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INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA
ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE
CESTP DE APOIO EM CUIDADOS CONTINUADOS
INTEGRADOS
Beja
4 de Dezembro de 2019
Discente: Inês Vilão, 20278
Docente: Alexandra Batista
Disciplina: Princípios Básicos Na Prestação De Cuidados
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Índice
Índice ............................................................................................................................................. 3
Introdução ..................................................................................................................................... 4
A Pessoa Dependente E O Papel Do Técnico De Intervenção Em Cuidados Continuados
Integrado ....................................................................................................................................... 5
Quais as funções de um técnico de intervenção num serviço de cuidados continuados? ............. 9
Caracterização dos cuidadores formais de pessoas idosas .......................................................... 11
Notícias Relacionadas Com Os Idosos ........................................................................................ 13
Conclusão .................................................................................................................................... 16
Referência Bibliográficas ............................................................................................................ 17
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Introdução
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A Pessoa Dependente E O Papel Do Técnico De Intervenção Em
Cuidados Continuados Integrado
Sabe-se que as pessoas idosas apresentam um risco potencial no que se refere à perda das
suas capacidades funcionais e/ou mentais, o que pode determinar dependência total ou parcial
para a realização de AVD’s (atividades da vida diária) (Miguel, et al.,2007).
Um indivíduo requer cuidado quando necessita de ajuda para executar alguma das
AVD’s. Estas são atividades realizadas diariamente de modo a poder viver de forma autónoma,
inserido no seu entorno habitual, cumprindo o seu papel social. Podem ser divididas em atividades
básicas (autocuidado, mobilidade na sua habitação e comunicação) e instrumentais (tarefas
domésticas, administração da sua habitação e mobilidade no seu entorno) (Rogero-García, 2009).
Quando uma pessoa tem dificuldade para executar as AVD’s, acontecem quatro possibilidades:
receber cuidado informal, receber cuidado formal, receber cuidado formal e informal, ou por
último, não receber nenhum tipo de cuidado.
O cuidado informal é um tipo de apoio desenvolvido por pessoas da rede social do recetor
de cuidados e é provido de forma voluntária, sem que medie nenhuma organização nem
remuneração (Rogero-García, 2009). Sequeira (2010) acrescenta ainda que cuidados informais
são os que são executados de forma não antecipada, não remunerada e que podem compreender
a totalidade ou apenas uma parte dos mesmos.
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Os cuidados são prestados por equipas interdisciplinares, nomeadamente nas áreas de
medicina e enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia e serviço social, tendo como
objetivo a reabilitação, readaptação e reinserção familiar.
Com efeito, “cuidar de idosos desencilhados está associado a elevados níveis de stresse,
sobrecarga física” (Rolland et al., 2007, p. 120), o que leva a que os cuidadores formais tenham
frequentemente uma grande insatisfação no trabalho, por se confrontarem com a dependência que
acompanha a doença (Davison, McCabe, Visser, Hudgson & George, 2007; Kuske et al., 2009,
p. 120).
No âmbito dos cuidados prestados pelos cuidadores formais se deve dar importância às
“estratégias a usar na gestão do stresse e a gerir as emoções […] traduzindo-se numa melhoria
dos cuidados prestados e uma maior satisfação nos cuidadores formais” (Morano & Bravo, 2002,
p. 121
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trabalhar em equipa, confidencialidade e humanidade) e saber-fazer, onde se salientam os
procedimentos sobre higiene pessoal e cuidados” (2004, cit in Batista, 2012, p. 37).
Quando alguém decide ser cuidador informal ou formal necessita de adquirir e desenvolver várias
competências e intervir na capacitação dos cuidadores.
