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Tudo o que você

precisa saber sobre

Fatores
Psicossociais
no trabalho
Sumário

Por que Fatores Psicossociais? .............................................................. 06


O que são Fatores Psicossociais no Trabalho? .................................... 07
Fatores de Proteção ................................................................................ 09
Riscos Psicossociais ................................................................................ 10
Quais as consequências dos Riscos Psicossociais no Trabalho? ........ 11
Riscos Psicossociais e o eSocial ........................................................... 12
Como prevenir e reduzir os Riscos Psicossociais na empresa? ..... ....... 13
Conclusão ....................................................................................................14
Sobre o CIS FPS ......................................................................................... 15
Referências ..................................................................................................16

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE FATORES PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO


Por que
Fatores Psicossociais?

O trabalho vem ocupando cada vez mais um papel


determinante na qualidade de vida e na saúde mental das
pessoas, especialmente frente às suas novas formas de
organização e gestão, que apresentam diferentes exigências ao
trabalhador.
As características do trabalho, somadas aos recursos
individuais do trabalhador (psicológicos, biológicos e sociais),
podem interferir positiva ou negativamente no seu bem-estar
físico, mental e social.
Percebe-se, contudo, um aumento do número de
adoecimentos de trabalhadores. Segundo dados da Previdência
Social (2017), os transtornos mentais e comportamentais são a
terceira causa de afastamento do trabalho, correspondendo a
37,8% dos casos.
Isso significa que tanto os trabalhadores como os
empregadores estão sendo prejudicados, e que falar sobre as
interações do trabalho e saúde do trabalhador é fundamental.
Por isso, nas próximas páginas você vai conhecer como
esse fatores que interferem na saúde mental dos trabalhadores –
os Fatores Psicossociais – podem ser melhor percebidos e
geridos dentro da organização.
Boa leitura!

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE FATORES PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO


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O que são Fatores
Psicossociais no trabalho?

Provavelmente você já percebeu que as pessoas costumam reagir de forma


diferente às situações, inclusive às de trabalho, não é? Isso acontece porque
nossos sentimentos e comportamentos são resultados da nossa estrutura
biológica somada à nossa história e aprendizados. Assim como as pessoas são
únicas, suas reações emocionais e comportamentais também são.

É possível ainda que você já tenha conhecido alguém, que em função do


seu trabalho, começou a comportar-se de modo irritadiço e estressado. Ou o
contrário, alguém que em virtude de sua atividade profissional tenha se mostrado
mais feliz e motivado. Ocorre que ainda que tenhamos a nossa personalidade
formada, somos sensíveis ao ambiente em que estamos. O contexto, inclusive o
de trabalho, também impacta nossos comportamentos e emoções.

Isso significa que a nossa saúde física e mental é resultado da interação


de fatores socioeconômicos, psicológicos, biológicos e ambientais, e se modifica
ao longo da vida.

Mas afinal, o que são fatores psicossociais no trabalho? Chamamos de


fatores psicossociais no trabalho as interações entre meio ambiente e condições
de trabalho, condições organizacionais, funções e conteúdo do trabalho, esforços,
características individuais e familiares dos trabalhadores (ILO, 1986).

Esses elementos internos e externos ao trabalho podem interagir de forma


positiva ou negativa. Quando positiva, facilita o trabalho, promovendo o
desenvolvimento de competências e habilidades profissionais, altos níveis de
satisfação e produtividade. Quando negativa, contribui para o aumento do número
de acidentes, afastamentos, rotatividade, dentre outros desafios organizacionais.

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Conheça a seguir alguns exemplos desse elementos que inter-relacionam-
se:
Fatores individuais
 Gênero, idade e nível de escolaridade
 Personalidade
 Forma de enfrentar as situações
 Autoestima
 Estilo de vida
 Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

Fatores internos ao trabalho


 Condições do ambiente de trabalho
 Distribuição das tarefas
 Relacionamento entre colegas
 Cultura da empresa
 Estilo da liderança
 Carga de trabalho

Fatores externos ao trabalho ou sociais


 Situação econômica familiar
 Relacionamento familiar
 Acesso à educação e lazer
 Pessoas e grupos de apoio
 Política e economia

Ainda que a saúde mental de uma pessoa pareça resultar unicamente das
características individuais, sabe-se que as diferentes variáveis sociais e do
trabalho também impactam significativamente nos comportamentos e respostas
do trabalhador.
Assim, podemos considerar os fatores psicossociais no trabalho como:

Fatores de Proteção: propiciam apoio e fortalecimento ao


trabalhador, auxiliando no enfrentamento dos desafios do
trabalho e do cotidiano.

Riscos Psicossociais: causam dano ao trabalhador, de


forma que suas condições de enfrentamento e saúde
mental podem ser prejudicadas.

