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AULA DEMO: Ética e suas especificidades

Específicas de Enfermagem
1. Teoria em tópicos
2. Questões comentadas ao longo do texto;
3. Lista das questões gabaritadas;
4. Referências bibliográficas.
Aula: História das Políticas de Saúde no Brasil

1. Teoria em tópicos + esquemas;


2. Questões comentadas ao longo do texto;
3. Lista das questões gabaritadas;
4. Referências bibliográficas.

Professoras: Eliete Portugal / Lícia Madureira

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APRESENTACÃO:

Prof. Eliete Portugal

Psicóloga e psicoterapeuta, graduada pela FCS-BA, Especialista em Saúde


Mental com Formação em Saúde Mental Saberes e Fazeres na Atenção
Psicossocial, Acompanhamento Terapêutico, Atenção Domiciliar, Pós-graduação
em Teoria Cognitivo Comportamental. Docente de Psicologia Hospitalar

Prof. Lícia Madureira

Psicóloga e psicoterapeuta, graduada pela FCS-BA, Especialista em Saúde


Mental e Coletiva, com Formação em Saúde Mental Saberes e Fazeres na
Atenção Psicossocial, Acompanhamento Terapêutico, Atenção Domiciliar e em
Psicologia Analítica. Docente em Psicologia Hospitalar.

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TÓPICOS DA AULA

1. INTRODUÇÃO......................................................................................08

1. Ética...........................................................................................08

1.1 Deontologia.............................................................................10

1.2 Bioética....................................................................................11

2. RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05...............................................................23

3. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO.....................24

3.1 Apresentação........................................................................24

3.2 Princípios Fundamentais.....................................................26

3.3 Das Responsabilidades do Psicólogo................................27

3.4 Das disposições Gerais.......................................................37

4. QUESTÕES DE PROVAS...................................................................43

5. GABARITO..........................................................................................51

6. REFERÊNCIAS...................................................................................52

BONS ESTUDOS!

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Olá pessoal!

É com enorme contentamento que apresentamos o curso completo TEORIA DE


CONHECIMENTOS BÁSICOS DA GRADUAÇÃO/PSICOLOGIA, 100% EM
PDF para Residências Multiprofissionais e em Saúde.

Nosso objetivo é oportunizar ao candidato que optou pela modalidade EAD, o


acesso de forma facilitada e a compreensão dos conteúdos que serão ofertados
em PDF (teoria + exercícios).

Esse curso permitirá ao aluno usufruir dos seguintes benefícios:

 18 aulas em PDF, que poderão ser baixadas, em média 700 páginas;

 O material em PDF constará com aproximadamente 500 questões


gabaritadas e/ou comentadas;

 O material terá aulas comentadas e esquematizadas;

 Todos os alunos terão acesso ao fórum de dúvidas.

A modalidade EAD/PDF auxilia o aluno a organizar os horários de estudos


adequando-os a sua rotina, pois ser aprovado requer empenho, dedicação, foco
e bastante estudo, sem deixar de viver. Dessa forma, chegou o momento de
iniciar mais esse desafio, sair na frente, aprofundar os conhecimentos teóricos e
resolver questões a fim de alcançar seu objetivo.

Começaremos com a aula demonstrativa abordando o tema: Ética e suas


especificidades.

“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

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CRONOGRAMA

TEMA PROFESSOR DATA

Ética e suas especificidades Lícia Madureira DEMO


Eliete Portugal

1.Histórico da inserção dos serviços


de psicologia nos hospitais do Brasil. Lícia Madureira
Psicologia Hospitalar: diversidade de Eliete Portugal 24/04
atuação do psicólogo.
2.As concepções de saúde e doença Lícia Madureira
e suas características Eliete Portugal 01/05
contemporâneas. Normal e
patológico.
3.Atendimento psicológico nas
diversas situações de hospitalização:
idosos, adultos, adolescentes, Lícia Madureira 08/05
crianças e família nas unidades de Eliete Portugal
saúde/hospitalar.
4.Especificidades do trabalho do
psicólogo nas unidades de Lícia Madureira
atendimento: no ambulatório, na Eliete Portugal 15/05
emergência, urgência, pronto
atendimento, internação, nas
enfermarias e na UTI.
5.Atendimento nas diversas clínicas
de internação como: maternidade, Lícia Madureira
pediatria, unidades de terapia Eliete Portugal
intensiva neonatal, cardiologia 22/05
pediátrica e adulta, nefrologia,
oncologia, ortopedia, ginecologia e
obstetrícia.
6.Atividades de assistência, ensino e
pesquisa em Psicologia da Saúde e Lícia Madureira 29/05
Hospitalar. Eliete Portugal

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7.Desafios do trabalho Lícia Madureira


multidisciplinar e transdisciplinar da Eliete Portugal
Psicologia da Saúde e Hospitalar. 05/06

8.Cuidados paliativos, o trabalho


sobre o luto familiar, o enfrentamento Lícia Madureira
das perdas físicas e da morte. Eliete Portugal 12/06

09.Teorias e técnicas psicoterápicas. Lícia Madureira


Eliete Portugal 19/06

10.Psicopatologia: Transtornos de
humor; Transtornos depressivos;
Transtornos de personalidade; Lícia Madureira
Transtornos relacionados ao uso e Eliete Portugal 26/06
abuso de substâncias psicoativas;

11Transtornos de ansiedade;
Transtornos fóbicos Transtorno do Lícia Madureira
estresse pós-traumático; Transtornos Eliete Portugal
psicossomáticos. Transtornos 03/07
somatoformes.

12.Emergências psiquiátricas,
transtornos alimentares, drogadição e Lícia Madureira
alcoolismo. Eliete Portugal 10/07

13.Esquizofrenia; Outros transtornos Lícia Madureira


psicóticos. Eliete Portugal
17/07

14.Avaliação psicológica, diagnóstico Lícia Madureira


e intervenção no contexto hospitalar. Eliete Portugal
24/07

15.Elaboração de documentos. Lícia Madureira


Eliete Portugal
31/07

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16.Exame psíquico, diagnóstico e Lícia Madureira


intervenção no contexto hospitalar. Eliete Portugal
Etapas/reações psíquicas frente ao 07/08
adoecimento.
17. Psicodiagnóstico Clínico: adulto, Lícia Madureira
adolescente e infantil (definição e Eliete Portugal
conceitos fundamentais; técnicas de
entrevista clínica; critérios de seleção 14/08
e aplicação de testes psicológicos;
entrevista de devolutiva; técnicas
projetivas)
Lícia Madureira
18.Psicofamacologia Eliete Portugal 21/08

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1. INTRODUÇÃO

1. ÉTICA

A Ética é a ciência normativa dos comportamentos humanos, mas não é


definida por lei. Na verdade, ética é uma disciplina ou campo de conhecimento
que avalia os comportamentos das pessoas e das organizações, considerando
os valores e a moral da sociedade ou de agrupamentos sociais particulares.

Filosoficamente ética e moral abarcam significados diferentes. Enquanto a


ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam
o comportamento humano em sociedade, a moral são os costumes, regras,
tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do


Grego“ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”, o termo moral tem
origem no latim morales, cujo significado é “relativo aos costumes”.

Em uma concepção prática, a finalidade da ética e da moral é muito


semelhante, pois são responsáveis pela construção das bases que vão
nortear o comportamento humano, determinando o seu caráter, altruísmo e
virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em
sociedade.

