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A análise que fizemos se refere à capa da revista veja de 14 de abril de

2010 que tem por composição a imagem do Cristo Redentor chorando, com
uma chamada: “Culpar as chuvas é demagogia. Os mortos do Rio de Janeiro
que o Brasil chora foram vítimas da política criminosa de dar barracos em troca
de votos” e fazendo abrangência a toda a matéria que a capa faz referência.

• Semiótica

Podemos começar citando a terceiridade para esclarecer a nossa


construção de raciocínio:

• [¹] Terceiridade - primeiridade é a categoria que dá à


experiência sua qualidade distintiva, seu frescor, originalidade
irrepetível e liberdade. Secundidade é aquilo que da a
experiência seu caráter factual, de luta e confronto. Finalmente,
Terceiridade corresponde à camada de inteligibilidade, ou
pensamento em signos, através da qual representamos e
interpretamos o mundo. Por exemplo: o azul, simples e positivo
azul, é o primeiro. O céu, como lugar e tempo, aqui e agora,
onde se encarna o azul é um segundo. A síntese intelectual,
elaboração cognitiva – o azul no céu, ou o azul do céu -, é um
terceiro. A terceiridade vai além deste espectro de estrutura
verbal da oração. Ou seja, o indivíduo conecta à frase a sua
experiência de vida, fornece à oração, um contexto pessoal.
Pois "o homem comeu a banana" pode ser ligado à imagem de
um macaco no zoológico; à cantora Carmem Miranda; ao filme
King Kong; enfim, a uma série de elementos extra-textuais.

Em uma segunda etapa já dentro da semiótica identificamos o símbolo:

• [²] Símbolo - "é um signo que se refere ao objeto que denota em


virtude de uma lei, normalmente uma associação de idéias
gerais que opera no sentido de fazer com que o símbolo seja
interpretado como se referindo aquele objeto".
Em uma primeira visão, temos em vista o símbolo, o Cristo Redentor,
da forma com que o fizeram chorando, infere-se que ele está chorando por
alguma catástrofe que foi sucedida no Rio de Janeiro, pois, se trata de um
ícone ao Rio para nós brasileiros e um ícone do Brasil ao estrangeiro, ou seja,
o Rio e o Brasil choram pelas tragédias, em outro aspecto por ser uma figura
bastante religiosa pode-se trazer a questão da fé, que todos se comoveram por
algo ocorrido até mesmo o próprio Cristo. No fundo ao Cristo percebe-se um
clima turbulento, dando uma sensação de tempestade sendo o motivo de o Rio
chorar, do Cristo chorar. Analisando assim o símbolo isolado ao texto da capa,
podemos adicionar vários significados a imagem, como um Rio que chora pela
violência, já que simultaneamente a marginalidade está associada à imagem
da cidade, ou qualquer outro fator trágico que possa esta acontecendo por lá.
Em uma segunda visão temos justamente essa análise de terceiridade, já que
ao ver o cristo nos remete apenas a um significado religioso, depois
analisamos como símbolo já que nossa mente nos remete imediatamente a um
símbolo de um estado ou país, ao vê-lo chorando entendemos que este
símbolo tem algum significado, e assim surgem as buscas a esses significados.
Como a imagem vem com uma legenda, esse significado fica claro, “Culpar as
chuvas é demagogia. Os mortos do Rio de Janeiro que o Brasil chora foram
vítimas da política criminosa de dar barracos em troca de votos”, o Rio chora
por causa dos estragos das chuvas.

• Semiologia

“Culpar as chuvas é demagogia. Os mortos do Rio de Janeiro que o


Brasil chora foram vítimas da política criminosa de dar barracos em troca de
votos”

Podemos analisar esta primeira frase como uma relação


paradigmática, como diz Saussure [³] “O paradigma é o grupo de palavras que
pode substituir um segmento dado na cadeia falada”, já que a palavra
demagogia já está tão associada aos políticos brasileiros na cabeça do ser
humano, mesmo que ausente. Semiologicamente em outra visão, dando
atenção à chamada: “Culpar as chuvas é demagogia. Os mortos do Rio de
Janeiro que o Brasil chora foram vítimas da política criminosa de dar barracos
em troca de votos”, vemos que faz referência a toda à matéria e percebemos
que as verdadeiras causas do choro do Cristo, de toda uma tragédia, não são
na verdade culpa de um fenômeno natural, de uma tempestade que assolou o
Rio e sim de políticos que usam as favelas como currais eleitorais, distribuem
lotes e barracos em troca de votos, sem nenhum planejamento habitacional,
nem remanejamento dessas famílias para lugares com infraestrutura. Seria
culpar um fenômeno natural para se isentar da culpa que tem, onde nos
aprofundamos percebemos que a tragédia foi ocorrida pela não intervenção do
estado nas favelas pela perca do controle organizacional, onde não há
explicação de se culpar as chuvas, ou uma tragédia causada por fenômenos
naturais, quando se tem uma favela localizada sob um antigo aterro sanitário,
sem condições nenhuma de se construir moradias ali.
Bibliografia

[¹]http://pt.wikipedia.org/wiki/Semiologia_%28lingu%C3%ADstica%29

[²] CAMELO, Luiz, http://pt.wikipedia.org/wiki/Semiologia_%28lingu


%C3%ADstica%29

[³] NÖTH, Winfried. “A teoria sígnica de Saussure”. In: _____. A


semiótica no século XX. São Paulo: Annablume, 1999. p. 39.

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