As competências podem ser agrupadas em três categorias:
Mestria - Designa-se por “saber fazer de modo que o cuidador desenvolva perícias,
mestria na prestação de cuidados, no comunicar, no posicionar, no alimentar”
(Sequeira, 2010, p. 176);
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2011). No início do século XXI, sendo os idosos, um grupo da população significativo, torna-se
necessário encontrar formas de compatibilizar o envelhecimento e a qualidade de vida. Uma
instituição de cuidados gerontológicos, seja um estabelecimento oficial, pertencente a uma
Instituição Particular de Solidariedade Social ou Privado, deve apostar na prestação de cuidados
aos idosos com qualidade e de forma a promover a autonomia e a qualidade de vida dos seus
clientes (Paulos, 2010).
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Quais as funções de um técnico de intervenção num serviço de
cuidados continuados?
O técnico de intervenção faz parte de uma equipa de cuidados continuados como todos os
outros profissionais, este reveste-se de especial importância para este serviço pois sem ele não
teriam a mesma eficácia e eficiência, nem conseguiram elaborar as tarefas de
forma tão produtiva. O técnico de intervenção torna-se importante para a recuperação dos
utentes podendo assim conhecer a sua vida o que irá ajudar no seu desempenho pois conhecerá
e pontos fracos e fortes do utente.
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Assegurar o armazenamento e conservação adequada de material hoteleiro, material
de apoio clínico e clínico de acordo com normas e/ou procedimentos definidos;
Efetuar a lavagem (manual e mecânica) e desinfeção química, em local apropriado,
de equipamentos do serviço, de acordo com normas e/ou procedimentos definidos;
Recolher, lavar e acondicionar os materiais e equipamentos utilizados na lavagem e
desinfeção, de acordo com normas e/ou procedimentos definidos, para posterior
recolha de serviço interna ou externa;
Assegurar a recolha, triagem, transporte e acondicionamento de resíduos hospitalares,
garantindo o manuseamento e transporte adequado dos mesmos de acordo com
procedimentos definidos.
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Caracterização dos cuidadores formais de pessoas idosas
É hoje evidente, que o trabalho por turnos altera a qualidade de vida e a produtividade
dos trabalhadores, enquanto põe em risco a sua segurança. Afeta os ritmos biológicos, causando
desordens a nível psicológico e físico, tais como dores de cabeça, perda de apetite e queixas
gástricas devido à irregularidade do horário das refeições, diminuição do estado de vigília que
juntamente com a fadiga, irá acarretar diminuição da capacidade mental, afetando desta forma
o rendimento laboral, o que poderá por em risco a segurança do próprio trabalhador, colegas e
utentes. Existem diferenças significativas entre o sono diurno e o sono noturno.
Do ponto de vista social, o trabalho por turnos também gera dificuldades a nível da
sociedade, no convívio social e no acesso a bens de consumo, assim como, ao nível familiar, pela
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dificuldade na supervisão e educação dos filhos, na organização e tarefas de casa, desencontro
e dificuldades de comunicação entre os membros do casal
Além disso, esta atividade profissional também está associada a trabalho pesado que
juntamente com a falta de formação, regista grande incidência de sintomatologia dolorosa ou
desconforto nos cuidadores, registando-se índices de acidentes de trabalho superiores aos
verificados na indústria, enquanto se registam, maiores problemas psicológicos, depressões,
perturbações do sono, irritabilidade e stress. O facto de os profissionais de geriatria serem um
grupo profissional com tendência a apresentar acumulação de sintomas físicos e psíquicos que
juntamente com as exigências continuadas da tarefa, os conduzem a situações de stress e ao
desenvolvimento de quadros de doença.
Em suma, este grupo profissional, regista elevados níveis de absentismo e ainda grande
instabilidade, saídas e substituições frequentes, que por sua vez, comprometem a qualidade dos
cuidados prestados, uma vez que a desmotivação tem como consequência comportamentos e
atitudes dos quais os cuidadores não estão conscientes, mas que afetam negativamente a vida
dos idosos e a qualidade dos cuidados que lhe são prestados. Corroboram as afirmações
anteriores, defendendo que a motivação com o trabalho, a satisfação pessoal, a qualidade de
vida e o nível de formação dos profissionais que cuidam de idosos são fatores que influenciam
a qualidade do cuidado, estando todos eles comprometidos nestes trabalhadores. Acrescento
ainda que alguns pesquisadores têm especulado que trabalhadores sobrecarregados e
frustrados, podem ser mais propensos a abuso físico e mental sobre os utentes, ou tornarem-se
eles próprios vítimas dos abusos dos clientes.
