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Kultur Dokumente
volume IV
Universidade de Uberaba
Reitor:
Marcelo Palmério
Assessoria Técnica:
Ymiracy N. Sousa Polak
Editoração:
Supervisão de Editoração
Equipe de Diagramação e Arte
Capa:
Toninho Cartoon
Edição:
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Apresentação........................................................................................IX
Capítulo 1 Tributação da pessoa física.................................................. 1
1.1 Imposto sobre a renda das pessoas físicas..............................................................3
1.1.1 Rendimentos sujeitos a retenção na fonte – Mensalmente............................5
1.2 Deduções...................................................................................................................8
1.2.1 Dependentes....................................................................................................8
1.2.2 Pensão alimentícia.........................................................................................10
1.2.3 Contribuição previdenciária...........................................................................10
1.2.4 Proventos de aposentadoria e pensões para os maiores de 65 anos..........10
1.3 Forma de cálculo.....................................................................................................11
1.4 Carnê-Leão..............................................................................................................11
1.5 Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda (DIRPF)..................................17
1.5.1 Rendimentos Tributáveis na Declaração de Ajuste Anual.............................19
1.5.2 Rendimentos Isentos ou Não tributáveis na Declaração de Ajuste Anual....20
1.5.3 Deduções legais.............................................................................................21
1.5.4 Apuração da base de cálculo do imposto anual............................................23
1.5.5 Declaração de bens, direitos e dívidas e ônus reais.....................................25
1.5.6 Conhecendo o Programa Gerador de Dados (PGD)....................................26
1.6 Conclusão................................................................................................................30
Este livro foi escrito com o intuito de trazer para a sala de aula alguns
temas muito comuns na vida profissional de um contador. Pensando
nisso, este livro foi dividido em cinco (5) capítulos, de tal forma que seja
abordado um capítulo por mês.
Eis, portanto, esse livro, escrito com o cuidado que todo o curso e o tema
nos merecem.
Aproveitem-no!
Bons estudos!!!
Introdução
Caros(as) alunos(as),
Objetivos
Após concluir o estudo deste capítulo, você estará apto(a) a:
Esquema
Recolhimentos
Mensais
IRPF
Declaração de
Ajuste Anual
UNIUBE 3
SAIBA MAIS
Até 1.637,11 – –
a) ajuda de custo;
b) alienação de pequeno valor;
c) alienação do único imóvel;
8 UNIUBE
1.2 Deduções
a) dependentes;
b) pensões alimentícias;
c) contribuições previdenciárias;
d) proventos de aposentadoria para os maiores de 65 anos.
1.2.1 Dependentes
SAIBA MAIS
EXEMPLIFICANDO!
1.4 Carnê-Leão
• dependentes;
• pensão alimentícia paga em cumprimento de decisão judicial ou
acordo homologado judicialmente;
• contribuição previdenciária oficial;
• livro-caixa - as despesas escrituradas podem ser deduzidas somente
pelo trabalhador autônomo, leiloeiro e titular de serviços notariais e
de registro.
UNIUBE 13
SAIBA MAIS
IMPORTANTE!
SAIBA MAIS
– ajuda de custo;
– alienação de bens de pequeno valor, ou seja, igual ou inferior a R$
20.000,00;
– alienação do único imóvel, cujo valor de alienação não exceda a R$
440.000,00 e não tenha realizada outra alienação nos últimos cinco anos;
– alimentação, transporte e uniformes, fornecidos gratuitamente pelo
empregador;
– benefícios percebidos por deficientes mentais, como pensão, pecúlio,
montepio e auxílio, quando decorrentes de prestações do regime de
previdência social ou de entidades de previdência privada;
– bolsas de estudo e de pesquisa, desde que recebidas exclusivamente
para estudos ou pesquisas e que os resultados dessas atividades não
representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação
de serviços;
– rendimentos de cadernetas de poupança;
– doações e heranças;
– indenizações decorrentes de acidente ou acidente de trabalho;
– indenização por rescisão de contrato de trabalho e FGTS;
– lucros e dividendos pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas
tributadas com base no lucro real, presumido, arbitrado ou Simples,
a pessoas físicas residentes ou domiciliadas no país salvo os que
corresponderem a pro labore, aluguéis ou serviços prestados;
– proventos e pensões de maiores de 65 Anos; salário-família, seguro-
desemprego e outros auxílios.