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Fatores de Proteção

 Cooperação entre colegas


 Relacionamentos saudáveis
 Tratamento justo
 Possibilidade de dar opiniões sobre o
trabalho
 Comunicação clara
 Liderança positiva
 Reconhecimento
 Realização profissional
 Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
 Apoio da família

Ainda que os fatores psicossociais sejam subjetivos, já que variam a cada


pessoa, é possível estimular os fatores de proteção no trabalho através de
ações que visam o bem-estar e potencializam os aspectos positivos de cada
trabalhador.

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Riscos Psicossociais

 Tarefas com pouca variedade


 Problemas de comunicação
 Falta de clareza ou pouca orientação para
o trabalho
 Conflito de papéis e responsabilidades
 Falta de apoio da liderança
 Sobrecarga e pressão
 Ausência de reconhecimento
 Assédio moral ou psicológico
 Impossibilidade de opinar
no trabalho
 Falta de apoio de colegas
 Desequilíbrio entre e vida
pessoal e profissional
 Relacionamentos
conflituosos

Quando os trabalhadores são submetidos a exigências físicas e


emocionais excessivas, estão sob risco psicossocial. Eles variam conforme os
ambientes organizacionais e sua identificação nem sempre é simples.
Geralmente, o que se percebe com facilidade são as suas consequências. No
entanto, ainda que os riscos sejam reconhecidos, para a sua melhor gestão é
necessário o monitoramento constante e a avaliação periódica, pois mudanças
organizacionais podem ocasionar novos e diferentes riscos.

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Quais as consequências dos
Riscos Psicossociais no Trabalho?

Um risco psicossocial, representado geralmente pelas condições de


trabalho, cultura organizacional e estilo de gestão, provoca consequências tanto
para o trabalhador, como para a empresa. Esses efeitos, ainda que comumente
percebidos, dificilmente são atribuídos às condições e características do trabalho,
o que torna as intervenções, muitas vezes, insuficientes. Confira algumas
possíveis consequências dos riscos psicossociais no trabalho:
PARA O TRABALHADOR:

FÍSICAS PSICOLÓGICAS COMPORTAMENTAIS

• Problemas cardíacos • Diminuição da atenção e • Isolamento


• Dores de cabeça, nas concentração • Falta ao trabalho
costas, no estômago • Irritabilidade • Falhas operacionais
• Falta de ar • Tristeza • Redução no
• Cansaço • Depressão e ansiedade desempenho
• Estresse e burnout • Consumo de álcool e
outras drogas
• Suicídio
PARA A EMPRESA:

Aumento do Aumento da Diminuição da


absenteísmo rotatividade produtividade

Diminuição da Aumento dos Aumento de


qualidade afastamentos acidentes de
ao trabalho trabalho

VOCÊ SABIA?

- A depressão representa 50% dos afastamentos por CID-F (transtornos mentais e


comportamentais) nas indústria brasileiras (MENDES, DUARTE, 2014).
- De acordo com um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (WHO, 2016), a
depressão e os distúrbios de ansiedade custam 1 trilhão de dólares à economia global
a cada ano em perda de produtividade.

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Riscos Psicossociais e o eSocial

O eSocial é um projeto do Governo Federal que visa unificar o envio de


informações pelo empregador em relação aos trabalhadores que lhe prestam
serviços remunerados, como informações sobre os fatores de riscos do meio
ambiente de trabalho. Na categoria de riscos ergonômicos, encontram-se os
riscos psicossociais e cognitivos.

Para o preenchimento, é necessário observar e mensurar algumas


situações do ambiente de trabalho:

Riscos ergonômicos: Psicossociais/ Cognitivos


04.05.001 Excesso de situações de estresse
04.05.002 Situações de sobrecarga de trabalho mental
04.05.003 Exigência de alto nível de concentração, atenção e
memória
04.05.004 Trabalho em condições de difícil comunicação
04.05.005 Excesso de conflitos hierárquicos no trabalho
04.05.006 Excesso de demandas emocionais/afetivas no trabalho
04.05.007 Assédio de qualquer natureza no trabalho
04.05.008 Trabalho com demandas divergentes
04.05.009 Exigência de realização de múltiplas tarefas, com alta
demanda cognitiva
04.05.010 Insatisfação no trabalho
04.05.011 Falta de autonomia no trabalho

A identificação desses riscos deve fazer parte da análise ergonômica do


trabalho (AET), que é um parecer técnico realizado por um ergonomista sobre os
riscos de ergonomia presentes no ambiente de trabalho. Ao mapear esses riscos e
propor recomendações de melhoria, a empresa tem a oportunidade de tornar o
seu ambiente mais saudável e consequentemente mais produtivo.

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7 Dicas para prevenir e reduzir os
Riscos Psicossociais na empresa

As estratégias de prevenção e redução dos riscos psicossociais no


trabalho, de forma geral, são potencializadas quando realizadas por meio de
intervenções de primeiro nível, ou seja, compreendendo ações coletivas e em nível
organizacional. Dessa forma, seus efeitos favorecem um maior número de
trabalhadores. Confira as dicas:

Possibilitar a participação no trabalho: possibilitar que o trabalhador opine


sobre como fazer o próprio trabalho, dê sugestões e participe de decisões,
proporciona reconhecimento e sentido ao trabalho.