(FUNCAB–2015) A ética pode ser definida como:


a) a boa vontade no comportamento do servidor público em quaisquer situações
e em qualquer tempo de seu cotidiano.
b) um conjunto de proibições particularmente respeitantes ao convívio em
família.
c) a conduta do agente público a ser observada apenas no ambiente de
trabalho.
d) um conjunto de valores genéticos que são passados de geração em geração.

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e) a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, responsável pela investigação


dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o
comportamento humano em sociedade.

A primeira coisa que você precisa aprender sobre


resolução de questões é que seu foco deve estar no
enunciado.
A fim de evitar distrações, leia primeiro o enunciado,
grife o trecho que traz o comando da questão, ou
seja, a frase que diz claramente qual a pergunta que deverá ser respondida.

Comentários: O foco da questão pede o conhecimento do conceito de ética.


Como ética constitui-se num conjunto de conhecimentos extraídos da
investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de
forma racional, fundamentada, científica e teórica e é uma reflexão sobre a
moral, a alternativa que responde à questão é a assertiva E.

Gabarito: E

Segundo a UNESCO (2015), A moral é uma característica da vida dos seres


humanos, embora haja influência de diferentes fatores culturais como, por
exemplo, a história, as tradições, a educação, as crenças religiosas, etc. A Ética
não cria moral nem comportamentos morais, mas tem um objetivo muito mais
modesto: explorar a natureza da experiência moral, sua universalidade e sua
diversidade.

De acordo com Tugendhat (1999), o comportamento moral e ético consiste


em reconhecer o outro como sujeito de direitos iguais e, dessa forma, as
obrigações que temos em relação ao outro correspondem, por sua vez, a
direitos.

CONTINUE NO FOCO!

(FUNCAB–2014) Os conceitos de ética e moral, embora próximos, não são


idênticos. Uma das distinções possíveis entre tais concepções está fundada na
constatação de que:

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a) a ética é o estudo geral do que é bom ou mau, sendo seu objetivo maior o
estabelecimento de regras. A moral, ao contrário, não se vincula a costumes e
hábitos porque guarda correlação com aspectos prescritivos ou impositivos.

b) a moral é um conjunto de normas apreendidas no processo de socialização e


que regula a conduta dos indivíduos em sua convivência. A ética é uma
ponderação teórica sobre a moral cujo objetivo é discutir e fundamentar
reflexivamente as normas morais.
c) a moral incorpora as regras adquiridas para a vida em sociedade, enquanto a
ética reflete sobre as regras morais vigentes sem, contudo, contatar a
conveniência ou a exigibilidade de tais normas.
d) a ética se caracteriza como conjunto de costumes e hábitos de um grupo
social, atuando sobre o comportamento do indivíduo que interage socialmente.
Amoral é um conjunto de valores sociais universo que não se materializam em
padrões de conduta.
e) quando um determinado sujeito reflete sobre uma norma moral e a considera
equivocada ou ultrapassada, faz exercício de sua consciência moral, inexistindo
na hipótese qualquer consideração que se possa vincular ao conceito de ética.

Comentários: Essa questão é bastante interessante, pois nos permite revisar e


identificar esses dois termos, ética e moral, têm significados próximos e, em
geral, referem-se ao conjunto de princípios ou padrões de conduta que regulam
as relações dos seres humanos com o mundo em que vivem. Entretanto, Ética é
um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento
humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada,
científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral. Moral é o conjunto de
regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas
regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos
sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau. No sentido prático,
a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis
por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu
caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se
comportar em sociedade.

Gabarito: B

1.1 DEONTOLOGIA

O estudo e o conhecimento da Deontologia (do grego deontos = dever e logos =


tratado) se voltam para a ciência dos deveres, no âmbito de cada profissão. É o
estudo dos direitos, emissão de juízos de valores, compreendendo a ética como
condição essencial para o exercício de qualquer profissão, Oliveira (2012)
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Deontologia é uma filosofia que faz parte da filosofia moral contemporânea, que
significa ciência do dever e da obrigação.

O termo deontologia foi criado no ano de 1834, pelo filósofo inglês Jeremy
Bentham, para falar sobre o ramo da ética em que o objeto de estudo é o
fundamento do dever e das normas. A deontologia é ainda conhecida como
"Teoria do Dever".

A Deontologia abraça Ética e Moralidade e fixa os deveres e responsabilidade


requeridos por um determinado ambiente profissional.

A Deontologia também pode ser o conjunto de princípios e regras de conduta


ou deveres de uma determinada profissão, ou seja, cada profissional deve ter
a sua deontologia própria para regular o exercício da profissão, e de
acordo com o Código de Ética de sua categoria.

Segundo BRITO,2008, a deontologia profissional procura estabelecer um


conjunto de normas exigíveis a todos os que exercem uma mesma profissão
(BRITO,2008).

1.2 BIOÉTICA

A Bioética objetiva facilitar o enfrentamento de questões éticas/bioéticas que


surgirão na vida profissional. Sem esses conceitos básicos, dificilmente alguém
consegue enfrentar um dilema, um conflito, e se posicionar diante dele de
maneira ética.

Bioética, do (grego: bios, vida + ethos, relativo à ética) é o


estudo transdisciplinar entre Ciências Biológicas, Ciências da
Saúde, Filosofia (Ética) e Direito (Biodireito) que investiga as condições
necessárias para uma administração responsável da Vida Humana, animal e
ambiental. É a combinação de conhecimentos biológicos e valores humanos.

O vocábulo "bioética" indica um conjunto de pesquisas e práticas


pluridisciplinares, objetivando esclarecer e refletir acerca das saídas para
questões éticas provocadas principalmente pelo avanço das tecnociências
biomédicas.

Segundo Diniz & Guilhem, ”… por ser a bioética um campo disciplinar


compromissado com o conflito moral na área da saúde e da doença dos seres
humanos e dos animais não-humanos, seus temas dizem respeito a situações
de vida que nunca deixaram de estar em pauta na história da humanidade…"

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De acordo MEDEIROS (2003),as diretrizes filosóficas dessa área começaram a


consolidar-se após a tragédia do holocausto da Segunda Guerra Mundial,
quando o mundo ocidental, chocado com as práticas abusivas de
médicos nazistas em nome da ciência, cria um código para limitar os estudos
relacionados. Formula-se aí também a ideia que a ciência não é mais
importante que o homem.

(CEFET-2016) Bioética é uma área do conhecimento que visa indicar os limites


e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de
referência racionalmente propostos e denunciar os riscos das possíveis
aplicações (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001).
Sobre a aplicação dos princípios que norteiam o enfrentamento de questões
éticas no campo da assistência e da pesquisa em saúde, é correto afirmar que.
A) o princípio da autonomia deve ser considerado em primeiro lugar.
B) o princípio de justiça diz respeito unicamente à igualdade de tratamento.
C) o princípio de beneficência tem prioridade em relação ao princípio da
autonomia.
D) os indivíduos que têm limitação de autonomia estão inaptos para serem
incorporados a qualquer processo de tomada de decisão.
E) o principio de justiça fragiliza a chamada “objeção de consciência”, que
representa a decisão de um profissional de se recusar a realizar um
procedimento, mesmo que aceito pelo paciente.

Comentários: O Princípio da beneficência: assegura o bem-estar das


pessoas, evitando danos e garante que sejam atendidos seus interesses. Dessa
forma evidencia-se o gabarito da questão na assertiva c.

