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Apostila de Instalações

Elétricas Prediais.

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Instalações Elétricas Prediais 1
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS

SUMÁRIO

1. Noções de Eletricidade e Grandezas Elétricas 03


2. Conversão de Unidades 12
3. Circuitos Elétricos 13
4. Rede de Distribuição 14
5. Medidas elétricas 15
6. Geração e sistemas elétricos 16
7. Componentes e Simbologia de um circuito elétrico 17
8. Leitura e interpretação de planta baixa 19
9. Elaboração de Projeto Elétrico de uma residência 22
10. Esquema Unifilar 26
11. Dimensionamento 31
12. Disjuntores 33
13. Cálculo para queda de tensão 37
14. Levantamento de cargas instaladas 38
15. Demanda 39
16. Dispositivos, Módulos e Disjuntores DR’s 40
17. Motores Elétricos 41
18. Comando de lâmpadas através de interruptores 44
19. Lâmpadas fluorescentes 46
20. Instalação de minuteria 52
21. Instalação de sensor de presença 52
22. Instalação de interruptor fotoelétrico 53
23. Instalação de ventiladores de teto 53
24. Instalação de chuveiro 54
25. Instalação de automático (chave) de boia 54
26. Instalação de chave magnética para ligação de motores 55
27. Riscos relacionados às atividades 56

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS

1. NOÇÕES DE ELETRICIDADE E GRANDEZAS ELÉTRICAS

1.1. Noções básicas sobre a matéria


Para compreender o que é eletricidade, precisamos primeiramente, conhecer a matéria.

Ela é a origem de todos os elementos no universo. Podemos definir a matéria como tudo que
existe na natureza, tem peso e ocupa lugar no espaço.

Todos os corpos existentes na natureza são constituídos de matéria. Se pudéssemos observar a


menor parte (dividindo-se ao meio até encontrarmos esta parte) da matéria, veríamos que ela é
formada de pequenas partículas que recebem o nome de átomo.

ÁTOMOS SÃO AS PARTÍCULAS FORMADORAS DE TODA MATÉRIA.


Condutor de alumínio (matéria)

Divisão da matéria (alumínio)

A menor parte do alumínio é o átomo de alumínio. Para fins didáticos vamos aumentar milhares
de vezes o átomo de alumínio (ver fig. abaixo).

No centro, que é o núcleo, temos os prótons e nêutrons. Girando em torno do núcleo, nas
camadas temos os elétrons. Essas partículas são chamadas cargas elétricas.
Examinaremos cada uma dessas partículas.

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 Prótons – são partículas fixas no núcleo e possuem cargas elétricas positivas.
 Nêutrons - são partículas fixas no núcleo que não possuem cargas elétricas.
 Elétrons – são partículas girando em torno do núcleo, que possuem cargas elétricas
negativas.

1.2. A Corrente Elétrica


A corrente elétrica é o movimento ordenado de cargas elétricas. Os elétrons são as únicas
partículas que podem ser deslocadas. Podemos afirmar que corrente elétrica é o movimento
ordenado de elétrons livres.

É representada por I ou i e a sua unidade de medida é o Ampère, que se abrevia sempre por A. O
instrumento utilizado para medir corrente elétrica é o amperímetro.

Logo, corrente elétrica é o movimento de elétrons de um átomo para outro, resultando do


excesso ou falta de elétrons em um determinado átomo.

Em eletricidade existem dois tipos de corrente que se distinguem pela forma com que os
elétrons se deslocam no interior dos condutores. A corrente contínua e a corrente alternada.

Corrente contínua:
É aquela em que os elétrons se deslocam sempre no mesmo sentido.

Corrente alternada:
É aquela em que os elétrons periodicamente invertem o seu deslocamento e em cada instante
tem um valor diferente. Quando temos dois corpos com o número diferente de elétrons,
dizemos que eles possuem cargas elétricas diferentes. Ligando-se esses dois corpos através de
um caminho condutor de elétrons, estes passarão de um corpo ao outro, procurando equilibrar
as cargas elétricas.

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1.3. Carga Elétrica
Verifica-se que os prótons e os elétrons são providos de certa propriedade a qual se deu o nome
de carga elétrica (também chamada de quantidade de eletricidade). Os nêutrons são desprovidos
de eletricidade. Os prótons possuem carga elétrica positiva (+) e os elétrons possuem carga
elétrica negativa (-).

1.4. A Tensão (Voltagem ou D.D.P)


Vimos que a corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons. Mas para que os elétrons se
desloquem é necessário que uma força atue sobre eles. Essa força recebe o nome de diferença
de potencial (ddp) e também é conhecida por tensão (E), força eletromotriz (fem) ou ainda
voltagem (V).

Para haver corrente elétrica, é preciso que os elétrons se movimentem e, esse movimento
precisa de uma força, a força eletromotriz, produzida por uma fonte geradora. Esta força
também é chamada de tensão, voltagem ou diferença de potencial (D.D.P.).

Ela surge quando existe uma diferença de elétrons entre dois átomos, isto é, sempre que há uma
diferença de potencial, existe uma força tentando restabelecer o equilíbrio.

A unidade da intensidade de tensão, voltagem ou D.D.P. é o volt, cujo símbolo é a letra V. O


equivalente a diferença de potencial no circuito hidráulico é a diferença de nível da caixa d’água
existindo assim uma diferença de potencial hidráulica.

O instrumento usado para medir tensão elétrica é o voltímetro.

1.5. A Resistência Elétrica


Quando uma corrente elétrica atravessa um material qualquer, ela encontra certa dificuldade
que recebe o nome de resistência elétrica. Todos os materiais existentes na natureza oferecem
resistência à passagem da corrente elétrica. As características do material e as condições em que
ele se encontra é que definem o valor de sua resistência elétrica.

A resistência elétrica de um corpo é sempre representada pela letra R. A unidade de medida da


resistência é o Ohm (). O instrumento usado para medir resistência elétrica é o ohmímetro.

Verifica-se, na prática que o valor da resistência elétrica de um corpo varia em função de sua
temperatura e que, a resistência elétrica é diretamente proporcional ao comprimento do corpo.

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Um fenômeno inverso ocorre quando cortamos um corpo no sentido da sua seção transversal.
Nesse caso a passagem para os elétrons torna-se mais difícil, fazendo com que sua resistência
elétrica aumente. A resistência elétrica é inversamente proporcional à seção transversal do
corpo.

Os condutores de corrente elétrica mais usados são os de cobre (por ser depois do ouro e da
prata o material que possui maior quantidade de elétrons livres), ou alumínio. A maior ou menor
largura de um condutor influencia na passagem da corrente elétrica.

Quanto mais grosso for o condutor, maior será o número de elétrons livres. Dependendo do
número de elétrons, quando usamos um condutor mais fino, pode haver aquecimento, o que
muitas vezes rompe o condutor, devido ao pequeno número de elétrons livres, o que provoca o
aquecimento.

Assim, dependendo do número de elétrons que vai passar por um condutor, temos que usar um
condutor apropriado, variando de material e a seção transversal.

Alguns materiais possuem elétrons muito próximos ao núcleo. Então, o núcleo exerce grande
força de atração sobre eles, oferecendo grande resistência à passagem da corrente elétrica. São
os isolantes.

NÚCLEO

Isolantes: baquelite, borracha, vidro, porcelana, mica, plástico.

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1.6. Lei de OHM
Para relacionar tensão, resistência e corrente, devemos memorizar a lei de ohm, a lei básica dos
circuitos elétricos. Observe o significado da palavra REI:

R – resistência elétrica de ohm.


E – tensão elétrica em volt.
I – intensidade da corrente elétrica em ampère.

Do triângulo acima, podemos tirar as fórmulas para a tensão (E), corrente (I) e resistência (R).
Sendo que no triângulo, a tensão tem que estar sempre em cima, enquanto a resistência e a
corrente podem ser trocadas em si.

Para se achar a fórmula da tensão, tapa-se com o dedo a letra E no triângulo. Teremos então, R
ao lado de I, o que significa uma multiplicação.

Da mesma forma, acharemos a resistência e a corrente.

