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Fundamento e Estrutura do Silogismo

• Aristóteles (384 – 322 a. C. ) foi o criador da Lógica como ciência.


• O Organon ( do grego őργανον = instrumento ) é a designação do
conjunto dos escritos lógicos de Aristóteles.

• Esta obra compõe-se de duas partes :


• A primeira parte compreende o livro das Categorias, a Hermeneia
(Tratado da proposição) e os Analíticos (primeira e segunda parte).

• A segunda é formada pelos Tópicos (primeira e segunda parte)


e pela Sofística, em que se estudam e previnem os casos de falsa
argumentação.
Fundamento do Silogismo
Definição de Silogismo

• No tratado Primeiros Analíticos, Aristóteles expõe a teoria do


silogismo.
• No tratado Segundos Analíticos, Aristóteles estuda unicamente o
silogismo demonstrativo.
• O objecto da teoria do silogismo é a demonstração.
• Aristóteles define silogismo nos seguintes termos :
« O silogismo (συλλογιςμός termo criado por Aristóteles, traduziu-se
em latim por ratiocinatio; vide Cícero) é um discurso ou enunciado
verbal no qual, certas coisas tendo sido posicionadas, algo de outro
resulta necessariamente pelo simples facto de serem posicionadas.
Digo pelo simples facto de serem posicionadas – porque é por elas que
a consequência se obtém, a expressão é por elas que a consequência
se obtém significando, por seu turno, que se exclui o recurso a
qualquer termo estranho para produzir a consequência necessária».
Definição de Silogismo
Silogismos demonstrativos dialécticos e
sofísticos

Pedro Hispano (1215–1277) formulou a definição aristotélica da seguinte forma


:

« Silogismo é uma oração em que postas algumas relações, necessariamente se


chega a outras pelas que foram postas e concebidas (...). Isto é, uma oração em
que a partir de duas premissas quaisquer se chega necessariamente a outra, isto
é, a conclusão».

• Os silogismos demonstrativos são necessários isto é a conclusão segue-se


necessariamente das premissas.

• Os silogismos dialécticos são prováveis isto é, a conclusão só tem um grau


de probabilidade em relação às premissas.

• Os silogismos sofísticos são falsos.


Classificação dos silogismos
Silogismos categóricos e silogismos hipotéticos

Alguns escolásticos propuseram a divisão formal do silogismo em


categórico ou hipotético.

• • O silogismo categórico (ou silogismo) é o argumento formado por duas


premissas e uma conclusão. Todas as premissas envolvidas são categóricas de
forma típica ( A, E, I, O ).

• • Os silogismos hipotéticos são aqueles nos quais a premissa maior


é uma proposição hipotética e a menor afirma ou nega parte da maior.

• Os silogismos hipotéticos podem por sua vez subdividir-se em :


condicionais, disjuntivos e conjuntivos conforme a premissa maior
seja um condicional, uma disjunção ou uma conjunção.
Tipos de silogismos hipotéticos

Condicional: a partícula de ligação das proposições simples é se ...


então.

Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve.


A temperatura da água é de 100°C.
Logo, a água ferve
Tipos de silogismos hipotéticos

Disjuntivo: a premissa maior, do silogismo hipotético, possui a


partícula de ligação ou.

Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem.


Ora, a sociedade não tem chefe.
Logo, a sociedade tem desordem.
Tipos de silogismos hipotéticos

Conjuntivo: a partícula de ligação das proposições simples, na


proposição composta, é : e. Neste silogismo, a premissa maior deve
ser composta por duas proposições simples que possuem o mesmo
sujeito e não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, ou seja, os
predicados devem ser contraditórios.

Ninguém pode ser, simultaneamente, mestre e discípulo.


Ora, Pedro é mestre.
Logo, Pedro não é discípulo.
Estrutura do Silogismo

• Todo o silogismo é virtualmente precedido de uma pergunta:

• saber se um dado predicado convém ou não- convém a um


dado sujeito.

• Resolver esta questão é descobrir um terceiro termo que mantenha


com os dois termos dados relações definidas; comparando-o
sucessivamente com eles, e consoante essas relações forem de
conveniência ou de desconveniência, assim se concluirá afirmativa
ou negativamente.
Silogismo
termos e juízos

Todo homem é mortal.


Sócrates é homem,
Logo Sócrates é mortal

O silogismo consta de três termos e de três juízos. Um dos termos


(“mortal”) deve poder ser atribuído na conclusão a um outro
( “Sócrates”), servindo o terceiro termo (“homem”) para provar que os
dois termos da conclusão estão numa dada relação, que quando a
conclusão é afirmativa, é de conveniência, e que é de desconveniência
quando a conclusão é negativa.
Os termos

Os elementos das proposições são os termos. O termo que contém


um dos termos e está contido no outro chama-se termo médio. Os
dois termos unidos pelo médio chamam-se extremos.

Aquele que na conclusão exerce unicamente as funções de predicado


chama-se termo maior; ao que na conclusão exerce apenas a função
de sujeito chama-se termo menor. O termo médio exerce as
funções de predicado e de sujeito nunca entrando na conclusão.
O termo médio

• O termo médio pode ocupar posições diferentes nas premissas.


