expressa por 𝐅 = {−120𝐢 − coordenadas (x, y, z) do ponto A?
90𝐣−80𝐤 N. Se o cabo tem um comprimento
de 34 m, determine a altura z do poste e a
localização (x, y) da sua base.
Figura P2.78
Problema 2.79
Determine a posição (x, y, 0) para o cabo
fixo AB da modo a que a resultante das forças
Figura P2.76 exercidas sobre o poste seja direccionada ao
Problema 2.77 longo do seu eixo, de B para O e tenha um
A torre de uma antena é suportada por módulo de 1kN. Qual é o módulo da força F 3 ?
três cabos. Se as forças nessas cabos são F B =
520 N, F C = 680 N, F D = 560 N,determine o
módulo e a direcção da força resultante
ectuante am A.
Figura P2.79
Problema 2.80
O mastro da figura é mantido em seu
lugar por meio de três cabos. Se as forças em
cada cabo têm os valores indicados na figura,
determine a posição (x, 0, z) para a fixação do
cabo DA, de modo que a força resultante sobre
o mastro seja direccionada ao longo do seu
eixo de D para O. Figura P2.82
Figura P2.84
Problema 2.85
O lustre da figura é suportado por três correntes concorrentes no ponto O. Se a força resultante
em O tem um módulo de 130 N e é direccionada ao longo do eixo z negativo, determine a força em
cada corrente admitindo 𝐹𝐴 = 𝐹𝐵 = 𝐹𝐶 .
onde 0° ≤ 𝜃 ≤ 180°. O produto escalar é assim designado em virtude do seu resultado ser um
escalar, e não um vector.
Propriedades da Operação
1. Lei comutativa : 𝐀 ∙ 𝐁 = 𝐁 ∙ 𝐀
2. Multiplicação por escalar: 𝑎(𝐀 ∙ 𝐁) = (𝐀𝑎) ∙ 𝐁 = 𝐀 ∙ (𝑎𝐁) = (𝐀 ∙ 𝐁)𝑎
3. Lei distributiva: 𝐀 ∙ (𝐁 + 𝐃) = (𝐀 ∙ 𝐁) + (𝐀 ∙ 𝐃)
É facil provar a primeira e a segunda propriedades pela utilização da Eq. (2-6). A prova da lei
distributiva é deixada como exercício (problema 2.86).
𝐀 ∙ 𝐁 = �𝐴𝑥 𝐢 + 𝐴𝑦 𝐣 + 𝐴𝑧 𝐤� ∙ �𝐵𝑥 𝐢 + 𝐵𝑦 𝐣 + 𝐵𝑧 𝐤�
= 𝐴𝑥 𝐵𝑥 (𝐢 ∙ 𝐢) + 𝐴𝑥 𝐵𝑦 (𝐢 ∙ 𝐣) + 𝐴𝑥 𝐵𝑧 (𝐢 ∙ 𝐤)
+𝐴𝑦 𝐵𝑥 (𝐣 ∙ 𝐢) + 𝐴𝑦 𝐵𝑦 (𝐣 ∙ 𝐣) + 𝐴𝑦 𝐵𝑧 (𝐣 ∙ 𝐤)
+𝐴𝑧 𝐵𝑥 (𝐤 ∙ 𝐢) + 𝐴𝑧 𝐵𝑦 (𝐤 ∙ 𝐣) + 𝐴𝑧 𝐵𝑧 (𝐤 ∙ 𝐤)
(2-7) 𝐀 ∙ 𝐁 = 𝐴𝑥 𝐵𝑥 + 𝐴𝑦 𝐵𝑦 + 𝐴𝑧 𝐵𝑧
Assim, para determinarmos o produto escalar de dois vectores cartesianos, basta multiplicarmos
as correspondentes componentes x, y e z e somamos algebricamente os resultados desta multiplicação.
Uma vez que o resultado é um escalar, devemos ter o cuidado de não incluir qualquer vector unitário
no resultado, isto é, escrevermos, por exemplo, para além do resultado da soma, o vector i, j ou k.
Aplicações
O produto escalar tem duas importantes aplicações na mecânica.
1. O ângulo formado entre dois vectores ou linhas que se interceptam. O ângulo 𝜃 entre
dois as direcções dos vectores A e B na Fig. 2.32 pode ser determinado a partir da Eq.
(2-6) e escrito como
𝐀∙𝐁
𝜃 = cos−1 � � 0° ≤ 𝜃 ≤ 180°
𝐴𝐵
Nesta expressão 𝐀 ∙ 𝐁 é calculado pela Eq. (2-7). Observe que se 𝐀 ∙ 𝐁 = 0, θ = cos−1 0 = 90°,
e portanto A será perpendicular a B.
𝐴|| = 𝐴 cos 𝜃 = 𝐀 ∙ 𝐮
Pontos importantes
• O produto escalar é usado para determinar o ângulo entre dois vectores ou a projecção de um
vector em uma direcção específica.
• Se os vectores A e B são expressos na forma cartesiana, o produto escalar é determinado pela
multiplicação das respectivas componentes x, y e z, e adicionando-se algebricamente estes
resultados, isto é, 𝐀 ∙ 𝐁 = 𝐴𝑥 𝐵𝑥 + 𝐴𝑦 𝐵𝑦 + 𝐴𝑧 𝐵𝑧 .