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1.7. Potência Elétrica
Potência elétrica é a capacidade de fornecer ou consumir energia. Assim, quanto maior for a
potência de um aparelho ou equipamento, maior quantidade de energia ele poderá fornecer ou
consumir.

Toda e qualquer forma de energia é usada para realizar um trabalho. Para que um trabalho seja
realizado, é necessário certo tempo. Podemos afirmar que a potência é a velocidade com que a
energia é usada na realização de um trabalho. Essa definição é genérica e serve para todos os
tipos de energia, seja ela elétrica, mecânica, calorífica, luminosa ou outra forma qualquer
existente na natureza.

A unidade de potência mais usual é o Watt, além de ser muito comum utilizarmos também o CV
(cavalo-vapor), o HP (horse-power) e o BTU.

A intensidade da corrente elétrica depende da tensão e da intensidade de corrente elétrica.

Existe uma fórmula que relaciona os três valores e eles podem ser trocados num triângulo e
qualquer valor calculado a partir dos outros dois, da mesma forma que na lei de ohm.

Para se achar a fórmula da potência, tapa-se com o dedo a letra P, no triângulo. Teremos então,
V ao lado de I, o que significa uma multiplicação.

Da mesma forma, acharemos a tensão e a corrente.

O equivalente da potência elétrica no circuito hidráulico é o tamanho da caixa d’água. Quanto


maior ela for, maior sua capacidade de fornecer água. A potência pode ser de vários tipos:

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1.7.1. Potência Útil ou Ativa
A potência é chamada útil ou ativa quando no circuito, a energia é toda transformada em calor,
exemplo: circuito de lâmpadas, chuveiro elétrico, etc. Neste caso, a potência é chamada de watt
e designada pela letra W e teremos:

W = V x I x cos 

1.7.2. Potência Reativa


A potência é chamada reativa quando no circuito, a energia não é transformada em calor,
exemplos: motores, capacitores, enrolamentos, etc. Neste caso, a potência é chamada de volt-
ampère reativo e designado pelas letras VAR e teremos:

VAR = V x I x sen 

1.7.3. Potência Aparente


A soma (de maneira adequada) das potências útil e reativa é chamada de potência aparente.
Neste caso, a potência aparente que é a potência total do circuito, é chamada de volt-ampère, e
designada pelas letras VA (é mais comum usar seu múltiplo kVA, que quer dizer, mil vezes o VA).

1.7.4. Energia Elétrica


As Concessionárias de Energia Elétrica estão interessadas em saber não apenas quantos Watts
são consumidos, mas também o tempo durante o qual ocorreu esse consumo. É evidente que o
consumidor que deixe uma lâmpada de 100 W, por exemplo, ligada durante 3 horas terá que
pagar mais que outro consumidor que deixe a mesma lâmpada ligada durante 2 horas. Portanto,
Energia é a quantidade de potência consumida em um determinado tempo. Calcula-se, então, a
energia elétrica multiplicando a potência consumida pelo tempo durante o qual os aparelhos
ficaram ligados, que nesse caso é medida em kWh (kilo-Watt hora).

1.7.5. Fator de Potência


Em um circuito elétrico que tenha apenas cargas resistivas, isto é, chuveiro, torneira elétrica,
lâmpada incandescente, a potência total, produto da corrente do circuito pela tensão elétrica
será igual à potência lida num wattímetro.

Quando em circuito elétrico encontramos carga reativa, isto é, motores, transformadores,


reatores, iremos notar que a potência total, obtida através do produto da corrente lida num
amperímetro pela tensão num voltímetro, é diferente da potência lida num wattímetro.

Fator de potência = 1

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Fator de potência = 0,8

Fator de Potência é a fração da Potência Aparente P (VA) transformado em Potência Ativa P (W)

1.7.6. Valores de Potências

CV ou HP:
1 CV ou 1 HP, equivale a 750W, então se um equipamento tiver 2CV ou 2HP, é só multiplicarmos
os 750W pelo valor do CV ou HP.

Ex1.: 2 CV (ou HP) x 750W = 2 x 750 = 1500W.


Ex2.: 1/2 CV (ou HP) x 750W = 750 : 2 = 375W.

BTU:
Para calcular BTU, teremos que multiplicar por uma constante de 0,13.
Ex1.: 7500BTU = 7500 x 0,13 = 975W.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1) O que você entende por tensão elétrica?


a) Qualquer movimento de elétrons livres;
b) Movimento ordenado de elétrons livres;
c) Força que desloca elétrons;
d) Dificuldade oferecida à passagem da corrente elétrica.

2) O que é corrente elétrica?


a) Qualquer movimento de elétrons livres;
b) Movimento ordenado de elétrons livres;
c) Força que desloca elétrons;
d) Dificuldade oferecida à passagem da corrente elétrica.

3) O que chamamos de resistência elétrica?


a) Qualquer movimento de elétrons livres;
b) Movimento ordenado de elétrons livres;
c) Força que desloca elétrons;
d) Dificuldade oferecida à passagem da corrente elétrica.

4) A resistência elétrica varia diretamente com:


a) A seção transversal do corpo; c) A tensão aplicada;
b) O comprimento do corpo; d) O tipo de material.

5) A resistência varia inversamente com:


a) A seção transversal do corpo; c) A tensão aplicada;
b) O comprimento do corpo; d) O tipo de material.

6) Ao aquecermos um corpo metálico, a sua resistência elétrica:


a) Diminui; c) Aumenta;
b) Permanece inalterada; d) Se anula.

7) A potência depende:
a) Somente da corrente; c) Somente da resistência;
b) Somente da tensão; d) Da tensão, da corrente e da resistência.

8) O HP vale aproximadamente:
a) 750W; b) 380W; c) 220W; d) 127W.

9) Numere a coluna da esquerda de acordo com a da direita:


( 1 ) Watt ( ) corrente.
( 2 ) Ohm ( ) tensão.
( 3 ) Ampère ( ) resistência.
( 4 ) Volt ( ) potência.

10) Pela Lei de Ohm podemos afirmar que:


a) I = V/R; b) I = R/V; c) I = V x R; d) I = P x V.

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2. CONVERSÃO DE UNIDADES

Múltiplos e Submúltiplos
Estas unidades foram criadas para facilitar a interpretação dos valores (altos e baixos) das
grandezas elétricas, entretanto sem alterar a quantidade das mesmas.

Caso tenhamos que converter do maior para o menor, devemos multiplicar, se formos converter
do menor para o maior, devemos dividir, como mostramos na tabela a seguir:

Tera Giga Mega Kilo Unidade Mili Micro Nano Pico


(T) (G) (M) (K) Padrão (m) (µ) (n) (p)
1012 109 106 103 V-A-Ω-W 10-3 10-6 10-9 10-12

Obs.: Na regra acima, a cada mudança de unidade, devemos multiplicar ou dividir por mil,
conforme a conversão que desejamos realizar.

Ex.: Para transformarmos 1.000V para 1kV, devemos dividir os 1.000V por 1.000, daí teremos o
1kV.

Exemplos de equivalência:

1.000V 1kV
800mV 0,8V
1.000A 1kA
1.000W 1kW
13,8kV 13.800V
1kHz 1.000Hz
1.800mA 1,8A
800mW 0,8W

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3. CIRCUITOS ELÉTRICOS
Associando Resistores e Lâmpadas

Circuito em Série:
No circuito em série, todos os componentes são percorridos por corrente de mesma intensidade.

Circuito em Paralelo:
No circuito em paralelo, seus componentes são ligados
diretamente a uma diferença de potencial (DDP),
assim, os aparelhos ligados ao circuito, não dependem
dos outros para funcionar.

Ex.: No esquema abaixo, foi retirado uma lâmpada,


porém, as outras lâmpadas continuam funcionando
normalmente.

Controles:

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4. REDE DE DISTRIBUIÇÃO
Redes de distribuição primária (DP) e secundária (DS), são trifásicas e a ligação dela aos
consumidores, poderão ser monofásicas, bifásicas ou trifásicas, dependendo da carga solicitada.

127V = fase + neutro + terra;


220V = fase + fase + terra;
380V = fase + fase + fase + terra.

