POLÍTICA INTERNACIONAL

PROFESSOR THOMAZ NAPOLEÃO

AULA 1

Curso Teórico
Política Internacional
Professor Thomaz Napoleão
Aula 1
18/04/2016
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INTRODUÇÃO E
TEMAS DO CURSO
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DESVENDANDO PI NO CACD
• Política Internacional ≠ Relações Internacionais

• PEB (atualidades e desde 1945) + temas globais

de interesse do MRE + TRI = “Política
Internacional” no CACD

• Conhecer e adotar posições do Itamaraty

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FONTES PARA PI - OFICIAIS

• Documentos do MRE: discursos, notas à imprensa,
declarações conjuntas, sítio e mídias sociais

• Principais acordos, tratados, convenções e

resoluções da ONU (AG e CS)

• Semi-oficiais: publicações de diplomatas na FUNAG

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FONTES PARA PI - JORNALÍSTICAS

• Imprensa nacional de forma seletiva: Oliver
Stuenkel, Matias Spektor, Dawisson Lopes,
Alexandre Vidal Porto, Guilherme Casarões, João
Fellet, Sergio Leo, Fabio Zanini, Igor Gielow, Lucas
Resende...

• Imprensa estrangeira: Guardian, NYT, WashPost,

Economist, BBC, El País, Le Monde, Al-Jazeera, RT,
Der Spiegel, China Daily...
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FONTES PARA PI - ACADÊMICAS

• Bibliografia específica de cada aula

• Periódicos mais influentes no MRE: RBPI,

Política Externa, Foreign Policy, Foreign Affairs

• Think-tanks brasileiros: GRRI, IPRI, BRICS

Policy Center, CEBRI, NUPRI
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BANCA DE PI DO CACD
• Banca do TPS: CESPE

• Banca da 3a fase: tradicionalmente um acadêmico (próximo do MRE) e

um diplomata experiente (geralmente Ministro ou Conselheiro)

• Banca de PI de 2015:
– Ministro Tarcisio de Lima Ferreira Fernandes Costa
• Atual Assessor Internacional do TSE
• Serviu em Londres, São Francisco, Madri e Roma
• Professor de Pensamento Diplomático Brasileiro no IRBr
• Mestre e PhD em Teoria Política (Cambridge)
– Professor Antonio Jorge Ramalho da Rocha (UnB)
• Secretário-Geral da Escola Sul-Americana de Defesa
• Diretor do Instituto Pandiá Calógeras (MD)
• Foi Assessor do MD (gestão Amorim) e da SAE-PR (Samuel P. Guimarães)
• Implantou o Centro de Estudos Brasileiros em Porto Príncipe
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AULAS E TEMAS DO CURSO

• 1: Introdução do curso e teorias das Relações Internacionais
• 2: PEB: conceitos centrais e trajetória desde 1945
• 3: Integração regional I: relações bilaterais do Brasil
• 4: Integração regional II: MERCOSUL
• 5: Integração regional III: instituições latino-americanas e hemisféricas
• 6: Estados Unidos
• 7: Europa I: França, Alemanha e Reino Unido
• 8: Europa II: União Europeia, OTAN e instituições regionais europeias
• 9: Rússia e ex-URSS
• 10: China
• 11: Índia e Japão; FOCALAL
• 12: África I: relações com o Brasil
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AULAS E TEMAS DO CURSO

• 13: África II: instituições regionais e conflitos atuais
• 14: Sul-Sul: agrupamentos e iniciativas de cooperação
• 15: Oriente Médio I: Síria/Iraque/ISIL, Israel/Palestina e Líbano
• 16: Oriente Médio II: Irã, Iêmen, Líbia e Afeganistão
• 17: Nações Unidas I: histórico, órgãos, debates atuais e atuação do Brasil
• 18: Nações Unidas II: paz e segurança internacionais
• 19: Meio ambiente e desenvolvimento sustentável
• 20: Desarmamento e não-proliferação
• 21: Ilícitos transnacionais: terrorismo, “extremismo violento”, narcotráfico, corrupção
• 22: Direitos humanos e temas sociais
• 23: Sistema financeiro internacional
• 24: Comércio e desenvolvimento
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TEORIAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
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CONCEITOS CENTRAIS
• Anarquia internacional

• Soberania estatal (positiva e negativa)