Atenção à carga e ritmo do trabalho: garantir a quantidade adequada de


funcionários e revisar periodicamente metas e prazos poder reduzir o
desgaste físico e mental do trabalhador, que é, muitas vezes, a causa do seu
adoecimento.

Estimular as relações: promover um ambiente colaborativo e valorizar as


relações positivas no trabalho gera um grande impacto no bem-estar dos
trabalhadores e na sua capacidade de aprendizagem e enfrentamento de
desafios.

Valorizar a diversidade: estimular o desenvolvimento de novas competências


é importante, mas também é preciso considerar as características físicas e
psicológicas de cada trabalhador. Assim, é possível aproveitar da melhor
forma as competências de cada um e manter seu bem-estar.

Aperfeiçoar a comunicação : garantir a transparência e a clareza das


informações pode evitar conflitos e retrabalho. Por isso, as políticas
organizacionais relacionadas à comunicação são fundamentais.

Reconhecer os profissionais: tratar os profissionais com igualdade e justiça e


valorizar o seu desempenho promove engajamento e bem-estar. As políticas
organizacionais e o desenvolvimento das lideranças precisam contemplar
essa ação.

Adequar ambiente físico: as condições físicas de trabalho precisam ser


constantemente observadas. Elementos como iluminação e equipamentos
adequados, qualidade do ar, níveis de ruídos e outros agentes perigosos
devem ser monitorados e regulados.

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Conclusão

O adoecimento do trabalhador, decorrente, muitas vezes, dos riscos


psicossociais existentes no trabalho, impacta significativamente a rotina de
profissionais e de empresas. A redução do bem-estar no trabalho tem um efeito
prejudicial sobre as relações sociais do trabalhador, seus desempenho e
satisfação pessoal e profissional. Já para as empresas, há um prejuízo nos
resultados e incide em altos custos. Em função disso, percebe-se uma maior
atenção sobre os efeitos dos riscos psicossociais e a necessidade de desenvolver
políticas preventivas e interventivas.

A prática de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) avançou para além do


seu âmbito tradicional (ligado aos riscos físicos, químicos, biológicos e mecânicos)
e passou a incorporar uma perspectiva de Medicina do Trabalho mais ampla, com
contribuições advindas da Psicologia do Trabalho e da Saúde do Trabalhador,
reconhecendo, assim, a importância de as pessoas viverem em locais de trabalho
mais saudáveis. Esse se tornou um fator competitivo para as empresas.

Embora ainda incipientes, existem alguns modelos de gestão em fatores


psicossociais. O mais eficiente, contudo, tende a ser aquele customizado à
empresa, pois se estrutura em função das necessidades e possibilidades reais de
mudança naquele local. Além disso, as ações de diagnóstico dos riscos
psicossociais e as intervenções necessárias precisam ser chanceladas pelas
áreas estratégicas da empresa, como alta direção, RH, SST e lideranças, para que
o maior número de trabalhadores sejam atingidos e consequentemente, se
alcancem melhores resultados.

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Sobre o CIS FPS

Ambientes de trabalho saudáveis são mais produtivos.


Sabendo disso, o Centro de Inovação SESI em Fatores
Psicossociais atua no desenvolvimento de soluções para atender
as demandas relacionadas aos fatores psicossociais, a fim de
reduzir despesas com afastamentos e acidentes e aumentar a
produtividade.
Temos uma equipe multidisciplinar de especialistas e
parcerias com instituições de referência nacionais e
internacionais. Por meio de pesquisa aplicada, desenvolvemos
ferramentas para a gestão de fatores psicossociais, criando
soluções personalizadas para a sua empresa.

Clique e saiba mais:

https://www.linkedin.com/showcase/fatores-psicossociais
https://www.sesirs.org.br/cisfps

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Previdência Social. Adoecimento Mental e Trabalho – A concessão


de benefícios por incapacidade relacionados a transtornos mentais e
comportamentais entre 2012 2 2016. 1º Boletim Quadrimestral sobre benefícios por
incapacidade. 2017.
INTERNATIONAL LABOUR ORGANISATION - ILO. Psychosocial factors at
work: recognition and control. Report of the Joint ILO/ WHO Committee on
Occupational Health. Ninth Session, Geneva, 18-24 September, 1984. Geneva; 1986.
(Occupational Safety and Health Series, 56). Disponível em:
<http://www.ilo.org/public/libdoc/ ilo/1986/86B09_301_engl.pdf>. Acesso em:
17/04/2019.
MENDES, A. M.; DUARTE, F., Transtornos Psicossociais no Trabalho: a
situação das indústrias brasileiras. Brasília: SESI, 2014.
WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. Investing in treatment for
depression and anxiety leads to fourfold return. New releases, 2016. Whashington
DC, United States of America. Disponível em: <https://www.who.int/en/news-
room/detail/13-04-2016-investing-in-treatment-for-depression-and-anxiety-leads-to-
fourfold-return>. Acesso em: 17/04/2019.

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