UNIUBE 21
SAIBA MAIS
Parcela a deduzir
Base de Cálculo em R$ Alíquota %
do imposto em R$
Até 18.799,32 – –
de 18.799,33 até 28.174,20 7,50% 1.409,95
de 28.174,21 até 37.566,12 15,00% 3.523,01
de 37.566,13 até 46.939,56 22,50% 6.340,47
Acima de 46.939,56 27,5% 8.687,45
SAIBA MAIS
Figura 7: Tela inicial do PGD Imposto de Renda das Pessoas Físicas 2012.
Fonte: Brasil (2012).
EXEMPLIFICANDO!
SAIBA MAIS
1.6 Conclusão
Resumo
• as contribuições previdenciárias;
• os dependentes;
• as pensões alimentícias;
• os proventos de aposentadoria para os maiores de 65 anos, nos
limites fixados na legislação;
• livro-caixa;
• despesas médicas;
• despesas com educação.
Referências
Introdução
Caros(as) alunos(as).
Objetivos
Após a realização do estudo deste capítulo, você estará apto a:
Esquema
Retenções na fonte
Alíquota DARF
Espécie de serviço prestado por pessoa jurídica
IRPJ Código
Limpeza 1,0%
Conservação de bens imóveis, exceto reformas e obras
1,0%
assemelhadas
Segurança, inclusive o transporte de valores 1,0%
Vigilância (inclusive escolta) 1,0%
• propaganda e publicidade;
• comissões e corretagens;
• cooperativas de trabalho e associações profissionais ou asseme-
lhadas;
• factoring.
SAIBA MAIS
Por exemplo:
Uma clínica de patologia presta serviços para um hospital. Se qualquer
um dos sócios da clínica for diretor, gerente ou controlador do hospital, a
retenção do imposto será feita mediante a aplicação da tabela progressiva
e não pela alíquota de 1,5%.
EXEMPLIFICANDO!
SAIBA MAIS
PESQUISANDO NA WEB
SAIBA MAIS
EXEMPLIFICANDO!
EXEMPLIFICANDO!
EXEMPLIFICANDO!
Valor da retenção:
R$ 1.000,00 x 11% = R$ 110,00
SAIBA MAIS
Lista dos Serviços, de acordo com o artigo nº 647 do RIR/99 (BRASIL, 1999):
• contabilidade;
• desenho técnico;
• economia;
• elaboração de projetos;
• engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios, e obras
assemelhadas);
• ensino e treinamento;
• estatística;
• fisioterapia;
• fonoaudiologia;
• geologia;
• leilão;
• medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de
saúde, casa de recuperação ou repouso sob orientação médica, hospital
e pronto-socorro);
• nutricionismo e dietética;
• odontologia;
• organização de feiras de amostras, congressos, seminários, simpósios
e congêneres;
• pesquisa em geral;
• planejamento;
• programação;
• prótese;
• psicologia e psicanálise;
• química;
• radiologia e radioterapia;
• relações públicas;
• serviço de despachante;
• terapêutica ocupacional;
• tradução ou interpretação comercial;
• urbanismo;
• veterinária.
56 UNIUBE
IMPORTANTE!
IMPORTANTE!
Suponha-se:
Veja que temos de reter R$ 237,15, mas temos que pagar apenas R$
200,00. Assim, de acordo com a Instrução Normativa nº 459/2004 (BRASIL,
2004), retém-se apenas R$ 200,00, ou seja, o total que deveria ser pago.
EXEMPLIFICANDO!
EXEMPLIFICANDO!
2.5 Conclusão
Resumo
Referências
OLIVEIRA, Luís Martins et. al.. Manual de Contabilidade Tributária. 10. ed.
São Paulo: Atlas, 2011.
PINTO, João Roberto Domingues. Imposto de Renda. 19. ed. Porto Alegre:
CRCRS, 2011.
Capítulo
Escrituração contábil
e encerramento do
3
balanço patrimonial
Introdução
Prezados(as) alunos(as).
Objetivos
Após o estudo deste capítulo você estará apto(a) a:
Esquema
a) data da operação;
b) título da conta de débito e da conta de crédito;
c) valor do débito e do crédito;
d) histórico da operação.
