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Se faz necessário ressaltar que tecnicamente o acusado é primário, haja vista que
não possui em seu desfavor nenhuma condenação penal transitada em julgado.
Além do mais, é trabalhador, estudante e mora em residência própria junto a sua mãe.
Tendo sido preso, em torno de 1 (uma) hora da madrugada de um Domingo para uma
Segunda-Feira, do dia XXXXXXXXX.
O acusado apresentou-se na delegacia de polícia, dando os seus relatos, por livre
e espontânea vontade.
Tanto é assim, que o acusado reforça sua intenção de não se furtar da Justiça, e
compromete-se desde logo a comparecer a todos os atos do processo.
II – DO DIREITO
Os critérios previstos no art. 282, a que se refere o art. 321, do CPP, são, em
primeiro lugar, a proporcionalidade, traduzida em adequação (aptidão para a produção
dos efeitos desejados) e necessidade (impossibilidade de obtenção de tais efeitos por
outro meio). Nos termos do art. 282, I, do CPP, as medidas cautelares devem ser
aplicadas quando forem necessárias “para aplicação da lei penal, para a investigação ou
a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de
infrações penais”. Além disso, como dispõe o art. 282, II, do CPP, devem ser aplicadas
tendo em conta “a adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e
condições pessoais do indiciado ou acusado”.
Segundo Cezar Roberto Bitencourt, (Código penal comentado 7. Ed. — São Paulo:
Saraiva, 2012):
O mesmo tem requisitos legais para estar em liberdade e responder a todo ato
processual dessa forma, nada mais justo é que seja concedido através da postulada, em
sede revogação da prisão preventiva, para assim, seja efetuada a justiça consagrada na
Constituição Federal de 1988.
A Carta magna de 88: "Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
De outra, é certo que a ordem pública não será burlada e nem afetada com a
soltura do acusado, pois não se justifica nenhum argumento como o de que com a
soltura poderia voltar a delinquir, já que o mesmo é trabalhador, estudante e tem
residência fixa e meios lícitos de sobrevivência.
Ademais, a prisão cautelar deve ocorrer somente nos casos em que é necessária,
em que é a única solução viável -ultima ratio - onde se justifica a manutenção do infrator
fora do convívio social devido à sua periculosidade e à probabilidade, aferida de modo
objetivo e induvidoso, de voltar a delinquir, o que certamente não é o caso presente.
Ademais, MM. Juiz, não se pode ignorar o espírito da lei, que na hipótese da
prisão preventiva ou cautelar visa a garantia da ordem pública, a conveniência da
instrução criminal ou, ainda, para assegurar a aplicação da lei penal, que no presente
caso, pelas razões anteriormente transcritas, encontram-se plenamente garantidas.
DOS PEDIDOS
Se V. Exa. entender de outra forma, que seja aplicada outra medida diversa da
prisão.
ADVOGADO
OAB/MG XXXXX