Sie sind auf Seite 1von 12

Universidade Federal Rural de Pernambuco

Engenharia Agrícola e Ambiental-EAA1


Bioquímica Vegetal - Egídio Bezerra Neto

Polissacarídeos e componentes da parede celular

Aluna: Janaci Santos da Silva

Recife, 19 de Abril de 2010


Introdução
Os polissacarídeos são compostos de vários monossacarídeos ligados entre si, então seu
estudo na área de bioquímica vegetal tem suma importância para entendimento de como
se liga os monossacarídeos para formar os polissacarídeos, quais são os principais
polissacarídeos e suas funções.
Metodologia
Os polissacarídeos são moléculas formadas através da união de vários monossacarídeos.
Alguns apresentam em sua fórmula átomos de nitrogênio e enxofre.

Esse grupo de carboidratos é formado por moléculas que não possuem sabor adocicado,
como nos outros grupos, são moléculas muito grandes, em comparação com os outros
carboidratos, por isso são considerados macromoléculas, são insolúveis em água, o que
é de grande importância para os seres vivos, pois desempenham função estrutural e
armazenadora de energia.

No momento da digestão, para que essas moléculas sejam absorvidas, é necessário que
sejam quebradas em moléculas menores, os monossacarídeos. A reação de quebra
ocorre através da hidrólise. Note que a reação de união entre dois monossacarídeos
ocorre pelo processo inverso, reação por desidratação. As moléculas de polissacarídeos
são polímeros, ou seja, as moléculas que os constituem são idênticas ou semelhantes.
Essas unidades são chamadas de monômeros.

Quanto à sua constituição química, os polissacarídeos podem ser divididos


em homopolissacarídeos (constituídos por um só tipo de monômero)
e heteropolissacarídeos (constituídos por diferentes tipos de monômeros).

Os polissacarídeos apresentam fórmula geral:


-[ Cx(H2O)y) ] n - onde y geralmente é igual a x-1
Nos organismos, os polissacarídeos são classificados em dois grupos dependendo da
função biológica que cumprem:

Principais Polissacarídeos estruturais


Polissacarídeo Função
Participa da composição da parede celular
dos vegetais. É o carboidrato mais abundante
na natureza. Semelhante ao amido e ao
glicogênio em composição, a celulose
também é um polímero de glicose, mas
Celulose
formada por ligações tipo b (1,4). Este tipo
de ligação glicosídica confere á molécula
uma estrutura espacial muito linear, que
forma fibras insolúveis em água e não
digeríveis pelo ser humano.
É um polissacarídeo que possui nitrogênio
em suas unidades de acetilglicosamina,
grupamento NH2. Constitui o exoesqueleto
Quitina dos artrópodes e é também encontrada na
parede celular dos fungos. A quitina é um
polímero de acetilglicosamina com ligações
β.
Principais Polissacarídeos energéticos
Polissacarídeo Função
Apresenta função de reserva. É encontrado
em raízes, caules e folhas. Formado por
moléculas de glicose ligadas entre si através
de numerosas ligações a (1,4) e poucas
Amido
ligações a (1,6), ou "pontos de ramificação"
da cadeia. Sua molécula é muito linear, e
forma hélice em solução aquosa. Encontra-se
em duas formas: amilose e amilopectina.
É o carboidrato de reserva dos animais e dos
fungos. É armazenado nos músculos e no
fígado dos animais. Muito semelhante ao
amido, possui um número bem maior de
Glicogênio ligações a (1,6), o que confere um alto grau
de ramificação à sua molécula. Os vários
pontos de ramificação constituem um
importante impedimento à formação de uma
estrutura em hélice.

Outros polissacarídeos menos conhecidos também tem suas funções e estruturas, alguns
desses por exemplo:

Os heteropolissacarídeos estão representados pelos peptidoglicanos,


componentes das paredes bacterianas, e pelos glicosaminoglicanos,
presentes na matriz extracelular de animais superiores.

Os peptidoglicanos são formados por unidades alternadas de N-


acetilglicosamida e ácido N-acetilmurânico, ligados por ligações do tipo
ß14. Em bactérias, as ligações cruzadas que estabelecem com proteínas
fazem com que este polissacarídeo ligue-se fortemente a um revestimento
da célula bacteriana conferindo à bactéria resistência e proteção contra a
lise por osmose. O emprego de antibióticos como a penicilina inibem a
formação das ligações cruzadas.

Os glicosaminoglicanos, por sua vez, são polímeros lineares com


unidades repetitivas de dissacarídeos, sendo um de seus monossacarídeos a
N-acetilglicosamida ou a N-acetilgalactosamina. A outra unidade
monomérica é o ácido urômico (ácido D-glicurônico ou L-irudônico), o
qual confere carga negativa ao polímero. Assim, em solução aquosa, este
assume uma conformação estendida.