SAIBA MAIS
– Diário Geral;
– Diário com escrituração resumida;
– Diário Auxiliar;
– Livro de balancetes diários e balanços.
SAIBA MAIS
Após 2007, com a instituição do SPED, surgiu também como parte integrante
do sistema, a EFD, com o objetivo de promover a integração dos fiscos
federal, estadual e distrital, e futuramente municipal e dos órgãos de
controle mediante a padronização, racionalização e compartilhamento das
informações fiscais e substituição do meio físico – papel – por documento
eletrônico com validade jurídica para todos os fins.
SAIBA MAIS
IMPORTANTE!
Com o pronunciamento CPC 38, as perdas esperadas não mais poderão ser
feitas, o que mudará drasticamente a forma de elaboração de estimativas
de perdas em crédito de liquidação duvidosa. Ou seja, não mais serão
perdas esperadas e sim incorridas. Entretanto, para refletir a verdadeira
realidade econômica da empresa o método mais correto seria o estimar
as perdas esperadas e não incorridas. Fica a discussão! De acordo com
Iudícibus (et al., 2010, p. 58), “o que se espera é uma modificação nas
normas internacionais”.
86 UNIUBE
Tabela 5: Registros contábeis cujos créditos estão vencidos há mais de 6 meses com valor até
R$5.000,00
Tabela 6: Lançamento do valor dos créditos considerados perdidos quando os critérios fiscais
caracterizam a perda
EXEMPLIFICANDO!
SAIBA MAIS
• títulos a receber;
• cheques em cobrança;
• dividendos a receber;
• juros a receber;
• adiantamentos a terceiros;
• créditos de funcionários;
• tributos a recuperar.
UNIUBE 91
a) Tributos a recuperar
*Selic acumulada até o mês de dezembro. Caso seja feita a PERDCOMP, em janeiro, deverá
somar a este percentual, mais 1% relativo ao mês do envio da declaração.
Atualização da
COFINS a compensar
COFINS a recuperar
31/12/11 pela taxa SELIC, R$ 382,12
(Ativo Circulante)
ref. ao período de
ago a dez/2011.
Atualização da
Variação Monetária
COFINS a compensar
Ativa (Receita R$ 382,12
31/12/11 pela taxa SELIC,
Financeira – conta
ref. ao período de
de resultado)
ago a dez/2011.
SAIBA MAIS
Exemplo:
3.4.5 Estoques
O custo dos estoques deve ser atribuído pelo uso dos seguintes critérios:
Assim, preceitua a Lei das Sociedades por Ações, artigo 183, inciso
II, que o valor dos estoques seja deduzido da perda estimada para
ajustá-lo ao valor de mercado, quando esse valor for menor que o custo
de aquisição ou produção. O valor que for debitado ao resultado em
contrapartida à contribuição dessa perda, deve ser adicionado ao lucro
líquido, para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo
da contribuição social sobre o lucro, pois a perda estimada para ajuste
do estoque ao valor realizável líquido não é considerada uma provisão
dedutível, conforme artigo 13, da Lei 9.249/95 (BRASIL, 1995).
Assim, teremos:
R$ R$ R$
X 2000 R$ 400,00
2,00 4.000,00 4.400,00
Despesa com
perda estimada Ajuste ao valor
R$
31/12/11 em estoques realizável líquido
400,00
(Outras Despesas dos estoques.
operacionais)
O saldo das contas do realizável a longo prazo deve ser suportado por
documentos hábeis e até planilhas de controle dos créditos. Várias
análises devem ser realizadas, como por exemplo, se o pagamento do
contrato de mútuo está suportado por recibo, contrato etc.
Vlr ref.
Receita Bruta reconhecimento
10/12/11 R$ 649.176,86(1)
de vendas da receita bruta
de vendas
(–) Receita
Financeira a
Apropriar (Conta Vlr ref. do ajuste
10/12/11 R$ 245.823,14(2)
redutora de a valor presente.
Clientes a receber
a longo prazo)
R$ 895.000 em FV; 18 em N; 1,8 i; PV, ou seja: R$ 649.176,86(1) (Valor presente do fluxo futuro).