Gabarito c

A figura humana é o foco da bioética.

O termo também foi mencionado em 1971, no livro "Bioética: Ponte para o


Futuro", do bioquímico e oncologista americano Van Rensselaer Potter. Este
livro é o primeiro marco na tentativa de se estabelecer conceitos bioéticos.

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De acordo JUNQUEIRA (2011), Van Potter estava preocupado com a dimensão


que os avanços da ciência, principalmente no âmbito da biotecnologia, estavam
adquirindo. Para ele a finalidade da bioética é auxiliar a humanidade no sentido
de participação racional, porém cautelosa no processo da evolução biológica e
cultural. Assim, propôs um novo ramo do conhecimento que ajudasse as
pessoas a pensar nas possíveis implicações (positivas ou negativas) dos
avanços da ciência sobre a vida (humana ou, de maneira mais ampla, de
todos os seres vivos). Ele sugeriu que se estabelecesse uma “ponte” entre
duas culturas, a científica e a humanística, guiado pela seguinte frase: “Nem
tudo que é cientificamente possível é eticamente aceitável”.

“Em Outubro de 2005, a Conferência Geral da UNESCO adotou por aclamação


a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. Pela primeira vez na
história da bioética, os Estados-membros comprometeram-se, e à comunidade
internacional, a respeitar e aplicar os princípios fundamentais da bioética
condensados num texto único”.

Dessa forma, a Conferência Geral da UNESCO ao adotar a Declaração


Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, consolidou os princípios
fundamentais da bioética que visam definir e promover um quadro ético
normativo comum que possam ser utilizados para a formulação e
implementação de legislações nacionais.

RECOMENDAMOS A LEITURA NA ÍNTEGRA DA DECLARAÇÃO


UNIVERSAL SOBRE BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS.

Dentro do campo de aplicação da presente Declaração, os princípios que


se seguem devem ser respeitados por aqueles a que ela se dirige, nas
decisões que tomem ou nas práticas que adotem.

Artigo 3º Dignidade humana e direitos humanos


1. A dignidade humana, os direitos humanos e as liberdades fundamentais
devem ser plenamente respeitados.

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2.Os interesses e o bem-estar do indivíduo devem prevalecer sobre o interesse


exclusivo da ciência ou da sociedade.

Artigo 4º Efeitos benéficos e efeitos nocivos - Na aplicação e no avanço dos


conhecimentos científicos, da prática médica e das tecnologias que lhes estão
associadas, devem ser maximizados os efeitos benéficos diretos e indiretos para
os doentes, os participantes em investigações e os outros indivíduos envolvidos,
e deve ser minimizado qualquer efeito nocivo susceptível de afetar esses
indivíduos.

Artigo 5º Autonomia e responsabilidade individual A autonomia das pessoas


no que respeita à tomada de decisões, desde que assumam a respectiva
responsabilidade e respeitem a autonomia dos outros, deve ser respeitada. No
caso das pessoas incapazes de exercer a sua autonomia, devem ser tomadas
medidas especiais para proteger os seus direitos e interesses.

Artigo 6º Consentimento
1. Qualquer intervenção médica de carácter preventivo, diagnóstico ou
terapêutico só deve ser realizada com o consentimento prévio, livre e
esclarecido da pessoa em causa, com base em informação adequada. Quando
apropriado, o consentimento deve ser expresso e a pessoa em causa pode
retirá-lo a qualquer momento e por qualquer razão, sem que daí resulte para ela
qualquer desvantagem ou prejuízo.
2. Só devem ser realizadas pesquisas científicas com o consentimento prévio,
livre e esclarecido da pessoa em causa. A informação deve ser suficiente,
fornecida em moldes compreensíveis e incluir as modalidades de retirada do
consentimento. A pessoa em causa pode retirar o seu consentimento a qualquer
momento e por qualquer razão, sem que daí resulte para ela qualquer
desvantagem ou prejuízo. Exceções a este princípio só devem ser feitas de
acordo com as normas éticas e jurídicas adoptadas pelos Estados e devem ser
compatíveis com os princípios e disposições enunciados na presente
Declaração, nomeadamente no artigo 27ª, e com o direito internacional relativo
aos direitos humanos.
3. Nos casos relativos a investigações realizadas sobre um grupo de pessoas ou
uma comunidade, pode também ser necessário solicitar o acordo dos
representantes legais do grupo ou da comunidade em causa. Em nenhum caso
deve o acordo colectivo ou o consentimento de um dirigente da comunidade ou
de qualquer outra autoridade substituir-se ao consentimento esclarecido do
indivíduo.

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Artigo 7º Pessoas incapazes de exprimir o seu consentimento em


conformidade com o direito interno, deve ser concedida proteção especial às
pessoas que são incapazes de exprimir o seu consentimento:
(a) a autorização para uma investigação ou uma prática médica deve ser obtida
em conformidade com o superior interesse da pessoa em causa e com o direito
interno. No entanto, a pessoa em causa deve participar o mais possível no
processo de decisão conducente ao consentimento e no conducente à sua
retirada;
(b) a investigação só deve ser realizada tendo em vista o benefício direto da
saúde da pessoa em causa, sob reserva das autorizações e das medidas de
proteção prescritas pela lei e se não houver outra opção de investigação de
eficácia comparável com participantes capazes de exprimir o seu consentimento.
Uma investigação que não permita antever um benefício direto para a saúde só
deve ser realizada a título excepcional, com a máxima contenção e com a
preocupação de expor a pessoa ao mínimo possível de riscos e incômodos e
desde que a referida investigação seja efetuada no interesse da saúde de outras
pessoas pertencentes à mesma categoria, e sob reserva de ser feita nas
condições previstas pela lei e ser compatível com a proteção dos direitos
individuais da pessoa em causa. Deve ser respeitada a recusa destas pessoas
em participar na investigação.

Artigo 8º Respeito pela vulnerabilidade humana e integridade pessoal. Na


aplicação e no avanço dos conhecimentos científicos, da prática médica e das
tecnologias que lhes estão associadas, deve ser tomada em consideração a
vulnerabilidade humana. Os indivíduos e grupos particularmente vulneráveis
devem ser protegidos, e deve ser respeitada a integridade pessoal dos
indivíduos em causa.

Artigo 9º Vida privada e confidencialidade A vida privada das pessoas em


causa e a confidencialidade das informações que lhes dizem pessoalmente
respeito devem ser respeitadas. Tanto quanto possível, tais informações não
devem ser utilizadas ou difundidas para outros fins que não aqueles para que
foram coligidos ou consentidos, e devem estar em conformidade com o direito
internacional, e nomeadamente com o direito internacional relativo aos direitos
humanos.
Artigo 10º Igualdade, justiça e equidade A igualdade fundamental de todos os
seres humanos em dignidade e em direitos deve ser respeitada para que eles
sejam tratados de forma justa e equitativa.

Artigo 11º Não discriminação e não estigmatização Nenhum indivíduo ou


grupo deve, em circunstância alguma, ser submetido, em violação da dignidade
humana, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, a uma
discriminação ou a uma estigmatização.
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Artigo 12º Respeito pela diversidade cultural e do pluralismo. Deve ser


tomada em devida conta a importância da diversidade cultural e do pluralismo.
Porém, não devem ser invocadas tais considerações para com isso infringir a
dignidade humana, os direitos humanos e as liberdades fundamentais ou os
princípios enunciados na presente Declaração, nem para limitar o seu alcance.

