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Resumo:
1 INTRODUÇÃO
13 Ibidem, p. 32.
14 Ibidem, p. 34.
melhor parece ser valer-se do próprio Thomas Kuhn, que, no posfácio de seu Estrutura
São Paulo, Ed. 34, 2003), como elemento essencial para a compreensão da ética e
da sociabilidade humanas.
19 O que é a propriedade? Lisboa: Editoria Estampa, 1975, p. 11.
de apropriação da mais-valia, creditando à solidariedade proletária o
caminho para superação da sua exploração e das desigualdades. Podem
ainda ser destacados a construção dos ideais da social-democracia, o
desenvolvimento da doutrina social católica, especialmente a partir
da encíclica Rerum Novarum, de 1891, o solidarismo francês de
Léon Bourgeois e a centralidade que a solidariedade assume na teoria
sociológica de Émile Durkheim20.
3 SOLIDARIEDADE E CONTEMPORANEIDADE
25 Ibidem, p. 36.
26 Ibidem, p. 37.
27 Vide, por exemplo: CASO, Giovanni et al. (org.) Direito & Fraternidade. São
Paulo: Cidade Nova: LTr, 2008; VERONESE, Josiane Rose Petry. OLIVEIRA,
Olga Maria Boschi Aguiar de. Direitos na pós-modernidade: a fraternidade em
questão. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2011. CHOUERI Junior, Nelson.
Pedagogia da Solidariedade traz o tema igualmente à berlinda no
campo da educação28. Mesmo as ciências duras têm se interessado
pelo tema, como alerta Pedro Demo, ao relacionar nomes que, na
atualidade, discutem os fundamentos biológicos da cooperação,
especialmente em contraposição à suposta supremacia absoluta do
autorinteresse, subjacente ao evolucionismo darwiniano: Wright e
sua teoria da “soma não zero”; as discussões em torno da tese do
“gene egoísta”, de Dawkins, que levaram a cientistas como Leigh Jr.,
Szathmáry, Michod, Keller e Reeve a relevar o papel da cooperação
no processo evolutivo; Sober, Wilson e Dugatkin, que acentuam a
importância da solidariedade grupal na sobrevivência evolutiva dos
grupos humanos29.
A questão da solidariedade, sobretudo, tem sido tema
30 apud SOUZA, José Crisóstomo de. Introdução aos debates Rorty & Habermas:
: os
debates Rorty & Habermas. São Paulo: Ed. UNESP, 2005, p. 48.
31 Contingência, ironia e solidariedade. Trad. Vera Ribeiro. São Paulo: Martins,
2007, p. 15.
15 rorty – contingência...
32 Ibidem, p. 322
33 Ibidem, p. 323
democracia: os debates Rorty & Habermas. São Paulo: Ed. UNESP, 2005.
A questão da solidariedade subjaz claramente à teoria da ação
comunicativa de Habermas, na condição de uma teoria discursiva,
intersubjetiva, da ética. Ela demonstra-se na proposta habermasiana de
transição do “agir estratégico” para o “agir comunicativo”, na medida
em que somente a este último aplica-se o princípio de que a linguagem
compartilhada intersubjetivamente conduz seus atores “[...] no sentido
de uma necessidade transcendental tênue – a abandonar o egocentrismo
sociológico da Teoria Crítica”, que acredita não ter sido superado por seu
mestre. Para isto, aposta na luta por reconhecimento mútuo que marca as
relações intersubjetivas – em substituição da luta por autoconservação que
37 Tradução livre do inglês. O texto tem edição na língua inglesa (Solidarity: From
Civic Friendship to a Global Legal Community.Cambridge:MIT Press, 2005).
38 CONSTANTINO, Alexandre Krügner. SOLIDARIEDADE: entre o desencanto
e o reencanto. 2009. Tese.
Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas. Área de concentração
Teoria Sociológica. Campinas, SP, p. 308
39 Texto em espanhol, tradução livre. ARANGO, Rodolfo. Solidaridad em La
historia de Occidente: entrevista a Hauke Brunkhorst. Revista de Estudios Sociales,
Bogota, n. 46, p. 185-188, mai./ago. 2013, p. 186.
40 Texto em espanho, tradução livre. Solidaridad em La historia de Occidente:
entrevista a Hauke Brunkhorst. Revista de Estudios Sociales, Bogota, n. 46, p.
185-188, mai./ago. 2013, p. 188
compreensão das sociedades contemporâneas.
Em Sobre Ética e Economia
ética inerente às escolhas individuais e sociais, Sen preocupa-se em por à
prova a suposta indissocialibidade entre autointeresse e comportamento
racional, responsável, aliás, por expulsar da teoria econômica clássica os
argumentos éticos. Sua intenção, então, parece ser reabilitar a ética na
Economia, demonstrando que, mesmo no que diz respeito às escolhas
econômicas, fatores como a “bonomia e simpatia por outras pessoas”,
“comprometimento com várias causas” ou “comprometimento com
4 CONCLUSÃO
41 Ibidem, p. 105.
42 SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. Tradução de Laura Teixeira
Motta São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 333.
humanidade – a que se atribuía mesmo o caráter de virtude responsável
pela perpetuação da espécie – tem descambado, muito ao contrário, no
REFERÊNCIAS
________. Sobre Ética e Economia. Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo:
Companhia das Letras, 1999.