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PRINCIPAIS CAUSAS E TIPOS DE QUEIMADAS

Diferentes fatores podem causar a queimada, pois ela pode ser aplicada
a fim de atingir de diferentes objetivos, ou ainda pode ser criminosa.

Causa Tipo Descrição

Colheita manual de Utilizada com o objetivo de limpar o terreno e facilitar o corte


Prática agrícola
cana-de-açúcar da cana. Essa prática ainda é muito comum em canaviais.

Utilizada como ferramenta para retirada de madeira, no qual


Retirada de madeira Prática agrícola as plantas menores são queimadas para que o corte das
árvores maiores seja facilitado.

Utilizada como processo para germinação de certas espécies


Germinação e
de vegetais. Em alguns ecossistemas que existe a
reciclagem de Prática agrícola
predominância de gramíneas, a queimada atua como um
nutrientes
fator que estimula a reciclagem dos nutrientes.

É quando a queimada é provocada de forma intencional,


Vandalismo Criminoso como ao descartar cigarro aceso nas margens de estradas e
em terrenos abandonados.

É quando balão de festa junina e fogos de artifício são


Balão de festa junina Negligência utilizados como forma de comemoração, porém causam
queimadas que geram incêndios em regiões urbanas.

É quando proprietários de terra provocam a queimada de


Disputa de posse Criminoso
forma intencional, motivado pela disputa de terras agrícolas.

É quando a queimada é provocada pela falta de umidade no


Falta de chuva Climático ar e no solo, o que ocorre normalmente em regiões com
pouca chuva.

É importante destacar que a queimada como prática agrícola é realizada


de forma controlada e assistida. Já as queimadas intencionais não, pois elas
perdem o controle facilmente e resultam em incêndios.

LEIS RELACIONADAS A QUEIMADAS


No plano federal o novo Código Florestal (artigo 38 da Lei número
12.651/12) proíbe o uso de fogo na vegetação, mas abre pelo menos três
exceções: (I) em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego
do fogo em práticas agropastoris ou florestais, desde que com autorização do
órgão ambiental; (II) emprego da queima controlada em unidades de
conservação para conservar a vegetação nativa, quando as características dela
se associarem evolutivamente à ocorrência de fogo e (III) atividade de pesquisa
científica.

Lei 9.605/98, chamada de Lei de Crimes Ambientais, e o Decreto


3.179/99, que a regulamentou, prevêem multa de R$ 1.000 por hectare ou
fração para quem fizer uso de fogo em áreas agropastoris sem autorização;
prisão e multa para quem fabricar, vender, transportar ou soltar balões que
possam provocar incêndios; prisão de até cinco anos e multa no valor de R$
1.500 por hectare ou fração para quem provocar incêndio em mata ou floresta.

Lei 4.771/65, que institui o Código Florestal brasileiro, determina que a


permissão para o uso do fogo é estabelecida em ato do poder público,
circunscrevendo as áreas e estabelecendo normas de precaução. O uso do
fogo de forma controlada, conhecido como queimada, é disciplinado pela
Portaria 231/88, do Ibama. O cidadão que desejar fazer uso do fogo em sua
propriedade estará obrigado a procurar antes o órgão ambiental do seu estado
ou a unidade do Ibama mais próxima.

Lei 6.938/81, que definiu a Política Nacional do Meio Ambiente e as


penalidades pelo não-cumprimento das medidas necessárias à preservação ou
correção da degradação ambiental. Em caso de incêndio, o Código Penal
Brasileiro prevê penas para quem causá-lo, mesmo que acidentalmente.

PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DAS QUEIMADAS E INCÊNDIOS


FLORESTAIS

Na sociedade
Efeitos sobre a saúde humana
A fumaça e as fuligens:
 Causam e/ou agravam doenças respiratórias como bronquite e asma;
provocam dores de cabeça, náuseas e tonturas; conjuntivites; irritação da
garganta e tosse; induzem maior uso de broncodilatadores (causadores de
efeitos colaterais indesejáveis como agressões ao estômago, rins e fígado);
crianças e idosos são os mais afetados;
 Produzem alergias na pele;
 Agravam problemas gastro-intestinais;
 Promovem complicações em pacientes com doenças cardiovasculares e/ou
pulmonares, aumentando a mortalidade;
 Induzem efeitos danosos sobre o sistema nervoso;
 Produzem efeitos negativos no desenvolvimento do feto;
 Reduzem a percepção visual e a habilidade para realizar tarefas;
 Reduzem a concentração de oxigênio a níveis críticos;
 Elevam a concentração de monóxido de carbono (gás letal);
 Causam intoxicação e até a morte.
 Emitem vários poluentes, entre eles NOx (óxidos de nitrogênio), CO
(monóxido de carbono), material particulado (poeira), além de substâncias
altamente tóxicas (peroxiacil nitratos (PAN), aldeídos, furanos e dioxinas (a
dioxina aumenta o risco de neoplasias (câncer));
 A inalação de dióxido de enxofre (SO2) pode interferir na eliminação de
bactérias e partículas inertes dos pulmões;
 Poluentes inalados, ainda que em baixa concentração, tem efeito
cumulativo (um adulto em repouso inspira, em média, 8.600 litros de ar
atmosférico, por dia. Considerando que a superfície interna dos pulmões
(membranas dos alvéolos pulmonares) é de aproximadamente 70 m2, tem-
se uma ideia do que uma pessoa possa estar acumulando em seus
pulmões em áreas onde ocorrem as queimadas).

Efeitos econômicos e sociais


 Aumento de atendimentos hospitalares e gastos gerais com a saúde;
 Interrupções no fornecimento de energia elétrica com danos gerais;
 Problemas no abastecimento de água;
 Queda da produtividade agrícola devido à desidratação do solo
(ressecamento) e perda de nutrientes;
 Elevação dos preços dos alimentos;
 Comprometimento da segurança e do funcionamento do transporte aéreo e
rodoviário devido à redução da visibilidade;
 Suspensão de atividades educacionais e de lazer;
 Contribuição para as mudanças climáticas (induzem secas, inundações,
tempestades, ciclones e outros);

Nos ecossistemas
Efeitos sobre a regulação dos ecossistemas
 Afeta a reciclagem de nutrientes (interfere na “lubrificação” da natureza);
 Causa a morte da biota (plantas e animais), reduzindo a biodiversidade;
 A redução da biodiversidade diminui a resiliência dos ecossistemas (nível
de distúrbio que um ecossistema pode suportar sem precisar ultrapassar
um ponto-limite para outra estrutura de funcionamento; capacidade de se
adaptar);
 Elimina os predadores naturais de algumas pragas;
 Destroem nascentes e interrompe o fluxo de água para a atmosfera;
 Contribui para o aquecimento global (produz gás carbônico). l A fumaça
reduz a incidência da luz solar, diminuindo a produção primária
(fotossíntese); l Produz perda de nichos ecológicos; l Produz feedback
(retroalimentação) positiva sobre a mudança climática.

Efeitos sobre os solos


 Perda da fertilidade e da produtividade a partir da segunda colheita;
 Redução na quantidade de matéria orgânica (fonte de nutrientes) que cobre
o solo, responsável por sua proteção contra o ressecamento;
 Eliminação dos microorganismos que compõem a vida do solo;
 Perda de minerais;
 Diminuição da capacidade de infiltração da água e perda da capacidade de
“guardar” água;
 Intensificação do processo de erosão e assoreamento dos rios;
 Com a perda da fertilidade e da produtividade ocorre: uso maior de
fertilizantes, agrotóxicos e herbicidas para o controle de pragas e de plantas
invasoras (significa maior risco de poluição dos rios e do solo, e danos à
flora e à fauna).
Efeitos sobre a atmosfera
 Perda da qualidade do ar devido ao excesso de partículas e de gases
tóxicos que saem das partes queimadas da vegetação, principalmente
monóxido de carbono; Alteração na formação e propriedade das nuvens e
nos ciclos das chuvas; Decréscimo da adsorção da radiação solar no
sistema atmosférico de superfície devido aos aerossóis da fumaça;
Alteração dos níveis de CO2 e O3 (ozônio) na troposfera; Destruição da
camada de ozônio na estratosfera. Aumento da elevação das cargas
elétricas das nuvens, favorecendo a ocorrência de mais raios.