Artigo 13º Solidariedade e cooperação A solidariedade entre os seres


humanos e a cooperação internacional nesse sentido devem ser incentivadas.

Artigo 14º Responsabilidade social e saúde


1. A promoção da saúde e do desenvolvimento social em benefício dos
respectivos povos é um objetivo fundamental dos governos que envolve todos
os sectores da sociedade.
2.Atendendo a que gozar da melhor saúde que se possa alcançar constitui um
dos direitos fundamentais de qualquer ser humano, sem distinção de raça,
religião, opções políticas e condição económica ou social, o progresso da
ciência e da tecnologia deve fomentar:
(a) o acesso a cuidados de saúde de qualidade e aos medicamentos essenciais,
nomeadamente no interesse da saúde das mulheres e das crianças, porque a
saúde é essencial à própria vida e deve ser considerada um bem social e
humano;
(b) o acesso a alimentação e água adequadas;
(c) a melhoria das condições de vida e do meio ambiente;
(d) a eliminação da marginalização e da exclusão, seja qual for o motivo em que
se baseiam;
(e) a redução da pobreza e do analfabetismo.

Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a


ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da
intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência
racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações”
(LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001).

O interesse pela análise deste tema se acelerou ainda mais, quando se decifrou
o código genético humano, mostrando novos recursos de manipulação científica
da natureza. Seu estudo vai além da área médica, abarcando psicologia,
direito, biologia, antropologia, sociologia, ecologia, teologia, filosofia etc,
observando as diversas culturas e valores.

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Diferentes momentos da Bioética

a) Bioética geral: ocupa-se das funções éticas, é o discurso sobre os valores e


os princípios originários da ética médica e sobre fontes documentais da bioética

b) Bioética especial: analisa os grandes problemas enfrentando-os sempre sob


o perfil geral, tanto no terreno médico quanto no biológico (engenharia genética,
aborto, eutanásia, experiência clínica etc.). São as grandes temáticas da
bioética.

c) Bioética clínica (o de decisão): trata da práxis médica e do caso clínico,


quais são os valores em jogo e quais os caminhos corretos de conduta.

Conceitua-se Bioética como "o estudo sistemático das dimensões morais -


incluindo visão, decisão e normas morais - das ciências da vida e do cuidado
com a saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas num contexto
multidisciplinar."
Refere-se assim, dentre outros assuntos, do direito dos indivíduos à saúde, do
direito dos pacientes, do direito à assistência, das responsabilidades jurídicas
dos pacientes e dos profissionais da saúde, das responsabilidades sobre as
ameaças ã vida no planeta, do direito ambiental, dos direitos com respeito às
novas realidades tecnológicas da medicina e da biologia (incluindo as novas
tecnologias genéticas), etc. Considera questões onde não existe consenso moral
como a fertilização in vitro, o aborto, a clonagem, a eutanásia,
os transgênicos e as pesquisas com células tronco, bem como
a responsabilidade moral de cientistas em suas pesquisas e aplicações.

(UESPI –2016) De acordo com os conceitos de bioética, distanásia, eutanásia e


ortotanásia, assinale a alternativa INCORRETA.

A) A bioética apresenta-se como um novo campo de indagações e reflexões


sobre o conhecimento científico e os avanços tecnológicos em saúde.

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B) As diretrizes mais recentes defendem a discussão clara e objetiva, com todos


os pacientes e familiares, sobre as condutas adotadas na fase final da vida,
exceto se houver razão clara para que tal discussão não seja do interesse do
paciente.

C) A distanásia é definida como uma morte difícil ou penosa, defende o


prolongamento do processo da morte, por meio de tratamentos que prolongam a
vida biológica do paciente, sem qualidade de vida, mas mantendo a dignidade.

D) Ortotanásia significa morte correta. Refere-se à morte desejável, sem


alterações no processo natural do morrer e na qual não há o prolongamento
artificial da vida com procedimentos que aumentam o sofrimento.

E) A eutanásia foi definida, inicialmente, como o ato de tirar a vida do ser


humano. Atualmente, é entendida como uma prática para abreviar a vida, a fim
de aliviar ou evitar sofrimento.

Comentários: Se ligue na pegadinha, você vai buscar a alternativa incorreta.


Sabe-se que distanásia é o prolongamento do processo da morte através de
tratamentos que visam apenas prolongar a vida biológica do doente. O objetivo
da distanásia é o prolongamento máximo da vida. Também pode ser definida
como o adiamento da morte através de métodos reanimatórios.

A alternativa C traz a distanásia como uma morte difícil ou penosa que defende
o prolongamento do processo da morte, por meio de tratamentos que prolongam
a vida biológica do paciente, sem qualidade de vida, mas mantendo a
dignidade. Portanto resposta incorreta.

Gabarito: C

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ASSUNTO BASTANTE COBRADO EM PROVA!

Princípios bioéticos:

1. Princípio da autonomia:

Requer do profissional respeito à vontade, o respeito à crença, o respeito


aos valores morais do sujeito, do paciente, reconhecendo o domínio do
paciente sobre sua própria vida e o respeito à sua intimidade. Este princípio
gera diversas discussões sobre os limites morais da eutanásia, suicídio
assistido, aborto, etc. Exige também definições com respeito à autonomia,
quando a capacidade decisional do sujeito (ou paciente) está comprometida.
São as pessoas ou grupos considerados vulneráveis. Isto ocorre em populações
e comunidades especiais, como menores de idade, indígenas, débeis mentais,
pacientes com dor, militares, etc.

Com relação à ética em pesquisa, gera o princípio do "termo de


consentimento livre e esclarecido" a ser feito pelo pesquisador e
preenchido pelos sujeitos da pesquisa ou seus representantes legais,
quando os sujeitos estiverem com sua capacidade decisional
comprometida.

A Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, aprovou as diretrizes e


normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.

RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012.

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua 240a Reunião Ordinária,


realizada nos dias 11 e 12 de dezembro de 2012, no uso de suas competências
regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de
1990, e pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, e

Considerando o respeito pela dignidade humana e pela especial proteção devida


aos participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humanos;

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Considerando o desenvolvimento e o engajamento ético, que é inerente ao


desenvolvimento científico e tecnológico;

Considerando o progresso da ciência e da tecnologia, que desvendou outra


percepção da vida, dos modos de vida, com reflexos não apenas na concepção
e no prolongamento da vida humana, como nos hábitos, na cultura, no
comportamento do ser humano nos meios reais e virtuais disponíveis e que se
alteram e inovam em ritmo acelerado e contínuo;

Considerando o progresso da ciência e da tecnologia, que deve implicar em


benefícios, atuais e potenciais para o ser humano, para a comunidade na qual
está inserido e para a sociedade, nacional e universal, possibilitando a
promoção do bem-estar e da qualidade de vida e promovendo a defesa e
preservação do meio ambiente, para as presentes e futuras gerações;

Considerando as questões de ordem ética suscitadas pelo progresso e pelo


avanço da ciência e da tecnologia, enraizados em todas as áreas do
conhecimento humano;

Considerando que todo o progresso e seu avanço devem, sempre, respeitar a


dignidade, a liberdade e a autonomia do ser humano;

Considerando os documentos que constituem os pilares do reconhecimento e da


afirmação da dignidade, da liberdade e da autonomia do ser humano, como o
Código de Nuremberg, de 1947, e a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, de 1948;