Os glicosaminoglicanos ligados á proteínas são chamados de


proteoglicanos.
Benefícios dos polissacarídeos :

Polissacarídeos na prevenção da Doença Cardiovascular


As fibras alimentares são todos os polissacarídeos vegetais (celulose, hemicelulose,
pectinas, gomas e mucilagens) mais a ligninina encontrados nos alimentos. São
subdivididas em fibras solúveis (dissolvem na água e podem ser degradadas pelas
bactérias intestinais) e fibras insolúveis (não dissolvem na água e nem são degradadas
pelas bactérias intestinais). A solubilidade da fibra é muito importante porque determina
seu beneficio para a saúde humana, podemos encontrar as fibras solúveis nas frutas,
verduras, sementes, aveia, cevada e leguminosas, já as fibras insolúveis são encontradas
nas verduras, sementes, frutas, farelo de trigo, grãos e cereais integrais.
Evidências científicas mostram que a ingestão de 2 a 10g/dia de fibras solúveis reduzem
o risco de doenças cardíacas devido à diminuição dos níveis sanguíneos de colesterol
total e da lipoproteína de baixa densidade (LDL) (Jenkins et al., 2002; Lampe et al.,
1992). Acredita-se que essa fibra reduza a absorção da bile fazendo com que o fígado
tenha que produzir maior quantidade dessa substância para a digestão das gorduras,
utilizando o colesterol circulante para esse processo. Em um estudo realizado, a dieta
rica em fibras (frutas e vegetais) foi responsável pela redução do nível de LDL –
colesterol em 33% após uma semana (Jenkins et al., 2001)

Fórmulas estruturais dos polissacarídeos:


Glicogênio

Glicosaminoglicano - proteoglicano
Peptidoglicano

Como são Sintetizados os polissacarídeos:

Amido:
O amido é sintetizado em organelas denominadas plastídios : cromoplastos das folhas
e amiloplastos de órgãos de reserva, a partir da polimerização da glicose, resultante
da fotossíntese.

 n moléculas de glicose → amido + água

Nos vegetais, o polímero de glicose utilizado como reserva é o amido, que tem
estrutura muito parecida com o glicogênio, mas é menos ramificado. A síntese do
amido é muito semelhante à síntese do glicogênio, com a substituição da forma
ativada da glicose de UDP-glicose por ADP-glicose. A reação é catalisada pela
ADP-glicose sintase. O ADP-G é substrato da amido sintetase, a enzima que
verdadeiramente catalisa a incorporação de glicose ao polímero.

Glicogênio:

A síntese de glicogênio é o processo pelo qual a glicose é polimerizada a glicogênio, que é


acumulado nas células em quantidades variáveis de acordo com o tipo celular, funcionando aí
como depósito de energia acessível à célula. Em determinadas células, como nas
do fígado emúsculo, este processo pode ser intenso e ocorrem extensos depósitos de
glicogênio. O glicogênio hepático, que chega a 150 g, é degradado no intervalo das refeições
mantendo constante o nível de glicose no sangue ao mesmo tempo em que fornecem este
metabólito as outras células do organismo. O glicogênio muscular, ao contrário, só forma
glicose para a contração muscular.

O substrato para a síntese de glicogênio é a UDP-glicose, sintetizada a partir de Glicose-1-


P, geralmente proveniente da Glicose-6-P da glicólise (por ação da fosfoglicomutase) ou, por
exemplo, da degradação da galactose.
A enzima que aproveita a glicose destes nucleotídeos, liberando o UDP, é a glicogênio
sintase. Esta no entanto, necessita de um "primer", um resíduo por onde começar, que deve ser
formado por pelo menos quatro moléculas de glicose. A proteína glicogenina é a responsável
pela formação desta pequena cadeia. A ela se liga o primeiro resíduo de glicose, após o que a
proteína agirá como catalisadora. Formado o primer, a glicogênio sintase se liga à cadeia e à
glicogenina (que permanece unida àquele primeiro resíduo de glicose), estendendo a cadeia.
Conforme a cadeia cresce, a enzima e a glicogenina vão se separando, expondo trechos da
cadeia onde poderão ser inseridos pontos de ramificação. A glicogênio sintase, no entanto,
apenas estende a cadeia, sem ramificá-la, pois sua ação se restringe à formação de ligações alfa
1-4. A enzima ramificadora, capaz de formar as ligações alfa 1-6 necessárias, é a glicosil-(4-6)-
transferase. Esta, no entanto, utiliza resíduos (de 6 a 7 carbonos) da própria cadeia, previamente
formados pela glicogênio-sintase, apenas transferindo-os aos pontos de ramificação. Portanto,
não há aproveitamento de UDP-glicose por parte desta enzima.