R$ 895.000,00 – R$ 649.176,86 = R$ 245.823,14(2) (Receita Financeira)
Pelo
reconhecimento
31/12/11 Receita Financeira R$ 9.559,79
da receita
financeira
PESQUISANDO NA WEB
Para saber mais detalhes sobre o Ajuste a valor presente, consulte no portal
do Conselho Federal de Contabilidade, o Pronunciamento Técnico CPC
12 – Ajuste a valor presente, emitido pelo Comitê de Pronunciamento
Contábeis, disponível em: <http://www.cpc.org.br/pdf/CPC_12.pdf>.
3.4.7.2 Investimentos
IMPORTANTE!
c) Outros investimentos
a) Depreciação
SAIBA MAIS
b) bens cujo valor unitário de aquisição seja inferior a R$ 326,61, ainda que
o prazo de vida útil seja superior a um ano, exceto: bens que unitariamente
considerados, não tenham condições de prestar utilidade à empresa
adquirente, ou requeira o emprego concomitante de um conjunto desses
bens, como cadeiras, em uma escola, por exemplo.
SAIBA MAIS
Agora isso mudou. O artigo 179 da Lei 6.404/76, alterado pela Lei nº
11.638/2007, no seu item IV, menciona que
UNIUBE 111
SAIBA MAIS
EXEMPLIFICANDO!
Assim teremos:
Desta forma, o arrendamento deve ser contabilizado pelo seu valor presente,
no inicio do contrato, conforme apresentado na Tabela 19. A Tabela 20
apresenta o pagamento da 1a prestação e o lançamento contábil ao final
do 1o mês.
*Depreciação do bem
Neste exemplo, a depreciação será calculada sobre a vida útil esperada do bem, 10 anos,
ou seja, 120 meses, o valor da depreciação mensal será de R$ 1.250,00.
EXEMPLIFICANDO!
Os valores não são muito representativos, mas para quem vai desembolsar
34% de IRPJ e CSLL, faz diferença.
(1)
Os juros referentes 2011 deverão ser contabilizados no regime de competência, isto
é, em cada mês em que vão incorrendo, mesmo que o contrato tenha seu vencimento
final em 2012, e em 2011 não tenha sido feito nenhum pagamento.
UNIUBE 121
3.4.8.4 Provisões
IMPORTANTE!
• Capital Social;
• Reservas de Capital;
• Ajustes de Avaliação Patrimonial;
• Reservas de Lucro;
• Ações de Tesouraria;
• Prejuízos Acumulados.
Cabe destacar que os lucros que não forem destinados para as reservas
(legal, estatutária, contingência, de incentivos fiscais, de lucros a realizar
e de retenção de lucros) deverão ser distribuídos a título de dividendos.
3.5 Conclusão
Até lá.
Resumo
O mercado tem se alterado muito nos últimos anos, por várias razões.
O impacto dessa nova realidade exigiu das empresas aprimoração do
sistema de informação, visto que é responsável a fornecer informações
sobre grande parte dos recursos das entidades necessárias ao controle,
gerenciamento e ao planejamento.
Uma entidade seja ela pública ou privada, que mantém uma escrituração
contábil regular pode gerar informações estratégicas para seus gestores.
A escrituração contábil é uma exigência legal, que tem por objetivo
atender aos interesses da empresa e demais usuários no que se refere
às informações nela contidas, em especial para a tomada de decisões.
As conveniências da administração pública, no campo da arrecadação
de tributos, como imposto de renda e contribuições federais, deverão
ser atendidas através de outros elementos, tais como livros fiscais e de
ajustes nos resultados, quando for o caso, a exemplo dos ajustes que
são feitos no Livro de Apuração do Lucro Real.
Referências
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. São Paulo:
Atlas, 2009.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; et al. Manual de Contabilidade Societária. São Paulo: Atlas, 2010.
130 UNIUBE
Introdução
Considerando as ações necessárias para o encerramento do
exercício de uma empresa, faz-se necessário proceder alguns
ajustes fiscais para determinação do Lucro Real. Primeiramente,
vamos relembrar o conceito de Lucro Real, segundo o artigo nº
247, RIR/1999: “Lucro Real é o lucro líquido do período ajustado
pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou
autorizadas pelo Regulamento do Imposto de Renda”. (BRASIL,
1999, p. 1).