Plugue:

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5. MEDIDAS ELÉTRICAS

Da Intensidade da Corrente
O aparelho que mede a intensidade da corrente elétrica é
o AMPERÍMETRO, que é ligado em série no circuito. Para
evitarmos a abertura do condutor na medida da corrente,
usa-se o amperímetro tipo alicate.

O aparelho que mede a intensidade da tensão é o VOLTÍMETRO, que é ligado em paralelo no


circuito.

Da Potência do Circuito
Conheça agora, um aparelho que mede diretamente a potência do circuito.
É o WATTÍMETRO. O aparelho apresentado é do tipo portátil. Identificamos
um wattímetro pela letra W que existe no seu mostrador.

Da Resistência
O OHMÍMETRO é o instrumento que mede diretamente a resistência.

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6. GERAÇÃO E SISTEMAS ELÉTRICOS

Eletricidade é o Meio para Transporte de Energia


Você estudou a natureza eletrônica da matéria e que a eletricidade é o fluxo de elétrons de um
ponto para outro ou a acumulação de elétrons em um corpo carregado. É evidente que a maioria
dos materiais apresentam um equilíbrio elétrico. O que é necessário é uma fonte de energia
externa, para que possam ser mantidos excessos e/ou deficiências de elétrons, quando estiver
sendo produzida uma corrente. Com o adequado fornecimento de energia externa ao dispositivo
certo, podemos gerar eletricidade. Por outro lado, fornecendo eletricidade aos dispositivos
certos, podemos converter a energia e1étrica em outras formas úteis, tais como energia
mecânica dos motores, calor de eletrodomésticos, luz de lâmpadas etc. Assim, a eletricidade
pode ser considerada como o meio para o transporte e a distribuição convenientes de energia.
Por exemplo, a energia de uma queda d'água pode ser aproveitada por um gerador para produzir
energia elétrica, que é transportada por linhas de transmissão, por centenas de quilômetros, a
uma cidade, onde é usada para proporcionar energia mecânica, luz, calor, refrigeração e outras
facilidades. Então, realmente usamos a energia da queda d'água quando usamos a eletricidade
produzida.

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7. COMPONENTES DE UM CIRCUITO ELÉTRICO

Principais Componentes e Termos Técnicos

 Ponto de luz
É o conjunto formado pela caixa de passagem, lâmpada e luminária, que possui a finalidade de
receber energia para iluminar um recinto. Cada ponto de luz deverá ser indicado em planta baixa
com a simbologia adequada já provido da respectiva carga.

Ponto de luz no teto

Ponto de luz na parede

 Tomada de luz
É o conjunto formado pela caixa de passagem ou caixa terminal e um elemento elétrico utilizado
para conectar aparelhos elétricos de pequena potência.

 Tomada baixa monofásica  Tomada média monofásica


 Tomada baixa monofásica com terra  Tomada média monofásica com terra

 Caixa de saída alta monofásica


 Caixa de saída alta monofásica com terra

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 Interruptor
Chave de baixa tensão, de construção e características elétricas adequadas à manobra de
circuitos de iluminação em instalações prediais, aparelhos eletrodomésticos, luminárias e
aplicações equivalentes.

 Interruptor simples
Chave unipolar de dois terminais, no qual o terminal de entrada fica ligado ora
sim, ora não, sucessivamente após cada operação.

 Interruptor paralelo (three-way)


Interruptor unipolar de três terminais, no qual o terminal de entrada fica permanentemente
ligado, ora a um, ora ao outro dos dois terminais de saída, sucessivamente após cada operação. É
utilizado em locais que é necessário acionar o ponto de luz através de dois interruptores em
diferentes posições.

 Interruptor intermediário (four-way)


Interruptor bipolar de quatro terminais, no qual cada um dos dois terminais de entrada fica
permanentemente ligado, ora a um, ora ao outro dos dois terminais de saída, sucessivamente
após cada operação. É utilizado em locais que seja necessário acionar o ponto de luz por mais de
dois pontos de comando.

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8. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PLANTA BAIXA
Todo projeto de instalação elétrica deve obter dados que permita o seu completo entendimento,
bem como convenções gráficas normalizadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).

 Objetos de Instalações Elétricas


a) Residencial simples (casas);
b) Residencial coletivo (prédios, vilas);
c) Comercial;
d) Industrial;
e) Rural.

 Plantas
É a projeção ortogonal do corte produzido por um plano que passa paralelo ao piso, distando
deste uma cota igual à distância do piso ao meio da altura da janela, como mostram as
ilustrações a seguir:

 Planta Residencial
Na planta residencial colocamos todas as informações necessárias ao desenvolvimento da
construção, tais como: nome dos cômodos, indicações das janelas, portas, pisos, diferença de
nível, armários, pias, tanques, sanitários, chuveiros, sentido de giro das portas, cortes
transversais, longitudinais e áreas.

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9. ELABORAÇÃO DE PROJETO ELÉTRICO DE UMA RESIDÊNCIA

Baseado na planta abaixo, faremos o projeto da instalação elétrica de um apartamento do tipo


quitinete.

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Símbolos e convenções para projetos de instalações elétricas

DESIGNAÇÃO SÍMBOLO (NBR-5444)


LUMINÁRIAS, REFLETORES E LÂMPADAS
Ponto de luz incandescente no teto

Ponto de luz fluorescente no teto

Ponto de luz na parede (arandela)

Minuteria

QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
Quadro terminal de luz e força,
aparente

Quadro terminal de luz e força,


embutido

Quadro geral de luz e força, aparente

Quadro geral de luz e força, embutido

Caixa para medidor

INTERRUPTORES

Interruptor de uma seção

Interruptor de duas seções

Interruptor de três seções

Interruptor paralelo ou Three-Way

Interruptor intermediário ou Four-Way

Botão de minuteria

Botão com campainha na parede

Botão de campainha no piso

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Fusível

Chave seccionadora (abertura s/ carga)


Chave seccionadora (abertura em
carga)
Disjuntor a seco
TOMADAS
Tomada de luz na parede baixa (0,3m
do piso acabado)

Tomada média (1,3m do piso)

Tomada alta (2m do piso)

Tomada para rádio e tv

Campainha
Tomada de telefone na parede
(externa)
Tomada de telefone na parede (interna)
TRANSFORMADORES
Transformador de potência

Transformador de corrente

Transformador de potencial

DUTOS E DISTRIBUIÇÃO
Eletroduto embutido no teto ou parede

Eletroduto embutido no piso

Duto para telefone

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Identificação de Condutores

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10. ESQUEMA UNIFILAR
O esquema unifilar representa um sistema elétrico simplificado que identifica o número de
condutores e representa seus trajetos por um único traço.

Geralmente, representa a posição física dos componentes da instalação, porém, não representa
com clareza o funcionamento e sequência funcional dos circuitos.

Na figura a seguir, temos um esquema de um circuito elétrico composto de interruptor simples,


tomada, lâmpadas incandescentes, rede de eletrodutos e fiação, todos representados na forma
unifilar.

Nos projetos elétricos representados em planta baixa, utilizamos o diagrama unifilar, devido à
facilidade de interpretação do posicionamento dos componentes e das ligações entre caixas de
passagens através de eletrodutos.