Efeitos sobre a flora


 Forçamento (conjunto de ações/causas que impõe pressão e resulta em
mudanças) de estresse hídrico, de temperatura e de nutrientes;
 Simplificação dos ecossistemas pela perda de diversidade genética,
principalmente entre espécies cultivadas: quando uma espécie é extinta
(tanto faz se planta ou bicho) o ecossistema se torna mais pobre, pois perde
um componente de sua complexa teia de interações. De uma forma geral,
quando se perde espécies, perde-se complexidade, tornando os sistemas
mais simples e com menos capacidade de resposta às pressões de
degradação ambiental (diminui as possibilidades de adaptação)
 Ruptura de conectividades: danos na rede de interações entre espécies
e/ou ecossistemas.

Efeitos sobre a fauna


 Redução do tamanho e da variedade das populações animais;
 Forçamento de migração, desorganização social, aumento de conflitos
populacionais por alimentos e território, morte.
LEVANTAMENTO DE POSSÍVEIS SOLUÇÕES
É sabido que o problema tem recorrência sazonal, mas tem raízes
estruturais que são mais objetivamente identificadas como “vetores do
desmatamento”: atividades pecuárias, o avanço da produção do agronegócio,
em especial da soja e milho, os investimentos em infraestrutura, a exploração
madeireira, a grilagem de terras.
Para esses dois problemas há soluções:
No caso do desmatamento  o reflorestamento é a ação contrária, ou
seja, restaurar a cobertura florestal de (uma área desflorestada) por meio do
plantio de sementes ou de mudas de árvores. O reflorestamento é
fundamental, a longo prazo, para intensificar o processo de remoção ou
“sequestro” de CO2 da atmosfera, diminuindo a concentração deste gás de
efeito estufa e, consequentemente, desempenhando um importante papel no
combate ao aquecimento global.
Já para a questão das queimadas  a solução está na utilização de
técnicas de desenvolvimento agropecuário que usem métodos sustentáveis e
principalmente nos cuidados para prevenir incêndios, como os mencionados
abaixo:
1. Fazer queimadas somente com autorização do Ibama e de forma
controlada, com a construção de aceiros - barreiras que impedem a
propagação das chamas. O aceiro pode ser feito em forma de vala ou
limpeza do terreno de modo a obstruir a passagem do fogo;
2. Apagar com água o resto do fogo em acampamentos para evitar que o
vento leve as brasas para a mata, causando incêndios;
3. Não jogar pontas de cigarro acesas próxima a qualquer tipo de vegetação;
4. Denunciar quando souber de empresas ou pessoas que não respeitam a lei
que proíbe o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação
permanente e parques florestais.
Existem pessoas que optam por arar e gradear o solo para evitar que o
fogo ultrapasse o trecho delimitado, mas o risco dessa ação é que, quando
volta o período de chuvas, ela provoca o assoreamento da área. A melhor
saída para conter o problema é a confecção de aceiros, que são faixas ao
longo das cercas, onde a vegetação é retirada por completo do solo. O
processo evita que o fogo se alastre para a área de pasto ou de vegetação e,
também, para perto de animais.
Conter as queimadas é um problema que envolve, principalmente, a
conscientização do homem, pois grande parte dos incêndios ainda é provocada
voluntariamente. Além disso, é necessário um trabalho de manutenção das
áreas verdes, afinal os danos causados pelo fogo levam anos para serem
apagados e prejudicam severamente a biodiversidade local.

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