As boas perspectivas do mercado imobiliário baiano estão tornando o
investimento em imóveis cada vez mais atrativo. A queda no rendimento das aplicações financeiras, a maior oferta de crédito imobiliário e a entrada no mercado baiano de grandes incorporadoras paulistas são os fatores que apontam para o avanço dos investimentos no setor. A tendência para as aplicações em poupança e renda fixa é de queda na rentabilidade, pois a taxa de juros (Selic) deve continuar caindo e o mercado de ações, embora aquecido, continua sendo uma aplicação de risco. Além disso, os preços da maioria dos papéis negociados estão supervalorizados. Quando se calcula, por exemplo, a relação preço-lucro da ação, o chamado P/L, é possível verificar que a Bovespa apresenta um índice de 14,5, quando a média no Brasil varia em torno de 10, o que significa que, em média, é pequeno o espaço para crescer.
Num quadro como esse, o investimento no mercado imobiliário surge
como uma excelente opção, até porque o preço dos imóveis está baixo, os juros estão caindo e as facilidades de financiamento aumentaram. No primeiro trimestre 2007, por exemplo, as vendas de unidades habitacionais cresceram 32% e o número de novos lançamentos imobiliários foi 10% maior que em 2006, o que demonstra que os investidores voltaram ao mercado de imóveis. A maior oferta de crédito imobiliário vem estimulando fortemente as vendas no setor. Os financiamentos imobiliários contratados neste primeiro semestre de 2007 pelos agentes que integram o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram a marca de R$ 6,94 bilhões. Isso representa um incremento de 67,4% no volume de operações com relação ao mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, o volume de negócios foi de R$ 12,1 bilhões. A expectativa para 2007 é de crescimento de 15% no setor da construção civil na Bahia.
Na verdade, os dados indicam que a Bahia é o grande destaque da
Construção Civil no Brasil. A Pesquisa Anual da Indústria da Construção em 2006, realizada pelo IBGE, informa que em 1996 a Bahia participava com 3,8% do pessoal ocupado nacionalmente no setor e que ampliou sua participação para 7,3% em 2005. Já em relação ao número de construções executadas, a participação da Bahia, que era de 4,2%, em 1996, elevou-se para 6,8%, em 2005. No mesmo período, a região Sudeste reduziu sua participação de 65,7%, no total de construções realizadas no país, para 55,2% e sua participação no pessoal ocupado na construção nacional caiu de 62,3% para 53,6%. Esses números refletem o dinamismo do setor e a chegada de grandes incorporadoras, como Gafisa, Cyrela, Rossi e Gulf e outras, que, associadas a empresas baianas, passaram a atuar no mercado abrindo novas oportunidades de negócios e projetando uma rentabilidade futura que deve superar os investimentos em papéis.
Para o investidor que procura rentabilidade e segurança o mercado de
imóveis surge assim como o mais indicado e torna-se importante que as decisões de investir sejam tomadas agora, quando os preços dos imóveis estão com potencial de crescimento, para que os índices de retorno do investimento sejam maiores. O pequeno e médio investidor baiano vem aproveitando as facilidades de crédito e, no ano passado, cerca de 65% das vendas do setor foram de imóveis na faixa de R$ 75 mil a R$ 250 mil, que oferecem rentabilidade e maior liquidez, no entanto todos empreendimentos em todas as faixas de renda apresentaram crescimento.
Para fechar o quadro positivo, destaque-se ainda o crescimento do
mercado turístico residencial que vem crescendo de forma expressiva, especialmente com o aumento da demanda por parte de empresários europeus, especialmente portugueses e espanhóis. As pesquisas indicam que a saturação do mercado imobiliário europeu e a propensão de portugueses e espanhóis de terem uma segunda casa fora dos seus países vêm aquecendo o mercado baiano. O preço médio do metro quadrado na Espanha atinge 3000 euros e chega a 15000 ou mais nos balneários luxuosos, enquanto nas praias mais promissoras da Bahia o preço médio do metro quadrado é inferior a 1500 euros.
Todos esses fatores desenham um quadro de crescimento expressivo da
rentabilidade no setor de imóveis, abrindo perspectivas rentáveis para o investidor que optar pelo mercado imobiliário baiano.