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É importante lembrar que as linhas que ligam os símbolos dos componentes, representam os
eletrodutos e não os fios do circuito. Estes são representados através de símbolos específicos,
dispostos sobre os eletrodutos no diagrama unifilar:

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10
1cv

10 8
10 7 8
6
9 5 60VA 60VA
60VA i m 600VA n
9 9 9 6
2 X 40VA h 9 5 9
10 1 l 5
1 10
7 8 9 5 40VA lm
5 5 5
5

Instalações Elétricas Prediais


1-h 9j 9l 9-n
i 9 5 9 o
1 g 40VA
10 9 600VA
6 9-o
600VA 5
10
1-g 5
9 J 9 J
10 5
6 9 pp 5 5
10
6 7 8 9 5 9 9
p p pp
10 2
3 2
1 3 2

600VA
3 9
3
1-f 9-c
1-d 9
3 2
10 2 2 2
60VA 3 4
1 1
1 3
f 10
2 9 b 2 9 bb b
c
1 9 9 9 bb

1 2 X 40VA
d
2
2
4
1e 600VA 3

60VA 1
600VA 1cv
e 3 1cv

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Pontos de Luz Tomada Uso Número Condutor Proteção
Número do Tensão Tomada Uso Geral Potência Fases
Fluorescente Incandescente Específico Total de mm² A
Circuito (V)
20 40 40 60 100 100 600 1 CV 3 kVA Pontos VA
1 127 4 2 1 7 380 1,5 10 1
2 127 6 6 600 2,5 15 3
3 127 3 3 6 2100 2,5 20 3
4 127 1 1 1430 2,5 15 1
5 127 3 2 5 1500 2,5 15 1
6 127 1 1 1430 2,5 15 2
7 220 1 1 3000 2,5 20 1-2
8 220 1 1 3000 2,5 20 2-3
9 127 2 3 6 11 860 1,5 10 3
10 127 5 1 6 1100 2,5 15 3
Total 4 2 5 7 17 6 2 2 45 16830

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Máximo número de condutores no mesmo eletroduto

BITOLA DO N DE CONDUTORES NO MESMO ELETRODUTO


CONDUTOR 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2
AWG (mm ) DIÂMETRO DO ELETRODUTO EM POLEGADA
14 (1,5) ½ ½ ½ ½ ¾ ¾ ¾ 1 1
12 (2,5) ½ ½ ½ ¾ ¾ 1 1 1 1¼
10 (4) ½ ¾ ¾ ¾ 1 1 1¼ 1¼ 1¼
8 (6) ½ ¾ 1 1 1¼ 1¼ 1¼ 1¼ 1½
6 (10) ½ 1 1¼ 1¼ 1½ 1½ 2 2 2
4 (16) ¾ 1¼ 1¼ 1½ 2 2 2 2 2½
2 (25) ¾ 1¼ 1½ 1½ 2 2 2½ 2½ 2½
1/0 (50) 1 1½ 2 2 2½ 2½ 3 3 3
2/0 (70) 1 2 2 2½ 2½ 3 3 3 3½
3/0 (70) 1 2 2 2½ 3 3 3 3½ 3½
4/0 (95) 1¼ 2 2½ 2½ 3 3 3½ 3½ 3½

Obs: As áreas dos condutores não devem exceder a 40% da área interna do controle. (NEC 359.9)

TIPO DE ISOLAMENTO
PVC/70º - NBR 6148 - ABNT
SÉRIE MÉTRICA – mm² AMPÈRES
1,5 15,5
2,5 21
4 28
6 36
10 50
16 68
25 89
35 111
50 134
70 171
95 207
120 239
150 272
185 310
240 364
300 419
400 502
500 578

Instalações Elétricas Prediais 30


Corrente
Corrente máxima Bitola dos
máxima
Resistência p/ até 3 eletrodutos
Seção dos Peso cobre p/ até 3
Diâmetro elétrica condutores p/ até 3
fios e cabos Nú condutores
2 (mm) Máxima 20C isolados ao ar condutores
(mm ) (Kg/Km) no
(Ohms/Km) livre isolados
Eletroduto
(Ampéres) (Polegadas)
(Ampéres)
0,5 0,80 4,5 36 6,5 6 1/2
0,75 0,98 6,7 24,5 10 9 1/2
1 1,13 8,9 18,1 13,5 12 1/2
1, 5 1,38 13,3 12,1 17,5 15,5 1/2
2,5 1,78 22,1 7,41 24 21 1/2
4 2,25 35,3 4,61 32 28 3/4
6 2,76 53,2 3,08 41 36 3/4
10 3,57 89 1,83 57 50 1
16 4,50 141,4 1,15 76 68 1.1 /4
25 5,65 222,3 0,727 101 89 1.1 /4
35 6,70 313,4 0,524 125 111 1.1/'2
50 8,00 444,5 0,387 151 134 2
70 10,70 626,5 0,268 192 171 2
95 12,60 867,7 0,193 232 207 2.1/2
120 14,20 1. 097 0,153 269 239 2.1/2
150 15,75 1.347 0,124 309 272 3
185 17,65 1.690 0,0991 353 310 4
240 20,25 2.221 0,0754 415 364 4
300 22,68 2.789 0,0601 473 419 4
400 25,65 3.567 0,0470 566 502 5
500 28,80 4.497 0,0366 651 578 5
630 32,78 5.189 0,0283 - 795* -
800 97,7 7.440 0,0221 - 895* -
1000 41,58 9.362 0,0176 - 1005* -

11. DIMENSIONAMENTO

Circuito:
É o conjunto de pontos de consumo alimentados pelos mesmos condutores e protegidos por um
mesmo disjuntor ou chave.

Vantagens da divisão da instalação em circuitos:


1- Facilitar a execução e manutenção de trechos da instalação;
2- Em caso de falha de um circuito, os demais não serão afetados;
3- Melhor distribuição das cargas.

Instalações Elétricas Prediais 31


Dimensionamento de condutores nos circuitos
De acordo com a utilização do circuito, devemos obedecer as seções mínimas dos condutores.
Para os circuitos de iluminação, a seção mínima do condutor em cobre será de 1,5mm². Para
circuitos denominados de força, usaremos o condutor em cobre de 2,5mm².

O condutor neutro deverá ter a mesma seção do condutor fase.


Poderemos identificar os circuitos através de códigos de cores, que normalmente serão os
seguintes:
 condutor fase  cores: preto, vermelho, cinza, branco
 condutor neutro  cores: necessariamente azul claro
 condutor terra  cores: verde, verde-amarelo

Critérios para o dimensionamento de condutores

Critério da capacidade de condução de corrente


Devemos calcular a carga instalada de cada circuito para dividirmos pela tensão nominal de cada
um e obtermos a corrente dos mesmos. Através da corrente obtida, deveremos consultar a
tabela de ampacidade de condutores e escolhermos a seção de condutor compatível com a
corrente adquirida.

Critério da queda de tensão


Além de calcular a seção do condutor pelo critério de condução de corrente, também deveremos
adotar este critério em função da distância percorrida pela corrente nos condutores desde o
quadro de distribuição até os circuitos terminais nos pontos de utilização. A queda de tensão
parcial nos circuitos terminais não deverá ser superior a 2%. Para consultarmos a tabela que
fornece a seção dos condutores em função da queda de tensão é necessário multiplicarmos a
potência do circuito (em watts) pela distância percorrida (em metros) pelo mesmo.

Soma das potências x distância em metros


100 X 6 = 600
100 X 15 = 1500
60 X 19 = 1140
3240 (watts x metros)

Instalações Elétricas Prediais 32


Se consultarmos a tabela, veremos que o fio de 1,5mm² satisfaz o circuito anterior.

E = 127V
e%
1% 2%
FIO
1,5 5263 10526
2,5 8773 17546
4 14036 28072
6 21054 42108
10 35090 70180
16 54144 112288
25 87725 175450
35 122815 245630
50 175450 350900
70 245630 491260
E = 220V

e%
1% 2%
FIO
1,5 21054 42108
2,5 35090 70180
6 84216 168432
10 140360 280720
16 224576 449152
25 350900 701800
35 491260 982520
50 701800 1403600
70 982520 1965040

12. DISJUNTORES
Disjuntor é um dispositivo de manobra (mecânico) e de proteção capaz de estabelecer, conduzir
e interromper correntes em condições normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir por
tempo especificado e interromper correntes em condições anormais especificadas do circuito,
tais como as de curto-circuito.

Dimensionamento de disjuntores
Para determinar o disjuntor a ser utilizado, deveremos calcular a corrente nominal do circuito e
acrescentar 20% (fator de segurança) ao valor encontrado.

Ex: In = 30A
Idis = 30A + 20% = 36A

Neste caso, o disjuntor utilizado será de 40A.

Obs.: Para determinados disjuntores, o fator de segurança será diferente de 20%. Consultar
tabela do fabricante.

