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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

GABINETE de APOIO
ao Deputado MENDES BOTA
Eleito em representação da Região do Algarve
Palácio de S. Bento 1249-068 Lisboa
Telef: 213 919 277 Mail: mendesbota@psd.parlamento.pt
Sítio electrónico: www.mendesbota.com

COMUNICADO Nº 32/XI

MENDES BOTA REAGIU MUITO DURAMENTE AO ANÚNCIO DO


ENCERRAMENTO DA GROUNDFORCE NO AEROPORTO DE FARO

O deputado Mendes Bota reagiu muito duramente ao anúncio do encerramento da


Groundforce no Aeroporto Internacional de Faro, tendo mesmo considerado que:

“O despedimento abrupto e selvagem foi uma facada traiçoeira nas costas dos 336
trabalhadores da base operativa de Faro da Groundforce, perpetrado por uma
empresa do sector empresarial do Estado, detida a 100% pelos capitais públicos
através da TAP-Air Portugal, tutelada pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes
e Comunicações, logo, teve que ter necessariamente o aval do Governo.”

Este é só o intróito de um documento muito crítico que enviou ao Ministério das Obras
Públicas, Transportes e Comunicações, com um conjunto de perguntas pertinentes em
mais uma hora negra para o Algarve.

Abaixo, segue, na íntegra, o texto dessa interpelação ao Governo.

Mendes Bota solicitou ainda ao Grupo Parlamentar do PSD que convoque o Ministro
das Obras Públicas, Transportes e Comunicações para se vir explicar à Assembleia da
República, em audição conjunta com as Comissões do Trabalho e das Obras Públicas.

Assembleia da República, 11 de Novembro de 2010

GABINETE DE APOIO
Telefone: 213 919 277

ANEXO

1
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Expeça-se

Publique-se

/ /

O Secretário
da Mesa

REQUERIMENTO Número
     /x (     .ª)

PERGUNTA Número      /x


(     .ª)

Assunto: UMA FACADA TRAIÇOEIRA NAS COSTAS DOS TRABALHADORES


DA GROUNFORCE
Destinatário: Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações

Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República


O despedimento abrupto e selvagem foi uma facada traiçoeira nas costas dos
336 trabalhadores da base operativa de Faro da Groundforce, perpetrado por
uma empresa do sector empresarial do Estado, detida a 100% pelos capitais
públicos através da TAP-Air Portugal, tutelada pelo Ministério das Obras
Públicas, Transportes e Comunicações, logo, teve que ter necessariamente o
aval do Governo.
Segundo declarações da Administração da Groundforce vindas a público, a
base operativa de Faro seria responsável por metade do défice de exploração
anual de toda a empresa, estimado em 20 milhões de Euros, logo está-se a
falar de € 10 milhões de Euros.
Ainda segundo essas declarações, na origem de tal montante, estariam
algumas “regalias” contratuais dos trabalhadores consideradas “impraticáveis
hoje em dia”, dando como exemplos a “pausa para o pequeno almoço” (com um
custo de 2 milhões de Euros para a empresa), e o aumento salarial anual
garantido de 7% (que se traduziria por outro custo de 2 milhões de Euros). Ora
só aqui já vão 40% da explicação do prejuízo alegado.
O que impressiona naquilo que veio a público, é que a empresa Groundforce
tenha decidido tomar medidas tão drásticas como o encerramento da actividade
no principal aeroporto turístico do país e o despedimento de todos os seus
trabalhadores, que são sempre o lado mais fácil quando toca a medidas de

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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

austeridade, sem sequer tentar renegociar o Acordo de Empresa eliminando as


tais “regalias” excessivas como contrapartida pela manutenção dos postos de
trabalho.
É de vital importância saber se a Groundforce, e as tutelas que sobre ela têm
poder, abdicaram de sequer tentar outras medidas de gestão no sentido de
emagrecer outros custos ou de aumentar os seus proveitos, em função dos
tempos de crise.
Aparentemente, optaram pela bomba atómica do encerramento puro e simples,
com uma frieza impressionante sem laivos de responsabilidade social de
empresa publica, e indiferentes à sorte a que vão lançar mais 336 trabalhadores
para as filas dos Centros de (Des)emprego do País.
Neste momento, é moralmente importante conhecer o estatuto remuneratório
da administração da Groundforce, para se poder avaliar da existência de
“regalias” desajustadas no topo da pirâmide dos recursos humanos, e que
careçam também de ajustamentos adequados às medidas de austeridade que
devem caber a todos.
E é, operacionalmente relevante saber, no espírito do Governo, quem está ou
virá a desempenhar os serviços prestados aos passageiros, às companhias
aéreas, aos correios ou ao próprio aeroporto de Faro. É que o trabalho está lá,
e alguém o terá que fazer.
Assim, ao abrigo do arsenal de disposições constitucionais, legais e regimentais
em vigor, requeiro a V. Exa. se digne obter do Ministério das Obras Públicas,
Transportes e Comunicações resposta às seguintes perguntas:
1- Quais as razões reais alegadas pela administração da Groundforce junto
da tutela para o encerramento da base operativa do Aeroporto
Internacional de Faro e o despedimento dos seus 336 trabalhadores?

2- Que esforços foram feitos pela administração da Groundforce junto dos


trabalhadores da base operativa de Faro, no sentido de reajustar o
Acordo de Empresa à actual conjuntura de crise económica e financeira?

3- As alegadas “regalias” de que beneficiavam os trabalhadores da base


operativa de Faro eram um privilégio destes, ou são auferidos também
pelos trabalhadores das outras bases operativas da Groundforce?

4- O Governo aceita o carácter definitivo desta anunciada decisão de


encerramento, ou admite ainda uma possibilidade de negociação laboral
que possa conduzir à manutenção destes postos de trabalho?

5- Que outras medidas de contenção de custos, para lá dos laborais,


poderiam ser tomadas para equilibrar a conta de exploração corrente da
base operativa de Faro?

6- Quais os resultados de exploração corrente das outras bases operativas

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da Groundforce?

7- Quais as remunerações directas e acessórias actuais, e outras regalias,


mordomias e privilégios, de que auferem os membros do Conselho de
Administração da Groundforce, discriminadamente, nome a nome?

8- Quais os prémios de gestão relativos aos exercício financeiro de 2009,


auferidos pelos membros do Conselho de Administração da Groundforce,
discriminadamente, nome a nome?

Palácio de São Bento, 11 de Novembro de 2010


O Deputado:

José Mendes Bota

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