Objetivos
Ao final deste capítulo de estudo, você será capaz de:
Esquema
Lucro Real
IMPORTANTE!
Para fins de verificação deste limite, deverá ser considerado o somatório das
seguintes receitas e resultados:
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Doações Dedutíveis
SAIBA MAIS
Demonstrativo do Cálculo
(+) Total Patrimônio Líquido 180.000,00
(–) Reserva de Reavaliação (50.000,00)
Alíquota 5%
Valor dos Juros sobre Capital Próprio 7.500,00
Limite de Dedutibilidade
Maior valor de:
50% Lucro do Exercício (13.000 x 50%) 6.500,00
Ou
50% Lucros Acumulados ou Reserva de Lucros (30.000 x 50%) 15.000,00
Quadro 2: Contabilização
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Despesas Valor juros s/
Financeiras – capital próprio
31/12/2011
Juros s/ capital ref exercício R$ 7.500,00
próprio de 2011.
Vlr juros s/
Juros Cap. Prop
capital próprio
a Pagar – sócio
31/12/2011 ref exercício de
A – Passivo R$ 3.750,00
2011 a pagar
Circulante
p/ sócio A.
Vlr juros s/
Juros Cap. Prop
capital próprio
a Pagar – sócio
31/12/2011 ref exercício de R$ 3.750,00
B – Passivo
2011 a pagar
Circulante
p/ sócio B.
SAIBA MAIS
EXEMPLIFICANDO!
No mês de junho, a forma mais viável é a opção pelo pagamento com base
no balancete de redução de janeiro a junho, apesar de apurar R$ 60.000,00
de imposto, serão deduzidos os tributos já pagos, retidos ou compensados
nos respectivos meses (R$ 25.000,00), restando saldo a pagar de apenas
R$ 35.000,00. Sendo que o recolhimento com base na receita bruta custaria
para a empresa R$ 50.000,00, pois os valores pagos nos meses anteriores
não podem ser deduzidos, por não comporem a base de cálculo do mês.
Esse estudo deve ser feito a cada mês do ano (Quadro 5).
158 UNIUBE
Como houve prejuízo fiscal no mês de junho (resultado acumulado de janeiro a junho),
não há IRPJ nem CSSL a recolher neste mês, sendo necessário apenas a transcrição
do prejuízo no LALUR e manter balancete no Diário Contábil, comprovando o
resultado.
UNIUBE 159
SAIBA MAIS
IRPJ = R$ 73.326,00
CSLL = R$ 37.770,84
TOTAL = R$ 111.096,84
Além das contas conciliadas, a legislação dispõe que deverá ser mantida
uma listagem dos produtos existentes no estoque, na data do fechamento
do balancete, constando a quantidade física de cada produto, o preço
unitário e o total em Reais do produto ou mercadoria existente. Não é
necessária a escrituração do Livro registro de Inventário, o qual deverá
ser escriturado apenas na data de 31 de dezembro.
168 UNIUBE
A opção, no mês, feita para o IRPJ deverá ser a mesma para a CSLL.
Desta forma, se a opção foi a apuração do IRPJ com base no balancete
de suspensão ou redução, o mesmo critério deverá ser adotado em face
da apuração da CSLL.
ADIÇÕES(2)
(+) Multas por Infração Fiscal (multas de ofício, trânsito etc.) 1.000,00
EXCLUSÕES(3)
PARADA OBRIGATÓRIA
Detalhamento do cálculo:
(1)
Lucro antes da provisão do IRPJ e da CSLL
(2)
Adições
b) Despesas com brindes, conforme a Lei 9 249/95, art. 13, inciso VII
(BRASIL, 1995);
Brindes enviados aos clientes, conforme balancete........R$ 1.320,00
DEPRECIAÇÃO = R$ 2.861,00 x 1
DEPRECIAÇÃO = R$ 2.861,00
(3)
Exclusões
(5)
Cálculo do IRPJ e da CSLL
(6)
Cálculo do adicional do IRPJ – 10%
(7)
Cálculo do PAT
ADIÇÕES EXCLUSÕES
DATA HISTÓRICO
(R$) (R$)
31/01/20X8 Demonstração do Lucro Real
1. Resultado antes do IRPJ e da CSLL (79.685,60)
2. Adições 14.681,00 14.681,00
2.1 Doações conta – 4122001 3.000,00
2.2 Brindes conta – 4122003 1.320,00
2.3 Alimentação Sócio conta – 4122005 2.500,00
Reconhecemos a exatidão da
presente declaração.
