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Todo MVP (Produto Mínimo Viável) tem que

ser um software?
Com base no empirismo, é necessário testar para aprender. Testar
"pequeno" às vezes é o melhor caminho
By Plínio Ventura On 28 Oct, 2019 0

Todo MVP é um produto, mas nem todo MVP de produto digital precisa ser um software!
😉

MVP significa “Minimum Product Viable”, ou Produto Mínimo Viável.


É sobre um produto que precisa ser viável (atender a requisitos mínimos para ser
lançado) e ser o menor possível (por isso o mínimo) em termos de escopo.
Sendo o menor possível em termos de escopo diminuímos o risco de produzir algo
inútil para o mercado tão incerto que temos atualmente e assim diminuímos o
desperdício de tempo, dinheiro e energia.
A grande sacada é: fazer um produto investindo pouco, num prazo curto, lançá-lo e
testar a ideia.
/* Testar a Ideia = Perceber a demanda */

Transformação Digital e Produtização


Hoje estamos vivendo um momento novo da produção de software: a Transformação
Digital e a Produtização.
Sobre Transformação Digital
Há um consenso entre as pessoas mais antenadas com as tendências do mercado de
tecnologia: em ~ 10 anos toda empresa existente será uma empresa de tecnologia,
onde o software (principalmente) vai ser a atividade fim, mesmo que isso se traduza em
sabonetes, tijolos, cimento etc. sendo entregue na ponta, para o cliente.
Interessante não?
Explico melhor: usaremos sabonete durante muitos anos ainda (eu imagino), mas para
produzir o sabonete teremos robôs (software + hardware), sistemas controlando linhas
de produção automatizadas, inteligência artificial (software) monitorando todo o
processo produtivo para otimizá-lo automaticamente, drones ou veículos autônomos
controlados por sistemas que vão viabilizar toda a cadeia logística automaticamente etc.
Os tempos são outros!
Não vejo que teremos uma realidade como de alguns filmes, com androides e coisas do
tipo populando as cidades e controlando os humanos, mas não haverá sentido em ter
motoristas se os carros se conduzirão sozinho né!
Sobre Produtização
Do ponto de vista de produção (não apenas da engenharia de software, me refiro a
qualquer contexto de produção contínua) o mercado de software tem percebido que
tem muito mais sentido trabalharmos orientados a produtos do que a projetos.
Equipes dedicadas, multidisciplinares, focadas a todo momento num mesmo contexto;
ficou claro que esse é o caminho para os melhores resultados.
O mercado muda muito rápido hoje e para o ciclo de “produzir > lançar > medir >
ajustar > relançar” precisamos de equipes que não se desmobilizem (caso dos
projetos), de produtos perenes e não de empreendimentos que tem fim previsto (caso
dos projetos).

No contexto orientado a projetos as pessoas são mobilizadas sob demanda, trocando


de contexto com frequência, na maioria das empresas ficam distantes umas das outras
e geralmente também não ficam dedicadas em tempo integral a um objetivo só.
Isso não atende mais, tira velocidade das empresas, gera desperdício e um alto custo
de atraso.

Mas todo MVP de produto digital deve ser um software?


Esse é o grande questionamento.
O Mindset Ágil nos mostra que o empirismo é a melhor forma para atingir um alvo,
diferente da mentalidade “prescritiva” que sempre tivemos, onde sempre pensamos ter
certeza sobre o alvo e sobre a melhor forma de atingi-lo.
Um MVP tem esse objetivo: produzir algo pequeno, lança-lo rápido e validar a ideia
logo, para ajustar o curso.
Mas todo MVP de um produto digital precisa ser software?
Software é algo complexo, trabalhoso, não é como montar um avião de papel e ver se
ele voa.

Uma “plataforma para pedir taxi”


Em alguns eventos que já fui sobre agilidade vi o case de uma “plataforma para pedir
taxi”.
Neste case há o relato de como os fundadores da empresa validaram a ideia com um
primeiro MVP: ao invés de construir um APP para validar a idéia, decidiram simular o
app com ações humanas.
Colocaram alguma publicidade numa região específica da cidade, com uma chamada
como: “não espere mais o seu taxi por longos períodos, ligue para xxxx-xxxx que em 3
minutos seu taxi estará na sua porta”.

Os fundadores então colocarem o telefone da casa de um deles e fizeram uma parceria


com pontos de taxi da região, onde em troca de uma priorização das corridas solicitadas
por eles (para atender os 3 minutos prometidos) eles dariam preferência aos pontos de
taxi parceiros.
Fizeram os testes por dois meses e foram ouvindo os clientes para obter feedback.
Foram também quantificando (métricas) os resultados.
Eles queriam perceber a demanda!
Havendo demanda, a hipótese testada estaria válida e valeria a pena investir dinheiro
em desenvolvimento de uma primeira versão de um app para iniciar o produto.
E deu certo.
Perceberam a demanda com quase nenhum dinheiro no jogo, aprenderam com o
mercado, fizeram uma primeira versão do app, foram lançando incrementos e
ajustando o produto aos poucos e estouraram com uma startup que foi vendida tempos
depois por centenas de milhões de reais.

Para pensar
Quantas vezes já idealizamos um produto, investimentos tempo e dinheiro, e quando
lançamos percebemos que a demanda era outra?
O nome disso é desperdício!
E considerando a ideia da vantagem competitiva, quem desperdiça menos sai na frente,
e nem sempre é possível recuperar essa distância perante os concorrentes.

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