Instalações Elétricas Prediais 33


Instalações Elétricas Prediais 34
Instalações Elétricas Prediais 35
Instalações Elétricas Prediais 36
13. CÁLCULO PARA QUEDA DE TENSÃO
A soma dos produtos “Potência” (Watts) x “Distância” (m) (110 “Volts” V):

% de queda de tensão
Condutor Série
1% 2% 3% 4%
Métrica (mm²)S
∑ (Pwatts x L(m)
1,5 5263 10526 15789 21052
2,5 8773 17546 26319 35092
4 14036 28072 42108 56144
6 21054 42108 63162 84216
10 35090 70100 105270 140360
16 56144 112288 168432 224576
25 87725 175450 263175 350900

A soma dos produtos “Potência” (Watts) x “Distância” (m) (220 “Volts” V):

% de queda de tensão
Condutor Série
1% 2% 3% 4%
Métrica (mm²)S
∑ (Pwatts x L(m)
1,5 21054 42108 63162 84216
2,5 35090 70180 105270 140360
4 56144 112288 168432 224576
6 84216 168432 253648 336864
10 140360 280720 421080 561440
16 224576 449152 673728 898304
25 350900 701800 1052700 1403600

Obs.: Quanto mais longo e mais fino, maior resistência terá o condutor.

Tabela de Dimesionamento de fios e cabos:

Corrente máxima
Disjuntor conforme
Fio em mm² suportada por cada
corrente encontrada
condutor elétrico
1,5mm² 15,5 Ampères 16A
2,5mm² 21 Ampères 16 a 25A
4mm² 28 Ampères 32A
6mm² 36 Ampères 40A
10mm² 50 Ampères 50A
16mm² 68 Ampères 70A
25mm² 89 Ampères 100A
35mm² 111 Ampères 125A

Instalações Elétricas Prediais 37


Tabelas Práticas
Corrente Nominal do Disjuntor x Corrente Nominal do Circuito

Corrente nominal do disj. (A) 10 15 20 25 30 35 40 45 50 60 70


Corrente máx. do circuito (A) 7,5 11,3 15 19 23 26,3 30 33,8 37,5 45 53
Corrente nominal do disj. (A) 80 90 100 110 125 150 175 200 225 250 300
Corrente máx. do circuito (A) 60 67,5 75 83 94 113 131 150 169 188 225
Corrente nominal do disj. (A) 350 400 450 500 600 700 800 1000 1200 - -
Corrente máx. do circuito (A) 263 300 338 375 450 525 600 750 900 - -

Nesta tabela foram considerados todos os fatores que influenciam na capacidade de condução
da corrente do disjuntor, exceto o local de instalação. A tabela usou fator de segurança 25%.

14. LEVANTAMENTO DE CARGAS A SEREM INSTALADAS


Obtemos a carga instalada somando as potências nominais de todos os equipamentos elétricos e
dos pontos de luz (lâmpadas) instalados na unidade consumidora.

Podemos nos basear na tabela abaixo que contém as cargas aproximadas de alguns aparelhos:

APARELHOS POTÊNCIA EM WATTS


Aquecedor de ambiente 1000
Aquecedor de água 4000 a 8000
Ar condicionado 1 hp 750
Aspirador de pó 250 a 1000
Batedeira 70 a 300
Cafeteira 1000
Chuveiro 2500 a 5400
Enceradeira 300
Exaustor doméstico 300
Ferro elétrico 400 a 1650
Forno de micro ondas 800 a 1200
Fogão elétrico 4000 a 12000
Freezer 500
Geladeira doméstica 150 a 400
Lava – louças 1200 a 2700
Lavadora de roupas 500 a 1000
Liquidificador 100 a 460
Máquina de escrever 150
Computador + impressora 650
Secadora de roupas 3500 a 6000
Secador de cabelo 500 a 1500
Televisão 70 a 100
Torradeira 500 a 1200
Torneira elétrica 2500 a 3200
Triturador de lixo residencial 300 a 600
Ventilador 60 a 100

Instalações Elétricas Prediais 38


15. Demanda

Instalações Elétricas Prediais 39


16. DISPOSITIVOS, MÓDULOS e DISJUNTORES “DR’s”

Recomendações da NBR-5410 para o levantamento da carga de iluminação


 Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de parede;
 Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60cm do limite do box.

CÔMODO OU
CARGA MÍNIMA
DEPENDÊNCIA
2
Até 6m 100VA
2
Maior que 6m 100VA para o primeiros 6m² + 60VA para cada 4m² inteiros.

Recomendações da NBR-5410 para o levantamento de tomadas

 Cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m² → no mínimo uma tomada.
 Cômodos ou dependências com mais de 6m² → no mínimo uma tomada para cada 5 m de
perímetro ou fração de perímetro.
 Cozinhas, copas → uma tomada para cada 3,5m de perímetro ou fração de perímetro,
independente da área.
 Subsolos, varandas, garagens → pelo menos uma tomada.
 Banheiros → no mínimo uma tomada junto ao lavatório com uma distância mínima de
60cm do limite do box.

TABELA PRÁTICA PARA CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA


(Valores em BTU’s)

2
Área em m Sombra o dia todo Sol da manhã Sol da tarde
A B C A B C A B C
15 6.000 7.000 8.000 8.000 10.000 11.000 10.000 12.000 14.000
20 6.000 8.000 11.000 8.000 12.000 14.000 11.000 14.000 14.000
30 6.000 9.000 14.000 8.000 14.000 18.000 12.000 16.000 17.000
40 7.000 12.000 16.000 10.000 14.000 18.000 13.000 17.000 22.000
60 10.000 16.000 22.000 14.000 20.000 30.000 17.000 23.000 30.000
70 10.000 18.000 23.000 14.000 22.000 30.000 18.000 30.000 30.000
90 12.000 22.000 30.000 16.000 30.000 35.000 20.000 30.000 40.000

A – Ambiente sob outro pavimento


B – Ambiente sob telhado com forro
C – Ambiente sob laje descoberta

Obs.:
 Os cálculos da tabela consideram a permanência de duas pessoas no ambiente;
 Acrescentar 600 BTU/h (151,2 kcal/h) para cada pessoa a mais;
 Em grandes ambientes, é preferível a utilização de dois ou mais aparelhos, com
capacidade total equivalente à entrada na tabela, para melhorar a circulação de ar.

Instalações Elétricas Prediais 40


CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS:

XQD125D

YQD215D

YQG305D
UCG078B

XQE105D
UQF075B

XCD155D

XQF185D

YCD215D
XCE108D

XCE105D

XCE128D

XCE125D

XCE185D
UCF075B

YCF305D
Modelo

Tipo F F QF F F QF F F QF F F QF F QF F QF
Capacidade (BTU/h) 7500 7500 7500 10500 10500 10500 12500 12500 12500 15000 18000 18000 21000 21000 30000 30000
Capacidade (Kcal/h) 1890 1890 1890 2625 2625 2625 3125 3125 3125 3750 4500 4500 5250 5250 7500 7500
Tensão (V) 127 220 220 127 220 220 127 127 220 220 220 220 220 220 220 220
Consumo (W) 1195 1060 1060 1510 1320 1350 1700 1570 1560 1830 2180 2200 2270 2200 2920 2935
Corrente (A) 10 4,9 4,9 12,5 6,1 6,6 13,5 7,4 7,4 8,4 10 10,1 10,7 10,3 13,7 13,5
Disjuntor 15 15 15 20 15 15 20 15 15 15 15 15 15 15 20 20
Velocidades 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
Desumidificação (l/h) 0,9 0,9 0,7 1,3 1,6 1,9 2,3 1,7 1,5 1,8 2,1 2,4 2,6 2,3 3,6 3,5
Cvirculação (m³/h) 408 408 408 500 500 500 510 510 510 640 640 640 850 850 850 850
Compressr A A A A A A A A A A A A A A A A
Peso s/ bem. 36 26 36 53 53 53,5 53,5 55,5 56 54,5 55 55 63,8 64,8 74 65
Peso c/ bem. 38 28 38 56 56 56,5 56,5 58,5 59 57,5 58 58 67,8 68,8 78 68,5

Tipo: (F = Frio / QF = Quente/Frio) Compressor (R = Rotativo / A = Alternativo)

17. MOTORES ELÉTRICOS


Motor é uma máquina que converte a energia elétrica em energia mecânica (rotação). Conforme
a classificação dos motores, eles se dividem em:
 Motores de corrente contínua (CC)
 Motores de corrente alternada (CA)

Nesta apostila, abordaremos somente os motores de corrente alternada do tipo indução de


gaiola, por serem mais comumente usados para o emprego em bombas e ventiladores.