• Três casos são possíveis:
• • sujeito em ambas,
• • predicado em ambas,
• • sujeito numa e predicado na outra.

• No caso mais simples e mais perfeito o termo médio é sujeito na


premissa maior e predicado na menor, e tem uma extensão
intermédia entre os termos extremos: o termo maior contém o médio,
enquanto este contém o menor
As proposições
Premissas e Conclusão

As duas proposições de que se faz derivar uma terceira chamam-se


premissas.
À proposição derivada chama-se conclusão.
• PREMISSA MAIOR
• A proposição que contém os termos maior e médio.
• • PREMISSA MENOR
A proposição que contém os termos menor e médio.
• CONCLUSÃO
• A proposição em que se une o termo menor (sujeito) ao termo maior
(predicado).
Regras do Silogismo
Regras dos termos
Regras dos termos

• 1. Todo o silogismo deve conter somente três termos;

• 2. O termo médio não pode constar na conclusão;

• 3. O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez em toda a sua
extensão;

• 4. Nenhum termo deve figurar na conclusão com extensão maior do que nas
premissas;
Regras do Silogismo
Regras das proposições

• Regras das proposições

• 5. De duas premissas negativas nada se pode concluir.

• 6. De duas premissas afirmativas não se pode inferir uma conclusão


negativa.

• 7. A conclusão segue sempre a parte mais fraca, se uma das premissas for
• negativa a conclusão será negativa; se uma das premissas for particular, a
conclusão será particular. 

• 8. De duas premissas particulares nada se pode concluir.


1ª regra dos termos
• Um silogismo deve ter três termos e não mais de três termos
• Esta regra está contida na definição de silogismo.

• A argumentação :

• Todo cão ladra;


• Cão é uma constelação,
• Logo, uma constelação ladra.

• Infringe a primeira regra.

• O propósito desta regra é, sobretudo, evitar o equívoco de palavras;


acentuar que nenhum termo pode ser empregue em dois sentidos
diferentes.
2ª regra dos termos
• A conclusão nunca deve conter o termo médio

• A argumentação :

• Alexandre era pequeno;


• Alexandre era general;
• Alexandre era pequeno general.

• Infringe a segunda regra

• O papel do termo médio esgota-se nas premissas. Ele serve de


intermediário entre o termo maior e menor.
3ª regra dos termos
• O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez em toda a sua
extensão, i. e. , deve ser pelo menos uma vez distribuído.
• A argumentação :

• Os algarvios são portugueses;


• Os minhotos são portugueses:
• Logo, os minhotos são algarvios

• Infringe a terceira regra visto o termo médio ser particular em ambas


as premissas

• Se não se toma o termo médio pelo menos numa das premissas em toda a
sua extensão do seu significado, pode acontecer as duas premissas
referirem-se a partes diferentes do termo médio, o que invalidará a
conclusão.
4ª regra dos termos
• Nenhum termo deve figurar na conclusão com extensão maior
do que nas premissas
• A argumentação :

• Todos os etíopes são negros;


• Todos os etíopes são homens;
• Logo, todos os homens são negros.

• Infringe a quarta regra

• O termo ” homens” na segunda premissa é particular, como


predicado de proposição afirmativa, e na conclusão é universal como
sujeito de proposição universal.
1ª regra das proposições
• De duas premissas negativas nada se pode concluir

• A argumentação :

• Nenhum pedra é animal;


• Nenhum homem é pedra,
• Logo, nenhum é animal.

• Infringe esta regra .

• Se dois termos não têm qualquer relação de conveniência com um


terceiro, não se pode inferir daí que tenham ou não tenham relação
entre si.
• Neste caso não há propriamente termo médio.
2ª regra das proposições
• De duas premissas afirmativas não se pode inferir uma
conclusão negativa

• A argumentação :

• Todos os filósofos são grandes pensadores.


• Alguns escritores são filósofos
• Logo, nenhum escritor é grande pensador

• Infringe esta regra

• Se os extremos convêm a um termo médio têm se convir entre si. Se o


termo menor está contido no médio e o médio contido no maior, não é
possível conceber que o menor não esteja contido no maior. Daqui
resulta que de duas afirmações se não pode extrair uma negação.
3ª regra das proposições
• A conclusão segue sempre a parte mais fraca, i. e. : se uma das
premissas é negativa, a conclusão será negativa; se uma das
premissas é particular, a conclusão deverá ser particular.
• As argumentações:

• Todos os hindus são orientais;


• Alguns homens são hindus,
• Logo, todos os homens são orientais.

• Todo o mentiroso merece censura;


• Nenhum homem digno merece censura
• Logo, todo o homem digno é mentiroso .

• Infringem esta regra.

• A conclusão não pode afirmar para além do que está contido nas premissas.
• A negação exclui a relação entre os termos;
4ª regra das proposições
• De duas premissas particulares nada se pode concluir
• A argumentação:
• Alguns jovens são desportistas
• Alguns desportistas são profissionais
• Logo, alguns profissionais são jovens.

• Infringe a quarta regra das proposições.

• Neste caso, como ambas as premissas são particulares afirmativas


o termo médio é tomado duas vezes particularmente, o que segundo a
terceira regra dos termos não pode acontecer.

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