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Síntese – séculos IV a X
Política
Francos: primeiros germânicos a se converterem ao catolicismo romano, em fins
do século V → batismo do rei Clóvis e início da dinastia merovíngia.
Império Carolíngio
Carlos Magno → filho de Pepino, é coroado “imperador do Sacro Império
Romano” no Natal de 800.
Fatores favoráveis:
- Anuência da Igreja
- Enfraquecimento dos laços com o Oriente (Bizâncio).
Sociedade
1) Proprietários
Rei
Vassalos reais
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- Ao longo dos séculos VIII e IX, desenvolve-se uma associação automática entre
benefício e vassalagem → a tentativa de vassalagem levava à própria negação do
Estado.
Benefício (concessão de Vassalagem (ligação social
terras) entre aristocratas)
2) Trabalhadores
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Economia
“...a produtividade era baixa e o único meio viável para minimizá-la seria dotar o
domínio de ampla reserva de mão-de-obra”. MENDONÇA, Sonia R. de. O mundo
carolíngio. p. 17
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- Uso exclusivo do senhor
- Terras cultiváveis (1/3 ou ¼ do
total)
Reserva
senhorial - Três partes - Corte: centro do domínio
- A origem do sistema se deu entre os rios Reno e Loire, mas o regime foi
adquirindo cores locais próprias, nem existindo em algumas áreas da Europa.
- Nas áreas periféricas, havia mais mão-de-obra escrava, e os mansos livres
pagavam apenas uma renda fixa.
- Não se pode esquecer das pequenas explorações camponesas que ainda
sobreviviam.
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Situação das cidades → pouco conhecida. Postura atualmente mais difundida:
reconhece-se um certo debilitamento até o século VIII, e a partir daí uma
constante recuperação. A famosa tese de Henri Pirenne (Maomé e Carlos Magno) é
hoje pouco aceita. Acredita-se hoje que o Mediterrâneo nunca esteve totalmente
bloqueado.
Comércio interno → limitado, mas não paralisado: havia trocas, feiras e mercados
locais. Moeda como instrumento de reserva → a moeda era rara porque os bens
eram raros.
Igreja
São Bento de Núrsia → séculos VII e VIII (Itália) → novo tipo de monasticismo,
mais participativo → visão de mundo dinâmica, participante, adequada à vida no
campo → “laborare est orare”
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- Crise do Estado merovíngio: novos problemas.
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BAIXA IDADE MÉDIA
Síntese – séculos XI a XIII
Economia
Passagem da agricultura dominial para a senhorial
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Organização econômica senhorial
Três formas
Distintas 2] Senhorio territorial
(Duby, 1963)
3] Senhorio banal
1] Senhorio doméstico
- Herança da escravidão carolíngia.
- Organizada em torno do senhor e sua “família” (seus homens) antigos
“escravos estabelecidos” : vínculo homem a homem e não uma
dependência direta com a terra.
- Impunha aos protegidos: a “mão morta”, a formariage, a capitação.
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2] Senhorio territorial
- Baseada na posse do solo, da terra.
- Os trabalhadores tinham situações jurídicas bastante distintas.
- Formas de extração da riqueza: corvéias e pagamentos (em moeda ou
produtos).
3] Senhorio banal
- Derivado dos direitos de “bannum” usurpados ao rei.
- Remontava à descentralização dos antigos principados territoriais do
tempo carolíngio; podia ser cedido em feudo.
- Pode sobrepor-se a vários senhorios fundiários.
- O “senhor banal” possuía uma série de direitos novos e profundamente
odiados:
Justiça
Comércio
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- Hilário Franco Jr. Acredita poder se falar em “premissas do capitalismo”
ou “pré-capitalismo” (Léopold Génicot), que não era no entanto o único
sistema nem o dominante.
Sociedade
Feudo-clericalismo
- Papel central da Igreja na auto-imagem da sociedade. Fazia a conexão
entre os vários elementos da sociedade feudal.
- Construção da idéia das três ordens:
Vários clérigos foram os “criadores” desta idéia
Exemplo: Adalberon de Laon, 1025-1027
“laboratores”: trabalhadores
Relações sociais
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Laços feudo-vassálicos: laços de pseudo-parentesco que unia um “ancião”
(sênior) e um “moço” (vassalus)
O juramento vassálico:
1) Homenagem: o vassalo se ajoelha diante do futuro senhor, com as mãos
postas; o senhor coloca suas mãos sobre as do “seu homem”
2) Fidelidade: de pé, o vassalo jura sobre as relíquias ou sobre a Bíblia.
Beijam-se (osculum)
3) Investidura: entrega de um objeto simbolizador do feudo concedido
proteção
- Obrigações do suserano
sustento
K L M N O P Q R S
A B C D E
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Cavaleiro guerreiro altamente especializado; início da utilização do
estribo, no século VIII
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Contradições econômicas e sociais
- Levam às cruzadas estas aceleraram a dinâmica social e trouxeram à
tona novos problemas:
Enfraquecimento da Igreja;
Decadência aristocrática;
Emergência de novos grupos sociais:
campesinato livre
comunas: movimentos coletivos
burguesia
Política
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Interação desses personagens na Idade Média:
universalismo X particularismo
Soberano:
- relação unilateral com os súditos
- sagrado (ungido)
Rei caráter duplo - único
e contraditório
Suserano:
- relação bilateral
- poder de fato apenas nos seus
senhorios
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Igreja
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O DECLÍNIO DA IDADE MÉDIA
Síntese – séculos XIV-XVI
Economia
Crise generalizada crise conjuntural com abalos estruturais: gênese da
economia moderna
Sociedade
Passagem de uma sociedade de ordens para uma sociedade estamental,
acelerada pela crise generalizada.
Quebra do imobilismo social
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- Enobrecimento de famílias burguesas (França) e aburguesamento de
famílias nobres (Itália)
Trabalhadores rurais:
- Retrocesso demográfico e econômico: recuo da servidão
- Ressurgimento de um campesinato livre
- Formação de uma elite camponesa: pecuária - principal atividade
- Inglaterra (e outras regiões): reação senhorial - revigoramento dos laços
de dependência
Trabalhadores urbanos:
- Crise reforçou o poder da alta burguesia
- O afluxo de trabalhadores rurais para as cidades em busca de empregos
permitiu à alta burguesia achatar os salários.
- As corporações de ofício fecharam-se ainda mais.
Exemplos:
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Crescente peso dos impostos
Problemas gerados pela Guerra dos Cem Anos
- Rebelião campesina inglesa de 1381: questão fiscal teve peso decisivo.
Conjuntura:
Depressão econômica
Alto custo da mão-de-obra
Dificuldades geradas pela guerra na França
Revoltas urbanas
- Pelo controle do Estado que se afirmava, fosse comunal, senhorial ou
nacional
- Comunal: Movimento do Ciompi (1378), em Florença: cardadores de lã
(“ciompi”) tentam controlar as magistraturas
- Senhorial: Sublevação de Bruges e Gand (1379-1382): contra o poder do
conde de Flandres, pretendendo autonomia político-comercial
- Nacional: Revolta de Étienne Marcel (1356-1358): alto burguês que
armou o povo de Paris, tomou o palácio real e pretendeu tutelar a realeza
Política
Ascensão do Absolutismo
Guerra dos Cem Anos: conflito ao mesmo tempo feudal e nacional, onde
afloram e se resolvem as contradições da sociedade “feudo-nacional”.
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