João de Deus
Sócio Gerente
Fulano de Tal
Contador – CRC
174 UNIUBE
Observem!
R$ 260.303,00 – R$ 20.000,00
Adicional do IRPJ 10% 24.030,30
= R$ 240.303,00
0,00
IRPJ = R$ 63.075,75
CSLL = R$ 32.952,87
TOTAL = R$ 96.028,62
Saldo
Saldo Movimentação
Acumulado
Balancete encerrado em: 31/01/20x8 fev/20x8
em 28/02/20x8
(R$) (R$)
(R$)
ADIÇÕES
(+) Doações 3.000,00 5.500,00
(+) Brindes 1.320,00 2.320,00
(+) Alimentação dos sócios 2.500,00 5.000,00
(+) Provisões não dedutíveis 4.000,00 7.900,00
(+) Multas por Infração Fiscal ( multas de ofício etc) 1.000,00 1.796,50
(+) Depreciação veículo dos sócios 2.861,00 5.722,00
TOTAL DAS ADIÇÕES 14.681,00 28.238,50
EXCLUSÕES
(–) Resultado Positivo da Equivalência Patrimonial (23.440,00) (45.040,00)
(–) Lucros e Dividendos Recebidos (16.115,00) (31.028,25)
TOTAL DAS EXCLUSÕES (39.555,00) (76.068,25)
Base de Cálculo Antes Compensação (104.559,60) 6.850,40
Compensação de Prejuízos anteriores – limitado a 30% do lucro real 2.055,12
IRPJ 15 % 719,29
Adicional IRPJ – limite mensal: Não tem
Total IRPJ devido 719,29
IRPJ = R$ 719,29
CSLL = R$ 431,58
TOTAL = R$ 1.150,87
ADIÇÕES EXCLUSÕES
DATA HISTÓRICO
(R$) (R$)
R$ 348.841,60 – R$ 20.000,00 =
Adicional do IRPJ 10% 32.884,16
R$ 328.841,60
SAIBA MAIS
Lembre-se de que: o cálculo por estimativa com base na receita bruta é feito
utilizando apenas as receitas do mês, ao contrário do cálculo com base no
balancete de suspensão ou redução que se utiliza o resultado acumulado
de janeiro ao mês em que se está calculando.
IRPJ:
Valor do imposto devido com base na receita estimada: R$ 85.210,40
Valor do imposto apurado com base no balancete: R$ 118.096,48
Valor do imposto pago, de jan a março: R$ 719,29
Saldo a pagar no mês de abril: R$ 117.377,19
CSLL:
Valor do imposto devido com base na receita estimada: R$ 45.357,98
Valor do imposto apurado com base no balancete: R$ 44.674,91
Valor do imposto pago, de jan a março: R$ 431,58
Saldo a pagar no mês de abril: R$ 44.243,33
SAIBA MAIS
4.8 Conclusão
Tudo indica que a Receita Federal irá absorver as normas contábeis que
passarão a ter o peso de Lei fiscal, além de contábil.
Resumo
De acordo com a legislação do imposto de renda, lucro real é diferente de
lucro contábil. Lucro real é o próprio lucro líquido do período de apuração,
ajustado pelas adições, exclusões e compensações, permitidas pela
legislação do imposto de renda.
Referências
PINTO, João Roberto Domingues. Imposto de Renda. 19. ed. Porto Alegre: CRCRS, 2011.
Capítulo Demonstrativos contábeis
5
Introdução
Neste capítulo, encerramos uma sequência de procedimentos
contábeis, desenvolvida pela disciplina de Laboratório Contábil.
Agora, faremos uma recapitulação das Demonstrações Contábeis,
(DCs) e acreditamos que sua visão, agora, é bem mais ampla do
que quando começaram a estudar este tema.