9.1. Motores de Indução de Gaiola

 Monofásicos
 Trifásicos

Instalações Elétricas Prediais 41


MOTORES MONOFÁSICOS

- Esquema elétrico:

220V
127 V
T3 T2
T1 T4
T1 T3

T5 T6
T2 T4
REVERSÃO
T5 T6
F1 F2
REVERSÃO

F N

MOTORES ELÉTRICOS TRIFÁSICOS – 6 PONTAS

- Esquema Elétrico

220V 380V

F1 F2 F3 F1 F2 F3

T1 T2 T3 T1 T2 T3

T4 T5 T6
T4 T5 T6

R R
S
1 2
3 5

4 5
220 V
6
380V

6 2
3
1 4
S T
T

Instalações Elétricas Prediais 42


MOTORES ELÉTRICOS TRIFÁSICOS – 12 PONTAS

R S
R
9 7
9 11

3 12 10 1
3 5

220 V 6 4

380 V 11 5

6 2

1 4
12 8
8 2
7 10
S T T

R R S
1 2
12 1
4 5
8
7
10 11

9 4 440 V
12
6 7
760V
9
6

3 10

11 8 5 2 3
S T T

Instalações Elétricas Prediais 43


18. COMANDO DE LÂMPADAS ATRAVÉS DE INTERRUPTORES

Interruptor simples comandando 1 ponto de luz

FASE RETORNO

INTERRUPTOR
LÂMPADA

NEUTRO

Interruptor simples comandando 2 pontos de luz

FASE RETORNO

INTERRUPTOR

NEUTRO LÂMPADA

Interruptor simples comandando 1 ponto de luz e tomada

FASE RETORNO

INTERRUPTOR TOMADA

NEUTRO

Interruptor de 2 seções comandando 2 pontos de luz


RETORNO

FASE

NEUTRO

Comando de lâmpadas através de interruptor Three-Way

FASE

3W 3W

NEUTRO

Comando de lâmpadas através de interruptor Four-Way


FASE
RETORNO RETORNO

3W 4W 3W

NEUTRO

Instalações Elétricas Prediais 44


Características das lâmpadas
Eficiência
Fluxo
Tipo de Potência luminosa Vida
luminoso Vantagens Desvantagens Observações
Lâmpada (Watts) média Média
(lm)
(lm/W)
Baixa eficiência
Iluminação geral e
40 470 11,8 luminosa e, por
localizada de Ligação imediata sem
Incand. 60 780 13,0 isto, custo de uso
1.000 interiores; tamanho necessidade de
Comum 100 1.480 14,8 elevado; alta
reduzido e custos dispositivos auxiliares.
150 2.360 15,7 produção de calor,
baixos.
vida média curta.
36 410 12,8
Idêntica à comum,
Incand. 54 710 14,6
1.000 mas com melhor
Econômica 67 950 15,8
eficiência.
90 1.320 16,4
Substituem lâmpadas
incandescentes Custo elevado, Não necessita de
160 3.000 18,8
normais de elevada demora 5 min. dispositivos auxiliares,
Mista 250 5.500 22,0 6.000
potência. Pequeno Para atingir 80% e é ligada somente
500 13.500 27,0
volume. Boa vida do fluxo luminoso. em 220V.
média
Custo elevado,
que porém pode
ser amortizado
80 3.500 43,8 Boa eficiência Necessita de
durante o uso,
Vapor de 125 6.000 48,0 luminosa, pequeno dispositivos auxiliares
13.000 demora de 4 a 5
Mercúrio* 250 12.000 50,4 volume, longa vida (reator) e é ligada
min. para
400 22.000 55,0 média somente em 220V.
conseguir a
emissão luminosa
máxima
Necessita de
15 850 56,7 7.500 Alta eficiência
dispositivos auxiliares
Fluorescente 20 1.060 53,0 luminosa e baixo Custo elevado de
(reator + starter ou
comum* 30 2.000 69,2 custo de instalação.
somente reator de
40 2.700 69,4 10.000 funcionamento.
partida rápida).
Alta eficiência
Fluorescente 16** 1.020 63,7 luminosa e menor
7.500
econômica 32** 2.500 78,1 custo de
funcionamento.
60 3.850 64,2 Boa reprodução de
Fluorescente
85 5.900 69,4 10.000 cores. Boa vida
H.O.
110 8.300 75,5 média.
5 250 50,0
7 400 57,1
Fluorescente
9 600 66,7 5.000
Compacta*
11 900 82,0
13 900 69,2
Ótima eficiência
luminosa, longa vida
útil, baixo custo de
50 3.000 60,0 funcionamento,
Vapor de 70 5.500 78,6 dimensões reduzidas.
Sódio Alta 150 12.500 ’83,3 18.000 Nenhuma limitação
Pressão 250 26.000 104,0 para a posição de
400 47.500 118,8 funcionamento,
razoável rendimento
cromático (luz de cor
branco dourado).

* Na eficiência destas lâmpadas não foram consideradas as perdas dos reatores. (Fonte:
ABILUX/88).
** Devem ter reator específico.

Obs.: Fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa em cada segundo.

Eficiência luminosa é a razão entre o fluxo luminoso e a potência elétrica consumida.

Instalações Elétricas Prediais 45


Possíveis problemas em lâmpadas incandescentes

PROBLEMAS POSSÍVEIS CAUSAS RECOMENDAÇÕES


Sensível diminuição do
fluxo luminoso emitido Funcionamento da lâmpada por tempo
Substitua a lâmpada.
pela lâmpada. superior a sua duração.
Bulbo enegrecido.
Funcionamento da lâmpada com
Curta duração. Verifique as condições de ventilação do aparelho de
Temperaturas excessivamente
Bulbo enegrecido. iluminação.
elevadas.
Curta duração e quebra A lâmpada está exposta a vibrações ou
Monte o lustre sobre suportes antivibratórios.
do filamento. batidas.
Luz muito intensa e A voltagem da lâmpada é inferior à Substitua a lâmpada por uma de voltagem
curta duração. voltagem da instalação elétrica. compatível com a instalação elétrica.
Luz fraca e A voltagem da lâmpada é superior à Substitua a lâmpada por uma de voltagem
avermelhada. voltagem da instalação elétrica. compatível com a instalação elétrica.

19. LÂMPADAS FLUORESCENTES


São constituídas por tubos em cujas paredes internas são fixados materiais fluorescente e onde
se efetua uma descarga elétrica, a baixa pressão, em presença de vapor de mercúrio. Produz-se,
então, uma radiação ultravioleta que, em presença do material fluorescente existente nas
paredes (cristais de fósforo), transforma-se em luz visível.

O bulbo das lâmpadas fluorescentes é tubular e de vidro, e em suas extremidades encontram-se


eletrodos de tungstênio (catodos), enrolados helicoidalmente e recobertos de determinados
óxidos que aumentam seu poder emissor. A instalação de uma lâmpada fluorescente é
complementada com os seguintes acessórios:

Reator: Tem por finalidade provocar um aumento da tensão durante a ignição e uma redução na
intensidade da corrente, durante o funcionamento da lâmpada. Consiste essencialmente em
uma bobina, com núcleo de ferro, ligada em série com a alimentação da lâmpada.

Starter ou disparador: É uma espécie de minilâmpada néon e destina-se a provocar um pulso na


tensão, a fim de deflagrar a ignição na lâmpada. O starter funciona segundo o princípio das
lâminas bimetálicas, que mencionamos no estudo dos disjuntores.

Instalações Elétricas Prediais 46


Com o calor desenvolvido quando ocorre no starter uma descarga de efeito corona ou glow, na
lampadazinha néon que é o starter, o elemento bimetálico aquecido fecha o circuito. A corrente
que passa aquece, então, os eletrodos da lâmpada. Quando cessa a descarga de efeito corona no
starter, os elementos bimetálicos resfriam, abrem o contato e cessa a corrente pelo bimetal. Em
consequência da abertura do contato, é gerado no reator um pulso indutivo de tensão, isto é,
uma sobretensão, e o circuito passa a fechar-se no interior da lâmpada e não mais pelo starter.