• Pela definição do produto escalar, o ângulo formado entre as linhas de acção dos vectores A e
B é 𝜃 = cos −1 (𝐀 ∙ 𝐁⁄𝐴𝐵).
• O módulo da projecção do vector A ao longo de uma linha cuja direcção é especificada por u,
é determinado pelo produto escalar 𝐴|| = 𝐀 ∙ 𝐮.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Exercício 2.17
A estrutura mostrada na figura E2.17a está submetida a uma força horizontal 𝐅 = {300 𝐣} N.
Determine o módulo das componentes desta força paralela e perpendicular à barra AB.
Solução
𝐫𝐴𝐵 2𝐢 + 6𝐣 + 3𝐤
𝐮𝐴𝐵 = = = 0,286𝐢 + 0,857𝐣 + 0,429𝐤
𝑟𝐴𝐵 �(2)2 + (6)2 + (3)2
então
Uma vez que o resultado é um escalar positivo, F AB tem o mesmo sentido do vector unitário u AB ,
Fig. E2.17b.
Expressando F AB na foma de um vector cartesiano, temos
𝐅𝐴𝐵 = 𝐹𝐴𝐵 𝐮𝐴𝐵 = (257,1 N)(0,286𝐢 + 0,857𝐣 + 0,429𝐤)
= {73,5𝐢 + 220𝐣 + 110𝐤} N
Seu módulo pode ser detrminado tanto pelas componentes deste vector como pelo teorema de
Pitágoras, Fig. E2.17b:
2
𝐹T = �𝐹 2 + 𝐹𝐴𝐵
= �(300)2 − (257,1)2
= 155 N
Exercício 2.18
Solução
Assim,
𝐫𝐵𝐴 ∙ 𝐫𝐵𝐶 (−2)(0) + (−2)(−3) + (1)(1)
cos 𝜃 = =
𝑟𝐵𝐴 𝑟𝐵𝐶 3√10
= 0,7379
𝜃 = 42,5°
Assim,
2 2 1
𝐹𝐵𝐴 = 𝐅 ∙ 𝐮𝐵𝐴 = (−75,89𝐣 + 25,30𝐤) ∙ �− 𝐢 − 𝐣 + 𝐤�
3 3 3
= 0 + 50,60 + 8,43
= 59,0 N
Uma vez que 𝜃 já foi calculado na Fig. E2.18b este mesmo resultado pode ser obtido
directamente por trigonometria,
𝐹T = 𝐹 sin 𝜃
= 80 sin 45,5°
= 54,0 N
2
𝐹T = �𝐹 2 − 𝐹𝐵𝐴 = �(80)2 − (59,0)2
= 54,0 N
Figura E2.18b
Problema 2.87
O cabo BC da figura exerce uma força F
= 28 N sobre o topo do mastro. Determine a
projecção desta força ao longo do eixo z do
mastro.
Figura P2.90
Problema 2.91
Determine o ângulo 𝜃 entre os lados da
placa triangular da figura.
Problema 2.92
Determine o comprimento do lado BC da
placa triangular da figura. Resolva o problema
Figura P2.87 calculando o módulo de r BC ; em seguida
verifique o resultado calculando 𝜃, r AB , r AC e,
Problema 2.88
com a utilização da lei dos cossenos,
Determine o ângulo 𝜃 entre os dois cabos
determine o comprimento desejado.
da figura.
Problema 2.89
Determine a componente da força F = 12
N actuante na direcção do cabo AC. Expresse
o sesultado como um vector cartesiano.
Figura P2.91/92
Problema 2.93
Duas forças actuam sobre um gancho
com mostrado na figura. Determine o ângulo 𝜃
Figura P2.88/89
Problema 2.94
Duas forças actuam sobre um gancho
conforme mostrado na figura. Determine a
projecção de F 2 ao longo de F 1 .
Figura P2.96
Problema 2.97
Determine o módulo da componente
projectada da força F ao longo do poste
mostrado na figura.
Figura P2.93/94
Problema 2.95
Determine o módulo de componente
projectada do comprimento da corda OA ao
longo do eixo Oa.
Figura P2.97
Problema 2.98
Determine o ângulo 𝜃 entre os dois cabos
mostrados na figura.
Problema 2.99
Determine a projecção da força F 1 ao
Figura P2.95
longo de cabo AB. Determine a projecção da
Problema 2.96 força F 2 ao longo do cabo AC.
Determine a projecção da força F ao
longo do poste mostrado na figura.
Figura P2.108
Problema 2.109
Se a força F = 100 N está apoiada no
Figura P2.106
plano DBEC, que é paralelo ao plano x-z e faz
um ângulo de 10° com a linha DB conforme
Problema 2.107 mostrado, determine o ângulo que F faz com a
Uma força F = 80 N é aplicada ao braço diagonal AB do engradado.
de alavanca de uma chave. Determine os
módulos das componentes desta força
actuantes ao longo do eixo AB do braço de
alavanca da chave e perpendiculares a ele.
FiguraP2.109