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1 – Nem sempre a Ética foi objeto de estudo da filosofia, tendo em vista que para os

filósofos pré-socráticos objeto da filosofia seria encontrar respostas racionais fora das
explicações míticas que até então predominavam. Foi a chamada passagem do mythos
para o logos. Sendo assim, diga qual a importância de Sócrates para o estudo da ética,
mencionando a crítica aos sofistas. Mencione também a distinção entre o entendimento
de Sócrates/Platão sobre o ensino da ética com o entendimento de Aristóteles. (4 pontos)
R: A importância de Sócrates será enorme, pois foi a partir dele que tanto a ética quanto
a política passaram a ser objeto de investigação da filosofia. Sócrates passou sua vida
demonstrando a importância da ética, da vida ética. Ele acreditava que não se poderia
ensinar nada a ninguém e que a função do filósofo seria simplesmente a de mostrar o
caminho, ou seja, o filósofo mostra o caminho que o seu discípulo ou qualquer
interlocutor deverá galgar para encontrar as verdades, as virtudes, dentre elas a ética. Era
uma crítica aos chamados sofistas, pois estes se intitulavam professores pois ensinavam
especialmente retórica e oratória. A crítica socrática aos sofistas consentia no fato de que
os sofistas não estariam preocupados com a verdade, mas simplesmente com a arte da
oratória e retórica, e Sócrates preocupado em mostrar como se deveria buscar sempre a
verdade, inclusive as verdades no campo da ética. Sócrates e Platão irão discordar de
Aristóteles no que diz respeito ao ensino da ética. Para Sócrates e Platão, o filósofo não
era um professor pois anda ensinava, mas simplesmente mostrava o caminho a ser
percorrido pelas pessoas para encontrar as verdades, pois o conhecimento já teria sido
adquirido em outra oportunidade anterior a vida corpórea (teoria da reminiscência). Já
Aristóteles defende que as virtudes, inclusive a ética, não só poderia como deveria ser
ensinada pelos filósofos. Seria essa aliás uma das funções dos filósofos, o de ensinar a
vida ética, a boa vida. A partir desses ensinamentos é que os indivíduos deveriam, através
do hábito, praticar a virtude da ética, portanto, após aprender a vida ética, está deveria ser
seguida pelo hábito, para que ao final da vida pudesse aferir se o indivíduo teve ou não
uma vida ética na maioria das suas ações, e por conseguinte poder-se-ia dizer se ele teve
uma eudaimonia, ou seja, uma boa vida.

2 – Em seu livro Justiça - o que é fazer a coisa certa, Michael Sandel vai afirmar que
“se você acredita em direitos humanos universais, provavelmente não é um utilitarista.
Se todos os seres humanos são merecedores de respeito, não importa quem sejam, ou
onde vivam, então é errado tratá-los como mero instrumentos da felicidade coletiva.” A
partir desse pensamento de Sandel, diga qual teoria ética ele está se referindo
conceituando-a e apresentando a diferença para com o a teoria utilitarista mencionada e a
teoria do egoísmo ético. (3 pontos)
R: A teoria mencionada por Sandel é a teoria kantiana que acredita que o ser humano é
um fim em si mesmo, que é dotado de dignidade, e que por isso não pode ser
“coisificado”, ou seja, não pode servir como meio para alcançar outros fins. Já a teoria
utilitarista acredita que devemos buscar levar a felicidade para um maior número de
pessoas possíveis, e sendo assim, não teríamos o compromisso de levar a felicidade para
todos. Em razão disso, podemos entender que não haveria problema em sacrificar uma
minoria em prol da felicidade de uma maioria, justamente pela impossibilidade de se levar
felicidade para todos. Por fim, a teoria do egoísmo ético afirma que devemos primeiro
nos preocupar com a nossa felicidade e só depois com o bem estar e felicidade dos outros.
Essa teoria não impede que nos preocupemos ou que pratiquemos atos para auxiliar outras
pessoas, mas sim que primeiro devemos nos preocupar com nós mesmos, e que todas as
pessoas deveriam se preocupar sempre primeiro com suas respectivas felicidades e só
depois com a felicidade dos demais.

2 – Uma juíza foi parada em uma blitz da Operação Lei Seca. Estava visivelmente
embriagada, e ao ser requerido que a mesma realizasse o teste do “bafômetro”, afirmou
ser ela juíza e que não precisaria passar pelo referido teste, e quando questionada de que
a CRFB/88 trata a todos de forma isonômica, afirmou que a constituição era um simples
papel vagabundo que não servia para nada no “mundo real”. Por fim, avistou um policial
que participava da Operação Lei Seca e que tinha um processo pendente de julgamento
na Vara titularizada pela magistrada. Ao avistá-lo afirmou que se ele não conseguisse
liberá-la imediatamente iria contar o motivo pelo qual a esposa do referido policial estava
requerendo o divórcio. Mencione e explique os dispositivos do código de ética da
magistratura e/ou da LOMAN que a magistrada em comento teria infringido. (3 pontos)
R: Primeiramente, ao estar embriagada e pega na blitz da Operação Lei Seca, magistrada
violou os artigos 15 e 16do Código de Ética da Magistratura que determina que o
magistrado deverá primar pela integridade de conduta fora do âmbito estrito da atividade
jurisdicional e comportar-se na vida privada de modo a dignificar a função, cônscio de
que o exercício da atividade jurisdicional impõe restrições e exigências pessoais distintas
das acometidas aos cidadãos em geral. Ao afirmar que não iria fazer o texto de
embriaguez por ser ela juíza e que a CRFB/88 seria um simples papel vagabundo, violou
o artigo 2º do Código de Ética da Magistratura que determina que aos magistrados impõe-
se primar pelo respeito à Constituição da República e às leis do País, buscando o
fortalecimento das instituições e a plena realização dos valores democráticos. Por fim, ao
ameaçar divulgar informações sobre um processo pendente de julgamento em sua Vara,
violou o artigo 27 do Código de Ética da Magistratura que determina o sigilo e absoluta
reserva, na vida pública e privada, sobre dados ou fatos pessoais de que haja tomado
conhecimento no exercício de sua atividade.

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