Ligação de uma lâmpada fluorescente

Sob a tensão entre os eletrodos da lâmpada, os elétrons, em seu deslocamento de um filamento


ao oposto, chocam-se com os átomos do vapor de mercúrio contido na lâmpada. Os choques
determinam uma liberação de energia no comprimento de onda das radiações ultravioletas. As
radiações, em contato com a camada fluorescente do tubo, transformam-se em radiação visível.
A tensão final no starter é insuficiente para gerar uma nova descarga de corona, o que faz com
que o mesmo fique fora de serviço, enquanto a lâmpada estiver acesa.

O reator absorve potência reativa da rede, e o fator de potência baixa para cerca de 0,5. Para
melhorar o fator de potência e eliminar o efeito de interferências em rádio e TV, fenômenos
transitórios que ocorrem por ocasião da ligação e desligamento dos eletrodos, o starter é
provido de um capacitor ligado em paralelo com o elemento bimetálico.

Esquema típico de ligação de uma lâmpada fluorescente, com reator, starter e capacitor.

Instalações Elétricas Prediais 47


Por ser uma impedância, o reator funciona como um limitador da intensidade da corrente, que
poderia elevar-se excessivamente, uma vez que, no interior da lâmpada, o meio ionizado oferece
uma resistência muito pequena à passagem da corrente entre os eletrodos. A corrente sofre uma
perda de potência ao passar pelo reator. Esta perda depende do tipo de reator. Nos reatores de
baixo fator de potência, ligados a uma lâmpada de 40W, a perda chega a 8,5 watts, e nos de alto
fator de potência, atinge 11 watts.

Pode-se melhorar o fator de potência tornando-o aproximadamente igual a 1 e reduzir o efeito


estroboscópico executando-se uma ligação em paralelo de duas lâmpadas fluorescentes. Para
isto, liga-se uma das lâmpadas normalmente com o reator, e a outra, em série com um reator e
um capacitor de compensação, constituindo um reator capacitivo.

Ligação duo ou lead-lag, isto é, em paralelo de duas lâmpadas, uma com reator capacitivo

Existem dois tipos de reatores:


 Comuns ou convencionais: podem ser simples e duplos. Necessitam do starter para
prover a ignição.
 De partida rápida: não necessitam de starter. Podem ser, também, dos tipos
simples ou duplos.

As figuras a seguir indicam diversas modalidades de ligações de lâmpadas fluorescentes de


diversas potências, sob diversas tensões, com starter, isoladas ou agrupadas, conforme indicação
da Philips.

Instalações Elétricas Prediais 48


Tipos de Ligações

Ligação de reator de partida rápida para 1 lâmpada de 20W

LÂMPADA

VM AZ

REATOR

Ligação de reator de partida rápida para 2 lâmpadas de 20W

LÂMPADA

LÂMPADA AM
AZ VM

REATOR

Ligação de reator convencional com utilização do starter e 1 lâmpada de 20W

LÂMPADA

REATOR

REDE

Instalações Elétricas Prediais 49


Diversas modalidades de ligações de lâmpadas fluorescentes

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Aplicações das diversas lâmpadas fluorescentes

 Suave de luxo: Iluminação residencial em geral; ambientes de estar.


 Branca natural. Ambientes onde se necessita de excelente reprodução de cores e aparência
de cores agradável: museus, pinacotecas, pesquisas exames médicos.
 Branca fria. Fábricas, armazéns e oficinas, onde não é exigida fidelidade de cores e a luz
artificial deve harmonizar-se com a luz do dia.
 Luz do dia real. Indústria de tecidos, tintas, gráficas, fotografias, tabaco, etc.

Problemas em Lâmpadas Fluorescentes

Problemas Possíveis Causas Recomendações


Falha normal no fim da vida da
Troque a lâmpada
lâmpada
É provável que o fenômeno
Lâmpada que tremula acendendo Se a lâmpada é nova
desapareça
e apagando
Se a lâmpada é relativamente
nova pode ser que o starter Troque o starter
esteja defeituoso
Uso prolongado superior à Troque a lâmpada antes do seu
Diminuição do fluxo
duração média da lâmpada esgotamento
Eletrodos queimados ou
Troque a lâmpada
interrompidos
Starter falho Troque-o
A lâmpada não acende
Assegure-se de que a lâmpada
Ligações incorretas está devidamente assentada nos
contatos
Uso prolongado superior à
Enegrecimento nas extremidades duração média prevista para a Troque a lâmpada
das lâmpadas lâmpada
Reator e starter com defeito Providencie as trocas necessárias
As extremidades da lâmpada Reator defeituoso ou starter
Providencie as trocas necessárias
ficam acesas pode estar em curto-circuito
Baixa voltagem da instalação
Verifique se a voltagem do reator
elétrica, ou baixa qualidade do
Dificuldade para acender a está dentro da faixa de operação
reator
lâmpada
Temperatura ambiente muito Recorra a aparelhos que
baixa proporcione proteção térmica

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20. MINUTERIAS
A minuteria é um dispositivo que, quando acionado o pulsador, liga e desliga automaticamente
as lâmpadas das partes comuns em um tempo predeterminado.

O tempo em que as lâmpadas ficam acesas varia entre 1 e 3 minutos. A capacidade de corrente
de uma minuteria eletrônica é de aproximadamente 10A, o que limita o número de lâmpadas a
serem ligadas em uma minuteria.

21. INSTALAÇÃO DE SENSOR DE PRESENÇA


O sensor de presença é um dispositivo eletrônico que permite o funcionamento do circuito
apenas em situação de presença física. Isto quer dizer, por exemplo, que uma lâmpada só ficaria
acesa enquanto a pessoa permanecesse no recinto.

A maioria dos sistemas de iluminação dos prédios já utiliza este recurso, o que possibilita uma
economia muito grande e uma redução no desperdício de energia elétrica. Na figura abaixo,
temos um exemplo de ligação de um sensor de presença.

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22. INSTALAÇÃO DE INTERRUPTOR FOTOELÉTRICO
Às vezes, percebemos que em algumas situações se faz necessário o comando automático da
iluminação de acordo com a luminosidade do ambiente, isto é, ligar quando baixar a
luminosidade e desligar quando aumentar a luminosidade.

PRETO - FASE VERMELHO - CARGA

BRANCO - NEUTRO

23. INSTALAÇÃO DE VENTILADOR DE TETO

SUPORTE DE FIXAÇÃO NO
TETO

EIXO
CAPACITOR
MOTOR ROTOR DO
VENTILADOR

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24. INSTALAÇÃO DE CHUVEIRO ELÉTRICO
Para realizarmos a instalação de um chuveiro, primeiramente é necessário desligarmos o
disjuntor correspondente ao circuito. Usaremos os condutores fase, neutro e terra, sendo que
neste último não poderemos conecta-lo à carcaça ou ao tubo de água do chuveiro. Iremos
conecta-lo a um fio terra eficiente. Nos demais condutores (fase e neutro) iremos utilizar
conector apropriado ou fita isolante para realizar as conexões e isolarmos as partes vivas.

25. INSTALAÇÃO DE AUTOMÁTICO (CHAVE) DE BÓIA


Chave de posição que opera quando uma peça flutuante atinge níveis predeterminados.

O automático de mercúrio é um interruptor especial comandado por uma bóia. A maioria dos
prédios residenciais possui no térreo ou subsolo, um reservatório abastecido pela distribuição de
água potável. Do reservatório a água é levada à caixa superior por meio de uma bomba
centrífuga. Nesta instalação há necessidade de 2 automáticos, ligados em série entre si, pois o
motor deve entrar em funcionamento quando a caixa superior estiver vazia e o reservatório
estiver cheio. O automático instalado no reservatório tem por objetivo evitar que o motor entre
em funcionamento quando a mesma estiver vazia. Se tal acontecesse, trabalharia inutilmente e
por tempo indeterminado, queimando o enrolamento do motor.