Considerando os documentos internacionais recentes, reflexo das grandes


descobertas científicas e tecnológicas dos séculos XX e XXI, em especial a
Declaração de Helsinque, adotada em 1964 e suas versões de 1975, 1983,
1989, 1996 e 2000; o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais
e Culturais, de 1966; o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, de
1966; a Declaração Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos Humanos,
de 1997; a Declaração Internacional sobre os Dados Genéticos Humanos, de
2003; e a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, de 2004;

Considerando a Constituição Federal da República Federativa do Brasil, cujos


objetivos e fundamentos da soberania, da cidadania, da dignidade da pessoa
humana, dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e do pluralismo
político e os objetivos de construir uma sociedade livre, justa e solidária, de
garantir o desenvolvimento nacional, de erradicar a pobreza e a marginalização
e reduzir as desigualdades sociais e regionais e de promover o bem de todos,
sem qualquer tipo de preconceito, ou de discriminação coadunam-se com os
documentos internacionais sobre ética, direitos humanos e desenvolvimento;

Considerando a legislação brasileira correlata e pertinente; e

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21

Considerando o disposto na Resolução nº 196/96, do Conselho Nacional de


Saúde, do Ministério da Saúde, que impõe revisões periódicas a ela, conforme
necessidades nas áreas tecnocientífica e ética.

Recomendamos a leitura sistemática e na íntegra da Resolução nº 466, de


12 de dezembro de 2012.

2. Princípio da beneficência: assegura o bem-estar das pessoas, evitando


danos e garante que sejam atendidos seus interesses. Trata-se de princípio
indissociável ao da autonomia.

3. Princípio da não maleficência: assegura que sejam minorados ou evitados


danos físicos aos sujeitos da pesquisa ou pacientes. Riscos da pesquisa são as
possibilidades de danos de dimensão física, psíquica, moral, intelectual, social,
cultural ou espiritual do ser humano, em qualquer fase de uma pesquisa e dela
decorrente. Dano associado ou decorrente da pesquisa é o agravo imediato ou
tardio, ao indivíduo ou à coletividade, com nexo causal comprovado, direto ou
indireto, decorrente do estudo científico.

4. Princípio da justiça: exige equidade na distribuição de bens e benefícios em


qualquer setor da ciência, como por exemplo: medicina, ciências da saúde,
ciências da vida, do meio ambiente, etc.

5. Princípio da proporcionalidade: procura o equilíbrio entre os riscos e


benefícios, visando ao menor mal e ao maior benefício às pessoas. Este
princípio está intimamente relacionado com os riscos da pesquisa, os danos e o
princípio da justiça.

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A problemática bioética é numerosa e complexa, envolvendo fortes


reflexos imprimidos na opinião pública sobretudo pelos meios de
comunicação de massa.

TEMAS POLÊMICOS E ALARMADOS:

 Aborto
 Eutanásia
 Transgênicos
 Consentimento informado

ÉTICA PROFISSIONAL

Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do


profissional e representam imperativos de sua conduta. Ética é uma palavra de
origem grega (éthos), que significa “propriedade do caráter”. Ser ético é agir
dentro dos padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o próximo.
Ser ético é cumprir os valores estabelecidos pela sociedade em que se vive.

O embasamento de qualquer profissão se constitui a partir de um manancial de


métodos que visam atender demandas sociais norteadas por normas éticas,
bem como padrões técnicos elevados que asseguram a apropriada relação de
cada profissional com seus pares e a coletividade como um todo. Isso denota
que no exercício profissional, existem regras e atividades codificadas conforme
os princípios dos usos e costumes éticos, formando o Código de Ética, que dá
toda a explicação sobre a moral do profissional.

Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente,
graças a diferentes áreas de atuação.

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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL

O Código de Ética Profissional é o conjunto de normas éticas, que devem ser


seguidas pelos profissionais no exercício de seu trabalho. Este código é
elaborado pelos Conselhos, que representam e fiscalizam o exercício da
profissão. No caso do psicólogo, seu trabalho deverá estar alicerçado em
afazeres profissionais e sociais, seguindo as regras do seu Código de Ética,
porque é neste que estão agrupadas as determinações sobre as suas normas e
formas de conduta, condições indispensáveis e necessárias ao relacionamento
correto dos psicólogos entre si, deles com seus pacientes e para com terceiros,
interligando-se o saber fazer e o saber conduzir-se para a integridade
harmoniosa de seu procedimento social e do seu comportamento profissional.
Este código de ética configura-se mais em uma ferramenta de reflexão do que
um conjugado de diretrizes a serem seguidas pelo psicólogo.

_B

2. RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05

Aprova o Código de Ética Profissional do Psicólogo.

O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e


regimentais, que lhe são conferidas pela Lei no 5.766, de 20 de dezembro de
1971;

CONSIDERANDO o disposto no Art. 6º, letra “e”, da Lei no 5.766 de 20/12/1971,


e o Art. 6º, inciso VII, do Decreto nº 79.822 de 17/6/1977;

CONSIDERANDO o disposto na Constituição Federal de 1988, conhecida como


Constituição Cidadã, que consolida o Estado Democrático de Direito e
legislações dela decorrentes;

CONSIDERANDO decisão deste Plenário em reunião realizada no dia 21 de


julho de 2005;

RESOLVE:

Art. 1º - Aprovar o Código de Ética Profissional do Psicólogo.

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Art. 2º - A presente Resolução entrará em vigor no dia 27 de agosto de 2005.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Resolução CFP


n º 002/87.

Brasília, 21 de julho de 2005.


Ana Mercês Bahia Bock
Conselheira-Presidente

3. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO

3.1 APRESENTAÇÃO

Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender


demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela existência de
normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional com seus
pares e com a sociedade como um todo.

Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto às


práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade,
procura fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca das suas
práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas
consequências no exercício profissional. A missão primordial de um código de
ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a
de assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas
desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social
daquela categoria.

O Código de Ética não prevê todas as situações


em que deverá ser aplicado. Entretanto,
apresenta os princípios que embasarão a
conduta profissional.

Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de sociedade


que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem- se em
princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano e
seus direitos fundamentais. Por constituir a expressão de valores universais, tais
como os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos;

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socioculturais, que refletem a realidade do país; e de valores que estruturam


uma profissão, um código de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de
normas e imutável no tempo. As sociedades mudam, as profissões transformam-
se e isso exige, também, uma reflexão contínua sobre o próprio código de ética
que nos orienta.

Qualquer código de ética é sistematizado


historicamente, o do profissional psicólogo foi
influenciado pela Declaração Universal dos
Direitos Humanos.

A formulação deste Código de Ética, o terceiro da profissão de psicólogo no


Brasil, responde ao contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do país e
ao estágio de desenvolvimento da Psicologia enquanto campo científico e
profissional. Este Código de Ética dos Psicólogos é reflexo da necessidade,
sentida pela categoria e suas entidades representativas, de atender à evolução
do contexto institucional-legal do país, marcadamente a partir da promulgação
da denominada Constituição Cidadã, em 1988, e das legislações dela
decorrentes.

Consoante com a conjuntura democrática vigente, o presente Código foi


construído a partir de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da profissão,
suas responsabilidades e compromissos com a promoção da cidadania. O
processo ocorreu ao longo de três anos, em todo o país, com a participação
direta dos psicólogos e aberto à sociedade.

Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de um


instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas
pelo psicólogo. Para tanto, na sua construção buscou-se:

Abaixo a relação dos pressupostos que


orientaram a edificação do nosso Código de
Ética e de suma importância para o
conhecimento do candidato:

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26

a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem orientar


a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades profissionais
e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas demandam
uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional.

b. Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e interseções


relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as relações que
estabelece com a sociedade, os colegas de profissão e os usuários ou
beneficiários dos seus serviços.

c. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a crescente


inserção do psicólogo em contextos institucionais e em equipes
multiprofissionais.

d. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não em suas


práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se restringem
a práticas específicas e surgem em quaisquer contextos de atuação.

Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a expectativa


é de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade as
responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua
formação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o
fortalecimento e ampliação do significado social da profissão.

3.2 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade,


da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores
que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das


pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e


historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.

IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo


aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia
como campo científico de conhecimento e de prática.

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V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da


população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços
e aos padrões éticos da profissão.

VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com
dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.

Nessa situação, diante da degradação da


Psicologia presenciada pelo psicólogo, a
obrigatoriedade da ação deve fazer-se presente.

VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e


os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais,
posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios
deste Código.

Memorize o VII princípio na íntegra.


Extremamente cobrado em provas.

3.3 DAS RESPONSABILIDADES DO PSICÓLOGO

Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:

a) Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código;


b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais
esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;
c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas
e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e
técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na
legislação profissional;
d) Prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de
emergência, sem visar benefício pessoal;

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Na prática, o psicólogo em situações de calamidade


pública ou de emergência deve apresentar-se para o
exercício da profissão mesmo que seja sem
remuneração.

e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do


usuário ou beneficiário de serviços de Psicologia;
f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,
informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo
profissional;

A “quem de direito” refere-se ao usuário do serviço


e/ou seu responsável.

g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de


serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada
de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;
h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a partir
da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os
documentos pertinentes ao bom termo do trabalho;
i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda e
forma de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas conforme os
princípios deste Código;
j) Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais, respeito,
consideração e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar com estes, salvo
impedimento por motivo relevante;

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”quando solicitado” implica em:

 A pedido de outro profissional responsável


pelo serviço;
 Em caso de emergência ou risco ao
beneficiário;
 Quando o trabalho do outro profissional
estiver encerrado;
 Quando for a metodologia adotada.

k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos justificáveis,


não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu inicialmente,
fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do
trabalho;
l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou
irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes deste Código ou da
legislação profissional.

(FMUSP-2016) De acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo


(2005), é correto afirmar que:

(A) o psicólogo, quando participar de greve ou paralisações, poderá interromper


temporariamente as suas atividades de emergência.

(B) em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável


deverá guardar consigo todos os arquivos confidenciais produzidos.

(C) quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar


informações, considerando o previsto no Código.

(D) ao promover publicamente os seus serviços, o psicólogo poderá utilizar o


preço do serviço como forma de atrair clientes.

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(E) o psicólogo poderá intervir na assistência psicológica efetuada por outro


profissional caso tenha a mesma formação, independente do andamento do
caso.

Comentários: O Código de Ética não prevê todas as situações em que deverá ser
aplicado. Entretanto, apresenta os princípios que embasarão a conduta profissional. No
que tange as Responsabilidades do psicólogo encontra-se no Art. 11º o gabarito da
questão.

Art. 11º – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar


informações, considerando o previsto neste Código.

Gabarito: c

Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:

a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência,


discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;

b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de


orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de
suas funções profissionais;

c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas


psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de
violência;

d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o


exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade
profissional;

e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou


contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços
profissionais;

f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento


psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam regulamentados
ou reconhecidos pela profissão;

g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnicocientífica;

h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas,


adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas;

i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;

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j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo


com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do
serviço prestado;

k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos


pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do
trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação;

l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício


próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha
qualquer tipo de vínculo profissional;

m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que


possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de
informações privilegiadas;

n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais;

o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens outras


de qualquer espécie, além dos honorários contratados, assim como intermediar
transações financeiras;

p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de


serviços;

q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de


serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas,
grupos ou organizações.

Releia os Artigos 1º e 2º até a efetiva memorização,


uma vez que os mesmos são facilmente identificáveis
em provas.

Art. 3º – O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma


organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as
práticas nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste
Código.

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Parágrafo único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a


prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.

Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:

a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as condições do


usuário ou beneficiário;

b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o


comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser
realizado;

c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do valor


acordado.

Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá


que:

a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;

b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos


serviços atingidos pela mesma.

Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:

a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados


demandas que extrapolem seu campo de atuação;

b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço


prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a
responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

(CEFET-2016) Segundo o artigo 6° do Código de Ética Profissional do Psicólogo


(CFP, 2005), o Psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos,
na atuação em equipe integrada multiprofissional:

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A) não deve se eximir de críticas públicas quando essas se fizerem necessárias,


lembrando de respeitar os princípios deontológicos das outras profissões, assim
como o necessário sigilo profissional no atendimento em comum.

B) compartilhará apenas informações relevantes para qualificar o serviço


prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a
responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

C) deverá documentar suas ações através do registro em prontuário, tornando


acessíveis as informações necessárias à equipe, sem, contudo, ser obrigado a
detalhar informações que configurariam quebra do sigilo profissional na relação
com o atendido.

D) Encaminhará, apenas a profissionais ou entidades habilitados e qualificados,


demandas transdisciplinares pertinentes à intervenção a ser prestada por esses
profissionais ou entidades, com a possibilidade de atuação em conjunto para
uma atenção integral ao atendido.

E) está obrigado a denunciar ao Conselho Federal de Psicologia as faltas


desses profissionais no exercício da profissão, sejam elas erros, faltas éticas,
violação de direitos, crimes ou contravenções penais praticados na prestação de
serviços profissionais.

Comentários: O gabarito da questão encontra-se na alternativa b “compartilhará


apenas informações relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando
o caráter confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade, de
quem as receber, de preservar o sigilo”. Entretanto, poderá decidir pela quebra
de sigilo quando a situação visa o menor prejuízo, ainda assim utilizar
exclusivamente informações necessárias.

Gabarito: b

Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que


estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:

a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;

b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço,


quando dará imediata ciência ao profissional;

c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da


interrupção voluntária e definitiva do serviço;

d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da


metodologia adotada.
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Art. 8º – Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou


interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seus
responsáveis, observadas as determinações da legislação vigente:

”Ao menos um dos responsáveis” não


necessariamente refere-se aos pais, desde que
esse (avó, tio ou outro), encontre-se habilitado
legalmente para tal.

§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá


ser efetuado e comunicado às autoridades competentes;

§2° – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem


necessários para garantir a proteção integral do atendido.

Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger,


por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou
organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.

O psicólogo poderá decidir pela quebra


de sigilo quando a situação visa o
menor prejuízo.

Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências


decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais
deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá
decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.

Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o


psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente
necessárias.
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Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar


informações, considerando o previsto neste Código.

Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe


multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para
o cumprimento dos objetivos do trabalho.

Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser


comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem
medidas em seu benefício.

Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática


psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional
vigente, devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.

Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer


motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.

§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar todo o


material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior utilização
pelo psicólogo substituto.

§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável


informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação
dos arquivos confidenciais.