• Atores e sujeitos internacionais

• Estruturas e agentes

• Níveis de análise
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ORDEM VS SISTEMA
ORDEM INTERNACIONAL SISTEMA INTERNACIONAL
• Conceito jurídico • Conceito político
• Lógica do direito • Lógica do poder
• Sujeitos internacionais • Atores internacionais
(concepção restritiva) (concepção abrangente)
• Uni/bi/pluri/multilateralismo • Uni/bi/multipolaridade

“O multilateralismo é a expressão normativa da multipolaridade” (Celso Amorim)

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REALISMO E NEORREALISMO
• Antecedentes: Tucídides, Maquiavel, Hobbes
• Estados soberanos são únicos atores relevantes
• Forte distinção entre política externa e interna
• Ganhos de soma-zero
• Moral não é importante; uso da força é legítimo
• RI são busca permanente de poder e hegemonia
– Clássico: antropomorfismo estatal, moralismo/pessimismo;
– Neo: abordagem racionalista/economicista
• Áreas de estudo: segurança, guerra e paz
• Autores: Carr, Morgenthau e Aron (clássico), Waltz, Kissinger e
Mearsheimer (neo)
• Predomina no entreguerras e nos anos 1940 a 1970
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IDEALISMO, LIBERALISMO E
NEOLIBERAL-INSTITUCIONALISMO
• Antecedentes: Rousseau, Kant, Locke
• Valorização de outros atores (OIs, empresas, ONGs, grupos religiosos,
terroristas...)
• Ganhos compartilhados
• Cooperação é possível e necessária (interdependência)
• Interrelação entre política externa e interna
• Não é pacifista! Guerra justa, intervenções humanitárias, R2P...
• Poder duro e brando (soft e hard power)
• Áreas de estudo: comércio, DH, meio ambiente
• Autores: Nye, Keohane
• Influente desde anos 1970 (globalização)
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CONSTRUTIVISMO
• Antecedentes: Piaget, Searle, Wittgenstein
• Relações entre atores internacionais são intersubjetivas
(construção permanente)
• Culturas da anarquia: hobbesiana (conflito), lockeana
(competição) e kantiana (cooperação)
• Fatores decisivos: ideologia, identidade, normas
• Mais importante definir que defender interesses
• Autores centrais: Wendt, Onuf, Ruggie
• Em voga desde anos 1990 (resposta ao debate neo-neo)
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OUTRAS TRADIÇÕES E ESCOLAS

• Escola inglesa/racionalismo (Wight, Bull, Linklater)
– “Sociedade internacional”com valores comuns organizada em OIs

• Escola francesa (Duroselle, Renouvin)

– Abordagem histórica e sociológica das RI
– Análise de “forças profundas” e ciclos históricos; estruturas, não agentes

• Escola de Copenhague (Buzan, Wæver)

– Setores da segurança (militar, política, econômica, societal e ambiental)
– Estudo e crítica da “securitização” por meio do discurso
– Abordagem regionalista (complexos regionais de segurança)
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OUTRAS TRADIÇÕES E ESCOLAS

• Grupo argentino-brasileiro (Cervo, Sombra Saraiva, Moniz
Bandeira, Bernal-Meza, Rapoport)
– Rejeição ao “imperialismo epistemológico” das teorias;
valorização dos conceitos brasileiros

• Marxismo (Halliday, Wallerstein)

– Estudo do imperialismo e dos sistema mundo
– Noções de centro e periferia (teoria da dependência)

• Feminismo (Tickner, Enloe)

– Perspectiva de gênero; mulheres como agentes, não apenas
objetos (empoderação, não somente vitimização)
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BIBLIOGRAFIA DA AULA
• MANUAIS GERAIS DE TRI

– Nizan Messari e João Pontes Nogueira: Teoria das Relações

Internacionais: Correntes e Debates (Elsevier, 2005)

– Antonio Jorge Ramalho da Rocha: Relações internacionais: teorias e

agendas (IBRI, 2002)

– Dario Battistella: Teorias das Relações Internacionais (Senac, 2014)

– Gilberto Sarfati: Teorias de Relações Internacionais (Saraiva, 2011)

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BIBLIOGRAFIA DA AULA
• CORRENTES ESPECÍFICAS

– Kenneth Waltz, Teoria da Política Internacional (1979)

– Joseph Nye e Robert Keohane, Power and Interdependence: World

Politics in Transition (1977)

– Alexander Wendt: “Anarchy is what states make of it” (International

Organization v. 46, 1992)

– Amado Cervo: “Conceitos em Relações Internacionais” (RBPI v.51,

2008)