Objetivos
Ao final de seus estudos, espera-se que você seja capaz de:
Esquema
Demonstrativos
contábeis
• Balanço Patrimonial;
• Demonstração do resultado dos exercícios;
• Demonstração dos lucros e prejuízos acumulados;
• Demonstração dos fluxos de caixa;
• Demonstração do Valor adicionado, se companhia aberta; e
• Notas explicativas.
a) ativos;
b) passivos;
c) patrimônio líquido;
d) receitas e despesas incluindo ganhos e perdas;
e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietá-
rios e distribuições a eles; e
f) fluxos de caixa.
5.2.1 A continuidade
5.2.3 Materialidade
que, por sua vez, deverão decompor tal informação ao menor nível
possível (segregação em classes), inclusive indicando seu custo, as
depreciações e o impairment do período, nas referidas notas;
j) intangível – também aparece com informação fechada no balanço;
tal grupo indica os valores aplicados em marcas adquiridas, inclusive
com o registro do goodwill de forma separada, porém neste mesmo
grupo estão: patentes registradas, desenvolvimento de produtos ou
serviços, direitos autorais etc.
Patrimônio Líquido
Patrimônio líquido
Capital social 21.1 40.917 21.358
Reserva de capital 21.2 237.723 71.019
Reservas de lucros 21.3 105.407 37.779
Proposta de distribuição de
22 – 16.062
dividendos adicional
384.047 146.218
estabelece como obrigatório, uma vez que a própria lei societária sugere
a substituição da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados
(DLPAc) por este.
PL sócios da Controladora
Lucros ou Prej. Acumul.
PL das Controladas
PL Consolidado
Capital Social
Reservas de
Reservas
Lucros
Capital
SALDOS INICIAIS
Aumento de Capital
Gastos com emissão de ações
Ações em Tesouraria adquiridas
Ações em Tesouraria vendidas
Dividendos
TRANSAÇÕES DE CAPITAL
COM OS SÓCIOS
Lucro Líquido do Período
Ajustes de Instrumentos
Financeiros
Tributos s/ajustes de
instrumentos financeiros
Equiv. Patrim. s/ Ganhos
Abrang. De Coligadas
Ajustes de Conversão do Período
Tributos sobre ajustes de
conversão do período
OUTROS RESULTADOS
ABRANGENTES
Ajustes de Instrum. Financ.
Reclas. p/ Resultado
Resultado abrangente total
Constituição de Reservas
Realização da Reserva
de Reavaliação
Tributos s/realização da
reserva de reavaliação
Saldos Finais
de Capital,
Capital Lucros ou Outros
Código Descrição Opções Reservas Patrimônio
Social Prejuízos Resultados
da Conta da Conta Outorgadas de Lucro Líquido
Integralizado Acumulados Abrangentes
e Ações em
Tesouraria
Saldos
5.01 226.293 2.091 299.840 0 0 528.224
Iniciais
Saldos
5.03 Iniciais 226.293 2.091 299.840 0 0 528.224
Ajustados
Transações
de Capital
5.04 3.586 1.820 66.767 – 171.602 0 – 99.429
com os
Sócios
Aumentos
5.04.01 3.586 0 0 0 0 3.586
de Capital
Planos de
5.04.08 opções de 0 1.820 0 0 0 1.820
ações
Pagamento
de
5.04.09 0 0 – 39.463 0 0 – 39.463
Dividendos
2010
Dividendos e
Juros Sobre
5.04.10 0 0 0 – 65.372 0 – 65.372
Capital
Próprio
Dividendos e
Juros Sobre
5.04.11 Capital 0 0 106.230 – 160.230 0 0
Próprio
Propostos
Resultados
5.05 Abrangentes 0 0 0 294.878 0 294.848
Totais
Lucro
5.05.01 Líquido do 0 0 0 297.274 0 297.274
Período
UNIUBE 211
Outros
5.05.02 Resultados 0 0 0 – 2.396 2.396 0
Abrangentes
Ajuste
atuarial
benefícios a
– Plano
previdência
privada
Transferência
Ganhos
5.05.02.07 0 0 0 – 2.396 2.396 0
ou Perdas
Atuariais
Mutações
Internas do
5.06 0 0 110.414 – 123.276 0 – 12.862
Patrimônio
Líquido
Realização
da Correção
de Ativos
Próprios
Constituição
Legal
Constituição
Reserva
5.06.06 0 0 46.655 – 46.566 0 0
Incentivos
Fiscais
Constituição
Reserva de
5.06.07 0 0 49.247 – 49.247 0 0
Retenções
de Lucros
Ajuste
Atuarial
Benefícios a