(CESPE -2011) Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deve manter


consigo laudos, relatórios e todo material relativo aos serviços prestados, sendo-
lhe vedado passar esses documentos a seu substituto, visto que este não será o
psicólogo responsável pelo sigilo dessas informações, que cabe apenas ao
psicólogo que as coletou.

a) Certo
b) Errado

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Comentários: A questão cobra do candidato o conhecimento exato do Código


de Ética. Em seu Art.15, o referido código aponta:
Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer
motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.

Existem ainda outras situações referentes as responsabilidades do psicólogo


que constam no Código de Ética. São elas:

§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar todo o


material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior utilização
pelo psicólogo substituto.

§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável


informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação
dos arquivos confidenciais.

Gabarito: b

Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas


para a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias:

a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela


divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos,
organizações e comunidades envolvidas;

b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos, mediante


consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas em legislação
específica e respeitando os princípios deste Código;

c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo interesse


manifesto destes;

d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados das


pesquisas ou estudos, após seu encerramento, sempre que assim o desejarem.

Art. 17 – Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar,


orientar e exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas contidas
neste Código.

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Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a


leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício
ilegal da profissão.

Art. 19 – O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação,


zelará para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a
respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão.

Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer


meios, individual ou coletivamente:

a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;

b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua;

c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos técnicas e


práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;

d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;

e) Não fará previsão taxativa de resultados;

f) Não fará autopromoção em detrimento de outros profissionais;

g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras categorias


profissionais;

h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais.

3.4 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração


disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos
legais ou regimentais:

a) Advertência;
b) Multa;
c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum
do Conselho Federal de Psicologia;
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de
Psicologia.

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Art. 22 – As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão


resolvidos pelos Conselhos Regionais de Psicologia, adreferendum do Conselho
Federal de Psicologia.

Art. 23 – Competirá ao Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudência


quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código.

Art. 24 – O presente Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de


Psicologia, por iniciativa própria ou da categoria, ouvidos os Conselhos
Regionais de Psicologia.

Art. 25 – Este Código entra em vigor em 27 de agosto de 2005.

MAS MANTENHA O FOCO!

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Dos Deveres Fundamentais do psicólogo:


 Representar contra exercício ilegal ou
irregular da profissão, transgressões a
princípios e diretrizes deste Código ou da legislação profissional;
 Fornecer informações transmitindo apenas o que for necessário para
tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;
 Encaminhar quando necessário;
 Atuar em situações de calamidade pública;
 Atuar naquilo que é capacitado, com qualidade e seguindo princípios
fundamentais.

O que é vedado ao psicólogo:


 Ser cúmplice do exercício ilegal da profissão e de psicólogos com
práticas não reconhecidas;
 Praticar atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão;
 Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, religiosas, de
orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do
exercício das suas funções profissionais;
 Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;
 Estabelecer vínculos ou visar benefício próprio seja no atendimento ou
na avaliação psicológica, que prejudiquem a qualidade do trabalho;

Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico científica ou


interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas.

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(UNIFESP-2016) Um psicólogo assumiu a responsabilidade de orientar


mulheres de uma comunidade religiosa que não aceita a utilização de métodos
contraceptivos para controle da natalidade. Esse profissional planejou uma série
de encontros, nos quais esclareceu às mulheres em relação aos seus direitos e
sobre a importância do controle da natalidade para o bem-estar de todos da
comunidade. Esse psicólogo, de acordo com o Código de Ética, agiu de forma

(A) inadequada, porque assumiu responsabilidade por atividades para as quais


não está qualificado técnica e teoricamente.

(B) adequada, porque contribuiu para promover a universalização do acesso da


população às informações e ao conhecimento da ciência psicológica.

(C) inadequada, porque induziu convicções morais, ideológicas, religiosas e de


orientação sexual durante o exercício profissional.

(D) adequada, porque agiu no sentido de promover a saúde e a qualidade de


vida das pessoas e da coletividade.

(E) inadequada, porque os serviços por ele prestados configuram-se como


exercício ilegal da profissão.

Comentários: Importante atentarmos que esse assunto é bastante cobrado em


prova. Dessa maneira, optamos por enfatizar o artigo na íntegra, bem como
sugerir a leitura e a memorização também do Art. 1º.

Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:

a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência,


discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;

b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas,


religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando
do exercício de suas funções profissionais; Responde a questão.

c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas


psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de
violência;

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d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o


exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade
profissional;

e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou


contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços
profissionais;

f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento


psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam regulamentados
ou reconhecidos pela profissão;

g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnicocientífica;

h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas,


adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas;
i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;
j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo
com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do
serviço prestado;

k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos


pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do
trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação;

l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício


próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha
qualquer tipo de vínculo profissional;
m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que
possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de
informações privilegiadas;

n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais;

o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens outras de


qualquer espécie, além dos honorários contratados, assim como intermediar
transações financeiras;

p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de


serviços;

q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de


serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas,
grupos ou organizações.

Gabarito: c
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NUNCA DESANIME! É NECESSÁRIO TER


PERSEVERANÇA PARA VENCER.

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4-. QUESTÕES GABARITADAS

1. (UESPI –2016) De acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo e


a respeito da atuação do psicólogo, é CORRETO afirmar:

A) O psicólogo deve encaminhar a profissionais ou entidades habilitadas e


qualificadas demandas que extrapolem seu campo de atuação, somente em
situações de urgência e emergência.

B) O psicólogo somente poderá intervir na prestação de serviços psicológicos


que estejam sendo efetuados por outro profissional quando se tratar de trabalho
em equipe multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada.

C) As transgressões do Código de Ética constituem infração disciplinar e podem


implicar a aplicação das seguintes penalidades: advertência, multa, censura
pública ou suspensão do exercício profissional, por até trinta dias.

D) É dever do psicólogo compartilhar com a equipe somente as informações que


forem relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando sempre o
caráter confidencial das comunicações, porém não é necessário assinalar aos
demais profissionais a responsabilidade de preservar o sigilo, uma vez que estes
já devem ter clareza de sua responsabilidade.

E) A fim de garantir a qualidade da assistência, o Psicólogo deverá registrar nos


documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, todas as
informações a que tiver acesso durante os atendimentos, podendo, nas
evoluções em prontuário, quebrar o sigilo.

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2- (FUNRIO-2013 ) A responsabilidade profissional do psicólogo diz respeito a:

a) envolver-se com organizações que favoreçam o exercício da profissão.

b) permitir que as relações de poder, no contexto em que atua, sirvam de


recurso à prática de atendimento psicológico.

c) fornecer informações, a quem de direito, sobre seu paciente, transmitindo o


que for necessário à tomada de decisões sobre o caso.

d) utilizar o conhecimento de práticas psicológicas como recurso de


favorecimento social.

e) levar o paciente a encarar novas práticas e formas de enfrentamento de seus


conflitos.

3- (FCC - 2012 ) O art. 4o do Código de Ética Profissional do Psicólogo informa


que, ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo: levará em conta a
justa retribuição aos serviços prestados e as condições do usuário ou
beneficiário; estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o
comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado
e assegurará a qualidade dos serviços oferecidos.

a) respeitando os valores aplicados pelo mercado de saúde.

b) por meio do valor acordado.

c) respeitando as tabelas de valores indicadas pelo Conselho Regional de


Psicologia do qual faz parte.

d) respeitando a média dos valores estabelecidos pelas tabelas de valores


indicadas pelo Conselho Regional de Psicologia do qual faz parte.

e) independentemente do valor acordado.