Desta forma, toda a intervenção/atuação sobre este grupo profissional, é decisiva para
o bem-estar dos trabalhadores em si, mas também para os utentes residentes das instituições e
respetivas famílias.
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Notícias Relacionadas Com Os Idosos
Noticia 1
“Manuel, enfermeiro há sete anos, já passou pelas urgências de dois hospitais do Serviço
Nacional de Saúde na grande Lisboa. Nestes anos, já testemunhou várias situações de abandono
de idosos: “Se tivesse de chegar a um número, penso que poderia dizer que estes casos acontecem
cerca de uma vez por mês.”
O segundo motivo –mais dramático e mais raro – é também o que Manuel não consegue
explicar. “Depois há outros casos em que os idosos são simplesmente deixados nos serviços.”
Segundo o enfermeiro, “há uma maior prevalência de casos de abandono nos picos do
verão e do inverno”. Apesar de a altura de inverno coincidir com o Natal, Manuel não acredita
que os abandonos nesta altura estejam relacionados com motivos de férias ou de deslocações
relacionadas com épocas de festividades. “Julgo que o aumento de abandonos nestas alturas se
prende com o agravamento das doenças com as temperaturas e, havendo mais doentes, há uma
maior probabilidade do acontecimento.”
Ainda assim, o profissional sente que estas situações estão a decrescer. “Sinto que há uma
maior consciencialização da sociedade, também pela atenção que é dada a este assunto nos meios
de comunicação social”, considera.
Sara, também enfermeira num dos maiores hospitais do país, explica que os abandonos
que tem testemunhado não são claramente assumidos pelos familiares. “Ouço muitas pessoas
dizerem que não têm condições em certos momentos para receber os utentes. Penso que há um
abandono mascarado. As famílias dizem que não conseguem receber o doente e é difícil distinguir
até que ponto isso pode ser verdade. Nesses casos, chamamos os assistentes sociais, que avaliam
a situação.”
Para a enfermeira, há doenças em que este tipo de comentários são mais recorrentes. “Por
exemplo, quando um doente idoso tem alta após um AVC.” No entanto, sublinha, estes casos não
acontecem todos os dias. E há até serviços em que o passar dos anos tem trazido boas notícias.
Por exemplo, o Hospital do Espírito Santo, em Évora, que em 2008 tinha mais de 30 camas
indevidamente ocupadas com estas situações: em 2015 não registou nenhum caso de abandono.”
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Com está noticia podemos verificar a realidade dos nossos dias a nível hospitalar umas
vez que cada vez mais onde quer que seja os idosos são deixados, sendo o auxiliar de saúde a sua
melhor ferramenta, uma vez que são os técnicos em termos de recurso quem passam mais tempo
com os idosos.
Noticia 2
Entre Janeiro e Junho deste ano foram registados nas urgências dos serviços de saúde
mais de 60.000 acidentes domésticos e de lazer, a maior parte em homens.
Quase 20% dos acidentes domésticos e de lazer que obrigaram a recorrer às urgências no
primeiro semestre deste ano aconteceram em idosos com mais de 75 anos, a maioria em casa
(67%), segundo dados oficiais.
Noticia 4
Tema da Noticia: “PTP preocupado com estratégia do GR para as ‘altas problemáticas”
Num comunicado, assinado por Edgar Silva (coordenador área saúde do PTP), dirigido hoje à
imprensa, o Partido Trabalhista afirma-se “vigilante” e “preocupado” com a estratégia do
Governo Regional para Saúde, nomeadamente no que diz respeito à “institucionalização
forçada” de cidadãos em condição de alta problemática.
