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EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O uso de sistemas supervisórios teve início no começo dos anos 80. Nesta época, o
PC ainda era provido de pouco poder computacional, e outras plataformas de
hardware ocupavam o espaço em projetos de automação. Controladores dedicados e
ini-computadores eram comumente encontrados, mas apenas em projetos mais
sofisticados – principalmente em sistemas de Energia e Petróleo - já que o custo
destas plataformas inviabilizava sua adoção em larga escala ou em projetos de menor
porte.
Diversas empresas internacionais lançaram, em meados dos anos 80, suas primeiras
versões de softwares SCADA – além da Heuristics, empresas como Intellution (The
Fix), PC Soft (Wizcon), Iconics (Genesis), US Data (Factory Link) e CI Technologies
(Citect) tiveram destaque nesse período. Os mais diversos sistemas operacionais
foram utilizados como plataforma, sendo que a US Data buscou desenvolver uma
versão de seu software como multi-plataforma para DOS, VMS e OS/2; a PC Soft
tinha suas versões de Wizcon para OS/2 e DOS; a Intellution, para DOS e em um
determinado momento chegou a lançar uma versão também em OS/2; e a Iconics,
sempre em DOS. Outros softwares de “nicho” também apresentaram alguma
participação de mercado, como o RealFlex (QNX) ou Paragon, mas com participação
de mercado bastante reduzida.
Após o advento do “Bug do Milênio”, onde a grande maioria dos clientes finais
aproveitou o momento não somente para remover os riscos que a passagem do
milênio representava, mas também para atualizar o seu parque tecnológico, o
mercado consumidor de sistemas supervisórios passou por um momento de
crescimento vegetativo, obrigando as empresas fornecedoras a buscarem outras
formas de tecnologia que, ao mesmo tempo, apresentassem nova perspectiva de
crescimento acelerado e utilizassem a infra-estrutura dos atuais sistemas
supervisórios.
Mais uma vez houve uma profusão de novos caminhos – alguns fornecedores
utilizaram a Internet como alavanca de crescimento e novas tecnologias; outros
seguiram o caminho do desenvolvimento de uma camada de gerenciamento de
informações industriais; um outro grupo partiu para a migração dos sistemas
supervisórios para plataformas portáteis (baseadas em Windows CE,
primordialmente); e um quarto grupo optou pelo desenvolvimento de ferramentas de
otimização de processos e controles avançados, também utilizando a infra-estrutura
dos supervisórios. Esta diferenciação criou outras categorias de softwares que,
embora relacionados diretamente aos sistemas supervisórios, traziam diferentes
propostas de valor aos clientes. É uma clara tentativa de diferenciação, disputada até
os dias de hoje.
Quadro 1
- Uso da WEB – O uso da WEB está também presente nos supervisórios, de várias
formas – desde a simples utilização de estações WEB para monitoração de processos,
até o uso da internet para manutenção e monitoramento remotos de aplicações e
processos.
Embora a evolução pareça peculiar, ela mais uma vez repete o “ciclo de vida” de um
mercado de tecnologia. Tal ciclo foi descrito por Dr. Paul Strebel, como apresentado
no Gráfico 1.
Ref: Focused Energy, por Dr. Paul Strebel, editado por IMD – Institute for
Management Development. Gráfico 1
b) Portabilidade
f) “Best of Breed”
CONCLUSÃO
O usuário deve sempre ficar atento ao fato de que 50% do sucesso de um projeto
devem-se às ferramentas que ele escolheu, e os outros 50% da qualidade de serviços
de implementação que ele contratou. Há muito tempo que isso é de conhecimento
geral, mas a partir do momento em que se implementa soluções que trazem maior
valor ao negócio do cliente e elementos que facilitem sua tomada de decisão, a
análise do “negócio” e o impacto financeiro destas implementações se reveste de
uma importância ainda pouco considerada. Uma nova leva de profissionais
especializados em traduzir as necessidades estratégicas do cliente em projetos de
automação e informação começa a surgir, agregando conhecimentos como eletrônica,
software, automação e gestão de negócios.
A despeito de todos os problemas que o Brasil vive, existe algo para nos orgulhar
além da qualidade de nosso futebol: o profissional brasileiro é muito mais aberto a
novas tecnologias que profissionais de outras nacionalidades, o que nos permite dizer
que podemos – por que não? – liderar a nova onde de aumento de eficiência em
manufatura.
NOTAS DO AUTOR
2. O fato de alguns produtos importantes do mercado não terem sido citados não
desmerece de forma alguma sua qualidade e importância, e não é objetivo do artigo
promover qualquer produto.