4- (VUNESP - 2012 ) De acordo com o § 2.º, do Art. 8º do Código de Ética


Profissional do Psicólogo (Resolução CFP n.º 010/05), o psicólogo
responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem necessários para
garantir a proteção integral do atendido. Esse artigo diz respeito,
especificamente, ao atendimento não eventual de:

a) acidentados, trabalhadores e grupos em risco.

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b) pacientes hospitalares, idosos e usuários de drogas.

c) crianças, adolescentes ou interdito.

d) estrangeiros, indígenas e mulheres.

e) aposentados, pensionistas e pessoas em situação de rua.

5 - (FCC-2012) Considerando as responsabilidades previstas no Código de


Ética Profissional do Psicólogo, em seu Art. 11º, quando requisitado a depor em
juízo o psicólogo poderá:

a) justificar sua ausência por falta de dados.

b) enviar apenas relatório pormenorizado.

c) enviar seu representante legal.

d) prestar informações considerando o previsto neste Código.

e) solicitar autorização de seu Conselho Regional

6- (CEPERJ-2012) Em relação à promoção pública dos serviços psicológicos, o


Código de Ética Profissional do Psicólogo estabelece orientações especificas,
entres as quais encontramos:

a) A previsão taxativa de resultados poderá ser divulgada sem restrições.

b) O preço do serviço poderá ser utilizado na sua propaganda como um atrativo.

c) A autopromoção pode ser realizada em detrimento de outros profissionais.

d) A divulgação de atividades associadas a outras categorias profissionais sem


restrições.

e) A divulgação somente das práticas que sejam reconhecidas pela profissão.

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7- (CEPERJ - 2012 ) No atendimento à criança e ao adolescente, de acordo com


o Código de Ética Profissional dos Psicólogos, é correto afirmar que:

a) os responsáveis devem ser comunicados sobre o estritamente essencial para


a promoção de medidas em benefício do atendido.

b) a criança ou o adolescente não precisam ser informados sobre os meios de


registro e observação da prática psicológica.

c) o atendimento regular de criança, adolescente ou interdito não poderá ser


efetuado, no caso de não se apresentar um responsável legal.

d) o psicólogo não é o responsável pelos encaminhamentos necessários para


garantir a proteção integral do atendido.

e) no atendimento à criança ou adolescente, o psicólogo compartilhará as


informações necessárias para qualificar o serviço prestado, resguardando
apenas a confidencialidade.

8 - (CEPERJ - 2012 ) De acordo com o Código de Ética Profissional dos


Psicólogos, a alternativa correta sobre a atuação do psicólogo é:

a) quando o psicólogo atua em equipe multiprofissional, as informações


compartilhadas não carecem de preservação do sigilo.

b) o psicólogo deve prestar serviços profissionais em situações de calamidade


pública ou emergências

c) o psicólogo, em caso de greve, poderá suspender na íntegra suas atividades


profissionais com comunicação prévia aos usuários, mesmo em atividades de
emergência.

d) o psicólogo, ao ingressar ou associar-se a uma organização, deve ser fiel a


suas políticas, filosofia e missões e, por isso, fica o profissional isento de
qualquer responsabilidade por desrespeito ao código.

e) o psicólogo, ao desligar-se de uma organização por demissão ou


exoneração, fica isento de preocupar-se com o destino dos arquivos
confidenciais.

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9 - (VUNESP - 2012) O Código de Ética Profissional do Psicólogo (Resolução


CFP n.º 010/05) consiste em um documento que expressa uma concepção de
homem e de sociedade. Dentre os princípios fundamentais enunciados nesse
documento, pode-se destacar que o psicólogo deverá contribuir para:

a) o desenvolvimento de serviços de saúde devidamente remunerados.

b) a conservação dos limites técnicos da Psicologia na Saúde.

c) o aumento do número de atendimentos em serviços públicos e privados.

d) a universalização do acesso da população ao conhecimento da ciência


psicológica.

10- (FCC - 2011 ) Um psicólogo está envolvido em um trabalho multiprofissional


em que a intervenção faz parte da metodologia adotada. Segundo o Código de
Ética Profissional do Psicólogo (Art. 7o, inciso d), ele poderá intervir:
a) em casos que não se trate de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário
do serviço.

b) sem pedido do profissional responsável pelo serviço.

c) na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo efetuados por outro


profissional.

d) quando não for informado da interrupção voluntária e definitiva do serviço, por


parte do paciente.

e) quando não for informado de interrupção temporária do serviço, por qualquer


uma das partes.

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11 - (CEFET-2014) Observando a figura acima e de acordo com o Código de


Ética Profissional do Psicólogo, analise as assertivas e identifique com V as
proposições verdadeiras e com F as falsas, quanto ao que é vedado ao
psicólogo:

( ) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência,


discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão.

( ) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou


contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços
profissionais.

( ) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento


psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam regulamentados
ou reconhecidos pela profissão.

( ) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a partir


da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os
documentos pertinentes ao bom termo do trabalho.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é:

A) F V F V

B) V V F V

C) F F F V

D) V V V F

E) F V V V

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12 - (UFU - 2013) Respeito, promoção da dignidade, da igualdade e da


integridade são princípios fundamentais do exercício profissional do
psicólogo.Em relação à conduta do psicólogo expressa em seu código de ética,
assinale a alternativa correta.

A) O psicólogo não poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que


estejam sendo efetuados por outro profissional, ainda que haja o pedido do
profissional responsável pelo serviço.

B) Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o


psicólogo registrará todas as informações colhidas em seu atendimento clínico.

C) No atendimento de crianças, poderá ocorrer a quebra do sigilo, pois o


psicólogo deve apresentar aos pais ou responsáveis legais todas as informações
sobre os atendimentos realizados.

D) É vedado ao psicólogo receber, pagar remuneração ou porcentagem por


encaminhamento de serviços

13- (FUNRIO-2013) As transgressões dos preceitos do Código de Ética


Profissional do Psicólogo constituem infração disciplinar com a aplicação das
seguintes penalidades, na forma dos dispositivos legais ou regimentais:

I. Advertência

II. Censura pública

III. Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum


do Conselho Federal de Psicologia.

IV. Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de


Psicologia.

V. Prisão por tempo estipulado pelo Presidente do Conselho Federal de


Psicologia.

Dentre estas, só se referem ao citado código as seguintes penalidades:

a) I, II, III e IV.


b) I, II, IV e V.
c) I, III, IV e V.
d) II, III, IV e V.
e) I, III e V

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14. (FUNIVERSA- 2010) De acordo com a Resolução n.º 007/2003 do Conselho


Federal de Psicologia, o psicólogo, ao elaborar um documento decorrente de um
processo de avaliação psicológica, deverá

a) elaborar ficha de acompanhamento, a fim de delimitar seu objeto de estudo.

b) considerar o perfil estático do instrumento, colocando o objeto de estudo em


lugar pré-definido.

c) arrolar os fatores quantitativos que apontam para uma única hipótese


diagnóstica.

d) registrar seu parecer em prontuário único, bem como sua hipótese


diagnóstica.

e) considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada de seu objeto


de estudo.

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

C E E C D E A B D C D D A E

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6. REFERÊNCIAS:

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Profissional do


Psicólogo. Brasília: CFP, 2005. Disponível em:
<http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/legislacao/codigo_etica>. Acesso

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