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26. INSTALAÇÃO DE CHAVE MAGNÉTICA PARA LIGAÇÃO DE MOTORES
São dispositivos eletromecânicos que permitem o comando de um circuito à distância.

Aplicação das chaves magnéticas:


- Partida e parada de motores
- Ligação e desligamento de equipamentos resistivos, tal como forno elétrico,
estufa, aquecedores de água, etc.

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27. RISCOS RELACIONADOS ÀS ATIVIDADES

Choque elétrico
Efeito patofisiológico que resulta da passagem de uma corrente elétrica, através do corpo
humano ou de um animal. Provoca uma sensação desagradável provocada pela passagem dessa
corrente. As consequências de um choque elétrico podem variar de um simples susto até a
morte, dependendo da intensidade de corrente e da duração desta.

O limiar de largar
Quando tocamos um objeto energizado, o cérebro emite um impulso elétrico para a mão afim de
que esta solte o objeto. Por outro lado, a corrente elétrica devido a fonte externa (objeto
tocado) se tiver valor acima de 30mA, pode confundir a mensagem mandada pelo cérebro e,
consequentemente, não conseguimos largar o objeto tocado. Esse valor de corrente é
denominado limiar de largar

Parte viva
Condutor ou parte condutora destinada a ser energizada em condições de uso normal, incluindo
o condutor neutro mas, por convenção, não incluindo o condutor PEN.

Nota: este termo não implica necessariamente risco de choque elétrico.

Efeitos da corrente elétrica no corpo humano

 Geralmente para correntes desenvolvidas de baixa tensão os efeitos são:


- Problemas ou parada respiratória, se a corrente for pequena, mas de longa duração;
- Fibrilação ventricular do coração e parada respiratória;
- Queimaduras para correntes maiores com longa duração.

 Geralmente para correntes desenvolvidas em média/alta tensão os efeitos são:


- Morte por queimaduras (queima e derretimento dos ossos);
- Vaporização do plasma e sangue do corpo;
- Perda de massa muscular;
- Atrofia na região;
- Perda de coordenação motora;
- Perda da sensibilidade;
- Problemas mentais.

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Possíveis consequências do choque elétrico no corpo humano
Relação entre a intensidade das contrações musculares e a frequência da corrente aplicada.

INTENSIDADE ESTADO POSSÍVEL RESULTADO


PERTURBAÇÕES POSSÍVEIS SALVAMENTO
(MILIAMPÈRES) APÓS O CHOQUE FINAL PROVÁVEL
1
LIMIAR EM NENHUMA NORMAL - NORMAL
SENSAÇÃO
Sensação Cada Vez Mais
Desagradável À Medida Que A
1A9 Normal Desnecessário Normal
Intensidade Aumenta;
Contrações Musculares
Sensação Dolorosa;
Respiração
9 A 20 Contrações Violentas; Morte Aparente Restabelecimento
Artificial
Perturbações Circulatórias
Sensação Insuportável;
Contrações Violentas; Asfixia;
Respiraçào Restabelecimento
20 A 100 Perturbações Circulatórias Morte Aparente
Artificial Ou Morte
Graves, Inclusive Fibrilação
Ventricular
Asfixia Imediata; Fibrilação
Acima De 100 Morte Aparente Muito Difícil Morte
Ventricular
Asfixia Imediata; Queimaduras Morte Aparente Ou Praticamente
Vários Ampères Morte
Graves Imediata Impossível

Valores característicos em função da tensão de contato

Intensidade de contato Tempo de corte máx.


Resistência do corpo
Tensão de contato Uc (V) I=Uc permitido
humano R
(mA) R (s)
<49 >2000 <25 8
50 2000 25 5
75 1750 43 1
90 1600 56 0,5
100 1500 67 0,3
150 1250 120 0,1
220 1050 210 0,05
250 1000 250 0,04
280 930 300 0,03

Referência: L. M. Vilela Pinto, M. A. Coelho, Eletricidade Portugal, 150/1980.


Março, 1981 Mundo Elétrico.

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Código da Características da
Classificação Aplicações e Exemplos
Pele Pele
Circunstâncias nas quais a pele está seca
BB1 Elevada Condições secas
(nenhuma umidade inclusive suor)
Passagem da corrente elétrica de uma mão
à outra ou a um pé, com a pele úmida (suor)
BB2 Normal Condições úmidas e a superfície de contato sendo significativa
(exemplo, um condutor está seguro dentro
da mão).
Passagem da corrente elétrica entre duas
mãos e dois pés, estando as pessoas com os
BB3 Fraca Condições molhadas
pés molhados a ponto de se poder
desprezar a resistência da pele dos pés.
Pessoas imersas na água, por exemplo, em
BB4 Muito fraca Condições imersas
banheiras ou piscinas.

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Fonte: Estudos do Dr. Folliot, para Science e Vie, sobre os possíveis efeitos da corrente elétrica,
atravessando o corpo humano, entrando pela mão (fio sem isolante) e saindo pelos pés
sobre chão molhado.

Instalações Elétricas Prediais 59


As resistências de contato e do corpo
Para trabalhadores do setor elétrico em geral, considera-se a pele em condições úmidas devido
ao suor (condição BB2 – vide tabela) com o valor recomendado para cálculos 1000 ohms. Para
resistência de contato recomenda-se usar 15.000 ohms devido à área de contato em cm.

EXEMPLO EXPLICATIVO
Calcular o efeito da corrente de uma pessoa que toque um condutor energizado com o dedo e
uma máquina com a palma da mão, estando essa energizada com diferença de potencial de 120
volts.

R = Rc1 + Rcorpo + Rc2


Rc1 = 15.000/1 = 15.000 ohms
Rcorpo = 1.000 ohms
Rc2 = 15.000/60 = 250 ohms (60 é a área da palma da mão)
R= 15.000 + 1.000 + 250 = 16.250 ohms
I = 120/16.250 = 0,008 A = 8 mA

Olhar na tabela o efeito do choque nestas condições.

E se ao invés de tocar com um dedo fosse com a palma da mão ou o pé?

Potencial de toque / passo / transferência

 Linhas Equipotenciais
Quando circula corrente no solo, aparece diferença de potencial entre os diversos pontos da
superfície do terreno, sendo que se considerarmos a mesma distância do ponto de entrada da
corrente no solo, teremos circunferências que apresentam o mesmo potencial e que por isso são
chamadas linhas equipotenciais.

 Potencial (ou Tensão) de Toque


É a diferença de potencial a que fica submetida uma
pessoa que estando no solo, toca em equipamento ou
condutor energizado.

Instalações Elétricas Prediais 60


 Potencial (ou Tensão) de Passo
É a diferença de potencial entre os membros de apoio (pés)
pessoas ou animais (patas), considerando-se que os mesmos
estejam em linhas equipotenciais diferentes. Geralmente se
considera para seres humanos à distância de 1 (um) metro entre
pés.

 Potencial de Transferência
É a diferença de potencial que aparece entre dois pontos, pela energização de um deles e um
outro através de um elemento não isolante.

CINCO REGRAS DE OURO DO IMPEDIMENTO

 Separação;
 Interdição;
 Verificação de ausência de tensão;
 Aterramento, curto-circuito;
 Identificação.

Respeitar os procedimentos = Segurança

TABELA DE APLICAÇÃO DAS LUVAS DE BORRACHA

Luva de Período de
Classe Cor da Tensão Tensão de Tamanhos
proteção ensaios
de etiqueta máxima ensaio em disponíveis
mecânica elétricos
tensão no punho de uso laboratório de luvas
(cobertura) (laboratório)
00 Bege 500 V 2500 V Napa 3 meses 9 e 10
0 Vermelha 1000 V 5000 V Napa 3 meses 9 e 10
2 Amarela 17000 V 20000 V Vaqueta 3 meses 10
3 Verde 26500 V 30000 V Vaqueta 3 meses 9 e 10
4 Laranja 36000 V 40000 V vaqueta 3 meses 9 e 10

Bibliografia
- ABNT – NBR 5410/97 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão
- ABNT – NBR 5444/88 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais
- Instalações Elétricas 4a edição – J. NisKier/A.J.Macintyre – Ed. LTC

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