Celulose:

Celulose, a partir do qual o nosso papel é fabricado, é construído a partir de moléculas


de glicose ligadas covalentemente para formar longas cadeias. Cada anel de glicose
alternada da molécula de celulose e da molécula de água (H2O) foi dividido, deixando
uma molécula de oxigênio entre cada anel. Esta corrente ou fita (a molécula de celulose)
continuará por 3.000 a 5.000 unidades de glicose.

Quitina:

é sintetizada a partir de unidades de N-acetilglicosamina (mais correctamente, 2 -


(acetilamino)-2-desoxi-D-glucose). Estas unidades de forma covalente β-1, 4 ligações
(semelhante às relações entre glicoseunidades formadoras de celulose ). A quitina pode
ser descrita como celulose , com uma hidroxila em cada grupo de monômero substituído
com um acetil- amino grupo. Isso permite aumento de ligações de hidrogênio entre
adjacente polímeros , dando a quitina, polímero aumentou a força matriz.

Proteoglicano:

O componente protéico dos proteoglicanos é sintetizado


por ribossomos e translocada para o lúmen do retículo endoplasmático em bruto .
Glicosilação do proteoglicano ocorre no complexo de Golgi em vários
etapas enzimática. Primeiro, um link especial tetrassacarídica é anexado a uma serina na
cadeia lateral da proteína do núcleo para servir como um primer para o crescimento do
polissacarídeo. Em seguida, os açúcares são adicionados um de cada vez por glicosil
transferase. O proteoglicano completo é depois exportado em secretoras vesículas da
matriz extracelular da célula.

Compostos da parede celular


A parede celular é uma estrutura extracelular que envolve células, sendo composta por
diferentes substâncias dependendo do organismo. É uma estrutura que confere proteção
à célula pela sua rigidez.
A parede celular das plantas verdes (incluindo as plantas vasculares, os musgos e
as algas verdes) é formada essencialmente por microfibrilas de celulose. As primeiras
camadas formam a parede primária, que mantém a sua elasticidade permitindo que a
célula possa crescer. Na parede primária, as microfibrilas não apresentam uma direção
definida e encontram-se ligadas por ligações hidrogênio, o que torna a estrutura mais
flexível. Novas camadas de celulose depositadas dentro da parede primária geram
espessamento da parede, inclusive com impregnação de lignina e formam a parede
secundária - com a qual as células não podem mais crescer.

Nos restantes grupos de seres vivos tradicionalmente considerados algas, a parede


celular encontra-se normalmente presente e também formada por polissacarídeos, mas
que podem ser de tipos diferentes da celulose.

Nas algas vermelhas as paredes celulares são formadas por um complexo de


microfibrilhas dentro duma matriz mucilaginosa. Ágar e carragenina são as duas
espécies de mucilagem típicas das algas vermelhas.

O ácido algínico (ou alginato) juntamente com celulose são os componentes típicos da
parede celular das algas castanhas.

As diatomáceas têm as células protegidas por frústulas compostas por duas peças que se
encaixam como os pratos duma caixa de Petri, formadas de sílica opalina, polimerizada.

Os dinoflagelados possuem um invólucro exterior (teca) formado por duas camadas


membranosas, no meio das quais se encontra um complexo de vesículas achatadas que,
nas formas "tecadas", contêm placas de celulose. Muitas espécies de dinoflagelados, no
entanto, apresentam células "nuas" - sem uma verdadeira parede celular.

A constituição da parede celular dos fungos é uma das características que levou à sua
separação num reino separado entre os seres vivos - ela é composta por fibras
de quitina (polissacarídeo, insolúvel e córneo formado por unidades de N-
acetilglicosamina. É o constituinte principal das carapaças dos artrópodes, e está
presente, com menor importância, em muitas outras espécies animais.)

As paredes celulares das bactéria são tipicamente compostas


por peptidioglicanos (polímeros de polissacarídeos ligados a proteínas como a mureína,
com funções protetoras). A parede celular bacteriana contém em algumas espécies
infecciosas a endotoxina lipopolissacarídeo (LPS) uma substância que leva a reação
excessiva do sistema imunitário
Conclusão
Conclui-se que o estudos dos polissacarídeos é muito importante para o nosso
conhecimento, e que eles tem grande importância em nossa vida e também nas dos
vegetais.
Bibliografia
pt.wikipedia.org/wiki/Polissacarídeo

www.infoescola.com › Biologia › Bioquímica

wapedia.mobi/pt/Carboidrato

www.nutricaoclinica.com.br/.../polissacarideos-na-prevencao-da-doenca-
cardiovascular.html

www.bioq.unb.br/htm/textos.../carb_poli.htm

pt.wikipedia.org/wiki/Parede_celular

pt.wikipedia.org/wiki/Amido

anatpat.unicamp.br/taglicogenio.html

pt.wikipedia.org/wiki/Glicogênio

www.bioq.unb.br/htm/textos.../sint_glicog.htm

en.wikipedia.org/wiki/Proteoglycan

en.wikipedia.org/wiki/Chitin

Das könnte Ihnen auch gefallen