Estratégia esta que o PTP classifica “de puro e doentio mercantilismo”, acusando o
Governo Regional fazer “vista grossa” enquanto há “pessoas abandonadas em unidades
hospitalares por familiares, aos quais urge aplicar legislação existente, e outra de protecção do
idoso, do seu património e da sua dignidade como pessoa e cidadão de plenos direitos”.
No entender dos trabalhistas, “a opção por entregar a privados os utentes ‘à sua guarda’,
que permanecem em hospitais públicos”, acontece “precisamente por este mesmo Governo
Regional e o seu SRS, na sua linha assistencial, falhar completamente nos serviços de saúde que
deveria prestar nos domicílios destes utentes, de acordo, com uma estratégia transversal e
colaborativa, desenvolvida entre parceiros sociais, o poder local, cuidadores informais e as
famílias”.
Noticia 3
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Idosos cada vez mais pobres e mais sozinhos
As baixas reformas e pensões sociais quase não lhes permitem sobreviver ano após ano.
Inválidos, com mais de 65 anos e sem a família por perto, os idosos em Portugal contam, em
média, com cerca de 400 euros por mês para cobrir todas as despesas. Apesar do Inquérito às
Condições de Vida e Rendimento do Instituto Nacional de Estatística (INE) ter revelado que,
entre 2016 e 2017, a taxa de pobreza nacional diminuiu, a tendência é contrariada no caso das
pessoas com mais de 65 anos, que vivem sozinhas.
Pessoas com carreiras contributivas mais pequenas e com menores salários, juntamente
com quem não teve uma vida ativa regular ou que não tenha sido contabilizada na Segurança
Social, ajudam a explicar o aumento da pobreza entre os mais velhos. "Também a desigualdade
tem vindo a crescer dentro da população idosa", acrescentou.
José António Pinto, assistente social na Junta de Campanhã, no Porto, vive a realidade
de perto e considera que "a doença, a insuficiência de recursos económicos e a falta de
retaguarda familiar é uma combinação explosiva que conduz os idosos a uma situação de muito
sofrimento e privação". De acordo com o técnico, a população mais velha fica esquecida,
porque as famílias consideram-na um "estorvo" e a Segurança Social não tem dinheiro.
Carlos Farinha Rodrigues acrescenta que "a questão dos subsídios é só uma parte da
história". "A pobreza dos idosos está associada a fatores de exclusão e de precariedade que não
são exclusivamente monetários. É necessário que existam políticas públicas que tentem também
reduzir a exclusão social", sugere, realçando que o envelhecimento da população torna mais
necessária a criação de condições para uma "velhice digna".
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Conclusão
Tal como foi dita no início deste trabalho, o envelhecimento populacional aumentou, a
necessidade de se cuidar e manter a qualidade de vida dos mais velhos. Por essa razão, o técnico
de intervenção (auxiliar de saúde) tornou-se um sector emergente. Por ser uma área que está
intimamente ligada aos cuidados de saúde e bem-estar, os auxiliares de saúde devem ter
formação.
Ser qualificado é uma mais-valia em qualquer área, no entanto, a área da saúde pede
uma especial atenção. Ter conhecimentos acerca das doenças e medicação, técnicas essenciais
para promover o bem-estar e aplicar a cada idoso segundo as necessidades do mesmo é
essencial.
Atualmente e cada vez mais tendo em conta a taxa de envelhecimento esta profissão
está com uma taxa de empregabilidade elevada, apesar de todos os fatores ditos em cima não é
uma profissão fácil. Engloba muitas dificuldades.
Concluindo este trabalho realçando que os idosos precisam de nós, eles não têm culpa,
são seres inofensivos, e além de tudo são seres humanos com sentimos.
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Referência Bibliográficas
Diário de Noticias - OMS. Portugal é um dos cinco países da Europa que pior trata os idosos (20
de Fevereiro de 2018) https://www.dn.pt/portugal/portugal-esta-nos-cinco-paises-da-europa-
que-pior-trata-os-idosos-estudo-9139937.html
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