5.06.08 0 0 0 – 12.862 0 – 12.862
Empregados
– Plano de
Saúde
SAIBA MAIS
Observações:
Controladora
2011 2010
Das atividades operacionais
Lucro antes do imposto de renda e contribuição
122.432 85.210
social
Ajustes para conciliar o resultado às disponibilida-
des geradas pelas atividades operacionais:
Depreciações e amortizações 2.014 1.296
Resultado na venda de ativos permanentes 396 14
Resultado de equivalência patrimonial (3.923) (5.426)
Provisão para riscos trabalhistas, fiscais e cíveis (582) 538
Juros e variação cambial 3.987 2.031
218 UNIUBE
4 – RETENÇÕES
4.1) Depreciação, amortização e exaustão
5 – VR. ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)
6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras
6.3) Outras
7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
8.1) Pessoal e encargos
8.1.1) Remuneração Direta
8.1.2) Benefícios
8.1.3) FGTS
8.2) Impostos, taxas e contribuições
8.2.1) Federais
8.2.2) Estaduais
8.2.3) Municipais
8.3) Juros e alugueis
8.4) Juros s/ capital próprio e dividendos
8.5) Lucros retidos/prejuízos do exercício
SAIBA MAIS
Observações importantes:
• o valor a ser informado no item 8.2 é a soma dos tributos IR, CSLL, INSS
e ainda a diferença entre os impostos incidentes sobre as vendas e os
impostos embutidos no valor das compras, haja vista que estes foram
informados pelos seus valores brutos, tanto no valor da receita como no
valor das compras ou CPV/CMV;
Controladora
2011 2010
Receitas 754.405 634.738
Insumos adquiridos de terceiros (576.035) (498.375)
Custo das mercadorias vendidas e serviços prestados (510.279) (441.291)
Energia, serviços de terceiros e outras despesas (64.575) (54.419)
Outros custos de produtos e serviços prestados (1.181) (2.665)
Segundo o artigo 176, §5º da Lei 6.404/76 (BRASIL, 1976), alterado pela
Lei nº 11.941/09, as notas explicativas devem:
I. apresentar informações acerca da base para a
elaboração das demonstrações contábeis e das políti-
cas contábeis específicas, selecionadas e aplicadas
para negócios e eventos significativos;
II. divulgar a informação requerida pelos Pronuncia-
mentos Técnicos, Orientações e Interpretações do CPC
que não tenha sido apresentada nas demonstrações
contábeis;
III. prover informação adicional que não tenha sido
apresentada nas demonstrações contábeis, mas que
seja relevante para sua compreensão; e
IV. indicar:
a) os principais critérios de avaliação dos elementos
patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos
de depreciação, amortização e exaustão, de consti-
tuição de provisões para encargos ou riscos, e dos
ajustes para atender a perdas prováveis na realiza-
ção de elementos do ativo;
b) os investimentos em outras sociedades, quando
relevantes (art. 247, parágrafo único);
c) o aumento de valor de elementos do ativo
resultante de novas avaliações (art. 182, § 3o );
224 UNIUBE
SAIBA MAIS
Cabe ressaltar que as peças contábeis elaboradas pela Cia Aberta e pela
Sociedade de Grande Porte devem ser obrigatoriamente submetidas a
Auditoria, por auditores independentes registrados na Comissão de Valores
Mobiliários.
5.10 Conclusão
Resumo
Com as alterações ocorridas na Lei nº 6.404/76 e a convergência às
normas internacionais – IFRS, ao novo padrão de normas contábeis
internacionais que possa ser universalmente aceito, o Comitê de
Pronunciamentos Contábeis, através do CPC – 26 (2011), definiu
as normas a serem seguidas para elaboração e apresentação das
Demonstrações Contábeis.
Referências
AREZZO & CO. Informações Financeiras. 2011. Disponível em: <http://www.arezzoco.
com.br/list.aspx?idCanal=qBkvd2C50gZX7NTZ8O1i6A==>. Acesso em: 10 abr. 2013.